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Prof.

Pedro Barretto – PB
Pioneiro no sistema de COACHING no Exame de Ordem

SUPER REVISÃO DE CONSTITUCIONAL – PEDRO BARRETTO

PODER CONSTITUINTE

-é o poder que o povo tem de fazer a criação, de dá gênese, de patrocinar a nascença, de


constituir um Estado de Direito.
-é o máximo poder que um povo tem da ótica do direito. Um poder que o ordenamento
reconhece a um povo, de junto e unido, fazer uma geração de um novo Estado de normas
de direito (normas, regras, princípios). Portanto, é um poder de criar, constituir uma ordem
jurídica.

PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO (PCO)


– é realmente o poder que o povo tem de criar do zero uma nova ordem jurídica,
numa assembleia, rompendo com a ordem jurídica anterior, começando com um
novo mundo jurídico.
– Um novo ordenamento começa a valer (efeito ex nunc)

1)Inicial:
-é o ato gênese: é o ato genético, que faz nascer a ordem jurídica, apagando uma ordem
jurídica pretérita.
-De quem é esse direito de fundar um Estado de Direito? Titular: POVO= fundar uma
ordem jurídica, para que essa nova ordem seja um grande acervo de normas que vão
disciplinar com juridicidade todos os fatos, atos, situações que ocorram no processo
coexistencial (de coabitação das pessoas que estão criando essa nova ordem), dentro da
interação social.
-essa nova ordem jurídica atuará como plataforma de fontes que vão disciplinar, que vão
guiar dizer como é que são os efeitos jurídicos aplicados nas relações sociais.

2)Incondicional/Ilimitado: gravames inafastáveis ao PCO.


-é um ato que não esbarra em freios jurídicos, freios de preconceitos (regras que digam:
“assim não pode, não vá por esse caminho”), pois o ato de criar uma nova ordem jurídica
é um ato zero, não há regra jurídica capaz de vedar qualquer que seja a vontade a se
prospectar.

OBS: O P.C.O ilimitado esbarra no princípio do retrocesso? Não, pois adotamos um


padrão, um modelo que o PCO é ilimitado e incondicionado. Aquela é a vontade do povo
fundador. Portanto, não se admite limitação à manifestação do PCO, nem mesmo com a
vedação ao princípio do retrocesso, nem mesmo para preservarmos a integralidade plena
de conquistas históricas que a raça humana logrou dentro dos direitos fundamentais e
direitos humanos. “NINGUÉM SERÁ CAPAZ DE LIMITAR O PCO.

OBS: Qual a importância prática, a repercussão direta, central de PCO


ilimitado/incondicionado, dentro de Controle de Constitucionalidade? Quais os efeitos que
decorrem dessas características? O STF não faz superveniente controle repressivo de
norma originária, as quais serão sempre válidas e aptas a produzir seus efeitos.

*Qual é o produto gerado quando se exerce o PCO?


-o produto gerado é a ordem jurídica ou Estado de Direito, o seu apelido. Uma nova
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ordem jurídica, que se convenciona em Estado de Direito, sendo a base de validade


[bloco de normas jurídicas (sistema de regras e princípios) - normas epicentrais, normas
de validade {direito de produzir efeitos, eficácia lícita}, normas matrizes, genéticas] das
quais partem todos os vetores, todas as orientações, todos os caminhos para que venham
a reger com juridicidade os fatos, atos, situações e a relação jurídica que ocorra dentro da
sociedade.
-a Constituição da República como produto (gerado na Assembleia Constituinte), que
significa o resultado projetado pelo povo, no ato constituinte, o resultado que carrega em
seu corpo, em seu conteúdo o acervo de normas (regras/ princípios).
-o povo faz o Estado de Direito para si mesmo.

PCO =
• POVO = TITULAR (O povo brasileiro no alto da sua soberania como povo, como
soberania nacional, exerceu um poder de sua titularidade, o PCO).
• ORDEM JURÍDICA – ESTADO DE DIREITO = ESTRUTURA – FORMA DE ESTADO
– ESTRUTURA FORMAL = FEDERAÇÃO (F.E) – SOBERANIA(ATRIBUTO-
FUNDAMENTO)

*FUNDAMENTOS DA CONSTITUIÇÃO: são as Razões Fundadoras da nova ordem jurídica, ou


seja, os 6 fundamentos do art. 1º nortearão, vincularão o modo de interpretar do ato de
constituição (a sua estrutura , o seu conteúdo, os seus efeitos). Num caso concreto, por exemplo,
a solução tem que ser interpretada com base nesses fundamentos, pois não posso violar tais
normas de existência.

*SOBERANIA:
-É um dos fundamentos, o grande atributo, a maior qualidade, virtude da Federação.
-O que significa falar que é um dos fundamentos da Constituição? Significa falar que é um
dos pilares que impulsionam a Constituição, que impulsiona o Estado constituído e que
atuarão como comandos orientadores e que ensinarão como interpretar, como aplicar
qualquer regra de direito quando o Estado estiver envolvido -numa situação fática,
concreta-, tendo que interpretar essa situação sempre lembrando que o Estado é
soberano.
-A Soberania, desta feita, é um valor constituinte, um valor do ato de constituição,
devendo ser parâmetro de orientação a como se interpretar qualquer situação, toda vez
que a República Federativa se envolva, para que jamais seja contrariada.

2 GRANDES VERTENTES DA SOBERANIA: Sobre uma ótica externa e interna

1ª) Liberdade de Não Submissão a jurisdição externa: Independência Internacional na


órbita internacional, salvo as normas de D. Internacional (tratados).

2ª) Sobreposição/ Supremacia da Federação sobre quaisquer dos entes (autônomos),


individualmente considerado quando se relacionando com ela.
OBS: Nenhum dos entes que participam da infraestruturação político-administrativa, com
a qual eu organizo minha federação, sobreporá a unidade, ou seja, nenhum deles
sobresse-á a minha federação.
OBS: SOPREPOSIÇÃO DA FEDERAÇÃO SOBRE A = U – E – DF – M!!!

OBS: NÃO CONFUDIR A SOBERANIA DA FEDERAÇÃO COM A SOBERANIA DO POVO.


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-A soberania popular está ligada aos direitos políticos (que o povo tem), e ela é exercida,
pelo povo, pelo sufrágio universal (voto direto, secreto, universal, periódico); exercida
também, na forma da lei, pelo referendo e plebiscito popular.
-Assim, a Soberania do Povo conduz o Estado desde a sua criação até sua extinção
(modificação, restruturação), ou seja, é uma soberania para constituir o Estado, para
alterar a estrutura do Estado, para manter o Estado, para extinguir o Estado, para recriar
o Estado, para governar o Estado, para indicar e retirar o governante.

SOBERANIA FEDERATIVA SOBERANIA POPULAR


- soberania que o meu Estado constituído -soberania que o povo constituinte tem
tem -atributo do povo
-atributo do Estado constituído pelo povo -quando, eu povo, estou constituindo o
-é um atributo do produto gerado no poder Estado, estou exercendo minha soberania
constituinte, o Estado como povo, como nação
-é uma qualidade do Estado Constituído -se manifesta, por exemplo, no poder
-expressa no art. 1º constituinte
- OBS: a CF não fala da soberania popular
como fundamento do ato de constituição. A
soberania popular se manifesta para fazer a
Constituição e no exercício da soberania
popular se elege a soberania federativa
como fundamento de constituição

OBS: art. 1º, da CF


– Dos 6 fundamentos previstos só um se aplica para proteger o Estado, produto do
Poder Constituinte, que é a Soberania.
– e os outros 5 são eleitos para proteger o povo, agente constituinte

GOVERNO
-vai guiar o Estado Federativo na persecução de implementação da sua atividade fim
-tem que ter uma autoridade, um personagem, alguém, um piloto que vai guiar esse
Estado de Direito, que se estrutura pela forma de federação.

OBS: O Estado é o produto que eu crio no ato de constituição. É o acervo de normas


jurídicas que vão disciplinar as ações, atos, fatos e situações da coexistência. Esse
Estado terá alguém que guiará esse processo, que é o governo.

-é o agente condutor do Estado para que este consiga executar sua atividade fim.
-Quais são as atividades fins (maiores) que motivaram o povo a constituir o Estado?
1)jurisdição (iuris dictium): solução pacificadora dos nossos problemas póstumos.
2)administração: controla nossa liberdade comportamental, dando os limites de tolerância
para nossa manifestação, para nossa elasticidade volitiva, para que atuemos de um modo
a não prejudicarmos, a ele próprio o Estado, e a nós próprio. Ocorre através de atos
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executórios, com os quais ele exerce prestação de serviços públicos, pratica atos
administrativos em sentido estrito, e nos controla com poderes da administração.
-o governo, desta feita, busca a efetividade da jurisdição e da administração a esse povo.

OBS: Agente (povo) cria, através da soberania popular, o Estado, e dialogando com esse
Estado Constituído, o agente diz “ei constituído, ei produto, ei criatura, sou eu o criador, e
eu como criador quero dizer que te criei para que você me sirva com 2 prestações que
serão seus fins existenciais. Crio-te para isso, para que você dê a mim 2 prestações, das
quais eu e todos dependemos para sobrevivermos dentro daqueles fundamentos que nos
protege (SOCIDIVAPLU). A razão de criar esse Estado é para receber as 2 prestações.
Sem elas não conseguimos viver sem dignidade, sem cidadania efetivada etc.”
OBS: Portanto nós criamos o Estado Constituído de forma federativa, soberana, que
através de um governo, nos forneça 2 prestações.
OBS: O ESTADO É O CARRO FABRICADO PELO POVO, E O GOVERNO É O PILOTO

OBS: ESTADO X GOVERNO


-ESTADO= FE (FEDERAÇÃO)
-GOVERNO=foRMa

-No P.C.O, eu elegi uma forma, um regime e uma sistema para esse governo. Eu fiz a
escolha de um=
– REGIME DE GOVERNO = Escolha definitiva = DEMOCRÁTICO (Semi-Direta ou Participativa)
– SISTEMA DE GOVERNO = Escolha precária -art. 2º, ADCT-(plebiscito de 93 – confirmado)=
PRESIDENCIALISTA
– FORMA DE GOVERNO = Escolha precária (plebiscito de 93 – confirmado) =
REPUBLICANA -
OBS: A FEDERAÇÃO TAMBÉM FOI UMA ESCOLHA DEFINITIVA NO PCO.

OBS: DEMOCRACIA
-Direta: o povo exerce o poder pelas próprias mãos, sem 3º intermediando.
-Representativa: o povo permite que 3º lhe representem, atuando nos seus interesses
-art. 1º, caput c/c art. 14 da CF (Adotamos um modelo híbrido- nem é 100% uma democracia
representativa(é o que prevalece, inclusive), nem é 100% uma democracia direta (que é menos forte
na nossa democracia). Assim, nossa democracia adota um sistema híbrido com cara de D.
Representativa, mas com resguardo de Democracia Direta.

OBS: Adotamos uma DEMOCRACIA SEMI-DIRETA OU PARTICIPATIVA, não apenas direta e


representativa.

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PODER CONSTITUINTE DERIVADO


– deriva de uma autorização concedida no P.C.O., a fim da necessidade de uma readequação do
mundo jurídico a partir de novos costumes e paradigmas.
– Poder que o povo tem de reformação futura na Constituição
– Reformar o ato originário: deriva de novos costumes, de transformações políticos sociais, de
transformações axiológica-valorativa e de novos paradigmas na sociedade.
– Reforma na Constituição: mudar a base, mudar o corpo, mudar a roupagem
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*características:
-superveniente:
-limitado: o povo pôs limites a essa manifestação superveniente, para que não viesse a esquartejar
certos dogmas, as quais a geração constituinte entendia que não poderia abrir mão
-condicionado

OBS: Alteração= REFORMA X MUTAÇÃO

Reforma (art. 60):


-incluir ou retirar um dispositivo da CF, através = {EC, PCDR, PROC. LEG., tendo origem no P.LEG.} =
Reformas de Inserção e de Supressão.
-Alteração da estrutura, da forma, e consequentemente do conteúdo.
-A EC, uma das sete fontes do processo legislativo constitucional, é o instrumento, é o instituto, é a
ferramenta por via da qual se formaliza a exteriorização do manifesto do Poder Constituinte Derivado.

Mutação:
-alteração através = {INTERPRETAÇÃO}. Não tem no P.LEG., PROC. LEG.
-Altera sem mexer na forma, não toco na forma (preservação formal).
-Nasce com a interpretação, obedecendo critérios da Hermenêutica.
-Altero a Constituição no seu conteúdo, no seu sentido.
-É alteração substancial, material, face aos novos costumes e paradigmas.

PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE


- está ligado as Constituições Estaduais

PCDDI (INSTITUIDOR) = CONSTITUIÇÃO ESTADUAL (inauguração da autonomia do


ente Estado-membro) = auto-organização
-cada povo pode fazer sua CE: poder de inaugurar o exercício de sua autonomia, fazendo
a auto-organização jurídica (gênese jurídica)

PCDDR (REFORMA) = EC
-poder de fazer emendas constitucionais estaduais.

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