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Loriga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, localmente
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do nome atual, do gentilico
loricense e da principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. A propósito de Viriato, sublinha-se uma antiga tradição que aponta Loriga como berço deste herói
lusitano, tendo inclusive havido a intenção de erigir um monumento, projeto que não chegou a concretizar-se. No local do
actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
Igreja Matriz de Loriga,
Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia,
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. e no início da nacionalidade à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria
Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana Fontanário em Loriga, um
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. dos três construídos pela
comunidade loriguense de
Manaus.
História posterior ao séc. XVIII
Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A ponte romana ainda existente está
na Ribeira de Loriga e a ponte romana que ruiu na Ribeira de São Bento foi substituída no século XIX pela que ainda existe,
também construída em pedra.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro Rua da Oliveira, na àrea
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este mais antiga do centro
histórico
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (santo que nunca existiu), deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é
também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual e conhecido localmente por Calhorras), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De
entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida
ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única
é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente desde o século Busto do, Dr Joaquim A.
passado como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Amorim da Fonseca,
Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi Loriga.
erradamente e teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado
pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica
autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um outro brasão destinado a substituir o já referido
"brasão" ilegal que teimam em usar e que foi colocado neste artigo, mas também foi chumbado pelas referidas autoridades competentes (Comissão de Heráldica da
AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=51071340"

Esta página foi editada pela última vez à(s) 18h33min de 22 de janeiro de 2018.

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condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, também
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do gentilico loricense e da
principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. No local do actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia
e depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
Igreja Matriz de Loriga,
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Fontanário em Loriga, um
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana dos três construídos pela
comunidade loriguense de
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.
Manaus.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os
loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira, na àrea
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. mais antiga do centro
histórico
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como Busto do, Dr Joaquim A.
símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um Amorim da Fonseca,
engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi erradamente e Loriga.
teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa,
pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um brasão que foi chumbado pelas referidas autoridades competentes
(Comissão de Heráldica da AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

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condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda, na
Loriga
província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km² de área,
Portugal
1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz
parte do Parque Natural da Serra da Estrela. Freguesia

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e


320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-existente e pré-projetado, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas
960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca
de 770 m de altitude, na sua parte urbana mais baixa,
rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Vista geral de Loriga
Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e socioculturais, que abrangem todos os grupos Loriga
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem nos limites aproximados do antigo concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da
Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado
em Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial País Portugal
Festividades Região Centro
Gastronomia Sub-região Serra da Estrela
Personagens Província Beira Alta
Brasão Concelho Seia
Acordos de geminação
Administração
Ver também
- Tipo Junta de freguesia
Ligações externas
- Presidente José Manuel de Almeida
Fontes Pinto, conhecido localmente
Referências por Zeca Maria
("independente")
Área

População - Total 36,52 km²


População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
Gentílico Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.
População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra
da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou
Loriga, designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente dos motivos é certo que os romanos lhe puseram o nome de Lorica,
do qual deriva o gentílico Loricense, tal como Loriguense deriva de Loriga, que serve para designar os naturais da vila. Sendo um nome histórico e único em
Portugal justifica que a couraça seja a peça principal do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século
XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.

Uma antiga tradição profusamente documentada aponta Loriga como berço de Viriato, tendo havido um projeto nunca
concretizado de erigir um monumento a esse herói lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do
actual Bairro de São Ginês (nome dado pelos loriguenses a São Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao
promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. Os
loriguenses mudaram o nome ao santo (São Ginês nunca existiu), deixaram arruinar a ermida e finalmente reconstruíram-na
Igreja Matriz de Loriga - vista
com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo.
interior.

Loriga era uma paróquia criada pelos Visigodos, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e
a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e
que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior
lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. Fontanário em Loriga.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, mas essa atividade têxtil já existia em moldes artesanais no XIV. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só
a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de
Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da indústria textil, tornou-se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, que entrou em declínio durante durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, tendo perdido mais de metade da população entre os anos de 1989 e 2015. facto que não afetou de
maneira de forma tão grave a maioria das outras regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se
nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga,
conhecida também como Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
"Poço
Chãodo daZéRibeira
Lages". festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior e por isso é o orago da Igreja
Matriz e da paróquia desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como símbolo da Busto do, Dr Joaquim A.
freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Amorim da Fonseca,
moinho com roda hidráulica.[5] Este pseudobrasão nunca foi aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Loriga.
Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que
não tem carácter oficial.[6] Esse pseudobrasão foi aqui apresentado durante anos como sendo oficial, apesar dos avisos e após o vandalismo de que o artigo foi alvo,
tendo sido constantemente alvo de bloqueio para impedir a correção do mesmo. Em 2017 o pseudobrasão foi finalmente retirado do artigo e os identificados
pseudoeditores responsáveis por essa vergonha, que afetou a imagem de Loriga e da Wikipedia, foram ameaçados de bloqueio se o voltassem a colocar no artigo.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)
Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.archive.org/web/200312
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 23170552/http://www2.cm-seia.pt/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54190634"

Esta página foi editada pela última vez às 16h35min de 1 de fevereiro de 2019.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da Creative Commons; pode estar sujeito a
condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do
Loriga
concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta,
Portugal
região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km²
de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de Freguesia
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a


20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006,
seguindo um traçado pré-existente e pré-projetado, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas
960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa
Comprida.

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
Loriga
a uma paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária


localização geográfica. Está situada a cerca de 770 m de altitude, na
sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes


ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma
obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e


socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado Localização de Loriga em Portugal

em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos País Portugal
serviços se desenvolvem nos limites aproximados do antigo Região Centro
concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas Sub-região Serra da Estrela
obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto
Província Beira Alta
de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Concelho Seia
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro
do mesmo ano.[1] Administração
- Tipo Junta de freguesia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia. - Presidente José Manuel de Almeida
Pinto, conhecido localmente
por Zeca Maria
("independente")

Índice Área
- Total 36,52 km²
População
População (2011)
Toponímia
- Total 1 053
História
• Densidade 28,8 hab./km²
Forais
História até ao final do séc. XVIII Gentílico Loriguense ou Loricense
História posterior ao séc. XVIII Código postal 6270
Património de destaque Orago Santa Maria Maior
Praia fluvial Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.
Festividades
Gastronomia
Personagens
Brasão
Acordos de geminação
Ver também
Ligações externas
Fontes
Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos
Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente dos motivos é certo que os romanos lhe puseram o nome de
Lorica, do qual deriva o gentílico Loricense, tal como Loriguense deriva de Loriga, que serve para designar os naturais da
vila. Sendo um nome histórico e único em Portugal justifica que a couraça seja a peça principal do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das
Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D.
Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu
para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi
escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de
pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da
agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.
Uma antiga tradição profusamente documentada aponta Loriga como berço de
Viriato, tendo havido um projeto nunca concretizado de erigir um monumento a esse
herói lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,


mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte
da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual
Bairro de São Ginês (nome dado pelos loriguenses a São Gens) existiam já algumas
Igreja Matriz de Loriga - vista
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
interior.
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. Os loriguenses mudaram
o nome ao santo (São Ginês nunca existiu), deixaram arruinar a ermida e finalmente
reconstruíram-na com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo.

Loriga era uma paróquia criada pelos Visigodos, pertenceu à Vigararia do Padroado
Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a


residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do Fontanário em Loriga.
edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês
de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade
serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, mas essa atividade têxtil já existia em moldes
artesanais no XIV. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só
conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número
de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial
desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil
anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da indústria


textil, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, que entrou em
declínio durante durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, tendo perdido mais de metade da população entre os anos de
1989 e 2015. facto que não afetou de maneira de forma tão grave a maioria das outras
regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas
indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura
e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,
Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,
com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em
Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída),
o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.
A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma
grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na
Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem
cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua
recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros
mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um
santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Rua da Oliveira
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a
capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses
mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais
galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira
"Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas
dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas,
do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Praia fluvial de Loriga,
conhecida também como Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta
"Poço
Chão dodaZé Lages".
Ribeira das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por
altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões.
Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da
Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria
Maior e por isso é o orago da Igreja Matriz e da paróquia desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em
honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a
broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande
parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga
faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa Busto do, Dr Joaquim A.
formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira Amorim da Fonseca,
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Loriga.
moinho com roda hidráulica.[5] Este pseudobrasão nunca foi aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, que
regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Esse pseudobrasão foi aqui apresentado
durante anos como sendo oficial, apesar dos avisos e após o vandalismo de que o artigo foi alvo, tendo sido
constantemente alvo de bloqueio para impedir a correção do mesmo. Em 2017 o pseudobrasão foi finalmente retirado do
artigo e os identificados pseudoeditores responsáveis por essa vergonha, que afetou a imagem de Loriga e da Wikipedia,
foram ameaçados de bloqueio se o voltassem a colocar no artigo.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.ht
m)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata=
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/201
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
2/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/).
com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.p
Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
hp/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de
|acessodata= (ajuda)
-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) -
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.arch
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
ive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.pt/c
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
oncelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAz
Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
ul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54190634"

Esta página foi editada pela última vez às 16h35min de 1 de fevereiro de 2019.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do
Loriga
concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta,
Portugal
região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km²
de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de Freguesia
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a


20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006,
seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e
1650 m, junto à Lagoa Comprida.

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina.
Loriga

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária


localização geográfica. Está situada a cerca de 770 m de altitude, na
sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes


ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma
obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e


socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado
em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Localização de Loriga em Portugal

1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de País Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, Região Centro
e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se Sub-região Serra da Estrela
as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício
Província Beira Alta
concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]
Concelho Seia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia. Administração
- Tipo Junta de freguesia
- Presidente António Maurício Moura
Índice Mendes (PS)
População Área
Toponímia - Total 36,52 km²
História População (2011)
Forais - Total 1 053
História até ao final do séc. XVIII • Densidade 28,8 hab./km²
História posterior ao séc. XVIII
Gentílico Loriguense ou Loricense
Património de destaque
Código postal 6270
Praia fluvial
Orago Santa Maria Maior
Festividades
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
Gastronomia mais altas de Portugal.
Personagens
Brasão
Acordos de geminação
Ver também
Ligações externas
Fontes
Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos
Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo do nome, certo é que foram romanos que o puseram,
sendo portanto um nome histórico, antigo e único em Portugal, facto que só por si justifica que a couraça seja a peça
principal do brasão da vila. A origem do nome, também explicado pela filologia, também justifica o gentílico loricense, que
deriva de Lorica tal como loriguense deriva de Loriga.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das
Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D.
Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser sede de
concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o
mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi
escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de
pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da
agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.

Uma tradição muito antiga e documentada, aponta Loriga como berço de Viriato, e já houve na vila um projecto que não
chegou a concretizar-se, para erigir um monumento a este heroi lusitano.
Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,
mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte
da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual
Bairro de São Ginês, nome dado pelos loriguenses a São Gens (São Ginês nunca
existiu), existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima
do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga, antiga paróquia criada pelos visigodos,


Igreja Matriz de Loriga - vista
era uma paróquia pertencente à Vigararia do
interior.
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.
Fontanário em Loriga.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a
residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, no entanto essa atividade já existia no século
XIV em modo artesanal. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga
no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois
mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que
entrou em declínio durante durante a última década do século passado o que está a
levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores
de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica
e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,
Largo do Pelourinho. Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,
com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em
Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída),
o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que
lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o
facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do
Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São
Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia
Rua da Oliveira
foi uma das 298 praias nacionais galardoadas
com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012
recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas,
do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, no Festividades


local conhecido há séculos
por Chão da Ribeira". Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta
das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por
altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os
anos, no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira da vila de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior, e por isso é o
orago da paróquia e da Igreja Matriz desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da
Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a
broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande
parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga
faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa Busto do, Dr Joaquim A.
formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira Amorim da Fonseca,
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Loriga.
moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão", aqui teimosamente apresentado durante
anos como oficial, após a vandalização do artigo e apesar dos avisos, nunca foi nem jamais poderá ser aprovado pela
Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto
de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem nem nunca teve carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.
Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage de Loriga (http://loriga.wikidot.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.ht
m)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata=
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/201
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
2/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/).
com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.p
Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
hp/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de
|acessodata= (ajuda)
-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) -
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.arch
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
ive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.pt/c
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
oncelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAz
Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
ul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54100892"

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, também
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do gentilico loricense e da
principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. No local do actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia
e depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
Igreja Matriz de Loriga,
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Fontanário em Loriga, um
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana dos três construídos pela
comunidade loriguense de
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.
Manaus.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os
loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira, na àrea
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. mais antiga do centro
histórico
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como Busto do, Dr Joaquim A.
símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um Amorim da Fonseca,
engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi erradamente e Loriga.
teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa,
pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um brasão que foi chumbado pelas referidas autoridades competentes
(Comissão de Heráldica da AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=51020192"

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Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a
condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à
Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m, na sua
Vista panorâmica de Loriga e do vale parte urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os cerca
uma paisagem alpina. de 1100 m de
altitude, rodeada
por montanhas, Loriga
das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de
altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento,
que se unem depois da E.T.A.R. para formarem um dos
afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um belo vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Embora seja vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loriguense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo, certo é que os romanos lhe puseram
o nome de Lorica, origem do gentilico Loricense, sendo que toda a envolvente simbólica e histórica do nome
faz com que a Lorica/Loriga seja considerada, pelos especialistas em heráldica portuguesa, uma peça heráldica
"falante" fundamental no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenamento territorial levado a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição diz ter nascido nesta
povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da Rua
de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa linha defensiva da
antiga povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Igreja Matriz de Loriga, Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
dedicada a Santa Maria Maior
padroeira desta vila (por isso Loriga era uma paróquia, criada pelos
lhe foi dedicado o principal Visigodos na antiga Diocese de Egitânia,
templo) ­ vista interior. pertencente à Vigararia do Padroado Real e a
Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago
era já o de Santa Maria Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada
uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada
para o adro, onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com
três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.
Um dos monumentais
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também fontanários construídos em
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes Loriga pela Colónia
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Loriguense de Manaos, Brasil
.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la quase em meados
do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou­se um dos principais
pólos industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria
dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas de
coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia­se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de
malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês,
a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga (a outra ruiu no século
XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

Várias ruas da vila, e partes de outras tiveram origem na estrada romana,
como são os casos da Rua do Porto, da Rua do Vinhô, da Rua de Viriato, da Rua da Oliveira
Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral, da Avenida Augusto Luis Mendes
(Carreira) e da Rua do Teixeiro.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O
bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num
dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem
céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica
situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que nunca existiu), deixaram arruinar a capela
para finalmente a reconstruirem com o atual orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que
já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido há séculos por
Chão da Ribeira, onde está um Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
açude conhecido como "Poço Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
do Zé Lages". entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades
religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os
anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda,
no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo, e após o vandalismo sofrido por este artigo, foi colocado
Busto do, Dr Joaquim A.
aqui um "brasão" que nunca foi, não é nem jamais poderá ser legal nem oficial,
Amorim da Fonseca,
apesar de aqui ser apresentado como tal. Felizmente o erro foi recentemente
Loriga.
corrigido por um editor que honra esta enciclopédia, terminando assim uma
incompreensível cumplicidade da Wikipédia com uma flagrante ilegalidade criada por "editores"
irresponsáveis, marginais e nada isentos. A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de existir um
brasão amplamente divulgado, desenhado por um conhecido loriguense, que tem a aprovação das autoridades
legalmente competentes (faltando a colaboração da autarquia loriguense para fechar o processo). Um dos
principais motivos da polémica resulta do facto de Junta de Freguesia de Loriga teimar em usar formalmente há
vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda
uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este brasão nunca foi nem
jamais poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo
o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, porque viola
a lei e não é representativo de Loriga, pelo que não tem, nunca teve nem jamais poderá ter carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage da Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Extratos da obra de António Conde sobre a história de Loriga (http://lorigaportugal.wordpres.com/ficheir
os­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).
em: |acessodata= (ajuda) Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
data em: |acessodata= (ajuda) Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale altitude, na sua
glaciar com o mesmo nome, semelhante a parte urbana mais
uma paisagem alpina. baixa, e os cerca
de 1100 m,
rodeada por Loriga
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R. A
Ribeira de Loriga, é um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loricense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente do motivo, certo é que os romanos puseram
o nome de Lorica a esta antiga povoação lusitana, e a antiguidade significado histórico do nome justifica a
Lorica/Loriga no brasão da vila e o gentílico loricense (seria assim ainda que o nome tivesse "apenas" 600 ou
700 anos de existência).

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como tendo
nascido nesta antiga povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada.
Aliás, a Rua de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL
e da Casa do Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa antiga
linha de defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São
Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em
Igreja Matriz de Santa Maria cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
Maior, Padroeira de Loriga àquele santo.
(por isso lhe foi dedicado este
templo) ­ vista interior. Loriga era uma paróquia com origem
visigótica pertencente à Vigararia do
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de
Santa Maria Maior (Padroeira de Loriga) e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e na qual foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três
naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Um dos monumentais
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes fontanários erigidos em Loriga
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do pela Comunidade Loriguense
de Manaos, Brasil.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes e ou erradas
politicas locais e nacionais de ordenamento do território. Actualmente a
economia loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga, uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens) é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na
Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje
está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram aruinar a capela
para depois a reconstruirem com o atual orago, e mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que
nunca existiu). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo esteve colocado neste artigo um "brasão" erradamente
Busto do, Dr Joaquim A.
apontado como oficial, que nunca foi, não é nem jamais poderá ser. Tal situação foi
Amorim da Fonseca,
recentemente corrigida e informa­se que a freguesia de Loriga não tem brasão
Loriga.
oficial apesar de as entidades oficiais concordarem com um brasão amplamente
divulgado (faltando a colaboração da autarquia local). Um dos motivos da
polémica é o facto de a Junta de Freguesia de Loriga usar formalmente há vários anos como símbolo da
freguesia o tal "brasão" que foi colocado neste artigo, e que é constotuído por um escudo partido, na primeira
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda
hidráulica.[5] Este "brasão" nunca foi nem nunca poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da
Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que
regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

História de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga |acessodata= (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade
em: |acessodata= (ajuda) ­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos data em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
https://www.ine.pt/xportal/xmain? hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale altitude, na sua
glaciar com o mesmo nome, semelhante a parte urbana mais
uma paisagem alpina. baixa, e os cerca
de 1100 m,
rodeada por Loriga
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R. A
Ribeira de Loriga, é um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loricense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente do motivo, certo é que os romanos puseram
o nome de Lorica a esta antiga povoação lusitana, e a antiguidade significado histórico do nome justifica a
Lorica/Loriga no brasão da vila e o gentílico loricense (seria assim ainda que o nome tivesse "apenas" 600 ou
700 anos de existência).

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como tendo
nascido nesta antiga povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada.
Aliás, a Rua de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL
e da Casa do Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa antiga
linha de defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São
Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em
Igreja Matriz de Santa Maria cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
Maior, Padroeira de Loriga àquele santo.
(por isso lhe foi dedicado este
templo) ­ vista interior. Loriga era uma paróquia com origem
visigótica pertencente à Vigararia do
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de
Santa Maria Maior (Padroeira de Loriga) e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e na qual foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três
naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Um dos monumentais
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes fontanários erigidos em Loriga
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do pela Comunidade Loriguense
de Manaos, Brasil.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes e ou erradas
politicas locais e nacionais de ordenamento do território. Actualmente a
economia loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga, uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens) é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na
Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje
está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram aruinar a capela
para depois a reconstruirem com o atual orago, e mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que
nunca existiu). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo esteve colocado neste artigo um "brasão" erradamente
Busto do, Dr Joaquim A.
apontado como oficial, que nunca foi, não é nem jamais poderá ser. Tal situação foi
Amorim da Fonseca,
recentemente corrigida e informa­se que a freguesia de Loriga não tem brasão
Loriga.
oficial apesar de as entidades oficiais concordarem com um brasão amplamente
divulgado (faltando a colaboração da autarquia local). Um dos motivos da
polémica é o facto de a Junta de Freguesia de Loriga usar formalmente há vários anos como símbolo da
freguesia o tal "brasão" que foi colocado neste artigo, e que é constotuído por um escudo partido, na primeira
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda
hidráulica.[5] Este "brasão" nunca foi nem nunca poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da
Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que
regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

História de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga |acessodata= (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade
em: |acessodata= (ajuda) ­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos data em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
https://www.ine.pt/xportal/xmain? hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à
Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m, na sua
Vista panorâmica de Loriga e do vale parte urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os cerca
uma paisagem alpina. de 1100 m de
altitude, rodeada
por montanhas, Loriga
das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de
altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento,
que se unem depois da E.T.A.R. para formarem um dos
afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um belo vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Embora seja vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loriguense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo, certo é que os romanos lhe puseram
o nome de Lorica, origem do gentilico Loricense, sendo que toda a envolvente simbólica e histórica do nome
faz com que a Lorica/Loriga seja considerada, pelos especialistas em heráldica portuguesa, uma peça heráldica
"falante" fundamental no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenamento territorial levado a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição diz ter nascido nesta
povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da Rua
de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa linha defensiva da
antiga povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Igreja Matriz de Loriga, Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
dedicada a Santa Maria Maior
padroeira desta vila (por isso Loriga era uma paróquia, criada pelos
lhe foi dedicado o principal Visigodos na antiga Diocese de Egitânia,
templo) ­ vista interior. pertencente à Vigararia do Padroado Real e a
Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago
era já o de Santa Maria Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada
uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada
para o adro, onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com
três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.
Um dos monumentais
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também fontanários construídos em
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes Loriga pela Colónia
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Loriguense de Manaos, Brasil
.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la quase em meados
do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou­se um dos principais
pólos industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria
dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas de
coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia­se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de
malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês,
a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga (a outra ruiu no século
XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

Várias ruas da vila, e partes de outras tiveram origem na estrada romana,
como são os casos da Rua do Porto, da Rua do Vinhô, da Rua de Viriato, da Rua da Oliveira
Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral, da Avenida Augusto Luis Mendes
(Carreira) e da Rua do Teixeiro.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O
bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num
dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem
céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica
situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que nunca existiu), deixaram arruinar a capela
para finalmente a reconstruirem com o atual orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que
já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido há séculos por
Chão da Ribeira, onde está um Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
açude conhecido como "Poço Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
do Zé Lages". entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades
religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os
anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda,
no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo, e após o vandalismo sofrido por este artigo, foi colocado
Busto do, Dr Joaquim A.
aqui um "brasão" que nunca foi, não é nem jamais poderá ser legal nem oficial,
Amorim da Fonseca,
apesar de aqui ser apresentado como tal. Felizmente o erro foi recentemente
Loriga.
corrigido por um editor que honra esta enciclopédia, terminando assim uma
incompreensível cumplicidade da Wikipédia com uma flagrante ilegalidade criada por "editores"
irresponsáveis, marginais e nada isentos. A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de existir um
brasão amplamente divulgado, desenhado por um conhecido loriguense, que tem a aprovação das autoridades
legalmente competentes (faltando a colaboração da autarquia loriguense para fechar o processo). Um dos
principais motivos da polémica resulta do facto de Junta de Freguesia de Loriga teimar em usar formalmente há
vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda
uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este brasão nunca foi nem
jamais poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo
o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, porque viola
a lei e não é representativo de Loriga, pelo que não tem, nunca teve nem jamais poderá ter carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage da Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Extratos da obra de António Conde sobre a história de Loriga (http://lorigaportugal.wordpres.com/ficheir
os­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).
em: |acessodata= (ajuda) Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
data em: |acessodata= (ajuda) Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, também
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do gentilico loricense e da
principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. No local do actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia
e depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
Igreja Matriz de Loriga,
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Fontanário em Loriga, um
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana dos três construídos pela
comunidade loriguense de
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.
Manaus.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os
loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira, na àrea
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. mais antiga do centro
histórico
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como Busto do, Dr Joaquim A.
símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um Amorim da Fonseca,
engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi erradamente e Loriga.
teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa,
pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um brasão que foi chumbado pelas referidas autoridades competentes
(Comissão de Heráldica da AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

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condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, localmente
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do nome atual, do gentilico
loricense e da principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. A propósito de Viriato, sublinha-se uma antiga tradição que aponta Loriga como berço deste herói
lusitano, tendo inclusive havido a intenção de erigir um monumento, projeto que não chegou a concretizar-se. No local do
actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
Igreja Matriz de Loriga,
Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia,
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. e no início da nacionalidade à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria
Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana Fontanário em Loriga, um
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. dos três construídos pela
comunidade loriguense de
Manaus.
História posterior ao séc. XVIII
Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A ponte romana ainda existente está
na Ribeira de Loriga e a ponte romana que ruiu na Ribeira de São Bento foi substituída no século XIX pela que ainda existe,
também construída em pedra.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro Rua da Oliveira, na àrea
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este mais antiga do centro
histórico
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (santo que nunca existiu), deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é
também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual e conhecido localmente por Calhorras), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De
entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida
ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única
é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente desde o século Busto do, Dr Joaquim A.
passado como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Amorim da Fonseca,
Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi Loriga.
erradamente e teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado
pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica
autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um outro brasão destinado a substituir o já referido
"brasão" ilegal que teimam em usar e que foi colocado neste artigo, mas também foi chumbado pelas referidas autoridades competentes (Comissão de Heráldica da
AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

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condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, também
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do gentilico loricense e da
principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. No local do actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia
e depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
Igreja Matriz de Loriga,
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Fontanário em Loriga, um
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana dos três construídos pela
comunidade loriguense de
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.
Manaus.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os
loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira, na àrea
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. mais antiga do centro
histórico
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como Busto do, Dr Joaquim A.
símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um Amorim da Fonseca,
engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi erradamente e Loriga.
teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa,
pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um brasão que foi chumbado pelas referidas autoridades competentes
(Comissão de Heráldica da AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=51020192"

Esta página foi editada pela última vez à(s) 19h14min de 16 de janeiro de 2018.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a
condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, também
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do gentilico loricense e da
principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. No local do actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia
e depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
Igreja Matriz de Loriga,
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Fontanário em Loriga, um
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana dos três construídos pela
comunidade loriguense de
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.
Manaus.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os
loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira, na àrea
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. mais antiga do centro
histórico
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como Busto do, Dr Joaquim A.
símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um Amorim da Fonseca,
engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi erradamente e Loriga.
teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa,
pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um brasão que foi chumbado pelas referidas autoridades competentes
(Comissão de Heráldica da AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

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condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à
Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m, na sua
Vista panorâmica de Loriga e do vale parte urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os cerca
uma paisagem alpina. de 1100 m de
altitude, rodeada
por montanhas, Loriga
das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de
altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento,
que se unem depois da E.T.A.R. para formarem um dos
afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um belo vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Embora seja vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loriguense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo, certo é que os romanos lhe puseram
o nome de Lorica, origem do gentilico Loricense, sendo que toda a envolvente simbólica e histórica do nome
faz com que a Lorica/Loriga seja considerada, pelos especialistas em heráldica portuguesa, uma peça heráldica
"falante" fundamental no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenamento territorial levado a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição diz ter nascido nesta
povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da Rua
de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa linha defensiva da
antiga povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Igreja Matriz de Loriga, Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
dedicada a Santa Maria Maior
padroeira desta vila (por isso Loriga era uma paróquia, criada pelos
lhe foi dedicado o principal Visigodos na antiga Diocese de Egitânia,
templo) ­ vista interior. pertencente à Vigararia do Padroado Real e a
Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago
era já o de Santa Maria Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada
uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada
para o adro, onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com
três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.
Um dos monumentais
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também fontanários construídos em
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes Loriga pela Colónia
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Loriguense de Manaos, Brasil
.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la quase em meados
do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou­se um dos principais
pólos industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria
dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas de
coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia­se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de
malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês,
a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga (a outra ruiu no século
XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

Várias ruas da vila, e partes de outras tiveram origem na estrada romana,
como são os casos da Rua do Porto, da Rua do Vinhô, da Rua de Viriato, da Rua da Oliveira
Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral, da Avenida Augusto Luis Mendes
(Carreira) e da Rua do Teixeiro.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O
bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num
dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem
céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica
situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que nunca existiu), deixaram arruinar a capela
para finalmente a reconstruirem com o atual orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que
já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido há séculos por
Chão da Ribeira, onde está um Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
açude conhecido como "Poço Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
do Zé Lages". entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades
religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os
anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda,
no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo, e após o vandalismo sofrido por este artigo, foi colocado
Busto do, Dr Joaquim A.
aqui um "brasão" que nunca foi, não é nem jamais poderá ser legal nem oficial,
Amorim da Fonseca,
apesar de aqui ser apresentado como tal. Felizmente o erro foi recentemente
Loriga.
corrigido por um editor que honra esta enciclopédia, terminando assim uma
incompreensível cumplicidade da Wikipédia com uma flagrante ilegalidade criada por "editores"
irresponsáveis, marginais e nada isentos. A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de existir um
brasão amplamente divulgado, desenhado por um conhecido loriguense, que tem a aprovação das autoridades
legalmente competentes (faltando a colaboração da autarquia loriguense para fechar o processo). Um dos
principais motivos da polémica resulta do facto de Junta de Freguesia de Loriga teimar em usar formalmente há
vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda
uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este brasão nunca foi nem
jamais poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo
o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, porque viola
a lei e não é representativo de Loriga, pelo que não tem, nunca teve nem jamais poderá ter carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage da Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Extratos da obra de António Conde sobre a história de Loriga (http://lorigaportugal.wordpres.com/ficheir
os­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).
em: |acessodata= (ajuda) Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
data em: |acessodata= (ajuda) Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale altitude, na sua
glaciar com o mesmo nome, semelhante a parte urbana mais
uma paisagem alpina. baixa, e os cerca
de 1100 m,
rodeada por Loriga
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R. A
Ribeira de Loriga, é um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loricense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente do motivo, certo é que os romanos puseram
o nome de Lorica a esta antiga povoação lusitana, e a antiguidade significado histórico do nome justifica a
Lorica/Loriga no brasão da vila e o gentílico loricense (seria assim ainda que o nome tivesse "apenas" 600 ou
700 anos de existência).

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como tendo
nascido nesta antiga povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada.
Aliás, a Rua de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL
e da Casa do Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa antiga
linha de defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São
Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em
Igreja Matriz de Santa Maria cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
Maior, Padroeira de Loriga àquele santo.
(por isso lhe foi dedicado este
templo) ­ vista interior. Loriga era uma paróquia com origem
visigótica pertencente à Vigararia do
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de
Santa Maria Maior (Padroeira de Loriga) e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e na qual foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três
naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Um dos monumentais
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes fontanários erigidos em Loriga
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do pela Comunidade Loriguense
de Manaos, Brasil.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes e ou erradas
politicas locais e nacionais de ordenamento do território. Actualmente a
economia loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga, uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens) é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na
Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje
está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram aruinar a capela
para depois a reconstruirem com o atual orago, e mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que
nunca existiu). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo esteve colocado neste artigo um "brasão" erradamente
Busto do, Dr Joaquim A.
apontado como oficial, que nunca foi, não é nem jamais poderá ser. Tal situação foi
Amorim da Fonseca,
recentemente corrigida e informa­se que a freguesia de Loriga não tem brasão
Loriga.
oficial apesar de as entidades oficiais concordarem com um brasão amplamente
divulgado (faltando a colaboração da autarquia local). Um dos motivos da
polémica é o facto de a Junta de Freguesia de Loriga usar formalmente há vários anos como símbolo da
freguesia o tal "brasão" que foi colocado neste artigo, e que é constotuído por um escudo partido, na primeira
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda
hidráulica.[5] Este "brasão" nunca foi nem nunca poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da
Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que
regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

História de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga |acessodata= (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade
em: |acessodata= (ajuda) ­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos data em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
https://www.ine.pt/xportal/xmain? hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale altitude, na sua
glaciar com o mesmo nome, semelhante a parte urbana mais
uma paisagem alpina. baixa, e os cerca
de 1100 m,
rodeada por Loriga
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R. A
Ribeira de Loriga, é um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loricense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente do motivo, certo é que os romanos puseram
o nome de Lorica a esta antiga povoação lusitana, e a antiguidade significado histórico do nome justifica a
Lorica/Loriga no brasão da vila e o gentílico loricense (seria assim ainda que o nome tivesse "apenas" 600 ou
700 anos de existência).

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como tendo
nascido nesta antiga povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada.
Aliás, a Rua de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL
e da Casa do Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa antiga
linha de defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São
Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em
Igreja Matriz de Santa Maria cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
Maior, Padroeira de Loriga àquele santo.
(por isso lhe foi dedicado este
templo) ­ vista interior. Loriga era uma paróquia com origem
visigótica pertencente à Vigararia do
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de
Santa Maria Maior (Padroeira de Loriga) e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e na qual foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três
naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Um dos monumentais
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes fontanários erigidos em Loriga
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do pela Comunidade Loriguense
de Manaos, Brasil.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes e ou erradas
politicas locais e nacionais de ordenamento do território. Actualmente a
economia loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga, uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens) é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na
Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje
está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram aruinar a capela
para depois a reconstruirem com o atual orago, e mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que
nunca existiu). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo esteve colocado neste artigo um "brasão" erradamente
Busto do, Dr Joaquim A.
apontado como oficial, que nunca foi, não é nem jamais poderá ser. Tal situação foi
Amorim da Fonseca,
recentemente corrigida e informa­se que a freguesia de Loriga não tem brasão
Loriga.
oficial apesar de as entidades oficiais concordarem com um brasão amplamente
divulgado (faltando a colaboração da autarquia local). Um dos motivos da
polémica é o facto de a Junta de Freguesia de Loriga usar formalmente há vários anos como símbolo da
freguesia o tal "brasão" que foi colocado neste artigo, e que é constotuído por um escudo partido, na primeira
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda
hidráulica.[5] Este "brasão" nunca foi nem nunca poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da
Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que
regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

História de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga |acessodata= (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade
em: |acessodata= (ajuda) ­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos data em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
https://www.ine.pt/xportal/xmain? hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à
Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m, na sua
Vista panorâmica de Loriga e do vale parte urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os cerca
uma paisagem alpina. de 1100 m de
altitude, rodeada
por montanhas, Loriga
das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de
altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento,
que se unem depois da E.T.A.R. para formarem um dos
afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um belo vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Embora seja vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loriguense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo, certo é que os romanos lhe puseram
o nome de Lorica, origem do gentilico Loricense, sendo que toda a envolvente simbólica e histórica do nome
faz com que a Lorica/Loriga seja considerada, pelos especialistas em heráldica portuguesa, uma peça heráldica
"falante" fundamental no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenamento territorial levado a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição diz ter nascido nesta
povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da Rua
de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa linha defensiva da
antiga povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Igreja Matriz de Loriga, Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
dedicada a Santa Maria Maior
padroeira desta vila (por isso Loriga era uma paróquia, criada pelos
lhe foi dedicado o principal Visigodos na antiga Diocese de Egitânia,
templo) ­ vista interior. pertencente à Vigararia do Padroado Real e a
Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago
era já o de Santa Maria Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada
uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada
para o adro, onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com
três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.
Um dos monumentais
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também fontanários construídos em
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes Loriga pela Colónia
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Loriguense de Manaos, Brasil
.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la quase em meados
do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou­se um dos principais
pólos industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria
dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas de
coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia­se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de
malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês,
a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga (a outra ruiu no século
XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

Várias ruas da vila, e partes de outras tiveram origem na estrada romana,
como são os casos da Rua do Porto, da Rua do Vinhô, da Rua de Viriato, da Rua da Oliveira
Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral, da Avenida Augusto Luis Mendes
(Carreira) e da Rua do Teixeiro.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O
bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num
dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem
céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica
situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que nunca existiu), deixaram arruinar a capela
para finalmente a reconstruirem com o atual orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que
já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido há séculos por
Chão da Ribeira, onde está um Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
açude conhecido como "Poço Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
do Zé Lages". entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades
religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os
anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda,
no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo, e após o vandalismo sofrido por este artigo, foi colocado
Busto do, Dr Joaquim A.
aqui um "brasão" que nunca foi, não é nem jamais poderá ser legal nem oficial,
Amorim da Fonseca,
apesar de aqui ser apresentado como tal. Felizmente o erro foi recentemente
Loriga.
corrigido por um editor que honra esta enciclopédia, terminando assim uma
incompreensível cumplicidade da Wikipédia com uma flagrante ilegalidade criada por "editores"
irresponsáveis, marginais e nada isentos. A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de existir um
brasão amplamente divulgado, desenhado por um conhecido loriguense, que tem a aprovação das autoridades
legalmente competentes (faltando a colaboração da autarquia loriguense para fechar o processo). Um dos
principais motivos da polémica resulta do facto de Junta de Freguesia de Loriga teimar em usar formalmente há
vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda
uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este brasão nunca foi nem
jamais poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo
o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, porque viola
a lei e não é representativo de Loriga, pelo que não tem, nunca teve nem jamais poderá ter carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage da Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Extratos da obra de António Conde sobre a história de Loriga (http://lorigaportugal.wordpres.com/ficheir
os­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).
em: |acessodata= (ajuda) Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
data em: |acessodata= (ajuda) Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=49218357"

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, também
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do gentilico loricense e da
principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. No local do actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia
e depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
Igreja Matriz de Loriga,
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Fontanário em Loriga, um
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana dos três construídos pela
comunidade loriguense de
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.
Manaus.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os
loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira, na àrea
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. mais antiga do centro
histórico
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como Busto do, Dr Joaquim A.
símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um Amorim da Fonseca,
engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi erradamente e Loriga.
teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa,
pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um brasão que foi chumbado pelas referidas autoridades competentes
(Comissão de Heráldica da AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

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condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
-1-

Loriga
Origem: Enciclopédia Livre.
40º 19`N 7º 41` O

Loriga

Loriga - Vista parcial do miradouro


Gentílico Loricense ou loriguense
Distrito Guarda
Àrea 36,52 km²
População 1 367 hab. (2005)
Densidade 37,51 hab./km²
Orago Santa Maria Maior
Código postal 6270
Vila
Loriga

Apelidada de “Suíça Portuguesa”


Loriga,vila de Portugal

Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do Distrito da Guarda Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes
(2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km².

Loriga encontra-se a 20 km da actual sede de concelho, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231, e tem acesso directo à Torre, pela N338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-existente, com um percurso de 9.2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m
(Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada a
cerca de 770m de altitude, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de
altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira
de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R., sendo a Ribeira de Loriga um dos afluentes do Rio Alva.

Está dotada de uma ampla gama de infrastrutras,desde físicas a culturais e sociais, das quais se destacam,
-2-
por exemplo, a Escola C+S Dr. Reis Leitão, a Banda de Música Filarmónica de Loriga, fundada em 1905,
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loriga, criado em 1982, cujos serviços se
desenvolvem na àrea do antigo Município Loricense, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas
obras sociais de relevo, a Associação Loricense de Apoio à Terceira Idade,e o Grupo Desportivo
Loricense,fundado em 1934.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a tradicional Amenta das Almas)
e festas em honra de S. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada
à padroeira da diáspora loricense, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto.

Índice
• 1 Breve história
• 2 Rua da Oliveira
• 3 Bairro de São Ginês (S.Gens)
• 4 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia
• 5 Acordos de geminação
• 6 Ver também
• 7 Ligações externas
• 8 Fontes

Breve história
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior


O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de
Lorica (antiga couraça guerreira). Os Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto
que os romanos lhe deram o nome de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos
Visigodos) e que tem o mesmo significado. É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar,e justifica
que a couraça seja a peça central do brasão histórico de Loriga. É um nome muito antigo e de grande valor
histórico para a vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de
-3-
referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
gigantesca construída pelos loricenses ao longo de muitas centenas de anos, e que transformou um vale belo
mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga,
fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana
Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua
de Viriato que a tradição local e diversos antigos documentos encontram origem nesta antiquíssima
povoação. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila,
recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

Capela de Nª Srª do Carmo


O Bairro de São Ginês é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo,
construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo. Quando os
romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se
na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e
paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
-4-

Fontanário em Loriga
Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D.Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e
traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário
do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de
Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,
Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loricenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica com dois mil anos, o facto é que os loricenses transformaram Loriga
numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um
inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde meados do século XIX.

Largo do Pelourinho
A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil
podem ter no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a categoria de vila e sede de concelho
-5-
desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante
cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e
1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa, teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por desejos
expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um
grave erro político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que
não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a região
de Loriga (antigo concelho de Loriga).

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada
dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do
país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência de
graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar tal
situação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:
desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,
Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loricense. A vila de Loriga situa-se a
vinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se a uma
distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira

Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais do centro histórico da vila de Loriga.
-6-
Bairro de São Ginês (S.Gens)
O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos
bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto
de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área.
Com o passar dos séculos os loricenses mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil de
pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Acordos de geminação

Loriga celebrou acordo de geminação com:

• A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
• Geografia romana em Portugal

Ligações externas
• LORIGA - Loriga na internet
• Loriga News
• Homepage sobre Loriga
• Analor

Fontes
Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

• Loriga na internet
• Informação Municipal [1]
• Loriga.de [2]
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.
-7-

A Enciclopédia possui multimedia sobre Loriga


Principais dados e documentos históricos sobre Loriga,gentilmente cedidos para consulta pelo webmaster
do site "http://groups.msn.com/Loriga".Os nossos agradecimentos.
Categorias: Freguesias de Portugal | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal

10 de Junho de 2007.
-1-

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ir para: navegação, pesquisa

40º 19' N 7º 41' O

Loriga

Brasão

Vista panorâmica de Loriga

Gentílico Loricense ou loriguense

Concelho Seia
-2-

Área 36,52 km²

População 1 367 hab. (2005)

Densidade 37,51 hab./km²

Orago Santa Maria Maior

Código postal 6270

Endereço da Junta de Freguesia de


Junta de Freguesia Loriga

Apelidada de “Suíça Portuguesa”, é a vila mais


alta de Portugal.

Freguesias de Portugal

Loriga (pron.IFA

[lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem uma povoação anexa, o
Fontão.
Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é directamente acessível
pela EN 231, e indirectamente pela EN338, e tem acesso directo à Lagoa Comprida, pela referida EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente e pré-projectado há mais de quarenta anos,
com um percurso de 9,2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela de Loriga,também
conhecida por Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida há décadas como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770m de altitude,na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R. para formarem
um dos maiores afluentes do Rio Alva.A montante da vila, a Ribeira de Loriga recebe também o Ribeiro da
Nave, um afluente que tem um curso extraordinário e passa por uma das zonas mais belas do Vale de
Loriga, incluíndo os famosos Bicarões, cascatas a alta altitude junto das quais se encontra uma formosa
quinta.

A vila está dotada de uma ampla gama de infrastrutras físicas e culturais, que abrangem todas as àreas e
todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em
1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de
Loriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea equivalente ao antigo concelho de Loriga, a
Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola C+S Dr. Reis
Leitão (actual EB23). Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o primeiro semestre de 2008.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho), com as
-3-
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada
à padroeira dos emigrantes loriguenses, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo
de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Índice

1 Breve história

2 Toponímia

3 Rua da Oliveira

4 Bairro de São Ginês (S.Gens)

5 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia

6 Acordos de geminação

7 Ver também

8 Ligações externas

9 Fontes

Breve história

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de
Lorica (antiga couraça guerreira), de que derivou Loriga, palavra que tem o mesmo significado. Os
Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os romanos lhe deram o nome
de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado.
-4-
É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de
referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
gigantesca construída pelos loriguenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo
mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga,
fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana

Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua
de Viriato. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila,
recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A tradição local e diversos antigos documentos
apontam Loriga como berço de Viriato, e no início do século XX existiu mesmo um movimento loriguense
para lhe erigir um estátua na vila, o que não chegou a concretizar-se.O documento mais famoso,embora não
seja o mais antigo, que fala de Loriga como sendo terra-natal de Viriato, é o livro manuscrito História da
Lusitânia, escrito pelo Bispo Mor do Reino em 1580.A actual Rua de Viriato, na parte mais antiga do centro
histórico da vila, já tinha esse nome no século XII.

Capela de Nª Srª do Carmo

O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do
Carmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo ao qual os
loriguenses passaram a chamar S.Ginês, talvêz por este nome ser mais fácil de pronunciar (aliás não existe
-5-
nenhum santo com o nome de Ginês). Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois
núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais
tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e
traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário
do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de
Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,
Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um
inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.
-6-

Largo do Pelourinho

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil
podem ter no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde
o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de
duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 (
D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa,
teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por desejos
expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um
grave erro político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que
não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a região
de Loriga (antigo concelho de Loriga).

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,
Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense. A vila de Loriga situa-se a
vinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se a uma
distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada
dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do
país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência de
graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar tal
situação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:
desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.
-7-

Rua da Oliveira

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais do centro histórico da vila de Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos
bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto
de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil
de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca

Joaquim Pina Moura

Acordos de geminação
-8-

Loriga celebrou acordo de geminação com:

A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

Geografia romana em Portugal

Ligações externas

Loriga News

O site mais visitado sobre Loriga

Analor

Fotografias de Loriga

Fotografias de Loriga

Fontes

Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Informação Municipal [1]

Loriga [2]

Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]

Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).

Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

O Wikimedia Commons possui multimídia sobre Loriga

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa

40º 19' N 7º 41' O


Loriga

Loriga - Vista do miradouro


Gentílico Loricense ou loriguense
Concelho Seia
Área 36,52 km²
População 1 367 hab. (2005)
Densidade 37,51 hab./km²
Orago Santa Maria Maior
Código postal 6270
Endereço da Junta de Freguesia de
Junta de Freguesia Loriga
Apelidada de “Suíça Portuguesa”
Freguesias de Portugal

Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional
de 37,51 hab/km².

Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231, e tem acesso directo à Lagoa Comprida, pela
N338, estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de 9.2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela
do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude, rodeada por montanhas,
das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga que
recebe a Ribeira de S.Bento, unindo-se depois da E.T.A.R., e que formam um dos afluentes do Rio Alva.

Está dotada de uma ampla gama de infrastrutras físicas e culturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo
Desportivo Loricense, fundado em 1934, a Banda de Música Filarmónica em Loriga, fundada em 1905, o corpo de Bombeiros Voluntários de Loriga, criado
em 1982, cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola
C+S Dr. Reis Leitão.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e festas em honra de S. António (durante o mês Junho) e S.
Sebastião (durante o mês de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira da diáspora loricense, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto.

Índice
• 1 Breve história
• 2 Rua da Oliveira
• 3 Bairro de São Ginês (S.Gens)
• 4 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia
• 5 Acordos de geminação
• 6 Ver também
• 7 Ligações externas
• 8 Fontes

Breve história

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos
anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e
povoação com alguma importância.
-2-

Igreja Matriz de Loriga - vista interior

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana,
o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica (antiga couraça guerreira). Os Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto
que os romanos lhe deram o nome de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado. É um caso
raro, em Portugal, de um nome bi-milenar,e justifica que a couraça seja a peça central do brasão histórico de Loriga. É um nome muito antigo e de grande valor
histórico para a vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são
um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos loricenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana

Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja
Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a
Rua de Viriato que a tradição local e diversos antigos documentos encontram origem nesta antiquíssima povoação. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade,
situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas
pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

Capela de Nª Srª do Carmo

O Bairro de São Ginês é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica
precisamente dedicada àquele santo. Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se
na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo
orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do
que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loricenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica com dois mil
-3-

anos, o facto é que os loricenses transformaram Loriga numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por
um inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.

Largo do Pelourinho

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil podem ter no futuro de uma localidade e de uma
região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante
cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os
chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa, teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por
desejos expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um grave erro político e administrativo; foi, no
mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio
de toda a região de Loriga (antigo concelho de Loriga).

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada dentro de poucas décadas, o que, tal como em
relação a outras relevantes terras históricas do interior do país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia
existência de graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar tal situação, vergonhosa para o país, é
necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel: desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao Município Loricense. A vila de Loriga situa-se a vinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se
a uma distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na área da
freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira

Rua da Oliveira

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares.
Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do centro histórico da vila de Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos bairros mais conhecidos e típicos da vila. As
melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica
matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os loricenses
mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca


-4-

Joaquim Pina Moura

Acordos de geminação

Loriga celebrou acordo de geminação com:


• A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
• Geografia romana em Portugal

Ligações externas
• LORIGA - Loriga na internet
• Loriga News
• Analor

Fontes

Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:


• Loriga na internet
• Informação Municipal [1]
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

O Wikimedia Commons possui multimedia sobre Loriga


Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"

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• Avisos gerais
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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
40º 19' N 7º 41'O

Loriga

Vista panorâmica de Loriga


Gentílico Loricense ou loriguense
Concelho Seia
Área 36,52 km²
População 1 367 hab. (2005)
Densidade 37,51 hab./km²
Orago Santa Maria Maior
Código postal 6270
Endereço da Junta de Freguesia de
Junta de Freguesia Loriga
Apelidada de “Suíça Portuguesa”, é a vila mais
alta de Portugal.
Freguesias de Portugal
Loriga (pron.IFA [lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem uma
povoação anexa, o Fontão.

Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é directamente acessível
pela EN 231, e indirectamente pela EN338, e tem acesso directo à Lagoa Comprida, pela referida EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente e pré-projectado há mais de quarenta anos,
com um percurso de 9,2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela de Loriga,também
conhecida por Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida há décadas como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770m de altitude,na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
-2-
destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R. para formarem
um dos maiores afluentes do Rio Alva.A montante da vila, a Ribeira de Loriga recebe também o Ribeiro da
Nave, um afluente que tem um curso extraordinário e passa por uma das zonas mais belas do Vale de
Loriga, incluíndo os famosos Bicarões, cascatas a alta altitude junto das quais se encontra uma formosa
quinta.

A vila está dotada de uma ampla gama de infrastrutras físicas e culturais, que abrangem todas as àreas e
todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em
1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de
Loriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea equivalente ao antigo concelho de Loriga, a
Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola C+S Dr. Reis
Leitão (actual EB23). Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o primeiro semestre de 2008.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada
à padroeira dos emigrantes loriguenses, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo
de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Índice
• 1 Breve história
• 2 Toponímia
• 3 Rua da Oliveira
• 4 Bairro de São Ginês (S.Gens)
• 5 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia
• 6 Acordos de geminação
• 7 Ver também
• 8 Ligações externas
• 9 Fontes

Breve história
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
-3-
Igreja Matriz de Loriga - vista interior
O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de
Lorica (antiga couraça guerreira), de que derivou Loriga, palavra que tem o mesmo significado. Os
Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os romanos lhe deram o nome
de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado.
É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de
referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
gigantesca construída pelos loriguenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo
mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga,
fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana
Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua
de Viriato. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila,
recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A tradição local e diversos antigos documentos
apontam Loriga como berço de Viriato, e no início do século XX existiu mesmo um movimento loriguense
para lhe erigir um estátua na vila, o que não chegou a concretizar-se.O documento mais famoso,embora não
seja o mais antigo, que fala de Loriga como sendo terra-natal de Viriato, é o livro manuscrito História da
Lusitânia, escrito pelo Bispo Mor do Reino em 1580.A actual Rua de Viriato, na parte mais antiga do centro
histórico da vila, já tinha esse nome no século XII.

Capela de Nª Srª do Carmo


O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do
Carmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo ao qual os
loriguenses passaram a chamar S.Ginês, talvêz por este nome ser mais fácil de pronunciar (aliás não existe
-4-
nenhum santo com o nome de Ginês). Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois
núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais
tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga
Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e
traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário
do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de
Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,
Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um
inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.
-5-

Largo do Pelourinho
A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil
podem ter no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde
o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de
duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 (
D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa,
teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por desejos
expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um
grave erro político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que
não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a região
de Loriga (antigo concelho de Loriga).

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,
Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loricense. A vila de Loriga situa-se a
vinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se a uma
distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada
dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do
país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência de
graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar tal
situação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:
desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.
-6-

Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais do centro histórico da vila de Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)


O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos
bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto
de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil
de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Acordos de geminação
Loriga celebrou acordo de geminação com:

• A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
• Geografia romana em Portugal
-7-
Ligações externas
• Loriga News
• O mais visitado site sobre Loriga
• Analor
• Fotografias de Loriga
• Fotografias de Loriga

Fontes
Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

• Informação Municipal [1]


• Loriga [2]
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

O Wikimedia Commons possui multimídia sobre Loriga


Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"
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autores (mais informações em direitos autorais).
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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga
Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do
concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52
km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade
populacional de 37,51 hab/km².

Loriga encontra-se a 20 km da actual sede de


concelho, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A
vila tem acesso directo à Torre pela
N338,concluída em 2006, percurso de 9.2 km de
paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m
(Portela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa
Loriga - Vista do miradouro
Comprida.
Gentílico Loricense ou loriguense
O gentílico Loricense deriva do seu nome mais Concelho Seia
antigo,Lorica,nome esse que foi dado pelos Área 36,52 km²
romanos logo após a conquista da região. População 1 367 hab. (2005)
Densidade 37,51 hab./km²
A àrea urbana de Loriga está situada entre os 770m
e os 900m de altitude, rodeada por montanhas, das Orago Santa Maria Maior
quais se destacam a Penha dos Abutres e a Penha Código postal 6270
do Gato, é conhecida como "a Suíça portuguesa" Endereço da
Junta de Freguesia de
devido à sua extraordinária paisagem e localização Junta de
Loriga
geográfica. É atravessada por dois cursos de água: a Freguesia
Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento. Acesso pelas estradas nacionais 231 e 338.
Freguesias de Portugal
Está dotada de uma ampla gama de infrastrutras,
desde físicas a culturais, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo de Loriga,
fundado em 1934, a Banda de Música Filarmónica de Loriga, fundada em 1905, o corpo de
Bombeiros Voluntários de Loriga, criado em 1982, cujos serviços abrangem a àrea equivalente à
parte mais antiga do antigo concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas
obras sociais de relevo, e a Escola C+S Dr. Reis Leitão.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e
festas em honra de S. António (durante o mês de Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho),
com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a
festa dedicada à padroeira da diáspora loricense, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no
primeiro Domingo de Agosto.

Índice
1 Breve história
2 Rua da Oliveira
3 Bairro de São Ginês (S.Gens)
4 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia
5 Acordos de geminação
6 Ver também
7 Ligações externas

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
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8 Referências

Breve história
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da
vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma
colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu


protagonismo e dos seus habitantes nos Hermínios (actual Serra da
Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-
lhe o nome de Lorica (antiga couraça guerreira). Os Hermínios
eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os
romanos lhe deram o nome de Lorica, e deste nome derivou
Loriga (designação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo
Igreja Matriz de Loriga - vista significado. É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar.
interior É um nome muito antigo e de grande valor histórico para a vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza


paisagística é o principal atractivo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são
um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos loricenses ao longo de
muitas centenas de anos e que transformou um vale belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra
que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga, fazendo parte do património histórico
da vila e é demonstrativa do génio dos loricences.

Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e


a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o
Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São
Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua de
Viriato,nome do herói lusitano, que a tradição local e diversos
antigos documentos apontam como sendo natural desta
antiquíssima povoação. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade,
Ponte romana situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda
algumas das características urbanas da época medieval. A estrada
romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao
restante império, merecem destaque.

O Bairro de São Ginês é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se


a capela de Nossa Senhora do Carmo, construída no local de
uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo. Quando os romanos chegaram, a
povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde
hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.
No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
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Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D.


Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior
e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada
para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior
lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo
sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo Capela de Nª Srª do Carmo
arruinado também a residência paroquial e aberto algumas
fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara
Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês
de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao
contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade
serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa
qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século


XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da
Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu
suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em
que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Fontanário em Loriga
Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis
Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,
fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome
de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loricenses. Apesar de, por
exemplo, dos maus acessos que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica com dois mil anos,
o facto é que os loricenses transformaram Loriga numa vila industrial progressiva, o que confirma o
seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um inimigo político e administrativo, local e
nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das


consequências que os confrontos de uma guerra civil podem ter
no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a
categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo
recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de
Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso
Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514
( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa, teve o castigo de
deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida Largo do Pelourinho
por desejos expansionistas da localidade que beneficiou com o
facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um grave erro
político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que
não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a
região de Loriga (antigo concelho de Loriga).

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará
desertificada dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras
históricas do interior do país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
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Confirmaria também a óbvia existência de graves e sucessivos erros nas políticas de coesão,
administração e ordenamento do território. Para evitar tal situação, vergonhosa para o país, é
necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel: desenvolver a vila de Loriga,
pólo e centro da região.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loricense. A vila de
Loriga situa-se a vinte quilómetros da actual sede de concelho e algumas freguesias da sua região,
situam-se a uma distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de


Freguesias da Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de
esqui existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila.
A sua escadaria tem cerca de 100 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das
características urbanas medievais do centro histórico da vila de
Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)


O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga
cujas caracteristicas o tornam num dos bairros mais conhecidos
e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas
aqui. Curioso é o facto de este bairro do centro histórico da vila Rua da Oliveira
dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago
de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os loricenses mudaram o nome
do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já
esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Personagens de Loriga com artigos na Imagem:Busto do, Dr. Joaquim


A.Amorim da Fonseca -
Wikipédia Loriga.jpg
Busto do, Dr Joaquim A. Amorim
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca da Fonseca, Loriga

Joaquim Pina Moura

Acordos de geminação
Loriga celebrou acordo de geminação com:

A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
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Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Loriga News
Site Loriga
Uma homepage de Loriga
Analor

Referências
Informação Municipal [1]

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"

Categorias: Freguesias de Portugal | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal

Esta página foi modificada pela última vez a 15h37min, 9 de Junho de 2007.
O texto desta página está sob a GNU Free Documentation License.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Este artigo é sobre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cineasta Ray
Loriga, veja Ray Loriga.

Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga


Loriga
Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O


País Portugal
Concelho Seia
- Tipo Junta de freguesia
Brasão de Loriga

Área
- Total 36,52 km²
População (2005)
- Total 1 367
- Densidade 37,51/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270


Orago Santa Maria Maior
Correio electrónico jfloriga@sapo.pt
Sítio Freguesiadeloriga.com
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia,


distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade
populacional de 37,51 hab/km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia,


80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um projecto pré-existentes há mais
de 40 anos, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960m
(Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650m, perto da Lagoa Comprida.
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma
paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária paisagem e


localização geográfica. Está situada entre os 770m de altitude, na sua parte urb
urbana mais
baixa, e os 1100m, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a
Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, sendo que esta desagua na primeira depois da
E.T.A.R... A Ribeira de Loriga,
Loriga um dos maiores afluentes do Rio Alva,, recebe também
junto da vila as àguas do chamado Ribeiro do Cortiçor.
Cortiçor

ex libris de Loriga,
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris
transformou um vale
uma obra construída ao longo de muitas centenas de anos e que transformou
belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo
parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

stá dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-


A vila está sóc -culturais, que
abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo
Desportivo Loriguense, fundado em 1934,, a Sociedade Recreativa e Musical
Loriguense, fundada em 1905,
1905 os Bombeiros Voluntários de Loriga,, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem
esenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho
de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo,
e a Escola Básica 1,2,3 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se
iniciaram se as obras do
ombeiros Voluntários, edifício que se prevê estar concluído em 20
novo Quartel dos Bombeiros 2008
e inaugurado noo mesmo ano.1

Índice
[esconder]

 1 Toponímia
 2 História
o 2.1 Forais
o 2.2 História até ao final do séc. XVIII
o 2.3 História posterior ao séc. XVIII
 3 Património de destaque
 4 Praia fluvial
 5 Festividades
 6 Gastronomia
 7 Personagens
 8 Acordos de geminação
 9 Ver também
 10 Ligações externas
 11 Fontes
 12 Referências

Toponímia[editar]
Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e
dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência
lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para
couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos
Visigodos, e que tem exatamente o mesmo significado. Ainda que não existissem
origens antigas e históricas a filologia diz-nos que a palavra Loriga deriva de Lorica, do
latim, facto suficiente para a existência do gentílico Loricense, para designar os naturais
da vila de Loriga. Pela antiguidade e importância histórica e filológica do nome, a
couraça é a peça principal do brasão da vila, considerada pelos especialistas em
heráldica portuguesa como imprescindível no brasão de Loriga.

História[editar]
Forais[editar]

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais
em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514
(D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas ou Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e esse facto contribuíu para que lhe fosse retirada a sede de município.
Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação
territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII[editar]

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro
histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem
como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
Uma antiga tradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como terra
natal de Viriato, sendo que a rua principal da àrea mais antiga do centro histórico da vila
tem há séculos o nome deste heroi lusitano. Chegou a haver um projecto e uma
subscrição para erigir uma estátua e que não chegou a concretizar-se. O documento mais
curioso,, embora não o mais antigo, que refere Loriga como berço de Viriato é o livro
manuscrito História da Lusitânia, datado de 1580 e da autoria
autor do Bispo-Mor
Mor do Reino.

Igreja Matriz dedicada a Santa Maria Maior,


Maior padroeira de Loriga - vista interior.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,


situava se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
mais antigo e principal, situava-se
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, a atual Rua de
Viriato, na parte existente entre o centro de dia da ALATI e a antiga Casa do Povo,
coincide exatamente com parte do traçado da antiga muralha que defendia a povoação.
No local do actual Bairro de S.Ginês ( S.Gens ) existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais
tarde uma ermida dedicada a S. Gens, atual capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o
tempo os loricenses mudaram o nomenome do santo para S.Ginês ( santo inexistente ) talvez
por ser mais fácil de pronunciar.
pronunciar

Um dos três monumentais fontanários


f erigidos em Loriga pela Colónia Loriguenses de
Manaus, Brasil.

Loriga era uma paróquia criada pelos visogodos, pertencente à antiga diocese da
Egitânia, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II.
Maior e que se mantém, foi construída no local de um outro antigoo e pequeno templo
visogótico,, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, na qual foi
adro. De
gravada a data da construção, e que está colocada na porta lateral virada para o adro
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
1755, dela restando apenas partes das paredes laterais
igreja foi destruída pelo sismo de 1755,
e alguma alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a


oquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício
residência paroquial
da Câmara Municipal construído no século XIII e que ainda existe, embora
descaraterizado porque entretanto foi adaptado a residência particular.
particular. Um emissário do
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquerer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII[editar]


XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIXXIX, embora os
investimentos industriais se tenham intensificado a partir de meados do mesmo século.
Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior
Interior, e a actual sede
de concelho só conseguiu suplantá-la
suplantá já quase em meados do século XX XX. Tempos houve
em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas,
tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,
fazem parte da rica históriaa industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga
tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado
destacado dos antigos industriais
loricenses.
enses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de
Lorica,
a, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa
progressiva vila industrial.

Largo do Pelourinho.

Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornoutornou-se um dos
principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos
lanifícios,
fícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que
está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões
interiores de Portugal devido às inexistentes políticas locais e nacionais de coesão e
administração do território.. Actualmente a economia loriguense basea-se
basea se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, alguma indústria de malhas, no comércio, restauração,
alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira
Beira,
Teixeira, Valezim, Vide,, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu
pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de


Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e
estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas dentro da área da freguesia de
Loriga.

Património de destaque[editar]
destaque
destacam se a ponte e a estrada romanas ((século I
Em termos de património histórico, destacam-se
), uma sepultura antropomórfica (século
a.C.), ( VI a.C.)) chamada popularmente de "caixão
da moura", a Igreja Matriz (século
( XIII,, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), a capela
pela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida visigótica de S.
Gens, atual capela
apela de Nossa Senhora do Carmo no bairro de São Ginês, a Rua de
Viriato e a Rua da Oliveira que recorda as características urbanas medievais desta vila.

A estrada romana
mana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande
cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao
cem destaque.
restante império, merecem

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem
cerca de 80 degraus em granito,
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda
muitas das características urbanas medievais de Loriga. O bairro de São Gin Ginês é um
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens
Gens, um santo de
origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano,
orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de
Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do
santo para S. Ginês,, deixaram arruinar a sua ermida e depois reconstruiram
reconstruiram-na com o
orago de Nossa Senhora do Carmo
Carmo.. Este núcleo da povoação, que já esteve sepa
separado do
principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial de Loriga, no local conhecido há séculos por Chão da Ribeira.


Festividades[editar
editar]
Ao longo do ano celebram--se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das
Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura
da Quaresma),), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião
(no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o
ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes
de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Doming
Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no
Fontão de Loriga.

Gastronomia[editar
editar]
A gastronomia loriguense
iguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se
salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas,
uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho,
queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOPDOP), a aguardente
de zimbro.. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a
Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce
feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade
loriguense no Brasil) e o Bolo Negro
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do
Xisto e do Milho.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga.

Personagens[editar
editar]
 Joaquim Augusto Amorim da Fonseca,
Fonseca médico
 Joaquim Pina Moura,
Moura economista e político

Acordos de geminação[editar]
geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém
Sacavém, em 1
de Junho de 1996.
Ver também[editar
editar]
 Geografia romana em Portugal

Ligações externas[editar]
externas

O Commons possui multimídias sobre Loriga

 Homepage sobre Loriga


 Analor
 Portal Vila de Loriga
 ABAE
 Geobserver

Fontes[editar]
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

 História concisa de Loriga por António Conde


 Bacia hidrográfica
rográfica da Ribeira de Loriga
 Página dos Bombeiros de Loriga
 Página da Junta de Freguesia de Loriga
 Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
 Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
 de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM,
CM, 1980
 Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do
Exército.

[Esconder]
v•e

Freguesias de Seia
Alvoco da Serra • Cabeça • Carragosela • Folhadosa • Girabolhos •
Lajes • Lapa dos Dinheiros • Loriga • Paranhos da Beira • Pinhanços •
Sabugueiro • Sameice • Sandomil • Santa Comba • Santa Eulália • Santa
Marinha • Santiago • São Martinho • São Romão • Sazes da Beira • Seia
• Teixeira • Torrozelo • Tourais • Travancinha • Valezim • Várzea de
Meruge • Vide • Vila Cova à Coelheira

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-1-

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Este artigo é sobre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cineasta Ray Loriga, veja
Ray Loriga.

Este artigo ou secção contém uma lista de fontes ou uma única fonte no fim do
texto, mas estas não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a
verificabilidade. (desde setembro de 2010)
Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodapé citando as fontes,
inserindo-as no corpo do texto quando necessário.

Coordenadas: 40º 19' N 7º 41' O

Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Brasão da vila de Loriga


-2-

Loriga

Loriga
Localização de Loriga em Portugal
40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
País Portugal
Concelho Seia
Administração
- Tipo Junta de freguesia
Área
- Total 36 52 km2
População (2005)
- Total 1 367
- Densidade 37,51/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Correio electrónico jfloriga@sapo.pt
Sítio Freguesiadeloriga.com
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.
-3-

Loriga (pron.IFA [lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda.
Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem uma
povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e


320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338, estrada concluída em 2006, seguindo
um traçado e um projecto pré-existentes há décadas, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960m (Portela de Loriga ou Portela do Arão) e 1650m, três quilómetros acima
da Lagoa Comprida.

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma paisagem alpina

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada
a cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e Ribeira de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R. sendo que a
Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
construída ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É
uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestrutras físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os
grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934,
a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga,
criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo
município loriguense, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos
Bombeiros Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o ano de 2011.
-4-

Índice
• 1 História
• 2 Toponímia
• 3 Festividades
• 4 Gastronomia
• 5 Personagens
• 6 Acordos de geminação
• 7 Ver também
• 8 Ligações externas
• 9 Fontes

[editar] História

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior

Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos
a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou
Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos), que tem o mesmo significado.

Ponte romana

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "Caixão da Moura", a Igreja
Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São
Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua de Viriato. A Rua da Oliveira, pela sua
peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda algumas das características
-5-

urbanas da época medieval.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira
de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem
destaque.

Capela de Nossa Senhora do Carmo

O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora
do Carmo, a antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e
principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava
fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida
dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se
mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo
de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao
contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquer auxílio.
-6-

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem
parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto
Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se
resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial.

Largo do Pelourinho

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso
Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho
em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX,
curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos. Porém, partir da primeira metade do século
XIX, como já foi mencionado, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Interior, com a
implantação da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a acelerar a desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões
interiores de Portugal devido às inexistentes políticas de coesão do território. Actualmente a economia
loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma
agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

[editar] Toponímia
-7-

Rua da Oliveira

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais.

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos
bairros mais típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do
imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar, e
substituíram o orago da sua capela pelo de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já
esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

[editar] Festividades

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas -
cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no
primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda,
no Fontão de Loriga.

[editar] Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco,
maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o
queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas
eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz
doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no
Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa
e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.
-8-

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

[editar] Personagens
• Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico
• Joaquim Pina Moura, economista e político

[editar] Acordos de geminação

Loriga celebrou acordo de geminação com a vila ,actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

[editar] Ver também


• Geografia romana em Portugal

[editar] Ligações externas


• Homepage sobre Loriga
• Analor
• Portal Vila de Loriga

[editar] Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:


• História concisa de Loriga
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
• Página dos Bombeiros de Loriga
• Página da Junta de Freguesia de Loriga
• Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

O Wikimedia Commons possui multimedia sobre Loriga

Freguesias de Seia

Alvoco da Serra • Cabeça • Carragosela • Folhadosa • Girabolhos • Lajes • Lapa dos Dinheiros •
Loriga • Paranhos da Beira • Pinhanços • Sabugueiro • Sameice • Sandomil • Santa Comba • Santa
Eulália • Santa Marinha • Santiago • São Martinho • São Romão • Sazes da Beira • Seia • Teixeira •
Torrozelo • Tourais • Travancinha • Valezim • Várzea de Meruge • Vide • Vila Cova à Coelheira
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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e Portugal Loriga


freguesia portuguesa do concelho de Seia,
— Freguesia —
distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1
367 habitantes (2005) e densidade
populacional de 37,51 hab/km². Tem uma
povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da


Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da
Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível
pela EN 231 e pela EN338, estrada concluída
em 2006, seguindo um traçado e um projecto
pré-existentes há décadas, com um percurso de
Vista geral de Loriga
9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960m (Portela do Arão) e 1650m, dois
quilómetros acima da Lagoa Comprida.

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina

conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à


sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770m de altitude, na sua
parte urbana mais baixa, rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato
(1771m), e é abraçada por dois cursos de água: Brasão da vila de Loriga
a Ribeira de Loriga e Ribeira de S.Bento, que

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
Página Web 2 de 6

se unem depois da E.T.A.R. para formarem um


dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação


são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma
obra construída ao longo de muitas centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio Loriga
dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de


infraestrutras físicas e sócio-culturais, que
abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em
1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga,
criados em 1982, cujos serviços se
desenvolvem na àrea aproximadamente
equivalente ao antigo município, a Casa de
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas
obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr.
Reis Leitão. Em Março de 2007 iniciaram-se
as obras do novo Quartel dos Bombeiros Localização de Loriga em Portugal
Voluntários, edifício que se prevê concluído
40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
durante o ano de 2011.
País Portugal
Concelho
Seia
Índice Administração
- Tipo Junta de freguesia
■ 1 História
■ 2 Toponímia Área
■ 3 Festividades - Total 36 52 km2
■ 4 Gastronomia População (2005)
■ 5 Personagens
■ 6 Acordos de geminação - Total 1 367
■ 7 Ver também - Densidade 37,51/km2
■ 8 Ligações externas
Gentílico: Loriguense ou Loricense
■ 9 Fontes
Código 6270
postal
Orago Santa Maria Maior
História Correio jfloriga@sapo.pt
electrónico
Fundada originalmente no alto de uma colina
Sítio Freguesiadeloriga.com
entre ribeiras onde hoje existe o centro (http://www.freguesiadeloriga.com)
histórico da vila. O local foi escolhido há mais
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
de dois mil e seiscentos anos devido à Portugal.
facilidade de defesa (uma colina entre

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
Página Web 3 de 6

ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu


protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios
(actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou
os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral
para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga
(derivação iniciada pelos Visigodos), que tem o mesmo
significado.

Em termos de
património histórico,
Igreja Matriz de Loriga - vista destacam-se a ponte e
interior
a estrada romanas
(século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século
XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído),
o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à
chegada dos romanos e a Rua de Viriato. A Rua da Oliveira,
Ponte romana
pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro
histórico da vila, recorda algumas das características urbanas
da época medieval.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na
Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

O Bairro de São Ginês é um ex-libris de Loriga e nele destaca


-se a capela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida
visigótica dedicada a S.Gens, e entretanto remodelada.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida


em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se
na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de
Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No
local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do
Capela de Nossa Senhora do Carmo qual os Visigodos construíram mais tarde a ermida dedicada
àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que
se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma
pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
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O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo


arruinado também a residência paroquial e aberto algumas
fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara
Municipal construído no século XIII. Um emissário do
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos
mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo
de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade


do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho
só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX.
Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no Fontanário em Loriga
número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato,
Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas,
Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A
principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila
industrial.

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século


XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio
das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474
(D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser
sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX,
curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.
Porém, partir da primeira metade do século XIX, tornou-se
Largo do Pelourinho um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com a
implantação da indústria dos lanifícios, que entrou em
declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a acelerar a desertificação da Vila,
facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia
loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma
agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias
da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de
esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de
Loriga.

Toponímia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
Página Web 5 de 6

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da


vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o
que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas
das características urbanas medievais.

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de


Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas
aqui. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São
Gens, um santo de origem céltica matirizado em Arles, na
Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma
ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos
os loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês,
Rua da Oliveira
talvez por ser mais fácil de pronunciar. Este núcleo da
povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas -
cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo
de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão
branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela
comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do
Milho.

Personagens
■ Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico
■ Joaquim Pina Moura, economista e político

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
Página Web 6 de 6

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim Acordos de geminação


da Fonseca, Loriga
Loriga celebrou acordo de geminação com a vila ,actual
cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
■ Geografia romana em Portugal

Ligações externas
■ Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
■ Analor (http://www.analor.org)
■ Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

■ História concisa de Loriga (http://www.lorica.no.sapo.pt)


■ Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
(http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
■ Página dos Bombeiros de Loriga (http://http://www.bvloriga.pt/)
■ Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
■ Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
■ Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
■ de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
■ Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"
Categorias: Freguesias de Seia | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Nota: Este artigo é sobre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cineasta Ray
Loriga, veja Ray Loriga.
Este artigo ou secção contém uma ou mais fontes no fim do
texto,, mas nenhuma é citada no corpo do artigo,, o que
compromete a confiabilidade das informações. (desde setembro de
2010)
Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodapé citando as
fontes, inserindo-as
inserindo no corpo do texto quando necessário.

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Veja como referenciar e citar as fontes.

Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga


Loriga
Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O


País Portugal
Concelho Seia
- Tipo Junta de freguesia
Brasão de Loriga

Área
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
- Densidade 28,8/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270


Orago Santa Maria Maior
Correio electrónico jfloriga@sapo.pt
Sítio Freguesiadeloriga.com
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia,


distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 053 habitantes (2011) e densidade
populacional de 28,8 hab/km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia,


80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um projecto pré-existentes há mais
de 40 anos, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960m
(Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma
paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização


geográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana mais baixa,
rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude)
e a Penha
nha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e
a Ribeira de S.Bento, sendo que esta desagua na primeira depois da E.T.A.R.
E.T.A.R.. A Ribeira
de Loriga, um dos maiores afluentes do Rio Alva,, recebe também junto da vila as àguas
do chamado Ribeiro do Cortiçor.
Cortiçor

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris


libris de Loriga,
uma obra construída ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale
belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo
habitantes.
parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus ha

stá dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-


A vila está sócio-culturais, que
abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo
Desportivo Loriguense, fundado em 1934,, a Sociedade Recreativa e Musical
Loriguense, fundada em 1905,
1905 os Bombeiros Voluntários de Loriga,, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho
de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo,
e a Escola Básica 1,2,33 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram
iniciaram-se
se as obras do
novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
Setembro do mesmo ano.1

Índice
[esconder]

 1 Toponímia
 2 História
o 2.1 Forais
o 2.2 História até ao final do séc. XVIII
o 2.3 História posterior ao séc. XVIII
 3 Património de destaque
 4 Praia fluvial
 5 Festividades
 6 Gastronomia
 7 Personagens
 8 Acordos de geminação
 9 Ver também
 10 Ligações externas
 11 Fontes
 12 Referências

Toponímia[editar]
Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e
dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência
lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para
couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos
Visigodos, e que tem exatamente o mesmo significado. Ainda que não existissem
origens antigas e históricas a filologia diz-nos que a palavra Loriga deriva de Lorica, do
latim, facto suficiente para a existência do gentílico Loricense, para designar os naturais
da vila de Loriga. Pela antiguidade e importância histórica e filológica do nome, a
couraça é a peça principal do brasão da vila, considerada pelos especialistas como
imprescindível na heráldica de Loriga.

História[editar]
Forais[editar]

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais
em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514
(D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas ou Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e esse facto contribuíu para que lhe fosse retirada a sede de município.
Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação
territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII[editar]

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro
histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem
como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
Uma antiga tradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como terra
natal de Viriato, sendo que a rua principal da àrea mais antiga do centro histórico da vila
tem há séculos o nome deste heroi lusitano. Chegou a haver um projecto e uma
subscrição para erigir uma estátua e que não chegou a concretizar-se. O documento mais
curioso, embora não o mais antigo, que refere Loriga como berço de Viriato é o livro
manuscrito História da Lusitânia, datado de 1580 e da autoria do Bispo-Mor
Mor do Reino.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,


situava-se
mais antigo e principal, situava se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, a atual
tual Rua de
Viriato, na parte existente entre o centro
c de dia da ALATI e a antiga Casa do Povo,
coincide exatamente com parte do traçado da antiga muralha que defendia a povoação.
No local do actual Bairro de S.Ginês ( S.Gens ) existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais
tarde uma ermida dedicada a S. Gens, atual capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o
tempo oss loricenses mudaram o nome do santo para S.Ginês ( santo inexistente ) talvez
por ser mais fácil de pronunciar
pronunciar.

Fontanário em Loriga.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II.. Esta igreja, cujo orago era já o de
Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de um outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está
colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça
exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755,
dela restando apenas partes das paredes laterais e alguma alvenaria.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a
residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício
da Câmara Municipal construído no século XIII e que ainda existe, embora
particular.. Um emissário do
descaraterizado porque entretanto foi adaptado a residência particular
Marquês de Pombal estevee em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVII


XVIII[editar]

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX
XIX, embora os
investimentos industriais se tenham intensificado a partir de meados do mesmo século.
Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior
Interior, e a actual sede
suplantá-la quase em meados do século XX.. Tempos houve
de concelho só conseguiu suplantá
em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas,
tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,
fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga
tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado
destacado dos antigos indus
industriais
enses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de
loricenses.
Lorica,
a, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila
industrial.

Largo do Pelourinho.

Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornoutornou-se um dos
principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimas décadas do século passado
facto que afecta de maneira geral as regiões
o que está a levar à desertificação da Vila, facto
interiores de Portugal devido a sucessivas políticas erradas de coesão e administração do
território.. Actualmente a economia loriguense basea-se
basea se nas indústrias metalúrgica e de
panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A áreaa onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira
Beira,
Teixeira, Valezim, Vide,, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de


e Loriga.
Freguesias da Serra da Estrela, com sede em

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e


estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas dentro da área da freguesia de
Loriga.

destaque[editar]
Património de destaqu
Em termos de património histórico, destacam-se
destacam se a ponte e a estrada romanas ((século I
), uma sepultura antropomórfica (século
a.C.), ( VI a.C.)) chamada popularmente de "caixão
da moura", a Igreja Matriz (século
( XIII,, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), a capela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida visigótica de S.
Gens, no bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira que recorda as
características urbanas medievais.
medievais

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao
cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos
restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem
cerca de 80 degraus em granito,
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda
as características urbanas medievais de Loriga. O bairro de São Ginês é um
muitas das
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens
Gens, um santo de
origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano,
orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de
Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do
santo para S. Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial de Loriga, conhecida


conheci também como Chão da Ribeira.

Praia fluvial[editar
editar]
Como desde há alguns anos, em 2012, esta praia foi uma
uma das 275 praias nacionais
galardoadas com a bandeira azul2 ; em Junho recebeu a bandeira "Qualidade Ouro",
atribuido pela Quercus.3 Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.
Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do
finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
total de 70 pré-finalistas,
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades[editar
editar]
Ao longo do ano celebram--se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das
Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura
da Quaresma),), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião
(no último Domingongo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o
ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes
de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundoo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no
Fontão de Loriga.

editar]
Gastronomia[editar
daquela considerada típica da Beira Alta, onde se
A gastronomia loriguense faz parte daquela
salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas,
uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho,
queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOPDOP), a aguardente
de zimbro.. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a
Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce
feito com milho), a botelha
telha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade
Loriga. A importância da gastronomia única é
loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga.
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do
Xisto e do Milho.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga.

Personagens[editar
editar]
 Joaquim Augusto Amorim da Fonseca,
Fonseca médico
 Joaquim Pina Moura,
Moura economista e político

Acordos de geminação[editar]
geminaçã
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém
Sacavém, em 1
de Junho de 1996.

Ver também[editar
editar]
 Geografia romana em Portugal

Ligações externass[editar]

O Commons possui multimídias sobre Loriga

 Homepage sobre Loriga


 Analor
 Portal Vila de Loriga
 7 Maravilhas - Praias de Portugal
 ABAE
 Geobserver

Fontes[editar]
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

 História concisa de Loriga por António Conde


Cond
 Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
 Página dos Bombeiros de Loriga
 Página da Junta de Freguesia de Loriga
 Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
 Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
 de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
 Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do
Exército.

Referências
1. Ir para cima ↑ Diário "As Beiras" online. Bombeiros de Loriga mudam para
novo quartel.. Página visitada em Outubro de 2012.
2. Ir para cima ↑ ABAE. Locais Galardoados na Região do Centro com a
Bandeira Azul, 2012.
2012 Página visitada em Julho de 2012.
3. Ir para cima ↑ Site da Câmara Municipal de Seia. Praia de Loriga com
qualidade de ouro.. Página visitada em Julho de 2012.

[Esconder]
v•e

Freguesias de Seia
Alvoco da Serra • Cabeça • Carragosela • Folhadosa • Girabolhos •
Lajes • Lapa dos Dinheiros • Loriga • Paranhos da Beira • Pinhanços •
Sabugueiro • Sameice • Sandomil • Santa Comba • Santa Eulália • Santa
Marinha • Santiago • São Martinho • São Romão • Sazes da Beira • Seia
• Teixeira • Torrozelo • Tourais • Travancinha • Valezim • Várzea de
Me
Meruge • Vide • Vila Cova à Coelheira

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Loriga
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Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga


Loriga
Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O


País Portugal
Concelho Seia
- Tipo Junta de freguesia
Brasão de Loriga

Área
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
- Densidade 28,8/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270


Orago Santa Maria Maior
Correio electrónico jfloriga@sapo.pt
Sítio Freguesiadeloriga.com
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga (pron.IFA [lo' ig ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia,


distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 053 habitantes (2011) e densidade
populacional de 28,8 hab/km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia,


80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um projecto pré-existentes há mais
de 40 anos, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960m
(Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.
Vista panorâmica de Loriga
iga e do vale glaciar com o mesmo nome, semeelhante a uma
paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça ça Portuguesa" devido à sua extraordinária loca


calização
geográfica. Está situada a ce
cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana
na mais baixa,
rodeada por montanhas, das as quais se destacam a Penha dos Abutres (182828m de altitude)
e a Penha do Gato (1771m)m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribe
ibeira de Loriga e
a Ribeira de S.Bento, sendo
do que esta desagua na primeira depois da E.T.
.T.A.R.. A Ribeira
de Loriga, um dos maioreses afluentes do Rio Alva, recebe também juntoto da
d vila as àguas
do chamado Ribeiro do Cor ortiçor.

Os socalcos e sua complexaxa rede de irrigação são um dos grandes ex-libr


libris de Loriga,
uma obra construída ao long
ongo de muitas centenas de anos e que transform
ormou um vale
belo mas rochoso num vale le fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
pa fazendo
parte do património históric
rico da vila e é demonstrativa do génio dos seus
eus habitantes.

A vila está dotada de umaa aampla gama de infraestruturas físicas e sócio--culturais, que
abrangem todos os gruposs etários,
e das quais se destacam, por exemplo,, o Grupo
Desportivo Loriguense, fun
undado em 1934, a Sociedade Recreativa e Muusical
Loriguense, fundada em 1905,
19 os Bombeiros Voluntários de Loriga, criariados em 1982,
cujos serviços se desenvolv
lvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho
de Loriga, a Casa de Repou
ouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais
so de relevo,
e a Escola Básica 1,2,3 Dr.
r. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se se as obras do
novo Quartel dos Bombeiroiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
Setembro do mesmo ano.1

Índice
[esconder]

1 Toponímia
2 História
o 2.1 Forais
o 2.2 Históriaia até ao final do séc. XVIII
o 2.3 Históriaia posterior ao séc. XVIII
3 Património de des
estaque
4 Praia fluvial
5 Festividades
6 Gastronomia
7 Personagens
8 Acordos de geminação
9 Ver também
10 Ligações externas
11 Fontes
12 Referências

Toponímia[editar]
Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e
dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência
lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para
couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos
Visigodos, e que tem exatamente o mesmo significado. Ainda que não existissem
origens antigas e históricas a filologia diz-nos que a palavra Loriga deriva de Lorica, do
latim, facto suficiente para a existência do gentílico Loricense, para designar os naturais
da vila de Loriga. Pela antiguidade e importância histórica e filológica do nome, a
couraça é a peça principal do brasão da vila, considerada pelos especialistas como
imprescindível na heráldica de Loriga.

História[editar]
Forais[editar]

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais
em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514
(D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas ou Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e esse facto contribuíu para que lhe fosse retirada a sede de município.
Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação
territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII[editar]

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro
histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem
como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
Uma antiga tradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como terra
natal de Viriato, sendo que a rua principal da àrea mais antiga do centro histórico da vila
tem há séculos o nome deste heroi lusitano. Chegou a haver um projecto e uma
subscrição para erigir uma estátua e que não chegou a concretizar-se. O documento mais
curioso, embora não o mais
ais antigo, que refere Loriga como berço de Vir
iriato é o livro
manuscrito História da Lusi
usitânia, datado de 1580 e da autoria do Bispo-MMor do Reino.

Igreja Matriz de Loriga - vista


vi interior.

Quando os romanos chegara aram, a povoação estava dividida em dois núcle


cleos. O maior,
mais antigo e principal, situ
ituava-se na área onde hoje existem a Igreja Ma
Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fort
ortificado com muralhas e paliçada. Aliás, a atu
tual Rua de
Viriato, na parte existente entre
e o centro de dia da ALATI e a antiga Cas
asa do Povo,
coincide exatamente com pa parte do traçado da antiga muralha que defend
ndia a povoação.
No local do actual Bairro de S.Ginês ( S.Gens ) existiam já algumas habi
abitações
encostadas ao promontório io rochoso, em cima do qual os Visigodos consnstruíram mais
tarde uma ermida dedicada da a S. Gens, atual capela de Nossa Senhora doo Carmo. Com o
tempo os loricenses mudaraaram o nome do santo para S.Ginês ( santo inexexistente ) talvez
por ser mais fácil de pronun
unciar.

Fontanário em Loriga.

Loriga era uma paróquia pertencente


pe à Vigararia do Padroado Real e a Igreja
Ig Matriz foi
mandada construir em 1233 33 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago
ago era já o de
Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de um outro tro antigo e
pequeno templo, do qual foi
fo aproveitada uma pedra com inscrições visig sigóticas, que está
colocada na porta lateral vir
virada para o adro. De estilo românico, com três
trê naves, e traça
exterior lembrando a Sé Veelha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelolo sismo de 1755,
dela restando apenas partes
es das paredes laterais e alguma alvenaria.
O sismo de 1755 provocouu enormes estragos na vila, tendo arruinado também
tam a
residência paroquial e abert
erto algumas fendas nas robustas e espessas par aredes do edifício
da Câmara Municipal constnstruído no século XIII e que ainda existe, embo bora
descaraterizado porque entr
ntretanto foi adaptado a residência particular.. Um
U emissário do
Marquês de Pombal estevee em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contr ntrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra
(o localidade serrana muito afectada), nãoo chegou do
governo de Lisboa qualquer
uer auxílio.

História posterior ao sé
séc. XVIII[editar]

Loriga é uma vila industrial


ial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX,
X embora os
investimentos industriais se tenham intensificado a partir de meados doo mesmo
m século.
Chegou a ser uma das local alidades mais industrializadas da Beira Interior
ior, e a actual sede
de concelho só conseguiu suplantá-la
su quase em meados do século XX.. Tempos
T houve
em que só a Covilhã ultrapapassava Loriga no número de empresas. Nomees de empresas,
tais como: Regato, Redondi dinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,, Leitão
L &
Irmãos, Augusto Luis Mend ndes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lori orimalhas, etc,
fazem parte da rica história
ia industrial desta vila. A principal e maior ave
venida de Loriga
tem o nome de Augusto Luí uís Mendes, o mais destacado dos antigos indu dustriais
loricenses. Apesar dos mauaus acessos, que se resumiam à velhinha estradaada romana de
Lorica, com dois mil anos,s, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
L numa vila
industrial.

Largo do Pelourinho.

Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornou ou-se um dos
principais pólos industriais
is da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria
ind dos
lanifícios, que entrou em declínio
de durante durante as últimas décadas do século passado
o que está a levar à desertifi
tificação da Vila, facto que afecta de maneira geral
g as regiões
interiores de Portugal devid
ido a sucessivas políticas erradas de coesão e administração
a do
território. Actualmente a ec
economia loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica
me e de
panificação, no comércio,, re
restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actu


ctuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
S da Beira,
Teixeira, Valezim, Vide, e as
a mais de trinta povoações anexas, pertenceu
ceu ao município
loriguense.

A área que englobava o ext


xtinto município loriguense, constitui também
m a Associação de
Freguesias da Serra da Estre
strela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possue


suem enormes potencialidades turísticas e as ún
únicas pistas e
estância de esqui existentes
tes em Portugal estão localizadas dentro da área
ea da freguesia de
Loriga.

Património de de
destaque[editar]
Em termos de património hhistórico, destacam-se a ponte e a estrada romamanas (século I
a.C.), uma sepultura antropo
opomórfica (século VI a.C.) chamada popularm rmente de "caixão
da moura", a Igreja Matriz
iz (século
( XIII, reconstruída), o Pelourinho (séc
éculo
XIII,reconstruído), a capela
ela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermidaa visigótica de S.
Gens, no bairro de São Ginê
inês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira quee rrecorda as
características urbanas med
edievais.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI apó
pós uma grande
cheia na Ribeira de S. Bento
nto), com as quais os romanos ligaram Lorica,
a, na Lusitânia, ao
restante império, merecem
m destaque.
d

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria
esc tem
cerca de 80 degraus em granranito, o que lhe dá características peculiares.. E
Esta rua recorda
muitas das características ur
urbanas medievais de Loriga. O bairro de São ão Ginês é um
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos d bairros mais
típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens ns, um santo de
origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Di Diocleciano,
orago de uma ermida visigóigótica situada na área, no local onde hoje estáá a capela de
Nossa Senhora do Carmo.. C Com o passar dos séculos os loriguenses mud udaram o nome do
santo para S. Ginês. Este núcleo
nú da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo,
ab é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial de Loriga, con


onhecida também como Chão da Ribeira.

Praia fluvial[edit
itar]
Como desde há alguns anosos, em 2012, esta praia foi uma das 275 praias
as nacionais
ira azul2 ; em Junho recebeu a bandeira "Qualid
galardoadas com a bandeira lidade Ouro",
3
atribuido pela Quercus. Ambas
Am as bandeiras foram hasteadas dia 24 dee Junho
J de 2012.
Dia 5 de Maio de 2012, a pr praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do
total de 70 pré-finalistas, divididas
di por 7 categorias, para concorrer ao concurso
co "7
Maravilhas - Praias de Porturtugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades[edita
itar]
Ao longo do ano celebram--se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com om a Amenta das
Almas - cantos nocturnos m masculinos, que evocam as almas de entes falealecidos por altura
da Quaresma), festas em hohonra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião
(no último Domingo de Julhulho), com as respectivas mordomias e procissõssões. Porém, o
ponto mais alto das festivid
idades religiosas é a festa dedicada à padroeira
ira dos emigrantes
de Loriga, Nª. Srª. da Guia,
ia, que se realiza todos os anos, no primeiro Doomingo de
Agosto. No segundo Domin ingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no
Fontão de Loriga.

Gastronomia[edit
ditar]
A gastronomia loriguensee fafaz parte daquela considerada típica da Beiraa Alta,
A onde se
salientam os pratos calórico
icos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
(c feijocas,
uma espécie de feijão branc
nco, maior que o habitual), o cabrito no forno,o, a broa de milho,
queijaria de ovelha e cabra,
ra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP P), a aguardente
de zimbro. Grande parte dos
do doces e sobremesas típicas eram elaboradas as para celebrar a
Páscoa. De entre os doces,s, ttêm relevo as broínhas doces, o arroz doce,, o carolo (doce
feito com milho), a botelha
ha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (so (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita
eita com tapioca partida em grãos - importadaa pelap comunidade
loriguense no Brasil) e o Bo
Bolo Negro de Loriga. A importância da gastro tronomia única é
reflectida na Confraria da BBroa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte
pa da Rota do
Xisto e do Milho.

Busto do, Dr Joaquim A. A


Amorim da Fonseca, Loriga.

Personagens[edit
itar]
Joaquim Augusto A
Amorim da Fonseca, médico
Joaquim Pina Moura
ura, economista e político

Acordos de gemin
inação[editar]
Loriga celebrou um acordo
do de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém,
S em 1
de Junho de 1996.

Ver também[edit
itar]
Geografia romana eem Portugal

Ligações externass[editar]

O Commons possui multimídias sobre Loriga

Homepage sobre Loriga


Lo
Analor
Portal Vila de Lorig
riga
7 Maravilhas - Praia
aias de Portugal
ABAE
Geobserver

Fontes[editar]
Algumas das fontes usadas
as na elaboração deste artigo:

História concisa dee Loriga por António Conde


Bacia hidrográficaa da
d Ribeira de Loriga
Página dos Bombeir eiros de Loriga
Página da Junta dee FFreguesia de Loriga
Página da Confraria
ria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
Ferreira, N.; Vieira,
ra, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE P (1999).
de Vasconcelos, J.L.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 191980
Carta Militar de Por
ortugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Institutoo Geográfico
G do
Exército.

Referências
1. Ir para cima Diário
rio "As Beiras" online. Bombeiros de Loriga mudam
m para
novo quartel. Página
ina visitada em Outubro de 2012.
2. Ir para cima ABA AE. Locais Galardoados na Região do Centroo com a
12. Página visitada em Julho de 2012.
Bandeira Azul, 2012
3. Ir para cima Sitee da
d Câmara Municipal de Seia. Praia de Loriga
iga com
qualidade de ouro.. Página
P visitada em Julho de 2012.

[Esconder]
v•e

Freguesias de Seia
Alvoco da Serra
rra • Cabeça • Carragosela • Folhadosa • Girabolh
olhos •
Lajes • Lapa doss DDinheiros • Loriga • Paranhos da Beira • Pinha
hanços •
Sabugueiro • Samemeice • Sandomil • Santa Comba • Santa Eulália • Santa
Marinha • Santiago
ago • São Martinho • São Romão • Sazes da Beiraira • Seia
• Teixeira • Torro
rrozelo • Tourais • Travancinha • Valezim • Várz
rzea de
M
Meruge • Vide • Vila Cova à Coelheira

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Freguesias de Seia
Antigos municípiosos de Portugal
Vilas de Portugal

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s a
condições adicionais
ais. Consulte as condições de uso para mais det
detalhes.

Política de privacida
idade
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Avisos gerais
Desenvolvedores
Versão móvel
-1-

Loriga
Origem: Enciclopédia.
(Lorica / Loriga)

Loricense ou
Gentílico
Loriguense

Área 36,52 km²


População 1 670 hab.
Densidade 34,8 hab./km²
Orago Santa Maria Maior
Código postal 6270
Portugal

Loriga é uma vila portuguesa, com 36,52 km² de área e 1 670 habitantes. Densidade: 34,8 hab/km².

Breve história
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila, o seu nome primitivo,anterior à chegada dos
romanos,era Lobriga. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos, devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras),à abundância de
àgua e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça,e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma
estava garantido o sustento a uma comunidade constituída fundamentalmente por pastores e agricultores, que fizeram parte de uma das tribos mais aguerridas
da Lusitânia.

Àrea mais antiga do centro histórico da vila de Loriga

O nome veio,da localização estratégica da povoação,do seu protagonismo e dos seus habitantes,nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana,
o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica (antiga couraça guerreira).Os Hermínius eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto
que os romanos lhe deram o nome de Lorica,nome de couraça guerreira, e deste nome derivou Loriga (designação iniciada pelos Visigodos), e que tem o
mesmo significado. É um caso raro, em Portugal, de um nome bimilenar, facto que justifica que a couraça seja a peça central e principal do brasão histórico da
vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são
um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos Loricenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo, mas
rochoso, num vale fértil.

Em termos de património, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século
XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos, a Rua de
Viriato,o heroi lusitano que a tradição local,e diversos antigos documentos,encontram origens nesta antiquíssima povoação.A Rua da Oliveira, pela sua
peculiaridade,situada na àrea mais antiga do centro histórico da vila,recorda algumas das características da época medieval. A estrada romana e uma das duas
pontes (a outra ruíu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica ao restante império, merecem
destaque. A estrada romana ligava Lorica a Egitânia (Idanha-a-Velha),Talabara (Alpedrinha),Sellium (Tomar),Scallabis (Santarém),Olisipo (Lisboa) e a
Longóbriga (Longroiva),Verurium (Viseu),Balatucellum (Bobadela),Conímbriga (Condeixa-a-Velha) e Aemínium (Coimbra).

Também o Bairro de São Ginês ( S. Gens )é um ex-libris de Loriga, e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo construída no local de uma
antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo. Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos: O maior, mais antigo
e principal, situava-se na àrea onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato, e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual
Bairro de S.Ginês (S.Gens), existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma
-2-

ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D.Sancho II. Esta igreja, cujo
orago era já o de Santa Maria Maior,e que se mantém, foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do
que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX, chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX.Tempos houve em que,só Covilhã ultrapassava Loriga em número de empresas.Nomes de
empresas,tais como;Regato,Redondinha,Fonte dos Amores,Tapadas,Fândega,Leitão & Irmãos,Augusto Luis Mendes,Lamas,Nunes Brito,Moura
Cabral,Lorimalhas,etc,fazem parte da rica história industrial desta vila.A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes,o mais
destacado dos antigos industriais loricenses.

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil podem ter no futuro de uma localidade e de uma
região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante
cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os
chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa, teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855.A conspiração movida por
desejos expansionistas da localidade que beneficiou com o facto,precipitou os acontecimentos.

Foi no mínimo um caso de injusta vingança política,numa época em que não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção,e assim começou o
declínio de toda a Região de Loriga (antigo concelho de Loriga).Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará
desertificada dentro de poucas décadas,o que,tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do país,será concerteza considerado como
uma vergonha nacional.Confirmaria também a existência de graves e sucessivos erros nas políticas de coesão,administração e ordenamento do território.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao Município Loricense.A vila de Loriga,situa-se a vinte quilómetros da actual sede de concelho, e algumas freguesias da sua região situam-se a uma
distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense,constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas,e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal,estão localizadas na àrea da
freguesia da vila de Loriga.

A rua da Oliveira é uma rua situada na àrea mais antiga do centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus em granito, o que lhe dá
características peculiares.

O bairro de São Ginês (S.Gens) é um bairro de Loriga com cerca de 50 habitantes. As suas caracteristicas tornam-no no bairro mais conhecido e mais tipico
da vila. As melhores festas de S.João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de
origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área. Com o tempo, os
Loricenses mudaram o nome do santo para São Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Acordos de geminação
A vila de Loriga celebrou acordo de geminação com:
• A vila,actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Julho de 1996.

Ver também
• Links de todos os sites interessantes sobre Loriga
• Rotas turísticas
• História concisa de Loriga
• Loriga (Loriga na internet) - Site sobre a vila de Loriga
• Portal Loriga News
• Imagens e links de Loriga
• Loriga bela e histórica
• Loriga capital da neve
• Fontão de Loriga
• Loriga terra de Viriato
• Loriga histórica
• Loriga terra de Viriato
• História concisa da vila
• Homenagem a um Loricense
-1-

Loriga
Origem: Enciclopédia Livre.
40º 19`N 7º 41` O

Loriga

Loriga - Vista parcial do miradouro


Gentílico Loricense ou loriguense
Distrito Guarda
Àrea 36,52 km²
População 1 367 hab. (2005)
Densidade 37,51 hab./km²
Orago Santa Maria Maior
Código postal 6270
Vila
Loriga

Apelidada de “Suíça Portuguesa”


Loriga,vila de Portugal

Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do Distrito da Guarda Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes
(2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km².

Loriga encontra-se a 20 km da actual sede de concelho, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231, e tem acesso directo à Torre, pela N338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-existente, com um percurso de 9.2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m
(Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada a
cerca de 770m de altitude, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de
altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira
de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R., sendo a Ribeira de Loriga um dos afluentes do Rio Alva.

Está dotada de uma ampla gama de infrastrutras,desde físicas a culturais e sociais, das quais se destacam,
-2-
por exemplo, a Escola C+S Dr. Reis Leitão, a Banda de Música Filarmónica de Loriga, fundada em 1905,
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loriga, criado em 1982, cujos serviços se
desenvolvem na àrea do antigo Município Loricense, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas
obras sociais de relevo, a Associação Loricense de Apoio à Terceira Idade,e o Grupo Desportivo
Loricense,fundado em 1934.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a tradicional Amenta das Almas)
e festas em honra de S. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada
à padroeira da diáspora loricense, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto.

Índice
• 1 Breve história
• 2 Rua da Oliveira
• 3 Bairro de São Ginês (S.Gens)
• 4 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia
• 5 Acordos de geminação
• 6 Ver também
• 7 Ligações externas
• 8 Fontes

Breve história
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior


O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de
Lorica (antiga couraça guerreira). Os Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto
que os romanos lhe deram o nome de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos
Visigodos) e que tem o mesmo significado. É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar,e justifica
que a couraça seja a peça central do brasão histórico de Loriga. É um nome muito antigo e de grande valor
histórico para a vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de
-3-
referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
gigantesca construída pelos loricenses ao longo de muitas centenas de anos, e que transformou um vale belo
mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga,
fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana
Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua
de Viriato que a tradição local e diversos antigos documentos encontram origem nesta antiquíssima
povoação. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila,
recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

Capela de Nª Srª do Carmo


O Bairro de São Ginês é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo,
construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo. Quando os
romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se
na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e
paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
-4-

Fontanário em Loriga
Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D.Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e
traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário
do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de
Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,
Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loricenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica com dois mil anos, o facto é que os loricenses transformaram Loriga
numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um
inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde meados do século XIX.

Largo do Pelourinho
A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil
podem ter no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a categoria de vila e sede de concelho
-5-
desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante
cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e
1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa, teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por desejos
expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um
grave erro político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que
não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a região
de Loriga (antigo concelho de Loriga).

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada
dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do
país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência de
graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar tal
situação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:
desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,
Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loricense. A vila de Loriga situa-se a
vinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se a uma
distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira

Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais do centro histórico da vila de Loriga.
-6-
Bairro de São Ginês (S.Gens)
O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos
bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto
de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área.
Com o passar dos séculos os loricenses mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil de
pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Acordos de geminação

Loriga celebrou acordo de geminação com:

• A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
• Geografia romana em Portugal

Ligações externas
• LORIGA - Loriga na internet
• Loriga News
• Homepage sobre Loriga
• Analor

Fontes
Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

• Loriga na internet
• Informação Municipal [1]
• Loriga.de [2]
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.
-7-

A Enciclopédia possui multimedia sobre Loriga


Principais dados e documentos históricos sobre Loriga,gentilmente cedidos para consulta pelo webmaster
do site "http://groups.msn.com/Loriga".Os nossos agradecimentos.
Categorias: Freguesias de Portugal | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal

10 de Junho de 2007.
-1-

LORIGA
Origem do texto:Enciclopédia Universal.
Gentílico:LORICENSE ou Loriguense
LORIGA é uma vila e freguesia portuguesa, com 36,52 km² de área.

Breve história

Fundada originalmente no alto de uma colina entre duas ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila, o seu nome primitivo,anterior à chegada dos romanos,era
Lobriga. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos, devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras),à abundância de àgua e de pastos,
bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça,e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

O nome veio,da localização estratégica da povoação,nos Hermínius (actual Serra da Estrela),do seu protagonismo e dos seus habitantes na resistência Lusitana, o
que levou os romanos a porem-lhe o nome de LORICA (antiga couraça guerreira).
Os Hermínius eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os romanos lhe deram o nome de LORICA,nome de couraça guerreira, e deste
nome derivou LORIGA (designação iniciada pelos Visigodos), e que tem o mesmo significado.
É um caso raro, em Portugal, de um nome bimilenar,um dos factos que justificam que a couraça seja a peça central e principal do brasão histórico da vila.É um
nome muito antigo e com grande valor histórico para a vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um
dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos Loricenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo, mas
rochoso, num vale fértil.É uma obra que ainda hoje marca a belíssima paisagem do Vale de Loriga e faz parte do património histórico da vila.
O génio dos
Loricenses manifestou-se também no facto de,apesar dos maus acessos viários,constituídos apenas pela velhinha estrada romana de Lorica,construída no século
primeiro antes de Cristo,transformarem a sua terra numa progressiva vila industrial.

Em termos de património, destacam-se entre outros,a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz
(século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos, a Rua de Viriato
,o heroi lusitano que a tradição local,e diversos antigos documentos,encontram origens nesta antiquíssima povoação.
A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade,situada na àrea mais antiga do centro histórico da vila,recorda algumas das características da época medieval. A estrada
romana e uma das duas pontes (a outra ruíu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia,
ao restante império, merecem destaque.

O Bairro de São Ginês ( S. Gens )é um dos ex-libris de Loriga, e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo construída no local de uma antiga ermida
visigótica precisamente dedicada àquele santo. Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos: O maior, mais antigo e principal,
situava-se na àrea onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato, e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês
(S.Gens), existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele
santo.Com o passar dos séculos os Loricenses mudaram o nome do santo,de S.Gens para S.Ginês,talvês por ser mais fácil de pronunciar.
S.Gens era um santo de origem céltica,martirizado em Arles,na Gália,no tempo do imperador Diocleciano.A antiga ermida visigótica dedicada àquele santo é hoje
uma capela com orago de Nossa Senhora do Carmo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago
era já o de Santa Maria Maior,e que se mantém, foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja
foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do
edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX, chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la em meados do século XX.
Tempos houve em que,só Covilhã ultrapassava Loriga em número de empresas.Nomes de empresas,tais como;Regato,Redondinha,Fonte dos Amores,Tapadas,
Fândega,Leitão & Irmãos,Augusto Luis Mendes,Lamas,Nunes Brito,Moura Cabral,Lorimalhas,etc,fazem parte da rica história industrial desta vila.A principal e
maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais Loricenses.

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil podem ter no futuro de uma localidade e de uma região.
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D.Afonso Henriques),em 1249 (D.Afonso III ),em 1474 ( D.Afonso V ) e em 1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados
Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa, teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855.A conspiração movida por desejos
expansionistas da localidade que beneficiou com o facto,precipitou os acontecimentos.Um grave erro político e administrativo,como infelizmente tem vindo a
confirmar-se!
Foi no mínimo um caso de injusta vingança política,numa época em que não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção,e assim começou o declínio
de toda a Região de Loriga (antigo Concelho de Loriga).Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará
desertificada dentro de poucas décadas,o que,tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do país,será concerteza considerado como uma
vergonha nacional.Confirmaria também a óbvia existência de graves e sucessivos erros nas políticas de coesão,administração e ordenamento do território.Para evitar
tal situação vergonhosa para o país,é necessário,no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:Desenvolver a vila de Loriga,pólo e centro da região.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao Município Loricense.A vila de Loriga,situa-se a vinte quilómetros da actual sede de concelho, e algumas freguesias da sua região situam-se a uma
distância muito maior.
A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense,constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas,e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal,estão localizadas na àrea da
freguesia da vila de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou acordo de geminação com:
• A vila,actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.
-1-

LORIGA
Origem do texto:Enciclopédia Universal.
Gentílico:LORICENSE ou Loriguense
LORIGA é uma vila e freguesia portuguesa, com 36,52 km² de área.

Breve história

Fundada originalmente no alto de uma colina entre duas ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila, o seu nome primitivo,anterior à chegada dos romanos,era
Lobriga. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos, devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras),à abundância de àgua e de pastos,
bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça,e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

O nome veio,da localização estratégica da povoação,nos Hermínius (actual Serra da Estrela),do seu protagonismo e dos seus habitantes na resistência Lusitana, o
que levou os romanos a porem-lhe o nome de LORICA (antiga couraça guerreira).
Os Hermínius eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os romanos lhe deram o nome de LORICA,nome de couraça guerreira, e deste
nome derivou LORIGA (designação iniciada pelos Visigodos), e que tem o mesmo significado.
É um caso raro, em Portugal, de um nome bimilenar,um dos factos que justificam que a couraça seja a peça central e principal do brasão histórico da vila.É um
nome muito antigo e com grande valor histórico para a vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um
dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos Loricenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo, mas
rochoso, num vale fértil.É uma obra que ainda hoje marca a belíssima paisagem do Vale de Loriga e faz parte do património histórico da vila.
O génio dos
Loricenses manifestou-se também no facto de,apesar dos maus acessos viários,constituídos apenas pela velhinha estrada romana de Lorica,construída no século
primeiro antes de Cristo,transformarem a sua terra numa progressiva vila industrial.

Em termos de património, destacam-se entre outros,a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz
(século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos, a Rua de Viriato
,o heroi lusitano que a tradição local,e diversos antigos documentos,encontram origens nesta antiquíssima povoação.
A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade,situada na àrea mais antiga do centro histórico da vila,recorda algumas das características da época medieval. A estrada
romana e uma das duas pontes (a outra ruíu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia,
ao restante império, merecem destaque.

O Bairro de São Ginês ( S. Gens )é um dos ex-libris de Loriga, e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo construída no local de uma antiga ermida
visigótica precisamente dedicada àquele santo. Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos: O maior, mais antigo e principal,
situava-se na àrea onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato, e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês
(S.Gens), existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele
santo.Com o passar dos séculos os Loricenses mudaram o nome do santo,de S.Gens para S.Ginês,talvês por ser mais fácil de pronunciar.
S.Gens era um santo de origem céltica,martirizado em Arles,na Gália,no tempo do imperador Diocleciano.A antiga ermida visigótica dedicada àquele santo é hoje
uma capela com orago de Nossa Senhora do Carmo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago
era já o de Santa Maria Maior,e que se mantém, foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja
foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do
edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX, chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la em meados do século XX.
Tempos houve em que,só Covilhã ultrapassava Loriga em número de empresas.Nomes de empresas,tais como;Regato,Redondinha,Fonte dos Amores,Tapadas,
Fândega,Leitão & Irmãos,Augusto Luis Mendes,Lamas,Nunes Brito,Moura Cabral,Lorimalhas,etc,fazem parte da rica história industrial desta vila.A principal e
maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais Loricenses.

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil podem ter no futuro de uma localidade e de uma região.
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D.Afonso Henriques),em 1249 (D.Afonso III ),em 1474 ( D.Afonso V ) e em 1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados
Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa, teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855.A conspiração movida por desejos
expansionistas da localidade que beneficiou com o facto,precipitou os acontecimentos.Um grave erro político e administrativo,como infelizmente tem vindo a
confirmar-se!
Foi no mínimo um caso de injusta vingança política,numa época em que não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção,e assim começou o declínio
de toda a Região de Loriga (antigo Concelho de Loriga).Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará
desertificada dentro de poucas décadas,o que,tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do país,será concerteza considerado como uma
vergonha nacional.Confirmaria também a óbvia existência de graves e sucessivos erros nas políticas de coesão,administração e ordenamento do território.Para evitar
tal situação vergonhosa para o país,é necessário,no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:Desenvolver a vila de Loriga,pólo e centro da região.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao Município Loricense.A vila de Loriga,situa-se a vinte quilómetros da actual sede de concelho, e algumas freguesias da sua região situam-se a uma
distância muito maior.
A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense,constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas,e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal,estão localizadas na àrea da
freguesia da vila de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou acordo de geminação com:
• A vila,actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.
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Página Inicial da Enciclopédia

Loriga
Loriga

Gentílico:
Loricense ou Loriguense

Área:
36,52 km²

População:
1 370 hab. (2001)

Densidade:
37,51 hab./km²

Orago:
Santa Maria Maior

Código postal:
6270

Loriga é uma vila e freguesia portuguesa, com 36,52 km² de área e 1 370 habitantes (2001). Densidade: 37,51 hab/km².

Breve história

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila, o seu nome primitivo,anterior à chegada dos romanos,era
Lobriga. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos, devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras),à abundância de àgua e de pastos, bem
como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça,e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

O nome veio,da localização estratégica da povoação,do seu protagonismo e dos seus habitantes,nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o
que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica (antiga couraça guerreira).Os Hermínius eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os
romanos lhe deram o nome de Lorica,nome de couraça guerreira, e deste nome derivou Loriga (designação iniciada pelos Visigodos), e que tem o mesmo significado.
É um caso raro, em Portugal, de um nome bimilenar,um dos factos que justificam que a couraça seja a peça central e principal do brasão histórico da vila.É um nome
muito antigo e de grande valor histórico para a vila.
Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um
dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos Loricenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo, mas
rochoso, num vale fértil.É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga,faz parte do património histórico da vila,e é demonstrativa do génio
dos Loricenses.
Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz
(século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos, a Rua de Viriato,o
heroi lusitano que a tradição local,e diversos antigos documentos,encontram origens nesta antiquíssima povoação.A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade,situada
na àrea mais antiga do centro histórico da vila,recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (a outra
ruíu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

Também o Bairro de São Ginês ( S. Gens )é um ex-libris de Loriga, e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo construída no local de uma antiga
ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo. Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos: O maior, mais antigo e principal,
situava-se na àrea onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato, e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês
(S.Gens), existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele
santo.
Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já
o de Santa Maria Maior,e que se mantém, foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas,
que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída
pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do
edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.
Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX, chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho
só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX.Tempos houve em que,só Covilhã ultrapassava Loriga em número de empresas.Nomes de empresas,tais
como;Regato,Redondinha,Fonte dos Amores,Tapadas,Fândega,Leitão & Irmãos,Augusto Luis Mendes,Lamas,Nunes Brito,Moura Cabral,Lorimalhas,etc,fazem parte
da rica história industrial desta vila.A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais
Loricenses.Apesar,por exemplo,dos maus acessos,que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica com dois mil anos,o facto é que os Loricenses
transformaram Loriga numa vila industrial progressiva,o que confirma o seu génio.Mas,Loriga acabou por ser derrotada por um inimigo político e administrativo,local e
nacional,contra o qual teve que lutar desde o século XIX.
A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil podem ter no futuro de uma localidade e de uma região.
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra
os Liberais na guerra civil portuguesa, teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855.A conspiração movida por desejos expansionistas da localidade que
beneficiou com o facto,precipitou os acontecimentos.Tratou-se de um grave erro político e administrativo,como aliás tem vindo a confirmar-se.
Foi no mínimo um caso de injusta vingança política,numa época em que não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção,e assim começou o declínio
de toda a Região de Loriga (antigo concelho de Loriga).Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada
dentro de poucas décadas,o que,tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do país,será concerteza considerado como uma vergonha
nacional.Confirmaria também a óbvia existência de graves e sucessivos erros nas políticas de coesão,administração e ordenamento do território.Para evitar tal
situação,vergonhosa para o país,é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel;Desenvolver a vila de Loriga,polo e centro da região.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao
Município Loricense.A vila de Loriga,situa-se a vinte quilómetros da actual sede de concelho, e algumas freguesias da sua região situam-se a uma distância muito
maior.
A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense,constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,com sede na vila de Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas,e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal,estão localizadas na àrea da
freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares.

Bairro de São Ginês (S.Gens)


O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos bairros mais conhecidos e tipicos da vila. As melhores festas
-2-

de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado em Arles,
na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os loricenses mudaram o nome do santo
para S.Ginês, talvêz por ser mais fácil de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à
chegada dos romanos.

Acordos de geminação
Loriga celebrou acordo de geminação com:
* A vila,actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

* Imagens da vila de Loriga


* LORIGA NA INTERNET
* Portal Loriga News
* Uma homepage de Loriga
-1-

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Este artigo é sobre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cineasta Ray Loriga, veja
Ray Loriga.

Este artigo ou secção contém uma lista de fontes ou uma única fonte no fim do
texto, mas estas não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a
verificabilidade. (desde setembro de 2010)
Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodapé citando as fontes,
inserindo-as no corpo do texto quando necessário.

Coordenadas: 40º 19' N 7º 41' O

Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Brasão da vila de Loriga


-2-

Loriga

Loriga
Localização de Loriga em Portugal
40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
País Portugal
Concelho Seia
Administração
- Tipo Junta de freguesia
Área
- Total 36 52 km2
População (2005)
- Total 1 367
- Densidade 37,51/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Correio electrónico jfloriga@sapo.pt
Sítio Freguesiadeloriga.com
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.
-3-

Loriga (pron.IFA [lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda.
Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem uma
povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e


320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338, estrada concluída em 2006, seguindo
um traçado e um projecto pré-existentes há décadas, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960m (Portela de Loriga ou Portela do Arão) e 1650m, três quilómetros acima
da Lagoa Comprida.

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma paisagem alpina

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada
a cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e Ribeira de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R. sendo que a
Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
construída ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É
uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestrutras físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os
grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934,
a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga,
criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo
município loriguense, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos
Bombeiros Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o ano de 2011.
-4-

Índice
• 1 História
• 2 Toponímia
• 3 Festividades
• 4 Gastronomia
• 5 Personagens
• 6 Acordos de geminação
• 7 Ver também
• 8 Ligações externas
• 9 Fontes

[editar] História

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior

Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos
a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou
Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos), que tem o mesmo significado.

Ponte romana

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "Caixão da Moura", a Igreja
Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São
Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua de Viriato. A Rua da Oliveira, pela sua
peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda algumas das características
-5-

urbanas da época medieval.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira
de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem
destaque.

Capela de Nossa Senhora do Carmo

O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora
do Carmo, a antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e
principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava
fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida
dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se
mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo
de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao
contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquer auxílio.
-6-

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem
parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto
Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se
resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial.

Largo do Pelourinho

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso
Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho
em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX,
curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos. Porém, partir da primeira metade do século
XIX, como já foi mencionado, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Interior, com a
implantação da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a acelerar a desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões
interiores de Portugal devido às inexistentes políticas de coesão do território. Actualmente a economia
loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma
agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

[editar] Toponímia
-7-

Rua da Oliveira

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais.

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos
bairros mais típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do
imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar, e
substituíram o orago da sua capela pelo de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já
esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

[editar] Festividades

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas -
cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no
primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda,
no Fontão de Loriga.

[editar] Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco,
maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o
queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas
eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz
doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no
Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa
e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.
-8-

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

[editar] Personagens
• Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico
• Joaquim Pina Moura, economista e político

[editar] Acordos de geminação

Loriga celebrou acordo de geminação com a vila ,actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

[editar] Ver também


• Geografia romana em Portugal

[editar] Ligações externas


• Homepage sobre Loriga
• Analor
• Portal Vila de Loriga

[editar] Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:


• História concisa de Loriga
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
• Página dos Bombeiros de Loriga
• Página da Junta de Freguesia de Loriga
• Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

O Wikimedia Commons possui multimedia sobre Loriga

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Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"
Categorias: Freguesias de Seia | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal
Categoria oculta: !Artigos que carecem de notas de rodapé desde Setembro de 2010
-9-

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• Avisos gerais


-1-

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
40º 19' N 7º 41' O

Loriga

Vista geral de Loriga


Loriguense
Gentílico
ou Loricense
Concelho Seia
Área 36,52 km²
1 367 hab. (
População
2005)
37,51
Densidade
hab./km²
Santa Maria
Orago
Maior

Código postal 6270


Apelidada de “Suíça Portuguesa”, é a vila
mais alta de Portugal.
Freguesias de Portugal
-2-
Loriga (pron.IFA [lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da
Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51
hab/km². Tem uma povoação anexa, o Fontão.

Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é acessível pela
EN 231, e tem acesso directo ao ponto mais alto da Serra da Estrela pela EN338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens
deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650m, junto à
Lagoa Comprida, onde se liga com a EN339.

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma paisagem
alpina

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária paisagem e localização


geográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato
(1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, que
desagua naquela depois da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga, é um dos maiores afluentes do Rio Alva
.

Está dotada de uma ampla gama de infrastrutras físicas e socio-culturais, que abrangem todos os
grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em
1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários
de Loriga, criados em 1982, cujos serviços abrangem a àrea aproximadamente equivalentese aos
limites do antigo Concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras
sociais de relevo, e a Escola Dr. Reis Leitão. Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo
Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício essencial para completar as infraestruturas
necessárias à vila, ficando a faltar outras, como por exemplo o pavilhão multiusos e o museu dos
lanifícios.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas -
cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma),
festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de
Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades
religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza
todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra
de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.
-3-

História
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da
vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma
colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais
baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta
forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a
porem-lhe o nome de Lorica (antiga couraça guerreira). Os Hermínios eram o coração e a maior
fortaleza da Lusitânia. É um facto que os romanos lhe deram o nome de Lorica, e deste nome
derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado. É um caso
raro, em Portugal, de um nome bi-milenar, sendo de grande importância histórica, e justifica que a
Lorica seja a peça central e principal do brasão da vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de
referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga,
uma obra gigantesca construída pelos loriguenses ao longo de muitas centenas de anos e que
transformou um vale belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem do belíssimo Vale de Loriga, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana

Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I


a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o
-4-
Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à
chegada dos romanos e a Rua de Viriato, heroi lusitano que a tradição local e alguns documentos
apontam como sendo natural desta antiquíssima povoação. A Rua da Oliveira, pela sua
peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda algumas das
características urbanas da época medieval.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na
Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

Capela de Nossa Senhora do Carmo

O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa
Senhora do Carmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada
àquele santo.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo
e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e
estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês (S.Gens)
existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e
que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada
uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.
-5-

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência
paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara
Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a
avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, em termos de
indústria moderna, sendo também influenciada pela chamada revolução industrial.No entanto, já
no século XV os loriguenses se dedicavam aos lanifícios, embora de forma artesanal. Chegou a ser
uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só
conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã
ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato,
Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes,
Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se
resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio.

Largo do Pelourinho

Loriga é um exemplo das consequências que uma guerra civil podem ter numa localidade e numa
região.Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em
1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de
D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os
Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa e isso custou-lhe deixar de ser sede de
concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos. A partir da segunda
metade do século XIX, como já foi mencionado, tornou-se um dos principais pólos industriais da
Beira Alta, com a implantação da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante a
última década do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de
maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes, insuficentes e erradas
políticas de coesão nacional.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loriguense, constitui também a Associação de


Freguesias da Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.
-6-

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de
esqui existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100
degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das
características urbanas medievais do centro histórico da vila de Loriga.

O bairro de São Ginês (S.gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o
tornam num dos bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram
feitas aqui. Curioso é o facto de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens,
um santo de origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano,
orago de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os loriguenses
mudaram o nome do santo para S. Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar. Este núcleo da
povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à
chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Acordos de geminação
Loriga celebrou acordo de geminação com:

• A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
• Geografia romana em Portugal
-7-

• O texto desta página está sob a GNU Free Documentation License e ao seu autor, um
conhecido historiador e divulgador loriguense.
• Os direitos autorais de todas as contribuições para a Wikipédia pertencem aos seus
respectivos autores.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado e um projeto pré­
existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela de Loriga ou Portela
do Arão) e 1650 m, acima da Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale altitude, na sua
glaciar com o mesmo nome, semelhante a parte urbana mais
uma paisagem alpina. baixa, e os 1100
m, rodeada por
montanhas, das Loriga
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e
a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de
água: a Ribeira de Loriga e Ribeira de São Bento, que se
unem depois da E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga é um dos
maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e a sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
primitivo concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da País  Portugal
Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola Concelho  Seia
Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, Administração
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do  ­ Tipo Junta de freguesia
mesmo ano.[1]  ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
 ­ Total 1 053
Índice     • Densidade 28,8 hab./km²

1 População Gentílico: Loriguense ou Loricense

2 Toponímia Código postal 6270


3 História Orago Santa Maria Maior, padroeira da
3.1 Forais vila
3.2 História até ao final do séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com (htt
3.3 História posterior ao séc. XVIII p://www.freguesiadeloriga.com)
4 Património de destaque
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
5 Praia fluvial de Portugal.
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo é certo que foram os romanos lhe
puseram o nome de Lorica, sendo um caso raro em Portugal de um topónimo de uma localidade que se mantem
praticamente inalterado há mais de 2000 anos. A Lorica/Loriga é a peça central e principal do brasão da vila,
considerada como insubstituível pelos especialistas em heráldica portuguesa.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa, e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenamento territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.
A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como tendo nascido em
Loriga), no troço entre as antigas sedes do Grupo Desportivo e da Casa do
Povo, coincide com parte dessa antiga linha defensiva da povoação. No local
do actual Bairro de São Ginês (S.Gens) existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
Igreja Matriz de Loriga ­ vista construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
interior.
Loriga era uma paróquia pertencente à
Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz
foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago
era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga, e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo visigótico, do qual foi
aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro. Aliás, a paróquia de Loriga foi criada na época
visigótica, e pertencia então à diocese de Egitânia (atual Idanha a Velha). De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas
partes de alvenaria e das paredes laterais.
Um dos três monumentais
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também fontanários construídos em
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes Loriga pela comunidade
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do loriguense de Manaus.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la quase em meados
do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou­se um dos principais
pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento e expanção da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas década do
século passado o que está a levar à desertificação total da Vila, facto que
afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes
politicas locais e nacionais de coesão territorial. Desde 1989 até 2015 esta vila
perdeu mais de metade da população, sendo portanto um caso gravíssimo de
desertificação. Actualmente a economia loriguense baseia­se nas indústrias
Largo do Pelourinho, junto do metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de
antigo edifício da Câmara malhas, agricultura e pastorícia.
Municipal, entretanto adaptado
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
a residência particular.
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês,
a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características Rua da Oliveira
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais da
vila. O bairro de São Ginês (S.Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam
num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de
origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos
séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram­na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado
do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, no Festividades
local há muito conhecido por
Chão da Ribeira, eonde está o Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
chamado "Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://loriga.wordpress.com)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://loriga.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombei
ros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/ind
ex.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambie
nte/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=
(ajuda)

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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40º 19' N 7º 41' O


Loriga

Loriga - Vista do miradouro


Gentílico Loricense ou loriguense
Concelho Seia
Área 36,52 km²
População 1 367 hab. (2005)
Densidade 37,51 hab./km²
Orago Santa Maria Maior
Código postal 6270
Endereço da Junta de Freguesia de
Junta de Freguesia Loriga
Apelidada de “Suíça Portuguesa”
Freguesias de Portugal

Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional
de 37,51 hab/km².

Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231, e tem acesso directo à Lagoa Comprida, pela
N338, estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de 9.2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela
do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude, rodeada por montanhas,
das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga que
recebe a Ribeira de S.Bento, unindo-se depois da E.T.A.R., e que formam um dos afluentes do Rio Alva.

Está dotada de uma ampla gama de infrastrutras físicas e culturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo
Desportivo Loricense, fundado em 1934, a Banda de Música Filarmónica em Loriga, fundada em 1905, o corpo de Bombeiros Voluntários de Loriga, criado
em 1982, cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola
C+S Dr. Reis Leitão.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e festas em honra de S. António (durante o mês Junho) e S.
Sebastião (durante o mês de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira da diáspora loricense, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto.

Índice
• 1 Breve história
• 2 Rua da Oliveira
• 3 Bairro de São Ginês (S.Gens)
• 4 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia
• 5 Acordos de geminação
• 6 Ver também
• 7 Ligações externas
• 8 Fontes

Breve história

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos
anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e
povoação com alguma importância.
-2-

Igreja Matriz de Loriga - vista interior

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana,
o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica (antiga couraça guerreira). Os Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto
que os romanos lhe deram o nome de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado. É um caso
raro, em Portugal, de um nome bi-milenar,e justifica que a couraça seja a peça central do brasão histórico de Loriga. É um nome muito antigo e de grande valor
histórico para a vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são
um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos loricenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana

Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja
Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a
Rua de Viriato que a tradição local e diversos antigos documentos encontram origem nesta antiquíssima povoação. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade,
situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas
pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

Capela de Nª Srª do Carmo

O Bairro de São Ginês é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica
precisamente dedicada àquele santo. Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se
na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo
orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do
que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loricenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica com dois mil
-3-

anos, o facto é que os loricenses transformaram Loriga numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por
um inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.

Largo do Pelourinho

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil podem ter no futuro de uma localidade e de uma
região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante
cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os
chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa, teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por
desejos expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um grave erro político e administrativo; foi, no
mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio
de toda a região de Loriga (antigo concelho de Loriga).

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada dentro de poucas décadas, o que, tal como em
relação a outras relevantes terras históricas do interior do país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia
existência de graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar tal situação, vergonhosa para o país, é
necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel: desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao Município Loricense. A vila de Loriga situa-se a vinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se
a uma distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na área da
freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira

Rua da Oliveira

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares.
Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do centro histórico da vila de Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos bairros mais conhecidos e típicos da vila. As
melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica
matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os loricenses
mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca


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Joaquim Pina Moura

Acordos de geminação

Loriga celebrou acordo de geminação com:


• A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
• Geografia romana em Portugal

Ligações externas
• LORIGA - Loriga na internet
• Loriga News
• Analor

Fontes

Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:


• Loriga na internet
• Informação Municipal [1]
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

O Wikimedia Commons possui multimedia sobre Loriga


Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"

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• Política de privacidade
• Sobre a Wikipédia
• Avisos gerais
-1-

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
40º 19' N 7º 41'O

Loriga

Vista panorâmica de Loriga


Gentílico Loricense ou loriguense
Concelho Seia
Área 36,52 km²
População 1 367 hab. (2005)
Densidade 37,51 hab./km²
Orago Santa Maria Maior
Código postal 6270
Endereço da Junta de Freguesia de
Junta de Freguesia Loriga
Apelidada de “Suíça Portuguesa”, é a vila mais
alta de Portugal.
Freguesias de Portugal
Loriga (pron.IFA [lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem uma
povoação anexa, o Fontão.

Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é directamente acessível
pela EN 231, e indirectamente pela EN338, e tem acesso directo à Lagoa Comprida, pela referida EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente e pré-projectado há mais de quarenta anos,
com um percurso de 9,2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela de Loriga,também
conhecida por Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida há décadas como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770m de altitude,na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
-2-
destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R. para formarem
um dos maiores afluentes do Rio Alva.A montante da vila, a Ribeira de Loriga recebe também o Ribeiro da
Nave, um afluente que tem um curso extraordinário e passa por uma das zonas mais belas do Vale de
Loriga, incluíndo os famosos Bicarões, cascatas a alta altitude junto das quais se encontra uma formosa
quinta.

A vila está dotada de uma ampla gama de infrastrutras físicas e culturais, que abrangem todas as àreas e
todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em
1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de
Loriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea equivalente ao antigo concelho de Loriga, a
Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola C+S Dr. Reis
Leitão (actual EB23). Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o primeiro semestre de 2008.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada
à padroeira dos emigrantes loriguenses, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo
de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Índice
• 1 Breve história
• 2 Toponímia
• 3 Rua da Oliveira
• 4 Bairro de São Ginês (S.Gens)
• 5 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia
• 6 Acordos de geminação
• 7 Ver também
• 8 Ligações externas
• 9 Fontes

Breve história
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
-3-
Igreja Matriz de Loriga - vista interior
O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de
Lorica (antiga couraça guerreira), de que derivou Loriga, palavra que tem o mesmo significado. Os
Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os romanos lhe deram o nome
de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado.
É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de
referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
gigantesca construída pelos loriguenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo
mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga,
fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana
Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua
de Viriato. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila,
recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A tradição local e diversos antigos documentos
apontam Loriga como berço de Viriato, e no início do século XX existiu mesmo um movimento loriguense
para lhe erigir um estátua na vila, o que não chegou a concretizar-se.O documento mais famoso,embora não
seja o mais antigo, que fala de Loriga como sendo terra-natal de Viriato, é o livro manuscrito História da
Lusitânia, escrito pelo Bispo Mor do Reino em 1580.A actual Rua de Viriato, na parte mais antiga do centro
histórico da vila, já tinha esse nome no século XII.

Capela de Nª Srª do Carmo


O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do
Carmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo ao qual os
loriguenses passaram a chamar S.Ginês, talvêz por este nome ser mais fácil de pronunciar (aliás não existe
-4-
nenhum santo com o nome de Ginês). Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois
núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais
tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga
Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e
traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário
do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de
Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,
Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um
inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.
-5-

Largo do Pelourinho
A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil
podem ter no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde
o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de
duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 (
D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa,
teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por desejos
expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um
grave erro político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que
não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a região
de Loriga (antigo concelho de Loriga).

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,
Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loricense. A vila de Loriga situa-se a
vinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se a uma
distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada
dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do
país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência de
graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar tal
situação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:
desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.
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Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais do centro histórico da vila de Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)


O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos
bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto
de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil
de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Acordos de geminação
Loriga celebrou acordo de geminação com:

• A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
• Geografia romana em Portugal
-7-
Ligações externas
• Loriga News
• O mais visitado site sobre Loriga
• Analor
• Fotografias de Loriga
• Fotografias de Loriga

Fontes
Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

• Informação Municipal [1]


• Loriga [2]
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

O Wikimedia Commons possui multimídia sobre Loriga


Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"
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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e


freguesia portuguesa do concelho de Seia, Portugal Loriga
distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1
367 habitantes (2005) e densidade — Freguesia —
populacional de 37,51 hab/km². Tem uma
povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da


Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da
Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível
pela EN 231 e pela EN338, estrada concluída
em 2006 com mais de quarenta anos de atraso,
seguindo um traçado pré-existente, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960m (Portela do Arão) e
1650m, junto à Lagoa Comprida. Vista geral de Loriga

Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante a
uma paisagem alpina.

conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à


sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770m de altitude, na sua
parte urbana mais baixa, rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato
(1771m), e é abraçada por dois cursos de água:
a Ribeira de Loriga que recebe Ribeira de
S.Bento, as quais se unem depois da E.T.A.R.
para formarem a um dos afluentes do Rio
Alva.
Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga#Fontes 04-08-2011
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Os socalcos e sua complexa rede de irrigação País Portugal


são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma
obra construída ao longo de centenas de anos e Concelho Seia
que transformou um vale rochoso num vale Administração
fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
- Tipo Junta de freguesia
paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio Área
dos seus habitantes. - Total 36,52 km2

Está dotada de uma ampla gama de População (2005)


infraestrutras físicas e sócio-culturais, que - Total 1 367
abrangem todos os grupos etários, das quais se - Densidade 37,4/km2
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Gentílico: Loriguense ou Loricense
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Código 6270
1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, postal
criados em 1982, cujos serviços se Orago Santa Maria Maior
desenvolvem na àrea aproximadamente
equivalente ao antigo concelho, a Casa de Correio jfloriga@sapo.pt
electrónico
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas
obras sociais de relevo, e a Escola Básica 23 Sítio Freguesiadeloriga.com
Dr. Reis Leitão. Em Março de 2007 iniciaram- (http://www.freguesiadeloriga.com)
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
Voluntários, edifício que se prevê concluído Portugal.
durante o ano de 2011. Ficam a faltar obras
essenciais, tais como um pavilhão multiusos e um museu dos lanifícios.

Índice
■ 1 História
■ 2 Toponímia
■ 3 Festividades
■ 4 Gastronomia
■ 5 Personagens
■ 6 Acordos de geminação
■ 7 Ver também
■ 8 Ligações externas
■ 9 Fontes

História
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da
vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma
colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

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O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu


protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual
Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a
porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça
guerreira romana; deste nome derivou Loriga (derivação iniciada
pelos Visigodos), que tem o mesmo significado.

Em termos de património
histórico, destacam-se a ponte e a
Igreja Matriz de Loriga - vista estrada romanas (século I a.C.),
interior. uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da
moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho
(século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com
origem anterior à chegada dos romanos e a Rua de Viriato em
memória do heroi lusitano que a tradição local aponta como tendo Ponte romana.
nascido aqui. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na
área mais antiga do centro histórico da vila, recorda algumas das características urbanas da época
medieval.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na
Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

O Bairro de São Ginês ( S. Gens ) é um ex-libris de Loriga e nele


destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo, construída no
local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele
santo.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde
hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava
fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de
Capela de Nossa Senhora do S.Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
Carmo. rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma
ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real


e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho
II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se
mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo,
do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que
está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo


arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
Fontanário em Loriga.
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal
construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal
esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga#Fontes 04-08-2011
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Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá
-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no
número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores,
Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de
Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses.
Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos,
o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII,


tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de
Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso
Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514
(D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa. Esse facto contribuíu para deixar de ser sede de
concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação
territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o
mesmo plano que deu origem aos Distritos.
Largo do Pelourinho.
Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos
principais pólos industriais da Beira Alta, com a implantação da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que
está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de
Portugal. Actualmente a economia loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação,
no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias
da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de
esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de
Loriga.

Toponímia
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A
sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá
características peculiares. Esta rua recorda muitas das
características urbanas medievais.

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga


cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto
de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica
matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano,
orago de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos
séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês, Rua da Oliveira.
talvez por ser mais fácil de pronunciar, e finalmente abandonaram o
culto e mudaram o orago da sua ermida para Nossa Senhora do

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga#Fontes 04-08-2011
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Carmo. Actualmente essa ermida tem um aspecto mais moderno e exibe a data da sua última
reconstrução factos que induzem os visitantes em erro. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas -
cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo
de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão
branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela
comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do
Milho.

Personagens
■ Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico
■ Joaquim Pina Moura, economista e político

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade,
Amorim da Fonseca, Loriga. de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
■ Geografia romana em Portugal

Ligações externas
■ Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.do)
■ Analor (http://www.analor.org)
■ Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga#Fontes 04-08-2011
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Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

■ História concisa de Loriga (http://www.lorica.no.sapo.pt)


■ Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
(http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
■ Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
■ Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
■ Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
■ Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
■ de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
■ Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"
Categorias: Freguesias de Seia | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal

■ Esta página foi modificada pela última vez à(s) 00h08min de 4 de agosto de 2011.
■ Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição - Partilha nos Mesmos Termos
3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a condições adicionais. Consulte as
condições de uso para mais detalhes.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga#Fontes 04-08-2011
-1-

Loriga

Gentílico - Loricense ou Loriguense


Concelho - Seia
Área - 36,52 km²
População - 1 370 hab. (2005)
Densidade - 37,51 hab./km²
Orago - Santa Maria Maior
Código postal - 6270

Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da


Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 370 habitantes (2005) e densidade
populacional
de 37,51 hab/km².

Loriga (pron.IFA [lo' riga ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de


Seia, distrito da
Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade
populacional de 37,51 hab/km².
tem uma povoação anexa, o Fontão.

Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila


é acessível pelas estradas EN
231 e EN 338, e tem acesso directo à Lagoa Comprida, pela EN338, estrada
concluída em 2006, com mais de quatro décadas de atraso, seguindo um
traçado pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens deslumbrantes,
entre as cotas 960m
(Portela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização


geográfica. Está
situada a cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeada
por montanhas, das
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato
(1771m), e é abraçada
por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, que
desagua na primeira depois da E.T.A.R.
para formarem um dos afluentes do Rio Alva.

Está dotada de uma ampla gama de infrastrutras físicas e culturais, que


abrangem vários campos e todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense,
fundado em 1934, a
Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros
Voluntários de Loriga,
criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da
freguesia, numa àrea praticamente equivalente ao antigo concelho de Loriga, a
-2-
Casa de Repouso Nª.
Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola C+S Dr. Reis
Leitão.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a


Amenta das Almas -
cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura
da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último
Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza
todos os anos, no primeiro Domingo
de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da
Ajuda, no Fontão de Loriga.

Breve história

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o
centro histórico da vila, o seu nome primitivo,anterior à chegada dos
romanos,era Lobriga. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos
anos, devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras),à abundância de
àgua e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem
alguma caça,e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma
estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população
e
povoação com alguma importância.

O nome veio,da localização estratégica da povoação,do seu protagonismo e dos


seus habitantes,nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana,
o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica (antiga couraça
guerreira).Os Hermínius eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um
facto que os romanos lhe deram o nome de Lorica,nome de couraça guerreira, e
deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos), e que tem o
mesmo significado. É um caso raro, em Portugal, de um nome bimilenar,um dos
factos que justificam que a couraça seja a peça central e principal do brasão
histórico da vila.É um nome muito antigo e de grande valor histórico para a
vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o


principal atractivo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação
são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos
Loricenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale
belo,
mas rochoso, num vale fértil.É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do
belíssimo Vale de Loriga,faz parte do património histórico da vila,e é
demonstrativa do génio dos Loricenses.
-3-

Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada


romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja
Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o
Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos, a
Rua
de Viriato,o heroi lusitano que a tradição local,e diversos antigos
documentos,encontram origens nesta antiquíssima povoação.A Rua da Oliveira,
pela
sua peculiaridade,situada na àrea mais antiga do centro histórico da
vila,recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada
romana e uma das duas pontes (a outra ruíu no século XVI após uma grande
cheia
na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia,
ao restante império, merecem destaque.

Também o Bairro de São Ginês ( S. Gens )é um ex-libris de Loriga, e nele


destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo construída no local de uma
antiga
ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo. Quando os romanos
chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos: O maior, mais antigo e
principal, situava-se na àrea onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua
de Viriato, e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual
Bairro de S.Ginês (S.Gens), existiam já algumas habitações encostadas ao
promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde
uma
ermida dedicada àquele santo.
Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado Real e a Igreja
Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo
orago era já o de Santa Maria Maior,e que se mantém, foi construída no local
de
um outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro.
De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas
partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a


residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes
do
edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do
Marquês
de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou
do
governo de Lisboa qualquer auxílio.
Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX, chegou a ser
uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX.Tempos
-4-
houve em
que,só Covilhã ultrapassava Loriga em número de empresas.Nomes de
empresas,tais
como;Regato,Redondinha,Fonte dos Amores,Tapadas,Fândega,Leitão &
Irmãos,Augusto
Luis Mendes,Lamas,Nunes Brito,Moura Cabral,Lorimalhas,etc,fazem parte da
rica
história industrial desta vila.A principal e maior avenida de Loriga tem o nome
de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais
Loricenses.Apesar,por exemplo,dos maus acessos,que se resumiam à velhinha
estrada romana de Lorica com dois mil anos,o facto é que os Loricenses
transformaram Loriga numa vila industrial progressiva,o que confirma o seu
génio.Mas,Loriga acabou por ser derrotada por um inimigo político e
administrativo,local e nacional,contra o qual teve que lutar desde o século XIX.

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os


confrontos de uma guerra civil podem ter no futuro de uma localidade e de uma
região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo
recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante
cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III
),
1474 ( D.Afonso V ) e 1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados
Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa, teve o castigo de
deixar de ser sede de concelho em 1855.A conspiração movida por desejos
expansionistas da localidade que beneficiou com o facto,precipitou os
acontecimentos.Tratou-se de um grave erro político e administrativo,como
aliás
tem vindo a confirmar-se.
Foi no mínimo um caso de injusta vingança política,numa época em que não
existia
democracia e reinavam o compadrio e a corrupção,e assim começou o declínio
de
toda a Região de Loriga (antigo concelho de Loriga).Se nada de
verdadeiramente
eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará
desertificada dentro de poucas décadas,o que,tal como em relação a outras
relevantes terras históricas do interior do país,será concerteza considerado
como uma vergonha nacional.Confirmaria também a óbvia existência de graves
e
sucessivos erros nas políticas de coesão,administração e ordenamento do
território.Para evitar tal situação,vergonhosa para o país,é necessário no
mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel;Desenvolver a vila de
Loriga,polo e centro da região.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da
Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu
ao Município Loricense.A vila de Loriga,situa-se a vinte quilómetros da actual
sede de concelho, e algumas freguesias da sua região situam-se a uma
distância
-5-
muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense,constitui também a


Associação de Freguesias da Serra da Estrela,com sede na vila de Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas,e as únicas
pistas e estância de esqui existentes em Portugal,estão localizadas na àrea da
freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria
tem cerca de 100 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares.Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do
centro histórico da vila de Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas


caracteristicas o tornam num dos bairros mais conhecidos e tipicos da vila. As
melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este bairro
do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem
céltica
matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de
uma
ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os Loricenses
mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvêz por ser mais fácil de
pronunciar.
Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Acordos de geminação

Loriga celebrou acordo de geminação com:


A vila,actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de
1996.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga .
O conteúdo desta página está sob a GNU Free Documentation License 1.2., ao
seu autor (o conhecido historiador e divulgador Loriguense).

[ Nota:Esta página da Wikipedia foi vandalizada em 2007,tendo sido apagados


conteúdos e introduzidos outros,alguns dos quais errados,incluindo um brasão
ilegal e não oficial ]
-6-

Fontes usadas para este artigo:

. História concisa de Loriga

Outros sites sobre Loriga:

. Site popular sobre a vila de Loriga


. Loriga Portugal
. Loriga com a Comunidade Lusófona
. Loriga Vila de Portugal
. História de Loriga
. Loriga e Sacavém Localidades geminadas
. História resumida de Loriga
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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia


Loriga
portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Portugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um
projeto pré-existentes, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela de
Loriga ou Portela do Arão) e 1650 m, acima da Lagoa
Comprida.

É conhecida
como a "Suíça Vista geral de Loriga
Portuguesa"
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica.
Está situada
entre os
Vista panorâmica de Loriga e do vale 770 m de
glaciar com o mesmo nome, semelhante a altitude, na
uma paisagem alpina. sua parte
urbana mais
baixa, e os
1100 m, rodeada por montanhas, das quais se destacam a
Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira
de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da
E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga é um dos maiores afluentes
do Rio Alva.

Os socalcos e a sua complexa rede de irrigação são um


dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao
longo de centenas de anos e que transformou um vale belo
mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje
marca a paisagem, fazendo parte do património histórico
da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e

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Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Localização de Loriga em Portugal


Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao
primitivo concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. País Portugal
da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Concelho Seia
Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em - Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano. [1] - Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
Índice • Densidade 28,8 hab./km²
Gentílico: Loriguense ou Loricense
1 População
2 Toponímia Código postal 6270
3 História Orago Santa Maria Maior, padroeira da
3.1 Forais vila
3.2 História até ao final do séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com
3.3 História posterior ao séc. XVIII (http://www.freguesiadeloriga.com)
4 Património de destaque Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
Portugal.
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]

1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

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Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo é certo que foram os
romanos que lhe puseram o nome de Lorica, sendo um caso raro em Portugal de um topónimo de uma localidade
que se mantem praticamente inalterado há mais de 2000 anos. A Lorica/Loriga é a peça central e principal do
brasão desta vila, considerada como insubstituível pelos especialistas em heráldica portuguesa.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa, e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenamento territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que
deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal,
situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com
muralhas e paliçada. A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como tendo nascido em Loriga), no
troço entre as antigas sedes do Grupo Desportivo e da Casa do Povo, coincide com parte dessa antiga linha
defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida
dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga, e

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que se mantém, foi construída no local de


outro antigo e pequeno templo visigótico,
do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada
na porta lateral virada para o adro. Aliás, a
paróquia de Loriga foi criada na época
visigótica, e pertencia então à diocese de
Egitânia (atual Idanha a Velha). De estilo
Igreja Matriz de Loriga - vista românico, com três naves, e traça exterior
interior. lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755,
dela restando apenas partes de alvenaria e Um dos três monumentais
das paredes laterais. fontanários construídos em
Loriga pela comunidade
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado loriguense de Manaus.
também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e
espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos


principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento e
expanção da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as
últimas década do século passado o que está a levar à desertificação total
da
Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal
devido às inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial.

Largo do Pelourinho, junto do


loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
antigo edifício da Câmara
Municipal, entretanto
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
adaptado a residência Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
particular. anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

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Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua


escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características Rua da Oliveira
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais da
vila. O bairro de São Ginês (S.Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam
num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de
origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos
séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, no Festividades


local há muito conhecido por
Chão da Ribeira, onde está o Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
chamado "Poço do Zé Lages". Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro
Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra

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(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga.
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:
Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências

1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

|acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|acessodata= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha Igual
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consulte as condições de uso.

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­
existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada os 770 m,
na sua parte
Vista panorâmica de Loriga e do vale urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os 1100
uma paisagem alpina. de altitude,
rodeada por
montanhas, das Loriga
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e
a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de
água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se
unem depois da E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dos
maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
antigo concelho de Loriga na sua fase maior, a Casa de País  Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de Concelho  Seia
relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram­se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em  ­ Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano.[1]  ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)

Índice  ­ Total 1 053


    • Densidade 28,8 hab./km²
1 População Gentílico: Loriguense ou Loricense
2 Toponímia Código postal 6270
3 História Orago Santa Maria Maior
3.1 Forais
3.2 História até ao final do séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com (htt
p://www.freguesiadeloriga.com)
3.3 História posterior ao séc. XVIII
4 Património de destaque Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
5 Praia fluvial de Portugal.
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Trata­se de uma caso raro em Portugal de um nome que se
mantém praticamente inalterado há mais de dois mil anos, por tudo isso, pelo grande significado e simbolismo
e pela heráldica histórica, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante" pelos especialistas em
heráldica portuguesa e a peça essencial e insubstituível no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância
de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência
para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.
A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como sendo natural desta
milenar povoação), no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da
Casa do Povo), corresponde ao traçado da antiga linha defensiva da povoação.
No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
Igreja Matriz da vila dedicada construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
a Santa Maria Maior,
padroeira de Loriga ­ vista A paróquia de Loriga foi criada pelos
interior. Visigodos e pertencia à antiga diocese da
Egitânia (atual Idanha a Velha), cuja sede foi
depois transferida para a Guarda,
pertencendo depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era
já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém, foi
construída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico, do qual
foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na
porta lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, embora sem a mesma monumentalidade, esta igreja foi destruída Um dos três monumentais
pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. fontanários construídos em
Loriga pela Comunidade
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Loriguense de Manaus, Brasil.
muitas residências, incluíndo a paroquial e aberto algumas fendas nas robustas
e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com com o grande
desenvolvimento da indústri têxtil , tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Interior, que entrou em declínio durante a últimas décadas
do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta
de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes
politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia
loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, alguma
indústria de malhas, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho, vendo­se
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
o edificio da antiga Câmara
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
Municipal entretanto adaptado
pertenceu ao município loriguense.
a residência particular.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a
Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a Ribeira de São
Bento ruiu no século XVI após uma grande cheia, tendo sido construída outra
também em pedra nos finais do século XIX), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais desta vila histórica. O bairro de São
Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da
vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local
onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram
arruinar a capela, reconstruiram­na depois com outro orago (Nossa Senhora do Carmo), e mudaram o nome do
santo para São Ginês, um santo que nunca existiu. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal
e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombei
ros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/ind
ex.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambie
nte/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=
(ajuda)

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e Portugal Loriga


freguesia portuguesa do concelho de Seia,
— Freguesia —
distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1
367 habitantes (2005) e densidade
populacional de 37,51 hab/km². Tem uma
povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da


Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da
Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível
pela EN 231 e pela EN338, estrada concluída
em 2006, seguindo um traçado e um projecto
pré-existentes há décadas, com um percurso de
Vista geral de Loriga
9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960m (Portela do Arão ou Portela de
Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina

conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à


sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770m de altitude, na sua
parte urbana mais baixa, rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato
(1771m), e é abraçada por dois cursos de água:
a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, que
desagua naquela depois da E.T.A.R. para
Localização de Loriga em Portugal

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 22-09-2010
Página Web 2 de 6

formarem um dos maiores afluentes do Rio 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Alva. País Portugal
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação Concelho
Seia
são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma
Administração
obra construída ao longo de centenas de anos e
que transformou um vale rochoso num vale - Tipo Junta de freguesia
fértil. É uma obra que ainda hoje marca a Área
paisagem, fazendo parte do património - Total 36 52 km2
histórico da vila e é demonstrativa do génio
População (2005)
dos seus habitantes.
- Total 1 367
Está dotada de uma ampla gama de - Densidade 37,51/km2
infraestrutras físicas e sócio-culturais, que
Gentílico: Loriguense
abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Código 6270
postal
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Orago Santa Maria Maior
1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, Correio jfloriga@sapo.pt
criados em 1982, cujos serviços se electrónico
desenvolvem na àrea aproximadamente Sítio Freguesiadeloriga.com
equivalente ao antigo concelho, a Casa de (http://www.freguesiadeloriga.com)
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
obras sociais de relevo, e a Escola EB 23 Dr. Portugal.
Reis Leitão. Em Março de 2007 iniciaram-se
as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o ano
de 2011.

Índice
■ 1 História
■ 2 Toponímia
■ 3 Festividades
■ 4 Gastronomia
■ 5 Personagens
■ 6 Acordos de geminação
■ 7 Ver também
■ 8 Ligações externas
■ 9 Fontes

História
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da
vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma
colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 22-09-2010
Página Web 3 de 6

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu


protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios
(actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou
os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral
para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga
(derivação iniciada pelos Visigodos), e que tem o mesmo
significado.

Em termos de
património histórico,
Igreja Matriz de Loriga - vista destacam-se a ponte e
interior
a estrada romanas
(século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século
XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído),
o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à
chegada dos romanos e a Rua de Viriato. A Rua da Oliveira,
Ponte romana
pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro
histórico da vila, recorda algumas das características urbanas
da época medieval.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na
Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e


nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo,
construída no local de uma antiga ermida visigótica
precisamente dedicada àquele santo. A capela foi
reconstruída e o seu orago foi substituído pelo de Nossa
Senhora do Carmo.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida


em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se
na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de
Capela de Nossa Senhora do Carmo Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No
local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais
tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que
se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma
pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial
e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao

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contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade


serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa
qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade


do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho
só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX.
Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no
número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato,
Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga Fontanário em Loriga
tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila
industrial.

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século


XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio
das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474
(D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser
sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX,
curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.
Porém, partir da segunda metade do século XIX tornou-se um
Largo do Pelourinho dos principais pólos industriais da Beira Interior, com a
implantação da indústria dos lanifícios, que entrou em
declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila,
facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia
loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma
agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias
da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de
esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de
Loriga.

Toponímia
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80
degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das
características urbanas medievais.

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O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de


Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas
aqui. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São
Gens, um santo de origem céltica matirizado em Arles, na
Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma
ermida visigótica situada na área, hoje dedicada a Nossa
Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses
mudaram o nome do santo para S. Ginês, talvez por ser mais
fácil de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é
anterior à chegada dos romanos.
Rua da Oliveira
Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas -
cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no
primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da
Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão
branco, maior que o habitual conhecido localmente pos Calhorras), o cabrito no forno, a broa de
milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de
zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa.
Destacam-se o Bolo Negro e as Broínhas de Centeio, iguarias típicas e exclusivas de Loriga. De
entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha
(sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca
partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga.
Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
■ Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico
■ Joaquim Pina Moura, economista e político

Acordos de geminação
Loriga celebrou acordo de geminação com a vila ,actual
cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.
Busto do, Dr Joaquim A. Amorim
da Fonseca, Loriga

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Ver também
■ Geografia romana em Portugal

Ligações externas
■ Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
■ Analor (http://www.analor.org)
■ Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

■ História concisa de Loriga (http://www.lorica.no.sapo.pt)


■ Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
(http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
■ Página dos Bombeiros de Loriga (http://http://www.bvloriga.pt/)
■ Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
■ Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
■ Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
■ de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
■ Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

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Categorias: Freguesias de Seia | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 22-09-2010
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia


Loriga
portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Portugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um
projeto pré-existentes, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela de
Loriga ou Portela do Arão) e 1650 m, acima da Lagoa
Comprida.

É conhecida
como a "Suíça Vista geral de Loriga
Portuguesa"
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica.
Está situada
entre os
Vista panorâmica de Loriga e do vale 770 m de
glaciar com o mesmo nome, semelhante a altitude, na
uma paisagem alpina. sua parte
urbana mais
baixa, e os
1100 m, rodeada por montanhas, das quais se destacam a
Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira
de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da
E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga é um dos maiores afluentes
do Rio Alva.

Os socalcos e a sua complexa rede de irrigação são um


dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao
longo de centenas de anos e que transformou um vale belo
mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje
marca a paisagem, fazendo parte do património histórico
da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Localização de Loriga em Portugal


Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao
primitivo concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. País Portugal
da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Concelho Seia
Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em - Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano. [1] - Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
Índice • Densidade 28,8 hab./km²
Gentílico: Loriguense ou Loricense
1 População
2 Toponímia Código postal 6270
3 História Orago Santa Maria Maior, padroeira da
3.1 Forais vila
3.2 História até ao final do séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com
3.3 História posterior ao séc. XVIII (http://www.freguesiadeloriga.com)
4 Património de destaque Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
Portugal.
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]

1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

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Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo é certo que foram os
romanos que lhe puseram o nome de Lorica, sendo um caso raro em Portugal de um topónimo de uma localidade
que se mantem praticamente inalterado há mais de 2000 anos. A Lorica/Loriga é a peça central e principal do
brasão desta vila, considerada como insubstituível pelos especialistas em heráldica portuguesa.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa, e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenamento territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que
deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal,
situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com
muralhas e paliçada. A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como tendo nascido em Loriga), no
troço entre as antigas sedes do Grupo Desportivo e da Casa do Povo, coincide com parte dessa antiga linha
defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida
dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga, e

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que se mantém, foi construída no local de


outro antigo e pequeno templo visigótico,
do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada
na porta lateral virada para o adro. Aliás, a
paróquia de Loriga foi criada na época
visigótica, e pertencia então à diocese de
Egitânia (atual Idanha a Velha). De estilo
Igreja Matriz de Loriga - vista românico, com três naves, e traça exterior
interior. lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755,
dela restando apenas partes de alvenaria e Um dos três monumentais
das paredes laterais. fontanários construídos em
Loriga pela comunidade
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado loriguense de Manaus.
também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e
espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos


principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento e
expanção da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as
últimas década do século passado o que está a levar à desertificação total
da
Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal
devido às inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial.

Largo do Pelourinho, junto do


loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
antigo edifício da Câmara
Municipal, entretanto
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
adaptado a residência Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
particular. anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

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Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua


escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características Rua da Oliveira
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais da
vila. O bairro de São Ginês (S.Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam
num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de
origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos
séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, no Festividades


local há muito conhecido por
Chão da Ribeira, onde está o Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
chamado "Poço do Zé Lages". Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro
Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra

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(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga.
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:
Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências

1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

|acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|acessodata= (ajuda)

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­
existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada os 770 m,
na sua parte
Vista panorâmica de Loriga e do vale urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os 1100
uma paisagem alpina. de altitude,
rodeada por
montanhas, das Loriga
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e
a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de
água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se
unem depois da E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dos
maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
antigo concelho de Loriga na sua fase maior, a Casa de País  Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de Concelho  Seia
relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram­se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em  ­ Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano.[1]  ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
 ­ Total 1 053
Índice     • Densidade 28,8 hab./km²

1 População Gentílico: Loriguense ou Loricense

2 Toponímia Código postal 6270


3 História Orago Santa Maria Maior
3.1 Forais
Sítio www.freguesiadeloriga.com (htt
3.2 História até ao final do séc. XVIII p://www.freguesiadeloriga.com)
3.3 História posterior ao séc. XVIII
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
4 Património de destaque
de Portugal.
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Trata­se de uma caso raro em Portugal de um nome que se
mantém praticamente inalterado há mais de dois mil anos, por tudo isso, pelo grande significado e simbolismo
e pela heráldica histórica, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante" pelos especialistas em
heráldica portuguesa e a peça essencial e insubstituível no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância
de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência
para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.
A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como sendo natural desta
milenar povoação), no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da
Casa do Povo), corresponde ao traçado da antiga linha defensiva da povoação.
No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
Igreja Matriz da vila dedicada construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
a Santa Maria Maior,
padroeira de Loriga ­ vista A paróquia de Loriga foi criada pelos
interior. Visigodos e pertencia à antiga diocese da
Egitânia (atual Idanha a Velha), cuja sede foi
depois transferida para a Guarda,
pertencendo depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era
já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém, foi
construída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico, do qual
foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na
porta lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, embora sem a mesma monumentalidade, esta igreja foi destruída Um dos três monumentais
pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. fontanários construídos em
Loriga pela Comunidade
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Loriguense de Manaus, Brasil.
muitas residências, incluíndo a paroquial e aberto algumas fendas nas robustas
e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com com o grande
desenvolvimento da indústri têxtil , tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Interior, que entrou em declínio durante a últimas décadas
do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta
de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes
politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia
loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, alguma
indústria de malhas, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho, vendo­se
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
o edificio da antiga Câmara
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
Municipal entretanto adaptado
pertenceu ao município loriguense.
a residência particular.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a
Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a Ribeira de São
Bento ruiu no século XVI após uma grande cheia, tendo sido construída outra
também em pedra nos finais do século XIX), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais desta vila histórica. O bairro de São
Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da
vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local
onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram
arruinar a capela, reconstruiram­na depois com outro orago (Nossa Senhora do Carmo), e mudaram o nome do
santo para São Ginês, um santo que nunca existiu. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal
e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombei
ros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/ind
ex.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambie
nte/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=
(ajuda)

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­
existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada os 770 m,
na sua parte
Vista panorâmica de Loriga e do vale urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os 1100
uma paisagem alpina. de altitude,
rodeada por
montanhas, das Loriga
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e
a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de
água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se
unem depois da E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dos
maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
antigo concelho de Loriga na sua fase maior, a Casa de País  Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de Concelho  Seia
relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram­se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em  ­ Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano.[1]  ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)

Índice  ­ Total 1 053


    • Densidade 28,8 hab./km²
1 População Gentílico: Loriguense ou Loricense
2 Toponímia Código postal 6270
3 História Orago Santa Maria Maior
3.1 Forais
3.2 História até ao final do séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com (htt
p://www.freguesiadeloriga.com)
3.3 História posterior ao séc. XVIII
4 Património de destaque Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
5 Praia fluvial de Portugal.
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Trata­se de uma caso raro em Portugal de um nome que se
mantém praticamente inalterado há mais de dois mil anos, por tudo isso, pelo grande significado e simbolismo
e pela heráldica histórica, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante" pelos especialistas em
heráldica portuguesa e a peça essencial e insubstituível no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância
de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência
para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.
A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como sendo natural desta
milenar povoação), no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da
Casa do Povo), corresponde ao traçado da antiga linha defensiva da povoação.
No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
Igreja Matriz da vila dedicada construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
a Santa Maria Maior,
padroeira de Loriga ­ vista A paróquia de Loriga foi criada pelos
interior. Visigodos e pertencia à antiga diocese da
Egitânia (atual Idanha a Velha), cuja sede foi
depois transferida para a Guarda,
pertencendo depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era
já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém, foi
construída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico, do qual
foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na
porta lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, embora sem a mesma monumentalidade, esta igreja foi destruída Um dos três monumentais
pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. fontanários construídos em
Loriga pela Comunidade
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Loriguense de Manaus, Brasil.
muitas residências, incluíndo a paroquial e aberto algumas fendas nas robustas
e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com com o grande
desenvolvimento da indústri têxtil , tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Interior, que entrou em declínio durante a últimas décadas
do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta
de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes
politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia
loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, alguma
indústria de malhas, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho, vendo­se
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
o edificio da antiga Câmara
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
Municipal entretanto adaptado
pertenceu ao município loriguense.
a residência particular.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a
Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a Ribeira de São
Bento ruiu no século XVI após uma grande cheia, tendo sido construída outra
também em pedra nos finais do século XIX), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais desta vila histórica. O bairro de São
Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da
vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local
onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram
arruinar a capela, reconstruiram­na depois com outro orago (Nossa Senhora do Carmo), e mudaram o nome do
santo para São Ginês, um santo que nunca existiu. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal
e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombei
ros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/ind
ex.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambie
nte/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=
(ajuda)

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia


Loriga
portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Portugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um
projeto pré-existentes, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela de
Loriga ou Portela do Arão) e 1650 m, acima da Lagoa
Comprida.

É conhecida
como a "Suíça Vista geral de Loriga
Portuguesa"
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica.
Está situada
entre os
Vista panorâmica de Loriga e do vale 770 m de
glaciar com o mesmo nome, semelhante a altitude, na
uma paisagem alpina. sua parte
urbana mais
baixa, e os
1100 m, rodeada por montanhas, das quais se destacam a
Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira
de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da
E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga é um dos maiores afluentes
do Rio Alva.

Os socalcos e a sua complexa rede de irrigação são um


dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao
longo de centenas de anos e que transformou um vale belo
mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje
marca a paisagem, fazendo parte do património histórico
da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e

1 of 7 21/05/17, 11:21
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Localização de Loriga em Portugal


Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao
primitivo concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. País Portugal
da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Concelho Seia
Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em - Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano. [1] - Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
Índice • Densidade 28,8 hab./km²
Gentílico: Loriguense ou Loricense
1 População
2 Toponímia Código postal 6270
3 História Orago Santa Maria Maior, padroeira da
3.1 Forais vila
3.2 História até ao final do séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com
3.3 História posterior ao séc. XVIII (http://www.freguesiadeloriga.com)
4 Património de destaque Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
Portugal.
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]

1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo é certo que foram os
romanos que lhe puseram o nome de Lorica, sendo um caso raro em Portugal de um topónimo de uma localidade
que se mantem praticamente inalterado há mais de 2000 anos. A Lorica/Loriga é a peça central e principal do
brasão desta vila, considerada como insubstituível pelos especialistas em heráldica portuguesa.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa, e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenamento territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que
deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal,
situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com
muralhas e paliçada. A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como tendo nascido em Loriga), no
troço entre as antigas sedes do Grupo Desportivo e da Casa do Povo, coincide com parte dessa antiga linha
defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida
dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga, e

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que se mantém, foi construída no local de


outro antigo e pequeno templo visigótico,
do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada
na porta lateral virada para o adro. Aliás, a
paróquia de Loriga foi criada na época
visigótica, e pertencia então à diocese de
Egitânia (atual Idanha a Velha). De estilo
Igreja Matriz de Loriga - vista românico, com três naves, e traça exterior
interior. lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755,
dela restando apenas partes de alvenaria e Um dos três monumentais
das paredes laterais. fontanários construídos em
Loriga pela comunidade
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado loriguense de Manaus.
também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e
espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos


principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento e
expanção da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as
últimas década do século passado o que está a levar à desertificação total
da
Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal
devido às inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial.

Largo do Pelourinho, junto do


loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
antigo edifício da Câmara
Municipal, entretanto
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
adaptado a residência Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
particular. anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

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Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua


escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características Rua da Oliveira
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais da
vila. O bairro de São Ginês (S.Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam
num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de
origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos
séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, no Festividades


local há muito conhecido por
Chão da Ribeira, onde está o Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
chamado "Poço do Zé Lages". Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro
Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra

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(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga.
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:
Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências

1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

|acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|acessodata= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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consulte as condições de uso.

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­
existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada os 770 m,
na sua parte
Vista panorâmica de Loriga e do vale urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os 1100
uma paisagem alpina. de altitude,
rodeada por
montanhas, das Loriga
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e
a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de
água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se
unem depois da E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dos
maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
antigo concelho de Loriga na sua fase maior, a Casa de País  Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de Concelho  Seia
relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram­se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em  ­ Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano.[1]  ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)

Índice  ­ Total 1 053


    • Densidade 28,8 hab./km²
1 População Gentílico: Loriguense ou Loricense
2 Toponímia Código postal 6270
3 História Orago Santa Maria Maior
3.1 Forais
3.2 História até ao final do séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com (htt
p://www.freguesiadeloriga.com)
3.3 História posterior ao séc. XVIII
4 Património de destaque Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
5 Praia fluvial de Portugal.
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Trata­se de uma caso raro em Portugal de um nome que se
mantém praticamente inalterado há mais de dois mil anos, por tudo isso, pelo grande significado e simbolismo
e pela heráldica histórica, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante" pelos especialistas em
heráldica portuguesa e a peça essencial e insubstituível no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância
de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência
para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.
A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como sendo natural desta
milenar povoação), no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da
Casa do Povo), corresponde ao traçado da antiga linha defensiva da povoação.
No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
Igreja Matriz da vila dedicada construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
a Santa Maria Maior,
padroeira de Loriga ­ vista A paróquia de Loriga foi criada pelos
interior. Visigodos e pertencia à antiga diocese da
Egitânia (atual Idanha a Velha), cuja sede foi
depois transferida para a Guarda,
pertencendo depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era
já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém, foi
construída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico, do qual
foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na
porta lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, embora sem a mesma monumentalidade, esta igreja foi destruída Um dos três monumentais
pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. fontanários construídos em
Loriga pela Comunidade
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Loriguense de Manaus, Brasil.
muitas residências, incluíndo a paroquial e aberto algumas fendas nas robustas
e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com com o grande
desenvolvimento da indústri têxtil , tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Interior, que entrou em declínio durante a últimas décadas
do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta
de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes
politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia
loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, alguma
indústria de malhas, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho, vendo­se
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
o edificio da antiga Câmara
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
Municipal entretanto adaptado
pertenceu ao município loriguense.
a residência particular.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a
Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a Ribeira de São
Bento ruiu no século XVI após uma grande cheia, tendo sido construída outra
também em pedra nos finais do século XIX), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais desta vila histórica. O bairro de São
Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da
vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local
onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram
arruinar a capela, reconstruiram­na depois com outro orago (Nossa Senhora do Carmo), e mudaram o nome do
santo para São Ginês, um santo que nunca existiu. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal
e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombei
ros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/ind
ex.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambie
nte/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=
(ajuda)

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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-1-

Loriga

20 de Maio de 2007 - 23:54 @ http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Gentílico: Loricense ou Loriguense

Concelho: Seia

Área: 36,52 km²

População: 1 370 hab. (2005)

Densidade: 37,51 hab./km²

Orago: Santa Maria Maior

Código postal: 6270

Freguesias de Portugal

Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da

Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 370 habitantes (2005) e densidade


populacional

de 37,51 hab/km².

Índice

1 Breve história

2 Rua da Oliveira

3 Bairro de São Ginês (S.Gens)

4 Acordos de geminação

5 Ver também

6 Ligações externas
-2-

Breve história

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe
o

centro histórico da vila, o seu nome primitivo,anterior à chegada dos

romanos,era Lobriga. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos

anos, devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras),à abundância de

àgua e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas


providenciarem

alguma caça,e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma

estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população


e

povoação com alguma importância.

O nome veio,da localização estratégica da povoação,do seu protagonismo e


dos

seus habitantes,nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana,

o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica (antiga couraça

guerreira).Os Hermínius eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um

facto que os romanos lhe deram o nome de Lorica,nome de couraça guerreira, e

deste nome derivou Loriga (designação iniciada pelos Visigodos), e que tem o

mesmo significado. É um caso raro, em Portugal, de um nome bimilenar,um dos

factos que justificam que a couraça seja a peça central e principal do brasão

histórico da vila.É um nome muito antigo e de grande valor histórico para a

vila.
-3-
Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o

principal atractivo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação

são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos

Loricenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale


belo,

mas rochoso, num vale fértil.É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do

belíssimo Vale de Loriga,faz parte do património histórico da vila,e é

demonstrativa do génio dos Loricenses.

Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada

romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja

Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o

Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos, a
Rua

de Viriato,o heroi lusitano que a tradição local,e diversos antigos

documentos,encontram origens nesta antiquíssima povoação.A Rua da Oliveira,


pela

sua peculiaridade,situada na àrea mais antiga do centro histórico da

vila,recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada

romana e uma das duas pontes (a outra ruíu no século XVI após uma grande
cheia

na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia,

ao restante império, merecem destaque.

Também o Bairro de São Ginês ( S. Gens )é um ex-libris de Loriga, e nele

destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo construída no local de uma


antiga

ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo. Quando os romanos


-4-
chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos: O maior, mais antigo e

principal, situava-se na àrea onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua

de Viriato, e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual

Bairro de S.Ginês (S.Gens), existiam já algumas habitações encostadas ao

promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde


uma

ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado Real e a Igreja

Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo

orago era já o de Santa Maria Maior,e que se mantém, foi construída no local
de

um outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com

inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro.

De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de

Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas

partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também


a

residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes


do

edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do


Marquês

de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que

aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou
do

governo de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX, chegou a ser
-5-

uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de

concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX.Tempos


houve em

que,só Covilhã ultrapassava Loriga em número de empresas.Nomes de


empresas,tais

como;Regato,Redondinha,Fonte dos Amores,Tapadas,Fândega,Leitão &


Irmãos,Augusto

Luis Mendes,Lamas,Nunes Brito,Moura Cabral,Lorimalhas,etc,fazem parte da


rica

história industrial desta vila.A principal e maior avenida de Loriga tem o nome

de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais

Loricenses.Apesar,por exemplo,dos maus acessos,que se resumiam à velhinha

estrada romana de Lorica com dois mil anos,o facto é que os Loricenses

transformaram Loriga numa vila industrial progressiva,o que confirma o seu

génio.Mas,Loriga acabou por ser derrotada por um inimigo político e

administrativo,local e nacional,contra o qual teve que lutar desde o século XIX.

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os

confrontos de uma guerra civil podem ter no futuro de uma localidade e de uma

região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo

recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante

cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III


),

1474 ( D.Afonso V ) e 1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados

Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa, teve o castigo de

deixar de ser sede de concelho em 1855.A conspiração movida por desejos

expansionistas da localidade que beneficiou com o facto,precipitou os

acontecimentos.Tratou-se de um grave erro político e administrativo,como


-6-
aliás

tem vindo a confirmar-se.

Foi no mínimo um caso de injusta vingança política,numa época em que não


existia

democracia e reinavam o compadrio e a corrupção,e assim começou o declínio


de

toda a Região de Loriga (antigo concelho de Loriga).Se nada de


verdadeiramente

eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará

desertificada dentro de poucas décadas,o que,tal como em relação a outras

relevantes terras históricas do interior do país,será concerteza considerado

como uma vergonha nacional.Confirmaria também a óbvia existência de graves


e

sucessivos erros nas políticas de coesão,administração e ordenamento do

território.Para evitar tal situação,vergonhosa para o país,é necessário no

mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel;Desenvolver a vila de

Loriga,polo e centro da região.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes


da

Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu

ao Município Loricense.A vila de Loriga,situa-se a vinte quilómetros da actual

sede de concelho, e algumas freguesias da sua região situam-se a uma


distância

muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense,constitui também a

Associação de Freguesias da Serra da Estrela,com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas,e as únicas


-7-
pistas e estância de esqui existentes em Portugal,estão localizadas na àrea da

freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua


escadaria

tem cerca de 100 degraus em granito, o que lhe dá características

peculiares.Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do

centro histórico da vila de Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas

caracteristicas o tornam num dos bairros mais conhecidos e tipicos da vila. As

melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este bairro

do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem


céltica

matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de


uma

ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os loricenses

mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvêz por ser mais fácil de
pronunciar.

Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,

situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Acordos de geminação

Loriga celebrou acordo de geminação com:

A vila,actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de


-8-
1996.

Ver também:

Geografia romana em Portugal

Ligações externas:

Portal Loriga News

Principal página de Loriga

Este é o artigo original da Wikipedia,antes de ser vandalizado em Junho de


2007:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga .
Página Web 1 de 6

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e Portugal Loriga


freguesia portuguesa do concelho de Seia,
— Freguesia —
distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1
367 habitantes (2005) e densidade
populacional de 37,51 hab/km². Tem uma
povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da


Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da
Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível
pela EN 231 e pela EN338, estrada concluída
em 2006, seguindo um traçado e um projecto
pré-existentes há décadas, com um percurso de
Vista geral de Loriga
9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960m (Portela do Arão) e 1650m, dois
quilómetros acima da Lagoa Comprida.

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina

conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à


sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770m de altitude, na sua
parte urbana mais baixa, rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato
(1771m), e é abraçada por dois cursos de água: Brasão da vila de Loriga
a Ribeira de Loriga e Ribeira de S.Bento, que

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
Página Web 2 de 6

se unem depois da E.T.A.R. para formarem um


dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação


são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma
obra construída ao longo de muitas centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio Loriga
dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de


infraestrutras físicas e sócio-culturais, que
abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em
1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga,
criados em 1982, cujos serviços se
desenvolvem na àrea aproximadamente
equivalente ao antigo município, a Casa de
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas
obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr.
Reis Leitão. Em Março de 2007 iniciaram-se
as obras do novo Quartel dos Bombeiros Localização de Loriga em Portugal
Voluntários, edifício que se prevê concluído
40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
durante o ano de 2011.
País Portugal
Concelho
Seia
Índice Administração
- Tipo Junta de freguesia
■ 1 História
■ 2 Toponímia Área
■ 3 Festividades - Total 36 52 km2
■ 4 Gastronomia População (2005)
■ 5 Personagens
■ 6 Acordos de geminação - Total 1 367
■ 7 Ver também - Densidade 37,51/km2
■ 8 Ligações externas
Gentílico: Loriguense ou Loricense
■ 9 Fontes
Código 6270
postal
Orago Santa Maria Maior
História Correio jfloriga@sapo.pt
electrónico
Fundada originalmente no alto de uma colina
Sítio Freguesiadeloriga.com
entre ribeiras onde hoje existe o centro (http://www.freguesiadeloriga.com)
histórico da vila. O local foi escolhido há mais
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
de dois mil e seiscentos anos devido à Portugal.
facilidade de defesa (uma colina entre

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
Página Web 3 de 6

ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu


protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios
(actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou
os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral
para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga
(derivação iniciada pelos Visigodos), que tem o mesmo
significado.

Em termos de
património histórico,
Igreja Matriz de Loriga - vista destacam-se a ponte e
interior
a estrada romanas
(século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século
XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído),
o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à
chegada dos romanos e a Rua de Viriato. A Rua da Oliveira,
Ponte romana
pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro
histórico da vila, recorda algumas das características urbanas
da época medieval.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na
Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

O Bairro de São Ginês é um ex-libris de Loriga e nele destaca


-se a capela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida
visigótica dedicada a S.Gens, e entretanto remodelada.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida


em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se
na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de
Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No
local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do
Capela de Nossa Senhora do Carmo qual os Visigodos construíram mais tarde a ermida dedicada
àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que
se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma
pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
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O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo


arruinado também a residência paroquial e aberto algumas
fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara
Municipal construído no século XIII. Um emissário do
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos
mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo
de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade


do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho
só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX.
Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no Fontanário em Loriga
número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato,
Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas,
Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A
principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila
industrial.

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século


XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio
das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474
(D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser
sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX,
curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.
Porém, partir da primeira metade do século XIX, tornou-se
Largo do Pelourinho um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com a
implantação da indústria dos lanifícios, que entrou em
declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a acelerar a desertificação da Vila,
facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia
loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma
agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias
da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de
esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de
Loriga.

Toponímia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
Página Web 5 de 6

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da


vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o
que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas
das características urbanas medievais.

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de


Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas
aqui. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São
Gens, um santo de origem céltica matirizado em Arles, na
Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma
ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos
os loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês,
Rua da Oliveira
talvez por ser mais fácil de pronunciar. Este núcleo da
povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas -
cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo
de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão
branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela
comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do
Milho.

Personagens
■ Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico
■ Joaquim Pina Moura, economista e político

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
Página Web 6 de 6

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim Acordos de geminação


da Fonseca, Loriga
Loriga celebrou acordo de geminação com a vila ,actual
cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
■ Geografia romana em Portugal

Ligações externas
■ Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
■ Analor (http://www.analor.org)
■ Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

■ História concisa de Loriga (http://www.lorica.no.sapo.pt)


■ Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
(http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
■ Página dos Bombeiros de Loriga (http://http://www.bvloriga.pt/)
■ Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
■ Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
■ Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
■ de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
■ Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"
Categorias: Freguesias de Seia | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal

■ Esta página foi modificada pela última vez às 18h51min de 15 de novembro de 2010.
■ Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-Compartilhamento pela mesma
Licença 3.0 Unported (CC-BY-SA); pode estar sujeito a condições adicionais. Consulte as
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■ Sobre a Wikipédia
■ Avisos gerais

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e Portugal Loriga


freguesia portuguesa do concelho de Seia,
— Freguesia —
distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1
367 habitantes (2005) e densidade
populacional de 37,51 hab/km². Tem uma
povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da


Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da
Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível
pela EN 231 e pela EN338, estrada concluída
em 2006, seguindo um traçado e um projecto
pré-existentes há décadas, com um percurso de
Vista geral de Loriga
9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960m (Portela do Arão ou Portela de
Loriga) e 1650m, três quilómetros acima da
Lagoa Comprida.

Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina

conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à


sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770m de altitude, na sua
parte urbana mais baixa, rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato
(1771m), e é abraçada por dois cursos de água:
a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, que
Localização de Loriga em Portugal

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 22-09-2010
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se unem depois da E.T.A.R. sendo a Ribeira de 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Loriga, um dos maiores afluentes do Rio Alva. País Portugal
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação Concelho
Seia
são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma
Administração
obra construída ao longo de muitas centenas de
anos e que transformou um vale belo mas - Tipo Junta de freguesia
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda Área
hoje marca a paisagem, fazendo parte do - Total 36 52 km2
património histórico da vila e é demonstrativa
População (2005)
do génio dos seus habitantes.
- Total 1 367
Está dotada de uma ampla gama de - Densidade 37,51/km2
infraestrutras físicas e sócio-culturais, que
Gentílico: Loriguense
abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Código 6270
postal
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Orago Santa Maria Maior
1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, Correio jfloriga@sapo.pt
criados em 1982, cujos serviços se electrónico
desenvolvem numa àrea aproximadamente Sítio Freguesiadeloriga.com
equivalente ao antigo concelho, a Casa de (http://www.freguesiadeloriga.com)
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
obras sociais de relevo, e a Escola Básica 23 Portugal.
Dr. Reis Leitão. Em Março de 2007 iniciaram-
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o
ano de 2011.

Índice
■ 1 História
■ 2 Toponímia
■ 3 Festividades
■ 4 Gastronomia
■ 5 Personagens
■ 6 Acordos de geminação
■ 7 Ver também
■ 8 Ligações externas
■ 9 Fontes

História
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da
vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos* devido à facilidade de defesa (uma
colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 22-09-2010
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O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu


protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios
(actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou
os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral
para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga
(derivação iniciada pelos Visigodos), e que tem o mesmo
significado. É um nome histórico, que pela sua antiguidade e
significado justifica que a couraça seja a peça central do
brasão da vila.
Igreja Matriz de Loriga - vista Em termos de
interior
património histórico,
destacam-se a ponte e
a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.)* chamada popularmente de
"Caixão da Moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o
Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à
chegada dos romanos e a Rua de Viriato. A Rua da Oliveira,
pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro
Ponte romana
histórico da vila, recorda algumas das características urbanas
da época medieval.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na
Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e


nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo, a
antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida


em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se
na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de
Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No
local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do
Capela de Nossa Senhora do Carmo qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida
dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que
se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma
pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial
e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 22-09-2010
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contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade


serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa
qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade


do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho
só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX.
Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no
número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato,
Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga Fontanário em Loriga
tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana da antiga Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século


XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio
das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474
(D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser
sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX,
curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.
Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se
Largo do Pelourinho um dos principais pólos industriais da Beira Interior, com a
implantação da indústria dos lanifícios, que entrou em
declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar ao agravamento da
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal.
Actualmente a economia loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias
da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de
esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de
Loriga.

Toponímia
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80
degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das
características urbanas medievais do centro histórico da vila.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 22-09-2010
Página Web 5 de 6

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de


Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas
aqui. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São
Gens, um santo de origem céltica matirizado em Arles, na
Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma
ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos
os loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês,
talvez por ser mais fácil de pronunciar, e mudaram o orago da
sua ermida para Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da
povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.
Rua da Oliveira
Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas -
cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no
primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da
Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão
branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela
comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do
Milho.

Personagens
■ Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico
■ Joaquim Pina Moura, economista e político

Acordos de geminação
Loriga celebrou acordo de geminação com a vila ,actual
cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.
Busto do, Dr Joaquim A. Amorim
da Fonseca, Loriga

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 22-09-2010
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Ver também
■ Geografia romana em Portugal

Ligações externas
■ Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.be)
■ Analor (http://www.analor.org)
■ Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

■ História concisa de Loriga (http://www.lorica.no.sapo.pt)


■ Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
(http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
■ Página dos Bombeiros de Loriga (http://http://www.bvloriga.pt/)
■ Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
■ Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
■ Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
■ de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
■ Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

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Categorias: Freguesias de Seia | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal

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■ Sobre a Wikipédia
■ Avisos gerais

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 1 de 7

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia


Loriga
portuguesa do concelho de Seia, distrito da
Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1053 habitantes Portugal
(2011) e densidade populacional de — Freguesia —
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o
Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da
Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da


Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da
Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível
pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em
2006, seguindo um traçado pré-existente, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela de Loriga ou do
Arão) e 1650 m, um pouco acima da Lagoa
Comprida. Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante a
uma paisagem alpina.

conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à


sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte
urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m
de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é Loriga
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem
depois da E.T.A.R. para formarem um dos
maiores afluentes do Rio Alva.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 2 de 7

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são


um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
construída ao longo de centenas de anos e que
transformou um vale rochoso num vale fértil. É
uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas


físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os Loriga
grupos etários, das quais se destacam, por
exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense,
fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os
Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em
1982, cujos serviços se desenvolvem numa área
com limites aproximados aos limites do antigo
concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da
Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a
Escola EB 123 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de
2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos
Bombeiros Voluntários, edifício concluído em
2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do


Concelho de Seia.

Índice Localização de Loriga em Portugal

Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O


◾ 1 População
País Portugal
◾ 2 Toponímia
◾ 3 História Concelho Seia
◾ 3.1 Forais Administração
◾ 3.2 História até ao final do séc.
- Tipo Junta de freguesia
XVIII
◾ 3.3 História posterior ao séc. - Presidente António Maurício Moura Mendes
XVIII (PS)
◾ 4 Património de destaque Área
◾ 5 Praia fluvial - Total 36,52 km²
◾ 6 Festividades População (2011)
◾ 7 Gastronomia - Total 1 053
◾ 8 Personagens
• Densidade 28,8 hab./km²
◾ 9 Acordos de geminação
◾ 10 Ver também Gentílico: Loriguense ou Loricense

◾ 11 Ligações externas Código postal 6270


◾ 12 Fontes Orago Santa Maria Maior
◾ 13 Referências Sítio www.freguesiadeloriga.com
(http://www.freguesiadeloriga.com)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 3 de 7

População Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas


de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, sendo certo que os
romanos lhe puseram o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome
derivou Loriga, designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Pela antiguidade
e simbolismo do nome, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante", considerada
pelos especialistas em heráldica portuguesa como fundamental no brasão da vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136
(João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso
Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de
concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século
XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da
vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma
colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 4 de 7

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde
hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava
fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, a Rua de Viriato no
troço compreendido entre a antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, coincide exatamente com parte dessa antiga linha defensiva
da povoação. A antiga tradição e alguns antigos documentos
apontam Loriga como berço de Viriato, tendo inclusive havido um
Igreja Matriz de Loriga - vista projeto para um monumento que nunca chegou a concretizar-se. No
interior. local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele
santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real


e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho
II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira
de Loriga, e que se mantém, foi construída no local de um outro
antigo e pequeno templo visigótico também dedicado a Nossa
Senhora, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De
estilo românico, com três naves, traça exterior lembrando a Sé
Velha de Coimbra, e dimensões próximas das atuais, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das
paredes laterais e da torre. A paróquia de Loriga remonta aliás à
Fontanário em Loriga.
época visigótica e pertencia então à diocese de Egitânia, atual
Idanha a Velha.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial
e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca
de dois metros. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao
contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu
suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga
no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores,
Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de
Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses.
Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos,
o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira
Alta, com o aumento e desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante
durante as últimas duas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 5 de 7

que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal.


Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma
indústria de malhas que ainda resiste, e alguma agricultura e
pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra,


Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta
povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui
também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de
esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de
Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI
a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz
(século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,
reconstruído), o bairro de São Ginês (São Gens), a Rua de Viriato e
a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século


XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais
os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.
Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A
sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua
recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área,
no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, que nunca existiu, deixaram arruinar a capela
que lhe era dedicada e finalmente reconstruíram-na mas mudaram-lhe o orago para Nossa Senhora
do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a
bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4]
Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 6 de 7

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada


entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7
categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de
Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa
(com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que
evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São Sebastião
(no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e
procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a
Praia fluvial de Loriga, festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da
conhecida também como Chão Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
da Ribeira onde existe o Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª.
chamado "Poço do Z é Lages". Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão
branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela
comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do
Milho.

Personagens
◾ Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
◾ Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
◾ Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade,
de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
◾ Geografia romana em Portugal

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 7 de 7

Ligações externas
◾ Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
◾ Analor (http://www.analor.org)
◾ Portal Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com)
◾ 7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/# /finalistas/praia-fluvial-
de-loriga)
◾ ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
◾ Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

◾ Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


◾ Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
(http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_ coimbra3.htm)
◾ Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
◾ Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
◾ Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
◾ Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
◾ de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
◾ Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº 223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. « Bombeiros de Loriga mudam para novo
quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado
em Outubro de 2012 Verifique data em: |access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) -
https://www.ine.pt/xportal/xmain? xpid= INE&xpgid= ine_ publicacoes
3. ABAE. « Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul,
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php? p= awarded&s= list&u= 2). Consultado em Junho de
2014 Verifique data em: |access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. « Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-
seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de
2012 Verifique data em: |access-date= (ajuda)

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php? title= Loriga&oldid= 47919241"

Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

◾ Esta página foi modificada pela última vez à(s) 11h51min de 4 de fevereiro de 2017.
◾ Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição -
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adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga (pron.IFA [lo' ig ]) é uma vila e freguesia L origa


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Por tugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um
projeto pré-existentes, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela do
Arão) e 1650 m, dois quilómetros acima da Lagoa
Comprida.

É conhecida
como a "Suíça Vista geral de Loriga
Portuguesa"
devido à sua
extraordinária
localização
geográfica.
Está situada a
cerca de
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar altitude, na
com o mesmo nome, semelhante a uma sua parte
paisagem alpina. urbana mais
baixa,
rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e
Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. . A a Ribeira de Loriga é um dos afluentes do
Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca
a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila
e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e

1 of 7 23-02-2017 15:15
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Localização de Loriga em Portugal


Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
desenvolvem para nos limites aproximadamente
equivalentes ao do antigo municipio loriguense, a Casa de País Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de Concelho Seia
relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de
2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Administração
Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e - Tipo Junta de freguesia
inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1] - Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
Í ndice • Densidade 28,8 hab./km²

1 População Gentílico: Loricense ou Loriguense

2 Toponímia Código postal 6270


3 História Orago Santa Maria Maior
3.1 Forais
Sítio www.freguesiadeloriga.com
3.2 História até ao final do séc. XVIII (http://www.freguesiadeloriga.com)
3.3 História posterior ao séc. XVIII
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
4 Património de destaque Portugal.
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População
População da fr eguesia de L or iga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe
o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana. Certo é que os romanos lhe puseram o
nome de Lorica e deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos, e que tem o mesmo
significado. Pela antiguidade, pelo significado e pela história, os especialistas em heráldica portuguesa
consideram a Lorica/Loriga uma peça heráldica "falante", fundamental no brasão da vila, e que esse facto
seria aplicável ainda que o nome tivesse "apenas" sete ou oito séculos.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa, e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e
principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado
com muralhas e paliçada. Aliás, parte da Rua de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do
GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte dessa linha defensiva da antiga povoação. No local
do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo e cujo
orago atual é o de Nossa Senhora do Carmo.

Loriga era uma paróquia com origem visigótica, pertencente à diocese de Egitânia (atual Idanha a Velha) e
depois pertencente à Vigararia do Padroado Real, e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era


já o de Santa Maria Maior padroeira de
Loriga e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo
visigótico também dedicado a Nossa
Senhora, do qual foi aproveitada uma
pedra com inscrições visigóticas, que está
colocada na porta lateral virada para o
Igreja Matriz de Loriga - vista adro. De estilo românico, com três naves,
interior. e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo
Fontanário em Loriga.
sismo de 1755, dela restando apenas
partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII, cujas paredes do rés do chão, onde fucionava a cadeia, tinham uma espessura de cerca de dois
metros. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do
que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa
qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte
da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da


indústria têxtil, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta,
indústria dos lanifícios que entrou em declínio durante as últimas décadas
do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que
afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às
inexistentes politicas locaiis e nacionais de coesão territorial. Actualmente
a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de
panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada


romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês (São Gens), a Rua de Viriato, heroi lusitano que uma antiga tradição
aponta com sendo loriguense, e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.
Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens)
é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles,
na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde
hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome
do santo para São Ginês (não existe nenhum santo com tal nome), deixaram arruinar a sua capela, e depois
reconstruiram-na com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, Festividades


conhecida também como "Poço
do Zé Lages". Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e
procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos
emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No
segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acor dos de geminação


Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:

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|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

L origa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia Lori ga


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Portugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado
pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão ou de
Loriga) e 1650 m, dois quilómetros acima da Lagoa
Comprida.

É conhecida
como a "Suíça Vista geral de Loriga
Portuguesa"
devido à sua
extraordinária
localização
geográfica.
Está situada a
cerca de
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar altitude, na
com o mesmo nome, semelhante a uma sua parte
paisagem alpina. urbana mais
baixa, rodeada
por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e
Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos maiores afluentes
do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Localização de Loriga em Portugal


Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de País Portugal
relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de Concelho Seia
2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Administração

Setembro do mesmo ano.[1] - Tipo Junta de freguesia


- Presidente António Maurício Moura Mendes
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de (PS)
Seia. Área
- Total 36,52 km²
População (2011)
Í ndice - Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
1 População
Gentílico: Loriguense ou Loricense
2 Toponímia
3 História Código postal 6270
3.1 Forais Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com
3.3 História posterior ao séc. XVIII (http://www.freguesiadeloriga.com)
4 Património de destaque
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
5 Praia fluvial Portugal.
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da fr eguesia de L or iga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana. Fosse qual fosse o motivo é certo que or
romanos lhe puseram o nome de Lorica e deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos,
que tem o mesmo significado. Pela antiguidade e simbolismo do nome, e pelo historial heráldico de Loriga, a
Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante" considerada pelos especialistas em heráldica
portuguesa como fundamental e central no brasão da vila, e isso aplicava-se da mesma forma se o nome
tivesse "apenas" sete ou oito centenas de anos de existência.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa e tal facto contribui para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do
plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

Histór ia até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje
existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição
local e alguns documentos apontam como sendo loriguense) e estava
fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de São
Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso,
em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
àquele santo.
Igreja Matriz de Loriga - vista
interior. Loriga era uma paróquia pertencente à
Vigararia do Padroado Real e a Igreja
Matriz foi mandada construir em 1233
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior
padroeira de Loriga e que se mantém, foi construída no local de um outro
antigo e pequeno templo também dedicado a Nossa Senhora, do qual foi
aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na
porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça
exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo
sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. De
salientar que a paróquia de Loriga remonta à época visigótica, pertencendo
Fontanário em Loriga.
então à diocese de Egitânia (atual Idanha a Velha).

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O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto
algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII e
cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca de dois metros. Um
emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu
com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

Histór ia posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais


pólos industriais da Beira Alta, com a desenvolvimento da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de
maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes
politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia
loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua


Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais.
O bairro de São Ginês (S. Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num

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dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de
origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos
séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, que nunca existiu. Este núcleo da
povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos
romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, Festividades


conhecida também como Chão
da Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro
Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Acor dos de geminação

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de


Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Busto do, Dr Joaquim A. L igações exter nas


Amorim da Fonseca, Loriga.
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia


Loriga
portuguesa do concelho de Seia, distrito da
Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1053 habitantes Portugal
(2011) e densidade populacional de — Freguesia —
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o
Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da
Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da


Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da
Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível
pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em
2006, seguindo um traçado pré-existente, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão ou de
Loriga) e 1650 m, dois quilómetros acima da Loriga
Lagoa Comprida.

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante a
uma paisagem alpina.

conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à


sua extraordinária localização geográfica. Está
Localização de Loriga em Portugal
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte
urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m País Portugal
de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
Concelho Seia
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e Ribeira de São Bento, que desagua na Administração
primeira depois da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga - Tipo Junta de freguesia
é um dos maiores afluentes do Rio Alva. - Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Área

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 2 de 7

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são - Total 36,52 km²


um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra População (2011)
construída ao longo de centenas de anos e que - Total 1 053
transformou um vale rochoso num vale fértil. É
• Densidade 28,8 hab./km²
uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é Gentílico: Loriguense ou Loricense

demonstrativa do génio dos seus habitantes. Código postal 6270


Orago Santa Maria Maior
Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas
físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os Sítio www.freguesiadeloriga.com
(http://www.freguesiadeloriga.com)
grupos etários, das quais se destacam, por
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense,
de Portugal.
fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1905, os
Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem para lá dos
limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos
Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
◾ 1 População
◾ 2 Toponímia
◾ 3 História
◾ 3.1 Forais
◾ 3.2 História até ao final do séc. XVIII
◾ 3.3 História posterior ao séc. XVIII
◾ 4 Património de destaque
◾ 5 Praia fluvial
◾ 6 Festividades
◾ 7 Gastronomia
◾ 8 Personagens
◾ 9 Acordos de geminação
◾ 10 Ver também
◾ 11 Ligações externas
◾ 12 Fontes
◾ 13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 3 de 7

1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os
romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome
derivou Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Pela antiguidade e
simbolismo do nome, e pelo historial heráldico de Loriga, a Lorica/Loriga é considerada uma peça
heráldica "falante" considerada pelos especialistas em heráldica portuguesa como fundamental e
central no brasão da vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136
(João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso
Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a
aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o
mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da
vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma
colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 4 de 7

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde
hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga
tradição aponta como sendo loriguense) e estava fortificado com
muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de São Ginês
existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso,
em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida
dedicada àquele santo.
Igreja Matriz de Loriga - vista
interior. Loriga era uma paróquia
pertencente à Vigararia do
Padroado Real e a Igreja Matriz
foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja,
cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que
se mantém, foi construída no local de um outro antigo e pequeno
templo também dedicado a Nossa Senhora, do qual foi aproveitada
uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e
traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das
Fontanário em Loriga.
paredes laterais. De salientar que a paróquia de Loriga remonta à
época visigótica, pertencendo então à diocese de Egitânia (atual
Idanha a Velha).

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial
e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII e cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de
cerca de dois metros. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos
mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não
chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu
suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga
no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores,
Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de
Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses.
Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos,
o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos industriais da
Beira Alta, com a desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante
durante as últimas década do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que
afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais e
nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e
pastorícia.

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 5 de 7

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra,


Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta
povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui


também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede
em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e


Largo do Pelourinho. as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão
localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de
Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI
a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz
(século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,
reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da
Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século


XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais
os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.
Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A
sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua
recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (S. Gens) é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área,
no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, que nunca existiu. Este núcleo da povoação,
que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos
romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a
bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4]
Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70
pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de
Portugal", na categoria de "praias de rios".

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 6 de 7

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa
(com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que
evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São Sebastião
(no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e
procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a
festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da
Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª.
Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Praia fluvial de Loriga,


conhecida também como Chão
Gastronomia
da Ribeira onde está o
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da
chamado "Poço do Zé Lages".
Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha,
os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco,
maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela
comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do
Milho.

Personagens
◾ Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
◾ Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Busto do, Dr Joaquim A. Acordos de geminação


Amorim da Fonseca, Loriga.
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade,
de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
◾ Geografia romana em Portugal

Ligações externas
◾ Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
◾ Analor (http://www.analor.org)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 7 de 7

◾ Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


◾ 7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-
de-loriga)
◾ ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
◾ Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

◾ Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


◾ Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
(http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
◾ Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
◾ Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
◾ Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
◾ Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
◾ de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
◾ Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo
quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado
em Outubro de 2012 Verifique data em: |access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) -
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul,
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de
2014 Verifique data em: |access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-
seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de
2012 Verifique data em: |access-date= (ajuda)

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L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga ( pron.IFA [lo' ig ] ) é uma vila e freguesia


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem Por tugal Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes ( 2011 ) e densidade
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação — Vila —
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da
Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e projeto
pré-existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens
de montanha, entre as cotas 960 m ( Portela do Arão ou
de Loriga ) e 1650 m, dois quilómetros acima da Lagoa
Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


extraordinária localização geográfica. Está situada a
cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana mais
baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam a
Penha dos Abutres ( 1828 m de altitude ) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a
Ribeira de Loriga e Ribeira de São Bento, que desagua na
primeira depois da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um
dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e
é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
desenvolvem nos limites aproximadamente equivalentes
aos do antigo município loriguense, a Casa de Repouso
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, Loriga
e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
País Portugal
Setembro do mesmo ano.[1]
Concelho Seia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de

1 of 6 18-02-2017 13:39
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre file:///D:/Os meus documentos/Loriga_Wikipédia 17-02-2017/Loriga –...

Seia. Administração
- Tipo Junta de freguesia
- Presidente António Maurício Moura Mendes
Í ndice (PS)
Área
1 População - Total 36,52 km²
2 Toponímia
População (2011)
3 História
3.1 Forais - Total 1 053
3.2 História até ao final do séc. XVIII • Densidade 28,8 hab./km²
3.3 História posterior ao séc. XVIII Gentílico: Loriguense ou Loricense
4 Património de destaque
5 Praia fluvial Código postal 6270
6 Festividades Orago Santa Maria Maior
7 Gastronomia Sítio www.freguesiadeloriga.com
8 Personagens (http://www.freguesiadeloriga.com/)
9 Acordos de geminação Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
10 Ver também Portugal.
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da fr eguesia de L or iga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios ( actual Serra da Estrela ) na resistência lusitana. Fosse qual fosse o motivo é certo
que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome
derivou Loriga, derivação que começou a ser usada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado, mas o
neme original latino só caiu totalmente em desuso na primeira metade do século XIII. Pela antiguidade e
simbolismo do nome, e pelo historial heráldico de Loriga, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica
"falante" considerada pelos especialistas em heráldica portuguesa como fundamental e central no brasão da
vila.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 ( João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques ),
1249 ( D. Afonso III ), 1474 ( D. Afonso V ) e 1514 ( D. Manuel I ). Apoiou os Miguelistas contra os

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Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a
aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo
plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa ( uma colina entre
ribeiras ), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e
principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato ( que a antiga
tradição local aponta como sendo loriguense ) e estava fortificado com muralhas e paliçada. O troço da Rua
de Viriato entre as antigas sedes do Grupo Desportivo Loriguense e da Casa do Povo coincide exatamente
com parte dessa antiga linha defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês ( São Gens )
existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II, facto que por si é demonstrativo da importância que então esta
vila já possuia. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém,
foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo também dedicado a Nossa Senhora, do qual foi
aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída
pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. De salientar que a paróquia de Loriga
remonta à época visigótica, pertencendo então à diocese de Egitânia ( atual Idanha a Velha ).

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII e cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca de dois
metros. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do
que aconteceu com a Covilhã ( outra localidade serrana muito afectada ), não chegou do governo de Lisboa
qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial ( têxtil ) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte
da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta,
com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimas
décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as
regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial.
Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio,

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restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,
Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal, localizadas na Serra da Estrela, estão dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas ( século I a.C. ), uma
sepultura antropomórfica ( século VI a.C. ) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz
( século XIII, reconstruída ), o Pelourinho ( século XIII, reconstruído ), o bairro de São Ginês ( São Gens ), a
Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes ( a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de
São Bento ), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais. O bairro de São Ginês ( São Gens ) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características
o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um
santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma
ermida visigótica situada na área, hoje dedicada a Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, um santo que nunca existiu, deixaram arruinar a sua
capela e reconstruiram-na depois com o atual orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação,
que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a
bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas
as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70
pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na
categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa ( com a Amenta das Almas - cantos
nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma ), festas em honra de
Sto. António ( durante o mês Junho ) e São Sebastião ( no último Domingo de Julho ), com as respectivas
mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira
dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No
segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia

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A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada ( com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que
o habitual, conhecido localmente por calhorras ), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e
cabra, nomeadamente o queijo da Serra ( com DOP ), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces,
o arroz doce, o carolo ( doce feito com milho ), a botelha ( sobremesa feito com abóbora ), a tapioca
(sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade
loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Acor dos de geminação


Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de/)
Analor (http://www.analor.org/)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org/)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências

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1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=48040618"

Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga ( pron.IFA [lo'ɾigɐ] ) é uma vila e freguesia


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem Por tugal L origa
36,52 km² de área, 1053 habitantes ( 2011 ) e densidade
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Vila —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e projeto
pré-existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens
de montanha, entre as cotas 960 m ( Portela do Arão ou
de Loriga ) e 1650 m, dois quilómetros acima da Lagoa
Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


extraordinária localização geográfica. Está situada a
cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana mais
baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam a
Penha dos Abutres ( 1828 m de altitude ) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a
Ribeira de Loriga e Ribeira de São Bento, que desagua na
primeira depois da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um
dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e
é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
desenvolvem nos limites aproximadamente equivalentes
aos do antigo município loriguense, a Casa de Repouso
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e
a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 Loriga
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Setembro do mesmo ano.[1] País Portugal

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Concelho Seia


Seia.

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Administração

Í ndice - Tipo Junta de freguesia


- Presidente António Maurício Moura Mendes
1 População (PS)
2 Toponímia Área
3 História - Total 36,52 km²
3.1 Forais População (2011)
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII - Total 1 053
4 Património de destaque • Densidade 28,8 hab./km²
5 Praia fluvial Gentílico: Loriguense ou Loricense
6 Festividades
Código postal 6270
7 Gastronomia
8 Personagens Orago Santa Maria Maior
9 Acordos de geminação Sítio www.freguesiadeloriga.com
10 Ver também (http://www.freguesiadeloriga.com/)
11 Ligações externas Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
12 Fontes Portugal.
13 Referências

População

População da fr eguesia de L or iga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios ( actual Serra da Estrela ) na resistência lusitana. Fosse qual fosse o motivo é certo
que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome
derivou Loriga, derivação que começou a ser usada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado, mas o
neme original latino só caiu totalmente em desuso na primeira metade do século XIII. Pela antiguidade e
simbolismo do nome, e pelo historial heráldico de Loriga, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica
"falante" considerada pelos especialistas em heráldica portuguesa como fundamental e central no brasão da
vila.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 ( João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques ),
1249 ( D. Afonso III ), 1474 ( D. Afonso V ) e 1514 ( D. Manuel I ). Apoiou os Miguelistas contra os
Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a
aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo

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plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa ( uma colina entre
ribeiras ), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e
principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato ( que a antiga
tradição local aponta como sendo loriguense ) e estava fortificado com muralhas e paliçada. O troço da Rua
de Viriato entre as antigas sedes do Grupo Desportivo Loriguense e da Casa do Povo coincide exatamente
com parte dessa antiga linha defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês ( São Gens )
existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II, facto que por si é demonstrativo da importância que então esta
vila já possuia. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém,
foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo também dedicado a Nossa Senhora, do qual foi
aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída
pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. De salientar que a paróquia de Loriga
remonta à época visigótica, pertencendo então à diocese de Egitânia ( atual Idanha a Velha ).

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto
algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII e
cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca de dois metros. Um
emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu
com a Covilhã ( outra localidade serrana muito afectada ), não chegou do governo de Lisboa qualquer
auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial ( têxtil ) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta,
com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimas
décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as
regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial.
Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio,
restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,

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Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal, localizadas na Serra da Estrela, estão dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas ( século I a.C. ), uma
sepultura antropomórfica ( século VI a.C. ) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz
( século XIII, reconstruída ), o Pelourinho ( século XIII, reconstruído ), o bairro de São Ginês ( São Gens ), a
Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes ( a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de
São Bento ), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais. O bairro de São Ginês ( São Gens ) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características
o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um
santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma
ermida visigótica situada na área, hoje dedicada a Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, um santo que nunca existiu, deixaram arruinar a sua
capela e reconstruiram-na depois com o atual orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação,
que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a
bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas
as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70
pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na
categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa ( com a Amenta das Almas - cantos
nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma ), festas em honra de
Sto. António ( durante o mês Junho ) e São Sebastião ( no último Domingo de Julho ), com as respectivas
mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira
dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No
segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada ( com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o

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habitual, conhecido localmente por calhorras ), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e
cabra, nomeadamente o queijo da Serra ( com DOP ), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces,
o arroz doce, o carolo ( doce feito com milho ), a botelha ( sobremesa feito com abóbora ), a tapioca
(sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade
loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Acor dos de geminação


Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de/)
Analor (http://www.analor.org/)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org/)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
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2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal


/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 1 de 7

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia


Loriga
portuguesa do concelho de Seia, distrito da
Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1053 habitantes Portugal
(2011) e densidade populacional de — Freguesia —
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o
Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da
Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da


Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da
Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível
pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em
2006, seguindo um traçado pré-existente, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela de Loriga ou do
Arão) e 1650 m, um pouco acima da Lagoa
Comprida. Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante a
uma paisagem alpina.

conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à


sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte
urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m
de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é Loriga
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem
depois da E.T.A.R. para formarem um dos
maiores afluentes do Rio Alva.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 2 de 7

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são


um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
construída ao longo de centenas de anos e que
transformou um vale rochoso num vale fértil. É
uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas


físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os Loriga
grupos etários, das quais se destacam, por
exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense,
fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os
Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em
1982, cujos serviços se desenvolvem numa área
com limites aproximados aos limites do antigo
concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da
Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a
Escola EB 123 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de
2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos
Bombeiros Voluntários, edifício concluído em
2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do


Concelho de Seia.

Índice Localização de Loriga em Portugal

Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O


◾ 1 População
◾ 2 Toponímia País Portugal
◾ 3 História Concelho Seia
◾ 3.1 Forais
Administração
◾ 3.2 História até ao final do séc.
XVIII - Tipo Junta de freguesia
◾ 3.3 História posterior ao séc. - Presidente António Maurício Moura Mendes
XVIII (PS)
◾ 4 Património de destaque Área
◾ 5 Praia fluvial - Total 36,52 km²
◾ 6 Festividades População (2011)
◾ 7 Gastronomia
- Total 1 053
◾ 8 Personagens
◾ 9 Acordos de geminação • Densidade 28,8 hab./km²
◾ 10 Ver também Gentílico: Loriguense ou Loricense
◾ 11 Ligações externas Código postal 6270
◾ 12 Fontes Orago Santa Maria Maior
◾ 13 Referências
Sítio www.freguesiadeloriga.com
(http://www.freguesiadeloriga.com)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 3 de 7

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas


População de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, sendo certo que os
romanos lhe puseram o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome
derivou Loriga, designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Pela antiguidade
e simbolismo do nome, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante", considerada
pelos especialistas em heráldica portuguesa como fundamental no brasão da vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136
(João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso
Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de
concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século
XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da
vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma
colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 4 de 7

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde
hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava
fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, a Rua de Viriato no
troço compreendido entre a antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, coincide exatamente com parte dessa antiga linha defensiva
da povoação. A antiga tradição e alguns antigos documentos
apontam Loriga como berço de Viriato, tendo inclusive havido um
Igreja Matriz de Loriga - vista projeto para um monumento que nunca chegou a concretizar-se. No
interior. local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele
santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real


e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho
II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira
de Loriga, e que se mantém, foi construída no local de um outro
antigo e pequeno templo visigótico também dedicado a Nossa
Senhora, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De
estilo românico, com três naves, traça exterior lembrando a Sé
Velha de Coimbra, e dimensões próximas das atuais, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das
paredes laterais e da torre. A paróquia de Loriga remonta aliás à
Fontanário em Loriga.
época visigótica e pertencia então à diocese de Egitânia, atual
Idanha a Velha.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial
e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca
de dois metros. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao
contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu
suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga
no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores,
Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de
Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses.
Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos,
o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira
Alta, com o aumento e desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante
durante as últimas duas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 5 de 7

que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal.


Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma
indústria de malhas que ainda resiste, e alguma agricultura e
pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra,


Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta
povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui
também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de
esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de
Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI
a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz
(século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,
reconstruído), o bairro de São Ginês (São Gens), a Rua de Viriato e
a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século


XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais
os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.
Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A
sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua
recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área,
no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, que nunca existiu, deixaram arruinar a capela
que lhe era dedicada e finalmente reconstruíram-na mas mudaram-lhe o orago para Nossa Senhora
do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a
bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4]
Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 6 de 7

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada


entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7
categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de
Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa
(com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que
evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São Sebastião
(no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e
procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a
Praia fluvial de Loriga, festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da
conhecida também como Chão Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
da Ribeira onde existe o Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª.
chamado "Poço do Zé Lages". Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão
branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela
comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do
Milho.

Personagens
◾ Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
◾ Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
◾ Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade,
de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
◾ Geografia romana em Portugal

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 7 de 7

Ligações externas
◾ Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
◾ Analor (http://www.analor.org)
◾ Portal Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com)
◾ 7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-
de-loriga)
◾ ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
◾ Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

◾ Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


◾ Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
(http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
◾ Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
◾ Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
◾ Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
◾ Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
◾ de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
◾ Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo
quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado
em Outubro de 2012 Verifique data em: |access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) -
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul,
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de
2014 Verifique data em: |access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-
seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de
2012 Verifique data em: |access-date= (ajuda)

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga
Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do
concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52
km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade
populacional de 37,51 hab/km².

Loriga encontra-se a 20 km da actual sede de


concelho, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A
vila tem acesso directo à Torre pela
N338,concluída em 2006, percurso de 9.2 km de
paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m
(Portela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa
Loriga - Vista do miradouro
Comprida.
Gentílico Loricense ou loriguense
O gentílico Loricense deriva do seu nome mais Concelho Seia
antigo,Lorica,nome esse que foi dado pelos Área 36,52 km²
romanos logo após a conquista da região. População 1 367 hab. (2005)
Densidade 37,51 hab./km²
A àrea urbana de Loriga está situada entre os 770m
e os 900m de altitude, rodeada por montanhas, das Orago Santa Maria Maior
quais se destacam a Penha dos Abutres e a Penha Código postal 6270
do Gato, é conhecida como "a Suíça portuguesa" Endereço da
Junta de Freguesia de
devido à sua extraordinária paisagem e localização Junta de
Loriga
geográfica. É atravessada por dois cursos de água: a Freguesia
Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento. Acesso pelas estradas nacionais 231 e 338.
Freguesias de Portugal
Está dotada de uma ampla gama de infrastrutras,
desde físicas a culturais, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo de Loriga,
fundado em 1934, a Banda de Música Filarmónica de Loriga, fundada em 1905, o corpo de
Bombeiros Voluntários de Loriga, criado em 1982, cujos serviços abrangem a àrea equivalente à
parte mais antiga do antigo concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas
obras sociais de relevo, e a Escola C+S Dr. Reis Leitão.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e
festas em honra de S. António (durante o mês de Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho),
com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a
festa dedicada à padroeira da diáspora loricense, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no
primeiro Domingo de Agosto.

Índice
1 Breve história
2 Rua da Oliveira
3 Bairro de São Ginês (S.Gens)
4 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia
5 Acordos de geminação
6 Ver também
7 Ligações externas

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
Página Web 2 de 5

8 Referências

Breve história
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da
vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma
colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu


protagonismo e dos seus habitantes nos Hermínios (actual Serra da
Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-
lhe o nome de Lorica (antiga couraça guerreira). Os Hermínios
eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os
romanos lhe deram o nome de Lorica, e deste nome derivou
Loriga (designação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo
Igreja Matriz de Loriga - vista significado. É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar.
interior É um nome muito antigo e de grande valor histórico para a vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza


paisagística é o principal atractivo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são
um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos loricenses ao longo de
muitas centenas de anos e que transformou um vale belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra
que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga, fazendo parte do património histórico
da vila e é demonstrativa do génio dos loricences.

Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e


a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o
Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São
Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua de
Viriato,nome do herói lusitano, que a tradição local e diversos
antigos documentos apontam como sendo natural desta
antiquíssima povoação. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade,
Ponte romana situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda
algumas das características urbanas da época medieval. A estrada
romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao
restante império, merecem destaque.

O Bairro de São Ginês é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se


a capela de Nossa Senhora do Carmo, construída no local de
uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo. Quando os romanos chegaram, a
povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde
hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.
No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
Página Web 3 de 5

Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D.


Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior
e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada
para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior
lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo
sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo Capela de Nª Srª do Carmo
arruinado também a residência paroquial e aberto algumas
fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara
Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês
de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao
contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade
serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa
qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século


XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da
Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu
suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em
que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Fontanário em Loriga
Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis
Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,
fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome
de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loricenses. Apesar de, por
exemplo, dos maus acessos que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica com dois mil anos,
o facto é que os loricenses transformaram Loriga numa vila industrial progressiva, o que confirma o
seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um inimigo político e administrativo, local e
nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das


consequências que os confrontos de uma guerra civil podem ter
no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a
categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo
recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de
Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso
Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514
( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa, teve o castigo de
deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida Largo do Pelourinho
por desejos expansionistas da localidade que beneficiou com o
facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um grave erro
político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que
não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a
região de Loriga (antigo concelho de Loriga).

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará
desertificada dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras
históricas do interior do país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
Página Web 4 de 5

Confirmaria também a óbvia existência de graves e sucessivos erros nas políticas de coesão,
administração e ordenamento do território. Para evitar tal situação, vergonhosa para o país, é
necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel: desenvolver a vila de Loriga,
pólo e centro da região.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loricense. A vila de
Loriga situa-se a vinte quilómetros da actual sede de concelho e algumas freguesias da sua região,
situam-se a uma distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de


Freguesias da Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de
esqui existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila.
A sua escadaria tem cerca de 100 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das
características urbanas medievais do centro histórico da vila de
Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)


O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga
cujas caracteristicas o tornam num dos bairros mais conhecidos
e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas
aqui. Curioso é o facto de este bairro do centro histórico da vila Rua da Oliveira
dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago
de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os loricenses mudaram o nome
do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já
esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Personagens de Loriga com artigos na Imagem:Busto do, Dr. Joaquim


A.Amorim da Fonseca -
Wikipédia Loriga.jpg
Busto do, Dr Joaquim A. Amorim
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca da Fonseca, Loriga

Joaquim Pina Moura

Acordos de geminação
Loriga celebrou acordo de geminação com:

A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
Página Web 5 de 5

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Loriga News
Site Loriga
Uma homepage de Loriga
Analor

Referências
Informação Municipal [1]

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"

Categorias: Freguesias de Portugal | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia Loriga


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Portugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado
pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão ou de
Loriga) e 1650 m, cerca de dois quilómetros acima da
Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça Vista geral de Loriga
Portuguesa"
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica.
Está situada a
cerca de
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar 770 m de
com o mesmo nome, semelhante a uma altitude, na
paisagem alpina. sua parte
urbana mais
baixa, rodeada
por montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m),
e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e
a Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R..
A Ribeira de Loriga, é um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca
a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e
é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal


desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente à
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
do antigo Concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª.
da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 Concelho Seia
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Administração
Setembro do mesmo ano.[1] - Tipo Junta de freguesia
- Presidente António Maurício Moura Mendes
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de (PS)
Seia. Área
- Total 36,52 km²
População (2011)
Í ndice - Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
1 População
2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loricense

3 História Código postal 6270


3.1 Forais Orago Santa Maria Maior, padroeira de
3.2 História até ao final do séc. XVIII Loriga
3.3 História posterior ao séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com
4 Património de destaque (http://www.freguesiadeloriga.com)
5 Praia fluvial Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
6 Festividades Portugal.
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População
População da fr eguesia de L or iga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana. Certo é que os romanos lhe puseram o
nome de Lorica, e deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos, e que tem o mesmo
significado.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje
existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com
muralhas e paliçada. Aliás o troço da Rua de Viriato entre as antigas sedes
do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte dessa linha
defensiva da antiga povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São
Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso,
em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
Igreja Matriz de Loriga - vista àquele santo e atualmente com o orago de Nossa Senhora do Carmo.
interior.
Loriga era uma paróquia visigótica
pertencente à diocese de Egitânia,
pertencendo no inicio da nacionalidade à Vigararia do Padroado Real e a
Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de Loriga, e que
se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo
visigótico também dedicado a Nossa Senhora, do qual foi aproveitada uma
pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada
para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando
a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela
restando apenas partes das paredes laterais.
Fontanário em Loriga.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado
também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da
Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito
afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos


principais pólos industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento
local da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas
décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto
que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às
inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a
economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação,
no comércio, restauração, alguma industria de malhas, agricultura e
Largo do Pelourinho.
pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,


Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês (São Gens), a Rua de Viriato, que a antiga tradição aponta como
sendo natural desta milenar povoação, e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.
Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens)
é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles,

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde
hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome
do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua ermida e depois reconstruiram-na com o orago de Nossa
Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, Festividades


conhecida também como "Poço
do Zé Lages". Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e
procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes
de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo
Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acor dos de geminação


Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

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Ver também
Geografia romana em Portugal

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes-links)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Nota: Este artigo é sobre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cineasta Ray Loriga, veja Ray Loriga.

Esta página ou secção cita fontes fiáveis e independentes, mas que não cobrem todo o conteúdo, o que compromete a
verificabilidade (desde fevereiro de 2014). Por favor, insira mais referências no texto. Material sem fontes poderá ser
removido.
—Encontre fontes: Google (notícias, livros e acadêmico)

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área,
1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.
Loriga
Portugal

— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Loriga

Localização de Loriga em Portugal

Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

País Portugal

Concelho Seia

Administração

- Tipo Junta de freguesia

- Presidente José Pinto, também conhecido por Zeca Maria (independente)

Área

- Total 36,52 km²

População (2011)

- Total 1 053

• Densidade 28,8 hab./km²

Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270

Orago Santa Maria Maior

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-projetado há décadas e pré-existente,
com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
glaciar com o mesmo nome, semelhante a
uma paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua paisagem e extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca de
770 m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de
altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se
unem depois da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada
em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo
ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

População

População da freguesia de Loriga [2]

1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011

1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da Variação da
População 1864 / População 1864 /
2011 2011

Toponímia

Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios
(actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para
couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo
significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do gentilico loricense e da principal peça do brasão da
vila.

História

Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras
de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D.
Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de
concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo
plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais
de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem
como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta
forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Igreja Matriz de Loriga,


dedicada à padroeira da vila -
vista interior.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área
onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da Rua de
Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva da antiga
povoação castreja. No local do actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em
cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga, um dos


três construídos pela
comunidade loriguense de
Manaus.

Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia e depois à Vigararia do Padroado Real e
a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira
de Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela
restando apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas
robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal
esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada),
não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas
da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX. Tempos houve em que só
a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores,
Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica
história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil
anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.
Largo do Pelourinho.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que
afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial.
Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, malhas,
alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta
povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede
em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal
estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque

Rua da Oliveira, na àrea mais


antiga do centro histórico

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século
VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,
reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá
características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro do
centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o
nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma
ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois reconstruíram-na com outro orago
(Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é
também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial de Loriga, no local


conhecido há séculos por Chão
da Ribeira.
Praia fluvial

Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho
de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de
2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7
categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que
evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades
religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro
Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de
milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o
carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia
única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens

Busto do, Dr Joaquim A.


Amorim da Fonseca,
Loriga.

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.

Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão

A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos
como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre
um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi erradamente e
teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a
heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um brasão
que foi chumbado pelas referidas autoridades competentes (Comissão de Heráldica da AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação

Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga

Analor

Página sobre a vila de Loriga

7 Maravilhas - Praias de Portugal

ABAE

Geobserver

Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga

Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga

Página dos Bombeiros de Loriga

Página da Junta de Freguesia de Loriga

Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga

Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).

de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980

Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências

1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para data em: |acessodata= (ajuda)
novo quartel» . Consultado em Outubro de 2012 Verifique data
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com
em: |acessodata= (ajuda)
qualidade de ouro» . Consultado em Julho de 2012 Verifique
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da data em: |acessodata= (ajuda)
População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?
5. Website da Câmara Municipal de Seia em 2003.
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a
em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
Bandeira Azul, 2014» . Consultado em Junho de 2014 Verifique

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, localmente
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do nome atual, do gentilico
loricense e da principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. A propósito de Viriato, sublinha-se uma antiga tradição que aponta Loriga como berço deste herói
lusitano, tendo inclusive havido a intenção de erigir um monumento, projeto que não chegou a concretizar-se. No local do
actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
Igreja Matriz de Loriga,
Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia,
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. e no início da nacionalidade à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria
Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana Fontanário em Loriga, um
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. dos três construídos pela
comunidade loriguense de
Manaus.
História posterior ao séc. XVIII
Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A ponte romana ainda existente está
na Ribeira de Loriga e a ponte romana que ruiu na Ribeira de São Bento foi substituída no século XIX pela que ainda existe,
também construída em pedra.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro Rua da Oliveira, na àrea
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este mais antiga do centro
histórico
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (santo que nunca existiu), deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é
também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual e conhecido localmente por Calhorras), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De
entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida
ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única
é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente desde o século Busto do, Dr Joaquim A.
passado como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Amorim da Fonseca,
Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi Loriga.
erradamente e teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado
pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica
autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um outro brasão destinado a substituir o já referido
"brasão" ilegal que teimam em usar e que foi colocado neste artigo, mas também foi chumbado pelas referidas autoridades competentes (Comissão de Heráldica da
AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

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condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, localmente
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do nome atual, do gentilico
loricense e da principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. A propósito de Viriato, sublinha-se uma antiga tradição que aponta Loriga como berço deste herói
lusitano, tendo inclusive havido a intenção de erigir um monumento, projeto que não chegou a concretizar-se. No local do
actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
Igreja Matriz de Loriga,
Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia,
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. e no início da nacionalidade à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria
Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana Fontanário em Loriga, um
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. dos três construídos pela
comunidade loriguense de
Manaus.
História posterior ao séc. XVIII
Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A ponte romana ainda existente está
na Ribeira de Loriga e a ponte romana que ruiu na Ribeira de São Bento foi substituída no século XIX pela que ainda existe,
também construída em pedra.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro Rua da Oliveira, na àrea
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este mais antiga do centro
histórico
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (santo que nunca existiu), deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é
também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual e conhecido localmente por Calhorras), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De
entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida
ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única
é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente desde o século Busto do, Dr Joaquim A.
passado como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Amorim da Fonseca,
Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi Loriga.
erradamente e teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado
pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica
autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um outro brasão destinado a substituir o já referido
"brasão" ilegal que teimam em usar e que foi colocado neste artigo, mas também foi chumbado pelas referidas autoridades competentes (Comissão de Heráldica da
AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

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Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a
condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia L origa


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Por tugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado
pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão ou de
Loriga) e 1650 m, cerca de dois quilómetros acima da
Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça Vista geral de Loriga
Portuguesa"
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica.
Está situada a
cerca de
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar 770 m de
com o mesmo nome, semelhante a uma altitude, na
paisagem alpina. sua parte
urbana mais
baixa,
rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha
dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira
de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois
da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga, é um dos afluentes do
Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca
a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila
e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Localização de Loriga em Portugal


Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente à
do antigo Concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. País Portugal
da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Concelho Seia
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em - Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano.[1] - Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia. - Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
Í ndice • Densidade 28,8 hab./km²
Gentílico: Loriguense ou Loricense
1 População
2 Toponímia Código postal 6270
3 História Orago Santa Maria Maior, padroeira de
3.1 Forais Loriga
3.2 História até ao final do séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com
3.3 História posterior ao séc. XVIII (http://www.freguesiadeloriga.com)
4 Património de destaque Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
5 Praia fluvial Portugal.
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da fr eguesia de L or iga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

2 of 7 26-02-2017 19:42
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe
o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana. Certo é que os romanos lhe puseram o
nome de Lorica, e deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos, e que tem o mesmo
significado.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje
existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com
muralhas e paliçada. Aliás o troço da Rua de Viriato entre as antigas sedes
do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte dessa linha
defensiva da antiga povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São
Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso,
em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
Igreja Matriz de Loriga - vista àquele santo e atualmente com o orago de Nossa Senhora do Carmo.
interior.
Loriga era uma paróquia visigótica pertencente à diocese de Egitânia,
pertencendo no inicio da nacionalidade à Vigararia do Padroado Real e a

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de Loriga, e que
se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo
visigótico também dedicado a Nossa Senhora, do qual foi aproveitada uma
pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada
para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando
a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela
restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado


também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e
espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século Fontanário em Loriga.
XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os
estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não
chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte
da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos


principais pólos industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento
local da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas
décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto
que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às
inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a
economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação,
no comércio, restauração, alguma industria de malhas, agricultura e
Largo do Pelourinho.
pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,


Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês (São Gens), a Rua de Viriato,

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que a antiga tradição aponta como sendo natural desta milenar povoação, e
a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua


escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais.
O bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga
Rua da Oliveira
cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso
é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem
céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica
situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua ermida e depois
reconstruiram-na com o orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, Festividades


conhecida também como "Poço
do Zé Lages". Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e
procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos
emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No
segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz

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parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acor dos de geminação


Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes-links)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:


|access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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consulte as condições de uso.

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­
existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada os 770 m,
na sua parte
Vista panorâmica de Loriga e do vale urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os 1100
uma paisagem alpina. de altitude,
rodeada por
montanhas, das Loriga
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e
a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de
água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se
unem depois da E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dos
maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
antigo concelho de Loriga na sua fase maior, a Casa de País  Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de Concelho  Seia
relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram­se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em  ­ Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano.[1]  ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)

Índice  ­ Total 1 053


    • Densidade 28,8 hab./km²
1 População Gentílico: Loriguense ou Loricense
2 Toponímia Código postal 6270
3 História Orago Santa Maria Maior
3.1 Forais
3.2 História até ao final do séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com (htt
p://www.freguesiadeloriga.com)
3.3 História posterior ao séc. XVIII
4 Património de destaque Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
5 Praia fluvial de Portugal.
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Trata­se de uma caso raro em Portugal de um nome que se
mantém praticamente inalterado há mais de dois mil anos, por tudo isso, pelo grande significado e simbolismo
e pela heráldica histórica, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante" pelos especialistas em
heráldica portuguesa e a peça essencial e insubstituível no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância
de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência
para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.
A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como sendo natural desta
milenar povoação), no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da
Casa do Povo), corresponde ao traçado da antiga linha defensiva da povoação.
No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
Igreja Matriz da vila dedicada construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
a Santa Maria Maior,
padroeira de Loriga ­ vista A paróquia de Loriga foi criada pelos
interior. Visigodos e pertencia à antiga diocese da
Egitânia (atual Idanha a Velha), cuja sede foi
depois transferida para a Guarda,
pertencendo depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era
já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém, foi
construída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico, do qual
foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na
porta lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, embora sem a mesma monumentalidade, esta igreja foi destruída Um dos três monumentais
pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. fontanários construídos em
Loriga pela Comunidade
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Loriguense de Manaus, Brasil.
muitas residências, incluíndo a paroquial e aberto algumas fendas nas robustas
e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com com o grande
desenvolvimento da indústri têxtil , tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Interior, que entrou em declínio durante a últimas décadas
do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta
de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes
politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia
loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, alguma
indústria de malhas, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho, vendo­se
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
o edificio da antiga Câmara
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
Municipal entretanto adaptado
pertenceu ao município loriguense.
a residência particular.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a
Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a Ribeira de São
Bento ruiu no século XVI após uma grande cheia, tendo sido construída outra
também em pedra nos finais do século XIX), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais desta vila histórica. O bairro de São
Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da
vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local
onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram
arruinar a capela, reconstruiram­na depois com outro orago (Nossa Senhora do Carmo), e mudaram o nome do
santo para São Ginês, um santo que nunca existiu. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal
e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombei
ros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/ind
ex.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambie
nte/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=
(ajuda)

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­
existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
localização
geográfica. Está
situada a 770 m
de altitude, na
sua parte urbana
Vista panorâmica de Loriga e do vale mais baixa,
glaciar com o mesmo nome, semelhante a rodeada por
uma paisagem alpina. montanhas, das
quais se
destacam a Penha Loriga
dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da
E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dos maiores afluentes
do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem na área aproximadamente equivalente ao antigo
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das País  Portugal
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Concelho  Seia
Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­se as obras do
novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído Administração
em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de (PS)
Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053
    • Densidade 28,8 hab./km²
1 População
2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loricense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com (htt
p://www.freguesiadeloriga.com)
4 Património de destaque
5 Praia fluvial Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. A história, a heráldica antiga, as regras da herádica portuguesa
e a opinião das entidades legalmente e tecnicamente competentes, determinam que a Lorica/Loriga seja a peça
principal do brasão da vila. É um caso raro em Portugal de uma povoação cujo nome permanece praticamente
inalterado há mais de 2000 anos, e o gentilico Loricense deriva exatamente do antigo nome romano desta
milenar povoação.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição diz ter nascido nesta
milenar povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada. A Rua de
Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, coincide exatamente com parte dessa antiga linha defensiva da
povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já
algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Igreja Matriz , vista interior, Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo, a atual
dedicada a Santa Maria Maior capela de Nossa Senhora do Carmo.
por ser a padroeira de Loriga.
A paróquia de Loriga foi criada pelos visigodos e pertencia á antiga diocese da
Egitânia, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior
padroeira de Loriga e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo visigótico, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro,
e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé
Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes de cantaria e das
paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto
algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII.
Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer
auxílio.
História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX.
Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a
actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no
número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha,
Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis
Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o
nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais
Um dos monumentais
loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
fontanários construídos em
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
Loriga pela Comunidade
transformaram Loriga numa vila industrial.
Loriguense de Manaus, Brasil.
Porém, partir da segunda metade do século
XIX, tornou­se um dos principais pólos industriais da Beira Interior, com o
desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as
últimas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila,
facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido ás
inexistentes politicas de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense
baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio,
restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês,
a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a
Ribeira de São Bento ruiu no século XVI após uma grande tendo sido
substituída no século XIX pela existente atualmente), com as quais os
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do centro histórico da vila. O bairro
de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica
martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na
área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses
deixaram arruinar a capela, mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que nunca existiu) e mudaram
o orago para Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais
antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido há séculos por
Chão da Ribeira onde está o Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes­links)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombei
ros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/ind
ex.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambie
nte/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=
(ajuda)

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­
existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
localização
geográfica. Está
situada a 770 m
de altitude, na
sua parte urbana
Vista panorâmica de Loriga e do vale mais baixa,
glaciar com o mesmo nome, semelhante a rodeada por
uma paisagem alpina. montanhas, das
quais se
destacam a Penha Loriga
dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da
E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dos maiores afluentes
do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem na área aproximadamente equivalente ao antigo
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das País  Portugal
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Concelho  Seia
Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­se as obras do
novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído Administração
em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de (PS)
Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loricense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com (htt
4 Património de destaque p://www.freguesiadeloriga.com)
5 Praia fluvial Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
6 Festividades de Portugal.
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População
População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. A história, a heráldica antiga, as regras da herádica portuguesa
e a opinião das entidades legalmente e tecnicamente competentes, determinam que a Lorica/Loriga seja a peça
principal do brasão da vila. É um caso raro em Portugal de uma povoação cujo nome permanece praticamente
inalterado há mais de 2000 anos, e o gentilico Loricense deriva exatamente do antigo nome romano desta
milenar povoação.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição diz ter nascido nesta
milenar povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada. A Rua de
Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, coincide exatamente com parte dessa antiga linha defensiva da
povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já
algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Igreja Matriz , vista interior, Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo, a atual
dedicada a Santa Maria Maior capela de Nossa Senhora do Carmo.
por ser a padroeira de Loriga.
A paróquia de Loriga foi criada pelos visigodos e pertencia á antiga diocese da
Egitânia, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior
padroeira de Loriga e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo visigótico, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro,
e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé
Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes de cantaria e das
paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto
algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII.
Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer
auxílio.
História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX.
Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a
actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no
número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha,
Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis
Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o
nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais
Um dos monumentais
loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
fontanários construídos em
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
Loriga pela Comunidade
transformaram Loriga numa vila industrial.
Loriguense de Manaus, Brasil.
Porém, partir da segunda metade do século
XIX, tornou­se um dos principais pólos industriais da Beira Interior, com o
desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as
últimas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila,
facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido ás
inexistentes politicas de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense
baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio,
restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês,
a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a
Ribeira de São Bento ruiu no século XVI após uma grande tendo sido
substituída no século XIX pela existente atualmente), com as quais os
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do centro histórico da vila. O bairro
de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica
martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na
área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses
deixaram arruinar a capela, mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que nunca existiu) e mudaram
o orago para Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais
antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido há séculos por
Chão da Ribeira onde está o Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes­links)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombei
ros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/ind
ex.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambie
nte/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=
(ajuda)

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­
existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
localização
geográfica. Está
situada a 770 m
de altitude, na
sua parte urbana
Vista panorâmica de Loriga e do vale mais baixa,
glaciar com o mesmo nome, semelhante a rodeada por
uma paisagem alpina. montanhas, das
quais se
destacam a Penha Loriga
dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da
E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dos maiores afluentes
do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem na área aproximadamente equivalente ao antigo
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das País  Portugal
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Concelho  Seia
Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­se as obras do
novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído Administração
em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de (PS)
Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053
    • Densidade 28,8 hab./km²
1 População
2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loricense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com (htt
p://www.freguesiadeloriga.com)
4 Património de destaque
5 Praia fluvial Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. A história, a heráldica antiga, as regras da herádica portuguesa
e a opinião das entidades legalmente e tecnicamente competentes, determinam que a Lorica/Loriga seja a peça
principal do brasão da vila. É um caso raro em Portugal de uma povoação cujo nome permanece praticamente
inalterado há mais de 2000 anos, e o gentilico Loricense deriva exatamente do antigo nome romano desta
milenar povoação.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição diz ter nascido nesta
milenar povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada. A Rua de
Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, coincide exatamente com parte dessa antiga linha defensiva da
povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já
algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Igreja Matriz , vista interior, Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo, a atual
dedicada a Santa Maria Maior capela de Nossa Senhora do Carmo.
por ser a padroeira de Loriga.
A paróquia de Loriga foi criada pelos visigodos e pertencia á antiga diocese da
Egitânia, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior
padroeira de Loriga e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo visigótico, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro,
e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé
Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes de cantaria e das
paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto
algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII.
Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer
auxílio.
História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX.
Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a
actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no
número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha,
Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis
Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o
nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais
Um dos monumentais
loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
fontanários construídos em
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
Loriga pela Comunidade
transformaram Loriga numa vila industrial.
Loriguense de Manaus, Brasil.
Porém, partir da segunda metade do século
XIX, tornou­se um dos principais pólos industriais da Beira Interior, com o
desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as
últimas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila,
facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido ás
inexistentes politicas de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense
baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio,
restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês,
a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a
Ribeira de São Bento ruiu no século XVI após uma grande tendo sido
substituída no século XIX pela existente atualmente), com as quais os
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do centro histórico da vila. O bairro
de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica
martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na
área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses
deixaram arruinar a capela, mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que nunca existiu) e mudaram
o orago para Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais
antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido há séculos por
Chão da Ribeira onde está o Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes­links)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombei
ros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/ind
ex.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambie
nte/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=
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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­
existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
localização
geográfica. Está
situada a 770 m
de altitude, na
sua parte urbana
Vista panorâmica de Loriga e do vale mais baixa,
glaciar com o mesmo nome, semelhante a rodeada por
uma paisagem alpina. montanhas, das
quais se
destacam a Penha Loriga
dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da
E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dos maiores afluentes
do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem na área aproximadamente equivalente ao antigo
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das País  Portugal
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Concelho  Seia
Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­se as obras do
novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído Administração
em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de (PS)
Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loricense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com (htt
4 Património de destaque p://www.freguesiadeloriga.com)
5 Praia fluvial Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
6 Festividades de Portugal.
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População
População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. A história, a heráldica antiga, as regras da herádica portuguesa
e a opinião das entidades legalmente e tecnicamente competentes, determinam que a Lorica/Loriga seja a peça
principal do brasão da vila. É um caso raro em Portugal de uma povoação cujo nome permanece praticamente
inalterado há mais de 2000 anos, e o gentilico Loricense deriva exatamente do antigo nome romano desta
milenar povoação.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição diz ter nascido nesta
milenar povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada. A Rua de
Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, coincide exatamente com parte dessa antiga linha defensiva da
povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já
algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Igreja Matriz , vista interior, Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo, a atual
dedicada a Santa Maria Maior capela de Nossa Senhora do Carmo.
por ser a padroeira de Loriga.
A paróquia de Loriga foi criada pelos visigodos e pertencia á antiga diocese da
Egitânia, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior
padroeira de Loriga e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo visigótico, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro,
e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé
Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes de cantaria e das
paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto
algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII.
Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer
auxílio.
História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX.
Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a
actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no
número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha,
Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis
Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o
nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais
Um dos monumentais
loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
fontanários construídos em
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
Loriga pela Comunidade
transformaram Loriga numa vila industrial.
Loriguense de Manaus, Brasil.
Porém, partir da segunda metade do século
XIX, tornou­se um dos principais pólos industriais da Beira Interior, com o
desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as
últimas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila,
facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido ás
inexistentes politicas de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense
baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio,
restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês,
a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a
Ribeira de São Bento ruiu no século XVI após uma grande tendo sido
substituída no século XIX pela existente atualmente), com as quais os
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do centro histórico da vila. O bairro
de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica
martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na
área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses
deixaram arruinar a capela, mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que nunca existiu) e mudaram
o orago para Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais
antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido há séculos por
Chão da Ribeira onde está o Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes­links)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombei
ros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/ind
ex.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambie
nte/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=
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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Loriga
Portugal
Tem 36,52 km² de área, 1 053 habitantes (2011) e
densidade populacional de 28,8 hab/km². Tem uma — Freguesia —
povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e
pela EN338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado e um projecto pré-existentes há mais de 40
anos, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960m (Portela do Arão ou
Portela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida. Vista geral de Loriga

É
conhecida
como a
"Suíça

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar


com o mesmo nome, semelhante a uma
paisagem alpina.

Portuguesa" devido à sua extraordinária localização


geográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude,
na sua parte urbana mais baixa, rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato
(1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a
Ribeira de Loriga e Ribeira de S.Bento, que desagua
na primeira depois da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é
um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um


dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída Localização de Loriga em Portugal
ao longo de muitas centenas de anos e que 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma
obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte País Portugal
do património histórico da vila e é demonstrativa do Concelho Seia
génio dos seus habitantes.

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Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas - Tipo Junta de freguesia


físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
Área
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo
Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade - Total 36,52 km²
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, População (2011)
os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, - Total 1 053
cujos serviços se desenvolvem na àrea
- Densidade 28,8/km2
aproximadamente equivalente ao antigo concelho de
Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das Gentílico: Loriguense ou Loricense

últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica 1,2,3 Código 6270


Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as postal
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, Orago Santa Maria Maior
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro Correio jfloriga@sapo.pt
do mesmo ano.1 electrónico
Sítio Freguesiadeloriga.com
(http://www.freguesiadeloriga.com)
Índice Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
Portugal.

1 Toponímia
2 História
2.1 Forais
2.2 História até ao final do séc. XVIII
2.3 História posterior ao séc. XVIII
3 Património de destaque
4 Praia fluvial
5 Festividades
6 Gastronomia
7 Personagens
8 Acordos de geminação
9 Ver também
10 Ligações externas
11 Fontes
12 Referências

Toponímia
Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação
iniciada pelos Visigodos, e que tem o mesmo significado.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques),
1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas ou Miguelistas contra
os Liberais na guerra civil portuguesa e esse facto contribuíu para que lhe fosse retirada a sede de município.
Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo

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durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância. Uma antiga
tradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como terra natal de Viriato, sendo que a rua
principal da àrea mais antiga do centro histórico da vila tem há séculos o nome deste heroi lusitano. Chegou
a haver um projecto e uma subscrição para erigir uma estátua e que não chegou a concretizar-se. O
documento mais curioso que refere Loriga como berço de Viriato é o livro manuscrito História da Lusitânia,
datado de 1580 e da autoria do Bispo-Mor do Reino.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos.


O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a
Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e
paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada a S. Gens, cujo
nome foi alterado pelos habitantes.

Igreja Matriz de Loriga - vista Loriga era uma paróquia pertencente à


interior. Vigararia do Padroado Real e a Igreja
Matriz foi mandada construir em 1233
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo
orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé
Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela
restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado Fontanário em Loriga.
também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e
espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, embora os investimentos
industriais se tenham intensificado a partir de meados do mesmo século. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica
história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o
mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha
estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila
industrial.

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Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornou-se


um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento
da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante as
últimas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da
Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal
devido a sucessivas políticas erradas. Actualmente a economia loriguense
basea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio,
restauração, alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), a capela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida
visigótica de S. Gens, no bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S.
Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais
de Loriga. O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam
num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de
origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos
séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2012, esta praia foi uma das 275 praias nacionais galardoadas com a
bandeira azul2 ; em Junho recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.3 Ambas as
bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70
pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na
categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos
nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de

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Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de


Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais
alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos
emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no
primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em
honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira
Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a
feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual),
o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
Praia fluvial de Loriga, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro.
conhecida também como Chão Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar
da Ribeira e perto do "Poço do a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o
Zé Lages". carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em
grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da
gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do
Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico
Joaquim Pina Moura, economista e político
Jorge Garcia, ciclista

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

História concisa de Loriga por António Conde (http://www.lorica.no.sapo.pt)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. ↑ Diário "As Beiras" online. Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Página visitada em Outubro de 2012.
2. ↑ ABAE. Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2012 (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Página visitada em Julho de 2012.
3. ↑ Site da Câmara Municipal de Seia. Praia de Loriga com qualidade de ouro (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Página visitada em Julho de 2012.

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale altitude, na sua
glaciar com o mesmo nome, semelhante a parte urbana mais
uma paisagem alpina. baixa, e os cerca
de 1100 m,
rodeada por Loriga
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R. A
Ribeira de Loriga, é um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loricense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente do motivo, certo é que os romanos puseram
o nome de Lorica a esta antiga povoação lusitana, e a antiguidade significado histórico do nome justifica a
Lorica/Loriga no brasão da vila e o gentílico loricense (seria assim ainda que o nome tivesse "apenas" 600 ou
700 anos de existência).

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como tendo
nascido nesta antiga povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada.
Aliás, a Rua de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL
e da Casa do Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa antiga
linha de defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São
Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em
Igreja Matriz de Santa Maria cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
Maior, Padroeira de Loriga àquele santo.
(por isso lhe foi dedicado este
templo) ­ vista interior. Loriga era uma paróquia com origem
visigótica pertencente à Vigararia do
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de
Santa Maria Maior (Padroeira de Loriga) e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e na qual foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três
naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Um dos monumentais
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes fontanários erigidos em Loriga
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do pela Comunidade Loriguense
de Manaos, Brasil.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes e ou erradas
politicas locais e nacionais de ordenamento do território. Actualmente a
economia loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga, uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens) é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na
Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje
está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram aruinar a capela
para depois a reconstruirem com o atual orago, e mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que
nunca existiu). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo esteve colocado neste artigo um "brasão" erradamente
Busto do, Dr Joaquim A.
apontado como oficial, que nunca foi, não é nem jamais poderá ser. Tal situação foi
Amorim da Fonseca,
recentemente corrigida e informa­se que a freguesia de Loriga não tem brasão
Loriga.
oficial apesar de as entidades oficiais concordarem com um brasão amplamente
divulgado (faltando a colaboração da autarquia local). Um dos motivos da
polémica é o facto de a Junta de Freguesia de Loriga usar formalmente há vários anos como símbolo da
freguesia o tal "brasão" que foi colocado neste artigo, e que é constotuído por um escudo partido, na primeira
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda
hidráulica.[5] Este "brasão" nunca foi nem nunca poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da
Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que
regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

História de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga |acessodata= (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade
em: |acessodata= (ajuda) ­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos data em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
https://www.ine.pt/xportal/xmain? hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale altitude, na sua
glaciar com o mesmo nome, semelhante a parte urbana mais
uma paisagem alpina. baixa, e os cerca
de 1100 m,
rodeada por Loriga
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R. A
Ribeira de Loriga, é um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loricense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente do motivo, certo é que os romanos puseram
o nome de Lorica a esta antiga povoação lusitana, e a antiguidade significado histórico do nome justifica a
Lorica/Loriga no brasão da vila e o gentílico loricense (seria assim ainda que o nome tivesse "apenas" 600 ou
700 anos de existência).

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como tendo
nascido nesta antiga povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada.
Aliás, a Rua de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL
e da Casa do Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa antiga
linha de defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São
Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em
Igreja Matriz de Santa Maria cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
Maior, Padroeira de Loriga àquele santo.
(por isso lhe foi dedicado este
templo) ­ vista interior. Loriga era uma paróquia com origem
visigótica pertencente à Vigararia do
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de
Santa Maria Maior (Padroeira de Loriga) e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e na qual foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três
naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Um dos monumentais
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes fontanários erigidos em Loriga
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do pela Comunidade Loriguense
de Manaos, Brasil.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes e ou erradas
politicas locais e nacionais de ordenamento do território. Actualmente a
economia loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga, uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens) é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na
Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje
está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram aruinar a capela
para depois a reconstruirem com o atual orago, e mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que
nunca existiu). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo esteve colocado neste artigo um "brasão" erradamente
Busto do, Dr Joaquim A.
apontado como oficial, que nunca foi, não é nem jamais poderá ser. Tal situação foi
Amorim da Fonseca,
recentemente corrigida e informa­se que a freguesia de Loriga não tem brasão
Loriga.
oficial apesar de as entidades oficiais concordarem com um brasão amplamente
divulgado (faltando a colaboração da autarquia local). Um dos motivos da
polémica é o facto de a Junta de Freguesia de Loriga usar formalmente há vários anos como símbolo da
freguesia o tal "brasão" que foi colocado neste artigo, e que é constotuído por um escudo partido, na primeira
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda
hidráulica.[5] Este "brasão" nunca foi nem nunca poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da
Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que
regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

História de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga |acessodata= (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade
em: |acessodata= (ajuda) ­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos data em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
https://www.ine.pt/xportal/xmain? hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).

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Loriga
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Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga


Loriga
Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O


País Portugal
Concelho Seia
- Tipo Junta de freguesia
Brasão de Loriga

Área
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
- Densidade 28,8/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270


Orago Santa Maria Maior
Correio electrónico jfloriga@sapo.pt
Sítio Freguesiadeloriga.com
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia,


distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 053 habitantes (2011) e densidade
populacional de 28,8 hab/km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia,


80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um projecto pré-existentes há mais
de 40 anos, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960m
(Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma
paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização


geográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana mais baixa,
rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude)
e a Penha
nha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e
a Ribeira de S.Bento, sendo que esta desagua na primeira depois da E.T.A.R.
E.T.A.R.. A Ribeira
de Loriga, um dos maiores afluentes do Rio Alva,, recebe também junto da vila as àguas
do chamado Ribeiro do Cortiçor.
Cortiçor

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris


libris de Loriga,
uma obra construída ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale
belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo
habitantes.
parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus ha

stá dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-


A vila está sócio-culturais, que
abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo
Desportivo Loriguense, fundado em 1934,, a Sociedade Recreativa e Musical
Loriguense, fundada em 1905,
1905 os Bombeiros Voluntários de Loriga,, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho
de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo,
e a Escola Básica 1,2,33 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram
iniciaram-se
se as obras do
novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
Setembro do mesmo ano.1

Índice
[esconder]

 1 Toponímia
 2 História
o 2.1 Forais
o 2.2 História até ao final do séc. XVIII
o 2.3 História posterior ao séc. XVIII
 3 Património de destaque
 4 Praia fluvial
 5 Festividades
 6 Gastronomia
 7 Personagens
 8 Acordos de geminação
 9 Ver também
 10 Ligações externas
 11 Fontes
 12 Referências

Toponímia[editar]
Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e
dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência
lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para
couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos
Visigodos, e que tem exatamente o mesmo significado. Ainda que não existissem
origens antigas e históricas a filologia diz-nos que a palavra Loriga deriva de Lorica, do
latim, facto suficiente para a existência do gentílico Loricense, para designar os naturais
da vila de Loriga. Pela antiguidade e importância histórica e filológica do nome, a
couraça é a peça principal do brasão da vila, considerada pelos especialistas como
imprescindível na heráldica de Loriga.

História[editar]
Forais[editar]

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais
em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514
(D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas ou Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e esse facto contribuíu para que lhe fosse retirada a sede de município.
Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação
territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII[editar]

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro
histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem
como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
Uma antiga tradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como terra
natal de Viriato, sendo que a rua principal da àrea mais antiga do centro histórico da vila
tem há séculos o nome deste heroi lusitano. Chegou a haver um projecto e uma
subscrição para erigir uma estátua e que não chegou a concretizar-se. O documento mais
curioso, embora não o mais antigo, que refere Loriga como berço de Viriato é o livro
manuscrito História da Lusitânia, datado de 1580 e da autoria do Bispo-Mor
Mor do Reino.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,


situava-se
mais antigo e principal, situava se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, a atual
tual Rua de
Viriato, na parte existente entre o centro
c de dia da ALATI e a antiga Casa do Povo,
coincide exatamente com parte do traçado da antiga muralha que defendia a povoação.
No local do actual Bairro de S.Ginês ( S.Gens ) existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais
tarde uma ermida dedicada a S. Gens, atual capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o
tempo oss loricenses mudaram o nome do santo para S.Ginês ( santo inexistente ) talvez
por ser mais fácil de pronunciar
pronunciar.

Fontanário em Loriga.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II.. Esta igreja, cujo orago era já o de
Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de um outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está
colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça
exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755,
dela restando apenas partes das paredes laterais e alguma alvenaria.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a
residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício
da Câmara Municipal construído no século XIII e que ainda existe, embora
particular.. Um emissário do
descaraterizado porque entretanto foi adaptado a residência particular
Marquês de Pombal estevee em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVII


XVIII[editar]

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX
XIX, embora os
investimentos industriais se tenham intensificado a partir de meados do mesmo século.
Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior
Interior, e a actual sede
suplantá-la quase em meados do século XX.. Tempos houve
de concelho só conseguiu suplantá
em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas,
tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,
fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga
tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado
destacado dos antigos indus
industriais
enses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de
loricenses.
Lorica,
a, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila
industrial.

Largo do Pelourinho.

Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornoutornou-se um dos
principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimas décadas do século passado
facto que afecta de maneira geral as regiões
o que está a levar à desertificação da Vila, facto
interiores de Portugal devido a sucessivas políticas erradas de coesão e administração do
território.. Actualmente a economia loriguense basea-se
basea se nas indústrias metalúrgica e de
panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A áreaa onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira
Beira,
Teixeira, Valezim, Vide,, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de


e Loriga.
Freguesias da Serra da Estrela, com sede em

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e


estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas dentro da área da freguesia de
Loriga.

destaque[editar]
Património de destaqu
Em termos de património histórico, destacam-se
destacam se a ponte e a estrada romanas ((século I
), uma sepultura antropomórfica (século
a.C.), ( VI a.C.)) chamada popularmente de "caixão
da moura", a Igreja Matriz (século
( XIII,, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), a capela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida visigótica de S.
Gens, no bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira que recorda as
características urbanas medievais.
medievais

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao
cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos
restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem
cerca de 80 degraus em granito,
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda
as características urbanas medievais de Loriga. O bairro de São Ginês é um
muitas das
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens
Gens, um santo de
origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano,
orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de
Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do
santo para S. Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial de Loriga, conhecida


conheci também como Chão da Ribeira.

Praia fluvial[editar
editar]
Como desde há alguns anos, em 2012, esta praia foi uma
uma das 275 praias nacionais
galardoadas com a bandeira azul2 ; em Junho recebeu a bandeira "Qualidade Ouro",
atribuido pela Quercus.3 Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.
Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do
finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
total de 70 pré-finalistas,
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades[editar
editar]
Ao longo do ano celebram--se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das
Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura
da Quaresma),), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião
(no último Domingongo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o
ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes
de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundoo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no
Fontão de Loriga.

editar]
Gastronomia[editar
daquela considerada típica da Beira Alta, onde se
A gastronomia loriguense faz parte daquela
salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas,
uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho,
queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOPDOP), a aguardente
de zimbro.. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a
Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce
feito com milho), a botelha
telha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade
Loriga. A importância da gastronomia única é
loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga.
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do
Xisto e do Milho.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga.

Personagens[editar
editar]
 Joaquim Augusto Amorim da Fonseca,
Fonseca médico
 Joaquim Pina Moura,
Moura economista e político

Acordos de geminação[editar]
geminaçã
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém
Sacavém, em 1
de Junho de 1996.

Ver também[editar
editar]
 Geografia romana em Portugal

Ligações externass[editar]

O Commons possui multimídias sobre Loriga

 Homepage sobre Loriga


 Analor
 Portal Vila de Loriga
 7 Maravilhas - Praias de Portugal
 ABAE
 Geobserver

Fontes[editar]
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

 História concisa de Loriga por António Conde


Cond
 Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
 Página dos Bombeiros de Loriga
 Página da Junta de Freguesia de Loriga
 Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
 Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
 de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
 Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do
Exército.

Referências
1. Ir para cima ↑ Diário "As Beiras" online. Bombeiros de Loriga mudam para
novo quartel.. Página visitada em Outubro de 2012.
2. Ir para cima ↑ ABAE. Locais Galardoados na Região do Centro com a
Bandeira Azul, 2012.
2012 Página visitada em Julho de 2012.
3. Ir para cima ↑ Site da Câmara Municipal de Seia. Praia de Loriga com
qualidade de ouro.. Página visitada em Julho de 2012.

[Esconder]
v•e

Freguesias de Seia
Alvoco da Serra • Cabeça • Carragosela • Folhadosa • Girabolhos •
Lajes • Lapa dos Dinheiros • Loriga • Paranhos da Beira • Pinhanços •
Sabugueiro • Sameice • Sandomil • Santa Comba • Santa Eulália • Santa
Marinha • Santiago • São Martinho • São Romão • Sazes da Beira • Seia
• Teixeira • Torrozelo • Tourais • Travancinha • Valezim • Várzea de
Me
Meruge • Vide • Vila Cova à Coelheira

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Este artigo é sobre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cineasta Ray
Loriga, veja Ray Loriga.

Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga


Loriga
Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O


País Portugal
Concelho Seia
- Tipo Junta de freguesia
Brasão de Loriga

Área
- Total 36,52 km²
População (2005)
- Total 1 367
- Densidade 37,51/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270


Orago Santa Maria Maior
Correio electrónico jfloriga@sapo.pt
Sítio Freguesiadeloriga.com
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia,


distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade
populacional de 37,51 hab/km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia,


80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um projecto pré-existentes há mais
de 40 anos, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960m
(Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650m, perto da Lagoa Comprida.
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma
paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária paisagem e


localização geográfica. Está situada entre os 770m de altitude, na sua parte urb
urbana mais
baixa, e os 1100m, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a
Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, sendo que esta desagua na primeira depois da
E.T.A.R... A Ribeira de Loriga,
Loriga um dos maiores afluentes do Rio Alva,, recebe também
junto da vila as àguas do chamado Ribeiro do Cortiçor.
Cortiçor

ex libris de Loriga,
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris
transformou um vale
uma obra construída ao longo de muitas centenas de anos e que transformou
belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo
parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

stá dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-


A vila está sóc -culturais, que
abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo
Desportivo Loriguense, fundado em 1934,, a Sociedade Recreativa e Musical
Loriguense, fundada em 1905,
1905 os Bombeiros Voluntários de Loriga,, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem
esenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho
de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo,
e a Escola Básica 1,2,3 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se
iniciaram se as obras do
ombeiros Voluntários, edifício que se prevê estar concluído em 20
novo Quartel dos Bombeiros 2008
e inaugurado noo mesmo ano.1

Índice
[esconder]

 1 Toponímia
 2 História
o 2.1 Forais
o 2.2 História até ao final do séc. XVIII
o 2.3 História posterior ao séc. XVIII
 3 Património de destaque
 4 Praia fluvial
 5 Festividades
 6 Gastronomia
 7 Personagens
 8 Acordos de geminação
 9 Ver também
 10 Ligações externas
 11 Fontes
 12 Referências

Toponímia[editar]
Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e
dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência
lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para
couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos
Visigodos, e que tem exatamente o mesmo significado. Ainda que não existissem
origens antigas e históricas a filologia diz-nos que a palavra Loriga deriva de Lorica, do
latim, facto suficiente para a existência do gentílico Loricense, para designar os naturais
da vila de Loriga. Pela antiguidade e importância histórica e filológica do nome, a
couraça é a peça principal do brasão da vila, considerada pelos especialistas em
heráldica portuguesa como imprescindível no brasão de Loriga.

História[editar]
Forais[editar]

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais
em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514
(D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas ou Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e esse facto contribuíu para que lhe fosse retirada a sede de município.
Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação
territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII[editar]

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro
histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem
como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
Uma antiga tradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como terra
natal de Viriato, sendo que a rua principal da àrea mais antiga do centro histórico da vila
tem há séculos o nome deste heroi lusitano. Chegou a haver um projecto e uma
subscrição para erigir uma estátua e que não chegou a concretizar-se. O documento mais
curioso,, embora não o mais antigo, que refere Loriga como berço de Viriato é o livro
manuscrito História da Lusitânia, datado de 1580 e da autoria
autor do Bispo-Mor
Mor do Reino.

Igreja Matriz dedicada a Santa Maria Maior,


Maior padroeira de Loriga - vista interior.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,


situava se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
mais antigo e principal, situava-se
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, a atual Rua de
Viriato, na parte existente entre o centro de dia da ALATI e a antiga Casa do Povo,
coincide exatamente com parte do traçado da antiga muralha que defendia a povoação.
No local do actual Bairro de S.Ginês ( S.Gens ) existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais
tarde uma ermida dedicada a S. Gens, atual capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o
tempo os loricenses mudaram o nomenome do santo para S.Ginês ( santo inexistente ) talvez
por ser mais fácil de pronunciar.
pronunciar

Um dos três monumentais fontanários


f erigidos em Loriga pela Colónia Loriguenses de
Manaus, Brasil.

Loriga era uma paróquia criada pelos visogodos, pertencente à antiga diocese da
Egitânia, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II.
Maior e que se mantém, foi construída no local de um outro antigoo e pequeno templo
visogótico,, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, na qual foi
adro. De
gravada a data da construção, e que está colocada na porta lateral virada para o adro
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
1755, dela restando apenas partes das paredes laterais
igreja foi destruída pelo sismo de 1755,
e alguma alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a


oquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício
residência paroquial
da Câmara Municipal construído no século XIII e que ainda existe, embora
descaraterizado porque entretanto foi adaptado a residência particular.
particular. Um emissário do
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquerer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII[editar]


XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIXXIX, embora os
investimentos industriais se tenham intensificado a partir de meados do mesmo século.
Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior
Interior, e a actual sede
de concelho só conseguiu suplantá-la
suplantá já quase em meados do século XX XX. Tempos houve
em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas,
tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,
fazem parte da rica históriaa industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga
tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado
destacado dos antigos industriais
loricenses.
enses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de
Lorica,
a, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa
progressiva vila industrial.

Largo do Pelourinho.

Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornoutornou-se um dos
principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos
lanifícios,
fícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que
está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões
interiores de Portugal devido às inexistentes políticas locais e nacionais de coesão e
administração do território.. Actualmente a economia loriguense basea-se
basea se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, alguma indústria de malhas, no comércio, restauração,
alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira
Beira,
Teixeira, Valezim, Vide,, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu
pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de


Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e
estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas dentro da área da freguesia de
Loriga.

Património de destaque[editar]
destaque
destacam se a ponte e a estrada romanas ((século I
Em termos de património histórico, destacam-se
), uma sepultura antropomórfica (século
a.C.), ( VI a.C.)) chamada popularmente de "caixão
da moura", a Igreja Matriz (século
( XIII,, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), a capela
pela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida visigótica de S.
Gens, atual capela
apela de Nossa Senhora do Carmo no bairro de São Ginês, a Rua de
Viriato e a Rua da Oliveira que recorda as características urbanas medievais desta vila.

A estrada romana
mana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande
cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao
cem destaque.
restante império, merecem

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem
cerca de 80 degraus em granito,
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda
muitas das características urbanas medievais de Loriga. O bairro de São Gin Ginês é um
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens
Gens, um santo de
origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano,
orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de
Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do
santo para S. Ginês,, deixaram arruinar a sua ermida e depois reconstruiram
reconstruiram-na com o
orago de Nossa Senhora do Carmo
Carmo.. Este núcleo da povoação, que já esteve sepa
separado do
principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial de Loriga, no local conhecido há séculos por Chão da Ribeira.


Festividades[editar
editar]
Ao longo do ano celebram--se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das
Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura
da Quaresma),), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião
(no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o
ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes
de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Doming
Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no
Fontão de Loriga.

Gastronomia[editar
editar]
A gastronomia loriguense
iguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se
salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas,
uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho,
queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOPDOP), a aguardente
de zimbro.. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a
Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce
feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade
loriguense no Brasil) e o Bolo Negro
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do
Xisto e do Milho.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga.

Personagens[editar
editar]
 Joaquim Augusto Amorim da Fonseca,
Fonseca médico
 Joaquim Pina Moura,
Moura economista e político

Acordos de geminação[editar]
geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém
Sacavém, em 1
de Junho de 1996.
Ver também[editar
editar]
 Geografia romana em Portugal

Ligações externas[editar]
externas

O Commons possui multimídias sobre Loriga

 Homepage sobre Loriga


 Analor
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 ABAE
 Geobserver

Fontes[editar]
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

 História concisa de Loriga por António Conde


 Bacia hidrográfica
rográfica da Ribeira de Loriga
 Página dos Bombeiros de Loriga
 Página da Junta de Freguesia de Loriga
 Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
 Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
 de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM,
CM, 1980
 Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do
Exército.

[Esconder]
v•e

Freguesias de Seia
Alvoco da Serra • Cabeça • Carragosela • Folhadosa • Girabolhos •
Lajes • Lapa dos Dinheiros • Loriga • Paranhos da Beira • Pinhanços •
Sabugueiro • Sameice • Sandomil • Santa Comba • Santa Eulália • Santa
Marinha • Santiago • São Martinho • São Romão • Sazes da Beira • Seia
• Teixeira • Torrozelo • Tourais • Travancinha • Valezim • Várzea de
Meruge • Vide • Vila Cova à Coelheira

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=37313081
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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­
existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada os 770 m,
na sua parte
Vista panorâmica de Loriga e do vale urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os 1100
uma paisagem alpina. de altitude,
rodeada por
montanhas, das Loriga
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e
a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de
água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se
unem depois da E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dos
maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
antigo concelho de Loriga na sua fase maior, a Casa de País  Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de Concelho  Seia
relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram­se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em  ­ Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano.[1]  ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
 ­ Total 1 053
Índice     • Densidade 28,8 hab./km²

1 População Gentílico: Loriguense ou Loricense

2 Toponímia Código postal 6270


3 História Orago Santa Maria Maior
3.1 Forais
Sítio www.freguesiadeloriga.com (htt
3.2 História até ao final do séc. XVIII p://www.freguesiadeloriga.com)
3.3 História posterior ao séc. XVIII
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
4 Património de destaque
de Portugal.
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Trata­se de uma caso raro em Portugal de um nome que se
mantém praticamente inalterado há mais de dois mil anos, por tudo isso, pelo grande significado e simbolismo
e pela heráldica histórica, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante" pelos especialistas em
heráldica portuguesa e a peça essencial e insubstituível no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância
de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência
para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.
A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como sendo natural desta
milenar povoação), no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da
Casa do Povo), corresponde ao traçado da antiga linha defensiva da povoação.
No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
Igreja Matriz da vila dedicada construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
a Santa Maria Maior,
padroeira de Loriga ­ vista A paróquia de Loriga foi criada pelos
interior. Visigodos e pertencia à antiga diocese da
Egitânia (atual Idanha a Velha), cuja sede foi
depois transferida para a Guarda,
pertencendo depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era
já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém, foi
construída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico, do qual
foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na
porta lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, embora sem a mesma monumentalidade, esta igreja foi destruída Um dos três monumentais
pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. fontanários construídos em
Loriga pela Comunidade
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Loriguense de Manaus, Brasil.
muitas residências, incluíndo a paroquial e aberto algumas fendas nas robustas
e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com com o grande
desenvolvimento da indústri têxtil , tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Interior, que entrou em declínio durante a últimas décadas
do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta
de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes
politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia
loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, alguma
indústria de malhas, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho, vendo­se
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
o edificio da antiga Câmara
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
Municipal entretanto adaptado
pertenceu ao município loriguense.
a residência particular.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a
Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a Ribeira de São
Bento ruiu no século XVI após uma grande cheia, tendo sido construída outra
também em pedra nos finais do século XIX), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais desta vila histórica. O bairro de São
Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da
vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local
onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram
arruinar a capela, reconstruiram­na depois com outro orago (Nossa Senhora do Carmo), e mudaram o nome do
santo para São Ginês, um santo que nunca existiu. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal
e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombei
ros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/ind
ex.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambie
nte/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=
(ajuda)

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­
existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada os 770 m,
na sua parte
Vista panorâmica de Loriga e do vale urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os 1100
uma paisagem alpina. de altitude,
rodeada por
montanhas, das Loriga
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e
a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de
água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se
unem depois da E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dos
maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
antigo concelho de Loriga na sua fase maior, a Casa de País  Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de Concelho  Seia
relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram­se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em  ­ Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano.[1]  ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
 ­ Total 1 053
Índice     • Densidade 28,8 hab./km²

1 População Gentílico: Loriguense ou Loricense

2 Toponímia Código postal 6270


3 História Orago Santa Maria Maior
3.1 Forais
Sítio www.freguesiadeloriga.com (htt
3.2 História até ao final do séc. XVIII p://www.freguesiadeloriga.com)
3.3 História posterior ao séc. XVIII
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
4 Património de destaque
de Portugal.
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Trata­se de uma caso raro em Portugal de um nome que se
mantém praticamente inalterado há mais de dois mil anos, por tudo isso, pelo grande significado e simbolismo
e pela heráldica histórica, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante" pelos especialistas em
heráldica portuguesa e a peça essencial e insubstituível no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância
de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência
para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.
A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como sendo natural desta
milenar povoação), no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da
Casa do Povo), corresponde ao traçado da antiga linha defensiva da povoação.
No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
Igreja Matriz da vila dedicada construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
a Santa Maria Maior,
padroeira de Loriga ­ vista A paróquia de Loriga foi criada pelos
interior. Visigodos e pertencia à antiga diocese da
Egitânia (atual Idanha a Velha), cuja sede foi
depois transferida para a Guarda,
pertencendo depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era
já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém, foi
construída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico, do qual
foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na
porta lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, embora sem a mesma monumentalidade, esta igreja foi destruída Um dos três monumentais
pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. fontanários construídos em
Loriga pela Comunidade
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Loriguense de Manaus, Brasil.
muitas residências, incluíndo a paroquial e aberto algumas fendas nas robustas
e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com com o grande
desenvolvimento da indústri têxtil , tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Interior, que entrou em declínio durante a últimas décadas
do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta
de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes
politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia
loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, alguma
indústria de malhas, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho, vendo­se
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
o edificio da antiga Câmara
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
Municipal entretanto adaptado
pertenceu ao município loriguense.
a residência particular.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a
Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a Ribeira de São
Bento ruiu no século XVI após uma grande cheia, tendo sido construída outra
também em pedra nos finais do século XIX), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais desta vila histórica. O bairro de São
Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da
vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local
onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram
arruinar a capela, reconstruiram­na depois com outro orago (Nossa Senhora do Carmo), e mudaram o nome do
santo para São Ginês, um santo que nunca existiu. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal
e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombei
ros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/ind
ex.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambie
nte/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=
(ajuda)

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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-1-

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Este artigo é sobre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cineasta Ray Loriga, veja
Ray Loriga.
Este artigo ou secção contém uma lista de fontes ou uma única fonte no fim do
texto, mas estas não são citadas no corpo do artigo. (desde setembro de 2010)
Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodapé citando as fontes,
inserindo-as no corpo do texto quando necessário.
Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga


-2-

Loriga
Localização de Loriga em Portugal
40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
País Portugal
Concelho Seia
Administração
- Tipo Junta de freguesia
Área
- Total 36,52 km2
População (2005)
- Total 1 367
- Densidade 37,4/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Correio electrónico jfloriga@sapo.pt
Sítio Freguesiadeloriga.com
-3-

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga (pron.IFA [lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda.
Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem uma
povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e


320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338, estrada concluída em 2006 com mais
de quarenta anos de atraso, seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960m (Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada
a cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga que recebe Ribeira de S.Bento, as quais se unem depois da
E.T.A.R. para formarem a um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
construída ao longo de centenas de anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma obra
que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do
génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestrutras físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os
grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934,
a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga,
criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo
concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola
Básica 23 Dr. Reis Leitão. Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o ano de 2011. Ficam a faltar obras essenciais, tais
como um pavilhão multiusos e um museu dos lanifícios.
-4-

Índice
• 1 História
• 2 Toponímia
• 3 Festividades
• 4 Gastronomia
• 5 Personagens
• 6 Acordos de geminação
• 7 Ver também
• 8 Ligações externas
• 9 Fontes

[editar] História

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior.

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga
(derivação iniciada pelos Visigodos), que tem o mesmo significado.

Ponte romana.

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz
(século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens)
com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua de Viriato em memória do heroi lusitano que a
tradição local aponta como tendo nascido aqui. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na
área mais antiga do centro histórico da vila, recorda algumas das características urbanas da época
medieval.
-5-

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira
de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem
destaque.

Capela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida de S. Gens.

O Bairro de São Ginês ( S. Gens ) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa
Senhora do Carmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele
santo.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e
principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava
fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida
dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se
mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo
de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao
contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
-6-

Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem
parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto
Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se
resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial.

Largo do Pelourinho.

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso
Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho
em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX,
curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira
Alta, com a implantação da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do
século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões
interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica e de
panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

[editar] Toponímia

Rua da Oliveira.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
-7-

medievais.

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos
bairros mais típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do
imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar, e finalmente
abandonaram o culto e mudaram o orago da sua ermida para Nossa Senhora do Carmo. Actualmente
essa ermida tem um aspecto mais moderno e exibe a data da sua última reconstrução factos que induzem
os visitantes em erro. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

[editar] Festividades

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas -
cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

[editar] Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco,
maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o
queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas
eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz
doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no
Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa
e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga.

[editar] Personagens
• Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico
• Joaquim Pina Moura, economista e político

[editar] Acordos de geminação

Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de
1996.

[editar] Ver também


-8-

• Geografia romana em Portugal

[editar] Ligações externas

O Commons possui multimídias sobre Loriga


• Homepage sobre Loriga
• Analor
• Portal Vila de Loriga

[editar] Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:


• História concisa de Loriga
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
• Página dos Bombeiros de Loriga
• Página da Junta de Freguesia de Loriga
• Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Freguesias de Seia

Alvoco da Serra • Cabeça • Carragosela • Folhadosa • Girabolhos • Lajes • Lapa dos Dinheiros •
Loriga • Paranhos da Beira • Pinhanços • Sabugueiro • Sameice • Sandomil • Santa Comba • Santa
Eulália • Santa Marinha • Santiago • São Martinho • São Romão • Sazes da Beira • Seia • Teixeira •
Torrozelo • Tourais • Travancinha • Valezim • Várzea de Meruge • Vide • Vila Cova à Coelheira
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"
Categorias: Freguesias de Seia | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal
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- 10 -


Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga (pron.IFA [lu' ig ]) é uma vila e freguesia L origa


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Por tugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado
pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela de Loriga ou do
Arão) e 1650 m, um pouco acima da Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
localização
geográfica.
Está situada a
cerca de
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar altitude, na
com o mesmo nome, semelhante a uma sua parte
paisagem alpina. urbana mais
baixa,
rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R.
para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e
é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

desenvolvem numa área com limites aproximados aos Localização de Loriga em Portugal
limites do antigo concelho de Loriga, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e
a Escola EB 123 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 País Portugal
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Concelho Seia
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
Administração
Setembro do mesmo ano.[1]
- Tipo Junta de freguesia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de - Presidente António Maurício Moura Mendes
Seia. (PS)
Área
- Total 36,52 km²
Í ndice População (2011)
- Total 1 053
1 População • Densidade 28,8 hab./km²
2 Toponímia
3 História Gentílico: Loriguense ou Loricense

3.1 Forais Código postal 6270


3.2 História até ao final do séc. XVIII Orago Santa Maria Maior
3.3 História posterior ao séc. XVIII
Sítio www.freguesiadeloriga.com
4 Património de destaque (http://www.freguesiadeloriga.com)
5 Praia fluvial
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
6 Festividades Portugal.
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da fr eguesia de L or iga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, sendo certo que os romanos lhe
puseram o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga,
designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Pela antiguidade e simbolismo do nome,
a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante", considerada pelos especialistas em heráldica
portuguesa como fundamental no brasão da vila.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje
existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com
muralhas e paliçada. Aliás, a Rua de Viriato no troço compreendido entre a
antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte
dessa antiga linha defensiva da povoação. A antiga tradição e alguns
antigos documentos apontam Loriga como berço de Viriato, tendo inclusive
havido um projeto para um monumento que nunca chegou a concretizar-se.
Igreja Matriz de Loriga - vista No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
interior. habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga, e
que se mantém, foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico também dedicado a
Nossa Senhora, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, e dimensões próximas das atuais, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas
partes das paredes laterais e da torre. A paróquia de Loriga remonta aliás à época visigótica e pertencia
então à diocese de Egitânia, atual Idanha a Velha.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca de dois

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

metros. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os


estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa
qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século


XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira
Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava
Fontanário em Loriga.
Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato,
Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,
Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva
vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou-se um dos principais


pólos industriais da Beira Alta, com o aumento e desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimas
duas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila,
facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal.
Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e
de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de malhas que
ainda resiste, e alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês (São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua


Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais.

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

O bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam
num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de
origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos
séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, que nunca existiu, deixaram arruinar a
capela que lhe era dedicada e finalmente reconstruíram-na mas mudaram-lhe o orago para Nossa Senhora do
Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é
anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, Festividades


conhecida também como Chão
da Ribeira onde existe o Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
chamado "Poço do Zé Lages". Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro
Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Acor dos de geminação


Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Busto do, Dr Joaquim A. Geografia romana em Portugal
Amorim da Fonseca, Loriga.

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Loriga
Portugal
Tem 36,52 km² de área, 1 053 habitantes (2011) e
densidade populacional de 28,8 hab/km². Tem uma — Freguesia —
povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e
pela EN338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado e um projecto pré-existentes há mais de 40
anos, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960m (Portela do Arão ou
Portela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida. Vista geral de Loriga

É
conhecida
como a
"Suíça

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar


com o mesmo nome, semelhante a uma
paisagem alpina.

Portuguesa" devido à sua extraordinária localização


geográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude,
na sua parte urbana mais baixa, rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato
(1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a
Ribeira de Loriga e Ribeira de S.Bento, que desagua
na primeira depois da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é
um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um


dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída Localização de Loriga em Portugal
ao longo de muitas centenas de anos e que 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma
obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte País Portugal
do património histórico da vila e é demonstrativa do Concelho Seia
génio dos seus habitantes.

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas - Tipo Junta de freguesia


físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
Área
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo
Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade - Total 36,52 km²
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, População (2011)
os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, - Total 1 053
cujos serviços se desenvolvem na àrea
- Densidade 28,8/km2
aproximadamente equivalente ao antigo concelho de
Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das Gentílico: Loriguense ou Loricense

últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica 1,2,3 Código 6270


Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as postal
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, Orago Santa Maria Maior
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro Correio jfloriga@sapo.pt
do mesmo ano.1 electrónico
Sítio Freguesiadeloriga.com
(http://www.freguesiadeloriga.com)
Índice Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
Portugal.

1 Toponímia
2 História
2.1 Forais
2.2 História até ao final do séc. XVIII
2.3 História posterior ao séc. XVIII
3 Património de destaque
4 Praia fluvial
5 Festividades
6 Gastronomia
7 Personagens
8 Acordos de geminação
9 Ver também
10 Ligações externas
11 Fontes
12 Referências

Toponímia
Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação
iniciada pelos Visigodos, e que tem o mesmo significado.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques),
1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas ou Miguelistas contra
os Liberais na guerra civil portuguesa e esse facto contribuíu para que lhe fosse retirada a sede de município.
Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância. Uma antiga
tradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como terra natal de Viriato, sendo que a rua
principal da àrea mais antiga do centro histórico da vila tem há séculos o nome deste heroi lusitano. Chegou
a haver um projecto e uma subscrição para erigir uma estátua e que não chegou a concretizar-se. O
documento mais curioso que refere Loriga como berço de Viriato é o livro manuscrito História da Lusitânia,
datado de 1580 e da autoria do Bispo-Mor do Reino.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos.


O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a
Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e
paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada a S. Gens, cujo
nome foi alterado pelos habitantes.

Igreja Matriz de Loriga - vista Loriga era uma paróquia pertencente à


interior. Vigararia do Padroado Real e a Igreja
Matriz foi mandada construir em 1233
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo
orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé
Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela
restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado Fontanário em Loriga.
também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e
espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, embora os investimentos
industriais se tenham intensificado a partir de meados do mesmo século. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica
história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o
mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha
estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila
industrial.

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Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornou-se


um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento
da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante as
últimas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da
Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal
devido a sucessivas políticas erradas. Actualmente a economia loriguense
basea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio,
restauração, alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), a capela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida
visigótica de S. Gens, no bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S.
Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais
de Loriga. O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam
num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de
origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos
séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2012, esta praia foi uma das 275 praias nacionais galardoadas com a
bandeira azul2 ; em Junho recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.3 Ambas as
bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70
pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na
categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos
nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de

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Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de


Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais
alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos
emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no
primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em
honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira
Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a
feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual),
o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
Praia fluvial de Loriga, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro.
conhecida também como Chão Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar
da Ribeira e perto do "Poço do a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o
Zé Lages". carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em
grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da
gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do
Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico
Joaquim Pina Moura, economista e político
Jorge Garcia, ciclista

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

História concisa de Loriga por António Conde (http://www.lorica.no.sapo.pt)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. ↑ Diário "As Beiras" online. Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Página visitada em Outubro de 2012.
2. ↑ ABAE. Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2012 (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Página visitada em Julho de 2012.
3. ↑ Site da Câmara Municipal de Seia. Praia de Loriga com qualidade de ouro (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Página visitada em Julho de 2012.

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2017Loriga
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Nota: Este artigo é sobre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cineasta Ray
Loriga, veja Ray Loriga.
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independentes,
mas que não cobrem todo o conteúdo (desde fevereiro de 2014).
Por favor, adicione mais referências inserindo-as as corretamente
no texto ou no rodapé. Material sem fontes poderá ser
removido.
—Encontre fontes: Google (notícias, livros e acadêmico)
Loriga
Portugal
— Freguesia —

Vista geral de Loriga


Loriga

Loriga

Localização de Loriga em Portugal

Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

País Portugal

Concelho Seia

Administração

- Tipo Junta de freguesia

- Presidente António Maurício Moura Mendes (PS)

Área

- Total 36,52 km²

População (2011)
- Total 1 053

• Densidade 28,8 hab./km²

Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270

Orago Santa Maria Maior, padroeira da vila

Sítio www.freguesiadeloriga.com

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia,


distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia,


80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um projeto pré-existentes, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela de Loriga
ou Portela do Arão) e 1650 m, acima da Lagoa Comprida.

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma
paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária paisagem e


localização geográfica. Está situada entre os 770 m de altitude, na sua parte urbana mais
baixa, e os 1100 m, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água:
a Ribeira de Loriga e Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R. . A Ribeira
de Loriga é um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e a sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga,
uma obra construída ao longo de centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do
património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que


abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo
Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical
Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao primitivo
concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais
de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e
inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
[esconder]

 1 População
 2 Toponímia
 3 História
o 3.1 Forais
o 3.2 História até ao final do séc. XVIII
o 3.3 História posterior ao séc. XVIII
 4 Património de destaque
 5 Praia fluvial
 6 Festividades
 7 Gastronomia
 8 Personagens
 9 Acordos de geminação
 10 Ver também
 11 Ligações externas
 12 Fontes
 13 Referências

População[editar | editar código-fonte]

População da freguesia de Loriga [2]

186 187 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201
4 8 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1

1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Evolução da População 1864 / 2011

Variação da População 1864 / 2011

Toponímia[editar | editar código-fonte]


Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e
dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência
lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para
couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos
Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo é certo que foram
os romanos lhe puseram o nome de Lorica, sendo um caso raro em Portugal de um
topónimo de uma localidade que se mantem praticamente inalterado há mais de 2000
anos. A Lorica/Loriga é a peça central e principal do brasão da vila, considerada como
insubstituível pelos especialistas em heráldica portuguesa.

História[editar | editar código-fonte]


Forais[editar | editar código-fonte]

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais
em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D.
Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa, e esse
facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano
de ordenamento territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo
plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII[editar | editar código-fonte]

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro
histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem
como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
Igreja Matriz de Loriga - vista interior.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,


mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. A Rua de Viriato (que a
antiga tradição aponta como tendo nascido em Loriga), no troço entre as antigas sedes
do Grupo Desportivo e da Casa do Povo, coincide com parte dessa antiga linha
defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (S.Gens) existiam já
algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Um dos três monumentais fontanários construídos em Loriga pela comunidade


loriguense de Manaus.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de
Santa Maria Maior padroeira de Loriga, e que se mantém, foi construída no local de
outro antigo e pequeno templo visigótico, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. Aliás, a
paróquia de Loriga foi criada na época visigótica, e pertencia então à diocese de
Egitânia (atual Idanha a Velha). De estilo românico, com três naves, e traça exterior
lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela
restando apenas partes de alvenaria e das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a


residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício
da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal
esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a
Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa
qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII[editar | editar código-fonte]


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a
ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em
que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais
como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,
Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte
da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome
de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar
dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil
anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Largo do Pelourinho, junto do antigo edifício da Câmara Municipal, entretanto adaptado


a residência particular.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento e expanção da indústria dos lanifícios,
que entrou em declínio durante as últimas década do século passado o que está a levar à
desertificação total da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de
Portugal devido às inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial. Desde
1989 até 2015 esta vila perdeu mais de metade da população, sendo portanto um caso
gravíssimo de desertificação. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas
indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de
malhas, agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,
Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de


Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e


estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da
área da freguesia de Loriga.

Património de destaque[editar | editar código-fonte]


Rua da Oliveira

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I


a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão
da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,
reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande
cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia,
ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem
cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda
muitas das características urbanas medievais da vila. O bairro de São Ginês (S.Gens) é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros
mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo
de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano,
orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de
Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do
santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois reconstruíram-na com
outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos
romanos.

Praia fluvial de Loriga, no local há muito conhecido por Chão da Ribeira, e onde está o
chamado "Poço do Zé Lages".
Praia fluvial[editar | editar código-fonte]
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais
galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade
Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho
de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do
total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades[editar | editar código-fonte]


Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das
Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura
da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São Sebastião
(no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o
ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes
de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no
Fontão de Loriga.

Gastronomia[editar | editar código-fonte]


A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se
salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas,
uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho,
queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente
de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a
Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce
feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade
loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do
Xisto e do Milho.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga.

Personagens[editar | editar código-fonte]


 Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
 Joaquim Pina Moura,
Moura (1952 — ), economista e político.
 Jorge Garcia,, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação[editar
geminaçã | editar código-fonte
fonte]
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual
actua cidade, de Sacavém
Sacavém, em 1
de Junho de 1996.

Ver também[editar
editar | editar código-fonte]
 Geografia
fia romana em Portugal

Ligações externass[editar | editar código-fonte


fonte]

O Commons possui imagens e outras mídias sobre Loriga

 Homepage sobre Loriga


 Analor
 Portal Vila de Loriga
 7 Maravilhas - Praias de Portugal
 ABAE
 Geobserver

Fontes[editar | editar código-fonte]


código
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

 Homepage de Loriga
 Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
 Página dos Bombeiros de Loriga
 Página da Junta de Freguesia de Loriga
 Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
 Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
 de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
 Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do
Exército.

Referências
1. Ir para cima ↑ Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para
novo quartel».. Consultado em Outubro de 2012
201 Verifique data em:
|acessodata= (ajuda
ajuda)
2. Ir para cima ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da
População) -
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. Ir para cima ↑ ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a
Bandeira Azul, 2014». Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|acessodata= (ajuda)
4. Ir para cima ↑ Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com
qualidade de ouro». Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|acessodata= (ajuda)

[Expandir]

v•e

Freguesias de Seia
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=48120599"
Categorias:

 Freguesias de Seia
 Antigos municípios de Portugal
 Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à
Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m, na sua
Vista panorâmica de Loriga e do vale parte urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os cerca
uma paisagem alpina. de 1100 m de
altitude, rodeada
por montanhas, Loriga
das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de
altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento,
que se unem depois da E.T.A.R. para formarem um dos
afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um belo vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Embora seja vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loriguense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo, certo é que os romanos lhe puseram
o nome de Lorica, origem do gentilico Loricense, sendo que toda a envolvente simbólica e histórica do nome
faz com que a Lorica/Loriga seja considerada, pelos especialistas em heráldica portuguesa, uma peça heráldica
"falante" fundamental no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenamento territorial levado a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição diz ter nascido nesta
povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da Rua
de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa linha defensiva da
antiga povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Igreja Matriz de Loriga, Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
dedicada a Santa Maria Maior
padroeira desta vila (por isso Loriga era uma paróquia, criada pelos
lhe foi dedicado o principal Visigodos na antiga Diocese de Egitânia,
templo) ­ vista interior. pertencente à Vigararia do Padroado Real e a
Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago
era já o de Santa Maria Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada
uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada
para o adro, onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com
três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.
Um dos monumentais
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também fontanários construídos em
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes Loriga pela Colónia
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Loriguense de Manaos, Brasil
.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la quase em meados
do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou­se um dos principais
pólos industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria
dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas de
coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia­se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de
malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês,
a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga (a outra ruiu no século
XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

Várias ruas da vila, e partes de outras tiveram origem na estrada romana,
como são os casos da Rua do Porto, da Rua do Vinhô, da Rua de Viriato, da Rua da Oliveira
Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral, da Avenida Augusto Luis Mendes
(Carreira) e da Rua do Teixeiro.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O
bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num
dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem
céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica
situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que nunca existiu), deixaram arruinar a capela
para finalmente a reconstruirem com o atual orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que
já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido há séculos por
Chão da Ribeira, onde está um Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
açude conhecido como "Poço Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
do Zé Lages". entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades
religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os
anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda,
no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo, e após o vandalismo sofrido por este artigo, foi colocado
Busto do, Dr Joaquim A.
aqui um "brasão" que nunca foi, não é nem jamais poderá ser legal nem oficial,
Amorim da Fonseca,
apesar de aqui ser apresentado como tal. Felizmente o erro foi recentemente
Loriga.
corrigido por um editor que honra esta enciclopédia, terminando assim uma
incompreensível cumplicidade da Wikipédia com uma flagrante ilegalidade criada por "editores"
irresponsáveis, marginais e nada isentos. A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de existir um
brasão amplamente divulgado, desenhado por um conhecido loriguense, que tem a aprovação das autoridades
legalmente competentes (faltando a colaboração da autarquia loriguense para fechar o processo). Um dos
principais motivos da polémica resulta do facto de Junta de Freguesia de Loriga teimar em usar formalmente há
vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda
uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este brasão nunca foi nem
jamais poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo
o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, porque viola
a lei e não é representativo de Loriga, pelo que não tem, nunca teve nem jamais poderá ter carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage da Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Extratos da obra de António Conde sobre a história de Loriga (http://lorigaportugal.wordpres.com/ficheir
os­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).
em: |acessodata= (ajuda) Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
data em: |acessodata= (ajuda) Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale altitude, na sua
glaciar com o mesmo nome, semelhante a parte urbana mais
uma paisagem alpina. baixa, e os cerca
de 1100 m,
rodeada por Loriga
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R. A
Ribeira de Loriga, é um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loricense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente do motivo, certo é que os romanos puseram
o nome de Lorica a esta antiga povoação lusitana, e a antiguidade significado histórico do nome justifica a
Lorica/Loriga no brasão da vila e o gentílico loricense (seria assim ainda que o nome tivesse "apenas" 600 ou
700 anos de existência).

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como tendo
nascido nesta antiga povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada.
Aliás, a Rua de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL
e da Casa do Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa antiga
linha de defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São
Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em
Igreja Matriz de Santa Maria cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
Maior, Padroeira de Loriga àquele santo.
(por isso lhe foi dedicado este
templo) ­ vista interior. Loriga era uma paróquia com origem
visigótica pertencente à Vigararia do
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de
Santa Maria Maior (Padroeira de Loriga) e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e na qual foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três
naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Um dos monumentais
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes fontanários erigidos em Loriga
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do pela Comunidade Loriguense
de Manaos, Brasil.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes e ou erradas
politicas locais e nacionais de ordenamento do território. Actualmente a
economia loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga, uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens) é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na
Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje
está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram aruinar a capela
para depois a reconstruirem com o atual orago, e mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que
nunca existiu). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo esteve colocado neste artigo um "brasão" erradamente
Busto do, Dr Joaquim A.
apontado como oficial, que nunca foi, não é nem jamais poderá ser. Tal situação foi
Amorim da Fonseca,
recentemente corrigida e informa­se que a freguesia de Loriga não tem brasão
Loriga.
oficial apesar de as entidades oficiais concordarem com um brasão amplamente
divulgado (faltando a colaboração da autarquia local). Um dos motivos da
polémica é o facto de a Junta de Freguesia de Loriga usar formalmente há vários anos como símbolo da
freguesia o tal "brasão" que foi colocado neste artigo, e que é constotuído por um escudo partido, na primeira
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda
hidráulica.[5] Este "brasão" nunca foi nem nunca poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da
Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que
regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

História de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga |acessodata= (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade
em: |acessodata= (ajuda) ­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos data em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
https://www.ine.pt/xportal/xmain? hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale altitude, na sua
glaciar com o mesmo nome, semelhante a parte urbana mais
uma paisagem alpina. baixa, e os cerca
de 1100 m,
rodeada por Loriga
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R. A
Ribeira de Loriga, é um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loricense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente do motivo, certo é que os romanos puseram
o nome de Lorica a esta antiga povoação lusitana, e a antiguidade significado histórico do nome justifica a
Lorica/Loriga no brasão da vila e o gentílico loricense (seria assim ainda que o nome tivesse "apenas" 600 ou
700 anos de existência).

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como tendo
nascido nesta antiga povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada.
Aliás, a Rua de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL
e da Casa do Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa antiga
linha de defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São
Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em
Igreja Matriz de Santa Maria cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
Maior, Padroeira de Loriga àquele santo.
(por isso lhe foi dedicado este
templo) ­ vista interior. Loriga era uma paróquia com origem
visigótica pertencente à Vigararia do
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de
Santa Maria Maior (Padroeira de Loriga) e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e na qual foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três
naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Um dos monumentais
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes fontanários erigidos em Loriga
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do pela Comunidade Loriguense
de Manaos, Brasil.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes e ou erradas
politicas locais e nacionais de ordenamento do território. Actualmente a
economia loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga, uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens) é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na
Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje
está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram aruinar a capela
para depois a reconstruirem com o atual orago, e mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que
nunca existiu). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo esteve colocado neste artigo um "brasão" erradamente
Busto do, Dr Joaquim A.
apontado como oficial, que nunca foi, não é nem jamais poderá ser. Tal situação foi
Amorim da Fonseca,
recentemente corrigida e informa­se que a freguesia de Loriga não tem brasão
Loriga.
oficial apesar de as entidades oficiais concordarem com um brasão amplamente
divulgado (faltando a colaboração da autarquia local). Um dos motivos da
polémica é o facto de a Junta de Freguesia de Loriga usar formalmente há vários anos como símbolo da
freguesia o tal "brasão" que foi colocado neste artigo, e que é constotuído por um escudo partido, na primeira
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda
hidráulica.[5] Este "brasão" nunca foi nem nunca poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da
Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que
regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

História de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga |acessodata= (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade
em: |acessodata= (ajuda) ­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos data em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
https://www.ine.pt/xportal/xmain? hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à
Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m, na sua
Vista panorâmica de Loriga e do vale parte urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os cerca
uma paisagem alpina. de 1100 m de
altitude, rodeada
por montanhas, Loriga
das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de
altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento,
que se unem depois da E.T.A.R. para formarem um dos
afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um belo vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Embora seja vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loriguense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo, certo é que os romanos lhe puseram
o nome de Lorica, origem do gentilico Loricense, sendo que toda a envolvente simbólica e histórica do nome
faz com que a Lorica/Loriga seja considerada, pelos especialistas em heráldica portuguesa, uma peça heráldica
"falante" fundamental no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenamento territorial levado a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição diz ter nascido nesta
povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da Rua
de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa linha defensiva da
antiga povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Igreja Matriz de Loriga, Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
dedicada a Santa Maria Maior
padroeira desta vila (por isso Loriga era uma paróquia, criada pelos
lhe foi dedicado o principal Visigodos na antiga Diocese de Egitânia,
templo) ­ vista interior. pertencente à Vigararia do Padroado Real e a
Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago
era já o de Santa Maria Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada
uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada
para o adro, onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com
três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.
Um dos monumentais
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também fontanários construídos em
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes Loriga pela Colónia
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Loriguense de Manaos, Brasil
.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la quase em meados
do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou­se um dos principais
pólos industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria
dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas de
coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia­se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de
malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês,
a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga (a outra ruiu no século
XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

Várias ruas da vila, e partes de outras tiveram origem na estrada romana,
como são os casos da Rua do Porto, da Rua do Vinhô, da Rua de Viriato, da Rua da Oliveira
Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral, da Avenida Augusto Luis Mendes
(Carreira) e da Rua do Teixeiro.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O
bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num
dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem
céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica
situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que nunca existiu), deixaram arruinar a capela
para finalmente a reconstruirem com o atual orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que
já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido há séculos por
Chão da Ribeira, onde está um Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
açude conhecido como "Poço Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
do Zé Lages". entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades
religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os
anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda,
no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo, e após o vandalismo sofrido por este artigo, foi colocado
Busto do, Dr Joaquim A.
aqui um "brasão" que nunca foi, não é nem jamais poderá ser legal nem oficial,
Amorim da Fonseca,
apesar de aqui ser apresentado como tal. Felizmente o erro foi recentemente
Loriga.
corrigido por um editor que honra esta enciclopédia, terminando assim uma
incompreensível cumplicidade da Wikipédia com uma flagrante ilegalidade criada por "editores"
irresponsáveis, marginais e nada isentos. A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de existir um
brasão amplamente divulgado, desenhado por um conhecido loriguense, que tem a aprovação das autoridades
legalmente competentes (faltando a colaboração da autarquia loriguense para fechar o processo). Um dos
principais motivos da polémica resulta do facto de Junta de Freguesia de Loriga teimar em usar formalmente há
vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda
uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este brasão nunca foi nem
jamais poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo
o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, porque viola
a lei e não é representativo de Loriga, pelo que não tem, nunca teve nem jamais poderá ter carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage da Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Extratos da obra de António Conde sobre a história de Loriga (http://lorigaportugal.wordpres.com/ficheir
os­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).
em: |acessodata= (ajuda) Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
data em: |acessodata= (ajuda) Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um traçado pré­existente, com
um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à
Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada entre os
770 m, na sua
Vista panorâmica de Loriga e do vale parte urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os cerca
uma paisagem alpina. de 1100 m de
altitude, rodeada
por montanhas, Loriga
das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de
altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento,
que se unem depois da E.T.A.R. para formarem um dos
afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um belo vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País  Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­ Concelho  Seia
se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do Administração
mesmo ano.[1]  ­ Tipo Junta de freguesia
 ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
Embora seja vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do (PS)
Concelho de Seia. Área
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
Índice  ­ Total 1 053

1 População     • Densidade 28,8 hab./km²


2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loriguense
3 História Código postal 6270
3.1 Forais
Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
de Portugal.
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Brasão
10 Acordos de geminação
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Fontes
14 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo, certo é que os romanos lhe puseram
o nome de Lorica, origem do gentilico Loricense, sendo que toda a envolvente simbólica e histórica do nome
faz com que a Lorica/Loriga seja considerada, pelos especialistas em heráldica portuguesa, uma peça heráldica
"falante" fundamental no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenamento territorial levado a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição diz ter nascido nesta
povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da Rua
de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, corresponde exatamente a parte do traçado dessa linha defensiva da
antiga povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Igreja Matriz de Loriga, Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
dedicada a Santa Maria Maior
padroeira desta vila (por isso Loriga era uma paróquia, criada pelos
lhe foi dedicado o principal Visigodos na antiga Diocese de Egitânia,
templo) ­ vista interior. pertencente à Vigararia do Padroado Real e a
Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago
era já o de Santa Maria Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada
uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada
para o adro, onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com
três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.
Um dos monumentais
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também fontanários construídos em
a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes Loriga pela Colónia
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Loriguense de Manaos, Brasil
.
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã
(outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la quase em meados
do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou­se um dos principais
pólos industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento da indústria
dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira
geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas de
coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia­se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de
malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês,
a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte sobre a Ribeira de Loriga (a outra ruiu no século
XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

Várias ruas da vila, e partes de outras tiveram origem na estrada romana,
como são os casos da Rua do Porto, da Rua do Vinhô, da Rua de Viriato, da Rua da Oliveira
Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral, da Avenida Augusto Luis Mendes
(Carreira) e da Rua do Teixeiro.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O
bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num
dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem
céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica
situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que nunca existiu), deixaram arruinar a capela
para finalmente a reconstruirem com o atual orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que
já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido há séculos por
Chão da Ribeira, onde está um Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
açude conhecido como "Poço Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
do Zé Lages". entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades
religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os
anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda,
no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
Durante muito tempo, e após o vandalismo sofrido por este artigo, foi colocado
Busto do, Dr Joaquim A.
aqui um "brasão" que nunca foi, não é nem jamais poderá ser legal nem oficial,
Amorim da Fonseca,
apesar de aqui ser apresentado como tal. Felizmente o erro foi recentemente
Loriga.
corrigido por um editor que honra esta enciclopédia, terminando assim uma
incompreensível cumplicidade da Wikipédia com uma flagrante ilegalidade criada por "editores"
irresponsáveis, marginais e nada isentos. A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de existir um
brasão amplamente divulgado, desenhado por um conhecido loriguense, que tem a aprovação das autoridades
legalmente competentes (faltando a colaboração da autarquia loriguense para fechar o processo). Um dos
principais motivos da polémica resulta do facto de Junta de Freguesia de Loriga teimar em usar formalmente há
vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda
uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este brasão nunca foi nem
jamais poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo
o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, porque viola
a lei e não é representativo de Loriga, pelo que não tem, nunca teve nem jamais poderá ter carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage da Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com/ligacoes­links)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Extratos da obra de António Conde sobre a história de Loriga (http://lorigaportugal.wordpres.com/ficheir
os­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro
12/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quarte com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).
em: |acessodata= (ajuda) Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) ­ 4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.
php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade t:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique 6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
data em: |acessodata= (ajuda) Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.arc
hive.org/web/20031223170552/http://www2.cm­seia.p

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga


Loriga

Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

País Portugal

Concelho Seia

- Tipo Junta de freguesia

Área

- Total 36,52 km²

População (2011)

- Total 1 053

- Densidade 28,8/km2

Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270


Orago Santa Maria Maior

Correio electrónico jfloriga@sapo.pt

Sítio Freguesiadeloriga.com

Brasão

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia,


distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 053 habitantes (2011) e densidade
populacional de 28,8 hab/km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia,


80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e projecto pré-existentes, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960m (Portela do Arão ou
de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma
paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização


geográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana mais baixa,
rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude)
e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e
Ribeira de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R. para formarem um dos afluentes
do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga,
uma obra construída ao longo de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do
património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que


abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo
Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical
Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo
concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo,
e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as obras do novo
Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
Setembro do mesmo ano.[1]

Índice
• 1 Toponímia
• 2 História
o 2.1 Forais
o 2.2 História até ao final do séc. XVIII
o 2.3 História posterior ao séc. XVIII
• 3 Património de destaque
• 4 Praia fluvial
• 5 Festividades
• 6 Gastronomia
• 7 Personagens
• 8 Acordos de geminação
• 9 Ver também
• 10 Ligações externas
• 11 Fontes
• 12 Referências

[editar] Toponímia
Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e
dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência
lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para
couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos
Visigodos, que tem o mesmo significado.

[editar] História
[editar] Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais
em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514
(D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa.
Esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do
plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o
mesmo plano que deu origem aos Distritos.

[editar] História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro
histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem
como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,


mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro
de S.Ginês ( S.Gens ) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
àquele santo.

Fontanário em Loriga.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de
Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno
templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada
na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior
lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela
restando apenas partes das paredes laterais e da torre.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a


residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício
da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal
esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a
Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa
qualquer auxílio.

[editar] História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a
ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em
que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais
como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,
Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte
da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome
de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar
dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil
anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Largo do Pelourinho.

Porém, partir da primeira metade do século XIX, como já foi mencionado, tornou-se um
dos principais pólos industriais da Beira Alta, com a implantação da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimas décadas do século passado
o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões
interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense basea-se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,
Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de


Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e
estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da
área da freguesia de Loriga.

[editar] Património de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I
a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão
da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato, heroi lusitano que a tradição
local diz ter nascido em Loriga, e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande
cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao
restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem
cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda
muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro do
centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da
vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem
céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de
uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa
Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo
para S. Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais
antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial de Loriga, conhecida também como "Poço do Zé Lages".

[editar] Praia fluvial


Como desde há alguns anos, em 2012, esta praia foi uma das 275 praias nacionais
galardoadas com a bandeira azul[2]; em Junho recebeu a bandeira "Qualidade Ouro",
atribuido pela Quercus.[3] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.
Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do
total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

[editar] Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das
Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura
da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião
(no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o
ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes
de Loriga, Nª. Srª. da Guia, (a padroeira da vila é Santa Maria Maior) que se realiza
todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa
em honra de Nª. Srª. da Ajuda, na aldeia de Fontão de Loriga.

[editar] Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se
salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas,
uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho,
queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente
de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a
Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce
feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade
loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do
Xisto e do Milho.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga.

[editar] Personagens
• Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico
• Joaquim Pina Moura, economista e político

[editar] Acordos de geminação


Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1
de Junho de 1996.
[editar] Ver também
• Geografia romana em Portugal

[editar] Ligações externas

O Commons possui multimídias sobre Loriga

• Homepage sobre Loriga


• Analor
• Portal Vila de Loriga
• 7 Maravilhas - Praias de Portugal
• ABAE
• Geobserver

[editar] Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

• Homepage de Loriga
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
• Página dos Bombeiros de Loriga
• Página da Junta de Freguesia de Loriga
• Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do
Exército.

Referências
1. ↑ Diário "As Beiras" online. Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel.
Página visitada em Outubro de 2012.
2. ↑ ABAE. Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2012.
Página visitada em Julho de 2012.
3. ↑ Site da Câmara Municipal de Seia. Praia de Loriga com qualidade de ouro.
Página visitada em Julho de 2012.

v•e

Freguesias de Seia
Alvoco da Serra • Cabeça • Carragosela • Folhadosa • Girabolhos •
Lajes • Lapa dos Dinheiros • Loriga • Paranhos da Beira • Pinhanços •
Sabugueiro • Sameice • Sandomil • Santa Comba • Santa Eulália • Santa
Marinha • Santiago • São Martinho • São Romão • Sazes da Beira • Seia
• Teixeira • Torrozelo • Tourais • Travancinha • Valezim • Várzea de
Meruge • Vide • Vila Cova à Coelheira
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=34862121"
Categorias:

• Freguesias de Seia
• Antigos municípios de Portugal
• Vilas de Portugal

Categorias ocultas:

• !Artigos que carecem de notas de rodapé desde Setembro de 2010


• !Infobox com geocoordenadas

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia Loriga


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Portugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado
pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela de Loriga ou do
Arão) e 1650 m, um pouco acima da Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
localização
geográfica.
Está situada a
cerca de
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar altitude, na
com o mesmo nome, semelhante a uma sua parte
paisagem alpina. urbana mais
baixa, rodeada
por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R.
para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

desenvolvem numa área com limites aproximados aos Localização de Loriga em Portugal
limites do antigo concelho de Loriga, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e
a Escola EB 123 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 País Portugal
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Concelho Seia
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
Administração
Setembro do mesmo ano.[1]
- Tipo Junta de freguesia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de - Presidente António Maurício Moura Mendes
Seia. (PS)
Área
- Total 36,52 km²
Í ndice População (2011)
- Total 1 053
1 População • Densidade 28,8 hab./km²
2 Toponímia
3 História Gentílico: Loriguense ou Loricense

3.1 Forais Código postal 6270


3.2 História até ao final do séc. XVIII Orago Santa Maria Maior
3.3 História posterior ao séc. XVIII
Sítio www.freguesiadeloriga.com
4 Património de destaque (http://www.freguesiadeloriga.com)
5 Praia fluvial
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
6 Festividades Portugal.
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da fr eguesia de L or iga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, sendo certo que os romanos lhe
puseram o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga,
designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Pela antiguidade e simbolismo do nome, a
Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante", considerada pelos especialistas em heráldica
portuguesa como fundamental no brasão da vila.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje
existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com
muralhas e paliçada. Aliás, a Rua de Viriato no troço compreendido entre a
antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte
dessa antiga linha defensiva da povoação. A antiga tradição e alguns
antigos documentos apontam Loriga como berço de Viriato, tendo inclusive
havido um projeto para um monumento que nunca chegou a concretizar-se.
Igreja Matriz de Loriga - vista No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
interior. habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga, e
que se mantém, foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico também dedicado a
Nossa Senhora, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, e dimensões próximas das atuais, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas
partes das paredes laterais e da torre. A paróquia de Loriga remonta aliás à época visigótica e pertencia
então à diocese de Egitânia, atual Idanha a Velha.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto
algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII
cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca de dois metros. Um

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos


mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade
serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer
auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX.
Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e
a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no
Fontanário em Loriga.
número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha,
Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis
Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de
Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila
industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou-se um dos principais


pólos industriais da Beira Alta, com o aumento e desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimas
duas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila,
facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal.
Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e
de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de malhas que
ainda resiste, e alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês (São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua


Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais.

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

O bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam
num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de
origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos
séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, que nunca existiu, deixaram arruinar a
capela que lhe era dedicada e finalmente reconstruíram-na mas mudaram-lhe o orago para Nossa Senhora do
Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é
anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, Festividades


conhecida também como Chão
da Ribeira onde existe o Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
chamado "Poço do Zé Lages". Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro
Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Acor dos de geminação


Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Busto do, Dr Joaquim A. Geografia romana em Portugal
Amorim da Fonseca, Loriga.

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

Esta página foi modificada pela última vez à(s) 11h51min de 4 de fevereiro de 2017.

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

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consulte as condições de uso.

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, também
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do gentilico loricense e da
principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. No local do actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia
e depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
Igreja Matriz de Loriga,
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Fontanário em Loriga, um
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana dos três construídos pela
comunidade loriguense de
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.
Manaus.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os
loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira, na àrea
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. mais antiga do centro
histórico
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como Busto do, Dr Joaquim A.
símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um Amorim da Fonseca,
engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi erradamente e Loriga.
teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa,
pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um brasão que foi chumbado pelas referidas autoridades competentes
(Comissão de Heráldica da AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

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condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
-1-

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Este artigo é sobre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cineasta Ray Loriga, veja
Ray Loriga.
Este artigo ou secção contém uma lista de fontes ou uma única fonte no fim do
texto, mas estas não são citadas no corpo do artigo. (desde setembro de 2010)
Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodapé citando as fontes,
inserindo-as no corpo do texto quando necessário.
Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Brasão da vila de Loriga


-2-

Loriga
Localização de Loriga em Portugal
40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
País Portugal
Concelho Seia
Administração
- Tipo Junta de freguesia
Área
- Total 36,52 km2
População (2005)
- Total 1 367
- Densidade 37,4/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Correio electrónico jfloriga@sapo.pt
Sítio Freguesiadeloriga.com
-3-

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga (pron.IFA [lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda.
Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem uma
povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e


320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338, estrada concluída em 2006 com mais
de quarenta anos de atraso, seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960m (Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada
a cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga que recebe Ribeira de S.Bento, as quais se unem depois da
E.T.A.R. para formarem a um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
construída ao longo de centenas de anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma obra
que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do
génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestrutras físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os
grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934,
a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga,
criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo
concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola
Básica 23 Dr. Reis Leitão. Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o ano de 2011. Ficam a faltar obras essenciais, tais
como um pavilhão multiusos e um museu dos lanifícios.
-4-

Índice
• 1 História
• 2 Toponímia
• 3 Festividades
• 4 Gastronomia
• 5 Personagens
• 6 Acordos de geminação
• 7 Ver também
• 8 Ligações externas
• 9 Fontes

[editar] História

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior.

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga
(derivação iniciada pelos Visigodos), que tem o mesmo significado.

Ponte romana.

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz
(século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens)
com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua de Viriato em memória do heroi lusitano que a
tradição local aponta como tendo nascido aqui. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na
área mais antiga do centro histórico da vila, recorda algumas das características urbanas da época
medieval.
-5-

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira
de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem
destaque.

Capela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida de S. Gens.

O Bairro de São Ginês ( S. Gens ) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa
Senhora do Carmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele
santo.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e
principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava
fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida
dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se
mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo
de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao
contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
-6-

Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem
parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto
Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se
resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial.

Largo do Pelourinho.

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso
Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho
em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX,
curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira
Alta, com a implantação da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do
século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões
interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica e de
panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

[editar] Toponímia

Rua da Oliveira.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
-7-

medievais.

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos
bairros mais típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do
imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar, e finalmente
abandonaram o culto e mudaram o orago da sua ermida para Nossa Senhora do Carmo. Actualmente
essa ermida tem um aspecto mais moderno e exibe a data da sua última reconstrução factos que induzem
os visitantes em erro. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

[editar] Festividades

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas -
cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

[editar] Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco,
maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o
queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas
eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz
doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no
Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa
e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga.

[editar] Personagens
• Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico
• Joaquim Pina Moura, economista e político

[editar] Acordos de geminação

Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de
1996.

[editar] Ver também


-8-

• Geografia romana em Portugal

[editar] Ligações externas

O Commons possui multimídias sobre Loriga


• Homepage sobre Loriga
• Analor
• Portal Vila de Loriga

[editar] Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:


• História concisa de Loriga
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
• Página dos Bombeiros de Loriga
• Página da Junta de Freguesia de Loriga
• Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Freguesias de Seia

Alvoco da Serra • Cabeça • Carragosela • Folhadosa • Girabolhos • Lajes • Lapa dos Dinheiros •
Loriga • Paranhos da Beira • Pinhanços • Sabugueiro • Sameice • Sandomil • Santa Comba • Santa
Eulália • Santa Marinha • Santiago • São Martinho • São Romão • Sazes da Beira • Seia • Teixeira •
Torrozelo • Tourais • Travancinha • Valezim • Várzea de Meruge • Vide • Vila Cova à Coelheira
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"
Categorias: Freguesias de Seia | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal
Categorias ocultas: !Artigos que carecem de notas de rodapé desde Setembro de 2010 | !Infobox com
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• Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição - Partilha nos Mesmos Termos 3.0
Não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a condições adicionais. Consulte as
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- 10 -


Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, também
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do gentilico loricense e da
principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. No local do actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia
e depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
Igreja Matriz de Loriga,
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Fontanário em Loriga, um
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana dos três construídos pela
comunidade loriguense de
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.
Manaus.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os
loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira, na àrea
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. mais antiga do centro
histórico
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como Busto do, Dr Joaquim A.
símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um Amorim da Fonseca,
engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi erradamente e Loriga.
teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa,
pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um brasão que foi chumbado pelas referidas autoridades competentes
(Comissão de Heráldica da AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 1 de 7

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia


Loriga
portuguesa do concelho de Seia, distrito da
Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1053 habitantes Portugal
(2011) e densidade populacional de — Freguesia —
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o
Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da
Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da


Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da
Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível
pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em
2006, seguindo um traçado pré-existente, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela de Loriga ou do
Arão) e 1650 m, um pouco acima da Lagoa
Comprida. Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante a
uma paisagem alpina.

conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à


sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte
urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m
de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é Loriga
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem
depois da E.T.A.R. para formarem um dos
maiores afluentes do Rio Alva.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 2 de 7

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são


um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
construída ao longo de centenas de anos e que
transformou um vale rochoso num vale fértil. É
uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas


físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os Loriga
grupos etários, das quais se destacam, por
exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense,
fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os
Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em
1982, cujos serviços se desenvolvem numa área
com limites aproximados aos limites do antigo
concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da
Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a
Escola EB 123 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de
2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos
Bombeiros Voluntários, edifício concluído em
2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do


Concelho de Seia.

Índice Localização de Loriga em Portugal

Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O


◾ 1 População
País Portugal
◾ 2 Toponímia
◾ 3 História Concelho Seia
◾ 3.1 Forais Administração
◾ 3.2 História até ao final do séc.
- Tipo Junta de freguesia
XVIII
◾ 3.3 História posterior ao séc. - Presidente António Maurício Moura Mendes
XVIII (PS)
◾ 4 Património de destaque Área
◾ 5 Praia fluvial - Total 36,52 km²
◾ 6 Festividades População (2011)
◾ 7 Gastronomia - Total 1 053
◾ 8 Personagens
• Densidade 28,8 hab./km²
◾ 9 Acordos de geminação
◾ 10 Ver também Gentílico: Loriguense ou Loricense

◾ 11 Ligações externas Código postal 6270


◾ 12 Fontes Orago Santa Maria Maior
◾ 13 Referências Sítio www.freguesiadeloriga.com
(http://www.freguesiadeloriga.com)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 3 de 7

População Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas


de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, sendo certo que os
romanos lhe puseram o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome
derivou Loriga, designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Pela antiguidade
e simbolismo do nome, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante", considerada
pelos especialistas em heráldica portuguesa como fundamental no brasão da vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136
(João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso
Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de
concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século
XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da
vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma
colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 4 de 7

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde
hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava
fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, a Rua de Viriato no
troço compreendido entre a antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, coincide exatamente com parte dessa antiga linha defensiva
da povoação. A antiga tradição e alguns antigos documentos
apontam Loriga como berço de Viriato, tendo inclusive havido um
Igreja Matriz de Loriga - vista projeto para um monumento que nunca chegou a concretizar-se. No
interior. local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele
santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real


e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho
II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira
de Loriga, e que se mantém, foi construída no local de um outro
antigo e pequeno templo visigótico também dedicado a Nossa
Senhora, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De
estilo românico, com três naves, traça exterior lembrando a Sé
Velha de Coimbra, e dimensões próximas das atuais, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das
paredes laterais e da torre. A paróquia de Loriga remonta aliás à
Fontanário em Loriga.
época visigótica e pertencia então à diocese de Egitânia, atual
Idanha a Velha.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial
e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca
de dois metros. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao
contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu
suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga
no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores,
Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de
Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses.
Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos,
o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira
Alta, com o aumento e desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante
durante as últimas duas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 5 de 7

que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal.


Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma
indústria de malhas que ainda resiste, e alguma agricultura e
pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra,


Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta
povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui
também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de
esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de
Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI
a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz
(século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,
reconstruído), o bairro de São Ginês (São Gens), a Rua de Viriato e
a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século


XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais
os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.
Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A
sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua
recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área,
no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, que nunca existiu, deixaram arruinar a capela
que lhe era dedicada e finalmente reconstruíram-na mas mudaram-lhe o orago para Nossa Senhora
do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a
bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4]
Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 6 de 7

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada


entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7
categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de
Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa
(com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que
evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São Sebastião
(no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e
procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a
Praia fluvial de Loriga, festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da
conhecida também como Chão Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
da Ribeira onde existe o Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª.
chamado "Poço do Z é Lages". Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão
branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela
comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do
Milho.

Personagens
◾ Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
◾ Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
◾ Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade,
de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
◾ Geografia romana em Portugal

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 7 de 7

Ligações externas
◾ Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
◾ Analor (http://www.analor.org)
◾ Portal Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com)
◾ 7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/# /finalistas/praia-fluvial-
de-loriga)
◾ ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
◾ Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

◾ Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


◾ Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
(http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_ coimbra3.htm)
◾ Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
◾ Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
◾ Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
◾ Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
◾ de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
◾ Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº 223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. « Bombeiros de Loriga mudam para novo
quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado
em Outubro de 2012 Verifique data em: |access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) -
https://www.ine.pt/xportal/xmain? xpid= INE&xpgid= ine_ publicacoes
3. ABAE. « Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul,
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php? p= awarded&s= list&u= 2). Consultado em Junho de
2014 Verifique data em: |access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. « Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-
seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de
2012 Verifique data em: |access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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◾ Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição -
Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada (CC BY -SA 3.0); pode estar sujeito a condições
adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga (pron.IFA [lo' ig ]) é uma vila e freguesia L origa


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Por tugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um
projeto pré-existentes, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela do
Arão) e 1650 m, dois quilómetros acima da Lagoa
Comprida.

É conhecida
como a "Suíça Vista geral de Loriga
Portuguesa"
devido à sua
extraordinária
localização
geográfica.
Está situada a
cerca de
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar altitude, na
com o mesmo nome, semelhante a uma sua parte
paisagem alpina. urbana mais
baixa,
rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e
Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. . A a Ribeira de Loriga é um dos afluentes do
Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca
a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila
e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Localização de Loriga em Portugal


Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
desenvolvem para nos limites aproximadamente
equivalentes ao do antigo municipio loriguense, a Casa de País Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de Concelho Seia
relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de
2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Administração
Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e - Tipo Junta de freguesia
inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1] - Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
Í ndice • Densidade 28,8 hab./km²

1 População Gentílico: Loricense ou Loriguense

2 Toponímia Código postal 6270


3 História Orago Santa Maria Maior
3.1 Forais
Sítio www.freguesiadeloriga.com
3.2 História até ao final do séc. XVIII (http://www.freguesiadeloriga.com)
3.3 História posterior ao séc. XVIII
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
4 Património de destaque Portugal.
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População
População da fr eguesia de L or iga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe
o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana. Certo é que os romanos lhe puseram o
nome de Lorica e deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos, e que tem o mesmo
significado. Pela antiguidade, pelo significado e pela história, os especialistas em heráldica portuguesa
consideram a Lorica/Loriga uma peça heráldica "falante", fundamental no brasão da vila, e que esse facto
seria aplicável ainda que o nome tivesse "apenas" sete ou oito séculos.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa, e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e
principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado
com muralhas e paliçada. Aliás, parte da Rua de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do
GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte dessa linha defensiva da antiga povoação. No local
do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo e cujo
orago atual é o de Nossa Senhora do Carmo.

Loriga era uma paróquia com origem visigótica, pertencente à diocese de Egitânia (atual Idanha a Velha) e
depois pertencente à Vigararia do Padroado Real, e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era


já o de Santa Maria Maior padroeira de
Loriga e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo
visigótico também dedicado a Nossa
Senhora, do qual foi aproveitada uma
pedra com inscrições visigóticas, que está
colocada na porta lateral virada para o
Igreja Matriz de Loriga - vista adro. De estilo românico, com três naves,
interior. e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo
Fontanário em Loriga.
sismo de 1755, dela restando apenas
partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII, cujas paredes do rés do chão, onde fucionava a cadeia, tinham uma espessura de cerca de dois
metros. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do
que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa
qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte
da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da


indústria têxtil, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta,
indústria dos lanifícios que entrou em declínio durante as últimas décadas
do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que
afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às
inexistentes politicas locaiis e nacionais de coesão territorial. Actualmente
a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de
panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque

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Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada


romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês (São Gens), a Rua de Viriato, heroi lusitano que uma antiga tradição
aponta com sendo loriguense, e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.
Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens)
é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles,
na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde
hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome
do santo para São Ginês (não existe nenhum santo com tal nome), deixaram arruinar a sua capela, e depois
reconstruiram-na com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, Festividades


conhecida também como "Poço
do Zé Lages". Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e
procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos
emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No
segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acor dos de geminação


Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia Loriga


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Portugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um
projeto pré-existentes, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela do
Arão) e 1650 m, dois quilómetros acima da Lagoa
Comprida.

É conhecida
como a "Suíça Vista geral de Loriga
Portuguesa"
devido à sua
extraordinária
localização
geográfica.
Está situada a
cerca de
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar altitude, na
com o mesmo nome, semelhante a uma sua parte
paisagem alpina. urbana mais
baixa, rodeada
por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e
Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. . A a Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca
a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e
é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e

1 of 7 23-02-2017 15:12
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Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Localização de Loriga em Portugal


Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
desenvolvem para nos limites aproximadamente
equivalentes ao do antigo municipio loriguense, a Casa de País Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de Concelho Seia
relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de
2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em - Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano.[1] - Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
Í ndice • Densidade 28,8 hab./km²

1 População Gentílico: Loricense ou Loriguense

2 Toponímia Código postal 6270


3 História Orago Santa Maria Maior
3.1 Forais
Sítio www.freguesiadeloriga.com
3.2 História até ao final do séc. XVIII (http://www.freguesiadeloriga.com)
3.3 História posterior ao séc. XVIII
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
4 Património de destaque Portugal.
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População
População da fr eguesia de L or iga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana. Certo é que os romanos lhe puseram o
nome de Lorica e deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos, e que tem o mesmo
significado. Pela antiguidade, pelo significado e pela história, os especialistas em heráldica portuguesa
consideram a Lorica/Loriga uma peça heráldica "falante", fundamental no brasão da vila, e que esse facto
seria aplicável ainda que o nome tivesse "apenas" sete ou oito séculos.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa, e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal,
situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com
muralhas e paliçada. Aliás, parte da Rua de Viriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e
da Casa do Povo, coincide exatamente com parte dessa linha defensiva da antiga povoação. No local do
actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso,
em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo e cujo orago atual é
o de Nossa Senhora do Carmo.

Loriga era uma paróquia com origem visigótica, pertencente à diocese de Egitânia (atual Idanha a Velha) e
depois pertencente à Vigararia do Padroado Real, e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já


o de Santa Maria Maior padroeira de
Loriga e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo
visigótico também dedicado a Nossa
Senhora, do qual foi aproveitada uma
pedra com inscrições visigóticas, que está
colocada na porta lateral virada para o
Igreja Matriz de Loriga - vista adro. De estilo românico, com três naves,
interior. e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo
Fontanário em Loriga.
sismo de 1755, dela restando apenas
partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto
algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII,
cujas paredes do rés do chão, onde fucionava a cadeia, tinham uma espessura de cerca de dois metros. Um
emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu
com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da


indústria têxtil, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta,
indústria dos lanifícios que entrou em declínio durante as últimas décadas
do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que
afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às
inexistentes politicas locaiis e nacionais de coesão territorial. Actualmente
a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de
panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque

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Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada


romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês (São Gens), a Rua de Viriato, heroi lusitano que uma antiga tradição
aponta com sendo loriguense, e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.
Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens)
é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles,
na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde
hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome
do santo para São Ginês (não existe nenhum santo com tal nome), deixaram arruinar a sua capela, e depois
reconstruiram-na com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, Festividades


conhecida também como "Poço
do Zé Lages". Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e
procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes
de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo
Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com

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tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acor dos de geminação


Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

L origa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia Lori ga


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Portugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado
pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão ou de
Loriga) e 1650 m, dois quilómetros acima da Lagoa
Comprida.

É conhecida
como a "Suíça Vista geral de Loriga
Portuguesa"
devido à sua
extraordinária
localização
geográfica.
Está situada a
cerca de
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar altitude, na
com o mesmo nome, semelhante a uma sua parte
paisagem alpina. urbana mais
baixa, rodeada
por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e
Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos maiores afluentes
do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Localização de Loriga em Portugal


Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de País Portugal
relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de Concelho Seia
2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Administração

Setembro do mesmo ano.[1] - Tipo Junta de freguesia


- Presidente António Maurício Moura Mendes
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de (PS)
Seia. Área
- Total 36,52 km²
População (2011)
Í ndice - Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
1 População
Gentílico: Loriguense ou Loricense
2 Toponímia
3 História Código postal 6270
3.1 Forais Orago Santa Maria Maior
3.2 História até ao final do séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com
3.3 História posterior ao séc. XVIII (http://www.freguesiadeloriga.com)
4 Património de destaque
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
5 Praia fluvial Portugal.
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da fr eguesia de L or iga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana. Fosse qual fosse o motivo é certo que or
romanos lhe puseram o nome de Lorica e deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos,
que tem o mesmo significado. Pela antiguidade e simbolismo do nome, e pelo historial heráldico de Loriga, a
Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante" considerada pelos especialistas em heráldica
portuguesa como fundamental e central no brasão da vila, e isso aplicava-se da mesma forma se o nome
tivesse "apenas" sete ou oito centenas de anos de existência.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa e tal facto contribui para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do
plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

Histór ia até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje
existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição
local e alguns documentos apontam como sendo loriguense) e estava
fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de São
Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso,
em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
àquele santo.
Igreja Matriz de Loriga - vista
interior. Loriga era uma paróquia pertencente à
Vigararia do Padroado Real e a Igreja
Matriz foi mandada construir em 1233
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior
padroeira de Loriga e que se mantém, foi construída no local de um outro
antigo e pequeno templo também dedicado a Nossa Senhora, do qual foi
aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na
porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça
exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo
sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. De
salientar que a paróquia de Loriga remonta à época visigótica, pertencendo
Fontanário em Loriga.
então à diocese de Egitânia (atual Idanha a Velha).

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O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto
algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII e
cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca de dois metros. Um
emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu
com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

Histór ia posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais


pólos industriais da Beira Alta, com a desenvolvimento da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de
maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes
politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia
loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua


Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais.
O bairro de São Ginês (S. Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num

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dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de
origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos
séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, que nunca existiu. Este núcleo da
povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos
romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, Festividades


conhecida também como Chão
da Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro
Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Acor dos de geminação

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Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de


Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Busto do, Dr Joaquim A. L igações exter nas


Amorim da Fonseca, Loriga.
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia


Loriga
portuguesa do concelho de Seia, distrito da
Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1053 habitantes Portugal
(2011) e densidade populacional de — Freguesia —
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o
Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da
Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da


Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da
Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível
pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em
2006, seguindo um traçado pré-existente, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão ou de
Loriga) e 1650 m, dois quilómetros acima da Loriga
Lagoa Comprida.

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante a
uma paisagem alpina.

conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à


sua extraordinária localização geográfica. Está
Localização de Loriga em Portugal
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte
urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m País Portugal
de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
Concelho Seia
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e Ribeira de São Bento, que desagua na Administração
primeira depois da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga - Tipo Junta de freguesia
é um dos maiores afluentes do Rio Alva. - Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Área

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 2 de 7

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são - Total 36,52 km²


um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra População (2011)
construída ao longo de centenas de anos e que - Total 1 053
transformou um vale rochoso num vale fértil. É
• Densidade 28,8 hab./km²
uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é Gentílico: Loriguense ou Loricense

demonstrativa do génio dos seus habitantes. Código postal 6270


Orago Santa Maria Maior
Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas
físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os Sítio www.freguesiadeloriga.com
(http://www.freguesiadeloriga.com)
grupos etários, das quais se destacam, por
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense,
de Portugal.
fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1905, os
Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem para lá dos
limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos
Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
◾ 1 População
◾ 2 Toponímia
◾ 3 História
◾ 3.1 Forais
◾ 3.2 História até ao final do séc. XVIII
◾ 3.3 História posterior ao séc. XVIII
◾ 4 Património de destaque
◾ 5 Praia fluvial
◾ 6 Festividades
◾ 7 Gastronomia
◾ 8 Personagens
◾ 9 Acordos de geminação
◾ 10 Ver também
◾ 11 Ligações externas
◾ 12 Fontes
◾ 13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 3 de 7

1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os
romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome
derivou Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Pela antiguidade e
simbolismo do nome, e pelo historial heráldico de Loriga, a Lorica/Loriga é considerada uma peça
heráldica "falante" considerada pelos especialistas em heráldica portuguesa como fundamental e
central no brasão da vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136
(João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso
Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a
aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o
mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da
vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma
colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 4 de 7

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde
hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga
tradição aponta como sendo loriguense) e estava fortificado com
muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de São Ginês
existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso,
em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida
dedicada àquele santo.
Igreja Matriz de Loriga - vista
interior. Loriga era uma paróquia
pertencente à Vigararia do
Padroado Real e a Igreja Matriz
foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja,
cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que
se mantém, foi construída no local de um outro antigo e pequeno
templo também dedicado a Nossa Senhora, do qual foi aproveitada
uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e
traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das
Fontanário em Loriga.
paredes laterais. De salientar que a paróquia de Loriga remonta à
época visigótica, pertencendo então à diocese de Egitânia (atual
Idanha a Velha).

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial
e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII e cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de
cerca de dois metros. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos
mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não
chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu
suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga
no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores,
Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de
Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses.
Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos,
o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos industriais da
Beira Alta, com a desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante
durante as últimas década do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que
afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais e
nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e
pastorícia.

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A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra,


Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta
povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui


também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede
em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e


Largo do Pelourinho. as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão
localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de
Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI
a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz
(século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,
reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da
Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século


XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais
os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.
Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A
sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua
recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (S. Gens) é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área,
no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, que nunca existiu. Este núcleo da povoação,
que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos
romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a
bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4]
Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70
pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de
Portugal", na categoria de "praias de rios".

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 6 de 7

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa
(com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que
evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São Sebastião
(no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e
procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a
festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da
Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª.
Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Praia fluvial de Loriga,


conhecida também como Chão
Gastronomia
da Ribeira onde está o
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da
chamado "Poço do Zé Lages".
Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha,
os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco,
maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela
comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do
Milho.

Personagens
◾ Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
◾ Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Busto do, Dr Joaquim A. Acordos de geminação


Amorim da Fonseca, Loriga.
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade,
de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
◾ Geografia romana em Portugal

Ligações externas
◾ Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
◾ Analor (http://www.analor.org)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 7 de 7

◾ Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


◾ 7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-
de-loriga)
◾ ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
◾ Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

◾ Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


◾ Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
(http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
◾ Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
◾ Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
◾ Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
◾ Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
◾ de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
◾ Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo
quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado
em Outubro de 2012 Verifique data em: |access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) -
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul,
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de
2014 Verifique data em: |access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-
seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de
2012 Verifique data em: |access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.

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L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga ( pron.IFA [lo' ig ] ) é uma vila e freguesia


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem Por tugal Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes ( 2011 ) e densidade
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação — Vila —
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da
Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e projeto
pré-existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens
de montanha, entre as cotas 960 m ( Portela do Arão ou
de Loriga ) e 1650 m, dois quilómetros acima da Lagoa
Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


extraordinária localização geográfica. Está situada a
cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana mais
baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam a
Penha dos Abutres ( 1828 m de altitude ) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a
Ribeira de Loriga e Ribeira de São Bento, que desagua na
primeira depois da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um
dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e
é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
desenvolvem nos limites aproximadamente equivalentes
aos do antigo município loriguense, a Casa de Repouso
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, Loriga
e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
País Portugal
Setembro do mesmo ano.[1]
Concelho Seia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de

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Seia. Administração
- Tipo Junta de freguesia
- Presidente António Maurício Moura Mendes
Í ndice (PS)
Área
1 População - Total 36,52 km²
2 Toponímia
População (2011)
3 História
3.1 Forais - Total 1 053
3.2 História até ao final do séc. XVIII • Densidade 28,8 hab./km²
3.3 História posterior ao séc. XVIII Gentílico: Loriguense ou Loricense
4 Património de destaque
5 Praia fluvial Código postal 6270
6 Festividades Orago Santa Maria Maior
7 Gastronomia Sítio www.freguesiadeloriga.com
8 Personagens (http://www.freguesiadeloriga.com/)
9 Acordos de geminação Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
10 Ver também Portugal.
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da fr eguesia de L or iga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios ( actual Serra da Estrela ) na resistência lusitana. Fosse qual fosse o motivo é certo
que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome
derivou Loriga, derivação que começou a ser usada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado, mas o
neme original latino só caiu totalmente em desuso na primeira metade do século XIII. Pela antiguidade e
simbolismo do nome, e pelo historial heráldico de Loriga, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica
"falante" considerada pelos especialistas em heráldica portuguesa como fundamental e central no brasão da
vila.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 ( João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques ),
1249 ( D. Afonso III ), 1474 ( D. Afonso V ) e 1514 ( D. Manuel I ). Apoiou os Miguelistas contra os

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Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a
aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo
plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa ( uma colina entre
ribeiras ), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e
principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato ( que a antiga
tradição local aponta como sendo loriguense ) e estava fortificado com muralhas e paliçada. O troço da Rua
de Viriato entre as antigas sedes do Grupo Desportivo Loriguense e da Casa do Povo coincide exatamente
com parte dessa antiga linha defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês ( São Gens )
existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II, facto que por si é demonstrativo da importância que então esta
vila já possuia. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém,
foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo também dedicado a Nossa Senhora, do qual foi
aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída
pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. De salientar que a paróquia de Loriga
remonta à época visigótica, pertencendo então à diocese de Egitânia ( atual Idanha a Velha ).

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII e cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca de dois
metros. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do
que aconteceu com a Covilhã ( outra localidade serrana muito afectada ), não chegou do governo de Lisboa
qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial ( têxtil ) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte
da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta,
com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimas
décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as
regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial.
Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio,

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restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,
Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal, localizadas na Serra da Estrela, estão dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas ( século I a.C. ), uma
sepultura antropomórfica ( século VI a.C. ) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz
( século XIII, reconstruída ), o Pelourinho ( século XIII, reconstruído ), o bairro de São Ginês ( São Gens ), a
Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes ( a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de
São Bento ), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais. O bairro de São Ginês ( São Gens ) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características
o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um
santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma
ermida visigótica situada na área, hoje dedicada a Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, um santo que nunca existiu, deixaram arruinar a sua
capela e reconstruiram-na depois com o atual orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação,
que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a
bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas
as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70
pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na
categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa ( com a Amenta das Almas - cantos
nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma ), festas em honra de
Sto. António ( durante o mês Junho ) e São Sebastião ( no último Domingo de Julho ), com as respectivas
mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira
dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No
segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia

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A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada ( com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que
o habitual, conhecido localmente por calhorras ), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e
cabra, nomeadamente o queijo da Serra ( com DOP ), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces,
o arroz doce, o carolo ( doce feito com milho ), a botelha ( sobremesa feito com abóbora ), a tapioca
(sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade
loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Acor dos de geminação


Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de/)
Analor (http://www.analor.org/)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org/)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências

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1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)

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L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga ( pron.IFA [lo'ɾigɐ] ) é uma vila e freguesia


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem Por tugal L origa
36,52 km² de área, 1053 habitantes ( 2011 ) e densidade
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Vila —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e projeto
pré-existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens
de montanha, entre as cotas 960 m ( Portela do Arão ou
de Loriga ) e 1650 m, dois quilómetros acima da Lagoa
Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


extraordinária localização geográfica. Está situada a
cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana mais
baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam a
Penha dos Abutres ( 1828 m de altitude ) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a
Ribeira de Loriga e Ribeira de São Bento, que desagua na
primeira depois da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um
dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e
é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
desenvolvem nos limites aproximadamente equivalentes
aos do antigo município loriguense, a Casa de Repouso
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e
a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 Loriga
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Setembro do mesmo ano.[1] País Portugal

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Concelho Seia


Seia.

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Administração

Í ndice - Tipo Junta de freguesia


- Presidente António Maurício Moura Mendes
1 População (PS)
2 Toponímia Área
3 História - Total 36,52 km²
3.1 Forais População (2011)
3.2 História até ao final do séc. XVIII
3.3 História posterior ao séc. XVIII - Total 1 053
4 Património de destaque • Densidade 28,8 hab./km²
5 Praia fluvial Gentílico: Loriguense ou Loricense
6 Festividades
Código postal 6270
7 Gastronomia
8 Personagens Orago Santa Maria Maior
9 Acordos de geminação Sítio www.freguesiadeloriga.com
10 Ver também (http://www.freguesiadeloriga.com/)
11 Ligações externas Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
12 Fontes Portugal.
13 Referências

População

População da fr eguesia de L or iga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios ( actual Serra da Estrela ) na resistência lusitana. Fosse qual fosse o motivo é certo
que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome
derivou Loriga, derivação que começou a ser usada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado, mas o
neme original latino só caiu totalmente em desuso na primeira metade do século XIII. Pela antiguidade e
simbolismo do nome, e pelo historial heráldico de Loriga, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica
"falante" considerada pelos especialistas em heráldica portuguesa como fundamental e central no brasão da
vila.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 ( João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques ),
1249 ( D. Afonso III ), 1474 ( D. Afonso V ) e 1514 ( D. Manuel I ). Apoiou os Miguelistas contra os
Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a
aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo

2 of 6 18-02-2017 13:43
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre file:///D:/Os meus documentos/Loriga_Wikipédia 17-02-2017/Loriga –...

plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa ( uma colina entre
ribeiras ), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e
principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato ( que a antiga
tradição local aponta como sendo loriguense ) e estava fortificado com muralhas e paliçada. O troço da Rua
de Viriato entre as antigas sedes do Grupo Desportivo Loriguense e da Casa do Povo coincide exatamente
com parte dessa antiga linha defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês ( São Gens )
existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II, facto que por si é demonstrativo da importância que então esta
vila já possuia. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém,
foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo também dedicado a Nossa Senhora, do qual foi
aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída
pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. De salientar que a paróquia de Loriga
remonta à época visigótica, pertencendo então à diocese de Egitânia ( atual Idanha a Velha ).

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto
algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII e
cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca de dois metros. Um
emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu
com a Covilhã ( outra localidade serrana muito afectada ), não chegou do governo de Lisboa qualquer
auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial ( têxtil ) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta,
com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimas
décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as
regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial.
Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio,
restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,

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Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal, localizadas na Serra da Estrela, estão dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas ( século I a.C. ), uma
sepultura antropomórfica ( século VI a.C. ) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz
( século XIII, reconstruída ), o Pelourinho ( século XIII, reconstruído ), o bairro de São Ginês ( São Gens ), a
Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes ( a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de
São Bento ), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais. O bairro de São Ginês ( São Gens ) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características
o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um
santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma
ermida visigótica situada na área, hoje dedicada a Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, um santo que nunca existiu, deixaram arruinar a sua
capela e reconstruiram-na depois com o atual orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação,
que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a
bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas
as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70
pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na
categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa ( com a Amenta das Almas - cantos
nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma ), festas em honra de
Sto. António ( durante o mês Junho ) e São Sebastião ( no último Domingo de Julho ), com as respectivas
mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira
dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No
segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada ( com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o

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habitual, conhecido localmente por calhorras ), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e
cabra, nomeadamente o queijo da Serra ( com DOP ), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces,
o arroz doce, o carolo ( doce feito com milho ), a botelha ( sobremesa feito com abóbora ), a tapioca
(sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade
loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Acor dos de geminação


Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de/)
Analor (http://www.analor.org/)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org/)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)

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2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal


/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia


Loriga
portuguesa do concelho de Seia, distrito da
Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1053 habitantes Portugal
(2011) e densidade populacional de — Freguesia —
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o
Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da
Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da


Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da
Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível
pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em
2006, seguindo um traçado pré-existente, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela de Loriga ou do
Arão) e 1650 m, um pouco acima da Lagoa
Comprida. Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante a
uma paisagem alpina.

conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à


sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte
urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m
de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é Loriga
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem
depois da E.T.A.R. para formarem um dos
maiores afluentes do Rio Alva.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 2 de 7

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são


um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
construída ao longo de centenas de anos e que
transformou um vale rochoso num vale fértil. É
uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas


físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os Loriga
grupos etários, das quais se destacam, por
exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense,
fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os
Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em
1982, cujos serviços se desenvolvem numa área
com limites aproximados aos limites do antigo
concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da
Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a
Escola EB 123 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de
2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos
Bombeiros Voluntários, edifício concluído em
2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do


Concelho de Seia.

Índice Localização de Loriga em Portugal

Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O


◾ 1 População
◾ 2 Toponímia País Portugal
◾ 3 História Concelho Seia
◾ 3.1 Forais
Administração
◾ 3.2 História até ao final do séc.
XVIII - Tipo Junta de freguesia
◾ 3.3 História posterior ao séc. - Presidente António Maurício Moura Mendes
XVIII (PS)
◾ 4 Património de destaque Área
◾ 5 Praia fluvial - Total 36,52 km²
◾ 6 Festividades População (2011)
◾ 7 Gastronomia
- Total 1 053
◾ 8 Personagens
◾ 9 Acordos de geminação • Densidade 28,8 hab./km²
◾ 10 Ver também Gentílico: Loriguense ou Loricense
◾ 11 Ligações externas Código postal 6270
◾ 12 Fontes Orago Santa Maria Maior
◾ 13 Referências
Sítio www.freguesiadeloriga.com
(http://www.freguesiadeloriga.com)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 3 de 7

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas


População de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, sendo certo que os
romanos lhe puseram o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome
derivou Loriga, designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Pela antiguidade
e simbolismo do nome, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante", considerada
pelos especialistas em heráldica portuguesa como fundamental no brasão da vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136
(João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso
Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de
concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século
XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da
vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma
colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 4 de 7

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde
hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava
fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, a Rua de Viriato no
troço compreendido entre a antigas sedes do GDL e da Casa do
Povo, coincide exatamente com parte dessa antiga linha defensiva
da povoação. A antiga tradição e alguns antigos documentos
apontam Loriga como berço de Viriato, tendo inclusive havido um
Igreja Matriz de Loriga - vista projeto para um monumento que nunca chegou a concretizar-se. No
interior. local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele
santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real


e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho
II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira
de Loriga, e que se mantém, foi construída no local de um outro
antigo e pequeno templo visigótico também dedicado a Nossa
Senhora, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De
estilo românico, com três naves, traça exterior lembrando a Sé
Velha de Coimbra, e dimensões próximas das atuais, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das
paredes laterais e da torre. A paróquia de Loriga remonta aliás à
Fontanário em Loriga.
época visigótica e pertencia então à diocese de Egitânia, atual
Idanha a Velha.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial
e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca
de dois metros. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao
contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu
suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga
no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores,
Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de
Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses.
Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos,
o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira
Alta, com o aumento e desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante
durante as últimas duas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 5 de 7

que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal.


Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma
indústria de malhas que ainda resiste, e alguma agricultura e
pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra,


Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta
povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui
também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de
esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de
Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI
a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz
(século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,
reconstruído), o bairro de São Ginês (São Gens), a Rua de Viriato e
a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século


XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais
os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.
Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A
sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua
recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área,
no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, que nunca existiu, deixaram arruinar a capela
que lhe era dedicada e finalmente reconstruíram-na mas mudaram-lhe o orago para Nossa Senhora
do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a
bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4]
Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 6 de 7

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada


entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7
categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de
Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa
(com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que
evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São Sebastião
(no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e
procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a
Praia fluvial de Loriga, festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da
conhecida também como Chão Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
da Ribeira onde existe o Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª.
chamado "Poço do Zé Lages". Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão
branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela
comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do
Milho.

Personagens
◾ Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
◾ Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
◾ Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade,
de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
◾ Geografia romana em Portugal

https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre Página 7 de 7

Ligações externas
◾ Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
◾ Analor (http://www.analor.org)
◾ Portal Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com)
◾ 7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-
de-loriga)
◾ ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
◾ Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

◾ Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


◾ Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
(http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
◾ Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
◾ Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
◾ Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
◾ Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
◾ de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
◾ Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo
quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado
em Outubro de 2012 Verifique data em: |access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) -
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul,
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de
2014 Verifique data em: |access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-
seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de
2012 Verifique data em: |access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 04-02-2017
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia Loriga


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Portugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado
pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão ou de
Loriga) e 1650 m, cerca de dois quilómetros acima da
Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça Vista geral de Loriga
Portuguesa"
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica.
Está situada a
cerca de
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar 770 m de
com o mesmo nome, semelhante a uma altitude, na
paisagem alpina. sua parte
urbana mais
baixa, rodeada
por montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m),
e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e
a Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R..
A Ribeira de Loriga, é um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca
a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e
é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal


desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente à
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
do antigo Concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª.
da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a País Portugal
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 Concelho Seia
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Administração
Setembro do mesmo ano.[1] - Tipo Junta de freguesia
- Presidente António Maurício Moura Mendes
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de (PS)
Seia. Área
- Total 36,52 km²
População (2011)
Í ndice - Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
1 População
2 Toponímia Gentílico: Loriguense ou Loricense

3 História Código postal 6270


3.1 Forais Orago Santa Maria Maior, padroeira de
3.2 História até ao final do séc. XVIII Loriga
3.3 História posterior ao séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com
4 Património de destaque (http://www.freguesiadeloriga.com)
5 Praia fluvial Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
6 Festividades Portugal.
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População
População da fr eguesia de L or iga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana. Certo é que os romanos lhe puseram o
nome de Lorica, e deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos, e que tem o mesmo
significado.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje
existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com
muralhas e paliçada. Aliás o troço da Rua de Viriato entre as antigas sedes
do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte dessa linha
defensiva da antiga povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São
Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso,
em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
Igreja Matriz de Loriga - vista àquele santo e atualmente com o orago de Nossa Senhora do Carmo.
interior.
Loriga era uma paróquia visigótica
pertencente à diocese de Egitânia,
pertencendo no inicio da nacionalidade à Vigararia do Padroado Real e a
Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de Loriga, e que
se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo
visigótico também dedicado a Nossa Senhora, do qual foi aproveitada uma
pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada
para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando
a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela
restando apenas partes das paredes laterais.
Fontanário em Loriga.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado
também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da
Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito
afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos


principais pólos industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento
local da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas
décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto
que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às
inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a
economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação,
no comércio, restauração, alguma industria de malhas, agricultura e
Largo do Pelourinho.
pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,


Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês (São Gens), a Rua de Viriato, que a antiga tradição aponta como
sendo natural desta milenar povoação, e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.
Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês (São Gens)
é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles,

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na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde
hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome
do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua ermida e depois reconstruiram-na com o orago de Nossa
Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, Festividades


conhecida também como "Poço
do Zé Lages". Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e
procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes
de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo
Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acor dos de geminação


Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

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Ver também
Geografia romana em Portugal

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes-links)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia L origa


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Por tugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado
pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão ou de
Loriga) e 1650 m, cerca de dois quilómetros acima da
Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça Vista geral de Loriga
Portuguesa"
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica.
Está situada a
cerca de
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar 770 m de
com o mesmo nome, semelhante a uma altitude, na
paisagem alpina. sua parte
urbana mais
baixa,
rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha
dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira
de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois
da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga, é um dos afluentes do
Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca
a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila
e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e

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Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Localização de Loriga em Portugal


Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente à
do antigo Concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. País Portugal
da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Concelho Seia
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em - Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano.[1] - Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia. - Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
Í ndice • Densidade 28,8 hab./km²
Gentílico: Loriguense ou Loricense
1 População
2 Toponímia Código postal 6270
3 História Orago Santa Maria Maior, padroeira de
3.1 Forais Loriga
3.2 História até ao final do séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com
3.3 História posterior ao séc. XVIII (http://www.freguesiadeloriga.com)
4 Património de destaque Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
5 Praia fluvial Portugal.
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da fr eguesia de L or iga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

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Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe
o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana. Certo é que os romanos lhe puseram o
nome de Lorica, e deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos, e que tem o mesmo
significado.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje
existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com
muralhas e paliçada. Aliás o troço da Rua de Viriato entre as antigas sedes
do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte dessa linha
defensiva da antiga povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São
Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso,
em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada
Igreja Matriz de Loriga - vista àquele santo e atualmente com o orago de Nossa Senhora do Carmo.
interior.
Loriga era uma paróquia visigótica pertencente à diocese de Egitânia,
pertencendo no inicio da nacionalidade à Vigararia do Padroado Real e a

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de Loriga, e que
se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo
visigótico também dedicado a Nossa Senhora, do qual foi aproveitada uma
pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada
para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando
a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela
restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado


também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e
espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século Fontanário em Loriga.
XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os
estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não
chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte
da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos


principais pólos industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimento
local da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas
décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto
que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às
inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a
economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação,
no comércio, restauração, alguma industria de malhas, agricultura e
Largo do Pelourinho.
pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,


Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês (São Gens), a Rua de Viriato,

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

que a antiga tradição aponta como sendo natural desta milenar povoação, e
a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua


escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais.
O bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga
Rua da Oliveira
cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso
é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem
céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica
situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua ermida e depois
reconstruiram-na com o orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, Festividades


conhecida também como "Poço
do Zé Lages". Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e
procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos
emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No
segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz

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parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acor dos de geminação


Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes-links)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:


|access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga (pron.IFA [lu' ig ]) é uma vila e freguesia L origa


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Por tugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado
pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela de Loriga ou do
Arão) e 1650 m, um pouco acima da Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
localização
geográfica.
Está situada a
cerca de
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar altitude, na
com o mesmo nome, semelhante a uma sua parte
paisagem alpina. urbana mais
baixa,
rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R.
para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e
é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se

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desenvolvem numa área com limites aproximados aos Localização de Loriga em Portugal
limites do antigo concelho de Loriga, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e
a Escola EB 123 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 País Portugal
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Concelho Seia
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
Administração
Setembro do mesmo ano.[1]
- Tipo Junta de freguesia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de - Presidente António Maurício Moura Mendes
Seia. (PS)
Área
- Total 36,52 km²
Í ndice População (2011)
- Total 1 053
1 População • Densidade 28,8 hab./km²
2 Toponímia
3 História Gentílico: Loriguense ou Loricense

3.1 Forais Código postal 6270


3.2 História até ao final do séc. XVIII Orago Santa Maria Maior
3.3 História posterior ao séc. XVIII
Sítio www.freguesiadeloriga.com
4 Património de destaque (http://www.freguesiadeloriga.com)
5 Praia fluvial
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
6 Festividades Portugal.
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da fr eguesia de L or iga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

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Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, sendo certo que os romanos lhe
puseram o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga,
designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Pela antiguidade e simbolismo do nome,
a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante", considerada pelos especialistas em heráldica
portuguesa como fundamental no brasão da vila.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje
existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com
muralhas e paliçada. Aliás, a Rua de Viriato no troço compreendido entre a
antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte
dessa antiga linha defensiva da povoação. A antiga tradição e alguns
antigos documentos apontam Loriga como berço de Viriato, tendo inclusive
havido um projeto para um monumento que nunca chegou a concretizar-se.
Igreja Matriz de Loriga - vista No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
interior. habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga, e
que se mantém, foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico também dedicado a
Nossa Senhora, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, e dimensões próximas das atuais, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas
partes das paredes laterais e da torre. A paróquia de Loriga remonta aliás à época visigótica e pertencia
então à diocese de Egitânia, atual Idanha a Velha.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca de dois

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metros. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os


estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa
qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século


XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira
Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava
Fontanário em Loriga.
Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato,
Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,
Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva
vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou-se um dos principais


pólos industriais da Beira Alta, com o aumento e desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimas
duas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila,
facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal.
Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e
de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de malhas que
ainda resiste, e alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês (São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua


Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais.

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

O bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam
num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de
origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos
séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, que nunca existiu, deixaram arruinar a
capela que lhe era dedicada e finalmente reconstruíram-na mas mudaram-lhe o orago para Nossa Senhora do
Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é
anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, Festividades


conhecida também como Chão
da Ribeira onde existe o Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
chamado "Poço do Zé Lages". Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro
Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

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Acor dos de geminação


Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Busto do, Dr Joaquim A. Geografia romana em Portugal
Amorim da Fonseca, Loriga.

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
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L or iga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

L or iga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia Loriga


portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Portugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado
pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela de Loriga ou do
Arão) e 1650 m, um pouco acima da Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
localização
geográfica.
Está situada a
cerca de
770 m de
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar altitude, na
com o mesmo nome, semelhante a uma sua parte
paisagem alpina. urbana mais
baixa, rodeada
por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R.
para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se

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desenvolvem numa área com limites aproximados aos Localização de Loriga em Portugal
limites do antigo concelho de Loriga, a Casa de Repouso
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e
a Escola EB 123 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 País Portugal
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Concelho Seia
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
Administração
Setembro do mesmo ano.[1]
- Tipo Junta de freguesia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de - Presidente António Maurício Moura Mendes
Seia. (PS)
Área
- Total 36,52 km²
Í ndice População (2011)
- Total 1 053
1 População • Densidade 28,8 hab./km²
2 Toponímia
3 História Gentílico: Loriguense ou Loricense

3.1 Forais Código postal 6270


3.2 História até ao final do séc. XVIII Orago Santa Maria Maior
3.3 História posterior ao séc. XVIII
Sítio www.freguesiadeloriga.com
4 Património de destaque (http://www.freguesiadeloriga.com)
5 Praia fluvial
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
6 Festividades Portugal.
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da fr eguesia de L or iga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

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Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, sendo certo que os romanos lhe
puseram o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga,
designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Pela antiguidade e simbolismo do nome, a
Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante", considerada pelos especialistas em heráldica
portuguesa como fundamental no brasão da vila.

Histór ia
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois


núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje
existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com
muralhas e paliçada. Aliás, a Rua de Viriato no troço compreendido entre a
antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte
dessa antiga linha defensiva da povoação. A antiga tradição e alguns
antigos documentos apontam Loriga como berço de Viriato, tendo inclusive
havido um projeto para um monumento que nunca chegou a concretizar-se.
Igreja Matriz de Loriga - vista No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
interior. habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os
Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga, e
que se mantém, foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico também dedicado a
Nossa Senhora, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, e dimensões próximas das atuais, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas
partes das paredes laterais e da torre. A paróquia de Loriga remonta aliás à época visigótica e pertencia
então à diocese de Egitânia, atual Idanha a Velha.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto
algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII
cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca de dois metros. Um

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emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos


mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade
serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer
auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX.
Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e
a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no
Fontanário em Loriga.
número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha,
Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis
Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de
Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila
industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou-se um dos principais


pólos industriais da Beira Alta, com o aumento e desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimas
duas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila,
facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal.
Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e
de panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de malhas que
ainda resiste, e alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque


Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês (São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua


Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais.

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O bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam
num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de
origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos
séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, que nunca existiu, deixaram arruinar a
capela que lhe era dedicada e finalmente reconstruíram-na mas mudaram-lhe o orago para Nossa Senhora do
Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é
anterior à chegada dos romanos.

Pr aia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, Festividades


conhecida também como Chão
da Ribeira onde existe o Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
chamado "Poço do Zé Lages". Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro
Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Per sonagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

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Acor dos de geminação


Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Busto do, Dr Joaquim A. Geografia romana em Portugal
Amorim da Fonseca, Loriga.

L igações exter nas


Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Refer ências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|access-date= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação Loriga
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo
um traçado e um projeto pré-existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, acima da Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca de
770 m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeada
por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que se une à primeira depois da
Vista geral de Loriga
E.T.A.R. para formarem um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
com o mesmo nome, semelhante a uma centenas de anos e que transformou um vale rochoso num
paisagem alpina.
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a
Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga,
criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho
de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica

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Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.1

Índice
1 Toponímia
2 História
2.1 Forais
2.2 História até ao final do séc. XVIII
2.3 História posterior ao séc. XVIII
3 Demografia
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

Toponímia
Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos
a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Localização de Loriga em Portugal
Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado.
40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

País Portugal
História
Concelho Seia
Forais - Tipo Junta de freguesia

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Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Área
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso
- Total 36,52 km²
Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra
os Liberais na guerra civil portuguesa, facto que contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 População (2011)
após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o - Total 1 053
mesmo plano que deu origem aos Distritos. • Densidade 28,8/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense
História até ao final do séc. XVIII
Código postal 6270
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O Orago Santa Maria Maior
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre Correio jfloriga@sapo.pt
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem electrónico
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as Sítio www.freguesiadeloriga.com
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância. (http://www.freguesiadeloriga.com)
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois Portugal.
núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje
existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado
com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de São Ginês (S.Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao
promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. A actual Rua
de Viriato corresponde ao traçado de parte da muralha que protegia a povoação quando da chegada dos Romanos. De notar
que existe uma tradição que aponta Loriga como berço de Viriato tendo havido inclusive um projecto não concretizado para
erigir uma estátua àquele heroi Lusitano.
Igreja Matriz de Loriga - vista
interior. Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa
Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela
restando apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.
Fontanário em Loriga.

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História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito,
Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o
mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é
que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da primeira metade do século XIX, como já foi mencionado, tornou-se um dos principais pólos industriais da
Beira Alta, com a implantação da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimas décadas do século
passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal.
Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma
agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da
Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Demografia

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Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Rua da Oliveira
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul2 ; em Junho de 2012 recebeu a bandeira
"Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.3 Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades
religiosas é a festa dedicada à padroeira de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
Praia fluvial de Loriga,
conhecida também como "Poço A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
do Zé Lages". montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a
broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte
dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o
arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida
em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e
do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

História resumida de Loriga por António Conde (http://www.loricae.no.sapo.pt)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. ↑ Diário "As Beiras" online. Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Página
visitada em Outubro de 2012.
2. ↑ ABAE. Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014 (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Página visitada
em Junho de 2014.
3. ↑ Site da Câmara Municipal de Seia. Praia de Loriga com qualidade de ouro (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-
de-ouro). Página visitada em Julho de 2012.

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=39364661"
Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as Condições de Uso.

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lu' ig ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação Loriga
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo
um traçado e um projeto pré-existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, acima da Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca de
770 m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeada
por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que se une à primeira depois da
Vista geral de Loriga
E.T.A.R. para formarem um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos


Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
com o mesmo nome, semelhante a uma centenas de anos e que transformou um vale rochoso num
paisagem alpina.
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a
Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga,
criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho
de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,
edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.1

Índice
1 Toponímia
2 História
2.1 Forais
2.2 História até ao final do séc. XVIII
2.3 História posterior ao séc. XVIII
3 Demografia
4 Património de destaque
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

Toponímia
Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos
a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Localização de Loriga em Portugal
Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado.
40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

País Portugal
História
Concelho Seia
Forais - Tipo Junta de freguesia

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Área
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso
- Total 36,52 km²
Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra
os Liberais na guerra civil portuguesa, facto que contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 População (2011)
após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o - Total 1 053
mesmo plano que deu origem aos Distritos. • Densidade 28,8/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense
História até ao final do séc. XVIII
Código postal 6270
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O Orago Santa Maria Maior
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre Correio jfloriga@sapo.pt
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem electrónico
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as Sítio www.freguesiadeloriga.com
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância. (http://www.freguesiadeloriga.com)
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois Portugal.
núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje
existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado
com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de São Ginês (S.Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao
promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. A actual Rua
de Viriato corresponde ao traçado de parte da muralha que protegia a povoação quando da chegada dos Romanos. De notar
que existe uma tradição que aponta Loriga como berço de Viriato tendo havido inclusive um projecto não concretizado para
erigir uma estátua àquele heroi Lusitano.
Igreja Matriz de Loriga - vista
interior. Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D.
Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas
partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do
edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX.
Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato,
Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de
Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da primeira metade do século XIX, como já foi mencionado, tornou-se um dos
principais pólos industriais da Beira Alta, com a implantação da indústria dos lanifícios, que
entrou em declínio durante durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal. Fontanário em Loriga.
Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da
Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Demografia

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Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Rua da Oliveira
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul2 ; em Junho de 2012 recebeu a bandeira
"Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.3 Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades
religiosas é a festa dedicada à padroeira de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
Praia fluvial de Loriga,
conhecida também como "Poço A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
do Zé Lages". montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a
broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte
dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o
arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida
em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e
do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

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Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

História resumida de Loriga por António Conde (http://www.loricae.no.sapo.pt)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Página
visitada em Outubro de 2012.
2. ABAE. Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014 (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Página visitada
em Junho de 2014.
3. Site da Câmara Municipal de Seia. Praia de Loriga com qualidade de ouro (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-
de-ouro). Página visitada em Julho de 2012.

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Loriga
Origem: Wikipédia, a encic
ciclopédia livre.
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obre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cin
cineasta Ray
Loriga, veja Ray Loriga.
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elhore este artigo introduzindo notas de rodapé citandoo as
fontes, inserin
rindo-as no corpo do texto quando necessário.

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Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga


Loriga
Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O


País Portugal
Concelho Seia
- Tipo Junta de freguesia
Brasão de Loriga

Área
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
- Densidade 28,8/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270


Orago Santa Maria Maior
Correio electrónico jfloriga@sapo.pt
Sítio Freguesiadeloriga.com
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga (pron.IFA [lo' ig ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia,


distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 053 habitantes (2011) e densidade
populacional de 28,8 hab/km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia,


80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um projecto pré-existentes há mais
de 40 anos, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960m
(Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.
Vista panorâmica de Loriga
iga e do vale glaciar com o mesmo nome, semeelhante a uma
paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça ça Portuguesa" devido à sua extraordinária loca


calização
geográfica. Está situada a ce
cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana
na mais baixa,
rodeada por montanhas, das as quais se destacam a Penha dos Abutres (182828m de altitude)
e a Penha do Gato (1771m)m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribe
ibeira de Loriga e
a Ribeira de S.Bento, sendo
do que esta desagua na primeira depois da E.T.
.T.A.R.. A Ribeira
de Loriga, um dos maioreses afluentes do Rio Alva, recebe também juntoto da
d vila as àguas
do chamado Ribeiro do Cor ortiçor.

Os socalcos e sua complexaxa rede de irrigação são um dos grandes ex-libr


libris de Loriga,
uma obra construída ao long
ongo de muitas centenas de anos e que transform
ormou um vale
belo mas rochoso num vale le fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
pa fazendo
parte do património históric
rico da vila e é demonstrativa do génio dos seus
eus habitantes.

A vila está dotada de umaa aampla gama de infraestruturas físicas e sócio--culturais, que
abrangem todos os gruposs etários,
e das quais se destacam, por exemplo,, o Grupo
Desportivo Loriguense, fun
undado em 1934, a Sociedade Recreativa e Muusical
Loriguense, fundada em 1905,
19 os Bombeiros Voluntários de Loriga, criariados em 1982,
cujos serviços se desenvolv
lvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho
de Loriga, a Casa de Repou
ouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais
so de relevo,
e a Escola Básica 1,2,3 Dr.
r. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se se as obras do
novo Quartel dos Bombeiroiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
Setembro do mesmo ano.1

Índice
[esconder]

1 Toponímia
2 História
o 2.1 Forais
o 2.2 Históriaia até ao final do séc. XVIII
o 2.3 Históriaia posterior ao séc. XVIII
3 Património de des
estaque
4 Praia fluvial
5 Festividades
6 Gastronomia
7 Personagens
8 Acordos de geminação
9 Ver também
10 Ligações externas
11 Fontes
12 Referências

Toponímia[editar]
Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e
dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência
lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para
couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos
Visigodos, e que tem exatamente o mesmo significado. Ainda que não existissem
origens antigas e históricas a filologia diz-nos que a palavra Loriga deriva de Lorica, do
latim, facto suficiente para a existência do gentílico Loricense, para designar os naturais
da vila de Loriga. Pela antiguidade e importância histórica e filológica do nome, a
couraça é a peça principal do brasão da vila, considerada pelos especialistas como
imprescindível na heráldica de Loriga.

História[editar]
Forais[editar]

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais
em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514
(D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas ou Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e esse facto contribuíu para que lhe fosse retirada a sede de município.
Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação
territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII[editar]

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro
histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem
como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
Uma antiga tradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como terra
natal de Viriato, sendo que a rua principal da àrea mais antiga do centro histórico da vila
tem há séculos o nome deste heroi lusitano. Chegou a haver um projecto e uma
subscrição para erigir uma estátua e que não chegou a concretizar-se. O documento mais
curioso, embora não o mais
ais antigo, que refere Loriga como berço de Vir
iriato é o livro
manuscrito História da Lusi
usitânia, datado de 1580 e da autoria do Bispo-MMor do Reino.

Igreja Matriz de Loriga - vista


vi interior.

Quando os romanos chegara aram, a povoação estava dividida em dois núcle


cleos. O maior,
mais antigo e principal, situ
ituava-se na área onde hoje existem a Igreja Ma
Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fort
ortificado com muralhas e paliçada. Aliás, a atu
tual Rua de
Viriato, na parte existente entre
e o centro de dia da ALATI e a antiga Cas
asa do Povo,
coincide exatamente com pa parte do traçado da antiga muralha que defend
ndia a povoação.
No local do actual Bairro de S.Ginês ( S.Gens ) existiam já algumas habi
abitações
encostadas ao promontório io rochoso, em cima do qual os Visigodos consnstruíram mais
tarde uma ermida dedicada da a S. Gens, atual capela de Nossa Senhora doo Carmo. Com o
tempo os loricenses mudaraaram o nome do santo para S.Ginês ( santo inexexistente ) talvez
por ser mais fácil de pronun
unciar.

Fontanário em Loriga.

Loriga era uma paróquia pertencente


pe à Vigararia do Padroado Real e a Igreja
Ig Matriz foi
mandada construir em 1233 33 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago
ago era já o de
Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de um outro tro antigo e
pequeno templo, do qual foi
fo aproveitada uma pedra com inscrições visig sigóticas, que está
colocada na porta lateral vir
virada para o adro. De estilo românico, com três
trê naves, e traça
exterior lembrando a Sé Veelha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelolo sismo de 1755,
dela restando apenas partes
es das paredes laterais e alguma alvenaria.
O sismo de 1755 provocouu enormes estragos na vila, tendo arruinado também
tam a
residência paroquial e abert
erto algumas fendas nas robustas e espessas par aredes do edifício
da Câmara Municipal constnstruído no século XIII e que ainda existe, embo bora
descaraterizado porque entr
ntretanto foi adaptado a residência particular.. Um
U emissário do
Marquês de Pombal estevee em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contr ntrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra
(o localidade serrana muito afectada), nãoo chegou do
governo de Lisboa qualquer
uer auxílio.

História posterior ao sé
séc. XVIII[editar]

Loriga é uma vila industrial


ial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX,
X embora os
investimentos industriais se tenham intensificado a partir de meados doo mesmo
m século.
Chegou a ser uma das local alidades mais industrializadas da Beira Interior
ior, e a actual sede
de concelho só conseguiu suplantá-la
su quase em meados do século XX.. Tempos
T houve
em que só a Covilhã ultrapapassava Loriga no número de empresas. Nomees de empresas,
tais como: Regato, Redondi dinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,, Leitão
L &
Irmãos, Augusto Luis Mend ndes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lori orimalhas, etc,
fazem parte da rica história
ia industrial desta vila. A principal e maior ave
venida de Loriga
tem o nome de Augusto Luí uís Mendes, o mais destacado dos antigos indu dustriais
loricenses. Apesar dos mauaus acessos, que se resumiam à velhinha estradaada romana de
Lorica, com dois mil anos,s, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
L numa vila
industrial.

Largo do Pelourinho.

Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornou ou-se um dos
principais pólos industriais
is da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria
ind dos
lanifícios, que entrou em declínio
de durante durante as últimas décadas do século passado
o que está a levar à desertifi
tificação da Vila, facto que afecta de maneira geral
g as regiões
interiores de Portugal devid
ido a sucessivas políticas erradas de coesão e administração
a do
território. Actualmente a ec
economia loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica
me e de
panificação, no comércio,, re
restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actu


ctuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
S da Beira,
Teixeira, Valezim, Vide, e as
a mais de trinta povoações anexas, pertenceu
ceu ao município
loriguense.

A área que englobava o ext


xtinto município loriguense, constitui também
m a Associação de
Freguesias da Serra da Estre
strela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possue


suem enormes potencialidades turísticas e as ún
únicas pistas e
estância de esqui existentes
tes em Portugal estão localizadas dentro da área
ea da freguesia de
Loriga.

Património de de
destaque[editar]
Em termos de património hhistórico, destacam-se a ponte e a estrada romamanas (século I
a.C.), uma sepultura antropo
opomórfica (século VI a.C.) chamada popularm rmente de "caixão
da moura", a Igreja Matriz
iz (século
( XIII, reconstruída), o Pelourinho (séc
éculo
XIII,reconstruído), a capela
ela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermidaa visigótica de S.
Gens, no bairro de São Ginê
inês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira quee rrecorda as
características urbanas med
edievais.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI apó
pós uma grande
cheia na Ribeira de S. Bento
nto), com as quais os romanos ligaram Lorica,
a, na Lusitânia, ao
restante império, merecem
m destaque.
d

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria
esc tem
cerca de 80 degraus em granranito, o que lhe dá características peculiares.. E
Esta rua recorda
muitas das características ur
urbanas medievais de Loriga. O bairro de São ão Ginês é um
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos d bairros mais
típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens ns, um santo de
origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Di Diocleciano,
orago de uma ermida visigóigótica situada na área, no local onde hoje estáá a capela de
Nossa Senhora do Carmo.. C Com o passar dos séculos os loriguenses mud udaram o nome do
santo para S. Ginês. Este núcleo
nú da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo,
ab é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial de Loriga, con


onhecida também como Chão da Ribeira.

Praia fluvial[edit
itar]
Como desde há alguns anosos, em 2012, esta praia foi uma das 275 praias
as nacionais
ira azul2 ; em Junho recebeu a bandeira "Qualid
galardoadas com a bandeira lidade Ouro",
3
atribuido pela Quercus. Ambas
Am as bandeiras foram hasteadas dia 24 dee Junho
J de 2012.
Dia 5 de Maio de 2012, a pr praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do
total de 70 pré-finalistas, divididas
di por 7 categorias, para concorrer ao concurso
co "7
Maravilhas - Praias de Porturtugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades[edita
itar]
Ao longo do ano celebram--se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com om a Amenta das
Almas - cantos nocturnos m masculinos, que evocam as almas de entes falealecidos por altura
da Quaresma), festas em hohonra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião
(no último Domingo de Julhulho), com as respectivas mordomias e procissõssões. Porém, o
ponto mais alto das festivid
idades religiosas é a festa dedicada à padroeira
ira dos emigrantes
de Loriga, Nª. Srª. da Guia,
ia, que se realiza todos os anos, no primeiro Doomingo de
Agosto. No segundo Domin ingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no
Fontão de Loriga.

Gastronomia[edit
ditar]
A gastronomia loriguensee fafaz parte daquela considerada típica da Beiraa Alta,
A onde se
salientam os pratos calórico
icos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
(c feijocas,
uma espécie de feijão branc
nco, maior que o habitual), o cabrito no forno,o, a broa de milho,
queijaria de ovelha e cabra,
ra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP P), a aguardente
de zimbro. Grande parte dos
do doces e sobremesas típicas eram elaboradas as para celebrar a
Páscoa. De entre os doces,s, ttêm relevo as broínhas doces, o arroz doce,, o carolo (doce
feito com milho), a botelha
ha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (so (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita
eita com tapioca partida em grãos - importadaa pelap comunidade
loriguense no Brasil) e o Bo
Bolo Negro de Loriga. A importância da gastro tronomia única é
reflectida na Confraria da BBroa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte
pa da Rota do
Xisto e do Milho.

Busto do, Dr Joaquim A. A


Amorim da Fonseca, Loriga.

Personagens[edit
itar]
Joaquim Augusto A
Amorim da Fonseca, médico
Joaquim Pina Moura
ura, economista e político

Acordos de gemin
inação[editar]
Loriga celebrou um acordo
do de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém,
S em 1
de Junho de 1996.

Ver também[edit
itar]
Geografia romana eem Portugal

Ligações externass[editar]

O Commons possui multimídias sobre Loriga

Homepage sobre Loriga


Lo
Analor
Portal Vila de Lorig
riga
7 Maravilhas - Praia
aias de Portugal
ABAE
Geobserver

Fontes[editar]
Algumas das fontes usadas
as na elaboração deste artigo:

História concisa dee Loriga por António Conde


Bacia hidrográficaa da
d Ribeira de Loriga
Página dos Bombeir eiros de Loriga
Página da Junta dee FFreguesia de Loriga
Página da Confraria
ria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
Ferreira, N.; Vieira,
ra, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE P (1999).
de Vasconcelos, J.L.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 191980
Carta Militar de Por
ortugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Institutoo Geográfico
G do
Exército.

Referências
1. Ir para cima Diário
rio "As Beiras" online. Bombeiros de Loriga mudam
m para
novo quartel. Página
ina visitada em Outubro de 2012.
2. Ir para cima ABA AE. Locais Galardoados na Região do Centroo com a
12. Página visitada em Julho de 2012.
Bandeira Azul, 2012
3. Ir para cima Sitee da
d Câmara Municipal de Seia. Praia de Loriga
iga com
qualidade de ouro.. Página
P visitada em Julho de 2012.

[Esconder]
v•e

Freguesias de Seia
Alvoco da Serra
rra • Cabeça • Carragosela • Folhadosa • Girabolh
olhos •
Lajes • Lapa doss DDinheiros • Loriga • Paranhos da Beira • Pinha
hanços •
Sabugueiro • Samemeice • Sandomil • Santa Comba • Santa Eulália • Santa
Marinha • Santiago
ago • São Martinho • São Romão • Sazes da Beiraira • Seia
• Teixeira • Torro
rrozelo • Tourais • Travancinha • Valezim • Várz
rzea de
M
Meruge • Vide • Vila Cova à Coelheira

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Freguesias de Seia
Antigos municípiosos de Portugal
Vilas de Portugal

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s a
condições adicionais
ais. Consulte as condições de uso para mais det
detalhes.

Política de privacida
idade
Sobre a Wikipédia
Avisos gerais
Desenvolvedores
Versão móvel
-1-

Loriga
Origem: Enciclopédia Livre.
40º 19`N 7º 41` O

Loriga

Loriga - Vista parcial do miradouro


Gentílico Loricense ou loriguense
Distrito Guarda
Àrea 36,52 km²
População 1 367 hab. (2005)
Densidade 37,51 hab./km²
Orago Santa Maria Maior
Código postal 6270
Vila
Loriga

Apelidada de “Suíça Portuguesa”


Loriga,vila de Portugal

Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do Distrito da Guarda Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes
(2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km².

Loriga encontra-se a 20 km da actual sede de concelho, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231, e tem acesso directo à Torre, pela N338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-existente, com um percurso de 9.2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m
(Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada a
cerca de 770m de altitude, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de
altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira
de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R., sendo a Ribeira de Loriga um dos afluentes do Rio Alva.

Está dotada de uma ampla gama de infrastrutras,desde físicas a culturais e sociais, das quais se destacam,
-2-
por exemplo, a Escola C+S Dr. Reis Leitão, a Banda de Música Filarmónica de Loriga, fundada em 1905,
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loriga, criado em 1982, cujos serviços se
desenvolvem na àrea do antigo Município Loricense, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas
obras sociais de relevo, a Associação Loricense de Apoio à Terceira Idade,e o Grupo Desportivo
Loricense,fundado em 1934.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a tradicional Amenta das Almas)
e festas em honra de S. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada
à padroeira da diáspora loricense, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto.

Índice
• 1 Breve história
• 2 Rua da Oliveira
• 3 Bairro de São Ginês (S.Gens)
• 4 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia
• 5 Acordos de geminação
• 6 Ver também
• 7 Ligações externas
• 8 Fontes

Breve história
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior


O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de
Lorica (antiga couraça guerreira). Os Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto
que os romanos lhe deram o nome de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos
Visigodos) e que tem o mesmo significado. É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar,e justifica
que a couraça seja a peça central do brasão histórico de Loriga. É um nome muito antigo e de grande valor
histórico para a vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de
-3-
referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
gigantesca construída pelos loricenses ao longo de muitas centenas de anos, e que transformou um vale belo
mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga,
fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana
Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua
de Viriato que a tradição local e diversos antigos documentos encontram origem nesta antiquíssima
povoação. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila,
recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

Capela de Nª Srª do Carmo


O Bairro de São Ginês é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo,
construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo. Quando os
romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se
na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e
paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
-4-

Fontanário em Loriga
Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D.Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e
traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário
do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de
Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,
Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loricenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica com dois mil anos, o facto é que os loricenses transformaram Loriga
numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um
inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde meados do século XIX.

Largo do Pelourinho
A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil
podem ter no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a categoria de vila e sede de concelho
-5-
desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante
cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e
1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa, teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por desejos
expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um
grave erro político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que
não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a região
de Loriga (antigo concelho de Loriga).

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada
dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do
país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência de
graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar tal
situação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:
desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,
Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loricense. A vila de Loriga situa-se a
vinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se a uma
distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira

Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais do centro histórico da vila de Loriga.
-6-
Bairro de São Ginês (S.Gens)
O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos
bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto
de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área.
Com o passar dos séculos os loricenses mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil de
pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Acordos de geminação

Loriga celebrou acordo de geminação com:

• A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
• Geografia romana em Portugal

Ligações externas
• LORIGA - Loriga na internet
• Loriga News
• Homepage sobre Loriga
• Analor

Fontes
Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

• Loriga na internet
• Informação Municipal [1]
• Loriga.de [2]
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.
-7-

A Enciclopédia possui multimedia sobre Loriga


Principais dados e documentos históricos sobre Loriga,gentilmente cedidos para consulta pelo webmaster
do site "http://groups.msn.com/Loriga".Os nossos agradecimentos.
Categorias: Freguesias de Portugal | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal

10 de Junho de 2007.
-1-

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ir para: navegação, pesquisa

40º 19' N 7º 41' O

Loriga

Brasão

Vista panorâmica de Loriga

Gentílico Loricense ou loriguense

Concelho Seia
-2-

Área 36,52 km²

População 1 367 hab. (2005)

Densidade 37,51 hab./km²

Orago Santa Maria Maior

Código postal 6270

Endereço da Junta de Freguesia de


Junta de Freguesia Loriga

Apelidada de “Suíça Portuguesa”, é a vila mais


alta de Portugal.

Freguesias de Portugal

Loriga (pron.IFA

[lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem uma povoação anexa, o
Fontão.
Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é directamente acessível
pela EN 231, e indirectamente pela EN338, e tem acesso directo à Lagoa Comprida, pela referida EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente e pré-projectado há mais de quarenta anos,
com um percurso de 9,2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela de Loriga,também
conhecida por Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida há décadas como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770m de altitude,na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R. para formarem
um dos maiores afluentes do Rio Alva.A montante da vila, a Ribeira de Loriga recebe também o Ribeiro da
Nave, um afluente que tem um curso extraordinário e passa por uma das zonas mais belas do Vale de
Loriga, incluíndo os famosos Bicarões, cascatas a alta altitude junto das quais se encontra uma formosa
quinta.

A vila está dotada de uma ampla gama de infrastrutras físicas e culturais, que abrangem todas as àreas e
todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em
1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de
Loriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea equivalente ao antigo concelho de Loriga, a
Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola C+S Dr. Reis
Leitão (actual EB23). Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o primeiro semestre de 2008.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho), com as
-3-
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada
à padroeira dos emigrantes loriguenses, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo
de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Índice

1 Breve história

2 Toponímia

3 Rua da Oliveira

4 Bairro de São Ginês (S.Gens)

5 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia

6 Acordos de geminação

7 Ver também

8 Ligações externas

9 Fontes

Breve história

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de
Lorica (antiga couraça guerreira), de que derivou Loriga, palavra que tem o mesmo significado. Os
Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os romanos lhe deram o nome
de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado.
-4-
É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de
referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
gigantesca construída pelos loriguenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo
mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga,
fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana

Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua
de Viriato. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila,
recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A tradição local e diversos antigos documentos
apontam Loriga como berço de Viriato, e no início do século XX existiu mesmo um movimento loriguense
para lhe erigir um estátua na vila, o que não chegou a concretizar-se.O documento mais famoso,embora não
seja o mais antigo, que fala de Loriga como sendo terra-natal de Viriato, é o livro manuscrito História da
Lusitânia, escrito pelo Bispo Mor do Reino em 1580.A actual Rua de Viriato, na parte mais antiga do centro
histórico da vila, já tinha esse nome no século XII.

Capela de Nª Srª do Carmo

O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do
Carmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo ao qual os
loriguenses passaram a chamar S.Ginês, talvêz por este nome ser mais fácil de pronunciar (aliás não existe
-5-
nenhum santo com o nome de Ginês). Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois
núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais
tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e
traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário
do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de
Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,
Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um
inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.
-6-

Largo do Pelourinho

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil
podem ter no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde
o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de
duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 (
D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa,
teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por desejos
expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um
grave erro político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que
não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a região
de Loriga (antigo concelho de Loriga).

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,
Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense. A vila de Loriga situa-se a
vinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se a uma
distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada
dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do
país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência de
graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar tal
situação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:
desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.
-7-

Rua da Oliveira

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais do centro histórico da vila de Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos
bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto
de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil
de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca

Joaquim Pina Moura

Acordos de geminação
-8-

Loriga celebrou acordo de geminação com:

A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

Geografia romana em Portugal

Ligações externas

Loriga News

O site mais visitado sobre Loriga

Analor

Fotografias de Loriga

Fotografias de Loriga

Fontes

Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Informação Municipal [1]

Loriga [2]

Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]

Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).

Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

O Wikimedia Commons possui multimídia sobre Loriga

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"

Categorias: Antigos municípios de Portugal | Freguesias de Portugal | Vilas de Portugal

Vistas

Artigo
-9-

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(mais informações em direitos autorais).

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Avisos gerais
-1-

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa

40º 19' N 7º 41' O


Loriga

Loriga - Vista do miradouro


Gentílico Loricense ou loriguense
Concelho Seia
Área 36,52 km²
População 1 367 hab. (2005)
Densidade 37,51 hab./km²
Orago Santa Maria Maior
Código postal 6270
Endereço da Junta de Freguesia de
Junta de Freguesia Loriga
Apelidada de “Suíça Portuguesa”
Freguesias de Portugal

Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional
de 37,51 hab/km².

Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231, e tem acesso directo à Lagoa Comprida, pela
N338, estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de 9.2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela
do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude, rodeada por montanhas,
das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga que
recebe a Ribeira de S.Bento, unindo-se depois da E.T.A.R., e que formam um dos afluentes do Rio Alva.

Está dotada de uma ampla gama de infrastrutras físicas e culturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo
Desportivo Loricense, fundado em 1934, a Banda de Música Filarmónica em Loriga, fundada em 1905, o corpo de Bombeiros Voluntários de Loriga, criado
em 1982, cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola
C+S Dr. Reis Leitão.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e festas em honra de S. António (durante o mês Junho) e S.
Sebastião (durante o mês de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira da diáspora loricense, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto.

Índice
• 1 Breve história
• 2 Rua da Oliveira
• 3 Bairro de São Ginês (S.Gens)
• 4 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia
• 5 Acordos de geminação
• 6 Ver também
• 7 Ligações externas
• 8 Fontes

Breve história

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos
anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e
povoação com alguma importância.
-2-

Igreja Matriz de Loriga - vista interior

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana,
o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica (antiga couraça guerreira). Os Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto
que os romanos lhe deram o nome de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado. É um caso
raro, em Portugal, de um nome bi-milenar,e justifica que a couraça seja a peça central do brasão histórico de Loriga. É um nome muito antigo e de grande valor
histórico para a vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são
um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos loricenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana

Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja
Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a
Rua de Viriato que a tradição local e diversos antigos documentos encontram origem nesta antiquíssima povoação. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade,
situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas
pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

Capela de Nª Srª do Carmo

O Bairro de São Ginês é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica
precisamente dedicada àquele santo. Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se
na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo
orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do
que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loricenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica com dois mil
-3-

anos, o facto é que os loricenses transformaram Loriga numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por
um inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.

Largo do Pelourinho

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil podem ter no futuro de uma localidade e de uma
região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante
cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os
chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa, teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por
desejos expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um grave erro político e administrativo; foi, no
mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio
de toda a região de Loriga (antigo concelho de Loriga).

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada dentro de poucas décadas, o que, tal como em
relação a outras relevantes terras históricas do interior do país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia
existência de graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar tal situação, vergonhosa para o país, é
necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel: desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
pertenceu ao Município Loricense. A vila de Loriga situa-se a vinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se
a uma distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na área da
freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira

Rua da Oliveira

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares.
Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do centro histórico da vila de Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos bairros mais conhecidos e típicos da vila. As
melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica
matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os loricenses
mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca


-4-

Joaquim Pina Moura

Acordos de geminação

Loriga celebrou acordo de geminação com:


• A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
• Geografia romana em Portugal

Ligações externas
• LORIGA - Loriga na internet
• Loriga News
• Analor

Fontes

Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:


• Loriga na internet
• Informação Municipal [1]
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

O Wikimedia Commons possui multimedia sobre Loriga


Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"

Categorias: Freguesias de Portugal | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal

Outras línguas
• English
• Italiano
• Latina
• Esta página foi modificada pela última vez a 19h22min, 10 de Junho de 2007.
• O texto desta página está sob a GNU Free Documentation License.
• Os direitos autorais de todas as contribuições para a Wikipédia pertencem aos seus respectivos autores (mais informações em direitos autorais).
• Política de privacidade
• Sobre a Wikipédia
• Avisos gerais
-1-

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
40º 19' N 7º 41'O

Loriga

Vista panorâmica de Loriga


Gentílico Loricense ou loriguense
Concelho Seia
Área 36,52 km²
População 1 367 hab. (2005)
Densidade 37,51 hab./km²
Orago Santa Maria Maior
Código postal 6270
Endereço da Junta de Freguesia de
Junta de Freguesia Loriga
Apelidada de “Suíça Portuguesa”, é a vila mais
alta de Portugal.
Freguesias de Portugal
Loriga (pron.IFA [lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem uma
povoação anexa, o Fontão.

Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é directamente acessível
pela EN 231, e indirectamente pela EN338, e tem acesso directo à Lagoa Comprida, pela referida EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente e pré-projectado há mais de quarenta anos,
com um percurso de 9,2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela de Loriga,também
conhecida por Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida há décadas como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770m de altitude,na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
-2-
destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R. para formarem
um dos maiores afluentes do Rio Alva.A montante da vila, a Ribeira de Loriga recebe também o Ribeiro da
Nave, um afluente que tem um curso extraordinário e passa por uma das zonas mais belas do Vale de
Loriga, incluíndo os famosos Bicarões, cascatas a alta altitude junto das quais se encontra uma formosa
quinta.

A vila está dotada de uma ampla gama de infrastrutras físicas e culturais, que abrangem todas as àreas e
todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em
1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de
Loriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea equivalente ao antigo concelho de Loriga, a
Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola C+S Dr. Reis
Leitão (actual EB23). Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o primeiro semestre de 2008.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada
à padroeira dos emigrantes loriguenses, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo
de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Índice
• 1 Breve história
• 2 Toponímia
• 3 Rua da Oliveira
• 4 Bairro de São Ginês (S.Gens)
• 5 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia
• 6 Acordos de geminação
• 7 Ver também
• 8 Ligações externas
• 9 Fontes

Breve história
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
-3-
Igreja Matriz de Loriga - vista interior
O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de
Lorica (antiga couraça guerreira), de que derivou Loriga, palavra que tem o mesmo significado. Os
Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os romanos lhe deram o nome
de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado.
É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de
referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
gigantesca construída pelos loriguenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo
mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga,
fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana
Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua
de Viriato. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila,
recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A tradição local e diversos antigos documentos
apontam Loriga como berço de Viriato, e no início do século XX existiu mesmo um movimento loriguense
para lhe erigir um estátua na vila, o que não chegou a concretizar-se.O documento mais famoso,embora não
seja o mais antigo, que fala de Loriga como sendo terra-natal de Viriato, é o livro manuscrito História da
Lusitânia, escrito pelo Bispo Mor do Reino em 1580.A actual Rua de Viriato, na parte mais antiga do centro
histórico da vila, já tinha esse nome no século XII.

Capela de Nª Srª do Carmo


O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do
Carmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo ao qual os
loriguenses passaram a chamar S.Ginês, talvêz por este nome ser mais fácil de pronunciar (aliás não existe
-4-
nenhum santo com o nome de Ginês). Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois
núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais
tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga
Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e
traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário
do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de
Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,
Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um
inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.
-5-

Largo do Pelourinho
A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil
podem ter no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde
o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de
duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 (
D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa,
teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por desejos
expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um
grave erro político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que
não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a região
de Loriga (antigo concelho de Loriga).

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,
Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loricense. A vila de Loriga situa-se a
vinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se a uma
distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada
dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do
país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência de
graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar tal
situação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:
desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.
-6-

Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais do centro histórico da vila de Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)


O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos
bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto
de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil
de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Acordos de geminação
Loriga celebrou acordo de geminação com:

• A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
• Geografia romana em Portugal
-7-
Ligações externas
• Loriga News
• O mais visitado site sobre Loriga
• Analor
• Fotografias de Loriga
• Fotografias de Loriga

Fontes
Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

• Informação Municipal [1]


• Loriga [2]
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

O Wikimedia Commons possui multimídia sobre Loriga


Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"
Categorias: Antigos municípios de Portugal | Freguesias de Portugal | Vilas de Portugal

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autores (mais informações em direitos autorais).
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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga
Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do
concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52
km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade
populacional de 37,51 hab/km².

Loriga encontra-se a 20 km da actual sede de


concelho, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A
vila tem acesso directo à Torre pela
N338,concluída em 2006, percurso de 9.2 km de
paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m
(Portela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa
Loriga - Vista do miradouro
Comprida.
Gentílico Loricense ou loriguense
O gentílico Loricense deriva do seu nome mais Concelho Seia
antigo,Lorica,nome esse que foi dado pelos Área 36,52 km²
romanos logo após a conquista da região. População 1 367 hab. (2005)
Densidade 37,51 hab./km²
A àrea urbana de Loriga está situada entre os 770m
e os 900m de altitude, rodeada por montanhas, das Orago Santa Maria Maior
quais se destacam a Penha dos Abutres e a Penha Código postal 6270
do Gato, é conhecida como "a Suíça portuguesa" Endereço da
Junta de Freguesia de
devido à sua extraordinária paisagem e localização Junta de
Loriga
geográfica. É atravessada por dois cursos de água: a Freguesia
Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento. Acesso pelas estradas nacionais 231 e 338.
Freguesias de Portugal
Está dotada de uma ampla gama de infrastrutras,
desde físicas a culturais, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo de Loriga,
fundado em 1934, a Banda de Música Filarmónica de Loriga, fundada em 1905, o corpo de
Bombeiros Voluntários de Loriga, criado em 1982, cujos serviços abrangem a àrea equivalente à
parte mais antiga do antigo concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas
obras sociais de relevo, e a Escola C+S Dr. Reis Leitão.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e
festas em honra de S. António (durante o mês de Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho),
com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a
festa dedicada à padroeira da diáspora loricense, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no
primeiro Domingo de Agosto.

Índice
1 Breve história
2 Rua da Oliveira
3 Bairro de São Ginês (S.Gens)
4 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia
5 Acordos de geminação
6 Ver também
7 Ligações externas

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
Página Web 2 de 5

8 Referências

Breve história
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da
vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma
colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu


protagonismo e dos seus habitantes nos Hermínios (actual Serra da
Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-
lhe o nome de Lorica (antiga couraça guerreira). Os Hermínios
eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os
romanos lhe deram o nome de Lorica, e deste nome derivou
Loriga (designação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo
Igreja Matriz de Loriga - vista significado. É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar.
interior É um nome muito antigo e de grande valor histórico para a vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza


paisagística é o principal atractivo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são
um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos loricenses ao longo de
muitas centenas de anos e que transformou um vale belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra
que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga, fazendo parte do património histórico
da vila e é demonstrativa do génio dos loricences.

Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e


a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o
Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São
Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua de
Viriato,nome do herói lusitano, que a tradição local e diversos
antigos documentos apontam como sendo natural desta
antiquíssima povoação. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade,
Ponte romana situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda
algumas das características urbanas da época medieval. A estrada
romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao
restante império, merecem destaque.

O Bairro de São Ginês é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se


a capela de Nossa Senhora do Carmo, construída no local de
uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo. Quando os romanos chegaram, a
povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde
hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.
No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
Página Web 3 de 5

Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D.


Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior
e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada
para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior
lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo
sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo Capela de Nª Srª do Carmo
arruinado também a residência paroquial e aberto algumas
fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara
Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês
de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao
contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade
serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa
qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século


XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da
Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu
suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em
que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Fontanário em Loriga
Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis
Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,
fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome
de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loricenses. Apesar de, por
exemplo, dos maus acessos que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica com dois mil anos,
o facto é que os loricenses transformaram Loriga numa vila industrial progressiva, o que confirma o
seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um inimigo político e administrativo, local e
nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das


consequências que os confrontos de uma guerra civil podem ter
no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a
categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo
recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de
Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso
Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514
( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa, teve o castigo de
deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida Largo do Pelourinho
por desejos expansionistas da localidade que beneficiou com o
facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um grave erro
político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que
não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a
região de Loriga (antigo concelho de Loriga).

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará
desertificada dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras
históricas do interior do país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
Página Web 4 de 5

Confirmaria também a óbvia existência de graves e sucessivos erros nas políticas de coesão,
administração e ordenamento do território. Para evitar tal situação, vergonhosa para o país, é
necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel: desenvolver a vila de Loriga,
pólo e centro da região.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loricense. A vila de
Loriga situa-se a vinte quilómetros da actual sede de concelho e algumas freguesias da sua região,
situam-se a uma distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de


Freguesias da Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de
esqui existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila.
A sua escadaria tem cerca de 100 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das
características urbanas medievais do centro histórico da vila de
Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)


O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga
cujas caracteristicas o tornam num dos bairros mais conhecidos
e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas
aqui. Curioso é o facto de este bairro do centro histórico da vila Rua da Oliveira
dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago
de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os loricenses mudaram o nome
do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já
esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Personagens de Loriga com artigos na Imagem:Busto do, Dr. Joaquim


A.Amorim da Fonseca -
Wikipédia Loriga.jpg
Busto do, Dr Joaquim A. Amorim
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca da Fonseca, Loriga

Joaquim Pina Moura

Acordos de geminação
Loriga celebrou acordo de geminação com:

A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
Página Web 5 de 5

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Loriga News
Site Loriga
Uma homepage de Loriga
Analor

Referências
Informação Municipal [1]

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"

Categorias: Freguesias de Portugal | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal

Esta página foi modificada pela última vez a 15h37min, 9 de Junho de 2007.
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Os direitos autorais de todas as contribuições para a Wikipédia pertencem aos seus respectivos
autores (mais informações em direitos autorais).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 09-06-2007
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Este artigo é sobre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cineasta Ray
Loriga, veja Ray Loriga.

Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga


Loriga
Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O


País Portugal
Concelho Seia
- Tipo Junta de freguesia
Brasão de Loriga

Área
- Total 36,52 km²
População (2005)
- Total 1 367
- Densidade 37,51/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270


Orago Santa Maria Maior
Correio electrónico jfloriga@sapo.pt
Sítio Freguesiadeloriga.com
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia,


distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade
populacional de 37,51 hab/km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia,


80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um projecto pré-existentes há mais
de 40 anos, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960m
(Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650m, perto da Lagoa Comprida.
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma
paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária paisagem e


localização geográfica. Está situada entre os 770m de altitude, na sua parte urb
urbana mais
baixa, e os 1100m, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a
Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, sendo que esta desagua na primeira depois da
E.T.A.R... A Ribeira de Loriga,
Loriga um dos maiores afluentes do Rio Alva,, recebe também
junto da vila as àguas do chamado Ribeiro do Cortiçor.
Cortiçor

ex libris de Loriga,
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris
transformou um vale
uma obra construída ao longo de muitas centenas de anos e que transformou
belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo
parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

stá dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-


A vila está sóc -culturais, que
abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo
Desportivo Loriguense, fundado em 1934,, a Sociedade Recreativa e Musical
Loriguense, fundada em 1905,
1905 os Bombeiros Voluntários de Loriga,, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem
esenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho
de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo,
e a Escola Básica 1,2,3 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se
iniciaram se as obras do
ombeiros Voluntários, edifício que se prevê estar concluído em 20
novo Quartel dos Bombeiros 2008
e inaugurado noo mesmo ano.1

Índice
[esconder]

 1 Toponímia
 2 História
o 2.1 Forais
o 2.2 História até ao final do séc. XVIII
o 2.3 História posterior ao séc. XVIII
 3 Património de destaque
 4 Praia fluvial
 5 Festividades
 6 Gastronomia
 7 Personagens
 8 Acordos de geminação
 9 Ver também
 10 Ligações externas
 11 Fontes
 12 Referências

Toponímia[editar]
Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e
dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência
lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para
couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos
Visigodos, e que tem exatamente o mesmo significado. Ainda que não existissem
origens antigas e históricas a filologia diz-nos que a palavra Loriga deriva de Lorica, do
latim, facto suficiente para a existência do gentílico Loricense, para designar os naturais
da vila de Loriga. Pela antiguidade e importância histórica e filológica do nome, a
couraça é a peça principal do brasão da vila, considerada pelos especialistas em
heráldica portuguesa como imprescindível no brasão de Loriga.

História[editar]
Forais[editar]

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais
em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514
(D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas ou Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e esse facto contribuíu para que lhe fosse retirada a sede de município.
Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação
territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII[editar]

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro
histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem
como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
Uma antiga tradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como terra
natal de Viriato, sendo que a rua principal da àrea mais antiga do centro histórico da vila
tem há séculos o nome deste heroi lusitano. Chegou a haver um projecto e uma
subscrição para erigir uma estátua e que não chegou a concretizar-se. O documento mais
curioso,, embora não o mais antigo, que refere Loriga como berço de Viriato é o livro
manuscrito História da Lusitânia, datado de 1580 e da autoria
autor do Bispo-Mor
Mor do Reino.

Igreja Matriz dedicada a Santa Maria Maior,


Maior padroeira de Loriga - vista interior.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,


situava se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
mais antigo e principal, situava-se
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, a atual Rua de
Viriato, na parte existente entre o centro de dia da ALATI e a antiga Casa do Povo,
coincide exatamente com parte do traçado da antiga muralha que defendia a povoação.
No local do actual Bairro de S.Ginês ( S.Gens ) existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais
tarde uma ermida dedicada a S. Gens, atual capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o
tempo os loricenses mudaram o nomenome do santo para S.Ginês ( santo inexistente ) talvez
por ser mais fácil de pronunciar.
pronunciar

Um dos três monumentais fontanários


f erigidos em Loriga pela Colónia Loriguenses de
Manaus, Brasil.

Loriga era uma paróquia criada pelos visogodos, pertencente à antiga diocese da
Egitânia, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II.
Maior e que se mantém, foi construída no local de um outro antigoo e pequeno templo
visogótico,, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, na qual foi
adro. De
gravada a data da construção, e que está colocada na porta lateral virada para o adro
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
1755, dela restando apenas partes das paredes laterais
igreja foi destruída pelo sismo de 1755,
e alguma alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a


oquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício
residência paroquial
da Câmara Municipal construído no século XIII e que ainda existe, embora
descaraterizado porque entretanto foi adaptado a residência particular.
particular. Um emissário do
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquerer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII[editar]


XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIXXIX, embora os
investimentos industriais se tenham intensificado a partir de meados do mesmo século.
Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior
Interior, e a actual sede
de concelho só conseguiu suplantá-la
suplantá já quase em meados do século XX XX. Tempos houve
em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas,
tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,
fazem parte da rica históriaa industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga
tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado
destacado dos antigos industriais
loricenses.
enses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de
Lorica,
a, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa
progressiva vila industrial.

Largo do Pelourinho.

Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornoutornou-se um dos
principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos
lanifícios,
fícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que
está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões
interiores de Portugal devido às inexistentes políticas locais e nacionais de coesão e
administração do território.. Actualmente a economia loriguense basea-se
basea se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, alguma indústria de malhas, no comércio, restauração,
alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira
Beira,
Teixeira, Valezim, Vide,, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu
pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de


Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e
estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas dentro da área da freguesia de
Loriga.

Património de destaque[editar]
destaque
destacam se a ponte e a estrada romanas ((século I
Em termos de património histórico, destacam-se
), uma sepultura antropomórfica (século
a.C.), ( VI a.C.)) chamada popularmente de "caixão
da moura", a Igreja Matriz (século
( XIII,, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), a capela
pela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida visigótica de S.
Gens, atual capela
apela de Nossa Senhora do Carmo no bairro de São Ginês, a Rua de
Viriato e a Rua da Oliveira que recorda as características urbanas medievais desta vila.

A estrada romana
mana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande
cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao
cem destaque.
restante império, merecem

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem
cerca de 80 degraus em granito,
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda
muitas das características urbanas medievais de Loriga. O bairro de São Gin Ginês é um
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens
Gens, um santo de
origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano,
orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de
Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do
santo para S. Ginês,, deixaram arruinar a sua ermida e depois reconstruiram
reconstruiram-na com o
orago de Nossa Senhora do Carmo
Carmo.. Este núcleo da povoação, que já esteve sepa
separado do
principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial de Loriga, no local conhecido há séculos por Chão da Ribeira.


Festividades[editar
editar]
Ao longo do ano celebram--se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das
Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura
da Quaresma),), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião
(no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o
ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes
de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Doming
Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no
Fontão de Loriga.

Gastronomia[editar
editar]
A gastronomia loriguense
iguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se
salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas,
uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho,
queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOPDOP), a aguardente
de zimbro.. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a
Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce
feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade
loriguense no Brasil) e o Bolo Negro
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do
Xisto e do Milho.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga.

Personagens[editar
editar]
 Joaquim Augusto Amorim da Fonseca,
Fonseca médico
 Joaquim Pina Moura,
Moura economista e político

Acordos de geminação[editar]
geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém
Sacavém, em 1
de Junho de 1996.
Ver também[editar
editar]
 Geografia romana em Portugal

Ligações externas[editar]
externas

O Commons possui multimídias sobre Loriga

 Homepage sobre Loriga


 Analor
 Portal Vila de Loriga
 ABAE
 Geobserver

Fontes[editar]
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

 História concisa de Loriga por António Conde


 Bacia hidrográfica
rográfica da Ribeira de Loriga
 Página dos Bombeiros de Loriga
 Página da Junta de Freguesia de Loriga
 Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
 Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
 de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM,
CM, 1980
 Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do
Exército.

[Esconder]
v•e

Freguesias de Seia
Alvoco da Serra • Cabeça • Carragosela • Folhadosa • Girabolhos •
Lajes • Lapa dos Dinheiros • Loriga • Paranhos da Beira • Pinhanços •
Sabugueiro • Sameice • Sandomil • Santa Comba • Santa Eulália • Santa
Marinha • Santiago • São Martinho • São Romão • Sazes da Beira • Seia
• Teixeira • Torrozelo • Tourais • Travancinha • Valezim • Várzea de
Meruge • Vide • Vila Cova à Coelheira

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=37313081
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=37313081
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=37313081"
Categorias:

 Freguesias de Seia
 Antigos municípios de Portugal
 Vilas de Portugal
Categorias ocultas:

 !Artigos que carecem de notas de


d rodapé desde Setembro de 2006
06
 !Infobox com geocoordenadas

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 Sobre a Wikipédia
 Avisos gerais
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-1-

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Este artigo é sobre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cineasta Ray Loriga, veja
Ray Loriga.

Este artigo ou secção contém uma lista de fontes ou uma única fonte no fim do
texto, mas estas não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a
verificabilidade. (desde setembro de 2010)
Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodapé citando as fontes,
inserindo-as no corpo do texto quando necessário.

Coordenadas: 40º 19' N 7º 41' O

Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Brasão da vila de Loriga


-2-

Loriga

Loriga
Localização de Loriga em Portugal
40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
País Portugal
Concelho Seia
Administração
- Tipo Junta de freguesia
Área
- Total 36 52 km2
População (2005)
- Total 1 367
- Densidade 37,51/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Correio electrónico jfloriga@sapo.pt
Sítio Freguesiadeloriga.com
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.
-3-

Loriga (pron.IFA [lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda.
Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem uma
povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e


320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338, estrada concluída em 2006, seguindo
um traçado e um projecto pré-existentes há décadas, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960m (Portela de Loriga ou Portela do Arão) e 1650m, três quilómetros acima
da Lagoa Comprida.

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma paisagem alpina

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada
a cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e Ribeira de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R. sendo que a
Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
construída ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É
uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestrutras físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os
grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934,
a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga,
criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo
município loriguense, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a
Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos
Bombeiros Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o ano de 2011.
-4-

Índice
• 1 História
• 2 Toponímia
• 3 Festividades
• 4 Gastronomia
• 5 Personagens
• 6 Acordos de geminação
• 7 Ver também
• 8 Ligações externas
• 9 Fontes

[editar] História

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior

Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos
a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou
Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos), que tem o mesmo significado.

Ponte romana

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "Caixão da Moura", a Igreja
Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São
Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua de Viriato. A Rua da Oliveira, pela sua
peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda algumas das características
-5-

urbanas da época medieval.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira
de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem
destaque.

Capela de Nossa Senhora do Carmo

O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora
do Carmo, a antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e
principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava
fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida
dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se
mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra
com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo
de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao
contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquer auxílio.
-6-

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem
parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto
Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se
resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial.

Largo do Pelourinho

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso
Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho
em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX,
curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos. Porém, partir da primeira metade do século
XIX, como já foi mencionado, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Interior, com a
implantação da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século
passado o que está a acelerar a desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões
interiores de Portugal devido às inexistentes políticas de coesão do território. Actualmente a economia
loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma
agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

[editar] Toponímia
-7-

Rua da Oliveira

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais.

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos
bairros mais típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do
imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os
loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar, e
substituíram o orago da sua capela pelo de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já
esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

[editar] Festividades

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas -
cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no
primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda,
no Fontão de Loriga.

[editar] Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco,
maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o
queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas
eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz
doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no
Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa
e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.
-8-

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

[editar] Personagens
• Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico
• Joaquim Pina Moura, economista e político

[editar] Acordos de geminação

Loriga celebrou acordo de geminação com a vila ,actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

[editar] Ver também


• Geografia romana em Portugal

[editar] Ligações externas


• Homepage sobre Loriga
• Analor
• Portal Vila de Loriga

[editar] Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:


• História concisa de Loriga
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
• Página dos Bombeiros de Loriga
• Página da Junta de Freguesia de Loriga
• Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

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Freguesias de Seia

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Loriga • Paranhos da Beira • Pinhanços • Sabugueiro • Sameice • Sandomil • Santa Comba • Santa
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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e Portugal Loriga


freguesia portuguesa do concelho de Seia,
— Freguesia —
distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1
367 habitantes (2005) e densidade
populacional de 37,51 hab/km². Tem uma
povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da


Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da
Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível
pela EN 231 e pela EN338, estrada concluída
em 2006, seguindo um traçado e um projecto
pré-existentes há décadas, com um percurso de
Vista geral de Loriga
9,2 km de paisagens de montanha, entre as
cotas 960m (Portela do Arão) e 1650m, dois
quilómetros acima da Lagoa Comprida.

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina

conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à


sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770m de altitude, na sua
parte urbana mais baixa, rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato
(1771m), e é abraçada por dois cursos de água: Brasão da vila de Loriga
a Ribeira de Loriga e Ribeira de S.Bento, que

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
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se unem depois da E.T.A.R. para formarem um


dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação


são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma
obra construída ao longo de muitas centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num
vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio Loriga
dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de


infraestrutras físicas e sócio-culturais, que
abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em
1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga,
criados em 1982, cujos serviços se
desenvolvem na àrea aproximadamente
equivalente ao antigo município, a Casa de
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas
obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr.
Reis Leitão. Em Março de 2007 iniciaram-se
as obras do novo Quartel dos Bombeiros Localização de Loriga em Portugal
Voluntários, edifício que se prevê concluído
40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
durante o ano de 2011.
País Portugal
Concelho
Seia
Índice Administração
- Tipo Junta de freguesia
■ 1 História
■ 2 Toponímia Área
■ 3 Festividades - Total 36 52 km2
■ 4 Gastronomia População (2005)
■ 5 Personagens
■ 6 Acordos de geminação - Total 1 367
■ 7 Ver também - Densidade 37,51/km2
■ 8 Ligações externas
Gentílico: Loriguense ou Loricense
■ 9 Fontes
Código 6270
postal
Orago Santa Maria Maior
História Correio jfloriga@sapo.pt
electrónico
Fundada originalmente no alto de uma colina
Sítio Freguesiadeloriga.com
entre ribeiras onde hoje existe o centro (http://www.freguesiadeloriga.com)
histórico da vila. O local foi escolhido há mais
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
de dois mil e seiscentos anos devido à Portugal.
facilidade de defesa (uma colina entre

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
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ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas
providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam
garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma
importância.

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu


protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios
(actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou
os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral
para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga
(derivação iniciada pelos Visigodos), que tem o mesmo
significado.

Em termos de
património histórico,
Igreja Matriz de Loriga - vista destacam-se a ponte e
interior
a estrada romanas
(século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século
XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído),
o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à
chegada dos romanos e a Rua de Viriato. A Rua da Oliveira,
Ponte romana
pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro
histórico da vila, recorda algumas das características urbanas
da época medieval.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na
Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império,
merecem destaque.

O Bairro de São Ginês é um ex-libris de Loriga e nele destaca


-se a capela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida
visigótica dedicada a S.Gens, e entretanto remodelada.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida


em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se
na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de
Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No
local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do
Capela de Nossa Senhora do Carmo qual os Visigodos construíram mais tarde a ermida dedicada
àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que
se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma
pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi
destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
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O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo


arruinado também a residência paroquial e aberto algumas
fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara
Municipal construído no século XIII. Um emissário do
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos
mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo
de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade


do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho
só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX.
Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no Fontanário em Loriga
número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato,
Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas,
Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A
principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila
industrial.

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século


XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio
das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474
(D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas
contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser
sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX,
curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.
Porém, partir da primeira metade do século XIX, tornou-se
Largo do Pelourinho um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com a
implantação da indústria dos lanifícios, que entrou em
declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a acelerar a desertificação da Vila,
facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia
loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma
agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira,
Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias
da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de
esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de
Loriga.

Toponímia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
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A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da


vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o
que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas
das características urbanas medievais.

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de


Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas
aqui. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São
Gens, um santo de origem céltica matirizado em Arles, na
Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma
ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos
os loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês,
Rua da Oliveira
talvez por ser mais fácil de pronunciar. Este núcleo da
povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas -
cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo
de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os
pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão
branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e
sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela
comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do
Milho.

Personagens
■ Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico
■ Joaquim Pina Moura, economista e político

http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga 17-11-2010
Página Web 6 de 6

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim Acordos de geminação


da Fonseca, Loriga
Loriga celebrou acordo de geminação com a vila ,actual
cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
■ Geografia romana em Portugal

Ligações externas
■ Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
■ Analor (http://www.analor.org)
■ Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

■ História concisa de Loriga (http://www.lorica.no.sapo.pt)


■ Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
(http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
■ Página dos Bombeiros de Loriga (http://http://www.bvloriga.pt/)
■ Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
■ Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
■ Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
■ de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
■ Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

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Loriga
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Loriga, veja Ray Loriga.
Este artigo ou secção contém uma ou mais fontes no fim do
texto,, mas nenhuma é citada no corpo do artigo,, o que
compromete a confiabilidade das informações. (desde setembro de
2010)
Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodapé citando as
fontes, inserindo-as
inserindo no corpo do texto quando necessário.

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Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga


Loriga
Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O


País Portugal
Concelho Seia
- Tipo Junta de freguesia
Brasão de Loriga

Área
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
- Densidade 28,8/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270


Orago Santa Maria Maior
Correio electrónico jfloriga@sapo.pt
Sítio Freguesiadeloriga.com
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia,


distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 053 habitantes (2011) e densidade
populacional de 28,8 hab/km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia,


80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um projecto pré-existentes há mais
de 40 anos, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960m
(Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.
Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma
paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização


geográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana mais baixa,
rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude)
e a Penha
nha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e
a Ribeira de S.Bento, sendo que esta desagua na primeira depois da E.T.A.R.
E.T.A.R.. A Ribeira
de Loriga, um dos maiores afluentes do Rio Alva,, recebe também junto da vila as àguas
do chamado Ribeiro do Cortiçor.
Cortiçor

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris


libris de Loriga,
uma obra construída ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale
belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo
habitantes.
parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus ha

stá dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-


A vila está sócio-culturais, que
abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo
Desportivo Loriguense, fundado em 1934,, a Sociedade Recreativa e Musical
Loriguense, fundada em 1905,
1905 os Bombeiros Voluntários de Loriga,, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho
de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo,
e a Escola Básica 1,2,33 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram
iniciaram-se
se as obras do
novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
Setembro do mesmo ano.1

Índice
[esconder]

 1 Toponímia
 2 História
o 2.1 Forais
o 2.2 História até ao final do séc. XVIII
o 2.3 História posterior ao séc. XVIII
 3 Património de destaque
 4 Praia fluvial
 5 Festividades
 6 Gastronomia
 7 Personagens
 8 Acordos de geminação
 9 Ver também
 10 Ligações externas
 11 Fontes
 12 Referências

Toponímia[editar]
Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e
dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência
lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para
couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos
Visigodos, e que tem exatamente o mesmo significado. Ainda que não existissem
origens antigas e históricas a filologia diz-nos que a palavra Loriga deriva de Lorica, do
latim, facto suficiente para a existência do gentílico Loricense, para designar os naturais
da vila de Loriga. Pela antiguidade e importância histórica e filológica do nome, a
couraça é a peça principal do brasão da vila, considerada pelos especialistas como
imprescindível na heráldica de Loriga.

História[editar]
Forais[editar]

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais
em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514
(D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas ou Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e esse facto contribuíu para que lhe fosse retirada a sede de município.
Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação
territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII[editar]

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro
histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem
como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
Uma antiga tradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como terra
natal de Viriato, sendo que a rua principal da àrea mais antiga do centro histórico da vila
tem há séculos o nome deste heroi lusitano. Chegou a haver um projecto e uma
subscrição para erigir uma estátua e que não chegou a concretizar-se. O documento mais
curioso, embora não o mais antigo, que refere Loriga como berço de Viriato é o livro
manuscrito História da Lusitânia, datado de 1580 e da autoria do Bispo-Mor
Mor do Reino.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,


situava-se
mais antigo e principal, situava se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, a atual
tual Rua de
Viriato, na parte existente entre o centro
c de dia da ALATI e a antiga Casa do Povo,
coincide exatamente com parte do traçado da antiga muralha que defendia a povoação.
No local do actual Bairro de S.Ginês ( S.Gens ) existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais
tarde uma ermida dedicada a S. Gens, atual capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o
tempo oss loricenses mudaram o nome do santo para S.Ginês ( santo inexistente ) talvez
por ser mais fácil de pronunciar
pronunciar.

Fontanário em Loriga.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II.. Esta igreja, cujo orago era já o de
Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de um outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está
colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça
exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755,
dela restando apenas partes das paredes laterais e alguma alvenaria.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a
residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício
da Câmara Municipal construído no século XIII e que ainda existe, embora
particular.. Um emissário do
descaraterizado porque entretanto foi adaptado a residência particular
Marquês de Pombal estevee em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do
governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVII


XVIII[editar]

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX
XIX, embora os
investimentos industriais se tenham intensificado a partir de meados do mesmo século.
Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior
Interior, e a actual sede
suplantá-la quase em meados do século XX.. Tempos houve
de concelho só conseguiu suplantá
em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas,
tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,
fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga
tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado
destacado dos antigos indus
industriais
enses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de
loricenses.
Lorica,
a, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila
industrial.

Largo do Pelourinho.

Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornoutornou-se um dos
principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos
lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimas décadas do século passado
facto que afecta de maneira geral as regiões
o que está a levar à desertificação da Vila, facto
interiores de Portugal devido a sucessivas políticas erradas de coesão e administração do
território.. Actualmente a economia loriguense basea-se
basea se nas indústrias metalúrgica e de
panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A áreaa onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira
Beira,
Teixeira, Valezim, Vide,, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de


e Loriga.
Freguesias da Serra da Estrela, com sede em

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e


estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas dentro da área da freguesia de
Loriga.

destaque[editar]
Património de destaqu
Em termos de património histórico, destacam-se
destacam se a ponte e a estrada romanas ((século I
), uma sepultura antropomórfica (século
a.C.), ( VI a.C.)) chamada popularmente de "caixão
da moura", a Igreja Matriz (século
( XIII,, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), a capela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida visigótica de S.
Gens, no bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira que recorda as
características urbanas medievais.
medievais

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao
cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos
restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem
cerca de 80 degraus em granito,
granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda
as características urbanas medievais de Loriga. O bairro de São Ginês é um
muitas das
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais
típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens
Gens, um santo de
origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano,
orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de
Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do
santo para S. Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial de Loriga, conhecida


conheci também como Chão da Ribeira.

Praia fluvial[editar
editar]
Como desde há alguns anos, em 2012, esta praia foi uma
uma das 275 praias nacionais
galardoadas com a bandeira azul2 ; em Junho recebeu a bandeira "Qualidade Ouro",
atribuido pela Quercus.3 Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.
Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do
finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
total de 70 pré-finalistas,
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades[editar
editar]
Ao longo do ano celebram--se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das
Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura
da Quaresma),), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião
(no último Domingongo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o
ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes
de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundoo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no
Fontão de Loriga.

editar]
Gastronomia[editar
daquela considerada típica da Beira Alta, onde se
A gastronomia loriguense faz parte daquela
salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas,
uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho,
queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOPDOP), a aguardente
de zimbro.. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a
Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce
feito com milho), a botelha
telha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade
Loriga. A importância da gastronomia única é
loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga.
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do
Xisto e do Milho.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga.

Personagens[editar
editar]
 Joaquim Augusto Amorim da Fonseca,
Fonseca médico
 Joaquim Pina Moura,
Moura economista e político

Acordos de geminação[editar]
geminaçã
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém
Sacavém, em 1
de Junho de 1996.

Ver também[editar
editar]
 Geografia romana em Portugal

Ligações externass[editar]

O Commons possui multimídias sobre Loriga

 Homepage sobre Loriga


 Analor
 Portal Vila de Loriga
 7 Maravilhas - Praias de Portugal
 ABAE
 Geobserver

Fontes[editar]
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

 História concisa de Loriga por António Conde


Cond
 Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga
 Página dos Bombeiros de Loriga
 Página da Junta de Freguesia de Loriga
 Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
 Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
 de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
 Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do
Exército.

Referências
1. Ir para cima ↑ Diário "As Beiras" online. Bombeiros de Loriga mudam para
novo quartel.. Página visitada em Outubro de 2012.
2. Ir para cima ↑ ABAE. Locais Galardoados na Região do Centro com a
Bandeira Azul, 2012.
2012 Página visitada em Julho de 2012.
3. Ir para cima ↑ Site da Câmara Municipal de Seia. Praia de Loriga com
qualidade de ouro.. Página visitada em Julho de 2012.

[Esconder]
v•e

Freguesias de Seia
Alvoco da Serra • Cabeça • Carragosela • Folhadosa • Girabolhos •
Lajes • Lapa dos Dinheiros • Loriga • Paranhos da Beira • Pinhanços •
Sabugueiro • Sameice • Sandomil • Santa Comba • Santa Eulália • Santa
Marinha • Santiago • São Martinho • São Romão • Sazes da Beira • Seia
• Teixeira • Torrozelo • Tourais • Travancinha • Valezim • Várzea de
Me
Meruge • Vide • Vila Cova à Coelheira

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=37313081
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=37313081
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03h36min de 9 de novembro de
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Loriga
Origem: Wikipédia, a encic
ciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
isa
Nota: Este artigo é sobr
obre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cin
cineasta Ray
Loriga, veja Ray Loriga.
Este artigo
go ou secção contém uma ou mais fontes noo fim f do
texto, mass n
nenhuma é citada no corpo do artigo, o que ue
compromete
ete a confiabilidade das informações. (desde sete
tembro de
2010)
Por favor, mel
elhore este artigo introduzindo notas de rodapé citandoo as
fontes, inserin
rindo-as no corpo do texto quando necessário.

tes: Google — notícias, livros, acadêmico — Scirus — Bing.


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Veja como referenciar
ref e citar as fontes.

Portugal Loriga
— Freguesia —

Vista geral de Loriga


Loriga
Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O


País Portugal
Concelho Seia
- Tipo Junta de freguesia
Brasão de Loriga

Área
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
- Densidade 28,8/km2
Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270


Orago Santa Maria Maior
Correio electrónico jfloriga@sapo.pt
Sítio Freguesiadeloriga.com
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga (pron.IFA [lo' ig ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia,


distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 053 habitantes (2011) e densidade
populacional de 28,8 hab/km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque
Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia,


80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um projecto pré-existentes há mais
de 40 anos, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960m
(Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.
Vista panorâmica de Loriga
iga e do vale glaciar com o mesmo nome, semeelhante a uma
paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça ça Portuguesa" devido à sua extraordinária loca


calização
geográfica. Está situada a ce
cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana
na mais baixa,
rodeada por montanhas, das as quais se destacam a Penha dos Abutres (182828m de altitude)
e a Penha do Gato (1771m)m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribe
ibeira de Loriga e
a Ribeira de S.Bento, sendo
do que esta desagua na primeira depois da E.T.
.T.A.R.. A Ribeira
de Loriga, um dos maioreses afluentes do Rio Alva, recebe também juntoto da
d vila as àguas
do chamado Ribeiro do Cor ortiçor.

Os socalcos e sua complexaxa rede de irrigação são um dos grandes ex-libr


libris de Loriga,
uma obra construída ao long
ongo de muitas centenas de anos e que transform
ormou um vale
belo mas rochoso num vale le fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,
pa fazendo
parte do património históric
rico da vila e é demonstrativa do génio dos seus
eus habitantes.

A vila está dotada de umaa aampla gama de infraestruturas físicas e sócio--culturais, que
abrangem todos os gruposs etários,
e das quais se destacam, por exemplo,, o Grupo
Desportivo Loriguense, fun
undado em 1934, a Sociedade Recreativa e Muusical
Loriguense, fundada em 1905,
19 os Bombeiros Voluntários de Loriga, criariados em 1982,
cujos serviços se desenvolv
lvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho
de Loriga, a Casa de Repou
ouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais
so de relevo,
e a Escola Básica 1,2,3 Dr.
r. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se se as obras do
novo Quartel dos Bombeiroiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
Setembro do mesmo ano.1

Índice
[esconder]

1 Toponímia
2 História
o 2.1 Forais
o 2.2 Históriaia até ao final do séc. XVIII
o 2.3 Históriaia posterior ao séc. XVIII
3 Património de des
estaque
4 Praia fluvial
5 Festividades
6 Gastronomia
7 Personagens
8 Acordos de geminação
9 Ver também
10 Ligações externas
11 Fontes
12 Referências

Toponímia[editar]
Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e
dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência
lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para
couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos
Visigodos, e que tem exatamente o mesmo significado. Ainda que não existissem
origens antigas e históricas a filologia diz-nos que a palavra Loriga deriva de Lorica, do
latim, facto suficiente para a existência do gentílico Loricense, para designar os naturais
da vila de Loriga. Pela antiguidade e importância histórica e filológica do nome, a
couraça é a peça principal do brasão da vila, considerada pelos especialistas como
imprescindível na heráldica de Loriga.

História[editar]
Forais[editar]

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais
em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514
(D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas ou Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e esse facto contribuíu para que lhe fosse retirada a sede de município.
Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação
territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu
origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII[editar]

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro
histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem
como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
Uma antiga tradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como terra
natal de Viriato, sendo que a rua principal da àrea mais antiga do centro histórico da vila
tem há séculos o nome deste heroi lusitano. Chegou a haver um projecto e uma
subscrição para erigir uma estátua e que não chegou a concretizar-se. O documento mais
curioso, embora não o mais
ais antigo, que refere Loriga como berço de Vir
iriato é o livro
manuscrito História da Lusi
usitânia, datado de 1580 e da autoria do Bispo-MMor do Reino.

Igreja Matriz de Loriga - vista


vi interior.

Quando os romanos chegara aram, a povoação estava dividida em dois núcle


cleos. O maior,
mais antigo e principal, situ
ituava-se na área onde hoje existem a Igreja Ma
Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fort
ortificado com muralhas e paliçada. Aliás, a atu
tual Rua de
Viriato, na parte existente entre
e o centro de dia da ALATI e a antiga Cas
asa do Povo,
coincide exatamente com pa parte do traçado da antiga muralha que defend
ndia a povoação.
No local do actual Bairro de S.Ginês ( S.Gens ) existiam já algumas habi
abitações
encostadas ao promontório io rochoso, em cima do qual os Visigodos consnstruíram mais
tarde uma ermida dedicada da a S. Gens, atual capela de Nossa Senhora doo Carmo. Com o
tempo os loricenses mudaraaram o nome do santo para S.Ginês ( santo inexexistente ) talvez
por ser mais fácil de pronun
unciar.

Fontanário em Loriga.

Loriga era uma paróquia pertencente


pe à Vigararia do Padroado Real e a Igreja
Ig Matriz foi
mandada construir em 1233 33 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago
ago era já o de
Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de um outro tro antigo e
pequeno templo, do qual foi
fo aproveitada uma pedra com inscrições visig sigóticas, que está
colocada na porta lateral vir
virada para o adro. De estilo românico, com três
trê naves, e traça
exterior lembrando a Sé Veelha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelolo sismo de 1755,
dela restando apenas partes
es das paredes laterais e alguma alvenaria.
O sismo de 1755 provocouu enormes estragos na vila, tendo arruinado também
tam a
residência paroquial e abert
erto algumas fendas nas robustas e espessas par aredes do edifício
da Câmara Municipal constnstruído no século XIII e que ainda existe, embo bora
descaraterizado porque entr
ntretanto foi adaptado a residência particular.. Um
U emissário do
Marquês de Pombal estevee em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contr ntrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra
(o localidade serrana muito afectada), nãoo chegou do
governo de Lisboa qualquer
uer auxílio.

História posterior ao sé
séc. XVIII[editar]

Loriga é uma vila industrial


ial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX,
X embora os
investimentos industriais se tenham intensificado a partir de meados doo mesmo
m século.
Chegou a ser uma das local alidades mais industrializadas da Beira Interior
ior, e a actual sede
de concelho só conseguiu suplantá-la
su quase em meados do século XX.. Tempos
T houve
em que só a Covilhã ultrapapassava Loriga no número de empresas. Nomees de empresas,
tais como: Regato, Redondi dinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,, Leitão
L &
Irmãos, Augusto Luis Mend ndes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lori orimalhas, etc,
fazem parte da rica história
ia industrial desta vila. A principal e maior ave
venida de Loriga
tem o nome de Augusto Luí uís Mendes, o mais destacado dos antigos indu dustriais
loricenses. Apesar dos mauaus acessos, que se resumiam à velhinha estradaada romana de
Lorica, com dois mil anos,s, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
L numa vila
industrial.

Largo do Pelourinho.

Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornou ou-se um dos
principais pólos industriais
is da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria
ind dos
lanifícios, que entrou em declínio
de durante durante as últimas décadas do século passado
o que está a levar à desertifi
tificação da Vila, facto que afecta de maneira geral
g as regiões
interiores de Portugal devid
ido a sucessivas políticas erradas de coesão e administração
a do
território. Actualmente a ec
economia loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica
me e de
panificação, no comércio,, re
restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actu


ctuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
S da Beira,
Teixeira, Valezim, Vide, e as
a mais de trinta povoações anexas, pertenceu
ceu ao município
loriguense.

A área que englobava o ext


xtinto município loriguense, constitui também
m a Associação de
Freguesias da Serra da Estre
strela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possue


suem enormes potencialidades turísticas e as ún
únicas pistas e
estância de esqui existentes
tes em Portugal estão localizadas dentro da área
ea da freguesia de
Loriga.

Património de de
destaque[editar]
Em termos de património hhistórico, destacam-se a ponte e a estrada romamanas (século I
a.C.), uma sepultura antropo
opomórfica (século VI a.C.) chamada popularm rmente de "caixão
da moura", a Igreja Matriz
iz (século
( XIII, reconstruída), o Pelourinho (séc
éculo
XIII,reconstruído), a capela
ela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermidaa visigótica de S.
Gens, no bairro de São Ginê
inês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira quee rrecorda as
características urbanas med
edievais.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI apó
pós uma grande
cheia na Ribeira de S. Bento
nto), com as quais os romanos ligaram Lorica,
a, na Lusitânia, ao
restante império, merecem
m destaque.
d

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria
esc tem
cerca de 80 degraus em granranito, o que lhe dá características peculiares.. E
Esta rua recorda
muitas das características ur
urbanas medievais de Loriga. O bairro de São ão Ginês é um
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos d bairros mais
típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens ns, um santo de
origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Di Diocleciano,
orago de uma ermida visigóigótica situada na área, no local onde hoje estáá a capela de
Nossa Senhora do Carmo.. C Com o passar dos séculos os loriguenses mud udaram o nome do
santo para S. Ginês. Este núcleo
nú da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo,
ab é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial de Loriga, con


onhecida também como Chão da Ribeira.

Praia fluvial[edit
itar]
Como desde há alguns anosos, em 2012, esta praia foi uma das 275 praias
as nacionais
ira azul2 ; em Junho recebeu a bandeira "Qualid
galardoadas com a bandeira lidade Ouro",
3
atribuido pela Quercus. Ambas
Am as bandeiras foram hasteadas dia 24 dee Junho
J de 2012.
Dia 5 de Maio de 2012, a pr praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do
total de 70 pré-finalistas, divididas
di por 7 categorias, para concorrer ao concurso
co "7
Maravilhas - Praias de Porturtugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades[edita
itar]
Ao longo do ano celebram--se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com om a Amenta das
Almas - cantos nocturnos m masculinos, que evocam as almas de entes falealecidos por altura
da Quaresma), festas em hohonra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião
(no último Domingo de Julhulho), com as respectivas mordomias e procissõssões. Porém, o
ponto mais alto das festivid
idades religiosas é a festa dedicada à padroeira
ira dos emigrantes
de Loriga, Nª. Srª. da Guia,
ia, que se realiza todos os anos, no primeiro Doomingo de
Agosto. No segundo Domin ingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no
Fontão de Loriga.

Gastronomia[edit
ditar]
A gastronomia loriguensee fafaz parte daquela considerada típica da Beiraa Alta,
A onde se
salientam os pratos calórico
icos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
(c feijocas,
uma espécie de feijão branc
nco, maior que o habitual), o cabrito no forno,o, a broa de milho,
queijaria de ovelha e cabra,
ra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP P), a aguardente
de zimbro. Grande parte dos
do doces e sobremesas típicas eram elaboradas as para celebrar a
Páscoa. De entre os doces,s, ttêm relevo as broínhas doces, o arroz doce,, o carolo (doce
feito com milho), a botelha
ha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (so (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita
eita com tapioca partida em grãos - importadaa pelap comunidade
loriguense no Brasil) e o Bo
Bolo Negro de Loriga. A importância da gastro tronomia única é
reflectida na Confraria da BBroa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte
pa da Rota do
Xisto e do Milho.

Busto do, Dr Joaquim A. A


Amorim da Fonseca, Loriga.

Personagens[edit
itar]
Joaquim Augusto A
Amorim da Fonseca, médico
Joaquim Pina Moura
ura, economista e político

Acordos de gemin
inação[editar]
Loriga celebrou um acordo
do de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém,
S em 1
de Junho de 1996.

Ver também[edit
itar]
Geografia romana eem Portugal

Ligações externass[editar]

O Commons possui multimídias sobre Loriga

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Lo
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Portal Vila de Lorig
riga
7 Maravilhas - Praia
aias de Portugal
ABAE
Geobserver

Fontes[editar]
Algumas das fontes usadas
as na elaboração deste artigo:

História concisa dee Loriga por António Conde


Bacia hidrográficaa da
d Ribeira de Loriga
Página dos Bombeir eiros de Loriga
Página da Junta dee FFreguesia de Loriga
Página da Confraria
ria da Broa e do Bolo Negro de Loriga
Ferreira, N.; Vieira,
ra, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE P (1999).
de Vasconcelos, J.L.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 191980
Carta Militar de Por
ortugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Institutoo Geográfico
G do
Exército.

Referências
1. Ir para cima Diário
rio "As Beiras" online. Bombeiros de Loriga mudam
m para
novo quartel. Página
ina visitada em Outubro de 2012.
2. Ir para cima ABA AE. Locais Galardoados na Região do Centroo com a
12. Página visitada em Julho de 2012.
Bandeira Azul, 2012
3. Ir para cima Sitee da
d Câmara Municipal de Seia. Praia de Loriga
iga com
qualidade de ouro.. Página
P visitada em Julho de 2012.

[Esconder]
v•e

Freguesias de Seia
Alvoco da Serra
rra • Cabeça • Carragosela • Folhadosa • Girabolh
olhos •
Lajes • Lapa doss DDinheiros • Loriga • Paranhos da Beira • Pinha
hanços •
Sabugueiro • Samemeice • Sandomil • Santa Comba • Santa Eulália • Santa
Marinha • Santiago
ago • São Martinho • São Romão • Sazes da Beiraira • Seia
• Teixeira • Torro
rrozelo • Tourais • Travancinha • Valezim • Várz
rzea de
M
Meruge • Vide • Vila Cova à Coelheira

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda, na
Loriga
província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km² de área,
Portugal
1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz
parte do Parque Natural da Serra da Estrela. Freguesia

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e


320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-existente e pré-projetado, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas
960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca
de 770 m de altitude, na sua parte urbana mais baixa,
rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Vista geral de Loriga
Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e socioculturais, que abrangem todos os grupos Loriga
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem nos limites aproximados do antigo concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da
Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado
em Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial País Portugal
Festividades Região Centro
Gastronomia Sub-região Serra da Estrela
Personagens Província Beira Alta
Brasão Concelho Seia
Acordos de geminação
Administração
Ver também
- Tipo Junta de freguesia
Ligações externas
- Presidente José Manuel de Almeida
Fontes Pinto, conhecido localmente
Referências por Zeca Maria
("independente")
Área

População - Total 36,52 km²


População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
Gentílico Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.
População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra
da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou
Loriga, designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente dos motivos é certo que os romanos lhe puseram o nome de Lorica,
do qual deriva o gentílico Loricense, tal como Loriguense deriva de Loriga, que serve para designar os naturais da vila. Sendo um nome histórico e único em
Portugal justifica que a couraça seja a peça principal do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século
XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.

Uma antiga tradição profusamente documentada aponta Loriga como berço de Viriato, tendo havido um projeto nunca
concretizado de erigir um monumento a esse herói lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do
actual Bairro de São Ginês (nome dado pelos loriguenses a São Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao
promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. Os
loriguenses mudaram o nome ao santo (São Ginês nunca existiu), deixaram arruinar a ermida e finalmente reconstruíram-na
Igreja Matriz de Loriga - vista
com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo.
interior.

Loriga era uma paróquia criada pelos Visigodos, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e
a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e
que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior
lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. Fontanário em Loriga.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, mas essa atividade têxtil já existia em moldes artesanais no XIV. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só
a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de
Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da indústria textil, tornou-se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, que entrou em declínio durante durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, tendo perdido mais de metade da população entre os anos de 1989 e 2015. facto que não afetou de
maneira de forma tão grave a maioria das outras regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se
nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga,
conhecida também como Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
"Poço
Chãodo daZéRibeira
Lages". festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior e por isso é o orago da Igreja
Matriz e da paróquia desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como símbolo da Busto do, Dr Joaquim A.
freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Amorim da Fonseca,
moinho com roda hidráulica.[5] Este pseudobrasão nunca foi aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Loriga.
Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que
não tem carácter oficial.[6] Esse pseudobrasão foi aqui apresentado durante anos como sendo oficial, apesar dos avisos e após o vandalismo de que o artigo foi alvo,
tendo sido constantemente alvo de bloqueio para impedir a correção do mesmo. Em 2017 o pseudobrasão foi finalmente retirado do artigo e os identificados
pseudoeditores responsáveis por essa vergonha, que afetou a imagem de Loriga e da Wikipedia, foram ameaçados de bloqueio se o voltassem a colocar no artigo.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)
Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.archive.org/web/200312
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 23170552/http://www2.cm-seia.pt/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54190634"

Esta página foi editada pela última vez às 16h35min de 1 de fevereiro de 2019.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da Creative Commons; pode estar sujeito a
condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do
Loriga
concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta,
Portugal
região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km²
de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de Freguesia
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a


20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006,
seguindo um traçado pré-existente e pré-projetado, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas
960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa
Comprida.

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
Loriga
a uma paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária


localização geográfica. Está situada a cerca de 770 m de altitude, na
sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes


ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma
obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e


socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado Localização de Loriga em Portugal

em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos País Portugal
serviços se desenvolvem nos limites aproximados do antigo Região Centro
concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas Sub-região Serra da Estrela
obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto
Província Beira Alta
de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Concelho Seia
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro
do mesmo ano.[1] Administração
- Tipo Junta de freguesia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia. - Presidente José Manuel de Almeida
Pinto, conhecido localmente
por Zeca Maria
("independente")

Índice Área
- Total 36,52 km²
População
População (2011)
Toponímia
- Total 1 053
História
• Densidade 28,8 hab./km²
Forais
História até ao final do séc. XVIII Gentílico Loriguense ou Loricense
História posterior ao séc. XVIII Código postal 6270
Património de destaque Orago Santa Maria Maior
Praia fluvial Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.
Festividades
Gastronomia
Personagens
Brasão
Acordos de geminação
Ver também
Ligações externas
Fontes
Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos
Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente dos motivos é certo que os romanos lhe puseram o nome de
Lorica, do qual deriva o gentílico Loricense, tal como Loriguense deriva de Loriga, que serve para designar os naturais da
vila. Sendo um nome histórico e único em Portugal justifica que a couraça seja a peça principal do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das
Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D.
Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu
para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi
escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de
pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da
agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.
Uma antiga tradição profusamente documentada aponta Loriga como berço de
Viriato, tendo havido um projeto nunca concretizado de erigir um monumento a esse
herói lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,


mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte
da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual
Bairro de São Ginês (nome dado pelos loriguenses a São Gens) existiam já algumas
Igreja Matriz de Loriga - vista
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
interior.
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. Os loriguenses mudaram
o nome ao santo (São Ginês nunca existiu), deixaram arruinar a ermida e finalmente
reconstruíram-na com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo.

Loriga era uma paróquia criada pelos Visigodos, pertenceu à Vigararia do Padroado
Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a


residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do Fontanário em Loriga.
edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês
de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade
serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, mas essa atividade têxtil já existia em moldes
artesanais no XIV. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só
conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número
de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial
desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil
anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da indústria


textil, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, que entrou em
declínio durante durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, tendo perdido mais de metade da população entre os anos de
1989 e 2015. facto que não afetou de maneira de forma tão grave a maioria das outras
regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas
indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura
e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,
Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,
com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em
Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída),
o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.
A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma
grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na
Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem
cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua
recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros
mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um
santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Rua da Oliveira
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a
capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses
mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais
galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira
"Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas
dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas,
do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Praia fluvial de Loriga,
conhecida também como Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta
"Poço
Chão dodaZé Lages".
Ribeira das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por
altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões.
Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da
Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria
Maior e por isso é o orago da Igreja Matriz e da paróquia desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em
honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a
broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande
parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga
faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa Busto do, Dr Joaquim A.
formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira Amorim da Fonseca,
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Loriga.
moinho com roda hidráulica.[5] Este pseudobrasão nunca foi aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, que
regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Esse pseudobrasão foi aqui apresentado
durante anos como sendo oficial, apesar dos avisos e após o vandalismo de que o artigo foi alvo, tendo sido
constantemente alvo de bloqueio para impedir a correção do mesmo. Em 2017 o pseudobrasão foi finalmente retirado do
artigo e os identificados pseudoeditores responsáveis por essa vergonha, que afetou a imagem de Loriga e da Wikipedia,
foram ameaçados de bloqueio se o voltassem a colocar no artigo.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.ht
m)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata=
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/201
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
2/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/).
com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.p
Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
hp/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de
|acessodata= (ajuda)
-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) -
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.arch
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
ive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.pt/c
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
oncelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAz
Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
ul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54190634"

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do
Loriga
concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta,
Portugal
região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km²
de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de Freguesia
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a


20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006,
seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e
1650 m, junto à Lagoa Comprida.

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina.
Loriga

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária


localização geográfica. Está situada a cerca de 770 m de altitude, na
sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes


ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma
obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e


socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado
em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Localização de Loriga em Portugal

1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de País Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, Região Centro
e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se Sub-região Serra da Estrela
as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício
Província Beira Alta
concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]
Concelho Seia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia. Administração
- Tipo Junta de freguesia
- Presidente António Maurício Moura
Índice Mendes (PS)
População Área
Toponímia - Total 36,52 km²
História População (2011)
Forais - Total 1 053
História até ao final do séc. XVIII • Densidade 28,8 hab./km²
História posterior ao séc. XVIII
Gentílico Loriguense ou Loricense
Património de destaque
Código postal 6270
Praia fluvial
Orago Santa Maria Maior
Festividades
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
Gastronomia mais altas de Portugal.
Personagens
Brasão
Acordos de geminação
Ver também
Ligações externas
Fontes
Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos
Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo do nome, certo é que foram romanos que o puseram,
sendo portanto um nome histórico, antigo e único em Portugal, facto que só por si justifica que a couraça seja a peça
principal do brasão da vila. A origem do nome, também explicado pela filologia, também justifica o gentílico loricense, que
deriva de Lorica tal como loriguense deriva de Loriga.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das
Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D.
Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser sede de
concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o
mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi
escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de
pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da
agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.

Uma tradição muito antiga e documentada, aponta Loriga como berço de Viriato, e já houve na vila um projecto que não
chegou a concretizar-se, para erigir um monumento a este heroi lusitano.
Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,
mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte
da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual
Bairro de São Ginês, nome dado pelos loriguenses a São Gens (São Ginês nunca
existiu), existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima
do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga, antiga paróquia criada pelos visigodos,


Igreja Matriz de Loriga - vista
era uma paróquia pertencente à Vigararia do
interior.
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.
Fontanário em Loriga.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a
residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, no entanto essa atividade já existia no século
XIV em modo artesanal. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga
no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois
mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que
entrou em declínio durante durante a última década do século passado o que está a
levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores
de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica
e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,
Largo do Pelourinho. Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,
com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em
Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída),
o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que
lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o
facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do
Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São
Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia
Rua da Oliveira
foi uma das 298 praias nacionais galardoadas
com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012
recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas,
do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, no Festividades


local conhecido há séculos
por Chão da Ribeira". Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta
das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por
altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os
anos, no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira da vila de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior, e por isso é o
orago da paróquia e da Igreja Matriz desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da
Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a
broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande
parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga
faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa Busto do, Dr Joaquim A.
formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira Amorim da Fonseca,
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Loriga.
moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão", aqui teimosamente apresentado durante
anos como oficial, após a vandalização do artigo e apesar dos avisos, nunca foi nem jamais poderá ser aprovado pela
Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto
de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem nem nunca teve carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.
Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage de Loriga (http://loriga.wikidot.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.ht
m)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata=
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/201
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
2/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/).
com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.p
Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
hp/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de
|acessodata= (ajuda)
-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) -
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.arch
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
ive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.pt/c
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
oncelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAz
Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
ul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54100892"

Esta página foi editada pela última vez às 17h50min de 26 de janeiro de 2019.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.
-1-

Loriga
Origem: Enciclopédia Livre.
40º 19`N 7º 41` O

Loriga

Loriga - Vista parcial do miradouro


Gentílico Loricense ou loriguense
Distrito Guarda
Àrea 36,52 km²
População 1 367 hab. (2005)
Densidade 37,51 hab./km²
Orago Santa Maria Maior
Código postal 6270
Vila
Loriga

Apelidada de “Suíça Portuguesa”


Loriga,vila de Portugal

Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do Distrito da Guarda Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes
(2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km².

Loriga encontra-se a 20 km da actual sede de concelho, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231, e tem acesso directo à Torre, pela N338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-existente, com um percurso de 9.2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m
(Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada a
cerca de 770m de altitude, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de
altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira
de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R., sendo a Ribeira de Loriga um dos afluentes do Rio Alva.

Está dotada de uma ampla gama de infrastrutras,desde físicas a culturais e sociais, das quais se destacam,
-2-
por exemplo, a Escola C+S Dr. Reis Leitão, a Banda de Música Filarmónica de Loriga, fundada em 1905,
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loriga, criado em 1982, cujos serviços se
desenvolvem na àrea do antigo Município Loricense, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas
obras sociais de relevo, a Associação Loricense de Apoio à Terceira Idade,e o Grupo Desportivo
Loricense,fundado em 1934.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a tradicional Amenta das Almas)
e festas em honra de S. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada
à padroeira da diáspora loricense, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto.

Índice
• 1 Breve história
• 2 Rua da Oliveira
• 3 Bairro de São Ginês (S.Gens)
• 4 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia
• 5 Acordos de geminação
• 6 Ver também
• 7 Ligações externas
• 8 Fontes

Breve história
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior


O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de
Lorica (antiga couraça guerreira). Os Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto
que os romanos lhe deram o nome de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos
Visigodos) e que tem o mesmo significado. É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar,e justifica
que a couraça seja a peça central do brasão histórico de Loriga. É um nome muito antigo e de grande valor
histórico para a vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de
-3-
referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
gigantesca construída pelos loricenses ao longo de muitas centenas de anos, e que transformou um vale belo
mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga,
fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana
Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua
de Viriato que a tradição local e diversos antigos documentos encontram origem nesta antiquíssima
povoação. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila,
recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

Capela de Nª Srª do Carmo


O Bairro de São Ginês é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo,
construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo. Quando os
romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se
na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e
paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
-4-

Fontanário em Loriga
Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D.Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e
traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário
do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de
Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,
Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loricenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica com dois mil anos, o facto é que os loricenses transformaram Loriga
numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um
inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde meados do século XIX.

Largo do Pelourinho
A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil
podem ter no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a categoria de vila e sede de concelho
-5-
desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante
cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e
1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa, teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por desejos
expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um
grave erro político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que
não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a região
de Loriga (antigo concelho de Loriga).

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada
dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do
país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência de
graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar tal
situação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:
desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,
Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loricense. A vila de Loriga situa-se a
vinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se a uma
distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira

Rua da Oliveira
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais do centro histórico da vila de Loriga.
-6-
Bairro de São Ginês (S.Gens)
O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos
bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto
de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área.
Com o passar dos séculos os loricenses mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil de
pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Acordos de geminação

Loriga celebrou acordo de geminação com:

• A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
• Geografia romana em Portugal

Ligações externas
• LORIGA - Loriga na internet
• Loriga News
• Homepage sobre Loriga
• Analor

Fontes
Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

• Loriga na internet
• Informação Municipal [1]
• Loriga.de [2]
• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]
• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
• Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.
-7-

A Enciclopédia possui multimedia sobre Loriga


Principais dados e documentos históricos sobre Loriga,gentilmente cedidos para consulta pelo webmaster
do site "http://groups.msn.com/Loriga".Os nossos agradecimentos.
Categorias: Freguesias de Portugal | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal

10 de Junho de 2007.
Coordenadas : 40,324 ° N ° 7,691 W

Loriga - Loriga

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Authors
Original

Languages
Čeština
Deutsch
Español
Français
Italiano
Nederlands
Polski
Русский
Türkçe

In other projects

Loriga ( pronúncia Português: [loɾiɡɐ] ) é uma


freguesia ( Português : freguesia ) e da cidade em
Loriga
parte centro-sul do município de Seia , no centro de freguesia
Portugal . Parte do distrito de Guarda , que fica a 20
km da cidade de Seia , a 40 km de Viseu , a 80 km de
distância da Guarda e 320 km de Lisboa , situado no
Serra da Estrela serra. A população em 2011 foi de
1.053, em uma área de 36,25 km², incluindo as duas
localidades, a cidade de Loriga e da aldeia de Fontão.

Conteúdo
História
Idade Média
Monarquia
Geografia
Economia
Referências
Ligações externas

Loriga
História

A ponte romana da época restante


atravessando a Ribeira de Loriga

Loriga foi fundada ao longo de uma coluna entre


ravinas onde hoje existe o centro histórico. O site foi
Coordenadas: 40,324 ° N ° 7,691 W
ostensivamente selecionou mais de 2600 anos atrás,
devido à sua defensibility, a abundância de água e País Portugal
pastagens potável e terras baixas que forneceu Região Centro
condições para praticar a caça e coleta / agricultura. Intermunic. Beiras e Serra da Estrela
comm.
Quando os romanos chegaram à região, a liquidação Distrito Guarda
foi concentrado em duas áreas. A aglomeração maior, municipalidade Seia
mais antigo e principal situava-se na área da igreja Área
principal e Rua de Viriato , fortificada com uma • total 36,25 km 2 (14,00 sq mi)
parede e paliçada . O segundo grupo, no Bairro de Elevação 750 m (2.460 pés)
São GINÉS , foram algumas pequenas casas
População (2011)
construídas no promintory rochoso, que foram mais • total 1.053
tarde apropriado pelos visigodos , a fim de construir • Densidade 29 / km 2 (75 / sq mi)
uma capela. A estrada romana século 1 e duas pontes
Código postal 6270
(o segundo foi destruído no século 16 após a
Código de área 238
inundação na Ribeira de São Bento) conectado o
Patrono Santa Maria Maior
posto de Lorica para o resto de sua lusitano
província. O bairro de São Ginés ( São Gens ), um Local na rede http://lorigaportugal.wordpress.com
Internet
local de ex-libris, é a localização da capela de Nossa
Senhora do Carmo, uma antiga visigótico capela. São Gens, um celta santo, martirizado em Arles na Gália, durante o
reinado do imperador Diocleciano , e ao longo do tempo os moradores começaram a se referir a este santo como São
Ginés , devido à sua fácil de pronúncia.

Meia idade
Loriga foi a sede municipal desde o século 12, recebendo forals em 1136 (João Rhânia, mestre da Terras de Loriga por
mais de duas décadas, durante o reinado de Afonso Henriques ), 1249 (durante o reinado de Afonso III ), 1474 (sob rei
Afonso V ) e finalmente em 1514 (por rei Manuel I ).

Loriga foi uma paróquia eclesiástica do vicariato do Real Padroado e sua Igreja Matriz foi ordenado construído em
1233, pelo rei Sancho II . Esta igreja, foi a invocação de Santa Maria Maior , e construído sobre a antiga pequena
capela visigótica (há um bloco lateral com inscrições visigodos visíveis). Construído no românica de estilo consiste de
um edifício de três naves, com notas da Sé Velha de Coimbra. Esta estrutura foi destruída durante a 1755 , e apenas
porções das paredes laterais foram preservados.

Monarquia
O terramoto de 1755 resultou em danos significativos para a cidade de Loriga, casas destruindo ea residência
parcochial, além de rachaduras e falhas abertura em edifícios maiores da cidade, como a sala do conselho municipal
histórica (construída no século 13). Um emissário do Marquês de Pombal , na verdade, visitou Loriga para avaliar os
danos (algo que não aconteceu em outras paróquias montanhosas, mesmo Covilhã ) e prestar apoio.

Os moradores de Loriga apoiou as forças Asolutionist do Infante Miguel de Portugal contra os liberais, durante os
portugueses Guerras Liberais , que resultou em Loriga ser abandonado politicamente depois da expulsão de Miguel
por seu irmão, o rei Peter . Em 1855, como consequência de seu apoio, ele foi despojado de estatuto municipal durante
as reformas municipais do século 19. No momento da sua morte municipal (Outubro de 1855), o município de Loriga
incluiu as freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim e Vide, bem como trinta outras
aldeias cindidas.

Loriga era um centro industrial para a fabricação de têxteis durante o século 19. Foi um dos poucos centros
industrializados na região da Beira Interior, mesmo suplantando Seia até meados do século 20. Apenas Covilhã out-
realizada Loriga em termos de empresas que operam a partir de suas terras; empresas como a Regato, Redondinha,
Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luís Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral e
Lorimalhas, entre outros. A principal estrada em Loriga, Avenida Augusto Luís Mendes , é nomeado para uma das
aldeias industriais mais ilustres. A indústria de lã começou a diminuir durante as últimas décadas do século 20, um
fator que agravou e acelerou o declínio da região.

Geografia
Conhecido localmente como a "Suíça Português" , devido à sua
paisagem que inclui um acordo de princípio situada nas montanhas da
Estrela Parque Natural Serra da . Ele está localizado na parte centro-sul
do município de Seia, ao longo da parte sudeste da Serra, entre várias
ravinas, mas especificamente a Ribeira de São Bento e Ribeira da Nave;
é 20 km de Seia, a 80 km de Guarda e 300 quilômetros da capital
nacional (Lisboa). A principal cidade é acessível pela estrada nacional
EN 231, que liga diretamente para a região da Serra da Estrela por meio
de EN338 (que foi concluída em 2006), ou através da EN339, um acesso
Uma ponte sobre uma ravina em 9,2 quilômetros que transita algumas das principais altitudes (960
Loriga, com as pastagens da metros perto Portela do Arão ou Portela de Loriga e 1650 metros em
paisagem vale torno da Lagoa Comprida).

A região é esculpido por vales glacial em forma de U, modeladas pelo


movimento de geleiras antigas. O vale principal, Vale de Loriga foi entalhada por abrasão longitudanal que também
criado bolsos arredondados, onde a resistência glacial foi menor. A partir de uma altitude de 1991 metros ao longo da
Serra da Estrela do vale desce abruptamente até 290 metros acima do nível do mar (cerca de Vide), passando aldeias,
como Cabeça, Casal do Rei e Muro. A cidade central, Loriga, é de sete quilômetros da Torre (o ponto mais alto), mas a
paróquia é esculpida por falésias, planícies aluviais e lagos glaciais depositados durante milênios de erosão glacial, e
rodeado por floresta antiga rara que rodeava os flancos laterais destes geleiras.

Economia
Têxteis são o principal produto de exportação local; Loriga foi um hub os
têxteis e lã indústrias durante a meados do século 19, além de ser a
agricultura de subsistência responsáveis pelo cultivo de milho. A
economia Loriguense é baseada em indústrias metalúrgicas, panificação,
lojas comerciais, restaurantes e serviços de apoio à agricultura.

Enquanto que a indústria têxtil, desde então, dissipada, a cidade


começou a atrair um comércio turístico devido à sua proximidade com a
Serra da Estrela e Vodafone Ski Resort (o único centro de esqui em
Portugal), que foi construído totalmente os limites paroquiais.
Vodafone Ski Resort , Serra da Estrela
, na cidade de Loriga.
Referências

links externos
(em Português) Homepage de Loriga em Português e Inglês (http://lorigaportugal.wordpress.com)

Text is available under the Creative Commons Attribution-ShareAlike License;


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Loriga - Loriga
Coordenadas : 40,324 ° N ° 7,691 W

Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Para o escritor e cineasta espanhol, ver Ray Loriga .

Loriga ( pronúncia Português: [loɾiɡɐ] ) é uma freguesia ( Português : freguesia ) e da


Loriga
cidade em parte centro-sul do município de Seia , no centro de Portugal . Parte do distrito
freguesia
de Guarda , que fica a 20 km da cidade de Seia , a 40 km de Viseu , a 80 km de distância
da Guarda e 320 km de Lisboa , situado no Serra da Estrela serra. A população em 2011
foi de 1.053, em uma área de 36,25 km², incluindo as duas localidades, a cidade de
Loriga e da aldeia de Fontão.

Conteúdo [hide]
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1 História
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1.1 Idade Média
Original
1,2 Monarquia
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2 Geografia
Čeština 3 Economia
Deutsch
4 Referências
Español
5 Ligações externas
Français
Italiano
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Polski
História
Русский Loriga foi fundada ao longo de uma coluna
Türkçe entre ravinas onde hoje existe o centro
In other projects histórico. O site foi ostensivamente selecionou Loriga
mais de 2600 anos atrás, devido à sua
defensibility, a abundância de água e
pastagens potável e terras baixas que
forneceu condições para praticar a caça e
coleta / agricultura.

A ponte romana da época restante Quando os romanos chegaram à região, a


atravessando a Ribeira de Loriga liquidação foi concentrado em duas áreas. A
aglomeração maior, mais antigo e principal
situava-se na área da igreja principal e Rua de Viriato , fortificada com uma parede e
paliçada . O segundo grupo, no Bairro de São GINÉS , foram algumas pequenas casas
construídas no promintory rochoso, que foram mais tarde apropriado pelos visigodos , a
fim de construir uma capela. A estrada romana século 1 e duas pontes (o segundo foi
destruído no século 16 após a inundação na Ribeira de São Bento) conectado o posto de
Lorica para o resto de sua lusitano província. O bairro de São Ginés ( São Gens ), um
Coordenadas: 40,324 ° N ° 7,691 W
local de ex-libris, é a localização da capela de Nossa Senhora do Carmo, uma antiga
País Portugal
visigótico capela. São Gens, um celta santo, martirizado em Arles na Gália, durante o Região Centro
reinado do imperador Diocleciano , e ao longo do tempo os moradores começaram a se Intermunic. Beiras e Serra da Estrela
comm.
referir a este santo como São Ginés , devido à sua fácil de pronúncia. Distrito Guarda
municipalidade Seia
Meia idade Área
• total 36,25 km 2 (14,00 sq mi)
Loriga foi a sede municipal desde o século 12, recebendo forals em 1136 (João Rhânia,
Elevação 750 m (2.460 pés)
mestre da Terras de Loriga por mais de duas décadas, durante o reinado de Afonso
População (2011)
Henriques ), 1249 (durante o reinado de Afonso III ), 1474 (sob rei Afonso V ) e • total 1.053
finalmente em 1514 (por rei Manuel I ). • Densidade 29 / km 2 (75 / sq mi)
Código postal 6270
Loriga foi uma paróquia eclesiástica do vicariato do Real Padroado e sua Igreja Matriz foi Código de área 238
ordenado construído em 1233, pelo rei Sancho II . Esta igreja, foi a invocação de Santa Patrono Santa Maria Maior
Maria Maior , e construído sobre a antiga pequena capela visigótica (há um bloco lateral Local na rede http://lorigaportugal.wordpress.com
com inscrições visigodos visíveis). Construído no românica de estilo consiste de um Internet

edifício de três naves, com notas da Sé Velha de Coimbra. Esta estrutura foi destruída
durante a 1755 , e apenas porções das paredes laterais foram preservados.

Monarquia
O terramoto de 1755 resultou em danos significativos para a cidade de Loriga, casas destruindo ea residência parcochial, além de rachaduras e
falhas abertura em edifícios maiores da cidade, como a sala do conselho municipal histórica (construída no século 13). Um emissário do
Marquês de Pombal , na verdade, visitou Loriga para avaliar os danos (algo que não aconteceu em outras paróquias montanhosas, mesmo
Covilhã ) e prestar apoio.

Os moradores de Loriga apoiou as forças Asolutionist do Infante Miguel de Portugal contra os liberais, durante os portugueses Guerras Liberais ,
que resultou em Loriga ser abandonado politicamente depois da expulsão de Miguel por seu irmão, o rei Peter . Em 1855, como consequência
de seu apoio, ele foi despojado de estatuto municipal durante as reformas municipais do século 19. No momento da sua morte municipal
(Outubro de 1855), o município de Loriga incluiu as freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim e Vide, bem como
trinta outras aldeias cindidas.

Loriga era um centro industrial para a fabricação de têxteis durante o século 19. Foi um dos poucos centros industrializados na região da Beira
Interior, mesmo suplantando Seia até meados do século 20. Apenas Covilhã out-realizada Loriga em termos de empresas que operam a partir de
suas terras; empresas como a Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luís Mendes, Lamas,
Nunes Brito, Moura Cabral e Lorimalhas, entre outros. A principal estrada em Loriga, Avenida Augusto Luís Mendes , é nomeado para uma das
aldeias industriais mais ilustres. A indústria de lã começou a diminuir durante as últimas décadas do século 20, um fator que agravou e acelerou
o declínio da região.

Geografia
Conhecido localmente como a "Suíça Português" , devido à sua paisagem que inclui um acordo de
princípio situada nas montanhas da Estrela Parque Natural Serra da . Ele está localizado na parte
centro-sul do município de Seia, ao longo da parte sudeste da Serra, entre várias ravinas, mas
especificamente a Ribeira de São Bento e Ribeira da Nave; é 20 km de Seia, a 80 km de Guarda e
300 quilômetros da capital nacional (Lisboa). A principal cidade é acessível pela estrada nacional EN
231, que liga diretamente para a região da Serra da Estrela por meio de EN338 (que foi concluída em
2006), ou através da EN339, um acesso 9,2 quilômetros que transita algumas das principais altitudes
(960 metros perto Portela do Arão ou Portela de Loriga e 1650 metros em torno da Lagoa Comprida).

Uma ponte sobre uma ravina em A região é esculpido por vales glacial em forma de U, modeladas pelo movimento de geleiras antigas.
Loriga, com as pastagens da paisagem O vale principal, Vale de Loriga foi entalhada por abrasão longitudanal que também criado bolsos
vale
arredondados, onde a resistência glacial foi menor. A partir de uma altitude de 1991 metros ao longo
da Serra da Estrela do vale desce abruptamente até 290 metros acima do nível do mar (cerca de
Vide), passando aldeias, como Cabeça, Casal do Rei e Muro. A cidade central, Loriga, é de sete quilômetros da Torre (o ponto mais alto), mas a
paróquia é esculpida por falésias, planícies aluviais e lagos glaciais depositados durante milênios de erosão glacial, e rodeado por floresta antiga
rara que rodeava os flancos laterais destes geleiras.

Economia
Têxteis são o principal produto de exportação local; Loriga foi um hub os têxteis e lã indústrias durante
a meados do século 19, além de ser a agricultura de subsistência responsáveis pelo cultivo de milho. A
economia Loriguense é baseada em indústrias metalúrgicas, panificação, lojas comerciais,
restaurantes e serviços de apoio à agricultura.

Enquanto que a indústria têxtil, desde então, dissipada, a cidade começou a atrair um comércio
turístico devido à sua proximidade com a Serra da Estrela e Vodafone Ski Resort (o único centro de
esqui em Portugal), que foi construído totalmente os limites paroquiais.

Vodafone Ski Resort , Serra da Estrela Referências


, na cidade de Loriga.

links externos
(em Português) Homepage de Loriga em Português e Inglês

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­
existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada os 770 m,
na sua parte
Vista panorâmica de Loriga e do vale urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os 1100
uma paisagem alpina. de altitude,
rodeada por
montanhas, das Loriga
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e
a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de
água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se
unem depois da E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dos
maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
antigo concelho de Loriga na sua fase maior, a Casa de País  Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de Concelho  Seia
relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram­se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em  ­ Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano.[1]  ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)
 ­ Total 1 053
Índice     • Densidade 28,8 hab./km²

1 População Gentílico: Loriguense ou Loricense

2 Toponímia Código postal 6270


3 História Orago Santa Maria Maior
3.1 Forais
Sítio www.freguesiadeloriga.com (htt
3.2 História até ao final do séc. XVIII p://www.freguesiadeloriga.com)
3.3 História posterior ao séc. XVIII
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
4 Património de destaque
de Portugal.
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Trata­se de uma caso raro em Portugal de um nome que se
mantém praticamente inalterado há mais de dois mil anos, por tudo isso, pelo grande significado e simbolismo
e pela heráldica histórica, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante" pelos especialistas em
heráldica portuguesa e a peça essencial e insubstituível no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância
de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência
para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.
A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como sendo natural desta
milenar povoação), no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da
Casa do Povo), corresponde ao traçado da antiga linha defensiva da povoação.
No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
Igreja Matriz da vila dedicada construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
a Santa Maria Maior,
padroeira de Loriga ­ vista A paróquia de Loriga foi criada pelos
interior. Visigodos e pertencia à antiga diocese da
Egitânia (atual Idanha a Velha), cuja sede foi
depois transferida para a Guarda,
pertencendo depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era
já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém, foi
construída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico, do qual
foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na
porta lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, embora sem a mesma monumentalidade, esta igreja foi destruída Um dos três monumentais
pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. fontanários construídos em
Loriga pela Comunidade
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Loriguense de Manaus, Brasil.
muitas residências, incluíndo a paroquial e aberto algumas fendas nas robustas
e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com com o grande
desenvolvimento da indústri têxtil , tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Interior, que entrou em declínio durante a últimas décadas
do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta
de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes
politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia
loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, alguma
indústria de malhas, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho, vendo­se
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
o edificio da antiga Câmara
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
Municipal entretanto adaptado
pertenceu ao município loriguense.
a residência particular.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a
Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a Ribeira de São
Bento ruiu no século XVI após uma grande cheia, tendo sido construída outra
também em pedra nos finais do século XIX), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais desta vila histórica. O bairro de São
Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da
vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local
onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram
arruinar a capela, reconstruiram­na depois com outro orago (Nossa Senhora do Carmo), e mudaram o nome do
santo para São Ginês, um santo que nunca existiu. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal
e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombei
ros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/ind
ex.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambie
nte/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=
(ajuda)

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons ­ Atribuição ­ Compartilha Igual
3.0 Não Adaptada (CC BY­SA 3.0); pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes,
consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa Loriga  
do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de
 Portugal
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte —  Freguesia  —
do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,
encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada
concluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­
existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de
montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,
junto à Lagoa Comprida.

É conhecida
como a "Suíça
Portuguesa" Vista geral de Loriga
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica. Está
situada os 770 m,
na sua parte
Vista panorâmica de Loriga e do vale urbana mais
glaciar com o mesmo nome, semelhante a baixa, e os 1100
uma paisagem alpina. de altitude,
rodeada por
montanhas, das Loriga
quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e
a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de
água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se
unem depois da E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dos
maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale belo mas
rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é
demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
sócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e
Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros
Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se Localização de Loriga em Portugal
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
antigo concelho de Loriga na sua fase maior, a Casa de País  Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de Concelho  Seia
relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram­se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em  ­ Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano.[1]  ­ Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
 ­ Total 36,52 km²
População (2011)

Índice  ­ Total 1 053


    • Densidade 28,8 hab./km²
1 População Gentílico: Loriguense ou Loricense
2 Toponímia Código postal 6270
3 História Orago Santa Maria Maior
3.1 Forais
3.2 História até ao final do séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com (htt
p://www.freguesiadeloriga.com)
3.3 História posterior ao séc. XVIII
4 Património de destaque Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas
5 Praia fluvial de Portugal.
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nome
de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Trata­se de uma caso raro em Portugal de um nome que se
mantém praticamente inalterado há mais de dois mil anos, por tudo isso, pelo grande significado e simbolismo
e pela heráldica histórica, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante" pelos especialistas em
heráldica portuguesa e a peça essencial e insubstituível no brasão desta vila.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,
senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.
Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de
ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local
foi escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância
de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições
mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência
para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.
A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como sendo natural desta
milenar povoação), no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da
Casa do Povo), corresponde ao traçado da antiga linha defensiva da povoação.
No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
Igreja Matriz da vila dedicada construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
a Santa Maria Maior,
padroeira de Loriga ­ vista A paróquia de Loriga foi criada pelos
interior. Visigodos e pertencia à antiga diocese da
Egitânia (atual Idanha a Velha), cuja sede foi
depois transferida para a Guarda,
pertencendo depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era
já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém, foi
construída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico, do qual
foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na
porta lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De
estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, embora sem a mesma monumentalidade, esta igreja foi destruída Um dos três monumentais
pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. fontanários construídos em
Loriga pela Comunidade
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também Loriguense de Manaus, Brasil.
muitas residências, incluíndo a paroquial e aberto algumas fendas nas robustas
e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades
mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em
meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto
Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta
vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com com o grande
desenvolvimento da indústri têxtil , tornou­se um dos principais pólos
industriais da Beira Interior, que entrou em declínio durante a últimas décadas
do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta
de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes
politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia
loriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, alguma
indústria de malhas, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.
Largo do Pelourinho, vendo­se
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes
o edificio da antiga Câmara
da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,
Municipal entretanto adaptado
pertenceu ao município loriguense.
a residência particular.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a
Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada
popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês
(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a Ribeira de São
Bento ruiu no século XVI após uma grande cheia, tendo sido construída outra
também em pedra nos finais do século XIX), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua Rua da Oliveira
escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais desta vila histórica. O bairro de São
Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da
vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local
onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram
arruinar a capela, reconstruiram­na depois com outro orago (Nossa Senhora do Carmo), e mudaram o nome do
santo para São Ginês, um santo que nunca existiu. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal
e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21
finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, num Festividades
local conhecido por Chão da
Ribeira onde está o chamado Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
"Poço do Zé Lages". Amenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga. Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultats
p_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombei
ros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/ind
ex.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambie
nte/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=
(ajuda)

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Categorias:  Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia


Loriga
portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Portugal
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, — Freguesia —
o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,


encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km
de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um
projeto pré-existentes, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela de
Loriga ou Portela do Arão) e 1650 m, acima da Lagoa
Comprida.

É conhecida
como a "Suíça Vista geral de Loriga
Portuguesa"
devido à sua
extraordinária
paisagem e
localização
geográfica.
Está situada
entre os
Vista panorâmica de Loriga e do vale 770 m de
glaciar com o mesmo nome, semelhante a altitude, na
uma paisagem alpina. sua parte
urbana mais
baixa, e os
1100 m, rodeada por montanhas, das quais se destacam a
Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira
de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da
E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga é um dos maiores afluentes
do Rio Alva.

Os socalcos e a sua complexa rede de irrigação são um


dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao
longo de centenas de anos e que transformou um vale belo
mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje
marca a paisagem, fazendo parte do património histórico
da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas


e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,
das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo
Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e

1 of 7 21/05/17, 11:21
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Localização de Loriga em Portugal


Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao
primitivo concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. País Portugal
da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Concelho Seia
Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Administração
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em - Tipo Junta de freguesia
Setembro do mesmo ano. [1] - Presidente António Maurício Moura Mendes
(PS)
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Área
Seia.
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
Índice • Densidade 28,8 hab./km²
Gentílico: Loriguense ou Loricense
1 População
2 Toponímia Código postal 6270
3 História Orago Santa Maria Maior, padroeira da
3.1 Forais vila
3.2 História até ao final do séc. XVIII Sítio www.freguesiadeloriga.com
3.3 História posterior ao séc. XVIII (http://www.freguesiadeloriga.com)
4 Património de destaque Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de
Portugal.
5 Praia fluvial
6 Festividades
7 Gastronomia
8 Personagens
9 Acordos de geminação
10 Ver também
11 Ligações externas
12 Fontes
13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]

1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

2 of 7 21/05/17, 11:21
Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

Evolução da População Variação da População


1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes
nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo é certo que foram os
romanos que lhe puseram o nome de Lorica, sendo um caso raro em Portugal de um topónimo de uma localidade
que se mantem praticamente inalterado há mais de 2000 anos. A Lorica/Loriga é a peça central e principal do
brasão desta vila, considerada como insubstituível pelos especialistas em heráldica portuguesa.

História
Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João
Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),
1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na
guerra civil portuguesa, e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação
do plano de ordenamento territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que
deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal,
situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com
muralhas e paliçada. A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como tendo nascido em Loriga), no
troço entre as antigas sedes do Grupo Desportivo e da Casa do Povo, coincide com parte dessa antiga linha
defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumas habitações
encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida
dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga, e

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que se mantém, foi construída no local de


outro antigo e pequeno templo visigótico,
do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada
na porta lateral virada para o adro. Aliás, a
paróquia de Loriga foi criada na época
visigótica, e pertencia então à diocese de
Egitânia (atual Idanha a Velha). De estilo
Igreja Matriz de Loriga - vista românico, com três naves, e traça exterior
interior. lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755,
dela restando apenas partes de alvenaria e Um dos três monumentais
das paredes laterais. fontanários construídos em
Loriga pela comunidade
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado loriguense de Manaus.
também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e
espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra
localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la
quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de
empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da
rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís
Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos


principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento e
expanção da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as
últimas década do século passado o que está a levar à desertificação total
da
Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal
devido às inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial.

Largo do Pelourinho, junto do


loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.
antigo edifício da Câmara
Municipal, entretanto
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,
adaptado a residência Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações
particular. anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra
da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

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Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada
romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)
chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São
Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após
uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos
ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua


escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características Rua da Oliveira
peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais da
vila. O bairro de São Ginês (S.Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam
num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de
origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos
séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias
nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a
bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para
concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, no Festividades


local há muito conhecido por
Chão da Ribeira, onde está o Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
chamado "Poço do Zé Lages". Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de
entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com
as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa
dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro
Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos
calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o
habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra

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(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para
celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com
milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A
importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz
parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação
Busto do, Dr Joaquim A.
Amorim da Fonseca, Loriga.
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de
Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:
Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)
Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc
/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências

1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09
/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:

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Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

|acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal
/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt
/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
|acessodata= (ajuda)
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php
/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
|acessodata= (ajuda)

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Coordenadas : 40,324 ° N ° 7,691 W

Loriga - Loriga

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Loriga ( pronúncia Português: [loɾiɡɐ] ) é uma freguesia (


Português : freguesia ) e da cidade em parte centro-sul
Loriga
do município de Seia , no centro de Portugal . Parte do freguesia
distrito de Guarda , que fica a 20 km da cidade de Seia , a
40 km de Viseu , a 80 km de distância da Guarda e 320
km de Lisboa , situado no Serra da Estrela serra. A
população em 2011 foi de 1.053, em uma área de 36,25
km², incluindo as duas localidades, a cidade de Loriga e
da aldeia de Fontão.
Conteúdo
História
Idade Média
Monarquia
Geografia
Economia
Referências
Ligações externas

História

Loriga

A ponte romana da época restante


atravessando a Ribeira de Loriga

Loriga foi fundada ao longo de uma coluna entre ravinas


onde hoje existe o centro histórico. O site foi
ostensivamente selecionou mais de 2600 anos atrás,
devido à sua defensibility, a abundância de água e
pastagens potável e terras baixas que forneceu condições
para praticar a caça e coleta / agricultura.

Quando os romanos chegaram à região, a liquidação foi


concentrado em duas áreas. A aglomeração maior, mais
antigo e principal situava-se na área da igreja principal e Coordenadas: 40,324 ° N ° 7,691 W
Rua de Viriato , fortificada com uma parede e paliçada . País Portugal
O segundo grupo, no Bairro de São GINÉS , foram Região Centro
algumas pequenas casas construídas no promintory Intermunic. Beiras e Serra da Estrela
rochoso, que foram mais tarde apropriado pelos comm.
visigodos , a fim de construir uma capela. A estrada Distrito Guarda
romana século 1 e duas pontes (o segundo foi destruído municipalidade Seia
no século 16 após a inundação na Ribeira de São Bento) Área
conectado o posto de Lorica para o resto de sua lusitano • total 36,25 km 2 (14,00 sq mi)
província. O bairro de São Ginés ( São Gens ), um local Elevação 750 m (2.460 pés)
de ex-libris, é a localização da capela de Nossa Senhora População (2011)
do Carmo, uma antiga visigótico capela. São Gens, um • total 1.053
celta santo, martirizado em Arles na Gália, durante o • Densidade 29 / km 2 (75 / sq mi)
reinado do imperador Diocleciano , e ao longo do tempo Código postal 6270
os moradores começaram a se referir a este santo como Código de área 238
São Ginés , devido à sua fácil de pronúncia.
Patrono Santa Maria Maior
Local na rede http://lorigaportugal.wordpress.com
Meia idade Internet

Loriga foi a sede municipal desde o século 12, recebendo forals em 1136 (João Rhânia, mestre da Terras de Loriga por
mais de duas décadas, durante o reinado de Afonso Henriques ), 1249 (durante o reinado de Afonso III ), 1474 (sob rei
Afonso V ) e finalmente em 1514 (por rei Manuel I ).

Loriga foi uma paróquia eclesiástica do vicariato do Real Padroado e sua Igreja Matriz foi ordenado construído em 1233,
pelo rei Sancho II . Esta igreja, foi a invocação de Santa Maria Maior , e construído sobre a antiga pequena capela
visigótica (há um bloco lateral com inscrições visigodos visíveis). Construído no românica de estilo consiste de um edifício
de três naves, com notas da Sé Velha de Coimbra. Esta estrutura foi destruída durante a 1755 , e apenas porções das
paredes laterais foram preservados.

Monarquia
O terramoto de 1755 resultou em danos significativos para a cidade de Loriga, casas destruindo ea residência parcochial,
além de rachaduras e falhas abertura em edifícios maiores da cidade, como a sala do conselho municipal histórica
(construída no século 13). Um emissário do Marquês de Pombal , na verdade, visitou Loriga para avaliar os danos (algo
que não aconteceu em outras paróquias montanhosas, mesmo Covilhã ) e prestar apoio.

Os moradores de Loriga apoiou as forças Asolutionist do Infante Miguel de Portugal contra os liberais, durante os
portugueses Guerras Liberais , que resultou em Loriga ser abandonado politicamente depois da expulsão de Miguel por
seu irmão, o rei Peter . Em 1855, como consequência de seu apoio, ele foi despojado de estatuto municipal durante as
reformas municipais do século 19. No momento da sua morte municipal (Outubro de 1855), o município de Loriga incluiu
as freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim e Vide, bem como trinta outras aldeias
cindidas.

Loriga era um centro industrial para a fabricação de têxteis durante o século 19. Foi um dos poucos centros
industrializados na região da Beira Interior, mesmo suplantando Seia até meados do século 20. Apenas Covilhã out-
realizada Loriga em termos de empresas que operam a partir de suas terras; empresas como a Regato, Redondinha, Fonte
dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luís Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral e Lorimalhas,
entre outros. A principal estrada em Loriga, Avenida Augusto Luís Mendes , é nomeado para uma das aldeias industriais
mais ilustres. A indústria de lã começou a diminuir durante as últimas décadas do século 20, um fator que agravou e
acelerou o declínio da região.

Geografia
Conhecido localmente como a "Suíça Português" , devido à sua paisagem que inclui um acordo de princípio situada nas
montanhas da Estrela Parque Natural Serra da . Ele está localizado na parte centro-sul do município de Seia, ao longo da
parte sudeste da Serra, entre várias ravinas, mas especificamente a Ribeira de São Bento e Ribeira da Nave; é 20 km de
Seia, a 80 km de Guarda e 300 quilômetros da capital nacional (Lisboa). A principal cidade é acessível pela estrada
nacional EN 231, que liga diretamente para a região da Serra da Estrela por meio de EN338 (que foi concluída em 2006),
ou através da EN339, um acesso 9,2 quilômetros que transita algumas das principais altitudes (960 metros perto Portela
do Arão ou Portela de Loriga e 1650 metros em torno da Lagoa Comprida).
A região é esculpido por vales glacial em forma de U, modeladas pelo
movimento de geleiras antigas. O vale principal, Vale de Loriga foi
entalhada por abrasão longitudanal que também criado bolsos
arredondados, onde a resistência glacial foi menor. A partir de uma altitude
de 1991 metros ao longo da Serra da Estrela do vale desce abruptamente até
290 metros acima do nível do mar (cerca de Vide), passando aldeias, como
Cabeça, Casal do Rei e Muro. A cidade central, Loriga, é de sete quilômetros
da Torre (o ponto mais alto), mas a paróquia é esculpida por falésias,
planícies aluviais e lagos glaciais depositados durante milênios de erosão
Uma ponte sobre uma ravina em glacial, e rodeado por floresta antiga rara que rodeava os flancos laterais
Loriga, com as pastagens da destes geleiras.
paisagem vale

Economia
Têxteis são o principal produto de exportação local; Loriga foi um hub os
têxteis e lã indústrias durante a meados do século 19, além de ser a
agricultura de subsistência responsáveis pelo cultivo de milho. A economia
Loriguense é baseada em indústrias metalúrgicas, panificação, lojas
comerciais, restaurantes e serviços de apoio à agricultura.

Enquanto que a indústria têxtil, desde então, dissipada, a cidade começou a


atrair um comércio turístico devido à sua proximidade com a Serra da
Estrela e Vodafone Ski Resort (o único centro de esqui em Portugal), que foi
construído totalmente os limites paroquiais.
Vodafone Ski Resort , Serra da Estrela
, na cidade de Loriga.
Referências

links externos
(em Português) Homepage de Loriga em Português e Inglês (http://lorigaportugal.wordpress.com)

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Coordinates: 40.324°N 7.691°W

Loriga
Loriga (Portuguese pronunciation: [loˈɾiɡɐ]) is a civil
parish (Portuguese: freguesia) and town in south-
Loriga
central part of the municipality of Seia, in central Civil parish
Portugal. Part of the district of Guarda, it is 20 km
away from the city of Seia, 40 km away from Viseu,
80 km away from Guarda and 320 km from Lisbon,
nestled in the Serra da Estrela mountain range. The
population in 2011 was 1,053,[1] in an area of
36.25 km²,[2] including the two localities, the town
of Loriga and the village of Fontão.

Contents
History
Middle Ages
Monarchy
Geography
Economy
References
External links

History

Location in Portugal
Coordinates: 40.324°N 7.691°W

Country Portugal
Region Centro
Intermunic. Beiras e Serra da
comm. Estrela
The remaining Roman-era bridge
District Guarda
crossing the Ribeira de Loriga
Municipality Seia
Area
Loriga was founded along a column between ravines
• Total 36.25 km2
where today the historic centre exists. The site was (14.00 sq mi)
ostensibly selected more than 2000 years ago, owing
Elevation 750 m (2,460 ft)
to its defensibility, the abundance of potable water

1 of 4
and pasturelands, and lowlands that provided Population (2011)
conditions to practice both hunting and • Total 1,053
gathering/agriculture. • Density 29/km2 (75/sq mi)

When the Romans arrived in the region, the Time zone UTC±00:00 (WET)
• Summer (DST) UTC+01:00 (WEST)
settlement was concentrated into two areas. The
larger, older and principal agglomeration was Postal code 6270
situated in the area of the main church and Rua de Area code 238
Viriato, fortified with a wall and palisade. The Patron Santa Maria Maior
second group, in the Bairro de São Ginês, were some
small homes constructed on the rocky promintory, which were later appropriated by the
Visigoths in order to construct a chapel. The 1st century Roman road and two bridges (the
second was destroyed in the 16th century after flooding in the Ribeira de Loriga) connected the
outpost of Lorica to the rest of their Lusitanian province. The São Ginês' neighbouhood (São
Gens), a local ex-libris, is the location of the chapel of Nossa Senhora do Carmo, an ancient
Visigothic chapel.

Middle Ages
Loriga was the municipal seat since the 12th century, receiving Forals in 1136 (João Rhânia,
master of the Terras de Loriga for over two decades, during the reign of Afonso Henriques),
1249 (during the reign of Afonso III), 1474 (under King Afonso V) and finally in 1514 (by King
Manuel I).

Loriga was an ecclesiastical parish of the vicarage of the Royal Padroado and its Matriz Church
was ordered to construct in 1233, by King Sancho II. This church, was to the invocation of Santa
Maria Maior, and constructed over the ancient small Visigothic chapel (there is a lateral block
with Visigoth inscriptions visible). Constructed in the Romanesque-style it consists of a three-
nave building, with hints of the Old Cathedral of Coimbra. This structure was destroyed during
the 1755 earthquake, and only portions of the lateral walls were preserved.

Monarchy
The 1755 earthquake resulted in significant damage to the town of Loriga, destroying homes
and the parochial residence, in addition to opening-up cracks and faults in the town's larger
buildings, such as the historic municipal council hall (constructed in the 13th century). An
emissary of the Marquess of Pombal visited Loriga to evaluate the damage (something that did
not happen in other nearby biggest parishes, like Covilhã) and provide support.

The residents of Loriga supported the Asolutionist forces of the Infante Miguel of Portugal
against the Liberals, during the Portuguese Liberal Wars. It ceased to be the seat of a
municipality in 1855 after the application of a territorial planning carried out during the XIX
century, interestingly the same plan that gave rise to the Districts.

At the time of its municipal demise (October 1855), the municipality of Loriga included the
parishes of Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim and Vide, as well as thirty
other disincorporated villages.

Loriga was an industrial centre for textile manufacturing during the 19th century. It was one of

2 of 4
the few industrialized centres of the region, even supplanting Seia until the middle of the 20th
century. Only Covilhã out-performed Loriga in terms of businesses operating from its lands;
companies such as Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luís Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral and Lorimalhas, among
others. The main roadway in Loriga, Avenida Augusto Luís Mendes, is named for one of the
villages most illustrious industrialists. The wool industry started to decline during the last
decades of the 20th century, a factor that aggravated and accelerated the decline of the region.

Geography
Known locally as the "Portuguese Switzerland" due to its
landscape that includes a principal settlement nestled in
the mountains of the Serra da Estrela Natural Park.[3] It
is located in the south-central part of the municipality of
Seia, along the southeast part of the Serra, between
several ravines, but specifically the Ribeira de São Bento
and Ribeira da Nave;[3] it is 20 kilometres from Seia, 80
kilometres from Guarda and 300 kilometres from the
national capital (Lisbon). A main town is accessible by
A bridge over a ravine in Loriga, with the national roadway E.N. 231, that connects directly to
the pastures of the valley landscape the region of the Serra da Estrela by way of E.N.338
(which was completed in 2006), or through the E.N.339,
a 9.2 kilometre access that transits some of the main
elevations (960 metres near Portela do Arão or Portela de Loriga, and 1650 metres around the
Lagoa Comprida).

The region is carved by U-shaped glacial valleys, modelled by the movement of ancient glaciers.
The main valley, Vale de Loriga was carved by longitudinal abrasion that also created rounded
pockets, where the glacial resistance was minor. Starting at an altitude of 1991 metres along the
Serra da Estrela the valley descends abruptly until 290 metres above sea level (around Vide),
passing villages such as Cabeça, Casal do Rei and Muro. The central town, Loriga, is seven
kilometres from Torre (the highest point), but the parish is sculpted by cliffs, alluvial plains and
glacial lakes deposited during millennia of glacial erosion, and surrounded by rare ancient
forest that surrounded the lateral flanks of these glaciers.

Economy
Textiles are the principal local export; Loriga was a hub the textile and wool industries during
the mid-19th century, in addition to being subsistence agriculture responsible for the cultivation
of corn. The Loriguense economy is based on metallurgical industries, bread-making,
commercial shops, restaurants and agricultural support services.

While that textile industry has since dissipated, the town began to attract a tourist trade due to
its proximity to the Serra da Estrela and Vodafone Ski Resort (the only ski center in Portugal),
which was constructed totally the parish limits.

References

3 of 4
1. Instituto Nacional de Estatística (http://www.ine.pt/xportal/
xmain?xlang=en&xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indO
corrCod=0005889&contexto=pi&selTab=tab0)
2. Áreas das freguesias, concelhos, distritos e país (http://w
ww.dgterritorio.pt/cartografia_e_geodesia/cartografia/cart
a_administrativa_oficial_de_portugal_caop_/caop__down
load_/carta_administrativa_oficial_de_portugal___versao
_2017__em_vigor_/)
3. Junta Freguesia, ed. (2011). "Conhece em
Loriga...Geografia em Loriga" (https://web.archive.org/we
Vodafone Ski Resort, Serra da Estrela,
b/20120313002726/http://www.freguesiadeloriga.com/ind
in the town of Loriga.
ex.php?progoption=turnews&do=shownewsbytopic&topic
=12&subtipo=Geografia%20de%20Loriga) (in
Portuguese). Loriga (Seia), Portugal: Junta de Freguesia
de Loriga. Archived from the original (http://www.freguesiadeloriga.com/index.php?progopti
on=turnews&do=shownewsbytopic&topic=12&subtipo=Geografia%20de%20Loriga) on 13
March 2012. Retrieved 17 June 2011.

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Loriga - Loriga

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Loriga ( pronúncia Português: [loɾiɡɐ] ) é uma


freguesia ( Português : freguesia ) e da cidade em
Loriga
parte centro-sul do município de Seia , no centro de freguesia
Portugal . Parte do distrito de Guarda , que fica a 20
km da cidade de Seia , a 40 km de Viseu , a 80 km de
distância da Guarda e 320 km de Lisboa , situado no
Serra da Estrela serra. A população em 2011 foi de
1.053, em uma área de 36,25 km², incluindo as duas
localidades, a cidade de Loriga e da aldeia de Fontão.

Conteúdo
História
Idade Média
Monarquia
Geografia
Economia
Referências
Ligações externas

Loriga
História

A ponte romana da época restante


atravessando a Ribeira de Loriga

Loriga foi fundada ao longo de uma coluna entre


ravinas onde hoje existe o centro histórico. O site foi
Coordenadas: 40,324 ° N ° 7,691 W
ostensivamente selecionou mais de 2600 anos atrás,
devido à sua defensibility, a abundância de água e País Portugal
pastagens potável e terras baixas que forneceu Região Centro
condições para praticar a caça e coleta / agricultura. Intermunic. Beiras e Serra da Estrela
comm.
Quando os romanos chegaram à região, a liquidação Distrito Guarda
foi concentrado em duas áreas. A aglomeração maior, municipalidade Seia
mais antigo e principal situava-se na área da igreja Área
principal e Rua de Viriato , fortificada com uma • total 36,25 km 2 (14,00 sq mi)
parede e paliçada . O segundo grupo, no Bairro de Elevação 750 m (2.460 pés)
São GINÉS , foram algumas pequenas casas
População (2011)
construídas no promintory rochoso, que foram mais • total 1.053
tarde apropriado pelos visigodos , a fim de construir • Densidade 29 / km 2 (75 / sq mi)
uma capela. A estrada romana século 1 e duas pontes
Código postal 6270
(o segundo foi destruído no século 16 após a
Código de área 238
inundação na Ribeira de São Bento) conectado o
Patrono Santa Maria Maior
posto de Lorica para o resto de sua lusitano
província. O bairro de São Ginés ( São Gens ), um Local na rede http://lorigaportugal.wordpress.com
Internet
local de ex-libris, é a localização da capela de Nossa
Senhora do Carmo, uma antiga visigótico capela. São Gens, um celta santo, martirizado em Arles na Gália, durante o
reinado do imperador Diocleciano , e ao longo do tempo os moradores começaram a se referir a este santo como São
Ginés , devido à sua fácil de pronúncia.

Meia idade
Loriga foi a sede municipal desde o século 12, recebendo forals em 1136 (João Rhânia, mestre da Terras de Loriga por
mais de duas décadas, durante o reinado de Afonso Henriques ), 1249 (durante o reinado de Afonso III ), 1474 (sob rei
Afonso V ) e finalmente em 1514 (por rei Manuel I ).

Loriga foi uma paróquia eclesiástica do vicariato do Real Padroado e sua Igreja Matriz foi ordenado construído em
1233, pelo rei Sancho II . Esta igreja, foi a invocação de Santa Maria Maior , e construído sobre a antiga pequena
capela visigótica (há um bloco lateral com inscrições visigodos visíveis). Construído no românica de estilo consiste de
um edifício de três naves, com notas da Sé Velha de Coimbra. Esta estrutura foi destruída durante a 1755 , e apenas
porções das paredes laterais foram preservados.

Monarquia
O terramoto de 1755 resultou em danos significativos para a cidade de Loriga, casas destruindo ea residência
parcochial, além de rachaduras e falhas abertura em edifícios maiores da cidade, como a sala do conselho municipal
histórica (construída no século 13). Um emissário do Marquês de Pombal , na verdade, visitou Loriga para avaliar os
danos (algo que não aconteceu em outras paróquias montanhosas, mesmo Covilhã ) e prestar apoio.

Os moradores de Loriga apoiou as forças Asolutionist do Infante Miguel de Portugal contra os liberais, durante os
portugueses Guerras Liberais , que resultou em Loriga ser abandonado politicamente depois da expulsão de Miguel
por seu irmão, o rei Peter . Em 1855, como consequência de seu apoio, ele foi despojado de estatuto municipal durante
as reformas municipais do século 19. No momento da sua morte municipal (Outubro de 1855), o município de Loriga
incluiu as freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim e Vide, bem como trinta outras
aldeias cindidas.

Loriga era um centro industrial para a fabricação de têxteis durante o século 19. Foi um dos poucos centros
industrializados na região da Beira Interior, mesmo suplantando Seia até meados do século 20. Apenas Covilhã out-
realizada Loriga em termos de empresas que operam a partir de suas terras; empresas como a Regato, Redondinha,
Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luís Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral e
Lorimalhas, entre outros. A principal estrada em Loriga, Avenida Augusto Luís Mendes , é nomeado para uma das
aldeias industriais mais ilustres. A indústria de lã começou a diminuir durante as últimas décadas do século 20, um
fator que agravou e acelerou o declínio da região.

Geografia
Conhecido localmente como a "Suíça Português" , devido à sua
paisagem que inclui um acordo de princípio situada nas montanhas da
Estrela Parque Natural Serra da . Ele está localizado na parte centro-sul
do município de Seia, ao longo da parte sudeste da Serra, entre várias
ravinas, mas especificamente a Ribeira de São Bento e Ribeira da Nave;
é 20 km de Seia, a 80 km de Guarda e 300 quilômetros da capital
nacional (Lisboa). A principal cidade é acessível pela estrada nacional
EN 231, que liga diretamente para a região da Serra da Estrela por meio
de EN338 (que foi concluída em 2006), ou através da EN339, um acesso
Uma ponte sobre uma ravina em 9,2 quilômetros que transita algumas das principais altitudes (960
Loriga, com as pastagens da metros perto Portela do Arão ou Portela de Loriga e 1650 metros em
paisagem vale torno da Lagoa Comprida).

A região é esculpido por vales glacial em forma de U, modeladas pelo


movimento de geleiras antigas. O vale principal, Vale de Loriga foi entalhada por abrasão longitudanal que também
criado bolsos arredondados, onde a resistência glacial foi menor. A partir de uma altitude de 1991 metros ao longo da
Serra da Estrela do vale desce abruptamente até 290 metros acima do nível do mar (cerca de Vide), passando aldeias,
como Cabeça, Casal do Rei e Muro. A cidade central, Loriga, é de sete quilômetros da Torre (o ponto mais alto), mas a
paróquia é esculpida por falésias, planícies aluviais e lagos glaciais depositados durante milênios de erosão glacial, e
rodeado por floresta antiga rara que rodeava os flancos laterais destes geleiras.

Economia
Têxteis são o principal produto de exportação local; Loriga foi um hub os
têxteis e lã indústrias durante a meados do século 19, além de ser a
agricultura de subsistência responsáveis pelo cultivo de milho. A
economia Loriguense é baseada em indústrias metalúrgicas, panificação,
lojas comerciais, restaurantes e serviços de apoio à agricultura.

Enquanto que a indústria têxtil, desde então, dissipada, a cidade


começou a atrair um comércio turístico devido à sua proximidade com a
Serra da Estrela e Vodafone Ski Resort (o único centro de esqui em
Portugal), que foi construído totalmente os limites paroquiais.
Vodafone Ski Resort , Serra da Estrela
, na cidade de Loriga.
Referências

links externos
(em Português) Homepage de Loriga em Português e Inglês (http://lorigaportugal.wordpress.com)

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Coordenadas : 40,324 ° N ° 7,691 W

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Loriga ( pronúncia Português: [loɾiɡɐ] ) é uma freguesia (


Português : freguesia ) e da cidade em parte centro-sul
Loriga
do município de Seia , no centro de Portugal . Parte do freguesia
distrito de Guarda , que fica a 20 km da cidade de Seia , a
40 km de Viseu , a 80 km de distância da Guarda e 320
km de Lisboa , situado no Serra da Estrela serra. A
população em 2011 foi de 1.053, em uma área de 36,25
km², incluindo as duas localidades, a cidade de Loriga e
da aldeia de Fontão.
Conteúdo
História
Idade Média
Monarquia
Geografia
Economia
Referências
Ligações externas

História

Loriga

A ponte romana da época restante


atravessando a Ribeira de Loriga

Loriga foi fundada ao longo de uma coluna entre ravinas


onde hoje existe o centro histórico. O site foi
ostensivamente selecionou mais de 2600 anos atrás,
devido à sua defensibility, a abundância de água e
pastagens potável e terras baixas que forneceu condições
para praticar a caça e coleta / agricultura.

Quando os romanos chegaram à região, a liquidação foi


concentrado em duas áreas. A aglomeração maior, mais
antigo e principal situava-se na área da igreja principal e Coordenadas: 40,324 ° N ° 7,691 W
Rua de Viriato , fortificada com uma parede e paliçada . País Portugal
O segundo grupo, no Bairro de São GINÉS , foram Região Centro
algumas pequenas casas construídas no promintory Intermunic. Beiras e Serra da Estrela
rochoso, que foram mais tarde apropriado pelos comm.
visigodos , a fim de construir uma capela. A estrada Distrito Guarda
romana século 1 e duas pontes (o segundo foi destruído municipalidade Seia
no século 16 após a inundação na Ribeira de São Bento) Área
conectado o posto de Lorica para o resto de sua lusitano • total 36,25 km 2 (14,00 sq mi)
província. O bairro de São Ginés ( São Gens ), um local Elevação 750 m (2.460 pés)
de ex-libris, é a localização da capela de Nossa Senhora População (2011)
do Carmo, uma antiga visigótico capela. São Gens, um • total 1.053
celta santo, martirizado em Arles na Gália, durante o • Densidade 29 / km 2 (75 / sq mi)
reinado do imperador Diocleciano , e ao longo do tempo Código postal 6270
os moradores começaram a se referir a este santo como Código de área 238
São Ginés , devido à sua fácil de pronúncia.
Patrono Santa Maria Maior
Local na rede http://lorigaportugal.wordpress.com
Meia idade Internet

Loriga foi a sede municipal desde o século 12, recebendo forals em 1136 (João Rhânia, mestre da Terras de Loriga por
mais de duas décadas, durante o reinado de Afonso Henriques ), 1249 (durante o reinado de Afonso III ), 1474 (sob rei
Afonso V ) e finalmente em 1514 (por rei Manuel I ).

Loriga foi uma paróquia eclesiástica do vicariato do Real Padroado e sua Igreja Matriz foi ordenado construído em 1233,
pelo rei Sancho II . Esta igreja, foi a invocação de Santa Maria Maior , e construído sobre a antiga pequena capela
visigótica (há um bloco lateral com inscrições visigodos visíveis). Construído no românica de estilo consiste de um edifício
de três naves, com notas da Sé Velha de Coimbra. Esta estrutura foi destruída durante a 1755 , e apenas porções das
paredes laterais foram preservados.

Monarquia
O terramoto de 1755 resultou em danos significativos para a cidade de Loriga, casas destruindo ea residência parcochial,
além de rachaduras e falhas abertura em edifícios maiores da cidade, como a sala do conselho municipal histórica
(construída no século 13). Um emissário do Marquês de Pombal , na verdade, visitou Loriga para avaliar os danos (algo
que não aconteceu em outras paróquias montanhosas, mesmo Covilhã ) e prestar apoio.

Os moradores de Loriga apoiou as forças Asolutionist do Infante Miguel de Portugal contra os liberais, durante os
portugueses Guerras Liberais , que resultou em Loriga ser abandonado politicamente depois da expulsão de Miguel por
seu irmão, o rei Peter . Em 1855, como consequência de seu apoio, ele foi despojado de estatuto municipal durante as
reformas municipais do século 19. No momento da sua morte municipal (Outubro de 1855), o município de Loriga incluiu
as freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim e Vide, bem como trinta outras aldeias
cindidas.

Loriga era um centro industrial para a fabricação de têxteis durante o século 19. Foi um dos poucos centros
industrializados na região da Beira Interior, mesmo suplantando Seia até meados do século 20. Apenas Covilhã out-
realizada Loriga em termos de empresas que operam a partir de suas terras; empresas como a Regato, Redondinha, Fonte
dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luís Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral e Lorimalhas,
entre outros. A principal estrada em Loriga, Avenida Augusto Luís Mendes , é nomeado para uma das aldeias industriais
mais ilustres. A indústria de lã começou a diminuir durante as últimas décadas do século 20, um fator que agravou e
acelerou o declínio da região.

Geografia
Conhecido localmente como a "Suíça Português" , devido à sua paisagem que inclui um acordo de princípio situada nas
montanhas da Estrela Parque Natural Serra da . Ele está localizado na parte centro-sul do município de Seia, ao longo da
parte sudeste da Serra, entre várias ravinas, mas especificamente a Ribeira de São Bento e Ribeira da Nave; é 20 km de
Seia, a 80 km de Guarda e 300 quilômetros da capital nacional (Lisboa). A principal cidade é acessível pela estrada
nacional EN 231, que liga diretamente para a região da Serra da Estrela por meio de EN338 (que foi concluída em 2006),
ou através da EN339, um acesso 9,2 quilômetros que transita algumas das principais altitudes (960 metros perto Portela
do Arão ou Portela de Loriga e 1650 metros em torno da Lagoa Comprida).
A região é esculpido por vales glacial em forma de U, modeladas pelo
movimento de geleiras antigas. O vale principal, Vale de Loriga foi
entalhada por abrasão longitudanal que também criado bolsos
arredondados, onde a resistência glacial foi menor. A partir de uma altitude
de 1991 metros ao longo da Serra da Estrela do vale desce abruptamente até
290 metros acima do nível do mar (cerca de Vide), passando aldeias, como
Cabeça, Casal do Rei e Muro. A cidade central, Loriga, é de sete quilômetros
da Torre (o ponto mais alto), mas a paróquia é esculpida por falésias,
planícies aluviais e lagos glaciais depositados durante milênios de erosão
Uma ponte sobre uma ravina em glacial, e rodeado por floresta antiga rara que rodeava os flancos laterais
Loriga, com as pastagens da destes geleiras.
paisagem vale

Economia
Têxteis são o principal produto de exportação local; Loriga foi um hub os
têxteis e lã indústrias durante a meados do século 19, além de ser a
agricultura de subsistência responsáveis pelo cultivo de milho. A economia
Loriguense é baseada em indústrias metalúrgicas, panificação, lojas
comerciais, restaurantes e serviços de apoio à agricultura.

Enquanto que a indústria têxtil, desde então, dissipada, a cidade começou a


atrair um comércio turístico devido à sua proximidade com a Serra da
Estrela e Vodafone Ski Resort (o único centro de esqui em Portugal), que foi
construído totalmente os limites paroquiais.
Vodafone Ski Resort , Serra da Estrela
, na cidade de Loriga.
Referências

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(em Português) Homepage de Loriga em Português e Inglês (http://lorigaportugal.wordpress.com)

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, localmente
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do nome atual, do gentilico
loricense e da principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. A propósito de Viriato, sublinha-se uma antiga tradição que aponta Loriga como berço deste herói
lusitano, tendo inclusive havido a intenção de erigir um monumento, projeto que não chegou a concretizar-se. No local do
actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
Igreja Matriz de Loriga,
Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia,
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. e no início da nacionalidade à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria
Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana Fontanário em Loriga, um
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. dos três construídos pela
comunidade loriguense de
Manaus.
História posterior ao séc. XVIII
Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A ponte romana ainda existente está
na Ribeira de Loriga e a ponte romana que ruiu na Ribeira de São Bento foi substituída no século XIX pela que ainda existe,
também construída em pedra.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro Rua da Oliveira, na àrea
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este mais antiga do centro
histórico
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (santo que nunca existiu), deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é
também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual e conhecido localmente por Calhorras), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De
entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida
ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única
é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente desde o século Busto do, Dr Joaquim A.
passado como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Amorim da Fonseca,
Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi Loriga.
erradamente e teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado
pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica
autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um outro brasão destinado a substituir o já referido
"brasão" ilegal que teimam em usar e que foi colocado neste artigo, mas também foi chumbado pelas referidas autoridades competentes (Comissão de Heráldica da
AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=51071340"

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Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a
condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, localmente
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do nome atual, do gentilico
loricense e da principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. A propósito de Viriato, sublinha-se uma antiga tradição que aponta Loriga como berço deste herói
lusitano, tendo inclusive havido a intenção de erigir um monumento, projeto que não chegou a concretizar-se. No local do
actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
Igreja Matriz de Loriga,
Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia,
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. e no início da nacionalidade à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria
Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana Fontanário em Loriga, um
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. dos três construídos pela
comunidade loriguense de
Manaus.
História posterior ao séc. XVIII
Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A ponte romana ainda existente está
na Ribeira de Loriga e a ponte romana que ruiu na Ribeira de São Bento foi substituída no século XIX pela que ainda existe,
também construída em pedra.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro Rua da Oliveira, na àrea
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este mais antiga do centro
histórico
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (santo que nunca existiu), deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é
também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual e conhecido localmente por Calhorras), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De
entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida
ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única
é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente desde o século Busto do, Dr Joaquim A.
passado como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Amorim da Fonseca,
Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi Loriga.
erradamente e teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado
pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica
autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um outro brasão destinado a substituir o já referido
"brasão" ilegal que teimam em usar e que foi colocado neste artigo, mas também foi chumbado pelas referidas autoridades competentes (Comissão de Heráldica da
AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=51071340"

Esta página foi editada pela última vez à(s) 18h33min de 22 de janeiro de 2018.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a
condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, também
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do gentilico loricense e da
principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. No local do actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia
e depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
Igreja Matriz de Loriga,
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Fontanário em Loriga, um
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana dos três construídos pela
comunidade loriguense de
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.
Manaus.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os
loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira, na àrea
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. mais antiga do centro
histórico
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como Busto do, Dr Joaquim A.
símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um Amorim da Fonseca,
engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi erradamente e Loriga.
teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa,
pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um brasão que foi chumbado pelas referidas autoridades competentes
(Comissão de Heráldica da AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

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condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda, na
Loriga
província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km² de área,
Portugal
1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz
parte do Parque Natural da Serra da Estrela. Freguesia

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e


320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-existente e pré-projetado, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas
960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca
de 770 m de altitude, na sua parte urbana mais baixa,
rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Vista geral de Loriga
Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e socioculturais, que abrangem todos os grupos Loriga
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem nos limites aproximados do antigo concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da
Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado
em Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial País Portugal
Festividades Região Centro
Gastronomia Sub-região Serra da Estrela
Personagens Província Beira Alta
Brasão Concelho Seia
Acordos de geminação
Administração
Ver também
- Tipo Junta de freguesia
Ligações externas
- Presidente José Manuel de Almeida
Fontes Pinto, conhecido localmente
Referências por Zeca Maria
("independente")
Área

População - Total 36,52 km²


População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
Gentílico Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.
População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra
da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou
Loriga, designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente dos motivos é certo que os romanos lhe puseram o nome de Lorica,
do qual deriva o gentílico Loricense, tal como Loriguense deriva de Loriga, que serve para designar os naturais da vila. Sendo um nome histórico e único em
Portugal justifica que a couraça seja a peça principal do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século
XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.

Uma antiga tradição profusamente documentada aponta Loriga como berço de Viriato, tendo havido um projeto nunca
concretizado de erigir um monumento a esse herói lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do
actual Bairro de São Ginês (nome dado pelos loriguenses a São Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao
promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. Os
loriguenses mudaram o nome ao santo (São Ginês nunca existiu), deixaram arruinar a ermida e finalmente reconstruíram-na
Igreja Matriz de Loriga - vista
com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo.
interior.

Loriga era uma paróquia criada pelos Visigodos, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e
a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e
que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior
lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. Fontanário em Loriga.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, mas essa atividade têxtil já existia em moldes artesanais no XIV. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só
a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de
Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da indústria textil, tornou-se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, que entrou em declínio durante durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, tendo perdido mais de metade da população entre os anos de 1989 e 2015. facto que não afetou de
maneira de forma tão grave a maioria das outras regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se
nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga,
conhecida também como Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
"Poço
Chãodo daZéRibeira
Lages". festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior e por isso é o orago da Igreja
Matriz e da paróquia desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como símbolo da Busto do, Dr Joaquim A.
freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Amorim da Fonseca,
moinho com roda hidráulica.[5] Este pseudobrasão nunca foi aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Loriga.
Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que
não tem carácter oficial.[6] Esse pseudobrasão foi aqui apresentado durante anos como sendo oficial, apesar dos avisos e após o vandalismo de que o artigo foi alvo,
tendo sido constantemente alvo de bloqueio para impedir a correção do mesmo. Em 2017 o pseudobrasão foi finalmente retirado do artigo e os identificados
pseudoeditores responsáveis por essa vergonha, que afetou a imagem de Loriga e da Wikipedia, foram ameaçados de bloqueio se o voltassem a colocar no artigo.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)
Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.archive.org/web/200312
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 23170552/http://www2.cm-seia.pt/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54190634"

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condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do
Loriga
concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta,
Portugal
região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km²
de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de Freguesia
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a


20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006,
seguindo um traçado pré-existente e pré-projetado, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas
960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa
Comprida.

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
Loriga
a uma paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária


localização geográfica. Está situada a cerca de 770 m de altitude, na
sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes


ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma
obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e


socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado Localização de Loriga em Portugal

em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos País Portugal
serviços se desenvolvem nos limites aproximados do antigo Região Centro
concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas Sub-região Serra da Estrela
obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto
Província Beira Alta
de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Concelho Seia
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro
do mesmo ano.[1] Administração
- Tipo Junta de freguesia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia. - Presidente José Manuel de Almeida
Pinto, conhecido localmente
por Zeca Maria
("independente")

Índice Área
- Total 36,52 km²
População
População (2011)
Toponímia
- Total 1 053
História
• Densidade 28,8 hab./km²
Forais
História até ao final do séc. XVIII Gentílico Loriguense ou Loricense
História posterior ao séc. XVIII Código postal 6270
Património de destaque Orago Santa Maria Maior
Praia fluvial Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.
Festividades
Gastronomia
Personagens
Brasão
Acordos de geminação
Ver também
Ligações externas
Fontes
Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos
Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente dos motivos é certo que os romanos lhe puseram o nome de
Lorica, do qual deriva o gentílico Loricense, tal como Loriguense deriva de Loriga, que serve para designar os naturais da
vila. Sendo um nome histórico e único em Portugal justifica que a couraça seja a peça principal do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das
Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D.
Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu
para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi
escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de
pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da
agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.
Uma antiga tradição profusamente documentada aponta Loriga como berço de
Viriato, tendo havido um projeto nunca concretizado de erigir um monumento a esse
herói lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,


mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte
da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual
Bairro de São Ginês (nome dado pelos loriguenses a São Gens) existiam já algumas
Igreja Matriz de Loriga - vista
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
interior.
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. Os loriguenses mudaram
o nome ao santo (São Ginês nunca existiu), deixaram arruinar a ermida e finalmente
reconstruíram-na com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo.

Loriga era uma paróquia criada pelos Visigodos, pertenceu à Vigararia do Padroado
Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a


residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do Fontanário em Loriga.
edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês
de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade
serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, mas essa atividade têxtil já existia em moldes
artesanais no XIV. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só
conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número
de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial
desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil
anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da indústria


textil, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, que entrou em
declínio durante durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, tendo perdido mais de metade da população entre os anos de
1989 e 2015. facto que não afetou de maneira de forma tão grave a maioria das outras
regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas
indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura
e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,
Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,
com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em
Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída),
o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.
A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma
grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na
Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem
cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua
recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros
mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um
santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Rua da Oliveira
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a
capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses
mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais
galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira
"Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas
dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas,
do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Praia fluvial de Loriga,
conhecida também como Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta
"Poço
Chão dodaZé Lages".
Ribeira das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por
altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões.
Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da
Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria
Maior e por isso é o orago da Igreja Matriz e da paróquia desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em
honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a
broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande
parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga
faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa Busto do, Dr Joaquim A.
formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira Amorim da Fonseca,
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Loriga.
moinho com roda hidráulica.[5] Este pseudobrasão nunca foi aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, que
regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Esse pseudobrasão foi aqui apresentado
durante anos como sendo oficial, apesar dos avisos e após o vandalismo de que o artigo foi alvo, tendo sido
constantemente alvo de bloqueio para impedir a correção do mesmo. Em 2017 o pseudobrasão foi finalmente retirado do
artigo e os identificados pseudoeditores responsáveis por essa vergonha, que afetou a imagem de Loriga e da Wikipedia,
foram ameaçados de bloqueio se o voltassem a colocar no artigo.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.ht
m)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata=
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/201
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
2/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/).
com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.p
Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
hp/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de
|acessodata= (ajuda)
-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) -
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.arch
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
ive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.pt/c
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
oncelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAz
Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
ul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54190634"

Esta página foi editada pela última vez às 16h35min de 1 de fevereiro de 2019.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do
Loriga
concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta,
Portugal
região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km²
de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de Freguesia
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a


20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006,
seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e
1650 m, junto à Lagoa Comprida.

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina.
Loriga

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária


localização geográfica. Está situada a cerca de 770 m de altitude, na
sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes


ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma
obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e


socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado
em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Localização de Loriga em Portugal

1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de País Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, Região Centro
e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se Sub-região Serra da Estrela
as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício
Província Beira Alta
concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]
Concelho Seia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia. Administração
- Tipo Junta de freguesia
- Presidente António Maurício Moura
Índice Mendes (PS)
População Área
Toponímia - Total 36,52 km²
História População (2011)
Forais - Total 1 053
História até ao final do séc. XVIII • Densidade 28,8 hab./km²
História posterior ao séc. XVIII
Gentílico Loriguense ou Loricense
Património de destaque
Código postal 6270
Praia fluvial
Orago Santa Maria Maior
Festividades
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
Gastronomia mais altas de Portugal.
Personagens
Brasão
Acordos de geminação
Ver também
Ligações externas
Fontes
Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos
Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo do nome, certo é que foram romanos que o puseram,
sendo portanto um nome histórico, antigo e único em Portugal, facto que só por si justifica que a couraça seja a peça
principal do brasão da vila. A origem do nome, também explicado pela filologia, também justifica o gentílico loricense, que
deriva de Lorica tal como loriguense deriva de Loriga.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das
Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D.
Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser sede de
concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o
mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi
escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de
pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da
agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.

Uma tradição muito antiga e documentada, aponta Loriga como berço de Viriato, e já houve na vila um projecto que não
chegou a concretizar-se, para erigir um monumento a este heroi lusitano.
Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,
mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte
da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual
Bairro de São Ginês, nome dado pelos loriguenses a São Gens (São Ginês nunca
existiu), existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima
do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga, antiga paróquia criada pelos visigodos,


Igreja Matriz de Loriga - vista
era uma paróquia pertencente à Vigararia do
interior.
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.
Fontanário em Loriga.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a
residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, no entanto essa atividade já existia no século
XIV em modo artesanal. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga
no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois
mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que
entrou em declínio durante durante a última década do século passado o que está a
levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores
de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica
e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,
Largo do Pelourinho. Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,
com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em
Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída),
o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que
lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o
facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do
Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São
Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia
Rua da Oliveira
foi uma das 298 praias nacionais galardoadas
com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012
recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas,
do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, no Festividades


local conhecido há séculos
por Chão da Ribeira". Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta
das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por
altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os
anos, no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira da vila de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior, e por isso é o
orago da paróquia e da Igreja Matriz desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da
Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a
broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande
parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga
faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa Busto do, Dr Joaquim A.
formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira Amorim da Fonseca,
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Loriga.
moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão", aqui teimosamente apresentado durante
anos como oficial, após a vandalização do artigo e apesar dos avisos, nunca foi nem jamais poderá ser aprovado pela
Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto
de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem nem nunca teve carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.
Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage de Loriga (http://loriga.wikidot.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.ht
m)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata=
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/201
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
2/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/).
com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.p
Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
hp/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de
|acessodata= (ajuda)
-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) -
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.arch
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
ive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.pt/c
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
oncelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAz
Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
ul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54100892"

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda, na
Loriga
província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km² de área,
Portugal
1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz
parte do Parque Natural da Serra da Estrela. Freguesia

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e


320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-existente e pré-projetado, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas
960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca
de 770 m de altitude, na sua parte urbana mais baixa,
rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Vista geral de Loriga
Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e socioculturais, que abrangem todos os grupos Loriga
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem nos limites aproximados do antigo concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da
Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado
em Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial País Portugal
Festividades Região Centro
Gastronomia Sub-região Serra da Estrela
Personagens Província Beira Alta
Brasão Concelho Seia
Acordos de geminação
Administração
Ver também
- Tipo Junta de freguesia
Ligações externas
- Presidente José Manuel de Almeida
Fontes Pinto, conhecido localmente
Referências por Zeca Maria
("independente")
Área

População - Total 36,52 km²


População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
Gentílico Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.
População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra
da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou
Loriga, designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente dos motivos é certo que os romanos lhe puseram o nome de Lorica,
do qual deriva o gentílico Loricense, tal como Loriguense deriva de Loriga, que serve para designar os naturais da vila. Sendo um nome histórico e único em
Portugal justifica que a couraça seja a peça principal do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século
XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.

Uma antiga tradição profusamente documentada aponta Loriga como berço de Viriato, tendo havido um projeto nunca
concretizado de erigir um monumento a esse herói lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do
actual Bairro de São Ginês (nome dado pelos loriguenses a São Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao
promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. Os
loriguenses mudaram o nome ao santo (São Ginês nunca existiu), deixaram arruinar a ermida e finalmente reconstruíram-na
Igreja Matriz de Loriga - vista
com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo.
interior.

Loriga era uma paróquia criada pelos Visigodos, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e
a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e
que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior
lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. Fontanário em Loriga.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, mas essa atividade têxtil já existia em moldes artesanais no XIV. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só
a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de
Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da indústria textil, tornou-se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, que entrou em declínio durante durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, tendo perdido mais de metade da população entre os anos de 1989 e 2015. facto que não afetou de
maneira de forma tão grave a maioria das outras regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se
nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga,
conhecida também como Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
"Poço
Chãodo daZéRibeira
Lages". festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior e por isso é o orago da Igreja
Matriz e da paróquia desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como símbolo da Busto do, Dr Joaquim A.
freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Amorim da Fonseca,
moinho com roda hidráulica.[5] Este pseudobrasão nunca foi aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Loriga.
Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que
não tem carácter oficial.[6] Esse pseudobrasão foi aqui apresentado durante anos como sendo oficial, apesar dos avisos e após o vandalismo de que o artigo foi alvo,
tendo sido constantemente alvo de bloqueio para impedir a correção do mesmo. Em 2017 o pseudobrasão foi finalmente retirado do artigo e os identificados
pseudoeditores responsáveis por essa vergonha, que afetou a imagem de Loriga e da Wikipedia, foram ameaçados de bloqueio se o voltassem a colocar no artigo.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)
Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.archive.org/web/200312
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 23170552/http://www2.cm-seia.pt/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

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condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do
Loriga
concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta,
Portugal
região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km²
de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de Freguesia
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a


20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006,
seguindo um traçado pré-existente e pré-projetado, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas
960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa
Comprida.

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
Loriga
a uma paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária


localização geográfica. Está situada a cerca de 770 m de altitude, na
sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes


ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma
obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e


socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado Localização de Loriga em Portugal

em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos País Portugal
serviços se desenvolvem nos limites aproximados do antigo Região Centro
concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas Sub-região Serra da Estrela
obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto
Província Beira Alta
de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Concelho Seia
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro
do mesmo ano.[1] Administração
- Tipo Junta de freguesia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia. - Presidente José Manuel de Almeida
Pinto, conhecido localmente
por Zeca Maria
("independente")

Índice Área
- Total 36,52 km²
População
População (2011)
Toponímia
- Total 1 053
História
• Densidade 28,8 hab./km²
Forais
História até ao final do séc. XVIII Gentílico Loriguense ou Loricense
História posterior ao séc. XVIII Código postal 6270
Património de destaque Orago Santa Maria Maior
Praia fluvial Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.
Festividades
Gastronomia
Personagens
Brasão
Acordos de geminação
Ver também
Ligações externas
Fontes
Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos
Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente dos motivos é certo que os romanos lhe puseram o nome de
Lorica, do qual deriva o gentílico Loricense, tal como Loriguense deriva de Loriga, que serve para designar os naturais da
vila. Sendo um nome histórico e único em Portugal justifica que a couraça seja a peça principal do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das
Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D.
Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu
para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi
escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de
pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da
agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.
Uma antiga tradição profusamente documentada aponta Loriga como berço de
Viriato, tendo havido um projeto nunca concretizado de erigir um monumento a esse
herói lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,


mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte
da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual
Bairro de São Ginês (nome dado pelos loriguenses a São Gens) existiam já algumas
Igreja Matriz de Loriga - vista
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
interior.
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. Os loriguenses mudaram
o nome ao santo (São Ginês nunca existiu), deixaram arruinar a ermida e finalmente
reconstruíram-na com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo.

Loriga era uma paróquia criada pelos Visigodos, pertenceu à Vigararia do Padroado
Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a


residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do Fontanário em Loriga.
edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês
de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade
serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, mas essa atividade têxtil já existia em moldes
artesanais no XIV. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só
conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número
de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial
desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil
anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da indústria


textil, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, que entrou em
declínio durante durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, tendo perdido mais de metade da população entre os anos de
1989 e 2015. facto que não afetou de maneira de forma tão grave a maioria das outras
regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas
indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura
e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,
Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,
com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em
Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída),
o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.
A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma
grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na
Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem
cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua
recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros
mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um
santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Rua da Oliveira
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a
capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses
mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais
galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira
"Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas
dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas,
do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Praia fluvial de Loriga,
conhecida também como Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta
"Poço
Chão dodaZé Lages".
Ribeira das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por
altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões.
Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da
Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria
Maior e por isso é o orago da Igreja Matriz e da paróquia desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em
honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a
broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande
parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga
faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa Busto do, Dr Joaquim A.
formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira Amorim da Fonseca,
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Loriga.
moinho com roda hidráulica.[5] Este pseudobrasão nunca foi aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, que
regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Esse pseudobrasão foi aqui apresentado
durante anos como sendo oficial, apesar dos avisos e após o vandalismo de que o artigo foi alvo, tendo sido
constantemente alvo de bloqueio para impedir a correção do mesmo. Em 2017 o pseudobrasão foi finalmente retirado do
artigo e os identificados pseudoeditores responsáveis por essa vergonha, que afetou a imagem de Loriga e da Wikipedia,
foram ameaçados de bloqueio se o voltassem a colocar no artigo.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.ht
m)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata=
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/201
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
2/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/).
com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.p
Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
hp/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de
|acessodata= (ajuda)
-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) -
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.arch
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
ive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.pt/c
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
oncelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAz
Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
ul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em

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Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do
Loriga
concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta,
Portugal
região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km²
de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de Freguesia
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a


20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006,
seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e
1650 m, junto à Lagoa Comprida.

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina.
Loriga

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária


localização geográfica. Está situada a cerca de 770 m de altitude, na
sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes


ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma
obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e


socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado
em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Localização de Loriga em Portugal

1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de País Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, Região Centro
e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se Sub-região Serra da Estrela
as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício
Província Beira Alta
concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]
Concelho Seia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia. Administração
- Tipo Junta de freguesia
- Presidente António Maurício Moura
Índice Mendes (PS)
População Área
Toponímia - Total 36,52 km²
História População (2011)
Forais - Total 1 053
História até ao final do séc. XVIII • Densidade 28,8 hab./km²
História posterior ao séc. XVIII
Gentílico Loriguense ou Loricense
Património de destaque
Código postal 6270
Praia fluvial
Orago Santa Maria Maior
Festividades
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
Gastronomia mais altas de Portugal.
Personagens
Brasão
Acordos de geminação
Ver também
Ligações externas
Fontes
Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos
Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo do nome, certo é que foram romanos que o puseram,
sendo portanto um nome histórico, antigo e único em Portugal, facto que só por si justifica que a couraça seja a peça
principal do brasão da vila. A origem do nome, também explicado pela filologia, também justifica o gentílico loricense, que
deriva de Lorica tal como loriguense deriva de Loriga.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das
Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D.
Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser sede de
concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o
mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi
escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de
pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da
agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.

Uma tradição muito antiga e documentada, aponta Loriga como berço de Viriato, e já houve na vila um projecto que não
chegou a concretizar-se, para erigir um monumento a este heroi lusitano.
Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,
mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte
da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual
Bairro de São Ginês, nome dado pelos loriguenses a São Gens (São Ginês nunca
existiu), existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima
do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga, antiga paróquia criada pelos visigodos,


Igreja Matriz de Loriga - vista
era uma paróquia pertencente à Vigararia do
interior.
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.
Fontanário em Loriga.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a
residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, no entanto essa atividade já existia no século
XIV em modo artesanal. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga
no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois
mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que
entrou em declínio durante durante a última década do século passado o que está a
levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores
de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica
e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,
Largo do Pelourinho. Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,
com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em
Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída),
o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que
lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o
facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do
Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São
Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia
Rua da Oliveira
foi uma das 298 praias nacionais galardoadas
com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012
recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas,
do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, no Festividades


local conhecido há séculos
por Chão da Ribeira". Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta
das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por
altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os
anos, no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira da vila de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior, e por isso é o
orago da paróquia e da Igreja Matriz desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da
Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a
broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande
parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga
faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa Busto do, Dr Joaquim A.
formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira Amorim da Fonseca,
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Loriga.
moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão", aqui teimosamente apresentado durante
anos como oficial, após a vandalização do artigo e apesar dos avisos, nunca foi nem jamais poderá ser aprovado pela
Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto
de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem nem nunca teve carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.
Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage de Loriga (http://loriga.wikidot.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.ht
m)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata=
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/201
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
2/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/).
com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.p
Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
hp/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de
|acessodata= (ajuda)
-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) -
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.arch
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
ive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.pt/c
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
oncelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAz
Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
ul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54100892"

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa
Loriga
do concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira
Portugal
Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Freguesia
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o
Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-


se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila
é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em
2006, seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de
9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960 m
(Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca de
770 m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada
por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São
Bento, que desagua na primeira depois da E.T.A.R. para
formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.
Loriga
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale rochoso num vale
fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo
parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio
dos seus habitantes.
Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais
se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense,
fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense,
fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados
em 1982, cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da
vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras
sociais de relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto
de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Loriga
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Património de destaque
Praia fluvial
Festividades
Gastronomia
Localização de Loriga em Portugal
Personagens
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Brasão
País Portugal
Acordos de geminação
Região Centro
Ver também
Sub-região Serra da Estrela
Ligações externas
Província Beira Alta
Fontes
Concelho Seia
Referências
Administração
- Tipo Junta de freguesia
População - Presidente António Maurício Moura
Mendes (PS)
Área
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
Gentílico Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.
População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-
lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação
iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo do nome, certo é que foram romanos
que o puseram, sendo portanto um nome histórico, antigo e único em Portugal, facto que só por si justifica que a
couraça seja a peça principal do brasão da vila. A origem do nome, também explicado pela filologia, também justifica o
gentílico loricense, que deriva de Lorica tal como loriguense deriva de Loriga.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio
das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474
(D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser
sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX,
curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi
escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de
pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática
da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e
povoação com alguma importância.

Uma tradição muito antiga e documentada, aponta Loriga como berço de Viriato, e já houve na vila um projecto que
não chegou a concretizar-se, para erigir um monumento a este heroi lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O


maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No
local do actual Bairro de São Ginês, nome dado pelos loriguenses a São Gens (São
Ginês nunca existiu), existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida
dedicada àquele santo.
Igreja Matriz de Loriga - vista
Loriga, antiga paróquia criada pelos visigodos, era uma paróquia pertencente à
interior.
Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo
rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se
mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior
lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755,
dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a


residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do
edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do
que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não
chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

Fontanário em Loriga.
História posterior ao séc. XVIII
Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, no entanto essa atividade já existia no
século XIV em modo artesanal. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã
ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores,
Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem
parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes,
o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais


pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios,
que entrou em declínio durante durante a última década do século passado o que
está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões
interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas
indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma
agricultura e pastorícia.

Largo do Pelourinho. A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da
Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao
município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em
Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o
que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São
Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália,
no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na
área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar
dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo
da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta
praia foi uma das 298 praias nacionais
Rua da Oliveira
galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira
"Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram
hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer
ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Festividades
por Chão da Ribeira".
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes
falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São Sebastião (no último
Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é
a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro
Domingo de Agosto. A padroeira da vila de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior, e por isso é o orago da
paróquia e da Igreja Matriz desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da
Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de
alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no
forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de
zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm
relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade
loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e
do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa
formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho
ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão", aqui teimosamente apresentado
durante anos como oficial, após a vandalização do artigo e apesar dos avisos, nunca foi
nem jamais poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos
Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, Busto do, Dr Joaquim A.
que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem nem nunca teve Amorim da Fonseca,
carácter oficial.[6] Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage de Loriga (http://loriga.wikidot.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra
3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 |acessodata= (ajuda)
12/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quarte
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data
com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.
em: |acessodata= (ajuda)
php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos -de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique
Gerais da População) - data em: |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.ar
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
chive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro pt/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban
g
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia 2017.
de Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54100892"

Esta página foi editada pela última vez às 17h50min de 26 de janeiro de 2019.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de
utilização.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, também
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do gentilico loricense e da
principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. No local do actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia
e depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
Igreja Matriz de Loriga,
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Fontanário em Loriga, um
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana dos três construídos pela
comunidade loriguense de
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.
Manaus.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os
loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira, na àrea
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. mais antiga do centro
histórico
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como Busto do, Dr Joaquim A.
símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um Amorim da Fonseca,
engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi erradamente e Loriga.
teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa,
pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um brasão que foi chumbado pelas referidas autoridades competentes
(Comissão de Heráldica da AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=51020192"

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condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda, na
Loriga
província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km² de área,
Portugal
1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz
parte do Parque Natural da Serra da Estrela. Freguesia

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e


320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-existente e pré-projetado, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas
960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca
de 770 m de altitude, na sua parte urbana mais baixa,
rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Vista geral de Loriga
Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e socioculturais, que abrangem todos os grupos Loriga
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem nos limites aproximados do antigo concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da
Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado
em Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial País Portugal
Festividades Região Centro
Gastronomia Sub-região Serra da Estrela
Personagens Província Beira Alta
Brasão Concelho Seia
Acordos de geminação
Administração
Ver também
- Tipo Junta de freguesia
Ligações externas
- Presidente José Manuel de Almeida
Fontes Pinto, conhecido localmente
Referências por Zeca Maria
("independente")
Área

População - Total 36,52 km²


População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
Gentílico Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.
População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra
da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou
Loriga, designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente dos motivos é certo que os romanos lhe puseram o nome de Lorica,
do qual deriva o gentílico Loricense, tal como Loriguense deriva de Loriga, que serve para designar os naturais da vila. Sendo um nome histórico e único em
Portugal justifica que a couraça seja a peça principal do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século
XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.

Uma antiga tradição profusamente documentada aponta Loriga como berço de Viriato, tendo havido um projeto nunca
concretizado de erigir um monumento a esse herói lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do
actual Bairro de São Ginês (nome dado pelos loriguenses a São Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao
promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. Os
loriguenses mudaram o nome ao santo (São Ginês nunca existiu), deixaram arruinar a ermida e finalmente reconstruíram-na
Igreja Matriz de Loriga - vista
com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo.
interior.

Loriga era uma paróquia criada pelos Visigodos, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e
a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e
que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior
lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. Fontanário em Loriga.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, mas essa atividade têxtil já existia em moldes artesanais no XIV. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só
a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de
Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da indústria textil, tornou-se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, que entrou em declínio durante durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, tendo perdido mais de metade da população entre os anos de 1989 e 2015. facto que não afetou de
maneira de forma tão grave a maioria das outras regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se
nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga,
conhecida também como Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
"Poço
Chãodo daZéRibeira
Lages". festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior e por isso é o orago da Igreja
Matriz e da paróquia desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como símbolo da Busto do, Dr Joaquim A.
freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Amorim da Fonseca,
moinho com roda hidráulica.[5] Este pseudobrasão nunca foi aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Loriga.
Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que
não tem carácter oficial.[6] Esse pseudobrasão foi aqui apresentado durante anos como sendo oficial, apesar dos avisos e após o vandalismo de que o artigo foi alvo,
tendo sido constantemente alvo de bloqueio para impedir a correção do mesmo. Em 2017 o pseudobrasão foi finalmente retirado do artigo e os identificados
pseudoeditores responsáveis por essa vergonha, que afetou a imagem de Loriga e da Wikipedia, foram ameaçados de bloqueio se o voltassem a colocar no artigo.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)
Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.archive.org/web/200312
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 23170552/http://www2.cm-seia.pt/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54190634"

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Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da Creative Commons; pode estar sujeito a
condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda, na
Loriga
província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km² de área,
Portugal
1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz
parte do Parque Natural da Serra da Estrela. Freguesia

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e


320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-existente e pré-projetado, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas
960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca
de 770 m de altitude, na sua parte urbana mais baixa,
rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é
abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Vista geral de Loriga
Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e socioculturais, que abrangem todos os grupos Loriga
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem nos limites aproximados do antigo concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da
Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006
iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado
em Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial País Portugal
Festividades Região Centro
Gastronomia Sub-região Serra da Estrela
Personagens Província Beira Alta
Brasão Concelho Seia
Acordos de geminação
Administração
Ver também
- Tipo Junta de freguesia
Ligações externas
- Presidente José Manuel de Almeida
Fontes Pinto, conhecido localmente
Referências por Zeca Maria
("independente")
Área

População - Total 36,52 km²


População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
Gentílico Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.
População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra
da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou
Loriga, designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente dos motivos é certo que os romanos lhe puseram o nome de Lorica,
do qual deriva o gentílico Loricense, tal como Loriguense deriva de Loriga, que serve para designar os naturais da vila. Sendo um nome histórico e único em
Portugal justifica que a couraça seja a peça principal do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século
XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil anos devido à
facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e
condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.

Uma antiga tradição profusamente documentada aponta Loriga como berço de Viriato, tendo havido um projeto nunca
concretizado de erigir um monumento a esse herói lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do
actual Bairro de São Ginês (nome dado pelos loriguenses a São Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao
promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. Os
loriguenses mudaram o nome ao santo (São Ginês nunca existiu), deixaram arruinar a ermida e finalmente reconstruíram-na
Igreja Matriz de Loriga - vista
com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo.
interior.

Loriga era uma paróquia criada pelos Visigodos, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e
a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e
que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior
lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. Fontanário em Loriga.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, mas essa atividade têxtil já existia em moldes artesanais no XIV. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só
a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de
Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da indústria textil, tornou-se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, que entrou em declínio durante durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, tendo perdido mais de metade da população entre os anos de 1989 e 2015. facto que não afetou de
maneira de forma tão grave a maioria das outras regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se
nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve
separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga,
conhecida também como Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
"Poço
Chãodo daZéRibeira
Lages". festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior e por isso é o orago da Igreja
Matriz e da paróquia desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de
Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como símbolo da Busto do, Dr Joaquim A.
freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Amorim da Fonseca,
moinho com roda hidráulica.[5] Este pseudobrasão nunca foi aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Loriga.
Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que
não tem carácter oficial.[6] Esse pseudobrasão foi aqui apresentado durante anos como sendo oficial, apesar dos avisos e após o vandalismo de que o artigo foi alvo,
tendo sido constantemente alvo de bloqueio para impedir a correção do mesmo. Em 2017 o pseudobrasão foi finalmente retirado do artigo e os identificados
pseudoeditores responsáveis por essa vergonha, que afetou a imagem de Loriga e da Wikipedia, foram ameaçados de bloqueio se o voltassem a colocar no artigo.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)
Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.archive.org/web/200312
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 23170552/http://www2.cm-seia.pt/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54190634"

Esta página foi editada pela última vez às 16h35min de 1 de fevereiro de 2019.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da Creative Commons; pode estar sujeito a
condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do
Loriga
concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta,
Portugal
região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km²
de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de Freguesia
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a


20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006,
seguindo um traçado pré-existente e pré-projetado, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas
960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa
Comprida.

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
Loriga
a uma paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária


localização geográfica. Está situada a cerca de 770 m de altitude, na
sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes


ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma
obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e


socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado Localização de Loriga em Portugal

em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos País Portugal
serviços se desenvolvem nos limites aproximados do antigo Região Centro
concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas Sub-região Serra da Estrela
obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto
Província Beira Alta
de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Concelho Seia
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro
do mesmo ano.[1] Administração
- Tipo Junta de freguesia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia. - Presidente José Manuel de Almeida
Pinto, conhecido localmente
por Zeca Maria
("independente")

Índice Área
- Total 36,52 km²
População
População (2011)
Toponímia
- Total 1 053
História
• Densidade 28,8 hab./km²
Forais
História até ao final do séc. XVIII Gentílico Loriguense ou Loricense
História posterior ao séc. XVIII Código postal 6270
Património de destaque Orago Santa Maria Maior
Praia fluvial Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.
Festividades
Gastronomia
Personagens
Brasão
Acordos de geminação
Ver também
Ligações externas
Fontes
Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos
Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente dos motivos é certo que os romanos lhe puseram o nome de
Lorica, do qual deriva o gentílico Loricense, tal como Loriguense deriva de Loriga, que serve para designar os naturais da
vila. Sendo um nome histórico e único em Portugal justifica que a couraça seja a peça principal do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das
Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D.
Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu
para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi
escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de
pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da
agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.
Uma antiga tradição profusamente documentada aponta Loriga como berço de
Viriato, tendo havido um projeto nunca concretizado de erigir um monumento a esse
herói lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,


mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte
da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual
Bairro de São Ginês (nome dado pelos loriguenses a São Gens) existiam já algumas
Igreja Matriz de Loriga - vista
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
interior.
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. Os loriguenses mudaram
o nome ao santo (São Ginês nunca existiu), deixaram arruinar a ermida e finalmente
reconstruíram-na com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo.

Loriga era uma paróquia criada pelos Visigodos, pertenceu à Vigararia do Padroado
Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a


residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do Fontanário em Loriga.
edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês
de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade
serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, mas essa atividade têxtil já existia em moldes
artesanais no XIV. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só
conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número
de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial
desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil
anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da indústria


textil, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, que entrou em
declínio durante durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, tendo perdido mais de metade da população entre os anos de
1989 e 2015. facto que não afetou de maneira de forma tão grave a maioria das outras
regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas
indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura
e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,
Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,
com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em
Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída),
o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.
A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma
grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na
Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem
cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua
recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros
mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um
santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Rua da Oliveira
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a
capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses
mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais
galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira
"Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas
dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas,
do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Praia fluvial de Loriga,
conhecida também como Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta
"Poço
Chão dodaZé Lages".
Ribeira das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por
altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões.
Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da
Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria
Maior e por isso é o orago da Igreja Matriz e da paróquia desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em
honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a
broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande
parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga
faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa Busto do, Dr Joaquim A.
formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira Amorim da Fonseca,
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Loriga.
moinho com roda hidráulica.[5] Este pseudobrasão nunca foi aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, que
regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Esse pseudobrasão foi aqui apresentado
durante anos como sendo oficial, apesar dos avisos e após o vandalismo de que o artigo foi alvo, tendo sido
constantemente alvo de bloqueio para impedir a correção do mesmo. Em 2017 o pseudobrasão foi finalmente retirado do
artigo e os identificados pseudoeditores responsáveis por essa vergonha, que afetou a imagem de Loriga e da Wikipedia,
foram ameaçados de bloqueio se o voltassem a colocar no artigo.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.ht
m)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata=
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/201
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
2/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/).
com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.p
Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
hp/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de
|acessodata= (ajuda)
-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) -
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.arch
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
ive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.pt/c
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
oncelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAz
Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
ul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54190634"

Esta página foi editada pela última vez às 16h35min de 1 de fevereiro de 2019.

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do
Loriga
concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta,
Portugal
região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km²
de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de Freguesia
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a


20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006,
seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e
1650 m, junto à Lagoa Comprida.

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina.
Loriga

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária


localização geográfica. Está situada a cerca de 770 m de altitude, na
sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes


ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma
obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e


socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado
em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Localização de Loriga em Portugal

1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de País Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, Região Centro
e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se Sub-região Serra da Estrela
as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício
Província Beira Alta
concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]
Concelho Seia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia. Administração
- Tipo Junta de freguesia
- Presidente António Maurício Moura
Índice Mendes (PS)
População Área
Toponímia - Total 36,52 km²
História População (2011)
Forais - Total 1 053
História até ao final do séc. XVIII • Densidade 28,8 hab./km²
História posterior ao séc. XVIII
Gentílico Loriguense ou Loricense
Património de destaque
Código postal 6270
Praia fluvial
Orago Santa Maria Maior
Festividades
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
Gastronomia mais altas de Portugal.
Personagens
Brasão
Acordos de geminação
Ver também
Ligações externas
Fontes
Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos
Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo do nome, certo é que foram romanos que o puseram,
sendo portanto um nome histórico, antigo e único em Portugal, facto que só por si justifica que a couraça seja a peça
principal do brasão da vila. A origem do nome, também explicado pela filologia, também justifica o gentílico loricense, que
deriva de Lorica tal como loriguense deriva de Loriga.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das
Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D.
Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser sede de
concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o
mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi
escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de
pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da
agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.

Uma tradição muito antiga e documentada, aponta Loriga como berço de Viriato, e já houve na vila um projecto que não
chegou a concretizar-se, para erigir um monumento a este heroi lusitano.
Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,
mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte
da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual
Bairro de São Ginês, nome dado pelos loriguenses a São Gens (São Ginês nunca
existiu), existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima
do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga, antiga paróquia criada pelos visigodos,


Igreja Matriz de Loriga - vista
era uma paróquia pertencente à Vigararia do
interior.
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.
Fontanário em Loriga.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a
residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, no entanto essa atividade já existia no século
XIV em modo artesanal. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga
no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois
mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que
entrou em declínio durante durante a última década do século passado o que está a
levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores
de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica
e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,
Largo do Pelourinho. Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,
com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em
Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída),
o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que
lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o
facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do
Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São
Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia
Rua da Oliveira
foi uma das 298 praias nacionais galardoadas
com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012
recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas,
do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, no Festividades


local conhecido há séculos
por Chão da Ribeira". Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta
das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por
altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os
anos, no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira da vila de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior, e por isso é o
orago da paróquia e da Igreja Matriz desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da
Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a
broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande
parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga
faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa Busto do, Dr Joaquim A.
formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira Amorim da Fonseca,
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Loriga.
moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão", aqui teimosamente apresentado durante
anos como oficial, após a vandalização do artigo e apesar dos avisos, nunca foi nem jamais poderá ser aprovado pela
Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto
de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem nem nunca teve carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.
Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage de Loriga (http://loriga.wikidot.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.ht
m)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata=
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/201
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
2/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/).
com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.p
Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
hp/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de
|acessodata= (ajuda)
-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) -
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.arch
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
ive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.pt/c
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
oncelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAz
Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
ul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54100892"

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Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do
Loriga
concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta,
Portugal
região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km²
de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de Freguesia
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a


20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006,
seguindo um traçado pré-existente e pré-projetado, com um
percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas
960 m (Portela de Loriga ou do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa
Comprida.

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
Loriga
a uma paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária


localização geográfica. Está situada a cerca de 770 m de altitude, na
sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes


ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma
obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e


socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado Localização de Loriga em Portugal

em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos País Portugal
serviços se desenvolvem nos limites aproximados do antigo Região Centro
concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas Sub-região Serra da Estrela
obras sociais de relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto
Província Beira Alta
de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Concelho Seia
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro
do mesmo ano.[1] Administração
- Tipo Junta de freguesia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia. - Presidente José Manuel de Almeida
Pinto, conhecido localmente
por Zeca Maria
("independente")

Índice Área
- Total 36,52 km²
População
População (2011)
Toponímia
- Total 1 053
História
• Densidade 28,8 hab./km²
Forais
História até ao final do séc. XVIII Gentílico Loriguense ou Loricense
História posterior ao séc. XVIII Código postal 6270
Património de destaque Orago Santa Maria Maior
Praia fluvial Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.
Festividades
Gastronomia
Personagens
Brasão
Acordos de geminação
Ver também
Ligações externas
Fontes
Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos
Visigodos, que tem o mesmo significado. Independentemente dos motivos é certo que os romanos lhe puseram o nome de
Lorica, do qual deriva o gentílico Loricense, tal como Loriguense deriva de Loriga, que serve para designar os naturais da
vila. Sendo um nome histórico e único em Portugal justifica que a couraça seja a peça principal do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das
Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D.
Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu
para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi
escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de
pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da
agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.
Uma antiga tradição profusamente documentada aponta Loriga como berço de
Viriato, tendo havido um projeto nunca concretizado de erigir um monumento a esse
herói lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,


mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte
da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual
Bairro de São Ginês (nome dado pelos loriguenses a São Gens) existiam já algumas
Igreja Matriz de Loriga - vista
habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
interior.
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. Os loriguenses mudaram
o nome ao santo (São Ginês nunca existiu), deixaram arruinar a ermida e finalmente
reconstruíram-na com outro orago, de Nossa Senhora do Carmo.

Loriga era uma paróquia criada pelos Visigodos, pertenceu à Vigararia do Padroado
Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a


residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do Fontanário em Loriga.
edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês
de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade
serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, mas essa atividade têxtil já existia em moldes
artesanais no XIV. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só
conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número
de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &
Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial
desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos
industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil
anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento da indústria


textil, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, que entrou em
declínio durante durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, tendo perdido mais de metade da população entre os anos de
1989 e 2015. facto que não afetou de maneira de forma tão grave a maioria das outras
regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas
indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura
e pastorícia.
Largo do Pelourinho.
A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,
Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,
com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em
Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída),
o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.
A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma
grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na
Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem
cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua
recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um
bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros
mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um
santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Rua da Oliveira
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a
capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses
mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais
galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira
"Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas
dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas,
do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Praia fluvial de Loriga,
conhecida também como Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta
"Poço
Chão dodaZé Lages".
Ribeira das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por
altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões.
Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da
Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria
Maior e por isso é o orago da Igreja Matriz e da paróquia desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em
honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a
broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande
parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga
faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa Busto do, Dr Joaquim A.
formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira Amorim da Fonseca,
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Loriga.
moinho com roda hidráulica.[5] Este pseudobrasão nunca foi aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, que
regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Esse pseudobrasão foi aqui apresentado
durante anos como sendo oficial, apesar dos avisos e após o vandalismo de que o artigo foi alvo, tendo sido
constantemente alvo de bloqueio para impedir a correção do mesmo. Em 2017 o pseudobrasão foi finalmente retirado do
artigo e os identificados pseudoeditores responsáveis por essa vergonha, que afetou a imagem de Loriga e da Wikipedia,
foram ameaçados de bloqueio se o voltassem a colocar no artigo.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.ht
m)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata=
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/201
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
2/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/).
com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.p
Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
hp/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de
|acessodata= (ajuda)
-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) -
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.arch
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
ive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.pt/c
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
oncelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAz
Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
ul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54190634"

Esta página foi editada pela última vez às 16h35min de 1 de fevereiro de 2019.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do
Loriga
concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta,
Portugal
região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km²
de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de Freguesia
28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do
Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a


20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é
acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006,
seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de 9,2 km de
paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e
1650 m, junto à Lagoa Comprida.

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina.
Loriga

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária


localização geográfica. Está situada a cerca de 770 m de altitude, na
sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do
Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da
E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes


ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de
anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma
obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património
histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e


socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se
destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado
em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em Localização de Loriga em Portugal

1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de País Portugal
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, Região Centro
e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se Sub-região Serra da Estrela
as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício
Província Beira Alta
concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]
Concelho Seia
Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia. Administração
- Tipo Junta de freguesia
- Presidente António Maurício Moura
Índice Mendes (PS)
População Área
Toponímia - Total 36,52 km²
História População (2011)
Forais - Total 1 053
História até ao final do séc. XVIII • Densidade 28,8 hab./km²
História posterior ao séc. XVIII
Gentílico Loriguense ou Loricense
Património de destaque
Código postal 6270
Praia fluvial
Orago Santa Maria Maior
Festividades
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
Gastronomia mais altas de Portugal.
Personagens
Brasão
Acordos de geminação
Ver também
Ligações externas
Fontes
Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o
nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos
Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo do nome, certo é que foram romanos que o puseram,
sendo portanto um nome histórico, antigo e único em Portugal, facto que só por si justifica que a couraça seja a peça
principal do brasão da vila. A origem do nome, também explicado pela filologia, também justifica o gentílico loricense, que
deriva de Lorica tal como loriguense deriva de Loriga.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das
Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D.
Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser sede de
concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o
mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi
escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de
pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da
agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com
alguma importância.

Uma tradição muito antiga e documentada, aponta Loriga como berço de Viriato, e já houve na vila um projecto que não
chegou a concretizar-se, para erigir um monumento a este heroi lusitano.
Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior,
mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte
da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual
Bairro de São Ginês, nome dado pelos loriguenses a São Gens (São Ginês nunca
existiu), existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima
do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga, antiga paróquia criada pelos visigodos,


Igreja Matriz de Loriga - vista
era uma paróquia pertencente à Vigararia do
interior.
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta
igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no
local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo
românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta
igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes
laterais.
Fontanário em Loriga.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a
residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que
aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, no entanto essa atividade já existia no século
XIV em modo artesanal. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga
no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,
Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois
mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos
industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que
entrou em declínio durante durante a última década do século passado o que está a
levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores
de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica
e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,
Largo do Pelourinho. Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município
loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela,
com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em
Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída),
o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que
lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é
um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o
facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida
visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do
Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São
Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,
situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia
Rua da Oliveira
foi uma das 298 praias nacionais galardoadas
com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012
recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras
foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas,
do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7
Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Praia fluvial de Loriga, no Festividades


local conhecido há séculos
por Chão da Ribeira". Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta
das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por
altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os
anos, no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira da vila de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior, e por isso é o
orago da paróquia e da Igreja Matriz desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da
Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta
montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a
broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande
parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas
doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa
parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo
Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga
faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa Busto do, Dr Joaquim A.
formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira Amorim da Fonseca,
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou Loriga.
moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão", aqui teimosamente apresentado durante
anos como oficial, após a vandalização do artigo e apesar dos avisos, nunca foi nem jamais poderá ser aprovado pela
Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto
de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem nem nunca teve carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.
Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage de Loriga (http://loriga.wikidot.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.ht
m)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata=
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga (ajuda)
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/201
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
2/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/).
com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.p
Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:
hp/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de
|acessodata= (ajuda)
-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos em: |acessodata= (ajuda)
Gerais da População) -
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.arch
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
ive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.pt/c
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
oncelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de
a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAz
Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
ul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54100892"

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa
Loriga
do concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira
Portugal
Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade Freguesia
populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o
Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-


se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila
é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em
2006, seguindo um traçado pré-existente, com um percurso de
9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960 m
(Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale


glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca de
770 m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeada por
montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres
(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada
por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São
Bento, que desagua na primeira depois da E.T.A.R. para
formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.
Loriga
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de
centenas de anos e que transformou um vale rochoso num vale
fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo
parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio
dos seus habitantes.
Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e
socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais
se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense,
fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense,
fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados
em 1982, cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da
vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras
sociais de relevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto
de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Loriga
Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Património de destaque
Praia fluvial
Festividades
Gastronomia
Localização de Loriga em Portugal
Personagens
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Brasão
País Portugal
Acordos de geminação
Região Centro
Ver também
Sub-região Serra da Estrela
Ligações externas
Província Beira Alta
Fontes
Concelho Seia
Referências
Administração
- Tipo Junta de freguesia
População - Presidente António Maurício Moura
Mendes (PS)
Área
- Total 36,52 km²
População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
Gentílico Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.
População da freguesia de Loriga [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-
lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação
iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo do nome, certo é que foram romanos
que o puseram, sendo portanto um nome histórico, antigo e único em Portugal, facto que só por si justifica que a
couraça seja a peça principal do brasão da vila. A origem do nome, também explicado pela filologia, também justifica o
gentílico loricense, que deriva de Lorica tal como loriguense deriva de Loriga.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio
das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474
(D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser
sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX,
curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi
escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de
pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática
da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e
povoação com alguma importância.

Uma tradição muito antiga e documentada, aponta Loriga como berço de Viriato, e já houve na vila um projecto que
não chegou a concretizar-se, para erigir um monumento a este heroi lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O


maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No
local do actual Bairro de São Ginês, nome dado pelos loriguenses a São Gens (São
Ginês nunca existiu), existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida
dedicada àquele santo.
Igreja Matriz de Loriga - vista
Loriga, antiga paróquia criada pelos visigodos, era uma paróquia pertencente à
interior.
Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo
rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se
mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior
lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755,
dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a


residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do
edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do
Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do
que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não
chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

Fontanário em Loriga.
História posterior ao séc. XVIII
Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, no entanto essa atividade já existia no
século XIV em modo artesanal. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã
ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores,
Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem
parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes,
o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada
romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais


pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios,
que entrou em declínio durante durante a última década do século passado o que
está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões
interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas
indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma
agricultura e pastorícia.

Largo do Pelourinho. A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da
Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao
município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da
Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em
Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura
antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento),
com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o
que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São
Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila.
Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália,
no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na
área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar
dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo
da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta
praia foi uma das 298 praias nacionais
Rua da Oliveira
galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira
"Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram
hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21


finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer
ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Festividades
por Chão da Ribeira".
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes
falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São Sebastião (no último
Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é
a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro
Domingo de Agosto. A padroeira da vila de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior, e por isso é o orago da
paróquia e da Igreja Matriz desde o século XIII. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da
Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de
alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no
forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de
zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm
relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a
tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade
loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e
do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa
formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira
parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho
ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão", aqui teimosamente apresentado
durante anos como oficial, após a vandalização do artigo e apesar dos avisos, nunca foi
nem jamais poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos
Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, Busto do, Dr Joaquim A.
que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem nem nunca teve Amorim da Fonseca,
carácter oficial.[6] Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage de Loriga (http://loriga.wikidot.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra
3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
deiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2).
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/20 |acessodata= (ajuda)
12/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quarte
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga
l/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data
com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.
em: |acessodata= (ajuda)
php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos -de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique
Gerais da População) - data em: |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.ar
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
chive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro pt/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/Ban
g
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia 2017.
de Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=54100892"

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Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de
utilização.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da
Loriga
Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e
Portugal
densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra
da Estrela. Freguesia

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de
Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente,
com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa
Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária


localização geográfica. Está situada a cerca de 770 m de altitude, na sua
parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a
Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da E.T.A.R. para Vista geral de Loriga
formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-


libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de anos e
Vista panorâmica de Loriga e do vale
que transformou um vale rochoso num vale fértil. É uma obra que
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património histórico da
vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das
quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical
Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem
para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola
Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício
concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1] Loriga

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
Loriga
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Património de destaque
Praia fluvial
Festividades
Gastronomia
Personagens
Brasão
Acordos de geminação
Ver também
Ligações externas
Fontes
Referências
Localização de Loriga em Portugal
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
População País Portugal
Região Centro
População da freguesia de Loriga [2]
Sub-região Serra da Estrela
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 Província Beira Alta
Concelho
1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 Seia
690 888 090 414 652 488 152 548 981 695 204 825 631 270 053
Administração
- Tipo Junta de freguesia
Toponímia - Presidente António Maurício Moura
Mendes (PS)
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus
Área
habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe
- Total 36,52 km²
o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada
pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual fosse o motivo do nome, certo é que foram romanos que o
População (2011)
puseram, sendo portanto um nome histórico, antigo e único em Portugal, facto que só por si justifica que a couraça seja - Total 1 053
a peça principal do brasão da vila. A origem do nome, também explicado pela filologia, também justifica o gentílico • Densidade 28,8 hab./km²
loricense, que deriva de Lorica tal como loriguense deriva de Loriga. Gentílico Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
História Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no
reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de
ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos
Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de
defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a
prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Uma tradição muito antiga e documentada, aponta Loriga como berço de Viriato, e já houve na vila um projecto que não chegou a concretizar-se, para erigir um monumento a
este heroi lusitano.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de São Ginês, nome dado pelos loriguenses a São Gens (São Ginês nunca existiu),
existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
Loriga, antiga paróquia criada pelos visigodos, era uma paróquia pertencente à Vigararia do
Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo
orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na
porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé
Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das
paredes laterais.
Igreja Matriz de Loriga - vista
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial
interior.
e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído
no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao Fontanário em Loriga.
contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, no entanto essa atividade já existia no século XIV em modo artesanal. Chegou a ser uma das
localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã
ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis
Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto
Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o
facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante a última década do século passado o que está a levar à desertificação da
Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias
metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta
povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

Largo do Pelourinho. A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em
Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da
área da freguesia de Loriga.
Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI
a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o
bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá
características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro do centro
histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São
Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica Rua da Oliveira
situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome
do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012
recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuído pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7
categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam
as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São Sebastião (no último
Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira da vila de
por Chão da Ribeira". Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior, e por isso é o orago da paróquia e da Igreja Matriz desde o século XIII. No segundo
Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas,
uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a
aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o
carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela
comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte
da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um Busto do, Dr Joaquim A.
escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um engenho ou moinho com roda Amorim da Fonseca,
hidráulica.[5] Este "brasão", aqui teimosamente apresentado durante anos como oficial, após a vandalização do artigo e apesar dos avisos, Loriga.
nunca foi nem jamais poderá ser aprovado pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei
n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem nem nunca teve carácter oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage de Loriga (http://loriga.wikidot.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (htt
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (htt
p://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/).
p://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-d
Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
e-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) -
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.archive.org/web/20031223170
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
552/http://www2.cm-seia.pt/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (h
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
ttp://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado
telefónica a 26 de Maio de 2017.

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Esta página foi editada pela última vez às 17h50min de 26 de janeiro de 2019.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da Creative Commons; pode estar sujeito a condições
adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lu'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km² de área,
Loriga
1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
Portugal
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo Freguesia
um traçado pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana mais
baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de
água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento, que desagua na primeira depois da E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de centenas de anos e que transformou um
vale rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus
habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e socioculturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o
Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados
Vista geral de Loriga
Vista panorâmica de Loriga e do vale em 1982, cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola
glaciar com o mesmo nome, semelhante Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em
a uma paisagem alpina.
Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Património de destaque
Praia fluvial
Festividades
Gastronomia
Loriga
Personagens
Brasão
Acordos de geminação
Ver também
Ligações externas
Fontes
Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 Loriga
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Toponímia
Crê-se como mais provável que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que
levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Fosse qual
fosse o motivo do nome, certo é que foram romanos que o puseram, sendo portanto um nome histórico, antigo e único em Portugal, facto que só por si justifica que a couraça seja a peça principal do brasão da
vila. A origem do nome, também explicado pela filologia, também justifica o gentílico loricense, que deriva de Lorica tal como loriguense deriva de Loriga.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso
Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do
plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

Localização de Loriga em Portugal


História até ao final do séc. XVIII
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à País Portugal
abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições
Região Centro
mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
Sub-região Serra da Estrela
Uma tradição muito antiga e documentada, aponta Loriga como berço de Viriato, e já houve na vila um projecto que não chegou a concretizar-se, para erigir um monumento a este heroi lusitano. Província Beira Alta
Concelho Seia
Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte
da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de São Ginês, nome dado pelos loriguenses a São Gens (São Ginês nunca existiu), Administração
existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. - Tipo Junta de freguesia
- Presidente António Maurício Moura
Loriga, antiga paróquia criada pelos visigodos, era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Mendes (PS)
Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma Área
pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
- Total 36,52 km²
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.
Igreja Matriz de Loriga - vista População (2011)
interior. O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício - Total 1 053
da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a • Densidade 28,8 hab./km²
Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. Gentílico Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
História posterior ao séc. XVIII Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, no entanto essa atividade já existia no século XIV em modo artesanal. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da mais altas de Portugal.
Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais
como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e
maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto
é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio
durante durante a última década do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia
loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.
Fontanário em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da
Largo do Pelourinho.
freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,
reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O
bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica
martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses
mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial Rua da Oliveira

Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuído
pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de
"praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António
(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga,
Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. A padroeira da vila de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior, e por isso é o orago da paróquia e da Igreja Matriz desde o século XIII. No
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.
por Chão da Ribeira".

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho,
queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce
feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é
reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.
Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Busto do, Dr Joaquim A.
Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão", aqui teimosamente apresentado durante anos como oficial, após a vandalização do artigo e apesar dos avisos, nunca foi nem jamais poderá ser aprovado Amorim da Fonseca,
pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 7 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa, pelo que não tem nem nunca teve carácter Loriga.
oficial.[6]

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Homepage de Loriga (http://loriga.wikidot.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.
Referências
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/ite
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-lo m/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
riga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
5. Website da Câmara Municipal de Seia (https://web.archive.org/web/20031223170552/http://www2.cm-seia.pt/concelho/fregu
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain? esia07.asp) em 2003.
xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa telefónica a 26 de Maio de 2017.
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

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Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, também
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do gentilico loricense e da
principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. No local do actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia
e depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
Igreja Matriz de Loriga,
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Fontanário em Loriga, um
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana dos três construídos pela
comunidade loriguense de
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.
Manaus.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os
loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira, na àrea
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. mais antiga do centro
histórico
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como Busto do, Dr Joaquim A.
símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um Amorim da Fonseca,
engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi erradamente e Loriga.
teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa,
pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um brasão que foi chumbado pelas referidas autoridades competentes
(Comissão de Heráldica da AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=51020192"

Esta página foi editada pela última vez à(s) 19h14min de 16 de janeiro de 2018.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a
condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, localmente
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do nome atual, do gentilico
loricense e da principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. A propósito de Viriato, sublinha-se uma antiga tradição que aponta Loriga como berço deste herói
lusitano, tendo inclusive havido a intenção de erigir um monumento, projeto que não chegou a concretizar-se. No local do
actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
Igreja Matriz de Loriga,
Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia,
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. e no início da nacionalidade à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria
Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana Fontanário em Loriga, um
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. dos três construídos pela
comunidade loriguense de
Manaus.
História posterior ao séc. XVIII
Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A ponte romana ainda existente está
na Ribeira de Loriga e a ponte romana que ruiu na Ribeira de São Bento foi substituída no século XIX pela que ainda existe,
também construída em pedra.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro Rua da Oliveira, na àrea
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este mais antiga do centro
histórico
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (santo que nunca existiu), deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é
também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual e conhecido localmente por Calhorras), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De
entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida
ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única
é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente desde o século Busto do, Dr Joaquim A.
passado como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Amorim da Fonseca,
Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi Loriga.
erradamente e teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado
pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica
autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um outro brasão destinado a substituir o já referido
"brasão" ilegal que teimam em usar e que foi colocado neste artigo, mas também foi chumbado pelas referidas autoridades competentes (Comissão de Heráldica da
AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=51071340"

Esta página foi editada pela última vez à(s) 18h33min de 22 de janeiro de 2018.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a
condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, localmente
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do nome atual, do gentilico
loricense e da principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. A propósito de Viriato, sublinha-se uma antiga tradição que aponta Loriga como berço deste herói
lusitano, tendo inclusive havido a intenção de erigir um monumento, projeto que não chegou a concretizar-se. No local do
actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos
construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.
Igreja Matriz de Loriga,
Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia,
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. e no início da nacionalidade à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria
Maior, padroeira de Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e
pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o
adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana Fontanário em Loriga, um
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. dos três construídos pela
comunidade loriguense de
Manaus.
História posterior ao séc. XVIII
Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral,
Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos
antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A ponte romana ainda existente está
na Ribeira de Loriga e a ponte romana que ruiu na Ribeira de São Bento foi substituída no século XIX pela que ainda existe,
também construída em pedra.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro Rua da Oliveira, na àrea
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este mais antiga do centro
histórico
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês (santo que nunca existiu), deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é
também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual e conhecido localmente por Calhorras), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,
nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De
entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida
ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única
é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente desde o século Busto do, Dr Joaquim A.
passado como símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Amorim da Fonseca,
Estrela sobre um engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi Loriga.
erradamente e teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado
pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica
autárquica portuguesa, pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um outro brasão destinado a substituir o já referido
"brasão" ilegal que teimam em usar e que foi colocado neste artigo, mas também foi chumbado pelas referidas autoridades competentes (Comissão de Heráldica da
AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal
Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

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condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem
Loriga
36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação
Portugal
anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.
— Freguesia —
Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e
320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindo um
traçado pré-projetado há décadas e pré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha,
entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua


paisagem e extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana
mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam
a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato
(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de
Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da Vista geral de Loriga
E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é um dos afluentes do Rio
Alva.
Vista panorâmica de Loriga e do vale
Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos
glaciar com o mesmo nome, semelhante
a uma paisagem alpina. grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo
de centenas de anos e que transformou um vale rochoso
num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a
paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos
etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Loriga
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1906, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,
cujos serviços se desenvolvem para lá dos limites da vila, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as
obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do
mesmo ano.[1]

Apesar de ser vila pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de Seia.

Índice
População
Toponímia
História
Forais
História até ao final do séc. XVIII
História posterior ao séc. XVIII
Localização de Loriga em Portugal
Património de destaque
Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O
Praia fluvial
País Portugal
Festividades
Concelho Seia
Gastronomia
Personagens Administração
Brasão - Tipo Junta de freguesia
Acordos de geminação - Presidente José Pinto, também
conhecido por Zeca Maria
Ver também (independente)
Ligações externas Área
Fontes - Total 36,52 km²
Referências População (2011)
- Total 1 053
• Densidade 28,8 hab./km²
População Gentílico: Loriguense ou Loricense
Código postal 6270
Orago Santa Maria Maior
Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas
mais altas de Portugal.

População da freguesia de Loriga [2]


1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053
Evolução da População Variação da População
1864 / 2011 1864 / 2011

Toponímia
Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação
do nome latino iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Certo é que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, origem do gentilico loricense e da
principal peça do brasão da vila.

História

Forais
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas
décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra
civil portuguesa e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o
século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII


Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos
devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma
caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação
com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na
área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, parte da
Rua de Viriato, no troço entre as antigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte da linha defensiva
da antiga povoação castreja. No local do actual Bairro de São Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia fundada pelos Visigodos, pertencente à antiga diocese a Egitânia
e depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233
Igreja Matriz de Loriga,
pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de
dedicada à padroeira da vila -
vista interior. Loriga, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do
qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta
lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico,
com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas
nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Fontanário em Loriga, um
Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana dos três construídos pela
comunidade loriguense de
muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.
Manaus.

História posterior ao séc. XVIII


Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual
sede de concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.
Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura
Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os
loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

A partir de meados do século XIX tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com desenvolvimento da
indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à
desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais
e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no
comércio, restauração, malhas, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de
trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.
Largo do Pelourinho.
A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com
sede em Loriga.
Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela,
dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica
(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe
dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairro
do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este
bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Rua da Oliveira, na àrea
Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. mais antiga do centro
histórico
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua capela e depois
reconstruíram-na com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e
mais antigo, situado mais abaixo, é também anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial
Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em
Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24
de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por
7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,
que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e São
Praia fluvial de Loriga, no
local conhecido há séculos Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
por Chão da Ribeira. festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos,
no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia
A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com
feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra
(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as
broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com
tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na
Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens
Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.
Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Brasão
A freguesia de Loriga não tem brasão oficial, apesar de já existir um, amplamente divulgado e aprovado pelas autoridades
competentes, mas que ainda não é usado pela autarquia local. A Junta de Freguesia de Loriga usa formalmente há vários anos como Busto do, Dr Joaquim A.
símbolo da freguesia um escudo partido, na primeira parte a Cruz de Cristo, e na segunda uma vista da Serra da Estrela sobre um Amorim da Fonseca,
engenho ou moinho com roda hidráulica.[5] Este "brasão" ilegal e não representativo, que durante anos foi erradamente e Loriga.
teimosamente aqui apresentado como sendo oficial (apesar dos muitos alertas), nunca foi nem pode ser aprovado pela Comissão de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, segundo o disposto na Lei n.º 53/91, de 07 de agosto de 1991, que regula a heráldica autárquica portuguesa,
pelo que não tem carácter oficial.[6] Em 2002, a Junta de Freguesia de Loriga aprovou um brasão que foi chumbado pelas referidas autoridades competentes
(Comissão de Heráldica da AAP) por não ser representativo de Loriga.

Acordos de geminação
Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também
Geografia romana em Portugal

Ligações externas
Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)
Analor (http://www.analor.org)
Página sobre a vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)
7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)
ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)
Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes
Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)


Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)
Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)
Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)
Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)
Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).
de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980
Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências
p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:
1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» |acessodata= (ajuda)
(http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-qua
4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de
rtel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata=
ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-c
(ajuda)
om-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:
2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - |acessodata= (ajuda)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
5. Website da Câmara Municipal de Seia (http://web.archive.org/web/2003122
3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 3170552/http://www2.cm-seia.pt:80/concelho/freguesia07.asp) em 2003.
2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?
6. Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia de Loriga em conversa
telefónica a 26 de Maio de 2017.

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Esta página foi editada pela última vez à(s) 19h14min de 16 de janeiro de 2018.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a
condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
-1-

Loriga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ir para: navegação, pesquisa

40º 19' N 7º 41' O

Loriga

Brasão

Vista panorâmica de Loriga

Gentílico Loricense ou loriguense

Concelho Seia
-2-

Área 36,52 km²

População 1 367 hab. (2005)

Densidade 37,51 hab./km²

Orago Santa Maria Maior

Código postal 6270

Endereço da Junta de Freguesia de


Junta de Freguesia Loriga

Apelidada de “Suíça Portuguesa”, é a vila mais


alta de Portugal.

Freguesias de Portugal

Loriga (pron.IFA

[lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de
área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem uma povoação anexa, o
Fontão.
Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é directamente acessível
pela EN 231, e indirectamente pela EN338, e tem acesso directo à Lagoa Comprida, pela referida EN338,
estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente e pré-projectado há mais de quarenta anos,
com um percurso de 9,2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela de Loriga,também
conhecida por Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida há décadas como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está
situada a cerca de 770m de altitude,na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se
destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois
cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R. para formarem
um dos maiores afluentes do Rio Alva.A montante da vila, a Ribeira de Loriga recebe também o Ribeiro da
Nave, um afluente que tem um curso extraordinário e passa por uma das zonas mais belas do Vale de
Loriga, incluíndo os famosos Bicarões, cascatas a alta altitude junto das quais se encontra uma formosa
quinta.

A vila está dotada de uma ampla gama de infrastrutras físicas e culturais, que abrangem todas as àreas e
todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em
1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de
Loriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea equivalente ao antigo concelho de Loriga, a
Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola C+S Dr. Reis
Leitão (actual EB23). Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros
Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o primeiro semestre de 2008.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e festas
em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho), com as
-3-
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada
à padroeira dos emigrantes loriguenses, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo
de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Índice

1 Breve história

2 Toponímia

3 Rua da Oliveira

4 Bairro de São Ginês (S.Gens)

5 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia

6 Acordos de geminação

7 Ver também

8 Ligações externas

9 Fontes

Breve história

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O
local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre
ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as
condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos
Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de
Lorica (antiga couraça guerreira), de que derivou Loriga, palavra que tem o mesmo significado. Os
Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os romanos lhe deram o nome
de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado.
-4-
É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de
referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra
gigantesca construída pelos loriguenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo
mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga,
fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana

Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma
sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século
XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua
de Viriato. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila,
recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (a
outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram
Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A tradição local e diversos antigos documentos
apontam Loriga como berço de Viriato, e no início do século XX existiu mesmo um movimento loriguense
para lhe erigir um estátua na vila, o que não chegou a concretizar-se.O documento mais famoso,embora não
seja o mais antigo, que fala de Loriga como sendo terra-natal de Viriato, é o livro manuscrito História da
Lusitânia, escrito pelo Bispo Mor do Reino em 1580.A actual Rua de Viriato, na parte mais antiga do centro
histórico da vila, já tinha esse nome no século XII.

Capela de Nª Srª do Carmo

O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do
Carmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo ao qual os
loriguenses passaram a chamar S.Ginês, talvêz por este nome ser mais fácil de pronunciar (aliás não existe
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nenhum santo com o nome de Ginês). Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois
núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da
Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam
já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais
tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir
em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi
construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e
traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando
apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e
aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no
século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário
do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de
Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais
industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do
século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,
Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história
industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais
destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga
numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um
inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.
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Largo do Pelourinho

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil
podem ter no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde
o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de
duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 (
D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa,
teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por desejos
expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um
grave erro político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que
não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a região
de Loriga (antigo concelho de Loriga).

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,
Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense. A vila de Loriga situa-se a
vinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se a uma
distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui
existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada
dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do
país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência de
graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar tal
situação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:
desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.
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Rua da Oliveira

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus
em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas
medievais do centro histórico da vila de Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos
bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto
de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado
em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área.
Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil
de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais
abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca

Joaquim Pina Moura

Acordos de geminação
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Loriga celebrou acordo de geminação com:

A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

Geografia romana em Portugal

Ligações externas

Loriga News

O site mais visitado sobre Loriga

Analor

Fotografias de Loriga

Fotografias de Loriga

Fontes

Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Informação Municipal [1]

Loriga [2]

Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]

Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).

Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

O Wikimedia Commons possui multimídia sobre Loriga

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"

Categorias: Antigos municípios de Portugal | Freguesias de Portugal | Vilas de Portugal

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Artigo
-9-

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