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Scripta Vetera
EDICIÓN ELECTRÓNICA DE TRABAJOS PUBLICADOS
SOBRE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES
O SÍTIO: OCUPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
Jorge Gaspar
1. LOCALIZAÇÃO E ENVOLVÊNCIA
A segurança, nas terras e nos mares, que gozou por séculos o Império
Romano permitiu que a nova urbe, voltada para o Mar da Palha, se
esparramasse pelas encostas, até à praia (onde se desenvolveram as
actividades piscícola e portuária) e ao fundo dos vales, numa ocupação
esparsa, pontuada pelas infra-estruturas que mais marcavam uma
civilização: as termas, junto ao esteiro da Baixa, o Teatro na encosta do
oppidum que olhava o Rio, a fortificação principal no cimo da colina
original.
Foi esta Lisboa, fortemente urbana, mas onde o campo envolvente tinha
um peso demográfico e económico muito importante, que os cristãos
vindos do norte, os portugueses, conquistaram em 1140, com a ajuda
determinante de uma frota de cruzados - a demonstrar a ambivalência
funcional do sítio de Lisboa: terrestre e marítima.
Uma das medidas mais importantes e que vai marcar para sempre a
forma urbana da Capital é a de, na tradição do urbanismo medieval -
decerto com raízes clássicas - ocupar as colinas mais próximas com
estabelecimentos religiosos, que funcionam como núcleos de
estabelecimentos humanos, embriões de futuros bairros da cidade:
Graça, São Vicente, Santana, São Francisco...
BIBLIOGRAFIA
Gaspar, Jorge - "Os Portos Fluviais do Tejo", Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia,
vol.10, 1970; pp. 153-204.