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DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA

DAS COORDENADORIAS DA
INFÂNCIA E JUVENTUDE

2019
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,
desde que citada a fonte.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA


Presidente: Ministro José Antonio Dias Toffoli
Corregedor Nacional de Justiça: Ministro Humberto Martins
Conselheiros: Aloysio Corrêa da Veiga
Maria Iracema Martins do Vale
Márcio Schiefler Fontes
Fernando César Baptista de Mattos
Valtércio Ronaldo de Oliveira
Francisco Luciano de Azevedo Frota
Arnaldo Hossepian Salles Lima Junior
Maria Cristiana Simões Amorim Ziouva
André Luiz Guimarães Godinho
Maria Tereza Uille Gomes
Henrique de Almeida Ávila

Secretário-Geral: Carlos Vieira von Adamek


Diretor-Geral: Johaness Eck
Secretaria Especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica
Secretário Especial: Richard Pae Kim
Juízes Auxiliares: Carl Olav Smith
Flávia Moreira Guimarães Pessoa
Lívia Cristina Marques Peres

EXPEDIENTE
Fórum Nacional da Infância e Juventude
Francisco Luciano de Azevedo Frota
Richard Pae Kim
Márcio da Silva Alexandre
Alexandre Chini Neto
Sandra Aparecida Silvestre de Frias Torres
Gabriela Lenz de Lacerda
Lívia Cristina Marques Peres
Eduardo Rezende Melo
Sérgio Luiz Ribeiro de Souza
José Antônio Daltoé Cezar
João Batista da Costa Saraiva

2019
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
SEPN Quadra 514 norte, lote 9, Bloco D, Brasília-DF
Endereço eletrônico: www.cnj.jus.br
SUMÁRIO
1. CONTEXTUALIZAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

2. ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

3. ESTRUTURA DAS VARAS COM COMPETÊNCIA EM INFÂNCIA E JUVENTUDE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

4. FUNCIONAMENTO DAS COORDENADORIAS DE INFÂNCIA E JUVENTUDE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

ANEXO I. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

EXPEDIENTE
Departamento de Pesquisas Judiciárias
Diretora Executiva Gabriela de Azevedo Soares
Diretor de Projetos Igor Caires Machado
Diretor Técnico Igor Guimarães Pedreira
Pesquisadores Danielly Queirós
Elisa Colares
Igor Stemler
Rondon de Andrade
Estatísticos Filipe Pereira
Davi Borges
Jaqueline Barbão
Apoio à Pesquisa Alexander Monteiro
Cristianna Bittencourt
Pâmela Tieme Aoyama
Pedro Amorim
Ricardo Marques
Thatiane Rosa
Estagiário Nathália Rodrigues
Diagramação Ricardo Marques

2019
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
SEPN Quadra 514 norte, lote 9, Bloco D, Brasília-DF
Endereço eletrônico: www.cnj.jus.br
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
O final do século XX foi um dos períodos mais importantes para a defesa dos direitos da
criança e do adolescente no mundo ocidental. Constituiu um marco na consolidação de um
consenso nacional e internacional acerca da necessidade de estabelecer instrumentos legais
para garantir os direitos de um segmento que, inegavelmente, precisava de garantias para sua
atenção integral.

A Convenção sobre os Direitos da Criança foi adotada pela Assembleia Geral da Organização
das Nações Unidas em 1989. No ano seguinte, o Brasil tornou-se signatário desse documento.
Atualmente, são cento e noventa e seis países ratificando a Convenção.

Esse momento histórico foi crucial no Brasil, considerando que a Constituição Federal de
1988, estabeleceu, em seu artigo 227, a prioridade absoluta da criança e do adolescente. Dois
anos depois, o Estatuto da Criança e do Adolescente foi promulgado.

Em 2004, com a Emenda Constitucional nº 45, criou-se o Conselho Nacional de Justiça


e, desde então, foram instituídos mais de 30 instrumentos normativos visando à proteção e à
defesa dos direitos de crianças e adolescentes, bem como a regulamentação do atendimento
jurisdicional ao adolescente em conflito com a lei.

No ano de 2009, o CNJ criou, em sua estrutura, um grupo de trabalho composto por magis-
trados para discutir sobre o tema da infância e juventude. Nesse sentido, em 14 de abril de
2009, foi instituído o Fórum Nacional da Justiça da Infância e da Juventude com o objetivo de
aperfeiçoar os procedimentos e o sistema judicial, além do reforço à efetividade dos processos
judiciais levando em conta a proteção de crianças e adolescentes vítimas ou em situação de
risco. Ainda nesse mesmo ano, foi promulgada pelo CNJ a Resolução nº 94, de 27 de outubro,
que determina a criação das Coordenadorias da Infância e da Juventude no âmbito dos Tribu-
nais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal.

Essas Coordenadorias têm como atribuições: I - elaborar sugestões para o aprimoramento


da estrutura do Judiciário na área da infância e da juventude; II- dar suporte aos magistrados,
aos servidores e às equipes multiprofissionais visando à melhoria da prestação jurisdicional;
III - promover a articulação interna e externa da Justiça da Infância e da Juventude com outros
órgãos governamentais e não-governamentais; IV - colaborar para a formação inicial, conti-
nuada e especializada de magistrados e servidores na área da infância e da juventude; e V

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DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

- exercer as atribuições da gestão estadual dos Cadastros Nacionais da Infância e Juventude.

Em 28 de junho de 2016, o CNJ atualizou suas perspectivas acerca do tema e promulgou


a Resolução nº 231 instituindo o Fórum Nacional da Infância e da Juventude – FONINJ – incre-
mentando suas atribuições e estipulando a composição de 11 membros. Atualmente, por força
da Resolução CNJ nº 266/2018, esses membros são representantes do próprio Conselho, da
Corregedoria Nacional de Justiça, do Colégio de Coordenadores da Infância e Juventude dos
Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, da Associação Brasileira dos Magistra-
dos da Infância e da Juventude e do Instituto Brasileiro de Direito da Criança e do Adolescente.

Dessa forma, o CNJ vem atuando nos últimos anos para aprimorar a estrutura das coorde-
nadorias de infância e juventude nos tribunais, como mecanismo fundamental para o atendi-
mento jurisdicional.

Políticas voltadas às crianças e aos adolescentes estão articuladas a partir de algumas ini-
ciativas, tais como o Programa Pai Presente – o qual garante o reconhecimento de paternidade.
Esse direito assegurado pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 226, foi facilitado
pelo Provimento nº 16 da Corregedoria Nacional de Justiça. Tal normativa regulamenta o ato
de reconhecer paternidade em todos os cartórios com competência para registro civil no Brasil,
desburocratizando esse processo.

Outra ação consolidada no CNJ é o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), fruto
de aprimoramento do Cadastro Nacional de Adoção e de Crianças Acolhidas. Nesse sistema,
os juízes das Varas da Infância e da Juventude têm acesso aos dados das crianças aptas à
adoção e aos perfis de pretendentes.

Em consonância com o objetivo maior de aperfeiçoar a prestação do serviço jurisdicional,


o CNJ firmou novos termos de cooperação técnica com a Organização das Nações Unidas
(ONU) visando ao aprimoramento da informatização do sistema judicial e à proteção dos direitos
de crianças e adolescentes. Mais especificamente, esses esforços têm como alvo superar os
desafios relacionados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030
da ONU. O ODS 5, em particular, diz respeito à eliminação de todas as formas de discriminação
de mulheres e de meninas e à desigualdade no acesso de homens e mulheres a direitos sociais.
Já o ODS 16 propõe a redução significativa de todas as formas de violência e o acesso à justiça
para todos e desenvolver instituições eficazes, responsáveis e transparentes.

Mais recentemente, o CNJ tornou-se signatário do Pacto Nacional pela Primeira Infância e,
nesse contexto, está atuando para melhorar a infraestrutura necessária à proteção do interesse
da criança, em especial, na primeira infância, e para prevenir atos de improbidade administrativa

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de servidores públicos que têm o dever de aplicar a legislação.

Com o propósito de avançar na política judiciária sobre o tema, o FONINJ elaborou um ques-
tionário, o qual foi aplicado junto às Coordenadorias de Infância e Juventude para diagnosticar a
infraestrutura, o funcionamento e os recursos humanos envolvidos no trabalho dessas unidades.

O questionário ficou aberto entre os meses de junho e julho de 2019 em link hospedado na
página CNJ. As vinte e sete Coordenadorias dos Tribunais de Justiça dos Estados responderam
o questionário.

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2. ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS
O primeiro bloco de perguntas traz informações sobre estrutura e funcionamento das Coor-
denadorias de Infância e Juventude. Dessa forma, verifica-se que os vinte e sete tribunais de
justiça dos estados já implantaram suas Coordenadorias; todavia, a maior parte dos magis-
trados que atuam nessas estruturas precisam acumular funções jurisdicionais (92,6%) e uma
pequena parcela das Coordenadorias possuem orçamento próprio (18,5%), conforme Figura 1.
Dos cinco tribunais a possuírem destinação orçamentária, há grande variação de valores – entre
R$44.650,00 a R$865.000,00 (Tabela 1)
Figura 1 - Coordenadorias da Infância e Juventude
A Coordenadoria da Infância e
Juventude já foi implantada em seu 100,0% (N=27)
tribunal?

Há mandato do(a) coordenador(a)? 51,9% (N=14) 48,1% (N=13)

Os magistrados que atuam na


coordenadoria acumulam função 92,6% (N=25) 7,4% (N=2)
jurisdicional?

Há destinação orçamentária para a


18,5% (N=5) 81,5% (N=22)
coordenadoria?

0% 25% 50% 75% 100%

Não Sim

Tabela 1 - Orçamento do ano de 2019

TRIBUNAIS ORÇAMENTO DO ANO DE 2019


TJPA R$ 44.650
TJMT R$ 215.000
TJES R$ 250.000
TJMG R$ 611.882
TJRN R$ 865.000

Constata-se que, a partir do ano de promulgação da Resolução nº 94, de 2009 – que deter-
mina a criação das Coordenadorias da Infância e Juventude –, que a maior parte dos tribunais

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DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

dedicam-se à criação dessas estruturas. Deve-se, destacar, por um lado o Tribunal de Justiça
do Estado da Paraíba – TJPB – que possui sua Coordenadoria há 24 anos e, de outra parte, o
Tribunal de Justiça do Estado do Amapá – TJAP – com a criação mais recente, há pouco mais
de três anos (Figura 2).
Figura 2 - Tempo de implantação das coordenadorias da Infância e Juventude nos tribunais

TJPB 24 anos e 1 mês


TJPE 13 anos e 4 meses
TJSP 10 anos e 11 meses
TJSE 10 anos e 9 meses
TJMA 9 anos e 9 meses
TJRJ 9 anos e 8 meses
TJCE 9 anos e 8 meses
TJES 9 anos e 5 meses
TJDFT 9 anos e 5 meses
TJMS 9 anos e 4 meses
TJBA 9 anos e 4 meses
TJRN 9 anos e 3 meses
TJRR 9 anos e 3 meses
TJRO 9 anos e 2 meses
TJPR 9 anos e 2 meses
TJMG 9 anos e 1 mês
TJGO 9 anos
TJAM 9 anos
TJAL 8 anos e 11 meses
TJPI 8 anos e 8 meses
TJMT 8 anos e 2 meses
TJSC 7 anos e 8 meses
TJRS 7 anos e 6 meses
TJTO 5 anos e 5 meses
TJAC 4 anos e 6 meses
TJAP 3 anos e 7 meses
0 10 20 30

Verifica-se que a quase totalidade das Coordenadorias de Infância e Juventude estão subor-
dinadas à Presidência dos tribunais (88,9%) além de ser a principal unidade que indica o res-
ponsável pela coordenação (81,5%), de acordo com Figuras 3 e 4.

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Figura 3 - Unidade à qual a coordenadoria está subordinada

Presidência 88,9% (N=24)

Outros 7,4% (N=2)

Nenhum 3,7% (N=1)

0% 25% 50% 75% 100%

Figura 4 - Unidade responsável pela indicação do coordenador

Presidência 81,5% (N=22)

Outros 11,1% (N=3)

Corregedoria 3,7% (N=1)

A escolha é feita por eleição 3,7% (N=1)

0% 25% 50% 75% 100%

Quatorze tribunais responderam à questão sobre o tempo de mandato do coordenador. Treze


tribunais indicaram o mandato de dois anos para o comando das Coordenadorias; enquanto
o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul – TJRS – informou que o coordenador
possui mandato de quatro anos.

Dentre os cargos frequentes na coordenação dos trabalhos, metade dos tribunais apon-
taram a designação de desembargadores e a outra metade, de juiz titular; enquanto somente
um tribunal indicou um juiz substituto para o cargo (Tabela 2 e Figura 5).

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DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

Tabela 2 - Tempo de mandato do coordenador

TEMPO DO MANDATO TRIBUNAIS


TJAC, TJAL, TJCE, TJES, TJMA, TJMG,
Dois anos
TJMS, TJPE, TJPI, TJPR, TJSC, TJSE, TJSP
Quatro anos TJRS

Figura 5 - Cargo do atual coordenador

48,1% (N=13)

48,1% (N=13) Desembargador


Juiz substituto
Juiz titular

3,7% (N=1)

Quanto ao emprego da força de trabalho nas Coordenadorias de Infância e Juventude, veri-


fica-se que os tribunais de grande porte (TJSP, TJRS, TJRJ, TJPR e TJMG) conseguem distribuir
um maior número de magistrados para atuação no tema da infância e juventude – o que não
se repete exatamente quanto ao número de servidores envolvidos nos trabalhos, refletindo
pequeno quantitativo de servidores em relação ao de juízes, com exceção dos Tribunais de
Justiça dos Estados de São Paulo (37), Mato Grosso do Sul (23) e de Pernambuco (28).

Somam-se nos tribunais de justiça estaduais 157 magistrados, 147 servidores efetivos do
quadro, 19 servidores cedidos ou requisitados, 13 comissionados, 13 terceirizados e 38 tercei-
rizados, totalizando 387 profissionais envolvidos nos trabalhos das Coordenadorias.

Destacam-se os Tribunais de Justiça dos Estados de Minas Gerais e Rio Grande do Norte
em que o número de auxiliares (isto é, terceirizados e estagiários) é grande em relação ao de
servidores (oito e dez, respectivamente), conforme Figuras 6 e 7.

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Figura 6 - Força de trabalho nas coordenadorias, segundo o tribunal

Magistrados Servidores do Servidores cedidos Comissionados Terceirizados Estagiários


quadro efetivo ou requisitados sem vínculo efetivo
TJSP 42 37 0 0 0 5
TJRS 30 2 0 1 0 4
TJRJ 16 2 0 0 0 1
TJPR 15 7 0 0 0 2
TJMG 9 1 0 1 8 0
TJRO 6 5 0 0 0 0
TJDFT 5 3 0 0 0 0
TJMA 5 4 0 2 1 0
TJAL 4 4 0 1 0 2
TJPA 3 5 0 1 0 1
TJMS 3 12 11 0 0 2
TJMT 2 1 0 0 0 1
TJBA 2 4 0 1 0 2
TJGO 2 2 0 1 0 0
TJPI 2 2 0 0 0 3
TJSC 1 5 0 0 0 2
TJRR 1 4 1 0 0 0
TJAP 1 0 0 0 0 0
TJCE 1 4 0 0 0 0
TJPE 1 24 2 2 1 0
TJTO 1 1 0 0 0 0
TJES 1 5 0 0 0 1
TJPB 1 1 3 1 0 0
TJAC 1 1 0 0 0 1
TJSE 1 5 0 0 0 2
TJAM 1 5 0 2 0 2
TJRN 0 1 2 0 3 7

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DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

Figura 7 - Composição da força de trabalho das coordenadorias, por tribunal

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
TJAP 100% (1)
TJRJ 84% (16) 11% (2) 5% (1)
TJRS 81% (30) 8% (3) 11% (4)
TJPR 63% (15) 29% (7) 8% (2)
TJDFT 63% (5) 38% (3)
TJRO 55% (6) 45% (5)
TJSP 50% (42) 44% (37) 6% (5)
TJMT 50% (2) 25% (1) 25% (1)
TJTO 50% (1) 50% (1)
TJMG 47% (9) 11% (2) 42% (8)
TJMA 42% (5) 50% (6) 8% (1)
TJGO 40% (2) 60% (3)
TJAL 36% (4) 45% (5) 18% (2)
TJAC 33% (1) 33% (1) 33% (1)
TJPA 30% (3) 60% (6) 10% (1)
TJPI 29% (2) 29% (2) 43% (3)
TJBA 22% (2) 56% (5) 22% (2)
TJCE 20% (1) 80% (4)
TJPB 17% (1) 83% (5)
TJRR 17% (1) 83% (5)
TJES 14% (1) 71% (5) 14% (1)
TJSE 13% (1) 63% (5) 25% (2)
TJSC 13% (1) 63% (5) 25% (2)
TJMS 11% (3) 82% (23) 7% (2)
TJAM 10% (1) 70% (7) 20% (2)
TJPE 3% (1) 93% (28) 3% (1)
TJRN 23% (3) 77% (10)
Total 41% (157) 46% (179) 13% (51)

Magistrados Servidores Auxiliares

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As Coordenadorias da Infância e Juventude, conforme consta na Resolução nº 94 de 2009,
podem contar com estrutura de apoio administrativo e equipe multiprofissional para o devido
atendimento das demandas em torno da temática. No que se refere às áreas de formação aca-
dêmica dos servidores, vê-se a prevalência por servidores formados em Direito; trinta e cinco
formados em Psicologia; trinta e três com formação em Serviço Social; treze, em Pedagogia;
nove formados em Administração; um servidor com formação em Medicina; e, ainda, vinte e
seis profissionais formados em outras áreas (Figura 8).

Dezesseis tribunais informam que as equipes que atuam nas Coordenadorias são consti-
tuídas por servidores com, pelo menos, três tipos de formação acadêmica diferentes – o que
confirma o caráter multiprofissional nessas unidades (Figura 9).

Figura 8 - Servidores segundo a área de lotação

Direito Assistência Psicologia Medicina Pedagogia Administração Outros


Social
TJSP 9 8 9 0 0 2 7
TJMS 5 2 6 0 4 1 6
TJAM 4 2 0 0 1 0 0
TJDFT 3 0 0 0 0 0 0
TJPE 3 2 5 0 2 5 7
TJSE 3 1 1 0 0 0 0
TJPA 2 1 1 0 2 0 0
TJES 2 1 1 0 0 0 1
TJMT 1 0 0 0 0 0 0
TJBA 1 2 2 0 0 0 0
TJGO 1 1 1 0 0 0 0
TJAL 1 2 1 0 0 0 0
TJRJ 1 0 1 0 0 0 0
TJRN 1 1 1 0 1 0 0
TJTO 1 0 0 0 0 0 0
TJPR 1 3 1 0 0 0 0
TJAC 1 0 0 0 0 0 0
TJSC 0 3 1 0 0 1 0
TJMG 0 0 0 0 0 0 1
TJRR 0 1 0 0 1 0 3
TJRS 0 0 0 0 0 0 0
TJAP 0 0 0 0 0 0 0
TJRO 0 0 0 0 0 0 0
TJCE 0 2 1 0 1 0 0
TJPB 0 0 1 0 1 0 0
TJMA 0 0 1 1 0 0 1
TJPI 0 1 1 0 0 0 0

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DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

Figura 9 - Área de formação dos servidores

TJMT 100,0% (N=1)


TJDFT 100,0% (N=3)
TJTO 100,0% (N=1)
TJAC 100,0% (N=1)
TJSE 20,0% (N=1) 20,0% (N=1) 60,0% (N=3)
TJAM 14,3% (N=1) 28,6% (N=2) 57,1% (N=4)
TJRJ 50,0% (N=1) 50,0% (N=1)
TJES 20,0% (N=1) 20,0% (N=1) 20,0% (N=1) 40,0% (N=2)
TJGO 33,3% (N=1) 33,3% (N=1) 33,3% (N=1)
TJPA 33,3% (N=2) 16,7% (N=1) 16,7% (N=1) 33,3% (N=2)
TJSP 20,0% (N=7) 5,7% (N=2) 25,7% (N=9) 22,9% (N=8) 25,7% (N=9)
TJAL 25,0% (N=1) 50,0% (N=2) 25,0% (N=1)
TJRN 25,0% (N=1) 25,0% (N=1) 25,0% (N=1) 25,0% (N=1)
TJMS 25,0% (N=6) 4,2% (N=1)16,7% (N=4) 25,0% (N=6) 8,3% (N=2) 20,8% (N=5)
TJBA 40,0% (N=2) 40,0% (N=2) 20,0% (N=1)
TJPR 20,0% (N=1) 60,0% (N=3) 20,0% (N=1)
TJPE 29,2% (N=7) 20,8% (N=5) 8,3% (N=2) 20,8% (N=5) 8,3% (N=2)12,5% (N=3)
TJSC 20,0% (N=1) 20,0% (N=1) 60,0% (N=3)
TJMG 100,0% (N=1)
TJRR 60,0% (N=3) 20,0% (N=1) 20,0% (N=1)
TJCE 25,0% (N=1) 25,0% (N=1) 50,0% (N=2)
TJPB 50,0% (N=1) 50,0% (N=1)
TJMA 33,3% (N=1) 33,3% (N=1) 33,3% (N=1)
TJPI 50,0% (N=1) 50,0% (N=1)
Total 16,6% (N=26) 5,7% (N=9) 8,3% (N=13) 0,6% (N=1) 22,3% (N=35) 21,0% (N=33) 25,5% (N=40)
0% 25% 50% 75% 100%

Direito Psicologia Pedagogia Outros


Assistência Social Medicina Administração

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3. ESTRUTURA DAS VARAS COM
COMPETÊNCIA EM INFÂNCIA E
JUVENTUDE
O Fórum Nacional de Infância e Juventude buscou informações acerca das varas com com-
petência exclusiva e não exclusiva sobre o tema.

O CNJ disponibiliza informações estatísticas dos 90 tribunais brasileiros em seus painéis


eletrônicos. Dessa forma, o Módulo de Produtividade Mensal contém dados de litigiosidade e
de produtividade dos juízes e das serventias judiciárias. Os dados do Painel Justiça em Núme-
ros apresentam a realidade dos tribunais brasileiros com extensa quantidade de informações
estatísticas sobre recursos humanos, despesas, litigiosidade, produtividade e outros dados. Os
dois painéis podem ser acessados por meio do link http://www.cnj.jus.br/pesquisas-judiciarias/
paineis.

Inicialmente, é preciso registrar que o critério do CNJ para “vara exclusiva” é de ter somente
esse tipo de competência. Assim, se a vara acumula direitos do idoso e da família, já não se
considera como exclusiva. Por exemplo, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
possui muitas varas que acumulam mais de uma competência; frequentemente, os relativos a
família, infância e juventude e idoso.

Também se torna relevante informar que, a depender da fonte de dados, os números sobre a
quantidade de varas exclusivas de infância e juventude no Brasil mudam. As diferenças se dão
em razão da informação que é repassada pelos tribunais aos sistemas de coleta de dados no
CNJ. As variações se observam entre os registros do Justiça em Números e, nele, se o critério
de filtro for “vara exclusiva de infância e juventude” em que há 183 unidades; se a busca for por
“vara exclusiva de infância, juventude, idoso e família” em que se chega ao número de 68 uni-
dades; e, no Módulo de Produtividade Mensal, em que temos 143 “varas exclusivas de infância
e juventude”, destacando que os Tribunais de Justiça do Amazonas, de Goiás, Mato Grosso do
Sul, Rondônia, Roraima e Rio Grande do Sul não registraram varas exclusivas no módulo, con-
forme critério acima explicitado e utilizado para identificação das varas neste relatório (Tabela 3).

Compreendidos esses aspectos, segundo o Módulo de Produtividade Mensal, as varas de

17
DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

jurisdição plena são 1.870 e as varas que acumulam competência (exceto juízo único) somam
1.496. Somente em relação à competência da infância e juventude, o total de pendentes é
de 168.697 processos. A taxa de congestionamento é de 46% e o índice de atendimento à
demanda é de 145,2%.

A Figura 10 mostra a localização geográfica de todas as unidades judiciárias do Brasil (pontos


vermelhos pequenos) e, em destaque, nos pontos vermelhos maiores, estão as varas exclusivas
de infância e juventude. Diferenças entre o mapa e a última coluna da Tabela 3 indicam que as
varas estão informadas no Módulo de Produtividade, porém com georeferenciamento incorreto.
Figura 10: mapa de distribuição das varas exclusivas de infância e juventude

18
Tabela 3 – Varas exclusivas de Infância e Juventude por tribunal no ano de 2018

MÓDULO DE
JUSTIÇA EM NÚMEROS JUSTIÇA EM NÚMEROS
PRODUTIVIDADE
-VARAS EXCLUSIVAS -VARAS EXCLUSIVAS DE
TRIBUNAL MENSAL - VARAS
DE INFÂNCIA E INFÂNCIA, JUVENTUDE,
EXCLUSIVAS DE
JUVENTUDE IDOSO E FAMÍLIA
INFÂNCIA E JUVENTUDE
TJAC 1 0 2
TJAL 2 1 2
TJAM 2 0 0
TJAP 4 0 2
TJBA 17 0 8
TJCE 9 0 6
TJDFT 3 0 3
TJES 17 17 16
TJGO 9 0 0
TJMA 4 0 4
TJMG 7 3 6
TJMS 2 1 0
TJMT 5 2 2
TJPA 6 0 6
TJPB 3 0 3
TJPE 18 0 18
TJPI 2 3 1
TJPR 9 0 19
TJRJ 1 33 2
TJRN 4 1 4
TJRO 1 0 0
TJRR 2 0 0
TJRS 14 0 0
TJSC 5 4 3
TJSE 2 0 2
TJSP 31 3 32
TJTO 3 0 2
TJ 183 68 143

Ainda em relação às Varas de Infância e Juventude, 85% dos juízes acessam o inteiro teor
dos acórdãos. Quatro tribunais declararam não possuir tal acesso: TJ-AM, TJ-PI, TJ-ES e TJ-RJ.
Quanto à aplicação de critérios de lotação ideais de servidores nessas varas – conforme defi-
nido pela Resolução CNJ nº 219 de 2016, somente 37% dos tribunais declararam que adotam
critérios de lotação paradigma (Figura 11).

19
DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

Há varas com competência exclusiva da


Somente
área três
infracional quetribunais (11,1%) criaram
observe a integração câmaras ou turmas especializadas no tema (Figura
77,8% (N=21) 22,2% (N=6)
operacional prevista no art 88, V, do ECA?
11): Tribunais de Justiça do Paraná (2), do Rio Grande do Sul (2) e de São Paulo (1).
Há varas com competência exclusiva da
área protetiva que observe a integraçãoFigura 11 - Estrutura das Varas
74,1% (N=20) 25,9% (N=7)
operacional prevista no art 88, VI, do ECA?

O tribunal possui câmara ou turma


especializada em infância e juventude? 11,1% (N=3) 88,9% (N=24)

Os juízes possuem acesso ao inteiro teor


dos acórdãos? 85,2% (N=23) 14,8% (N=4)

O tribunal adota critério de lotação


ideal (paradigma) de servidores nas varas de 37,0% (N=10) 63,0% (N=17)
infância e juventude?
0% 25% 50% 75% 100%

Não Sim

Questão relevante no processo de trabalho das varas de infância e juventude são os núcleos
psicossociais - unidades judiciárias que possuem, em sua estrutura, psicólogos, assistentes
sociais e outros profissionais (os quais compõem a chamada equipe multidisciplinar) que aten-
dem crianças e adolescentes envolvidos nos processos judiciais que tramitam nas varas.

O papel da equipe multidisciplinar é muito importante para o bom andamento do processo


na vara, pois os profissionais são responsáveis por acolher e orientar as partes, nos aspectos
mental, social e emocional.

Há núcleos exclusivos e não exclusivos: os primeiros prestam atendimento exclusivamente


a crianças e adolescentes e os segundos atendem outras demandas além das crianças e
adolescentes. Tanto os exclusivos quanto os não exclusivos podem prestar atendimento a
mais de uma unidade judiciária.

As equipes multidisciplinares podem ou não pertencer a um determinado núcleo, visto que


em algumas comarcas não há núcleo psicossocial; nesses casos, os psicólogos, assistentes
sociais pertencem e atuam somente na vara na qual estão lotados. Essas varas podem ou
não ser exclusivamente destinadas a tratar da matéria infância e juventude, como ocorre, por
exemplo, nos casos em há cumulação com os processos de idosos e família.

No caso das Figuras 12 e 13, interessa saber, nas varas exclusivas e cumulativas, se o atendi-
mento é feito por núcleos psicossociais exclusivos para a temática, núcleos que atendem mais
uma matéria do direito, equipes multidisciplinares lotadas nas próprias unidades judiciárias, ou,
ainda, se não há atendimento psicossocial.

Onze tribunais indicaram que suas varas exclusivas são atendidas, em 50%, por núcleos

20
psicossociais exclusivos e, em 50%, por equipes multidisciplinares próprias. Destaque aos TJs
do Pará e do Amazonas, nos quais o atendimento é feito por meio de equipe multidisciplinar
própria. Já seis tribunais incrementam o atendimento com mais uma modalidade que é a de
núcleos psicossociais não exclusivos. Apenas os Tribunais de Justiça de Tocantins e Espírito
Santo combinam atendimento por núcleos psicossociais não exclusivos e equipe multidisci-
plinar própria.

Somente no TJCE as varas exclusivas de infância e juventude não são atendidas por equipe
multidisciplinar. Outros três tribunais (TJRS, TJBA e TJDFT) possuem algumas varas (14, 10 e 1,
respectivamente) que não são atendidas por essas equipes, conforme Figura 12.

21
DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

Figura 12 - Atendimento das equipes multidisciplinares nas varas exclusivas

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
TJPE 50% (18 v.) 50% (18 v.)
TJRJ 50% (15 v.) 50% (15 v.)
TJSP 24% (8 v.) 70% (23 v.) 6% (2 v.)
TJRN 50% (5 v.) 50% (5 v.)
TJGO 50% (5 v.) 50% (5 v.)
TJMG 40% (4 v.) 20% (2 v.) 40% (4 v.)
TJMA 50% (4 v.) 50% (4 v.)
TJRS 21% (4 v.) 5% (1 v.) 74% (14 v.)
TJMT 38% (3 v.) 25% (2 v.) 38% (3 v.)
TJMS 50% (3 v.) 50% (3 v.)
TJPB 50% (3 v.) 50% (3 v.)
TJAL 60% (3 v.) 40% (2 v.)
TJAP 13% (2 v.) 63% (10 v.) 25% (4 v.)
TJSC 20% (2 v.) 30% (3 v.) 50% (5 v.)
TJPI 50% (2 v.) 50% (2 v.)
TJSE 50% (2 v.) 50% (2 v.)
TJAC 50% (2 v.) 50% (2 v.)
TJRO 50% (2 v.) 50% (2 v.)
TJDFT 40% (2 v.) 40% (2 v.) 20% (1 v.)
TJPR 7% (1 v.) 43% (6 v.) 50% (7 v.)
TJTO 95% (42 v.) 5% (2 v.)
TJES 21% (3 v.) 79% (11 v.)
TJPA 100% (6 v.)
TJAM 100% (5 v.)
TJBA 29% (4 v.) 71% (10 v.)
TJCE 100% (1 v.)

Total 28% (90 va ra s ) 28% (91 va ra s ) 37% (119 va ra s ) 8% (26 va ra s )

Varas exclusivas são atendidas por núcleos psicossociais exclusivos:


Varas exclusivas são atendidas por núcleos psicossociais não exclusivos:
Varas exclusivas com equipe multidisciplinar própria:
Varas exclusivas não atendidas por equipe multidisciplinar:

Já nas varas que acumulam competências, destacam-se os Tribunais de Justiça dos Estados
de São Paulo, Paraíba, Tocantins, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Sergipe, os quais têm suas
varas atendidas por núcleos psicossociais em sua totalidade.

22
O TJAM é o único tribunal que possui equipe multidisciplinar própria para atendimento das
varas cumulativas e de juízo único.

Nos TJs do Pará, Ceará e Alagoas, as varas com competências cumulativas não possuem
atendimento por equipe multidisciplinar.

Oito tribunais informaram que as varas são atendidas por núcleos psicossociais não exclu-
sivos, equipes multidisciplinares próprias ou não há atendimento (TJSC, TJPI, TJPE, TJRS, AC,
PR, DF e MG).

Portanto, 60% das varas que acumulam competências e de juízo único possuem alguma
forma de atendimento, seja por núcleos psicossociais ou por equipe multidisciplinar própria;
enquanto 40% delas não é atendida por nenhum deles (Figura 13).

23
DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

Figura 13 - Atendimento da Equipe Multidisciplinar nas varas acumulativas

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
TJAL 100% (41 v.)
TJCE 100% (150 v.)
TJPA 100% (76 v.)
TJBA 3% (7 v.) 97% (196 v.)
TJMA 9% (11 v.) 91% (112 v.)
TJRN 24% (13 v.) 76% (42 v.)
TJSC 14% (17 v.) 14% (17 v.) 72% (89 v.)
TJPI 20% (1 v.) 60% (3 v.)
TJPE 22% (19 v.) 22% (19 v.) 56% (48 v.)
TJRS 0% (1 v.) 50% (149 v.)
TJAC 38% (3 v.) 15% (2 v.) 46% (6 v.)
TJPR 29% (64 v.) 29% (64 v.) 41% (90 v.)
TJMT 70% (55 v.) 30% (24 v.)
TJDFT 40% (2 v.) 20% (1 v.)
TJMG 89% (246 v.) 1% (2 10%
v.) (29 v.)
TJSP 100% (331 v.) 0% (1 v.)
TJPB
TJTO 100% (42 v.)
TJSE 100% (65 v.)
TJRJ 100% (83 v.)
TJES 98% (63 v.) 2% (1 v.)
TJGO 95% (120 v.) 5% (7 v.)
TJRO 92% (21 v.) 8% (2 v.)
TJRR 89% (7 v.) 11% (2 v.)
TJAP 81% (10 v.) 19% (3 v.)
TJMS 52% (26 v.) 48% (26 v.)
TJAM 100% (5 v.)

Total 54% (1185 v.) 6% (172 v.) 40% (1057 v.)

Varas com competência em infância e juventude (cumulativas e juízo único) atendidas por núcleos psicossociais
Varas com competência em infância e juventude (cumulativas e juízo único) com equipe multidisciplinar própria
Varas com competência em infância e juventude (cumulativas e juízo único) que não são atendidas por equipe multidisciplinar

24
4. FUNCIONAMENTO DAS
COORDENADORIAS DE INFÂNCIA E
JUVENTUDE
Aspectos importantes no conhecimento do serviço jurisdicional prestado no âmbito das
Coordenadorias e Varas de Infância e Juventude são a capacitação e a formação continuada
dos profissionais atuantes na área. Nesse sentido, verifica-se que 26 tribunais informaram
promover ações de capacitação e treinamento para magistrados e servidores sobre o tema da
infância e juventude. Em 85,2% dos casos, são as Escolas Judiciais a desenvolver tais ações,
seguidas das próprias Coordenadorias (70,4%) (Figuras 14 e 15). Como é possível a existência
de mais de uma unidade responsável pela realização dos cursos em um mesmo tribunal, os
percentuais da Figura 15 superam 100%.

No que tange à mensuração das ações realizadas pelas Coordenadorias, 66,7% delas dis-
põem de estatísticas; todavia, somente 25,9% publica essas informações; em que pese 81,5%
dessas Coordenadorias possuírem página própria na internet.

Figura 14 - Capacitação

O tribunal promove ações de capacitação e


treinamento dos magistrados e servidores que 96,3% (N=26) 3,7% (N=1)
atuam na área da infância e juventude?

A coordenaria dispõe de estatísticas de


suas ações? 66,7% (N=18) 33,3% (N=9)

As estatísticas são publicadas? 25,9% (N=7) 74,1% (N=20)

A coordenadoria dispõe de página própria


na internet para divulgação dos serviços 81,5% (N=22) 18,5% (N=5)
disponíveis ao cidadão?

0% 25% 50% 75% 100%

Não Sim

25
DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

Figura 15 - Unidades responsáveis pela organização dos cursos na área de infância e juventude

Escola Juducial 85,2% (N=23)

Coordenadoria de Infância e Juventude 70,4% (N=19)

Presidência 33,3% (N=9)

Corregedoria 18,5% (N=5)

Varas de infância e juventude 11,1% (N=3)

Outros 3,7% (N=1)

0% 25% 50% 75% 100%

Quanto às datas dos últimos cursos de capacitação oferecidos a magistrados e servidores,


o período informado varia de um mês a três anos. Em 16 tribunais houve oferta recente desses
cursos, menos de um ano. Na maior parte dos tribunais, há consonância na oferta de cursos
no mesmo período para os dois segmentos profissionais (Figura 16).

Em razão da maior quantidade de servidores em relação ao número magistrados, por óbvio,


houve maior número de servidores que tiveram acesso aos cursos com tema de infância e
juventude. Foram 1.479 servidores e 504 magistrados com acesso às atividades de formação.
Ressalta-se que os TJs de Mato Grosso do Sul, Bahia, Paraíba e Santa Catarina tiveram mais
juízes inscritos que servidores no último curso oferecido (Figura 17).

26
Figura 16 - Data do último curso ofertado na área de infância e juventude
TJAC 3 anos e 2 meses
3 anos e 2 meses
TJPI 1 ano e 10 meses
1 ano e 10 meses
TJAM 1 ano e 9 meses
10 meses
TJRS 1 ano e 1 mês
10 meses
TJSE 10 meses
6 meses
TJMT 9 meses
TJPR 9 meses
11 meses
TJRN 9 meses
1 ano e 8 meses
TJDFT 9 meses
1 ano e 10 meses
TJMA 8 meses
8 meses
TJCE 8 meses
8 meses
TJPB 8 meses
1 ano e 4 meses
TJES 5 meses
5 meses
TJMS 4 meses
4 meses
TJRJ 3 meses
3 meses
TJMG 2 meses
3 meses Magistrados
TJTO 2 meses
4 meses Servidores
TJBA 2 meses
8 meses
TJPE 2 meses
2 meses
TJAL 1 mes
1 ano e 11 meses
TJSP 1 mes
2 meses
TJAP 1 mes
1 mes
TJGO 1 mes
4 meses
TJSC 1 mes
4 meses
0 1 2 3 4 5

27
DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

Figura 17 - Quantidade de magistrados e servidores capacitados no


último curso ofertado na área de infância e juventude

TJSP 402
25
TJPE 134
18
TJGO 121
16
TJMG 115
35
TJAM 86
20
TJPR 77
16
TJAL 61
50
TJTO 60
42
TJRS 53
46
TJCE 45
15
TJPI 41
3
TJMS 33
50
TJRJ 30
20
TJAC 30
10
TJMT 27
TJSE 26
21
TJRN 23
7
TJDFT 21
10
TJES 19
3
TJPA 17
8
TJBA 16
22 Magistrados
TJAP 15 Servidores
1
TJPB 11
19
TJSC 8
40
TJMA 8
7
0 100 200 300 400

A maior parte das equipes das Coordenadorias (70,4%) realizam visitas junto às Varas da
Infância e Juventude, sejam somente nas varas exclusivas do estado, ou em todas as varas,
inclusive naquelas que acumulam competência (Figura 18). Dezenove tribunais informaram a
quantidade de visitas feitas às varas exclusivas e cumulativas nos últimos doze meses. Desses,
o TJMG destaca-se pelas 35 visitas realizadas. Os Tribunais de Justiça de Sergipe e do Piauí
também registraram número considerável de visitas (32 e 26, respectivamente), em que pese
a quantidade de varas existentes nesses dois estados (Figura 19).

28
Figura 18 - Ocorrência de visitação pelas coordenadorias nas varas de infância e juventude

29,6% (N=8)
Não
Sim, somente varas exclusivas
Sim, varas exclusivas e cumulativas

14,8% (N=4) 55,6% (N=15)

Figura 19 - Quantidade de visitas feitas às varas exclusivas e cumulativas nos últimos 12 meses

TJPI 24
2
TJDFT 12
TJSE 12
20
TJMG 10
15
TJES 10
TJAM 8
TJRN 7
1
TJPR 6
6
TJBA 4
0
TJAP 4
5
TJSC 3
22
TJRS 3
TJAC 3
1
TJRJ 2
1 varas Cumulativas
TJMA 2
1 Varas Exclusivas
TJRR 0
6
TJPA 0
0
TJSP 0
14
TJRO 0
0
0 10 20 30

Outra questão importante no trabalho executado pelas Coordenadorias é a articulação com


órgãos externos ao Poder Judiciário. Nesse sentido, o Ministério Público e a Defensoria Pública
(92,6% e 81,5%, respectivamente) se apresentam como as instituições mais comumente em

29
DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

interlocução com as Coordenadorias de Infância e Juventude (Figura 20).

Outros órgãos importantes no processo de articulação são os do Poder Executivo: os volta-


dos para a oferta de direitos básicos, como saúde, educação e assistência social (Secretarias
Estaduais e Municipais); os direcionados à defesa de direitos como os conselhos e fóruns
(Conselho Tutelar e de Direitos de Crianças e Adolescentes); as universidades; os órgãos ou as
entidades voltadas à inserção de pessoas no mercado de trabalho; as unidades que atendem
adolescentes em conflito com a lei, de acordo com a Tabela 3.
Figura 20 - Órgãos externos ao Poder Judiciário com os quais as
coordenadorias mantêm interlocução mais constante

Ministério Público 92,6% (N=25)


Defensoria Pública 81,5% (N=22)
Comunidade (igrejas, escolas, etc.) 66,7% (N=18)
Legislativo 59,3% (N=16)
Comissões 59,3% (N=16)
ONGs 55,6% (N=15)
Outros 40,7% (N=11)

0% 25% 50% 75% 100%

30
Tabela 4 - Outros órgãos externos ao Poder Judiciário com os quais as
coordenadorias mantêm interlocução mais constante

OUTROS ÓRGÃOS EXTERNOS AO PODER JUDICIÁRIO COM OS QUAIS AS


TRIBUNAIS
COORDENADORIAS MANTÉM INTERLOCUÇÃO MAIS CONSTANTE
Conselhos Tutelares; Secretaria Estadual de Saúde; Instituto Sócio Educativo Esta-
TJAC dual; Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos; Coordenadoria
dos Abrigos Institucionais.
Entidades de Acolhimento de Crianças e Adolescentes, Superintendência das Medidas
TJAL Socioeducativas de Alagoas (SUMESE-AL), Conselho Estadual dos Direitos da Criança
e do Adolescente (CEDCA-AL).
Centro de Referências Especializadas de Assistência Social (CREAS); Universidade
TJAM
Federal do Amazonas, Conselho Tutelar.
TJMG Conselhos Tutelares, fóruns e órgãos da imprensa.
Fórum Estadual de Aprendizagem da Paraíba e Fórum Estadual de Prevenção e Erradi-
TJPB
cação do Trabalho Infantil.
Secretarias Estaduais e Municipais, Conselhos de Defesa da Criança, Conselhos Muni-
TJPE
cipais, dentre outros.
TJPR Ordem dos Advogados do Brasil; Poder Executivo.
CRAS, CREAS, Órgãos de Execução das Medidas Socioeducativas e de Proteção, Con-
TJRN
selhos Tutelares, Universidades, dentre outros.
TJRO Sistema S; Empresas; CIEE; Sine Municipal.
Secretarias de Bem Estar Social, Secretarias de Educação, Saúde, Segurança, Justiça e
TJRR Cidadania, Conselhos Tutelares, Conselhos de Direitos, Superintendência do Trabalho,
Tribunais de Justiça do Trabalho e Federal, Sistema S, Prefeituras Municipais.
Governo do Estado de Santa Catarina, Secretarias de Estado da Educação, Saúde, Jus-
tiça e Cidadania, Segurança Pública e Assistência Social, Ordem dos Advogados do
Brasil - Seccional Santa Catarina, Federação das Indústrias Catarinenses, Federação
TJSC do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina, Federação Catarinense de
Municípios, Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade do Estado de Santa
Catarina, Universidade do Sul de Santa Catarina, Fundação ESAG, Associação de Magis-
trados Catarinenses, Associação Catarinense de Medicina, dentre outros.

31
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dadas as informações apresentadas, constata-se que os magistrados envolvidos nos traba-
lhos das Coordenadorias de Infância e Juventude (metade desembargadores e metade juízes
titulares) precisam acumular atividades jurisdicionais (92,6%). Em que pese a maior parte dessas
Coordenadorias terem sido criadas há cerca de 9 anos e, portanto, já possuírem um trabalho
consolidado, 81,5% não possuem orçamento próprio. São 387 profissionais trabalhando nas
Coordenadorias, com o maior grupo de servidores formados nas áreas de Direito (40), Psico-
logia (35) e Serviço Social (33).

Os tribunais de justiça dos estados somam 143 Varas Exclusivas de Infância e Juventude –
número pequeno se considerarmos a quantidade de varas de jurisdição plena (1.870) e varas
cumulativas (1.496, exceto juízo único) que também atuam no tema.

As Varas Exclusivas apresentam um total de 168.697 processos pendentes, com uma taxa
de congestionamento de 46% e Um Índice de Atendimento à Demanda - IAD de 145,2%. Vale
destacar que, segundo o Relatório Justiça em Números 2019, a taxa de congestionamento
para todo o Poder Judiciário é de 71,2% e o IAD é de 113,7%.

Trinta e sete por cento dos tribunais (dez, em números absolutos), aplicam os critérios de
lotação ideais de servidores nas varas exclusivas. A realidade é múltipla quando o assunto é
seu atendimento por núcleos psicossociais ou por equipes multidisciplinares. De todo modo,
verifica-se que as varas exclusivas guardam maior cobertura de atendimento que as varas
cumulativas.

No que se refere às capacitações, 96,3% dos tribunais oferecem atividades ou cursos vol-
tados para a formação continuada de magistrados e servidores e 66,7% produzem dados
estatísticos acerca de suas atividades. As últimas capacitações ocorreram em menos de um
ano (em 16 tribunais) e alcançaram um público de quase 1.500 servidores e pouco mais de
500 magistrados.

As visitas organizadas pelas Coordenadorias, em 70,4% dos casos, envolvem as varas exclu-
sivas e não exclusivas e os parceiros mais frequentes são o Ministério e a Defensoria Públicos
(de 80% a pouco mais de 90%).

A relevância do tema tem sido cada vez maior; nesse sentido, os dados ora registrados
poderão auxiliar no processo de contínuo conhecimento sobre o serviço jurisdicional prestado.

33
DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

Anexo I
QUESTIONÁRIO SOBRE A ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DAS COORDENADORIAS
DE INFÂNCIA E JUVENTUDE

I. Estrutura das Coordenadorias


1. A Coordenadoria da Infância e Juventude já foi implantada em seu tribunal?
( ) Sim
( ) Não
Se sim, ir para pergunta 1.1.
1.1. Desde quando? _______
1.2. A que unidade a coordenadoria está subordinada?
( ) Presidência
( ) Vice-Presidência
( ) Corregedoria
( ) Secretaria-Geral
( ) Nenhum
( ) Outros. Especifique: ___________________________________
1.3. Quem indica o(a) coordenador(a)?
( ) Presidência
( ) Vice-Presidência
( ) Corregedoria
( ) Secretaria-Geral
( ) A escolha é feita por eleição
( ) Outros. Especifique: ___________________________________
1.4. Há mandato do(a) coordenador(a)?
( ) Sim
( ) Não
Se sim, ir para pergunta 1.4.1.
1.4.1. De quanto tempo é o mandato?
( ) Um ano
( ) Dois anos
( ) três anos
( ) quatro anos
( ) não há definição
( ) Outro
1.5. Indique a data de posse do(a) coordenador(a) atual: ___________________
1.6. Indique o cargo do(a) coordenador(a) atual:
( ) Juiz substituto
( ) Juiz titular
( ) desembargador

34
1.7. Os magistrados que atuam na coordenadoria acumulam função jurisdicional?
( ) Sim
( ) Não
1.8. Quantos magistrados atuam na coordenadoria? _________
1.9. Quantos servidores do quadro efetivo atuam na coordenadoria? _______
1.10. Quantos servidores cedidos ou requisitados de outros órgãos atuam na coordenadoria? ___
1.11. Quantos servidores comissionados sem vínculo efetivo atuam na coordenadoria? _______
1.12. Quantos terceirizados atuam na Coordenadoria? _______ 
1.13. Quantos estagiários atuam na Coordenadoria? _______ 
1.14. Indique quantos servidores estão lotados na coordenadoria, segundo a área de formação:
Pode assinalar mais de uma opção
Direito: ____
Assistência Social: ____
Psicologia: ____
Medicina: ____
Pedagogia: ____
Ciências Sociais: ____
Ciências Políticas: ____
Antropologia: ____
Administração: ____
Outros: ____

II. Unidades Judiciárias com Competência em Infância e Juventude


2. Há varas com competência exclusiva da área infracional que observe a integração operacional
prevista no art. 88, V, do ECA?
( ) Sim
( ) Não
Se sim na questão 2:
2.1. Quantas? __________ <campo numérico>
2.2. Liste quais, com a indicação no nome da unidade/comarca: ____ <campo texto livre> 
3. Há varas com competência exclusiva da área protetiva que observe a integração operacional
prevista no art. 88, VI, do ECA?
( ) Sim
( ) Não
Se sim na questão 3:
3.1. Quantas? __________ <campo numérico>
3.2. Liste quais, com a indicação no nome da unidade/comarca: ____ <campo texto livre>
4. O tribunal possui câmara ou turma especializada em infância e juventude?
( ) Sim
( ) Não
Se sim na questão 4:
4.1. Quantas? __________ <campo numérico>
5. Os juízes possuem acesso ao inteiro teor dos acórdãos?
( ) Sim
( ) Não

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DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

6. O tribunal adota critério de lotação ideal (paradigma) de servidores nas varas de infância e
juventude?
( ) Sim
( ) Não
Se sim na questão 6:
6.1. Quantas varas exclusivas possuem lotação real inferior à lotação ideal? ____
6.2. Quantas varas exclusivas possuem lotação real igual ou superior à lotação ideal? ____
7. Número de Setores Psicossociais Exclusivos:_________
8. Número de Setores Psicossociais não-exclusivos:_________
9. Número de salas privativas para atendimento psicossocial: _________
10. Número de Servidores (efetivos, comissionados ou cedidos) lotados nas varas exclusivas ou
nos setores psicossociais exclusivos para atendimento à infância e juventude:_________
11. Número de Servidores (efetivos, comissionados ou cedidos) da Especialidade Serviço Social
lotados nas varas exclusivas ou nos setores psicossociais exclusivos para atendimento à infância
e juventude:_________
12. Número de Servidores (efetivos, comissionados ou cedidos) da Especialidade Serviço Social
lotados em varas cumulativas ou em setores psicossociais não-exclusivos para atendimento à
infância e juventude:_________
13. Número de Servidores (efetivos, comissionados ou cedidos) da Especialidade Psicologia
lotados nas varas exclusivas ou nos setores psicossociais exclusivos para atendimento à infância
e juventude:_________
14. Número de Servidores (efetivos, comissionados ou cedidos) da Especialidade Psicologia
lotados em varas cumulativas ou em setores psicossociais não-exclusivos para atendimento à
infância e juventude:_________

Varas Exclusivas:
15. Quantas varas exclusivas são atendidas por núcleos psicossociais exclusivos:_________
16. Quantas varas exclusivas são atendidas por núcleos psicossociais não exclusivos:_____
17. Quantas varas exclusivas possuem equipe multidisciplinar própria:__________
18. Quantas varas exclusivas não são atendidas por equipe multidisciplinar:________

Varas Cumulativas:
19. Quantas varas com competência em infância e juventude (cumulativas e juízo único) são
atendidas por núcleos psicossociais exclusivos:_________
20. Quantas varas com competência em infância e juventude (cumulativas e juízo único) são
atendidas por núcleos psicossociais não exclusivos:_____

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21. Quantas varas com competência em infância e juventude (cumulativas e juízo único) possuem
equipe multidisciplinar própria:__________
22. Quantas varas com competência em infância e juventude (cumulativas e juízo único) que não
são atendidas por equipe multidisciplinar:________

III. Capacitação
23. O tribunal promove ações de capacitação e treinamento dos magistrados e servidores que
atuam na área da infância e juventude?
( ) Sim
( ) Não
Se sim, ir para a pergunta 9.1
23.1 Qual(is) a(s) unidade(s) responsável(is) pela organização do curso?
É possível assinalar mais de uma opção
( ) Presidência
( ) Vice-Presidência
( ) Corregedoria
( ) Coordenadoria de Infância e Juventude
( ) Varas de infância de juventude
( ) Escola Judicial
( ) Não sei informar
( ) Outros. Especifique: ________________
23.2 Indique a data do último curso para magistrados ofertado na área de infância e juventude:
_________
23.3 Quantos magistrados foram capacitados no último curso? _____
23.4 Indique a data do último curso para servidores ofertado na área de infância e juventude:
_________
23.5 Quantos servidores foram capacitados no último curso? _____
24. A coordenadoria visita as varas de infância e juventude?
( ) Sim, varas exclusivas e cumulativas
( ) Sim, somente varas exclusivas
( ) Não
Se sim (opções 1 e 2) na questão 21:
21.1. Quantas visitas às varas exclusivas foram feitas nos últimos 12 meses? _____
Se “sim, varas exclusivas e cumulativas” na questão 21 (opção 1)
21.2. Quantas visitas às varas cumulativas foram feitas nos últimos 12 meses? _____
25. Com quais órgãos externos ao Poder Judiciário a Coordenadoria mantém interlocução mais
constante (pode assinalar mais de uma opção):
( ) Ministério Público
( ) Defensoria Pública
( ) Legislativo

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DIAGNÓSTICO DA ESTRUTURA DAS COORDENADORIAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

( ) ONGs
( ) Comunidade (igrejas, escolas, etc.)
( ) Comissões
( ) outros. Especifique: ___________________________
( ) Não mantém
26. A coordenaria dispõe de estatísticas de suas ações?
( ) Sim
( ) Não
27. As estatísticas são publicadas?
( ) Sim
( ) Não
Se sim, ir para 14.1.
14.1 Indique o link de acesso: _____________________________________
28. A coordenadoria dispõe de página própria na internet para divulgação dos serviços
disponíveis ao cidadão?
( ) Sim
( ) Não
Se sim, ir para 15.1.
15.1. Indique o link de acesso: ______________________________________

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www.cnj.jus.br

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