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Uma onda é uma perturbaçã o em um meio material ou nã o. Sendo assim, existem ondas que nã o
precisam de um meio pra se propagar (eletromagnéticas) e ondas que precisam de um meio para se
propagar (mecâ nicas).
Exemplos:
Frequência e período
Velocidade
A velocidade de uma onda é dada por: v f
T
Quando uma onda sofre refraçã o sua velocidade muda. Ao passar de um meio para outro a
freqü ência de uma onda permanece inalterada, mas seu comprimento de onda varia.
Superposição
Quando dois pulsos sã o produzidos em uma corda, por exemplo, estes podem interferir um sobre o
outro.
l n
2
Reflexão
Quando produzimos um pulso em uma corda à outra extremidade pode estar livre ou fixa. Assim,
duas situaçõ es podem ocorrer:
Refração
Refraçã o é a mudança de velocidade que uma onda sofre ao se propagar de um meio para outro.
Lembrando que a velocidade de propagaçã o de uma onda é dada por: v f
Quando produzimos um pulso em uma corda, ligada à outra diferente, temos que parte do pulso é
refratado (muda de meio – muda de corda) e parte é refletido (volta para o meio de origem – volta para a
corda de onde veio) podemos ter as seguintes situaçõ es:
Se a extremidade estiver livre o pulso reflete sem inverter sua fase. Se a extremidade estiver fixa o
pulso volta invertido (defasagem de p radianos).
Difração
É a tendência das ondas de contornar
obstá culos. Este fenô meno somente ocorre
quando o obstá culo a ser contornado pela onda
tem dimensõ es da mesma ordem de tamanho do
comprimento de onda da onda que está se
propagando.
ÓTICA
Para podermos enxergar algo é necessá rio que luz1 “proveniente” do objeto que desejamos ver
chegue até nossos olhos. Existem, assim, dentre os objetos que observamos aqueles que emitem luz pró pria
e aqueles que nã o á emitem. Quando luz incide sobre um objeto esta pode ser absorvida ou reemitida.
Quando a luz retorna ao meio da qual se originou, dizemos que houve reflexã o. Quando a luz passa de um
meio a outro dizemos que houve refraçã o2.
Uma das maneiras mais intuitivas de abordar o tema talvez seja através do princípio de Fermat. O
principio de Fermat diz o seguinte: “Dentre todas as possíveis trajetó rias que vã o de um determinado ponto
até outro qualquer, a luz ”escolhe” o caminho que requer o mínimo tempo de propagaçã o.”
Reflexão
Partindo deste principio podemos abordar a
reflexã o da seguinte forma:
Como um raio de luz poderia ir do
ponto A até o ponto B3 no menor tempo
possível?
1
O termo luz neste texto é usando como sinô nimo de radiaçõ es eletromagnéticas de comprimento de onda na regiã o do visível.
2
A refraçã o também ocorre quando a luz permanece no mesmo meio, desde que este possua uma diferença de densidade em
diferentes regiõ es.
3
O ponto A e o ponto B podem ser pensados como sendo dois observadores, sendo o raio de luz proveniente de uma fonte (nã o
representada) e refletido em um dos observadores.
A reposta mais simples seria um raio
ir de A até B diretamente.
Refração:
Quando a luz, ao viajar em meio, se dirige a outro meio diferente do primeiro, ela pode refratar. Esse
fenô meno é tal que a luz muda sua velocidade. Entretanto, a frequência de uma onda nã o muda quando esta
muda de meio.
Espelhos Esféricos
Espelhos esféricos sã o quaisquer superfícies esféricas ou parte de uma esfera (calota) espelhada (que
se valem da reflexã o da luz), e por suas características podem nos ser ú teis. Espelhos esféricos, por exemplo,
podem ampliar imagens.
Classificação:
Espelhos Côncavos
Espelhos Convexos (divergentes)
(convergentes)
Conjugação de Imagens por Espelhos Esféricos
Espelhos Côncavos
Objeto antes do centro de curvatura do espelho Objeto sobre o foco do espelho
Objeto sobre o centro de curvatura do espelho Objeto entre o foco e o vértice do espelho
Espelhos Convexos
Objeto antes do centro de curvatura do espelho Objeto sobre o foco do espelho
Objeto sobre o centro de curvatura do espelho Objeto entre o foco e o vértice do espelho
Lentes Esféricas
Lentes sã o objetos que desviam a luz se valendo da refraçã o (figura 24). Dependendo de sua forma 4
ela pode convergir ou divergir raios de luz para um ponto específico. Esse direcionamento da luz pode ser
explicado pelo princípio de Fermat.
Existem diversos tipos (ou formas) de lentes divergente e convergentes, as quais sã o mostradas os
seis (6) tipos de lentes esféricas, três (3) convergentes – acima na imagem – e três (3) divergentes:
4
O índice de refraçã o também determina o comportamento da lente. No entanto, como a lente (para o fim a que este texto se destina)
estará imersa no ar seu índice de refraçã o será sempre maior que o deste.
As lentes apresentam algumas características as quais podem ser observadas abaixo:
Sendo o foco o local para onde raios que incidem paralelamente à lente convergem (no caso de uma
lente convergente). O centro de curvatura corresponde à distâ ncia do centro da esfera, da qual a lente “é
formada” até sua borda – o raio. O eixo principal é o eixo imaginá rio que passa pelo centro da lente
(perpendicular a esta).
Conjugação de Imagens
Podemos determinar onde e com qual tamanho a imagem conjugada por uma lente se formará
conhecendo o comportamento de alguns raios ditos principais.
Um destes raios (em vermelho) ao sair do objeto5 percorre uma linha reta e ao transpor a lente passa
pelo foco desta. Um segundo raio (em verde) passa pelo ponto correspondente ao foco e apó s passar pela
lente segue em linha reta. E um terceiro raio (em azul) que passa pelo centro da lente sem sofrer mudança
na direçã o de propagaçã o. A sequencia de figuras apresenta os raios principais e as imagens formadas para
diferentes posiçõ es do objeto.
Neste caso a imagem conjugada está apó s a lente e a chamamos de imagem real. Cabe ressaltar que a
imagem é menor que o objeto e que está invertida. Este será o mesmo caso no qual se enquadrará as
imagens que serã o observadas através da luneta, sendo que os objetos que serã o vistos estarã o a distâ ncias
muito maiores que o centro de curvatura da lente.
5
Para o caso de uma fonte primá ria de luz, ou refletir a luz incidente sobre ele para o caso de uma fonte secundá ria de luz.
Quando o objeto está sobre o centro de curvatura da lente a imagem conjugada possui o mesmo
tamanho do objeto, no entanto a imagem será invertida e da mesma forma que a anterior será uma imagem
real.
Se o objeto se encontrar entre o centro de curvatura e o ponto focal da lente a imagem será maior
que o objeto. Da mesma forma que nos casos anteriores a imagem será invertida e real.
Para o caso em que o objeto está posicionado sobre o ponto focal, os raios, apó s passarem pela lente
seguem paralelos entre si. Dizemos, neste caso, que a imagem se formará no infinito6.
Por fim, se o objeto estiver entre a lente e a ponto focal a imagem será formada pelo prolongamento
dos feixes, está será maior que o objeto e diferentemente dos casos anteriores será direita e virtual, sendo
assim denominada a imagem que se forma no mesmo lado em que o objeto se encontra.
6
Se um anteparo for colocado no lado oposto da lente aquele ocupado pelo objeto uma imagem será vista, no entanto a mesma nã o
será nítida. A imagem somente terá nitidez se o anteparo estiver posicionado no infinito.
Está configuraçã o também será ú til posteriormente, visto que ao associarmos duas lentes para a
construçã o da luneta teremos algo semelhante.
Cabe ressaltar que para os exemplos anteriores além de ter sido usado apenas os feixes ditos
principais foram usados apenas para o “topo” da imagem, esta representaçã o apenas é usada para
simplificar a construçã o das imagens, sendo que raios de luz “saem” de todos os pontos do objeto a ser
visualizado sofrendo desvios ao transpor a lente. Ou seja, existem infinitos outros raios de luz que
atravessam a lente de modo a podermos ver o objeto e nã o apenas os raios principais.
Dispersão
No inicio deste tó pico foi dito que raios de luz, ao incidirem paralelos
à lente, apó s atravessarem está, convergem para um ponto especifico, o ponto focal, neste caso está vamos
supondo raios de luz monocromá tica (de uma só cor). No entanto o ponto focal nã o é o mesmo para todas as
frequências, visto que as velocidades de propagaçã o sã o diferentes7, chamamos isto de dispersã o da luz. Nas
lentes temos algo semelhante ao representado na figura abaixo.
Esta diferença nos focos para diferentes frequência é chamada de aberraçã o cromá tica. A aberraçã o
cromá tica ocorre principalmente nas partes da lente em que ocorre o maior desvio dos raios de luz, ou seja,
nas bordas da lente. Devido a este fato os contornos das imagens conjugadas pela lente se tornam coloridas e
temos uma diminuiçã o na nitidez do objeto observado.
Esse fenô meno também é chamado de dispersã o e é a separaçã o da luz branca em suas cores
componente. Isso se deve ao fato do índice de refraçã o depender da frequência da luz incidente. Quanto
maior a frequência da luz maior será o índice de refraçã o absoluto (em relaçã o ao vá cuo onde o índice de
refraçã o vale 1 e um meio qualquer).
7
Essa diferença na velocidade de propagaçã o se deve ao fato de que frequências mais altas estã o mais pró ximas das frequências de
ressonâ ncia de materiais transparentes (na regiã o do ultravioleta) se propagando assim, mais lentamente que as frequências mais
baixas nas sequencias de absorçõ es e reemissõ es.
Equação dos Espelhos e Lentes Esféricos
Convençã o de sinais:
1 1 1 do é sempre positivo;
f o di do di será positivo se a imagem for real e
negativo se a imagem for virtual;
fo será positivo se o espelho for
convergente (cô ncavo) e negativo se o
espelho for divergente (convexo).
Outra relaçã o importante quanto a espelhos esféricos é a questã o do aumento produzido. Ao
observarmos a imagem conjugada por espelhos esféricos, esta (em muitos casos) nã o possui o mesmo
tamanho que o objeto.
O aumento ocasionado vai depender entã o da posiçã o do objeto em relaçã o ao espelho. Assim temos:
Tamanho da imagem di
Aumento ou Aumento
Tamanho do objeto do
1
f
A grandeza o é chamada de Convergência ou Vergência, denotada pela letra C. A convergência está
associada ao desvio que a lente causa nos raios de luz incidentes nela, os desvios serã o maiores quanto
menor for o foco da lente, ou quanto maior for à convergência da lente. A unidade da convergência é a
Dioptria (di), mas comumente é chamada de “grau”, o mesmo utilizado por ó ticas para denotar lentes de
ó culos ou lentes de contato.