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A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de

sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua


portuguesa sobre o tema “O papel dos povos indígenas e das florestas para um futuro
sustentável”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.

Indígenas e demais manifestantes elaboram mensagem escrita com 380 lâmpadas de led em frente
ao STF em Brasília para pedir que a corte rejeite o marco temporal (22 de agosto de 2021)

TEXTO I – GREENPEACE ALERTA PARA NECESSIDADE DE PROTEGER


AMAZÔNIA E INDÍGENAS

Quase 20% da Amazônia já foi desmatada, e cientistas afirmam que estamos muito perto
de atingir um ponto que não será mais possível reverter os impactos desta destruição. Povos
indígenas e comunidades tradicionais protegem diariamente as florestas: são seus verdadeiros
Guardiões. Eles arriscam suas vidas para denunciar atividades ilegais em seus territórios. Dados
de satélite explicitam que as terras indígenas funcionam como uma barreira ao avanço do
desmatamento e de suas trágicas consequências.

Por isso, os Guardiões da Floresta são ameaçados, criminalizados e sofrem graves tipos
de violência. Uma grave ameaça à humanidade Dados do Instituto Homem e Meio Ambiente da
Amazônia (Imazon) revelam que o desmatamento na Amazônia aumentou 54% em janeiro deste
ano, na comparação com o mesmo mês em 2018. Também houve, recentemente, uma ampliação
das invasões nas terras indígenas e áreas de proteção ambiental e da violência contra povos
indígenas e comunidades tradicionais. Cada área desmatada na Amazônia impacta a
disponibilidade de água doce e o equilíbrio climático, não só no Brasil, mas em todo o planeta. A
própria produção de alimentos será drasticamente impactada se não barrarmos a destruição da
Amazônia.
Proteger a Amazônia e seus Guardiões O Estado brasileiro precisa cumprir o seu dever
de proteger a Amazônia e todos os povos da floresta. Para isso é fundamental respeitar os direitos
dos povos e das comunidades tradicionais determinados na Constituição Federal e em outras
legislações nacionais e internacionais, de modo que eles possam viver de acordo com seus modos
de vida. A adoção do Desmatamento Zero e o combate à grilagem, aos crimes ambientais e à
violência no campo são outras medidas urgentes e necessárias. Além disso, a população brasileira
precisa conhecer e valorizar a resistência dos Guardiões da Floresta

TEXTO III –

Em abril de 2015, mais de 250 mil pessoas se reuniram no National Mall, em Washington DC
(EUA), para o Global Citizen Festival. Durante o evento, que aconteceu no Dia da Terra, as
pessoas pediam aos líderes que tomassem medidas para proteger nosso planeta e seu povo dos
efeitos devastadores da mudança climática.

Essa chamada para ação aconteceu ao mesmo tempo que a ONU começou a atualização dos
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estabelecidos há 15 anos, para uma nova
agenda global de desenvolvimento de sustentável a ser adotada pelos líderes mundiais na
Assembléia Geral da ONU, em setembro, enquanto todos se preparavam para a Conferência das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Paris, em dezembro.

Cerca de 1,6 bilhão de pessoas – mais de 25% da população mundial –dependem dos recursos
florestais para sua subsistência. Aproximadamente 1,2 bilhão usa árvores em fazendas para gerar
comida e dinheiro. Dentro desse número, estima-se que os povos indígenas correspondam a 60
milhões de pessoas dentro desse número.

Os indígenas são, por definição, outsiders, devido ao seu afastamento geográfico e político. Eles
representam 5% da população mundial e de 10% a 30% das pessoas mais pobres do mundo,
segundo a ONU. No entanto, eles detêm o conhecimento vital de gerações sobre como viver com
a natureza e estar em equilíbrio e harmonia com o mundo natural.

TEXTO III – Rapper indígena fala sobre povos indígenas em música Nativa:

Nativas, prontas para lutar/ Retomando tudo vamos decolonizar

(...)

Fiquem vivas/ Muitas narrativas

Prontas para lutar/ Juntando forças, vamos decolonizar

Renovando a terra, a água e o ar/ Nascemos prontas para lutar

O inferno está aqui, eles acham tão normal/ Nossa cabeça está a prêmio e tem até comercial
Leilão das nossas terras, tem telefone ramal/ E natureza morta, alma, homem, animal

E eles não tem moral, então passe o fio dental/ Tem morte coletiva pelo bem individual

Eles, acham normal esse mundo desigual/ tem rosa e cemitério bem no fundo do quintal (sem
moral)

Olha a batida está parando coração/ O sagrado pede socorro, já estamos em extinção

Cadê a sua luta pela demarcação?/ Você gosta da cultura, mas de nós não gosta não (“né não?”)

(...)

Dentro do mar não se vê mais tubarão/ É plastico, petróleo, ondas de poluição

Esconde- esconde já não é brincadeira não/ Eles matam as crianças e ainda chamam de ladrão

Assassino de farda, com a bíblia na mão/ Quem é que patrocina o seu tiro de canhão?

Na árvore, o sangue e a dor/ o corte, o grito, o silêncio, a terra e a morte

Estão sem fé, e brincando com a sorte/ Na ganância, o caixão virando o seu transporte

(..)
https://www.greenpeace.org/brasil/participe/povos-indigenas/

TEXTO IV - “Estamos diante de uma política de extermínio indígena no Brasil”, denuncia


assessor jurídico da Apib na ONU

Indígena e ambientalista, Luiz Eloy Terena, também assessor jurídico da Articulação dos Povos
Indígenas do Brasil (APIB), denunciou a situação dos povos indígenas no Brasil, durante a
pandemia da covid-19, na primeira participação das organizações indígenas e indigenistas na 46ª
sessão ordinária do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (1 de março de 2021). O
novo coronavírus chegou aos territórios indígenas logo no início da pandemia. Vidas indígenas
têm sido perdidas desde então, sejam elas de lideranças, anciões e anciãs, crianças. Por sua vez,
o governo federal tem agido de maneira tardia e ineficiente. Além do mais, Luiz Terena alega
que as motivações a invasões de terras indígenas oferecidas pelos atuais governistas aumentaram
a presença de madeireiros, garimpeiros e grileiros no interior dos territórios. Com tais presenças,
nesse período pandêmico, as aldeias ganharam um risco adicional. “Vivemos um momento muito
sério em nosso país. O atual governo brasileiro implementou uma política indigenista
extremamente prejudicial aos povos indígenas”, assevera Terena.

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