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Conflitos econômicos territoriais no oeste do Pará: o caso da Terra Indígena

Maró

Pedro Lealci Eleuterio de Jesus1

Compreender os conflitos no espaço agrário da Amazônia nunca foi uma tarefa fácil, a
questão agrária é um velho problema no Brasil, e quando nos referimos a Amazônia o
problema é mais grave, dada a complexidade da região, sobretudo por colocar em risco
a vida de indígenas, quilombolas, ribeirinhos e outros povos que ocuparam
tradicionalmente a Amazônia. Partindo do olhar sobre a problemática da pressão de
grandes empresas sobre a Amazônia e sua riqueza natural, o presente artigo visa trazer à
tona a questão da pressão capitalista no Oeste do Pará, mais especificamente da pressão
dos madeireiros na Terra Indígena Maró (TI Maró), espaço ocupado pelas tribos
Arapium e Borari. A Terra indígena Maró localiza-se no município de Santarém, no
Oeste do estado do Pará, região do Baixo Tapajós, local de intensa atividade madeireira,
resistindo em um cenário que se apresenta cada vez mais desfavorável à quem vive no
local e tenta manter suas raízes e culturas. Depois de muitas reivindicações por parte
dos povos Borari e Arapium a TI Maró foi delimitada pela Fundação Nacional do Índio
e deveria avançar para as próximas etapas e ser homologada pelo Presidente da
República, porém, há diversos entraves, um deles é o não reconhecimento dos grupos
como indígenas. O trabalho junto a essas comunidades iniciou em janeiro de 2016,
como proposta de pesquisa para um projeto de mestrado e o presente artigo é parte da
pesquisa. Inicialmente foi realizado um levantamento histórico sobre a formação social
do grupo e sua relação com o ambiente em seu território, mostrando que os indígenas
dependem da floresta e dos rios em boas condições para manutenção de suas vidas.

Palavras-chave: Conflitos, Terra indígena, madeireiros.

1
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), pedrolealci@gmail.com

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( ) GT 1 - Agricultura sustentável e soberania alimentar. ( ) GT 8 - Governança para sociedades pacíficas e inclusivas.
( ) GT 2 - Educação inclusiva, diversidade e igualdade social. ( ) GT 9 - Mudanças globais e uso sustentável das florestas.
( ) GT 3 - Geodiversidade e mineração. ( ) GT 10 - Economia solidária e consumo consciente.
( ) GT 4 - Povos indígenas e desenvolvimento sustentável. ( ) GT 11 - Jovens Pesquisadores.
( ) GT 5 - Água e energia sustentável. ( ) GT 12 - Defesa e Forças Armadas na Amazônia.
( ) GT 6 - Cidades e assentamentos humanos resilientes. ( ) GT 13 - Comunicação, Cultura e Desenvolvimento
( X ) GT 7 - Estado, Sociedade e conflitos socioambientais. Sustentável.

[ X ] Apresentação oral [ ] Pôster

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