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Email: alberto.vieira@madeira-edu.pt
1 . Cf. Jorge de Abreu ARRIMAR, Cinco Cronistas dos Açores. Subsídios para a historiografia
açoriana, Ponta Delgada, 1983.
2
. EdiHno em 1989 por Artur T. Matos.
3
. Ed. por Bernardo de Oliveira Rodrigues em 1960.
4
. Ed. 1989-1990 em dois volumes por Helder Lima.
5
. 1 ediHno em 1714.
Açores 6 . São volumes recheados de pequenos estudos e de uma exaustiva recolha
documental dos fundos micaelenses e do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, que
ainda hoje é um referencial de relevo na Historiografia açoriana.
ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA
7
. Veja-se esudos sobre este autor: Cat<logo de ExposiHno Documental e
bibliografica sobre o historiador Francisco Ferreira Drumond de sua morte, Angra do
heroismo, 1955, Joaquim Moniz de S< Corte Real e Amaral, O Historiador Francisco
Ferreira Drumond, a sua vida e a sua obra, Angra do Heroismo, 1959; J. G. Reis Leite,
As fontes de Francisco Ferreira Drummond nos Anais da Ilha Terceira, BIHIT, Vol.
XLIII, T. II, 1985 (separata).
8
. Mariano Constantino Homem, Pequena Biografia Hist\rica da vida do insigne
Padre Jer\nymo de Andrade, Angra do Heroísmo, 1848.
9
. Confronte-se Guia para a Hist\ria e investigaHno das ilhas Atl>nticas,
Funchal, 1995, pp. 29-44.
Alcoforado, que mercê do seu conteudo e forma de divulgação nos meios londrinos
desde o século XVII foi desvalorizada em favor do texto frutuosiano2.. Se a edição de
1671 era considerada para Alvaro Rodrigues de Azevedo como autocriação de D.
Francisco Manuel de Melo, o mesmo já não poderá ser dito para o manuscrito
descoberto em 1878 na Biblioteca Nacional de Madrid e outro recentemente (1960)
encontrado por Jean Fontvieille na Biblioteca do Palacio Ducal de Vila Viçosa4.
Relação de Francisco Alcoforado é a primeira página de História madeirense, escrita
por um português que viveu os acontecimentos ligados ao reconhecimento do
arquipélago, sendo uma preciosa fonte de informação para os autores seguintes5. Os
textos de Francisco Alcoforado (1427) e Jerónimo Dias Leite (1574) apresentam-se-
nos como as fontes básicas para o conhecimento da História da ilha nos séculos XV e
XVI e, por isso, merecem maior importância que o texto frutuosiano7. Este último,
quando cónego na Sé do Funchal fez uma recolha nos arquivos do Cabido e Mitra,
bem como no dos Camaras9.
No século XVIII o que nos merece a atenção é o trabalho desenvolvido por Henrique
Henriques de Noronha(1667-1730): Memorias Seculares e ecclesiásticas para a
composição da história da diocese do Funchal(1722)10 e Nobiliario Genealogivco de
Famílias Madeirenses11.
No século XIX lançaram-se as bases para uma História insulana, que tem em Alvaro
Rodrigues de Azevedo (1825-98) o marco fundamental, como se poderá constatar das
anotações às Saudades da Terra (1873) e o primeiro esboço de História do
arquipélago publicado no Dicionário Universal de Português Ilustrado, ou, ainda,
numa colectânea de documentos que deixou manuscrita12. A consistência da
formulação teórica aliada à riqueza documental fizeram das anotações o texto de base
para qualquer estudioso ou curioso da primeira metade do nosso século, sendo uma
das fontes base para a elaboração do Elucidário Madeirense.
Da mesma época temos ainda a salientar os estudos de Paulo Perestrelo da Camara
(1810-54), os apontamentos manuscritos de João Pedro de Freitas Drumond e as
anotações do cónego Joaquim Gonçalves de Andrade (1795-1868) à História
Insulana de António Cordeiro. Este último teria reunido documentação sobre a
História da ilha, mas infelizmente o seu espólio perdeu-se13.
A Revolução Vintista fez animar o movimento editorial madeirense, primeiro com o
aparecimento dos jornais e tipografias, depois atraindo o meio intelectual para o
estudo interesseiro do passado histórico; à descoberta, ocupação da ilha ia-se buscar
os argumentos de defesa ou ataque dos morgadios, ou um alicerce seguro para o ideal
autonómico14.
José Silvestre Ribeiro, mantendo-se fiel aos ideais perfilhados nas circulares àcerca
dos Anais do Município, fez publicar três textos com documentos referentes à sua
acção pública com o Asilo da Mendicidade, da construção da Ponte do Ribeiro Seco e
da crise de fome. Posteriormente Sérvulo Drumond de Menezes e António Jacito de
Freitas publicaram as principais peças elucidativas da sua actividade, em três volumes
(1849-52),
A figura mais importante desta geração foi, sem dúvida, Alvaro Rodrigues de
Azevedo(1825-98). Este poderá ser considerado o pioneiro da historiografia hodierna,
sendo o principal representante do positivismo histórico. O seu trabalho publicado em
anotação às Saudades da Terra em 1873 é modelar e surge como uma peça chave
para todos os que se debruçam sobre a história da ilha23. Segundo Damião Peres
“pela primeira vez foram versados com verdadeiro espírito científico muitos
problemas de história madeirense”24. Se nas anotações, devido o seu carácter avulso,
se torna difícil analisar a perspicácia do autor, o mesmo já não se poderá dizer no
artigo Madeira publicado no Dicionário Universal de Português de Fernandes Costa,
onde o documento é tratado com a devida minúcia e estruturado em termos de épocas
históricas definidas.
1.textos gerais
FRUTUOSO, Gaspar, Saudades da Terra, livros I, II, III, IV, VI, Ponta Delgada,
Instituto Cultural, 1977-87.
nº. páginas: 354/473/432/300/378/460/396
1.AÇORES
DIAS, Urbano de Mendonça, História dos Açores, Vila Franca do Campo, 1924
nº páginas:
MACEDO, António Lourenço da Silveira, História das Quatro Ilhas que formam o
Distrito da Horta, 3 vols., reimpressão fac.-similada da edição de 1871, Secretaria
Regional da Educação e Cultura, 1981.
nº páginas:571+649+294
SILVA, José Alves da, Topographia da ilha Terceira, ou descripção phisica, politica,
civil, eclesiastica e histórica da ilha Terceira dos Açores, 2º ed. Tip. Minerva, 1891
nº páginas: 542
TELES, Alberto, Chorographia geral dos Açores, Lisboa Imp. Nacional, 1891,
nº páginas: 192
2. CABO VERDE
ALMEIDA, João de, O porto grande de S. Vicente de Cabo Verde, Lisboa, ed.
Império lda, 1938,
nº páginas: 330
COSTA, Joaquim Vieira Botelho, A ilha de S. Vicente de Cabo Verde 1886 a 1891,
Lisboa, Imp. Nacional, 1896,
nº páginas: 51
FEIJÓ, João da Silva, “Ensaio económico sobre as ilhas de Cabo Verde - 1797”, in
Memorias da Academia Real das Sciências de Lisboa, Lisboa, Academia das
Siências, 1815,
pp. 172-193.
_____, “Memória sobre a Urzela de Cabo Verde” in Memórias da Academia Real das
Sciências de Lisboa, Lisboa, Academia das Sciências, 1815,
pp. 145-154.
---------“Memória sobre a Fábrica Real de Anil da ilha de Santo Antão, in ibidem, t.I,
1789,
pp.407-421
LIMA, José Joaquim Lopes de, Ensaios sobre a Statística das Possessões
Portuguesas (...), vol. I, Lisboa, Imprensa Nacional, 1844.
3. MADEIRA
CAMARA, Paulo P., Breve notícia sobre a ilha da Madeira(...), Lisboa, 1841,
nº páginas: 136
---O desembargador João Leitão, primeiro governador geral da Madeira, Porto, 19..,
nº páginas 7
4. S.TOMÉ E PRINCIPE
HENRIQUES, Júlio Augusto, A ilha de São Tomé sob o ponto de vista histórico,
natural e agrícola, Coimbra Imp. Universidade, 1917,
nº páginas 208
MATOS, Raimundo José da Cunha, Corografia histórica das ilhas de S. Tomé e
Príncipe, Ano Bom e Fernão do Pó, S. Tomé, Imp. Nacional, 1916,
nº páginas 128