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Organizações Saudáveis, bem-estar dos trabalhadores e 1

produtividade

Organizações Saudáveis, bem-estar dos


trabalhadores e produtividade
Ana Glória, nº20993
Luís Fernandes, nº19992
Ricardo Moreirinha, nº21000

Resumo
Atualmente as empresas para atingirem os seus objetivos e
consequentemente obterem sucesso, necessitam de ser saudáveis. Há
medida que o tempo vai passando o conceito de saudável, relacionado com
organizações tem sido adaptado, não só se olha para o ponto de vista
financeiro, mas também para aquilo que é o ambiente interno das
organizações.
O bem-estar dos trabalhadores é um dos principais fatores para que as
organizações atinjam os seus objetivos, porque com colaboradores
satisfeitos com a sua situação, motivados, é mais fácil e mais favorável à
prática da sua profissão. Verificamos que com certas condições reunidas
toda a organização pode ser maximizada por forma a que todos os
intervenientes na mesma estejam satisfeitos.
Antes mesmo de descobrir os aspetos que estão intimamente relacionados
com a estimulação do bem-estar no trabalho, é preciso saber o que gera
felicidade nas atividades profissionais. Esse conhecimento é importante
porque possibilita o direcionamento das estratégias e das ações em busca
de um ambiente de trabalho mais saudável e prazeroso. 

Palavras-Chave: bem-estar, motivação, organizações, colaboradores


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produtividade

Índice

Introdução...................................................................................................... 3
1. Bem-estar dos trabalhadores e a produtividade......................................3
2. Intervenções: prevenção e promoção......................................................4
2.1. Prevenção do stress laboral e promoção de hábitos de vida
saudáveis.................................................................................................... 5
3. Organizações saudáveis e gestão de recursos humanos.........................7
4. Cultura organizacional e liderança positiva.............................................7
5. Formação e capital psicológico positivo...................................................8
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Introdução
No âmbito da unidade curricular de gestão de recursos humanos, foram-nos
apresentados vários tópicos de trabalho, pela docente Graciete Honrado,
dos quais o escolhido aborda o tema relativo à saúde e bem-estar nas
organizações.
Neste sentido, iniciamos o trabalho apresentando a relevância que a
felicidade dos trabalhadores tem vindo a adquirir ao longo dos anos, e
consequentemente o impacto gerado na produtividade das empresas. De
seguida, salientamos algumas prevenções a ter, bem como, formas de
melhorar a saúde e o bem-estar interno das organizações. Além disso,
referimos quem são os responsáveis por manter a empresa saudável, e
ainda qual a cultura organizacional mais indicada para a promoção de
empresas saudáveis.
Por fim, indicamos não só o papel decisivo que o departamento de recursos
humanos tem nas organizações, mas também o modo como procedem ao
melhoramento do desempenho dos trabalhadores.

1. Bem-estar dos trabalhadores e a produtividade


Entre 1924 e 1933 foram realizadas as experiências de Hawthome na
Western Eletric Company, (Illinois, EUA) - empresa do ramo da engenharia
elétrica – em que se percebeu que a felicidade é um fator que influência a
produtividade dos trabalhadores.
Felicidade e produtividade são dois fatores importantes para ter uma
organização saudável, sendo que se podem afetar mutuamente. No
contexto laboral, felicidade considera-se bem-estar psicológico, portanto
quanto mais elevado seja o bem-estar dos colaboradores mais produtivos
eles serão.
Com isto é necessário entender que todas as pessoas são diferentes, pelo
que a felicidade pode ser atingida de maneiras diferentes. Para entender
essas diferenças devemos conhecer os colaboradores da organização. Assim
com este conhecimento um líder será capaz de criar equipas, atribuindo as
tarefas certas aos indivíduos certos.
Para além do bem-estar psicológico, é necessário o bem-estar total dos
colaboradores, que para isso contribui também o bem-estar físico e social.
Enquanto o bem-estar físico incide na saúde dos colaboradores e na
segurança no local de trabalho, como a não existência de violência ou a
ausência de acidentes de trabalho, o bem-estar social atribui-se às relações
entre colaboradores que devem ser favoráveis, que podem ser trabalhadas
com sessões de “team building”, por exemplo.
Tendo os colaboradores felizes, será certo que o seu desempenho irá
melhorar, como a criatividade, que poderá ser útil para o desenvolvimento e
inovação da organização, diminuirá a rotatividade na empresa, diminuindo
assim os custos da empresa em formação de novos colaboradores, entre
outros fatores.
Deste modo, uma organização com colaboradores felizes será uma
organização saudável, com produtividade aumentada em relação às
concorrentes.
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2. Intervenções: prevenção e promoção


Os lucros nas empresas não estão relacionados exclusivamente ao
desempenho dos seus colaboradores. Nesse sentido os programas de bem-
estar proporcionam uma redução nos períodos de ausência, tal como nos
gastos associados à saúde, aos processos de despedimento e recrutamento.
É por isso importante que as organizações elaborem estes programas, de
modo a que promovam, não só como um ponto de atração, mas também de
retenção de talento.
Assim, em contexto laboral, é necessário ter em consideração as quatro
dimensões seguintes:
 Dimensão física: É afetada diretamente pelos gastos de saúde
suportados pelas empresas nos períodos de ausência devido a doença
dos seus trabalhadores.
 Dimensão financeira: Corresponde às preocupações financeiras dos
colaboradores de uma empresa, o que consequentemente leva a um
aumento de stress e à distração no trabalho, além disso reduz a
produtividade, tal como a motivação, afetando ainda a saúde e
suscitando desequilíbrios emocionais que podem comprometer as
relações interpessoais.
 Dimensão psicológica: O funcionamento do estado emocional de cada
trabalhador é tão importante quanto o seu bem-estar físico. Uma vez
que, um indivíduo emocionalmente saudável proporciona um melhor
sucesso da sua equipa de trabalhado, como ainda assegura um maior
desempenho.
 Dimensão social: É a forma como os trabalhadores entendem as
relações interpessoais, os seus papéis sociais na vida, o apoio familiar e
social, assim como o seu desempenho laboral. Logo as organizações
devem promover o convívio e a comunicação entre os seus
colaboradores, de modo a proporcionar um bom relacionamento entre
os mesmos. Além disso, a realização de reuniões pode ajudar a
entender melhor os problemas, desafios e expectativas das equipas,
com o intuito de evitar um mal-estar nas empresas.
Esta abordagem para além de prevenir possíveis efeitos negativos nas
organizações, nomeadamente, acidentes, problemas psicológicos, entre
outros, também pretende a promoção das condições de trabalho e a
disponibilização dos recursos necessários aos trabalhadores, para que
assim, estes possam responder às exigências do trabalho de forma a existir
um equilíbrio entre as suas vidas profissionais e privadas.
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Assim sendo, iremos listar uma série de medidas que promovem a saúde e
o bem-estar dos trabalhadores:
 Medidas organizacionais
 Maior flexibilidade no horário laboral
 Possibilitar aos trabalhadores a participação nas melhorias do
seu local de trabalho
 Medidas ambientais
 Criação de espaços sociais
 Facultar um ambiente de trabalho incentivador
 Medidas individuais
 Conceder recompensas
 Promover o bem-estar mental
A saúde e o bem-estar nas organizações, nos dias que correm, são cada vez
mais encarados, por parte das empresas, como um investimento, ao invés
de um custo, isto devido ao aumento da importância do capital humano nas
organizações. Atualmente considera-se que uma empresa bem-sucedida
deve-se à promoção do bem-estar dos trabalhadores nos seus locais de
trabalho, o que por sua vez, proporciona uma diminuição do absentismo e
melhora a motivação, o que consequentemente aumenta a produtividade.
Em suma, uma organização que possua uma cultura organizacional
preocupada com os seus colaboradores, não só incentiva os mesmos a dar o
seu melhor, como também encoraja a adesão de novo membros.
2.1. Prevenção do stress laboral e promoção de hábitos
de vida saudáveis

De uma maneira geral, o conceito de stress é utilizado quando as exigências


impostas pelo ambiente de trabalho excedem a capacidade dos
trabalhadores as suportarem ou controlarem.
São diversos os fatores indutores de stress no trabalho:
 Conteúdo do trabalho;  Equipamentos de trabalho;
 Sobrecarga e ritmo de  Cultura organizacional;
trabalho;
 Subcarga de trabalho;  Relações interpessoais no
trabalho;
 Horário de trabalho;  Entre outros.
 Autonomia/Controlo;

O stress tem repercussões a nível individual, refletindo-se na saúde dos


trabalhadores, bem como ao nível organizacional, alguns exemplos:
Individual Organizacionais
Dores de cabeça Incumprimento de horários
Ansiedade Aumento da taxa de absentismo
Insegurança Desempenho reduzido
Isolamento social Reforma antecipada
Cansaço e insónias Dificuldades na tomada de decisão
Menor desempenho Aumento de baixas médicas
Depressão e tisteza Aumento da taxa de rotação de
pessoal
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A gestão do stress não é uma atividade isolada, mas sim um processo com
várias fases, que exige mudanças no ambiente de trabalho, sendo que as
empresas obtêm um êxito maior se já dispuserem de um serviço eficaz de
gestão de Saúde e Segurança do Trabalho e se envolverem todos os
trabalhadores e trabalhadoras neste processo.
As estratégias de prevenção do STRESS no trabalho, encontram-se
classificadas em: primárias, secundárias e terciárias.
1. Prevenção primária:
i. Redução dos fatores geradores de stress/fatores de risco;
ii. Atuação ao nível do ambiente de trabalho e estrutura
organizacional.
2. Prevenção secundária:
i. Alteração da resposta dos trabalhadores relativamente aos
agentes de stress;
ii. Promoção de estratégias de coping orientadas para a redução
do stress;
iii. Atuação ao nível do trabalhador.

3. Prevenção terciária:
i. Redução das consequências dos agentes de stress e seu
respetivo tratamento;
ii. Atuação ao nível do trabalhador.

O estilo de vida é um conceito amplo que inclui a pessoa como um todo,


apresentando muitos aspetos. Esses mesmos aspetos combinam-se para
influenciar a saúde individual em todos os domínios: Físico, Mental,
Espiritual e Social. A promoção de uma série de aspetos positivos para a
saúde mental e física no colaborador é algo que atualmente as empresas
têm derivado ao facto de a saúde ser um dos principais fatores para uma
maior produtividade.

3. Organizações saudáveis e gestão de recursos


humanos
Genericamente, a gestão e a direção de uma empresa deverão atender a
três objetivos de forma a promover o estatuto de organizações saudáveis e
produtivas nos dias que correm:
 Estabelecer e coordenar os diferentes serviços destinados a promover
a saúde dos colaboradores;
 Incrementar a produtividade da empresa e a felicidade dos seus
colaboradores;
 Integrar os dois pontos anteriores na cultura organizacional da
empresa, na estratégia empresarial e práticas de recursos humanos
eficientes.

Todos estes fatores ficam a cargo de todo o cabimento orgânico da


empresa, porque de certa forma todos eles têm de contribuir para estes
objetivos por forma a ser incrementado um ambiente no dia a dia favorável
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de forma a existir uma maior produtividade e satisfação de todos os


elementos da organização.

4. Cultura organizacional
4.1 Fatores de criação de força de trabalho
No que toca a fatores para gerar uma força de trabalho motivada e feliz,
encontramos as culturas organizacionais que promovem a dignidade, a
saúde e a justiça, bem como as boas relações entre colegas de trabalho,
com base na confiança e respeito.
Por exemplo, as organizações devem tomar como claro que atitudes
negativas entre os colaboradores não serão toleradas e deverão incluir
políticas para combater todos os tipos de violência e discriminação laboral
(assédio moral, assédio sexual, entre outros).

4.2 Liderança positiva


Começando com uma definição básica do que é liderança positiva, é um
modelo que valoriza os pontos fortes dos colaboradores e incentiva o
desenvolvimento das suas competências.
Aprofundando mais as características de uma liderança positiva, a mesma
ajuda a reter talentos, diminuir o turnover da empresa, aumentar a
performance das equipas, elevar a satisfação e o bem-estar no local de
trabalho e alcançar metas e resultados positivos. As empresas valorizam
líderes que são grandes comunicadores, pensadores visionários e que
podem fazer com que os objetivos se realizem.
Além destas capacidades, os líderes são responsáveis por transmitir a visão
da empresa e a sua cultura, para que as organizações possam adotar esse
estilo de liderança dentro das suas raízes organizacionais.
Logicamente devem evitar-se estilos de liderança abusivos, dado que
representam um risco para a saúde e o bem-estar dos colaboradores e
consequentemente da empresa.
Associado a um estilo de liderança adequado está a liderança carismática e
transformacional, sendo ambas as que apresentam maiores níveis de
satisfação e comprometimento por parte dos subordinados.

5. Formação e capital psicológico positivo


Uma das funções primordiais dos líderes de Recursos Humanos é a análise
do desempenho dos colaboradores.
Para auxiliar na eficiência dos funcionários, um dos fatores primordiais é
estimular o capital psicológico positivo — um conceito que diz respeito a um
estado de desenvolvimento humano caracterizado por quatro elementos da
personalidade: eficácia, esperança, otimismo e resiliência.
Personalidades explicadas:
 Eficácia: ter confiança em si mesmo de modo a aplicar o
esforço necessário para a conclusão de tarefas desafiantes;
 Esperança: Ser persistente no cumprimento de metas e, se
necessário, reorganizar e redirecionar as mesmas;
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 Otimismo: Fazer atribuições positivas acerca do seu sucesso no


presente e no futuro;
 Resiliência: Ser capaz de ultrapassar os contratempos e as
adversidades, sem nunca desistir, para alcançar o sucesso.

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