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Workshop - Teste Hidrostático em

Equipamentos, Tubulações e Dutos


IBP, 27/04/2007

Análise de Efeitos de Teste


Hidrostático em Vasos de
Pressão

Jorge dos Santos Pereira Filho - PASA


Precursores do Trabalho
¾ Edição da NR-13 em
1995 –
obrigatoriedade do
TH e desconforto dos
PH’s
Precursores do Trabalho
¾ Diversas experiências com os ensaios de
emissão acústica – crescimento de subcrítico
de descontinuidades (atividade) com apenas
1,1 Pop

O que aconteceria com uma pressão de 1,5 X PMTA?


Precursores do Trabalho
¾ Entendimento das diferenças entre falhas
catastróficas e dúteis (estas muito mais
freqüentes) Estrutura sem
Encruamento e
arredondamento para
aplicação de tensão suportar a propagação
σ + ∆σ instável

σ + ∆σ ∆a
Aumento da região
Propagação
encruada e
subcrítica e aumento
arredondamento da
da região encruada
ponta
Precursores do Trabalho
¾ Entendimento das distinções entre falhas
catastróficas e dúteis (estas muito mais
freqüentes)
σ + ∆σ

σ + ∆σ

Propagação crítica
Precursores do Trabalho
¾ Ocorrências de falhas / aparecimento de
descontinuidades imediatamente após o
TH, levando a crer que em alguns casos
os TH’s podem não ser efetivos
z Vagão tanque
z Reator
z Esferas
Precursores do Trabalho
¾ Testemunho pessoal: empresa realizou
numa parada diversos TH’s para
atendimento à NR-13 em equipamentos
de inox, alguns equipamentos
apresentaram vazamentos devidos à CST.
Como ficaram os que não apresentaram
vazamentos?
Objetivos do Trabalho
¾ Originalmente: “Crescimento subcrítico em
Vasos de Pressão Durante o TH”
¾ Identificar as variáveis que determinam
possíveis propagações críticas ou
subcríticas durante o TH
¾ Gerar um fluxograma de análise
Opções para Atingir
os Resultados

Pesquisa no Estudo de
Ambiente Ocorrências
Industrial Verificadas

Simulação de
Situações
“Reais”
Programa de Trabalho
Simulação da Verificação da
Aplicação de Estabilidade e
Carregamentos Crescimento
de TH (1,5 PMTA) Subcrítico

Casos
Representativos, Elementos finitos, API, BS
Equipamentos
e Danos Reais

Identificação
Fluxograma
das Variáveis
de Avaliação
Preponderantes
Bibliografia – TH
na Fabricação
¾ Rearranjo de tensões, alívio, aumento da
zona elástica

σ
Sy B CF G

E
2Sy

A
ε
D H
-Sy
Bibliografia – TH
na Fabricação
¾ NASA – sobrevivência aos TH’s e fatores
econômicos
¾ Colapsos ao término da fabricação: CQ,
temperatura, projeto
Bibliografia – TH
em Serviço
¾ TH’s Periódicos (área nuclear):
z Cowan e Picker: riscos por desconhecer as
propriedades reais dos materiais – f(T, t);
...impossível demonstrar integridade no TH!!
Bibliografia – TH
em Serviço
¾ TH’s Periódicos (área nuclear):
z Formby: garantia da ausência de defeitos
críticos, caracterização de maior tamanho de
descontinuidade possível e garantia de ciclos
operacionais sem falha (forma indireta de
avaliar fadiga)
z Chell e Haigh: TH dá garantia de que não há
trincas que afetem a integridade do
equipamento, “strain ageing”
Bibliografia – TH
em Serviço

Testes hidrostáticos em usinas nucleares européias


Bibliografia – TH
em Serviço
¾ TH’s Periódicos (1,5 X PMTA):
z NTSB: ruptura de vagão de ácido (TH é
inadequado para identificar danos)
z Borges: analisar antes de aplicar um TH
(mecanismos de danos) e fluxograma
z Ensaios alternativos: E.A., PIG
instrumentado... (quando se requer identificar
e mensurar o dano)
Condição para Falha
¾ Fratura frágil e dútil – Dowling and Townley

Resultados Curva FAD Nível 2A - BS 7910 e Nível 2 API RP579

1,2

1
Fratura Inaceitável
Frágil
0,8
Corte para Corte para aços
Região de
aços inoxidáveis austeníticos
transição carbono
0,6 FAD

0,4
Fratura
Dútil
0,2

Aceitável
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 2,2
O que é crescimento
subcrítico?

CSCD

90 Região de CSCD
80
70
60
50
ac
a

40
30
20
10
0
0 2 4 6 8 10
t

Mecanismos de fadiga, CST, fluência, etc..


O que é crescimento
subcrítico?
¾ Integral J – mede a energia de
deformação em um caminho qualquer em
torno da ponta da trinca (Rice, 1968)
O que é crescimento
subcrítico?
¾ JIC = propriedade dos materiais

Jtotal
Propagação subcrítica
JIc
Arredondamento

∆a
“Blunting” CSCD
Estudo de Caso I
¾ Vaso de pressão em aço carbono, trabalho
prévio por Silva, sem MD aparente
360 mm

38 mm

31,75 mm

Defeito tipo falta de


ASTM A-285 Gr C fusão, 19 mm de
profundidade

12,7 mm

219 mm 8” sch 80, ASTM A-


106 Gr B
Estudo de Caso I
¾ Vaso de pressão em aço carbono, trabalho
prévio por Silva
Estudo de Caso II
¾ Coluna em aço inoxidável austenítico,
trincamento por CST
Área afetada
-
pela CST,
profundidade
desconhecida

6
Soldas
mm
2.576 m
circunferenciais

Solda 2.100 mm
longitudinal
Largura = 2000 mm
Estudo de Caso II
¾ Coluna em aço inoxidável austenítico
Resumo das
Características

CASO MATERIAL MECANISMOS POSIÇÃO DA TIPO


DE DANOS DESCONTINUIDADE
I Aço carbono Nenhum evidente Circular no bocal Defeito de
fabricação
tipo falta de
fusão

II Aço Corrosão-sob-tensão Região afetada no Trincas


inoxidável externa ao costado costado cilíndrico ramificadas
austenítico
Caso I - Dados

Seção da trinca

MEF – análise de tensões e cálculo de KI


Caso I - Estabilidade
C U R V A F A D - B S -7 9 1 0 E A P I R P 5 7 9

1,2

0,8 FA D
BS I
B S II
KR

0,6
B S III
A P I IV
0,4 API V

0,2

0
0 0 ,5 1 1,5
LR
Caso I - CSCD
¾ Cálculo de JTOTAL

KI 2 J = f(KI, E, α, ε0, Sy, b, a, W, h1, P, P0, n),


J el = em EPT onde
E KI = fator de intensidade de tensões
ba P E = módulo de elasticidade
J pl = α ε 0 S y h1 ( ) n + 1 α = constante adimensional
W P0 ε0 = deformação específica (Sy/E)
Sy = tensão de escoamento
J = J el + J pl b = ligamento
a = meio altura da trinca
W = espessura da peça
P = carga aplicada
P0 = carga de plastificação
n = expoente de encruamento
Caso I - CSCD
¾ Cálculo de JTOTAL

BS I BS II BS III API IV API V


2
KI
J elJel=(kPa.m) em EPT
64 43 43 47 28
E
Jpl (kPa.m) 2 2 2 2 2
ba P
αε 0S y
J Jpltotal=(kPa.m) ( ) n +1
h166 45 45 49 30
W P0
JIC (kPa.m)* 508 508 508 508 508
J = J el + J pl
Ocorrência “blunting” “blunting” “blunting” “blunting” ‘”blunting”
∆a (mm) 0,14 0,09 0,09 0,10 0,06

Jel/Jpl 34,7 23,2 23,3 25,5 15,4


Caso II - Dados

Corte transversal Corte longitudinal

W t = 6 mm

a W = qualquer
a t

Ro
Ri
Ri
Ro
t
a: [0,25 : 4,75 mm]
Caso II - Estabilidade
Resultados Curva FAD Nível 2A - BS 7910

1,2

1
Inaceitável
0,8
Corte para aços
inoxidáveis austeníticos FAD
0,6 Pressão Normal
Aceitável 4,25 mm Pressão Máxima
0,4
2,75 mm
0,2

0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 2,2 2,4
Caso II - CSCD
¾ Cálculo de JTOTAL (JIC= 1.138 kPa.m)

2
KI
J el =
E
a P n +1
J pl = αε 0 S y [(t − a ) ]h1 ( )
t P0
J = J el + J pl
Caso II - CSCD
¾ Cálculo de JTOTAL (JIC= 1.138 kPa.m)

a (mm) 0,252 0,50 0,75 1,0 1,25 1,50 1,75 2,0 2,25 2,50
KI
J elJ = 0,02
el 0,04 0,06 0,09 0,12 0,18 0,34 0,34 0,45 0,63

J pl
E
0,01 0,01 0,02 0,02 0,04 0,05 0,09 0,16 0,29 0,53
a0,11 P
J pl = αε 0 S y [(t − a ) ]h1 ( 0,16) n +10,23
Jtotal 0,03 0,05 0,08 0,43 0,50 0,74 1,16

J /J
el
1,68pl
2,95 3,40
t 3,57 P3,32
0 3,24 3,71 2,16 1,54 1,17

= J el2,75+ J 3,0
Ja (mm) pl
3,25 3,50 3,75 4,0 4,25 4,50 4,75

Jel 0,95 1,36 1,88 2,50 4,32 7,78 12,52 18,69 26,45

Jpl 1,1 1,9 5,3 13,0 37,3 106,2 364,6 1614,5 7506,7

Jtotal 2,02 3,26 7,13 15,5 41,6 114,0 377,1 1633,2 7533,2

Jel/Jpl 0,88 0,72 0,36 0,19 0,12 0,07 0,03 0,01 0,00
Caso II - CSCD
¾ Cálculo de JTOTAL (JIC= 1.138 kPa.m)

a (mm) 0,252 0,50 0,75 1,0 1,25 1,50 1,75 2,0 2,25 2,50
KI
J elJ = 0,02el 0,04
Jtotal X Tamanho 0,06
de Trinca 0,09 0,12 0,18 Crescimento
0,34 de0,34 0,45 o TH
Trinca Durante 0,63

J E
0,01pl
Coluna de Inox
0,01 0,02 0,02 0,04 0,05
Coluna Inox Pressão Normal
0,09 0,16 0,29 0,53
a0,11 P
8000 50
7000 CSCD
6000
J pl = αε 0 S y [(t − a ) ]h1 ( 0,16) n +10,23
Jtotal 0,03 0,05 0,08 40 0,43 0,50 0,74 1,16
J (kPa.m)

5000
Jtotal “blunting
t 3,57 P3,32

∆a (mm)
4000 30
3000 J /J el pl 0
JIC
2000 1,68 2,95 3,40 3,24 20 3,71 2,16 1,54 1,17
1000
0
J = J el + J pl
a (mm)
0 1
2,75
2
3,0
3
3,25
4 5
3,50 3,75 10
4,0
0
4,25 4,50 4,75

Jel 0,95 a (mm)


1,36 1,88 2,50 4,32 7,780 12,52
1 18,69 26,45
2 a (mm) 3 4 5

Jpl 1,1 1,9 5,3 13,0 37,3 106,2 364,6 1614,5 7506,7

Jtotal 2,02 3,26 7,13 15,5 41,6 114,0 377,1 1633,2 7533,2

Jel/Jpl 0,88 0,72 0,36 0,19 0,12 0,07 0,03 0,01 0,00
Variáveis
Determinantes (TH)
Fratura frágil CSCD
K mat ≤ Y σ TH π a J = f(KI, E, α, ε0, Sy, b, a, W, h1, P, P0, n),
onde
KI = fator de intensidade de tensões
E = módulo de elasticidade
α = constante adimensional
ε0 = deformação específica (Sy/E)
Sy = tensão de escoamento
b = ligamento
a = meio altura da trinca
W = espessura da peça
P = carga aplicada
P0 = carga de plastificação
n = expoente de encruamento
Caso de Não-Propagação
- Equipamento Sem Alterações -
Condição após o 1º TH Condição antes do TH periódico
Não é
Desconti- esperado
nuidade qualquer
remanes- tipo de
cente de crescimento
fabricação
Casos de
Propagação – Afinamento
Uniforme
Condição após o 1º TH Condição antes do TH periódico Possibilidade de
propagação
σ1 σ2 crítica,
crescimento
subcrítico ou
arredondamento
da ponta

t1 t1 > t 2 t2

σ1 < σ2

σ1 σ2
Casos de
Propagação – Crescimento de
Descontinuidade em Serviço
Condição após o 1º TH Condição antes do TH periódico
Possibilidade de
propagação
crítica,
crescimento
subcrítico ou
arredondament
o da ponta
Casos de
Propagação – Surgimento de
Descontinuidade
Condição após o 1º TH Condição antes do TH periódico
Possibilidade de propagação
crítica, crescimento subcrítico
ou arredondamento da ponta
Casos de
Propagação – Perda de
Propriedades Mecânicas
Condição após o 1º TH Condição antes do TH periódico

Envelhecimento do
material

Possibilidade de propagação
crítica, crescimento subcrítico
ou arredondamento da ponta
Casos de
Propagação – Alteração de
Geometria
Condição após o 1º TH Condição antes do TH periódico

Possibilidade de propagação
crítica, crescimento subcrítico
ou arredondamento da ponta
Início da Avaliação para
Aplicação de um TH
Periódico

Pode ocorrer:
Foi realizado Não - fratura frágil,
TH inicial? - arredondamento
- crescimento subcrítico

Sim

Descontinuidades
“estabilizadas”

Fluxograma Mecanismos de
danos
Não
Condição igual à

de Avaliação
presentes? do TH inicial!

Sim

Alteração das condições Não Temperatura


originais, pode haver fluido de TH
propagação! maior que a
do inicial?

Pode ocorrer:
- fratura frágil, Não Sim
Desconti-
- arredondamento nuidades
- crescimento conhecidas? TH seguro!
subcrítico
Sim

Cálculo da
estabilidade para
condição de TH
Reduzir pressão, elevar
temperatura, ou outras
alternativas
Não
TH tradicional é Sim Confirmada a
seguro! estabilidade?
TH alternativo é
seguro!
Sobre Propósitos,
Vantagens e Desvantagens
Condição Possíveis Resultados Vantagem Desvantagem

Ausência de Reprodução do teste Comprovação da Custo desnecessário,


mecanismos de original Integridade equipamento sem
danos deterioração
Presença de Propagação crítica Destruição do
mecanismos de equipamento,
danos conseqüências a pessoas

Presença de Propagação subcrítica Identificação de um


mecanismos de com vazamento dano em momento
danos oportuno

Presença de Propagação subcrítica Comprovação da Equipamento reduz


mecanismos de sem vazamento Integridade margem de segurança
danos sem que haja indicação,
antecipando sua falha
(pode se dar em serviço)
Conclusões
1) TH’s após fabricação (1,5/1,3 PMTA) são
fundamentais
2) TH’s periódicos em equipamentos que
sofreram de MD serão “novos” TH’s,
podendo ocorrer CSCD ou até
propagação crítica
Conclusões
3) Não é um bom resultado a propagação
crítica num TH
4) Quanto maior a pressão de TH, maior a
chance de uma propagação subcrítica
5) Equipamentos sem histórico não podem
prescindir de uma avaliação antes de um
TH
Conclusões
6) Um plano de inspeção baseado em MD’s
é uma prática de fundamental importância
para avaliar a integridade de
equipamentos (programas de IBR)
7) Provas de carga alternativas poderão ser
utilizadas em substituição ao TH
tradicional
Conclusões
8) Utilização do TH como “plano de
inspeção”: propagação de danos não tem
‘”compromisso” com prazos de tabela.

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