Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


INSTITUTO DE HISTÓRIA

Disciplina: ​Tópico Especial em História Medieval - Os Grupos Populares na Idade Média.


Professor: ​Bruno Marconi da Costa
Período: ​2019/2.

1. Ementa
Populus​, ​plebs​, ​vulgus​, ​cives​, ​populares​, ​vulgares​, ​simplices​, ​pauperes​, ​illiteratti​, ​regnicoles​,
mediocres​, ​minores​, ​laici​, ​laborantes​, ​común​, ​commons​, ​le commun,​ ​popolo, ​pueblo,​ ​povo​. A
Idade Média europeia conhecia uma série de conceitos, cada um com sua especificidade
territorial, espacial e temática, para se referir aqueles pertencentes a grupos não-privilegiados.
Não possuímos registros documentais produzidos por eles para o período, mas suas marcas estão
espalhadas pelos indícios das mais diversas fontes - se suas ​vozes ​não são evidentes, seus ​ecos
podem ser escutados pelos mais atentos.

Um olhar superficial do período medieval pode vir a compreender esses grupos populares como
meros espectadores do teatro social - camponeses e artesãos ignorantes que, manipulados pela
religião, não tinham agência sobre sua própria história e viam as redes de intrigas que as elites
nobiliárquicas e burguesas fiavam. Mulheres submissas, muçulmanos e judeus isolados,
totalmente subjugados à lógica masculina, cristã e belicista das estruturas feudais. A partir de
novas abordagens e debates historiográficos ocorridos nos séculos XX e XXI, esses grupos
deixaram de ser vistos pelos historiadores como a platéia da História e passaram a ser
considerados atores sociais, que conhecem as estruturas dos jogos políticos e participam deles a
partir de sua própria cultura e experiência.

O objetivo do presente curso é realizar um esforço de caracterizar esses grupos populares e


escutar os ecos de suas vozes. O recorte temporal será a Baixa Idade Média - do século XI ao
XV. O recorte espacial envolverá a Europa Ocidental e as penínsulas Ibérica e Itálica. O
estudante será capaz de desenvolver uma reflexão teórica sobre os grupos populares na
abordagem da ​história vista de baixo,​ identificando os principais debates historiográficos que
envolvem o conceito de “cultura popular”; caracterizar os trabalhadores rurais e urbanos na
Idade Média Ocidental em sua relação com as estruturas dos grupos dominantes; analisar a
posição social das mulheres na Península Ibérica medieval; por fim, compreender a participação
política dos grupos populares a partir de sua inserção nas instituições medievais ou através das
revoltas.
2. Conteúdo programático
UNIDADE 1 - Debates téorico-metodológicos sobre os grupos populares na história
AULA 1:
Introdução ao curso: apresentação de ementa, debate sobre conceitos básicos, levantamento das
demandas dos alunos - recortes temporais e espaciais.

AULA 2 - A História Vista de Baixo - abordagem teórica e historiográfica:


-THOMPSON, Edward P. "Prefácio". In: ​A formação da classe operária inglesa​. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1987. p. 9-14.
-SHARPE, Jim. "A história vista de baixo". In: BURKE, Peter (org.). A Escrita da história:
novas perspectivas​. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1992. 39-62.

AULA 3 - Cultura Popular - debates sobre um conceito:


-BAKHTIN, Mikhail. "Apresentação do Problema". In: ​A Cultura Popular na Idade Média e
no Renascimento​. São Paulo: Hucitec, 1987. p. 1-50.
-DOMINGUES, Petrônio. "Cultura popular: as construções de um conceito na produção
historiográfica". ​História ​[online]. 2011, vol 30, n. 2, p. 401-419.

AULA 4 - Grupos populares na Idade Média - um conceito de história social:


-HAEMERS, Jelle; SOLORZANO TELECHEA, Jesús Maria. “Los grupos populares en las
ciudades de la Europa Medieval: reflexiones en torno a un concepto de historia social”. In:
BOLUMBURU, Beatriz Arízaga; HAEMERS, Jelle; SOLORZANO TELECHEA, Jesús Maria.
Los grupos populares en la ciudad medieval europea​. Logroño: Instituto de Estudios
Riojanos, 2014. p. 17-52.
-HAEMERS, Jelle; SOLORZANO TELECHEA, Jesús Maria. "Are ‘popular groups’ powerless?
Towards a research agenda". BOLUMBURU, Beatriz Arízaga; HAEMERS, Jelle;
SOLORZANO TELECHEA, Jesús Maria. ​Los grupos populares en la ciudad medieval
europea​. Logroño: Instituto de Estudios Riojanos, 2014. p. 545-554.

UNIDADE 2 - Trabalhadores e Pobres na Idade Média - Caracterização dos grupos sociais


AULA 5 - O trabalho no imaginário medieval.
-DUBY, Georges. "Campo de Investigação". In: ​As Três Ordens e o imaginário do
Feudalismo​. Lisboa: Estampa, 1994. p.12-24
-MOLLAT, Michel. “À Guisa de Introdução - Encontro com os Pobres: Seres Pouco Conhecidos
e Ambígüos”. In: ​Os pobres na Idade Média​. Rio de Janeiro: Campus, 1989. p. 1-11.

AULA 6 - Os camponeses na Idade Média - senhorio e feudalidade.


-DUBY, Georges. "Os Camponeses". In: Guerreiros e Camponeses - ​os primórdios do
crescimento económico europeu - séc VII-XII​. Lisboa: Estampa, p. 197-226.
-ASTARITA, Carlos. “Tuvo conciencia de clase el campesino medieval?” In: ​Edad Media.
Revista de Historia​. Vol 3, 2000. p. 89-113.

AULA 7 - O ambiente político urbano na Idade Média​ ​- comunas, concelhos


-GILLI, Patrick. "Política e Instituições: as quatro idades das cidades italianas" In: ​Cidades e
Sociedades Urbanas na Itália Medieval​. Campinas: UNICAMP; Belo Horizonte: UFMG,
2011. p. 97-56.
-COELHO, Maria Helena da Cruz. “‘​Em prol do bom governo da cidade’”​ - a presença das elites
urbanas nas cortes medievais portuguesas.” In: SOLÓRZANO TELECHEA, Jesús Ángel;
BOLUMBURU, Beatriz Arízaga (editores). ​La governanza de la ciudad europea en la Edad
Media​. Logroño: Instituto de Estudios Riojanos, 2011. p. 299-322.

AULA 8 - O trabalho nas Cidades Medievais:


-BRAUNSTEIN, Phillipe. “Artesãos”. In: LE GOFF, Jacques, SCHMIDT, Jean-Claude (org).
Dicionário Temático do Ocidente Medieval​. EDUSC, 2002. Volume 1. p. 83-90
-MELO, Arnaldo de Sousa. “Entre o trabalho ordenado e o trabalho livre”. In: SOLÓRZANO
TELECHEA, Jesús Ángel; MELO, Arnaldo Sousa. (editores). ​Trabajar en la Ciudad Medieval
Europea​. Logroño: Instituto de Estudios Riojanos, 2018. p. 23-38.

AULA 9 e 10- As trabalhadoras na Idade Média: a condição feminina na cidade e no


campo
-COELHO, Maria Helena da Cruz. "A Mulher e o trabalho nas cidades medievais portuguesas".
In: ​Homens, Espaços e Poderes (séculos XI-XVI) - I - Notas do Viver Social​. Lisboa:
Horizonte, 1990. p. 37-59.
- MACEDO, José Rivair. "Realidades sociais e atividades profissionais". In: ​A mulher na Idade
Média​. São Paulo: Contexto, 2002. p. 31-46.
-TOMÉ, Beatriz Majo. "Mujeres y concejos en Castilla en la Baja Edad Media". In:
BOLUMBURU, Beatriz Arízaga; HAEMERS, Jelle; SOLORZANO TELECHEA, Jesús Maria.
Los grupos populares en la ciudad medieval europea​. Logroño: Instituto de Estudios
Riojanos, 2014. p. 469-498
-MARTÍNEZ, María Martínez. "Tiempo y espacio de las mujeres trabajadores en una ciudad de
frontera (Murcia, siglos XIII-XV). In: SOLÓRZANO TELECHEA, Jesús Ángel; MELO,
Arnaldo Sousa. (editores). ​Trabajar en la Ciudad Medieval Europea​. Logroño: Instituto de
Estudios Riojanos, 2018. p. 411-450.
-VANDEWEERDT, Nena. "From the tavern to the meat hall. Women's economic activities in
the fifteenth and sixteenth century butchers guild in Leuven". In: SOLÓRZANO TELECHEA,
Jesús Ángel; MELO, Arnaldo Sousa. (editores). ​Trabajar en la Ciudad Medieval Europea​.
Logroño: Instituto de Estudios Riojanos, 2018. p. 451-470.
-SOWINA, Urszula. "Women's economic activity in Polish Towns in the Turn of the Middle
Ages and the Early Modern Time". In: SOLÓRZANO TELECHEA, Jesús Ángel; MELO,
Arnaldo Sousa. (editores). ​Trabajar en la Ciudad Medieval Europea​. Logroño: Instituto de
Estudios Riojanos, 2018. p. 471-486.
-COHN JR., Samuel K. “Women, Ideology and Repression”. In: Lust for Liberty - The Politics
of Social revolt in Medieval Europe, 1200-1425​. Cambridge, London: Harvard University,
2006. p. 130-156.

UNIDADE 3 - Solidariedade e conflitos sociais - ações coletivas de resistência dos grupos


populares
AULA 11 - Estratégias políticas dos grupos populares na Idade Média:
-MONSALVO-ANTÓN, José Maria. “La participación política de los pecheros en los
municipios castellanos de la Baja Edad Media: Aspectos organizativos”. In: ​Studia Historica,
Idade Medieval.​ Salamanca: Universidad de Salamanca, 1989. Nº 7, p. 37- 92.
-SOLÓRZANO TELECHEA, Jesús Ángel. “Las voces del común en el mundo urbano de la
España atlántica en la Baja Edad Media. In: BOLUMBURU, Beatriz Arízaga; HAEMERS, Jelle;
SOLORZANO TELECHEA, Jesús Maria. ​Los grupos populares en la ciudad medieval
europea​. Logroño: Instituto de Estudios Riojanos, 2014. p. 301-344.

AULA 12 - As Revoltas Sociais Rurais e Urbanas do século XIV:


-COHN JR., Samuel K. "Introduction". In: Lust for Liberty - The Politics of Social revolt in
Medieval Europe, 1200-1425​. Cambridge, London: Harvard University, 2006. p. 1-24.
-COSTA, Ricardo da. “Revoltas camponesas na Idade Média - 1358: a violência da Jacquerie na
visão de Jean Froissart”. In: CHEVITARESE, André (org.). ​O campesinato na História. Rio de
Janeiro: Relume Dumará / FAPERJ, 2002, p. 97-115 (disponível em
https://www.ricardocosta.com/artigo/revoltas-camponesas-na-idade-media-1358-violencia-da-jac
querie-na-visao-de-jean-froissart​).

3. Proposta inicial de avaliação


Nota 1: apresentação de um texto em sala de aula em formato de seminário. Cada estudante
ficará responsável por um texto. Deverá apresentar um ​fichamento com as principais partes do
texto e disponibilizar uma cópia para cada outro estudante da turma.
Nota 2: trabalho de final de curso de 8 a 12 páginas - um paper sobre um dos assuntos estudados
no semestre.

4. Bibliografia
AULA 2 - A História Vista de Baixo - abordagem teórica e historiográfica:
BENJAMIN, Walter. "Experiência e pobreza". In: Magia e Técnica, Arte e Política - Ensaios
sobre literatura e História da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 114-119.
BENJAMIN, Walter. “O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov”. In: Magia e
Técnica, Arte e Política - Ensaios sobre literatura e História da cultura. São Paulo: Brasiliense,
1987. p. 197-221.
BENJAMIN, Walter. “Sobre o conceito de História”. In: Magia e Técnica, Arte e Política -
Ensaios sobre literatura e História da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 222-234.
BIANCHI, Álvaro. “Experiência e história em Walter Benjamin”. In: Arqueomarxismo. São
Paulo: Alameda, 2013. p. 187-214.
SHARPE, Jim. “A História vista de baixo”. In: BURKE, Peter (org). A Escrita da História:
Novas perspectivas. São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 1992. 39-62.
THOMPSON, E. P. Eighteenth-Century English Society: Class Struggle without Classes? In:
Social History, Vol. 3, No. 2 1978, p. 133-165.
THOMPSON, E. P. A Miséria da Teoria ou um planetário de erros: uma crítica ao pensamento
de Althusser. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
THOMPSON, E. P. “Prefácio”. In: A Formação da Classe Operária Inglesa. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 1987. p. 9-14.
TILLY, Charles. From Mobilization to Revolution. Michigan: CRSO Working Paper, 1977.

AULA 3 - Cultura Popular - debates sobre um conceito:


BAKHTIN, Mikhail. "Apresentação do Problema". In: ​A Cultura Popular na Idade Média e
no Renascimento​. São Paulo: Hucitec, 1987. p. 1-50.
BARROCA, Mário Jorge. “Memórias”. In: MATTOSO, José. (dir) História da Vida Privada em
Portugal. Lisboa: Círculo de Leitores, 2010. p. 418-454.
BURKE, Peter. Variedades de história cultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
BURKE, Peter. O que é história cultural? Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
BURKE, Peter. Cultura Popular na Idade Moderna: Europa 1500-1800. São Paulo: Companhia
das Letras, 2010.
CHARTIER, Roger. "Cultura Popular" - revisitando um conceito historiográfico. In: Estudos
Históricos. Rio de Janeiro, vol 8, n. 16, 1995. p. 179-192.
DOMINGUES, Petrônio. "Cultura popular: as construções de um conceito na produção
historiográfica". ​História ​[online]. 2011, vol 30, n. 2, p. 401-419.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela
Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
THOMPSON, E. P. Costumes em comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

AULA 4 - Grupos populares na Idade Média - um conceito de história social:


BEIRANTE, Maria Ângela. As estruturas sociais em Fernão Lopes. Lisboa: Horizonte, 1984.
COELHO, Maria Helena da Cruz. "Clivagens e Equilíbrios da Sociedade Portuguesa
Quatrocentista". In: Revista Tempo. Rio de Janeiro, Volume 3, nº 5, 1998. p. 121-145.
COELHO, Maria Helena da Cruz. “O povo - a identidade e a diferença no trabalho”. In:
OLIVEIRA MARQUES, A. H. et SERRÃO, Joel (dir), COELHO, Maria Helena da Cruz et
HOMEM, Armando Luís de Carvalho (cor). Nova História de Portugal – Volume III: Portugal
em Definição de Fronteiras. Lisboa: Presença, 1996.
HAEMERS, Jelle. “Urban history of the medieval Low Contries: research trends and new
perspectives (2000-10)”. In: Urban History, 38,2. Cambridge: Cambridge University Press, 2011.
p. 345-354.
TAVARES, Maria José Pimenta Ferro. Pobreza e morte em Portugal na Idade Média. Lisboa:
Presença, 1989.
TAVARES, Maria José Ferro. "Pobres, Minorias e Marginais: Localização no Espaço Urbano".
In: Actas das Jornadas Inter e Pluridisciplinares - A Cidade, vol. 1, Lisboa, Universidade Aberta,
1993. p. 141-153.
TELECHEA, Jesús Ángel Solórzano et HAEMERS, Jelle. “Los grupos populares en las ciudades
de la Europa medieval: reflexiones en torno a un concepto de historia social”. In: TELECHEA,
J., BOLUMBURU, B et HAEMERS, J. (ed). Los grupos populares en la ciudad medieval
europea. La Rioja: Instituto de Estudios Riojanos, 2014. p. 17- 49.

AULA 5 - O trabalho no imaginário medieval.


DUBY, Georges. As Três Ordens ou o Imaginário do Feudalismo. Lisboa: Estampa, 1994.
LE GOFF, Jacques (dir). O homem medieval. Lisboa: Presença, 1989.
HEERS, Jacques. O Trabalho na Idade Média. Coleção Saber: Publicações Europa-América,
1965.
SOLÓRZANO TELECHEA, Jesús Ángel; MELO, Arnaldo Sousa. (editores). ​Trabajar en la
Ciudad Medieval Europea​. Logroño: Instituto de Estudios Riojanos, 2018.

AULA 6 - Os camponeses na Idade Média - senhorio e feudalidade.


ASTARITA, Carlos. “Tuvo conciencia de clase el campesino medieval?” In: Edad Media -
Revista de Historia, 2000. p. 89-113.
ASTARITA, Carlos. Del feudalismo al capitalismo - Cambio social y político en Castilla y
Europa Occidental, 1250-1520. Valencia: Universidad de Valencia, 2005.
TOGNIERI, Reyna Pastor. “Consenso y violencia en el campesinado feudal.” In: En la España
Medieval. Tomo V. Madri: Universidad Complutense, 1986. p. 731-742.

AULA 7 - O ambiente político urbano na Idade Média - comunas, concelhos


ANDRADE, Amélia Aguiar. Horizontes Urbanos Medievais. Lisboa: Horizonte, 2003.
CARVALHO, Sérgio Luís. Cidades Medievais Portuguesas – Uma Introdução ao seu estudo.
Lisboa: Horizonte, 1989.
COELHO, Maria Helena da Cruz. “O Estado e as Sociedades Urbanas”. In: A Génese do Estado
Moderno em Portugal – Ciclo temático de conferências organizado pela Universidade Autônoma
de Lisboa no ano lectivo de 1996/1997. Lisboa: Universidade Autônoma, 1997. p. 269-292.
COELHO, Maria Helena da Cruz. "No palco e nos bastidores do Poder Local". In: FONSECA,
Fernando Taveira da (cor). O poder local em tempo de Globalização – uma história e um futuro.
Coimbra: Centro de Estudos e Formação Autárquica, 2005. p. 49-74.
COELHO, Maria Helena da Cruz e MAGALHÃES, Joaquim Romero. O poder concelhio: das
origens às cortes constituintes. Coimbra: Centro de Estudos e Formação Autárquica, 2008.
FARELO, Mário Sérgio. A Oligarquia Camarária de Lisboa (1325-1433). Tese de Doutoramento
em História. Lisboa: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2008.
GILLI, Patrick. Cidades e sociedades urbanas na Itália Medieval. Campinas: Editora da
Unicamp; Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.
HILTON, Rodney H. English and French Towns in Feudal Society: a comparative study.
Cambridge: Cambridge University Press, 1992.
LE GOFF, Jacques. O Apogeu da Cidade Medieval. São Paulo: Martins Fontes, 1992. LE GOFF,
Jacques. “Tentative de Conclusions”. In: Les Élites Urbaines au Moyen Age. Paris: Sorbonne,
1997. p. 443-456.
LE GOFF, Jacques. Por amor das Cidades. Lisboa: Teorema, 1997.
Les Élites Urbaines au Moyen Age. Paris: Sorbonne, 1997.
LOPEZ, Robert et BERENGO, Marino. A cidade medieval. Lisboa: Presença, 1988.
MARTINS, Miguel Gomes. “O Concelho de Lisboa durante a Idade Média – Homens e
Organização Municipal (1179-1383). In: Cadernos do Arquivo Municipal de Lisboa. Lisboa:
Câmara Municipal, 2004. Série I, número 7. p. 64-110.
MIRANDA, Flávio. “Urban economy in a ‘Kingdom without Cities’: population and exchange
in late medieval Portugal”. In: ANDRADE, Amélia Aguiar; COSTA, Adelaide Millán. La ville
médiévale en débat. Lisboa: IEM, 2013. p. 175-183.
OLIVEIRA MARQUES, A. H., GONÇALVES, Iria, ANDRADE, Amélia Aguiar. Atlas das
Cidades Medievais Portuguesas. Lisboa: Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de
Lisboa, 1990.

AULA 8 - O trabalho nas Cidades Medievais:


ALMEIDA, Adriana e SEQUEIRA, Joana. "Construire un glossaire de termes textiles
médiévaux portugais". In: Colloque Vêtements & Textiles. Dijon, 2011. p. 1-16.
Artistes, Artisans et production artistique au Moyen Âge. Colloque international CNRS
Université de Rennes II – Haute-Bretagne, 2-6 mai 1983, org. e ed. par Xavier Barral i Altet, vol.
1, Paris: Les Hommes, 1986.
ASENJO GONZÁLES, Maria. “El ritmo de la comunidad: vivir en la ciudad, las artes y los
oficios en la Corona de Castilla”. In: DE LA IGLESIA, J. I. (Ed.) La vida cotidiana en la Edad
Media: VIII Semana de Estudios Medievales de Nájera. Logroño: Instututo de Estudios
Riojanos, 1998. p. 169-200.
COELHO, Maria Helena da Cruz. “As confrarias medievais portuguesas: espaços de
solidariedades na vida e na morte”. Separata de: Atas da XIX Semana de Estudios Medievales -
confradías, gremios, solidaridades en la Europa Medieval. Estella. 1992.
ESPINACH, Germán Navarro. “Estudios sobre industria y artesanado en la españa medieval”.
In: Actas y Comunicaciones del Instituto de Historia Antigua y Medieval. Buenos Aires:
Universidad de Buenos Aires, 2012. Volume 8.
IRADIEL, Paulino. "Feudalismo Agrario y Artesanado Corporativo." In: Studia historica -
historia medieval. nº 2, 1984, p. 55-88.
LANGHANS, Franz-Paul de Almeida. A antiga Organização dos Mesteres da Cidade de Lisboa.
Lisboa: Imprensa Nacional, 1942.
LANGHANS, Franz-Paul de Almeida. As Antigas Corporações dos ofícios mecânicos e a
Câmara de Lisboa, Lisboa: Câmara Municipal, 1942 (separata de Revista Municipal (Lisboa), nº
7, 8 e 9).
LANGHANS, Franz-Paul de Almeida. As Corporações dos Ofícios Mecânicos. Subsídios para a
sua História. vol. I, Lisboa: Imprensa Nacional. 1943.
LANGHANS, Franz-Paul de Almeida. A Casa dos Vinte e Quatro de Lisboa. Subsídios para a
sua história. Lisboa: Imprensa Nacional, 1948.
MELO, Arnaldo Rui de Sousa. Trabalho e Produção em Portugal na Idade Média. O Porto, c.
1320 – c. 1415. Tese de Doutoramento defendida na Universidade de Braga, 2008. 2 v.
MONSALVO-ANTÓN, José Maria. “Los artesanos y la política en la Castilla medieval.
Hipótesis acerca de la ausencia de las corporaciones de oficio de las instituciones de gobierno
urbano”. In: CASTILLO, S. e FERNANDÉZ, R. (cor.), Historia social y ciencias sociales.
Lleida: Milenio, 2001. pp. 292-319.

AULA 9 e 10- As trabalhadoras na Idade Média: a condição feminina na cidade e no


campo
COELHO, Maria Helena da Cruz. “A mulher e o trabalho nas cidades medievais”. In: Homens,
Espaços e Poderes – Séculos XI-XVI. Volume I: Notas do Viver Social. Lisboa: Horizonte,
1990. p. 37-59.
COHN JR., Samuel K. “Women, Ideology and Repression”. In: Lust for Liberty - The Politics
of Social revolt in Medieval Europe, 1200-1425​. Cambridge, London: Harvard University,
2006. p. 130-156
MACEDO, José Rivair. "Realidades sociais e atividades profissionais". In: ​A mulher na Idade
Média​. São Paulo: Contexto, 2002. p. 31-46.
MARTÍNEZ, María Martínez. "Tiempo y espacio de las mujeres trabajadores en una ciudad de
frontera (Murcia, siglos XIII-XV). In: SOLÓRZANO TELECHEA, Jesús Ángel; MELO,
Arnaldo Sousa. (editores). ​Trabajar en la Ciudad Medieval Europea​. Logroño: Instituto de
Estudios Riojanos, 2018. p. 411-450.
RUCQUOI, Adeline. La mujer medieval. Cuadernos história 16, Madrid.n. 262, 1985.
SEQUEIRA, Joana, MELO, Arnaldo Sousa. “A mulher na produção têxtil portuguesa
tardo-medieval”. Medievalista. Nº11, 2012.
SOLÉ, Gloria. La mujer en la Edad Media: una aproximación historiográfica. In: Anuario
Filosófico, 1993 (26). p. 653-670.
SOWINA, Urszula. "Women's economic activity in Polish Towns in the Turn of the Middle
Ages and the Early Modern Time". In: SOLÓRZANO TELECHEA, Jesús Ángel; MELO,
Arnaldo Sousa. (editores). ​Trabajar en la Ciudad Medieval Europea​. Logroño: Instituto de
Estudios Riojanos, 2018. p. 471-486.
VANDEWEERDT, Nena. "From the tavern to the meat hall. Women's economic activities in the
fifteenth and sixteenth century butchers guild in Leuven". In: SOLÓRZANO TELECHEA,
Jesús Ángel; MELO, Arnaldo Sousa. (editores). ​Trabajar en la Ciudad Medieval Europea​.
Logroño: Instituto de Estudios Riojanos, 2018. p. 451-470.
TOMÉ, Beatriz Majo. "Mujeres y concejos en Castilla en la Baja Edad Media". In:
BOLUMBURU, Beatriz Arízaga; HAEMERS, Jelle; SOLORZANO TELECHEA, Jesús Maria.
Los grupos populares en la ciudad medieval europea​. Logroño: Instituto de Estudios
Riojanos, 2014. p. 469-498

AULA 11 - Estratégias políticas dos grupos populares na Idade Média:


DUMOLYN, Jan et HAMERS, Jelle. “Reclaiming the Common Sphere of the City - The Revival
of the Bruges Commune in the Late Thirteenth Century”. In: GENET, Jean-Philippe (dir). La
legitimité implicite. Roma-Parigi: École française de Rome, 2015. Volume 2, p. 161-188.
HAEMERS, Jelle. “Ad petitionem burgensium. Petitions and peaceful resistane of craftsmen in
Flanders and Mechelen (13th-16th centuries)”. In: TELECHEA, J., BOLUMBURU, B et
HAEMERS, J. (ed). Los grupos populares en la ciudad medieval europea. La Rioja: Instituto de
Estudios Riojanos, 2014. p. 371-394.
MATTOSO, José. “Contrastes entre Cidade e o Campo”, “Luta de classes?” In: SARAIVA, José
Hermano (dir). História de Portugal. Lisboa: Alfa, 1983, p. 159-199.
MELO, Arnaldo de Sousa. "Os mesteirais e o governo urbano do Porto nos séculos XIV e XV".
In: TELECHEA, Jesús Ángel Solórzano e BOLLUMBURU, Beatriz Arízaga (editores). La
gobernanza de la ciudad europea en la Edad Media. Logrono: Instituto de Estudios Riojanos.
2011. p. 323-347.
MELO, Arnaldo Sousa e RIBEIRO, Maria do Carmo. "A influência das atividades económicas
na organização da cidade medieval portuguesa." In: RIBEIRO, Maria do Carmo et MELO,
Arnaldo Sousa. Evolução da paisagem urbana: sociedade e economia. Braga: CITCEM, 2012. p.
145-171.
MELO, Arnaldo Sousa. "Modalités d'association des métiers au Portugal aux XIV et XV siècles
- le cas du Porto". In: Uomini Paesaggi Storie: studi di storia medievale per Giovanni Cherubini.
Siena: Salvietti & Barabuffi, 2012. p. 289-299.
MELO, Arnaldo Rui de Sousa. “Os mesteirais e o poder concelhio nas cidades medievais
portuguesas (sécs XIV e XV)”. In: Edad Media. Revista de Historia, 14, 2013. p. 149-170.
MONSALVO-ANTÓN, José Maria. “La participación política de los pecheros en los municipios
castellanos de la Baja Edad Media: Aspectos organizativos”. In: Studia Historica, Idade
Medieval. Salamanca: Universidad de Salamanca, 1989. Nº 7, p. 37- 92.
MONSALVO ANTÓN, José Maria. "Ideario sociopolítico y valores estamentales de los
pecheros abulenses y salmantinos (ss XIII-XV). In: Hispania - Revista Española de Historia.
2011, vol. LXXI. p. 325-362.
TELECHEA, José Ángel Solorzano. "Las voces del común en el mundo urbano de la España
atlántica en la Baja Edad Media", Telechea, J., Bolumburu, B et Haemers, J. (ed). Los grupos
populares en la ciudad medieval europea. La Rioja: Instituto de Estudios Riojanos, 2014. p.
301-344.

AULA 12 - As Revoltas Sociais Rurais e Urbanas do século XIV:


COHN, Samuel K. Popular Protest in Late Medieval Europe. Manchester: Manchester University
Press. 2004.
COHN, Samuel K. Lust for Liberty - The politics of social revolt in medieval europe,
1200-1425. Massachusetts: Harvard University Press, 2006.
CUNHAL, Álvaro. As Lutas de Classes em Portugal nos Fins da Idade Média. Lisboa: Estampa,
1980.
DUMOLYN, Jan. HAEMERS, Jelle. "Patterns of urban rebellion in medieval Flandres". In:
Journal of Medieval History. Elsevier, 2005. 31. p. 369-393.
HERRER, Hipólito Rafael Oliva. "Conflictos antiseñoriales en el reino de Castilla a fines de la
Edad Media: viejas preguntas, nuevas respostas?" In: HID, 36. 2009. p. 313-332.
HILTON, Rodney. Bond Men Made Free - Medieval Peasant Movements and the English Rising
of 1381. New York: Routledge. 2003.
MOLLAT, Michel et WOLFF, Phillipe. Ongles bleus, Jacques et Ciompi - Les révolutions
populaires en Europe aux XIVe et XVe Siècles. Paris: Flammarion. 1993.
TAVARES, Maria José Pimenta Ferro. “A Revolta dos Mesteirais de 1383”. In: Separata das
Actas das III Jornadas Arqueológicas. Lisboa: Associação dos Arqueólogos Portugueses, 1978.
p. 359-363.

Você também pode gostar