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File 114690 INDIVÍDUO, EDUCAÇÃO, ESCOLAEPROFESSOR 20160104 095655 PDF
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CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
A concepção de sujeito – com todas as implicações que decorrem dela e das quais
somos herdeiros seguindo a tradição filosófica do Ocidente – tem sido, ainda hoje, no campo
das ciências humanas e sociais, alvo de controvérsias.
Quando se trata da educação, a concepção de sujeito parece se destacar quase que
naturalmente, pois não se pode pensar a educação sem aqueles que são seus agentes sociais,
os educadores, que assumem, neste caso, na perspectiva correntei , o lugar dos sujeitos do
processo educativo. No entanto, essa concepção trazendo, como seu correlato, a concepção
de objeto, leva-nos a inferir que, no caso da ação educativa, são os educandos, os alunos, os
objetos da ação dos sujeitos-educadores.
Estabelecendo-se, assim, os dois pólos da relação educativa – educadores e educandos -
trata-se, agora, de perguntar pela natureza do que é passado de uns para outros. Em um
âmbito mais abrangente, para além dos limites restritos da educação formal, observa-se que a
ação educativa acontece no contexto de um processo de socialização, que se inicia com o
nascimento do indivíduo.
Assim, o conteúdo da ação educativa, nesse âmbito, se constitui de orientações a serem
dadas às crianças, sob a forma de normas, regras, comportamentos, atitudes, etc., para que
estas se incorporem à vida social.
EDUCAÇÃO
No seu sentido mais amplo, educação significa o meio em que os hábitos, costumes e
valores de uma comunidade são transferidos de uma geração para a geração seguinte. A edu-
cação vai se formando através de situações presenciadas e experiências vividas por cada indi-
víduo ao longo da sua vida.
O conceito de educação engloba o nível de cortesia, delicadeza e civilidade demonstrada
por um indivíduo e a sua capacidade de socialização.
De acordo com o filósofo teórico da área da pedagogia René Hubert, a educação é um
conjunto de ações e influências exercidas voluntariamente por um ser humano em outro,
normalmente de um adulto em um jovem. Essas ações pretendem alcançar um determinado
propósito no indivíduo para que ele possa desempenhar alguma função nos contextos sociais,
econômicos, culturais e políticos de uma sociedade.
No sentido técnico, a educação é o processo contínuo de desenvolvimento das faculda-
des físicas, intelectuais e morais do ser humano, a fim de melhor se integrar na sociedade ou
no seu próprio grupo.
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AS FUNÇÕES DA EDUCAÇÃO
Veremos as funções da educação, com base na autora Sara Pain1
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PAÍN, Sara. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. Ed. Artmed, 2008.
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FUNÇÃO DA ESCOLA
TEXTO COMPLEMENTAR
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O PROFESSOR
Com as mudanças que estão ocorrendo na sociedade, como a banalização da
informação, a revolução digital, da nova política, da nova economia e dos desequilíbrios
familiares, torna-se necessário que o professor faça dos conteúdos habituais de suas
disciplinas instrumentos, que além de qualificarem para a vida, estimulem capacidade e
competências, com o intuito de estimular todas as inteligências de seus alunos.
O professor deve se reconstruir, criando no aluno um ser crítico, auxiliando na
formação de sua personalidade. Valorizando a luta pelo seu espaço na sociedade, derrubando
barreiras e vencendo obstáculos que a vida possa lhe proporcionar.
Se os docentes têm a intenção de estimular em seus alunos o amor pelo saber e o
respeito pela diversidade e criação, devem buscar o contraste crítico e reflexivo. Ainda, o
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educador deveria ter por objetivo preparar adultos livres de traumas psicológicos, pessoas que
não estivessem intencionadas de tirar dos outros a felicidade que delas próprias foi retirada.
O professor deve ter um compromisso essencial com o aprendizado do aluno para que
este obtenha sucesso em suas atividades. Dessa maneira, o docente precisa ter conhecimento
não apenas da matéria que administra, mas, sua formação deve estar pautada em um leque de
conhecimentos quer sejam eles, sociais, políticos, econômicos ou culturais.
Deixando, assim para trás a lembrança de professores que ensinam exclusivamente as
disciplinas da grade curricular, levando os educandos a adquirir algumas qualificações
essenciais para a vida, como saber pensar, falar, ouvir, ver, analisar, criticar e principalmente
ser capaz de tomar decisões.
Quanto ao processo de ensino-aprendizagem, o seu sentido dependerá do entusiasmo
do educador, da fantasia, de se educar com alegria sem pensar nos problemas em que estão
envolvidos sabendo separar a sala de aula do que se passa em sua vida particular.
O que torna necessário uma reflexão por parte dos educadores da importância da sua
atuação profissional e da necessidade de se tomar conhecimento de si mesmo. Dessa forma, é
essencial todo educador desenvolver a consciência de sua profissão e o sentido de
solidariedade e justiça que a mesma expressa. Deixando claro o lado humano e cidadão de
cada professor, suscetível de crítica e ávido de aprimoramento profissional, envolvido na
consciência de um construtor da sociedade.
Partindo deste principio pode-se considerar o docente como principal agente no
processo de ensino, tendo um papel ativo na formação de seus alunos, auxiliando e incitando a
reconstrução dos esquemas de pensamento, sentimento e comportamento de cada indivíduo.
Esta concepção inclui tanto despertar a ativa participação intelectual do próprio educando
como facilitar o contraste com as formulações alternativas das representações críticas da
cultura intelectual.
Os professores estão muitos presentes na vida de milhares de famílias, que lhes
conferem a enorme responsabilidade pela educação de seus filhos, sabendo que, não faltará a
sua atribuição e competência. A profissão professor é de suma importância, para a sociedade,
pois o profissional trabalha, para formar um estudante, pleno de uma cultura geral e de
diversidade, de um conhecimento científico, de raciocínio lógico, capacidade de comunicação
e trabalho em grupo, que seja reflexivo e capaz de aprender a aprender, de ser, fazer e
conhecer, além é claro de ser criativo, habilidoso e competente.
O PROFESSOR MEDIADOR
O mundo está mudando e isso está ocorrendo a uma velocidade sem precedentes na
evolução histórica da humanidade. A globalização, o surgimento de novas tecnologias, como o
avanço das telecomunicações e da informática, contribuem para que ocorra mudanças,
também, na Educação. A interação professor - aluno vem se tornando muito mais dinâmica
nos últimos anos.
O professor tem deixado de ser um mero transmissor de conhecimentos para ser mais
um orientador, um estimulador de todos os processos que levam os alunos a construírem seus
conceitos, valores, atitudes e habilidades que lhes permitam crescer como pessoas, como
cidadãos e futuros trabalhadores, desempenhando uma influência verdadeiramente
construtiva.
A Educação deve não apenas formar trabalhadores para as exigências do mercado de
trabalho, mas cidadãos críticos capazes de transformar um mercado de exploração em um
mercado que valorize uma mercadoria cada vez mais importante: o conhecimento. Dentro
deste contexto, é imprescindível proporcionar aos educandos uma compreensão racional do
mundo que o cerca, levando-os a um posicionamento de vida isento de preconceitos ou
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superstições e a uma postura mais adequada em relação a sua participação como indivíduo na
sociedade em que vive e do ambiente que ocupa.
O desafio de contribuir com a educação do jovem e do cidadão, num momento de
mudanças e incertezas e a necessidade de resgatar valores tão importantes condizentes com a
sociedade contemporânea leva o professor a entender que deverá exercer um novo papel, de
acordo com os princípios de ensino-aprendizagem adotados, como saber lidar com os erros,
estimular a aprendizagem, ajudar os alunos a se organizarem, educar através do ensino, entre
outros.
O aluno precisa adquirir habilidades como fazer consultas em livros, entender o que lê,
tomar notas, fazer síntese, redigir conclusões, interpretar gráficos e dados, realizar
experiências e discutir os resultados obtidos e, ainda, usar instrumentos de medida quando
necessário, bem como compreender as relações que existem entre os problemas atuais e o
desenvolvimento científico. Isso só será possível, a partir do momento que o professor assumir
o seu papel de mediador do processo ensino-aprendizagem, favorecendo a postura reflexiva e
investigativa. Desta maneira ele irá colaborar para a construção da autonomia de pensamento
e de ação, ampliando a possibilidade de participação social e desenvolvimento mental,
capacitando os alunos a exercerem o seu papel de cidadão do mundo.