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RECURSO DE APELAÇÃO
Requer-se que a presente Apelação seja recebida e que os autos sejam remetidos ao
Tribunal de Minas Gerais.
Nestes termos,
RAZÕES DE APELAÇÃO
1. DOS FATOS
A senhor Ted Kramer teve a perda da guarda do seu filho, após ação de Guarda Judicial
movida por sua mãe Joana Kramer. A apelada se divorciou do apelante há 8 anos atrás
com a justificativa de que não estar pronta para a criação do seu filho, Billy Kramer.
Na época seu marido insistiu para que ela não o deixasse, mas não teve êxito, tendo a
senhorita Ted Kramer resistido e reafirmado a sua intenção de não só deixar o
casamento como de ir embora sem a vontade de cuidar do seu filho.
Após esses fatos, a mãe mudou-se para a Califórnia e por lá construiu uma carreira no
ramo da moda, não mostrando nenhum interesse em ver seu filho. Apenas cartas
esporádicas fazia com que ela mantivesse o contato com o garoto.
O pai do garoto nesse tempo adquiriu um relacionamento muito próximo com o filho.
Os dois aprenderam a viver juntos e depender um do outro. O ambiente que havia entre
o lar depois daquela tempestade do divórcio enfim estava em harmonia. E não foi fácil
para o pai aprender a cuidar do garoto.
Mas não obstante a isso tudo, 8 anos depois a senhora Ted Kramer, sempre inconstante
emocionalmente, apareceu e decidiu que quer ficar com o filho.
O pai Ted perdeu o seu emprego por ter que abrir mão do seu tempo para cuidar do
garoto e agora a mãe sem um mínimo de bom senso e sem pensar no bem do filho
decidiu tirá-lo do pai.
Assim por isso ela por meio do seu advogado impetrou uma ação de Guarda para tirar o
filho do Ted e assim no dia 22 de Janeiro de 2020 o juiz deferiu o pedido, acatando o
desejo da mãe.
A sentença proferida pelo juiz baseou-se em fatos inverídicos e não bem explicados.
Argumentou o juiz que o acidente sofrido pelo garoto sob o cuidado do pai revelou que
o mesmo não estava pronto para cuidar do seu filho.
Esse argumento é falho por ser impreciso. Ele não abrange a totalidade dos fatos. O pai
do garoto o levou ao parque e esteve o tempo todo olhando o seu filho. Não houve
desatenção.
Senhores desembargadores, esse argumento é ilógico. Imagine se todas às vezes que
uma criança se machuca brincando a mãe fosse pedir ação de reivindicação de guarda,
poucos os pais veriam seus filhos.
Outro argumento usado pelo juiz na ação de reivindicação de guarda interposta pela
mãe por intermédio do seu procurador foi baseado na situação financeira da mãe em
comparação em comparação com a do pai do menino. Argumento que a senhorita Joana
Kramer por estar em uma situação estável financeiramente pode garantir uma vida
melhor ao seu filho.
Pode se verificar que esse argumento é puramente subjetivo e até preconceituoso, o que
contraria o caput do Art 5 da Constituição que diz:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
Além de ser preconceituoso é uma falácia. O fato de a mãe estar uma situação
financeira estável não pode ser o único critério para se avaliar que ela tem melhores
condições para cuidar da criança.
3. REQUERIMENTO DA REFORMA
Nestes termos,