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Medidas elétricas

1) Valor médio (nível cc)


Dada uma função periódica f(t)=f(t+T), onde T é o
período em que a função se repete, (constante), tem-
se que seu valor médio é dado por:
t0 +T
1
f med =
T ∫ f ( t ) dt
t0

Para formas de onda senoidais → f med = 0

Variáveis com componente CC → f med ≠ 0


Medidas elétricas

2) Valor eficaz (rms)


Dada uma função periódica f(t)=f(t+T), onde T é o
período em que a função se repete, (constante), tem-
se que seu valor eficaz é dado por:

t0 +T
1
 f ( t )  dt
2
f ef =
T ∫
t0

Para formas de onda não-nulas → f ef ≠ 0


Medidas elétricas

3) Potência
A) Tensão e corrente senoidais
• Potência aparente S = Vef I ef
• Potência ativa P = Vef I ef cos ( φ )
• Potência reativa Q = Vef I ef sen ( φ )

B) Tensão e/ou corrente não-senoidal (periódicas)


• Potência aparente S = Vef I ef
t +T 2π
1 0
1
• Potência ativa P= ∫ v ( t ) i ( t ) dt = ∫ v ( ωt ) i ( ωt ) d ωt
T t 0
2π 0
• Potência reativa Q = S 2 − P2
Índices de desempenho – CA

1) Distorção harmônica total (THD)

É a razão entre o valor rms do conteúdo harmônico


pelo rms da quantidade fundamental, expressada em
percentual, ou seja, se refere ao fator de distorção
percentual de uma tensão ou corrente com relação a
uma senóide. Seja uma função periódica f(t)=f(t+T),
esta pode ser escrita por uma série de Fourier:

  kπ x   kπ x  
v( x) = a0 + ∑  ak cos  +
÷ k b sen  ÷
k =1   L   L 
ou:

  k πx 
v( x) = a0 + ∑ ck sin  + φk ÷
k =1   L 
Índices de desempenho – CA
onde:
1
c+2 L k = 1, 2,...
a0 =
2L ∫ f ( x)dx
c ck = ak 2 + bk 2
c+2 L
1  kπ x 
ak =
L ∫
c
f ( x) cos 
 L 
÷dx, k = 1, 2,... a 
φk = arctan  k ÷
 bk 
1
c+2 L
 kπ x  ck
bk = ∫ f ( x) sin  ÷dx, k = 1, 2,... Ck =
L c  L  2
A THD é dada por:
1 ∞ Vef 2 − C12
THDv =
c1
∑c
k =2
2
k =
C12

Empregado para se verificar o percentual de distorção


devido a presença de harmônicas
Índices de desempenho – CA
2) Fator de potência
O fator de potência entre duas função periódicas de
mesmo período v(t)=v(t+T) e i(t)=i(t+T) é definido como
a razão entre a potência ativa, dada em W, e a potência
aparente, dada em VA, ou seja:
t0 + T 1
1 PF = DF
P T ∫ v ( t ) i ( t ) dt
t0
1 + THD 2
PF = =
S Vef I ef P = potência real (média)
S = potência aparente

É um índice que relaciona a potência real


e a potência aparente
Índices de desempenho – CA

3) Fator de deslocamento
O fator de deslocamento de duas funções periódicas
de mesmo período v(t) e i(t), é definido como o ângulo
de deslocamento de fase entre a componente
fundamental da tensão v(t) e a componente
fundamental de corrente i(t). O fator de deslocamento
é dado por:
θ 1 = ângulo de v(t) com relação à uma
DF = cos ( θ1 − φ1 ) dada referência
φ 1 = ângulo de i(t) com relação à mesma
referência

É igual ao fator de potência para cargas lineares


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Índices de desempenho – CA

4) Fator de crista
É definido como a razão de corrente (ou tensão)
máxima ou de pico pela corrente (ou tensão) eficaz:
I pico
CF =
I ef

Para uma forma de onda senoidal → CF = 2


Para uma forma de onda CC → CF = 1

O fator de crista é usado para determinar a


amplitude do pico de correntes não-senoidais com
relação a uma senóide
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Índices de desempenho – CA

5) Fator de correção de capacidade (CCF)


Uma vez comparado com o fator de crista da forma de
onda senoidal, obtém-se o fator de correção da
capacidade (CCF), que é representado por:
 2
CCF ( % ) =  ÷
÷ 100%
 CF 

Potência corrigida → kVAcor = kVAnomCCF

Ex.: Qual a potência máxima nominal que um trafo de


10kVA pode disponibilizar para um retificador com
CF=1,53?
CCF ( % ) = 92,16% kVAcor = 9.216kVA
Índices de desempenho – CA
Aplicação a sistemas trifásicos
Sistemas equilibrados → conhecendo-se uma das
fases, sabe-se os outros índices (THD, DF, CF)
Contudo, a fórmula abaixo se aplica a sistemas
trifásicos: t +T
1 0
∑k T ∫ vk ( t ) ik ( t ) dt
P t0
PF = =
S ∑Vk ef I k ef
k
k = fases

Ex.: Sistemas trifásicos


P P1 + P2 + P3
PF = =
S V1ef I1ef + V2ef I 2 ef + V3ef I 3ef +
Índices de desempenho –CC

1) Componente CA
É o valor da componente CA presente na variável CC:
Vca = Vef 2 − Vmed 2

2) Fator de forma
Indica a distorção da forma de onda com relação ao
ideal (corrente contínua). V ef
FF =
Vmed
3) Fator de ondulação
É a medida do índice de regulação de uma dada função
contínua: 2
 Vef 
RF = FF − 1 = 
2
÷ −1
 Vmed 
Índices de desempenho – Conversor

1) Rendimento
É uma figura de mérito que permite se avaliar a
eficácia de um retificador. Depende dos componentes
e da topologia empregada.
t0 +T
1
∫ vL ( t ) iL ( t ) dt
Po T
t0
η= = t0 + T
Pi 1
∫ vF ( t ) iF ( t ) dt
T t0

Razão entre a potência ativa de saída e de entrada.


Conversor sem perdas → η =1
Índices de desempenho – Conversor

2) Estresse nos componentes semicondutores


Está associado ao valor máximo das tensões e
correntes que são aplicados em cada um dos
semicondutores do conversor. Para diodos e
tiristores:
 Tensão reversa máxima
 Corrente de pico
 Corrente eficaz
 Derivadas de corrente e tensão
 Perdas

Quanto menor forem os valores supracitados, menor


e mais barato será o semicondutor.
Índices de desempenho – Retificação
1) Razão de retificação

Define a efetividade da retificação, através da razão


entre a potência média e o produto entre a tensão e
correntes eficazes de saída.
VLmed I Lmed
σ=
VLef I Lef

É empregado para se determinar o quão eficiente


se dá a retificação
Índices de desempenho – Retificação

2) Fator de utilização do transformador


É a razão entre a potência média de saída e a potência
aparente no secundário do transformador.
VLmed I Lmed
TUF =
∑Vk ef I k ef
k

k = no. de enrolamentos – secundário


Vkef, Ikef = tensão/corrente eficaz em cada enrolamento

Indica o quanto do transformador é utilizado com


relação ao índice de utilização ideal (TUF=1).
Exemplo: Índices CA

Retificador monofásico genérico:


THD da corrente de entrada
1 ∞ 2
 c1 ∑
THDi ( % ) =  ck ÷100%
÷
 k =2 
iF i2 iL DF da corrente de entrada
DF = cos ( θ1 − φ1 )
E vF v2 Z vL
PF da corrente de entrada
P 1
PF = = DF
S 1 + THD 2
Fator de crista da corrente
no trafo I Fpico
CF =
I Fef
Exemplo: Índices CC

Retificador monofásico genérico:


iF i2 iL

E vF v2 Z vL

Variável de saída → tensão Variável de saída → corrente


Componente CA na saída Componente CA na saída
Vca = Vef 2 − Vmed 2 I ca = I ef 2 − I med 2
Ondulação na saída Ondulação na saída
2
 Vef   I ef 
2
RF =  ÷ −1 RF =  ÷ −1
 Vmed   I med 
Exemplo:

Retificador monofásico genérico:


iF i2 iL

E vF v2 Z vL

Conversão Retificação
Rendimento Razão de retificação
Po VLmed I Lmed
η= σ=
Pi VLef I Lef
Estresse nos componentes Fator de utilização
VLmed I Lmed
VD max , I D max ,VDrev , I Def ,... TUF =
∑Vk ef I k ef
k
Exemplo: Índices
Retificador monofásico ideal:
iF i2 iL

E vF v2 Z vL

Variáveis de entrada Variáveis de saída


(corrente) Retificador (tensão/corrente)

THDi = 0% σ =1 Vca = 0
DF = 1 TUF = 1 RF = 0
PF = 1
η =1
CF = 2

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