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1.

O princípio da função social da propriedade autoriza que o proprietário permaneça


com o lote subutilizado? O que se entende por isso?

A utilização do solo urbano fica sujeita às determinações das leis urbanísticas e do plano
urbanístico diretor. Em vista disso o $4º do artigo 182 da Constituição federal faculta ao
Poder Público Municipal, para áreas incluídas no plano diretor que se aplique as sanções
sucessivas aos proprietários que obtiverem o lote não edificado, subutilizado ou não
utilizado, ou seja, o princípio da função social da propriedade não autoriza que o
proprietário permaneça com o lote subutilizado. Entende-se por lote subutilizado aquele,
segundo o artigo 5º /$1º do estatuto da cidade, cujo aproveitamento seja inferior ao
mínimo definido no plano diretor ou em legislação dele decorrente. É importante destacar
que, o aproveitamento mínimo definido no plano diretor pode variar de 1 a 4 e para não
ser considerado subutilizado, deve-se ter o coeficiente mínimo.

2. Em termos de bens públicos, compare o parque do povo com o campus da FCT/Unesp

Considerando que bens públicos são todos os bens de domínio público conforme a sua
titularidade – federal, estadual, municipal ou distrital - e que segundo o artigo 99 do
código civil podem ser classificados de acordo com a sua destinação ou utilização. A partir
disso, pode-se caracterizar o parque do povo como bens públicos de uso comum, pois
pode ser utilizado livremente, sendo destinado a toda a população e; a FCT/Unesp pode
ser designada como bens públicos de uso especial, pois possui uma finalidade e uma
destinação especifica ao serviço de administração estadual. É importante salientar nestas
condições que bens públicos são inalienáveis, salvo de impostos e não passivos de
usucapião; em relação a alienação, somente bens públicos dominicais podem ser
alienáveis.

3. Por que a prefeitura precisa dar prazo para o proprietário do lote antes de iniciar a
progressividade do IPTU como sanção?

Visto que o proprietário do lote não cumpriu a função social da propriedade urbana na qual
consiste em habitação, condições adequadas de trabalho e recreação e circulação, este estará
sob pena de sanções sucessivas em que primeiramente, segundo o art. 5º/£2º do Estatuto da
Cidade, o proprietário será notificado pela prefeitura para o cumprimento da obrigação,
aplicando-se o parcelamento ou edificação compulsórios tendo, conforme o art. 5º/£4º do EC,
o prazo de 1 ano a partir da notificação para apresentação e identificação do projeto no órgão
municipal e 2 anos, a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do empreendimento
ou edificação. Contudo, caso o proprietário não cumpra a obrigação de parcelamento ou
edificação compulsórios após estes períodos, o poder publico municipal pode aplicar o IPTU
progressivo no tempo, no qual vale destacar que consta de um percentual elevado em relação
aos demais, sendo este percentual de 15%.

4. O art. 30/VIII da CF estabelece a competência do Município em relação ao “solo


urbano”. Como ele se define?

Segundo o art. 30/VIII da CF, compete aos Municípios o adequado ordenamento territorial,
mediante planejamento e controle do uso com o objetivo de disciplinar o uso, o parcelamento
e a ocupação do solo urbano. Em vista disso, considera-se solo urbano todo aquele com
destinação urbanística, com destinação a assentamentos urbanos localizados no perímetro
urbano no qual estão passíveis ao pagamento do imposto sobre a propriedade predial e
territorial urbana progressivo no tempo. Vale ressaltar que o solo se subdivide em zona
urbana, zona rural e zona de expansão urbana, sendo esta última considerada uma área
intermediária entre a zona urbana e a zona rural com a finalidade de futuras edificações
relacionas a expansão urbana.

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