Você está na página 1de 36

12.

2 Vetores

Copyright © Cengage Learning. Todos os direitos reservados.


Vetores
O termo vetor é usado por cientistas para indicar
quantidades (tais como deslocamento ou velocidade ou
força) que têm ao mesmo tempo módulo, direção e
sentido.
Um vetor é frequentemente representado por uma seta
ou segmento de reta orientado. O comprimento da seta
representa o módulo do vetor e a seta aponta na direção
e sentido do vetor. Denotamos um vetor por uma letra
. (v) ou colocando uma seta sobre a letra
em negrito

Por exemplo, suponha que uma partícula se mova ao


longo de um segmento de reta do ponto A para o ponto B.
3
Vetores
O vetor deslocamento correspondente v, mostrado
na Figura 1, possui ponto inicial A (o início) e ponto
terminal B (o fim) e indicamos isso escrevendo .

Figura 1
Vetores equivalentes

4
Vetores
Observe que o vetor tem o mesmo tamanho, a
mesma direção e sentido que v, embora esteja em uma
posição diferente. Dizemos que u e v são equivalentes
(ou iguais) e escrevemos u = v. O vetor zero, denotado
por 0, tem comprimento 0. Ele é o único vetor sem
nenhuma direção específica.

5
Combinando Vetores

6
Combinando Vetores
Suponha que uma partícula se mova de A para B, assim,
seu deslocamento é . Em seguida, a partícula muda de
direção e move-se a partir de B para C, com vetor de
deslocamento como na Figura 2. O efeito combinado
desses deslocamentos é que a partícula se moveu de A
para C. O vetor deslocamento resultante é chamado de
soma de e e escrevemos

Figura 2 7
Combinando Vetores
Em geral, se começamos com os vetores u e v, primeiro
movemos v de forma que seu início coincida com o fim de
u e definimos a soma de u e v como segue.

A definição de adição de vetores


é ilustrada na Figura 3. Você pode
ver por que essa definição é
algumas vezes chamada
Lei do Triângulo.
Figura 3
Lei do Triângulo
8
Combinando Vetores
Na Figura 4 começamos com os mesmos vetores u e v
como na Figura 3 e desenhamos uma outra cópia de v
com o mesmo ponto inicial u. Completando o
paralelogramo, vemos que u + v = v + u. Isso também
fornece outra maneira de construir a soma: se
posicionarmos u e v de maneira que
eles comecem no mesmo ponto, então
u + v estará ao longo da diagonal do
paralelogramo com u e v como lados.
(Esta é a chamada Lei do
Paralelogramo.)
Figura 4

Lei do Paralelogramo

9
Exemplo 1
Desenhe a soma dos vetores a e b mostrados na Figura 5.

Figura 5

SOLUÇÃO: Primeiro transladamos b e posicionamos seu


ponto inicial no ponto final de a, tomando cuidado para
desenhar uma cópia de b que tenha o mesmo
comprimento e direção.

10
Exemplo 1 – Solução continuação

A seguir, desenhamos o vetor a + b


[veja a Figura 6(a)] começando no
ponto inicial de a e terminando
no ponto final da cópia de b.
Figura 6(a)

Alternativamente, podemos posicionar


b tal que ele comece onde a começa e
construir a + b pela Lei do
Paralelogramo, como na Figura 6(b).
Figura 6(b)

11
Combinando Vetores
É possível multiplicar um vetor por um número real c.
(Nesse contexto, chamaremos o número real c de escalar,
a fim de distingui-lo de um vetor.) Por exemplo, queremos
que 2v seja o mesmo vetor que v + v, o qual possui a
mesma direção e sentido de v mas tem o dobro do
comprimento. Em geral, multiplicamos um vetor por um
escalar da seguinte maneira.

12
Combinando Vetores
Essa definição é ilustrada na Figura 7.

Figura 7
Múltiplos por escalares de v

Vemos que os números reais funcionam como fatores de


escala aqui; é por isso que são denominados escalares.

13
Combinando Vetores
Em particular, o vetor
–v = (–1)v tem o mesmo comprimento de v, mas aponta

em sentido oposto. É denominado oposto de v.


Pela diferença u – v de dois vetores, queremos dizer

u – v = u + (–v)

14
Combinando Vetores
Logo, podemos construir u – v desenhando primeiro o
oposto de v, –v, e então adicionando a ele o vetor u
usando a Lei do Paralelogramo como na Figura 8(a).
Como alternativa, uma vez que v + (u – v) = u, o vetor u – v,
quando adicionado a v, fornece u. Assim, podemos
construir u – v tal como na Figura 8(b), por meio da lei do
triângulo.

Figura 8(a) Figura 8(b)


Desenhando u – v 15
Componentes

16
Componentes
Para alguns propósitos é melhor introduzir um sistema de
coordenadas e tratar os vetores algebricamente. Se
posicionarmos o ponto inicial de um vetor a na origem de
um sistema de coordenadas retangulares, então o ponto
final de a tem coordenadas da forma (a1, a2) ou (a1, a2, a3),
dependendo se nosso sistema de coordenadas for em
duas ou três dimensões (veja a Figura 11).

Figura 11 17
Componentes
Essas coordenadas são denominadas componentes de a
e escrevemos
a = a1, a2 ou a = a1, a2, a3

Usamos a notação a1, a2 para o par ordenado que se


refere a um vetor para não confundir com o par ordenado
no (a1, a2), que corresponde a um
ponto no plano.
Por exemplo, os vetores apresentados
na Figura 12 são todos equivalentes
ao vetor = (3, 2) cujo ponto terminal
é P(3, 2).
Representações do vetor a = 3, 2
Figura 12 18
Componentes
O que eles têm em comum é que o ponto terminal é
alcançado a partir do ponto inicial por um deslocamento de
três unidades para a direita e duas para cima. Podemos
pensar em todos esses vetores geométricos como
representações do vetor algébrico a = 3, 2. A
representação particular da origem ao ponto P(3, 2) é
chamado vetor posição do ponto P.

19
Componentes
Em três dimensões, o vetor a = = a1, a2, a3 é o vetor
posição do ponto P(a1, a2, a3). (Veja a Figura 13.)

Representações de a = a1, a2, a3


Figura 13

20
Componentes
Vamos considerar qualquer outra representação de a,
onde o ponto inicial é A(x1, y1, z1) e o ponto final é
B(x2, y2, z2). Então, temos que ter x1 + a1 = x2, y1 + a2 = y2
e z1 + a3 = z2 e, então, a1 = x2 – x1, a2 = y2 – y1 e
a3 = z2 – z1. Portanto, temos o seguinte resultado.

21
Exemplo 3
Encontre o vetor representado pelo segmento de reta
orientado com ponto inicial A(2, –3, 4) e ponto final
B(–2, 1, 1).

SOLUÇÃO: Por , o vetor correspondente a é

a = –2 – 2, 1 – (–3), 1 – 4 = –4, 4, –3

22
Componentes
A magnitude ou comprimento do vetor v é o
comprimento de qualquer uma de suas representações e é
denotado pelo símbolo | v| ou || v||. Usando a fórmula de
distância para calcular o comprimento de um segmento
OP, obtemos as seguintes fórmulas.

23
Componentes
Como somamos os vetores algebricamente? A Figura 14
mostra que, se a = a1, a2 e b = b1, b2, então a soma é
a + b = a1 + b1, a2 + b2, pelo menos para o caso em que
as componentes são positivas.
s
Em outras palavras, para
somarmos algebricamente
vetores, somamos seus
componentes. Analogamente, para
subtrairmos vetores, subtraímos
suas componentes.

Figura 14

24
Componentes
A partir dos triângulos semelhantes, na Figura 15, vemos
que as componentes de ca são ca1 e ca2. Assim, para
multiplicarmos um vetor por um escalar multiplicamos cada
componente por aquele escalar.

Figura 15

25
Componentes

26
Componentes
Denotaremos por V2 o conjunto de todos os vetores
bidimensionais e por V3 o conjunto de todos os vetores
tridimensionais. De forma mais geral, precisaremos,
adiante, considerar o conjunto Vn dos n vetores de
dimensão. Um vetor de dimensão n é uma n-upla
ordenada:

a = a1, a2, . . . , an

onde a1, a2, . . . , an são números reais chamados


componentes de a.

27
Componentes
Adição e multiplicação escalar são definidas em termos
das componentes, como para os casos n = 2 e n = 3.

28
Componentes
Três vetores em V3 têm papel especial. Considere

Esses vetores i, j e k são chamados vetores da base


canônica. Eles têm comprimento 1 e direção e sentido dos
eixos x, y e z. Da mesma forma, em duas dimensões,
definimos i = 1, 0 e j = 0, 1. (Veja a Figura 17.)

Figura 17
Vetores da base canônica em V2 e V3 29
Componentes
Se a = a1, a2, a3, então podemos escrever
a = a1, a2, a3 = a1, 0, 0 + 0, a2, 0 + 0, 0, a3
= a11, 0, 0 + a20, 1, 0 + a30, 0, 1
a = a1i + a2 j + a3k

Assim, qualquer vetor em V3 pode ser expresso em termos


de i, j e k. Por exemplo,
1, –2, 6 = i – 2j + 6k
Da mesma forma, em duas dimensões, podemos escrever
a = a1, a2 = a1i + a2 j
30
Componentes
Veja a Figura 18 para a interpretação geométrica das
Equações 3 e 2 e compare com a Figura 17.

Vetores da base canônica em V2 e V3


Figura 17

Figura 18 31
Componentes
Um versor ou vetor unitário é um vetor cujo módulo é 1.
Os vetores, i, j e k são exemplos de vetores unitários ou
versores. Em geral, se a  0, então o vetor unitário que tem
mesma direção e mesmo sentido de a, chamado versor de
a, é

Para verificar isso, seja c = 1/| a|. Então, u = ca e c é um


escalar positivo, de modo que u tem a mesma direção e o
mesmo sentido do vetor a. Além disso,

|u| = |ca | = |c| |a| = =1


32

Você também pode gostar