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Qualidade das Águas Superficiais de Campo Grande

Relatório 2010
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE

Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano – SEMADUR

Prefeito Municipal
Nelson Trad Filho
Secretário Municipal
Eng. Marcos Antonio Moura Cristaldo
Secretário Adjunto
Eng. João Alberto Borges dos Santos
Diretora do Departamento de Licenciamento e Monitoramento Ambiental
Eng. Denise Gálico Marroni Name
Chefe da Divisão de Fiscalização e Monitoramento Ambiental
Eng. Zuleide Tomiko Katayama
Chefe da Divisão de Fiscalização e Licenciamento Ambiental
Eng. Ivan Pedro Martins
Chefe da Divisão de Fisc. e Políticas Sustentáveis e Educação Ambiental
Eng. Juliana Casadei
FICHA TÉCNICA

Elaboração técnica:
Engenheira Ambiental Adrienne G. L. da Costa
Engenheira Ambiental Carolina Ishy Candia
Engenheira Ambiental Lisandra Tamiozzo de Oliveira
Engenheiro Sanitarista e Ambiental Guilherme de Oliveira Gardini
Engenheira Sanitarista e Ambiental Renata Mendes de Freitas
Engenheira Sanitarista e Ambiental Talita Terra Macedo
Estagiário de Engª Sanitária e Ambiental Bruno Pereira Carvalho Barbosa

Coleta de Amostras e Análise


Bióloga Leila Marques Imolene - Laboratório de efluentes da estação de tratamento de esgoto
Los Angeles.
Laboratório Acadêmico da Universidade Católica Dom Bosco

Contribuições:
Divisão de Fiscalização e Licenciamento Ambiental – DFLA/SEMADUR
Grupo de Informática e Geoprocessamento – GIG/SEMADUR
Divisão de Fiscalização, Cartografia e Parcelamento do Solo – DFCA/SEMADUR
Empresa Águas Guariroba S/A
Universidade Católica Dom Bosco

Colaboração técnica:
Aryane Oliveira Custódio
Celina Aparecida Dias
Celso Ramão Bernardes dos Santos
Dirce Martins de Oliveira
Fabio Martins Ayres
APRESENTAÇÃO
A Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, considerada um marco no direito ambiental
no Brasil, teve suas principais disposições sobre os objetivos e princípios da Política Nacional do
Meio Ambiente incorporadas na Constituição Federal de 1988.
Em 1997, a Lei Federal n° 9.433 instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e
criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
O Estado de Mato Grosso do Sul seguiu os mesmos pressupostos e instituiu a Política
Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos
através da Lei 2.406 de 29 de janeiro de 2002.
Dentre alguns objetivos da Política de Recursos Hídricos estão:
 Assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água,
em padrões de qualidade adequados;
 A preservação e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural
e os decorrentes do uso inadequado, não só das águas, mas também dos demais recursos
naturais.
Em nível local, cabe salientar que o Regimento Interno da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Urbano – SEMADUR estabelece em seu Art. 3º, inciso VI, que é de
sua competência normatizar, monitorar e avaliar a qualidade ambiental do município de Campo
Grande.
Dentro deste contexto de responsabilidades do poder público na gestão ambiental, a
SEMADUR tem um papel relevante e transparente nas suas ações, demonstrando seu
comprometimento com a implantação, em março de 2009, de um programa de monitoramento da
qualidade das águas superficiais do município, denominado Córrego Limpo, Cidade Viva.
Com os resultados destes dois anos do Programa surge esta Publicação Anual de
Qualidade das Águas do município.
A partir desta publicação é possível que a sociedade conheça o diagnóstico da
qualidade de seus recursos hídricos e as iniciativas do órgão municipal de meio ambiente em
prol da população campo-grandense.
LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - VARIÁVEIS DE QUALIDADE DA ÁGUA ................................................................... 2


TABELA 2 - FAIXAS DE VALORES DO IQA ................................................................................. 4
TABELA 3 - IQACETESB DOS PONTOS DA MICROBACIA DO ANHANDUÍ EM 2010 .................. 10
TABELA 4 - RESULTADOS DOS PARÂMETROS ANALISADOS NA MICROBACIA DO
ANHANDUÍ .................................................................................................................................. 12
TABELA 5 - IQACETESB DOS PONTOS DA MICROBACIA DO BÁLSAMO EM 2010 ................... 14
TABELA 6 - RESULTADOS DOS PARÂMETROS ANALISADOS NA MICROBACIA DO
BÁLSAMO ................................................................................................................................... 15
TABELA 7 - IQACETESB DOS PONTOS DA MICROBACIA DO BANDEIRA EM 2010 .................. 17
TABELA 8 - RESULTADOS DOS PARÂMETROS ANALISADOS NA MICROBACIA DO
BANDEIRA .................................................................................................................................. 19
TABELA 9 - IQACETESB DOS PONTOS DA MICROBACIA DO IMBIRUÇU EM 2010. .................. 22
TABELA 10 - RESULTADOS DOS PARÂMETROS ANALISADOS NA MICROBACIA DO
IMBIRUÇU ................................................................................................................................... 23
TABELA 11 - IQACETESB DOS PONTOS DA MICROBACIA DO LAGEADO EM 2010 ................. 25
TABELA 12 - RESULTADOS DOS PARÂMETROS ANALISADOS NA MICROBACIA DO
LAGEADO ................................................................................................................................... 27
TABELA 13 - IQACETESB DOS PONTOS DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO LAGOA EM
2010 ............................................................................................................................................. 29
TABELA 14 - RESULTADOS DOS PARÂMETROS ANALISADOS NA MICROBACIA DO LAGOA
..................................................................................................................................................... 30
TABELA 15 - IQACETESB DOS PONTOS DA MICROBACIA DO PROSA EM 2010 ...................... 32
TABELA 16 - RESULTADOS DOS PARÂMETROS ANALISADOS NA MICROBACIA DO PROSA
..................................................................................................................................................... 34
TABELA 17 - IQACETESB DOS PONTOS DA MICROBACIA DO SEGREDO EM 2010................. 37
TABELA 18 - RESULTADOS DOS PARÂMETROS ANALISADOS NA MICROBACIA DO
SEGREDO ................................................................................................................................... 38
TABELA 19 – QUANTIDADE E PORCENTAGEM DOS RESULTADOS DO IQACETESB POR
MICROBACIA EM 2009. .............................................................................................................. 40
TABELA 20 - QUANTIDADE E PORCENTAGEM DOS RESULTADOS DO IQACETESB POR
MICROBACIA EM 2010 ............................................................................................................... 40
LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 - PORCENTAGEM DOS VALORES DOS PARÂMETROS DA MICROBACIA DO


ANHANDUÍ EM DESACORDO COM A CONAMA 357/ 2005...................................................... 11

GRÁFICO 2 - PORCENTAGEM DOS VALORES DOS PARÂMETROS DA MICROBACIA DO


BÁLSAMO EM DESACORDO COM A CONAMA 357/ 2005 ....................................................... 14

GRÁFICO 3 - PORCENTAGEM DOS VALORES DOS PARÂMETROS EM DESACORDO COM


A CONAMA 357/ 2005 DA MICROBACIA DO BANDEIRA .......................................................... 18

GRÁFICO 4 - PORCENTAGEM DOS VALORES DOS PARÂMETROS EM DESACORDO COM


A CONAMA 357/ 2005 DA MICROBACIA DO IMBIRUÇU (TRECHO CLASSE 2) ...................... 22

GRÁFICO 5 - PORCENTAGEM DOS VALORES DOS PARÂMETROS EM DESACORDO COM


A CONAMA 357/ 2005 DA MICROBACIA DO IMBIRUÇU (TRECHO CLASSE 3). ..................... 22

GRÁFICO 6 - PORCENTAGEM DOS VALORES DOS PARÂMETROS EM DESACORDO COM


A CONAMA 357/ 2005 DA MICROBACIA DO LAGEADO ........................................................... 26

GRÁFICO 7 - PORCENTAGEM DOS VALORES DOS PARÂMETROS EM DESACORDO COM


A CONAMA 357/ 2005 DA MICROBACIA DO LAGOA................................................................ 29

GRÁFICO 8 - PORCENTAGEM DOS VALORES DOS PARÂMETROS EM DESACORDO COM


A CONAMA 357/ 2005 DA MICROBACIA DO PROSA ............................................................... 33

GRÁFICO 9 - PORCENTAGEM DOS VALORES DOS PARÂMETROS EM DESACORDO COM


A CONAMA 357/2005 DA MICROBACIA DO SEGREDO ........................................................... 37

GRÁFICO 10 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS VALORES DE IQACETESB PARA O ANO DE


2010 ............................................................................................................................................. 41

GRÁFICO 11 - TENDÊNCIA DOS VALORES DE IQAMÉDIO ENTRE OS ANOS DE 2009 E 2010


..................................................................................................................................................... 41
LISTA DE MAPAS

MAPA 1 - REDE DE HIDROGRÁFICA DO MUNICIPIO DE CAMPO GRANDE .......................... 06


MAPA 2 - REDE DE MONITORAMENTO DE QUALIDADE DA ÁGUA DE CAMPO GRANDE ... 08
MAPA 3 - COMPARATIVO IQAMÉDIO ANOS 2009-2010 DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO
ANHANDUÍ .................................................................................................................................. 13
MAPA 4 - COMPARATIVO IQAMÉDIO ANOS 2009-2010 DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO
BÁLSAMO ................................................................................................................................... 16
MAPA 5 - COMPARATIVO IQAMÉDIO ANOS 2009-2010 DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO
BANDEIRA .................................................................................................................................. 20
MAPA 6 - COMPARATIVO IQAMÉDIO ANOS 2009-2010 DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO
IMBIRUÇU ................................................................................................................................... 24
MAPA 7 - COMPARATIVO IQAMÉDIO ANOS 2009-2010 DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO
LAGEADO ................................................................................................................................... 28
MAPA 8 - COMPARATIVO IQAMÉDIO ANOS 2009-2010 DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO
LAGOA ........................................................................................................................................ 31
MAPA 9 - COMPARATIVO IQAMÉDIO ANOS 2009-2010 DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO
PROSA ........................................................................................................................................ 35
MAPA 10 - COMPARATIVO IQAMÉDIO ANOS 2009-2010 DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO
SEGREDO ................................................................................................................................... 39
Sumário

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1
2. METODOLOGIA ................................................................................................................ 2
3. REDE HIDROGRÁFICA DO MUNICÍPIO .......................................................................... 5
4. REDE DE MONITORAMENTO .......................................................................................... 7
5. RESULTADOS................................................................................................................... 9
5.1.Qualidade das Águas Superficiais no Período de Janeiro a Dezembro de 2010 por
microbacia e comparativo com o ano de 2009 ................................................................... 9
5.1.1.Microbacia do Anhanduí ........................................................................................... 9
5.1.2.Microbacia do Bálsamo ........................................................................................... 14
5.1.3.Microbacia do Bandeira .......................................................................................... 17
5.1.4.Microbacia do Imbiruçu ........................................................................................... 21
5.1.5.Microbacia do Lageado ........................................................................................... 25
5.1.6.Microbacia do Lagoa ............................................................................................... 29
5.1.7.Microbacia do Prosa ............................................................................................... 32
5.1.8.Microbacia do Segredo ........................................................................................... 36
5.2.Resultado geral do comparativo da Qualidade das Águas Superficiais entre os anos
de 2009 e 2010 ................................................................................................................ 40
6. CONCLUSÕES ................................................................................................................ 43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 44
ANEXO 01: MÉTODOS ANALÍTICOS DOS PARÂMETROS ANALISADOS NO
LABORATÓRIO DE EFLUENTES DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO LOS
ANGELES ............................................................................................................................ 45
ANEXO 02: RESULTADOS DA CONEXÃO NA REDE PÚBLICA DE COLETA DE ESGOTO
......................................................................................................................................... 47
ANEXO 03: RESULTADOS DA IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE LANÇAMENTO DE
ESGOTO NO CÓRREGO SEGREDO ................................................................................. 49
ANEXO 04 – TABELA DE LOCALIZAÇÃO E DETALHES DOS PONTOS DE
MONITORAMENTO ............................................................................................................. 51
1. INTRODUÇÃO

Desde o lançamento do programa Córrego Limpo, em 2009, buscou-se a definição de


um programa de amostragem, em que as amostras de água coletadas nos pontos de
monitoramento possibilitassem prioritariamente um diagnóstico dos mananciais utilizados para
abastecimento público bem como:
 Avaliação da evolução da qualidade das águas superficiais do município;
 Identificação de áreas prioritárias para o controle de poluição das águas;
Assim, concomitantemente com a identificação e avaliação dos processos naturais e
antrópicos que ocorrem na bacia hidrográfica, bem como as características de suas águas,
traduzidas através de nove parâmetros físicos, químicos e biológicos, foi possível a aplicação de
um índice para agregar essas informações e facilitar sua interpretação.
Este tipo de índice pode ser elaborado por meio da opinião de especialistas, ou
utilizando-se índices biológicos e até mesmo através de métodos estatísticos.
No caso do Programa Córrego Limpo está sendo utilizado o indicador numérico
IQACETESB - Índice de Qualidade das Águas adaptado pela Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo.
Ainda, para avaliação do enquadramento do corpo hídrico às classes de qualidade é
utilizada a Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA 357/2005.
Esta avaliação foi subsidiada por meio de análises temporais e espaciais. A análise
temporal consistiu na comparação dos dados de 2010, com o ano de 2009 permitindo a
descrição de tendências da qualidade.
A análise espacial consistiu na elaboração de mapas contemplando a visualização da
qualidade nos pontos monitorados dos cursos d’água, para os períodos especificados.
Tais análises permitiram a correlação da qualidade da água com os pontos
identificados de lançamento de efluentes líquidos de estações de tratamento de esgoto
doméstico e industrial.
Destaca-se que em dois anos do Programa a operação da rede de monitoramento está
consolidada, e seus resultados estão sendo determinantes para orientar a atuação do poder
público na gestão dos recursos hídricos, uma vez que para um eficiente planejamento ambiental
é necessário um conjunto mínimo de dados, inclusive de séries temporais.
Assim, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano visa com
a execução contínua de o Programa fornecer um diagnóstico inicial e confiável dos corpos
d’água do município, a fim de tornar possível a elaboração posterior de um planejamento,
gerenciamento e monitoramento destes recursos ambientais.

1
2. METODOLOGIA

Neste capítulo, são apresentados alguns conceitos relevantes sobre o tema qualidade
da água e seu monitoramento, e as metodologias utilizadas pelo Programa.
Qualidade da Água

Considerando que há variadas formas de introdução de poluentes nos recursos


hídricos, torna-se impraticável a análise de todas as substâncias poluidoras. Assim, a SEMADUR
atualmente realiza a avaliação de 09 parâmetros dentre físicos, químicos e microbiológicos.
Na tabela seguinte, são apresentadas as variáveis mais representativas para cada
grupo de parâmetros:
Grupo Variáveis
Físicos Cor, Série de Sólidos (Dissolvido, Total e Volátil), Temperatura da Água e do Ar,
Transparência e Turbidez.
Químicos Alumínio Dissolvido, Bário, Cádmio, Carbono Orgânico Dissolvido, Carbono Orgânico
Total, Chumbo, Cloreto, Cobre Dissolvido, Condutividade Específica, Cromo,
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20), Demanda Química de Oxigênio (DQO),
Fenóis Totais, Ferro Dissolvido, Fluoreto, Fósforo Total, Manganês, Mercúrio, Níquel,
Óleos e Graxas, Ortofosfato Solúvel, Oxigênio Dissolvido, pH, Potássio, Potencial de
Formação de Trihalometanos, Série Nitrogênio (Kjeldahl, Amoniacal, Nitrato e Nitrito),
Sódio, Sulfato, Surfactantes e Zinco.
Microbiológicos Coliformes Termotolerantes e E. coli.

Tabela 1 - Variáveis de qualidade da água


Fonte: CETESB, 2009.

Considerando assim o objetivo de avaliação da qualidade da água para fins de


abastecimento, estão sendo atualmente analisados os parâmetros constituintes do IQA CETESB,
quais sejam: temperatura, potencial hidrogeniônico (pH), oxigênio dissolvido (OD), demanda
bioquímica de oxigênio (DBO5,20), coliformes termotolerantes, nitrogênio total, fosfato total,
turbidez, sólidos totais .
Considerando que o Programa está embasado na necessidade de um diagnóstico
preciso dos recursos hídricos, a rede de amostragem vem sendo ampliada e futuramente
pretende-se aumentar a diversidade dos parâmetros de qualidade de água, permitindo a
aplicação também de outros índices.
Como legislação norteadora deste trabalho foi utilizada a Resolução Conama 357 de
17 de março de 2005, a qual disciplina os tipos de usos e as condições de qualidade da água
para cada classe, segundo a qualidade requerida para seus usos.
De acordo com esta Resolução, para cada uso da água há um limite máximo
permissível das variáveis para cada classe do recurso hídrico, denominado de padrão de
qualidade, o qual por meio deste Programa poderá ser avaliado.
Para averiguação do atendimento ao padrão de lançamento de efluentes dos
empreendimentos monitorados foi utilizado o artigo 34 da citada resolução, possibilitando a
análise técnica, a fiscalização e a geração de relatórios internos da SEMADUR.
2
Monitoramento da Qualidade da Água

Um sistema de monitoramento consiste de amostragem e determinação: dos pontos de


coleta, variáveis e freqüência, análise laboratorial, análise dos dados e preparação de relatórios
(WARD, 1999, apud SOARES, 2001, p. 11).
Em uma classificação dada por CHAPMAN (1992), podem-se destacar diversos tipos
de monitoramento: monitoramento para verificação de tendências através da análise de
tendências, monitoramento biológico, monitoramento ecológico e monitoramento para
fiscalização.
Assim, com os dados obtidos pelo Programa Córrego Limpo, buscou-se avaliar a
tendência e a adequabilidade do uso da água para fins de abastecimento público através da
análise de tendências e realizar a fiscalização do cumprimento aos padrões estabelecidos pela
legislação ambiental, principalmente no que tange ao desenvolvimento de atividades
potencialmente poluidoras.
Para esta avaliação, portanto, foram utilizados os dados constantes de boletins
laboratoriais encaminhados pela concessionária dos serviços de abastecimento de água, coleta
e tratamento de esgoto do município – Águas Guariroba S/A de acordo com um convênio
firmado com a SEMADUR e pelos empreendimentos licenciados ambientalmente e que lançam
seus efluentes tratados nos corpos hídricos.
A avaliação do lançamento dos efluentes destes empreendimentos, bem como das
condições de montante e jusante destes, possibilitou a geração de relatórios técnicos,
documentos internos da SEMADUR, que vêm subsidiando tanto os pedidos de renovação de
licença ambiental, como a análise do atendimento às condicionantes das licenças pertinentes ao
funcionamento destas atividades.
Os boletins de análises são entregues trimestralmente respeitando-se a sazonalidade
do ano (época seca e chuvosa). E em todos os pontos são analisados, no mínimo, os nove
parâmetros necessários ao cálculo do Índice de Qualidade das Águas. As coletas, preservação
de amostras e análises foram realizadas pela empresa concessionária de coleta e tratamento de
esgoto, sendo seguidos os procedimentos e métodos analíticos do APHA, AWWA, WPCF
(2005). No anexo 01 são apresentados os métodos analíticos dos parâmetros analisados no
Laboratório de efluentes da estação de tratamento de esgoto Los Angeles.
No caso dos empreendimentos monitorados há ainda a análise dos parâmetros
específicos de cada atividade e exigidos em suas licenças ambientais.
Urge ressaltar ainda que, concomitantemente a estas avaliações, cumprindo o papel
de órgão fiscalizador do município, a SEMADUR intensificou a fiscalização em campo nos
córregos urbanos, visando à identificação dos pontos de lançamento clandestino de efluentes
líquidos e suas origens e conseguintemente a eliminação dos mesmos.
Priorizou-se esta fiscalização ostensiva e inicial na microbacia do Segredo, sendo os
resultados demonstrados no anexo 02. Juntamente com esta fiscalização, a SEMADUR vem
realizando um trabalho de conscientização da população e de exigência de conexão das
edificações à rede pública coletora de esgotos disponível, conforme dispõe a Lei Federal de
Saneamento Nº 11445/2007 e Lei Municipal 2909/1992. Os resultados já obtidos têm relação
com os níveis de qualidade dos córregos municipais, posto que quando não interligadas à rede
de esgoto, alguns imóveis lançam seus esgotos direta e/ou indiretamente nos corpos d’água.
3
No anexo 03 estão espacializados os pontos de lançamento clandestinos de esgotos
sem tratamento no córrego Segredo, os quais estão sendo fiscalizados para o diagnóstico de
suas origens e coibição dos mesmos.
Índice de qualidade da água
O Índice de Qualidade das Águas (IQA), elaborado pela National Sanitation Foundation
(NSF-USA) e adaptado pela CETESB é o indicador utilizado pelo programa. Este índice vem
sendo muito utilizado no Brasil desde 1975 com o objetivo de avaliar o curso d’água para fins de
produção de água potável, ou seja, para abastecimento público (CETESB, 2009).
O valor final do IQA é determinado pelo produtório ponderado da qualidade da água
correspondente dos parâmetros mencionados, utilizando a fórmula:

onde:
IQA – Índice de Qualidade das Águas, um número entre 0 e 100.
qi – qualidade do i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 100, obtido da respectiva “curva
média de variação de qualidade”, em função de sua concentração ou medida.
wi – peso correspondente do i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 1, atribuído em função da
sua importância para a conformação global da qualidade, portanto:

n – número de parâmetros que entram no cálculo do IQA.


Após o cálculo efetuado, pode-se determinar a qualidade das águas brutas, indicada
pelo valor do IQA graduado em uma escala de 0 a 100 (Tabela 2):

Qualidade Faixas de Valores


Péssima 0 ≤ IQA < 20
Ruim 20 ≤ IQA < 37
Regular 37 ≤ IQA < 52
Boa 52 ≤ IQA < 80
Ótima 80 ≤ IQA ≤ 100
Tabela 2 - Faixas de valores do IQA
Fonte: CETESB, 2009.

Esse método foi aplicado em oito das onze microbacias do município e os valores do
IQA foram utilizados em análises temporais e espaciais.
A análise espacial foi resultante da geração de mapas temáticos, em escalas descritas
nos mesmos, com os valores dos índices calculados nos anos de 2009 e 2010 para os pontos de
monitoramento avaliados, utilizando-se o software ArcGis® (ArcMapTMversion 9.3).

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3. REDE HIDROGRÁFICA DO MUNICÍPIO

O Município de Campo Grande - MS encontra-se localizado predominantemente na


Bacia Hidrográfica do Rio Paraná, com exceção de uma porção Noroeste de seu território que se
situa na Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai (PLANURB, 2006).
A rede hidrográfica da área urbana de Campo Grande conforme Mapa 01 é constituída
por onze microbacias: Anhanduí, Coqueiro, Bandeira, Bálsamo, Gameleira, Imbiruçu, Lagoa,
Lageado, Prosa, Ribeirão Botas e Segredo (Consórcio RES, 2008).
As áreas urbanas das microbacias, utilizando-se o software ArcGis® (ArcMapTMversion
9.3) são: Anhanduí 38,3km², Coqueiro 33,2km², Bandeira 15,2km², Bálsamo 13,3km²,Gameleira
15,5km², Imbiruçu 66,7km²,Lagoa 36,3km², Lageado 51,3km², Prosa 32,0km², Ribeirão Botas
5,5km² e Segredo 45,4km².
Os corpos d’água oficialmente conhecidos do município são de acordo com a carta de
drenagem: córrego Seriema, córrego Bálsamo, córrego Bandeira, córrego Bernardo, córrego
Botas, córrego Buriti, córrego Cabaça, córrego Cascudo, córrego Serradinho, córrego Coqueiro,
córrego Desbarrancado, córrego Estribo, córrego Formiga, córrego Gameleira, córrego Imbiruçu,
córrego Joaquim Português, córrego Lageadinho, córrego Lageado, córrego Lagoa, córrego
Maracaju, córrego Pedregulho, córrego Pindaré, córrego Poção, córrego Pontal, córrego Portinho
Pache, córrego Prosa, córrego Reveilleau, córrego São Julião, córrego Segredo, córrego
Seminário, córrego Sóter, córrego Vendas, córrego Zardo e Rio Anhanduí (PLANURB, 1998).
Para fins de simplificação neste relatório, para a discussão dos dados das microbacias,
serão referenciados apenas os córregos principais e mais conhecidos popularmente, que
recebem os demais como afluentes, quais sejam: córrego Segredo, córrego Cascudo, córrego
Imbiruçu, córrego Bálsamo, córrego Cabaça, córrego Bandeira, córrego Lageado, córrego
Lagoa, córrego Buriti, córrego Sóter, córrego Vendas, córrego Prosa, córrego e Rio Anhanduí,
córrego Formiga.
É importante ressaltar que de acordo com a Deliberação do Conselho Estadual de
Controle Ambiental CECA/MS N°003, de 20 de junho de 1997, que dispõe sobre o
enquadramento e classificação das águas das bacias hidrográficas do Estado do Mato Grosso
do Sul, todos os córregos inseridos no município pertencem à Classe 2, exceto o córrego
Imbiruçu e seus afluentes que é classificado como Classe 3, desde a sua confluência com o
córrego Serradinho até a sua foz no rio Anhanduí.
Futuramente pretende-se realizar um estudo mais aprofundado e detalhado de
caracterização das microbacias hidrográficas com a geração de informações importantes como
atual uso e ocupação do solo, estado de preservação da vegetação ripária ou ribeirinha,
identificação de pontos de lançamento clandestino de esgoto em todas as microbacias, a serem
inseridas e discutidas nos próximos relatórios.

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4. REDE DE MONITORAMENTO

Considerando os tipos de monitoramento descritos anteriormente, avaliação de


tendências de qualidade e fiscalização do cumprimento de padrões legais, foram definidas duas
redes, cujos dados obtidos são inter-relacionados: rede de monitoramento para cálculo do IQA e
rede de monitoramento para fiscalização de atividades potencialmente poluidoras.
Pontos de Monitoramento
Os pontos de amostragem foram estabelecidos por meio da identificação dos locais de
nascentes, confluências entre córregos e áreas suspeitas e/ou definidas de contaminação por
lançamentos clandestinos e/ou autorizados de efluentes.
Após vistoria, os mesmos foram caracterizados e georreferenciados pelo equipamento
de Posicionamento Global por Satélite (GPS), GARMIN, modelo eTrex Vista® HCx.
De posse dos dados de localização geográfica, as coordenadas dos pontos foram
espacializadas, por meio do software ArcMapTM possibilitando uma melhor visualização dos
mesmos. A distribuição geral dos pontos da Rede de monitoramento para cálculo do IQA está
demonstrada no Mapa 2 e já a distribuição dos pontos por microbacia está demonstrada nos
seguintes Mapas: Mapa 3 Anhanduí; Mapa 4 Bálsamo; Mapa 5 Bandeira; Mapa 6 Imbiruçu;
Mapa 7 Lageado; Mapa 8 Lagoa; Mapa 9 Prosa e Mapa 10 Segredo. Mais detalhes dos pontos
por microbacia podem ser visualizados no anexo 4.

Com a utilização de um banco de dados foi possível realizar o gerenciamento das


informações dos pontos de amostragem e das variáveis de qualidade.
No ano de 2009 a rede de monitoramento para o cálculo do IQA era constituída de
cinqüenta e seis pontos de amostragem monitorados pela SEMADUR, e de doze pontos
monitorados por seis empreendimentos, cujos dados foram disponibilizados no Relatório Anual
de 2009. Em 2010 a Rede para o cálculo de IQA foi ampliada para sessenta e sete pontos
monitorados pela SEMADUR, sendo que os dados discutidos neste Relatório tratarão tão
somente destes.
Os outros pontos nos corpos hídricos, referentes à avaliação do lançamento de
efluentes dos empreendimentos potencialmente poluidores, licenciados e fiscalizados pela
SEMADUR fazem parte da rede de monitoramento para fiscalização do órgão ambiental
municipal.
Embora planejados mais de 86 pontos estratégicos de monitoramento da Rede IQA,
por motivos técnicos e de logística, no ano de 2010 foi possível, o cálculo do IQA de sessenta e
sete pontos de amostragem.
É importante ressaltar que o Programa está em continuo remanejamento de inclusão e
exclusão de pontos de monitoramento. A exclusão de pontos se deve a vários motivos tais como:
desativação de estações de tratamento de efluentes, interligação de algum lançamento de
esgoto na rede pública coletora de esgoto, e incluídos devido à necessidade de conhecimento da
qualidade da água de pontos à montante e à jusante dos já monitorados.

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5. RESULTADOS

5.1. Qualidade das Águas Superficiais no Período de Janeiro a Dezembro de 2010 por
microbacia e comparativo com o ano de 2009

Os valores obtidos por trimestre e por microbacia estão tabelados e conforme os


resultados destas análises destacam-se as seguintes verificações por microbacia:

5.1.1. Microbacia do Anhanduí

Como pode ser visto na Tabela 4, os resultados das análises realizadas nos quatro
trimestres do ano de 2010 para todos os pontos de monitoramento do Rio Anhanduí o parâmetro
coliformes termotolerantes, esteve acima do limite permitido pela legislação vigente (Resolução
CONAMA 357/05 e CECA 03/97) na maior parte do tempo, para um corpo hídrico de classe 2.
O ponto ANH01 localiza-se após confluência do córrego Prosa e Segredo, à jusante da
estação elevatória de esgoto - EEE Marcos Roberto e da Estação de Tratamento de Esgoto –
ETE Cabreúva, que foi desativada em março de 2010. Foi detectado em vistoria o lançamento
clandestino de um condomínio residencial, o que pode ter sido a razão dos elevados valores de
coliformes termotolerantes, fósforo total e DBO5,20.
Observamos no ponto ANH11 ao longo do ano, valores altos de coliformes
termotolerantes, provavelmente devido à proximidade com a EEE. O baixo valor do IQA
observado na Tabela 3 no primeiro trimestre está relacionado aos altos valores de coliformes
termotolerantes. Extravasamentos ocorridos na EEE devido à manutenção na mesma, falha no
bombeamento, ou devido a chuvas intensas podem ter sido a causa do problema.
No ponto ANH10 os parâmetros coliformes termotolerantes e DBO5,20 estão em
desacordo com os padrões estabelecidos pela legislação provavelmente pela influência da EEE -
Guanandizão.
O ponto ANH04 está a aproximadamente 1,4 Km da jusante da confluência com o
córrego Bandeira e também à jusante da EEE 23 - Guanandi, podendo existir contribuição de
ligações clandestinas de esgotos, que podem ser a razão do elevado valor de coliformes
termotolerantes.
O ponto ANH11, manteve-se com qualidade regular no ano de 2009, tendo uma queda
drástica na qualidade da água nos dois primeiros trimestres de 2010, causado pelo aumento
significativo dos coliformes termotolerantes, fósforo e DBO5,20, possivelmente devido a algum
problema na operação ou ocorrência de manutenção na EEE 05 - Taquaruçu.
O ponto ANH 06 foi analisado somente nos dois primeiros trimestres do ano de 2010,
onde apresentou a qualidade regular, após isso não foi analisado, após a desativação da ETE
Aero Rancho, restando apenas o ponto ANH05, que está localizado à jusante do antigo
lançamento da ETE, que apresentou a qualidade regular e boa, no 3 e 4 trimestre do ano,
respectivamente.
O ponto ANH07 recebe influência direta dos bairros Jardim Pênfigo e Parque do Sol e
representa o ponto à montante do lançamento da ETE Los Angeles.
9
O ponto ANH14, situado à 100m à jusante do lançamento da ETE Los Angeles
respectivamente, começaram a ser analisados a partir do terceiro trimestre de 2010. Os pontos
apresentaram altos valores de coliformes termotolerantes, DBO5,20, fósforo e nitrogênio, e
conseqüentemente baixo valor de IQA.
O ponto ANH 08, está localizado após o ponto ANH 14, apresentou as mesmas
características deste, entretanto, com um índice de qualidade regular, o que pode ser explicado
pelo fato de estar bem mais à jusante do lançamento da ETE, do que o ANH 14 que
apresentaram qualidade ruim e devido à coleta de amostra d’água ser realizada em data
diferente.
Localizado a 250m a jusante da ETE, localiza-se o ponto ANH 15 onde o corpo d’água
volta a apresentar a qualidade ruim, porém não é possível descrever uma justificativa para este
decréscimo já que as analises dos pontos ANH 14 e 15 foram analisados nas mesmas datas, e o
ponto ANH 08 foi analisado em datas diferentes destas.
Os valores dos parâmetros referentes aos pontos ANH 16 e ANH 09 quase não
apresentaram diferença, aparentando que o lançamento da ETE do Presídio Federal e o afluente
do córrego Formiga não têm grande interferência na qualidade do Rio Anhanduí, mediante a
análise dos nove parâmetros do IQA.
Os pontos ANH 09, ANH 13 e ANH 12 apresentaram valores dos parâmetros muito
próximos, havendo apenas um aumento da DBO5,20 e redução do OD no ponto ANH12, o qual
fica à jusante da confluência com o córrego Imbiruçu, podendo ser a causa da redução de sua
qualidade.
Apesar do córrego Formiga possivelmente receber contribuição do lixão municipal, dos
nove parâmetros analisados e o IQA, apenas o parâmetro OD do ponto FOR 02 relativo ao 4º
trimestre, não atendeu a legislação vigente. Já o ponto FOR 01 apresentou o parâmetro de
qualidade OD em desacordo com a legislação no 3º e 4º trimestres. Provavelmente os
parâmetros utilizados para o cálculo do IQA podem não estar sendo suficientes para demonstrar
a realidade do corpo hídrico.

Código do Ponto Períodos


1° Trim 2° Trim 3° Trim 4° Trim
ANH 01 47 47 47 47
ANH 11 29 49 50 50
ANH 10 48 51 51 55
ANH 04 52 61 51 51
ANH 06 51 48 - -
ANH 05 - - 46 58
ANH 07 45 58 48 58
ANH 14 - - 33 36
ANH 08 40 45 42 44
ANH 15 - - 33 32
ANH 16 - - 40 44
FOR 1 - - 59 63
FOR 2 - - 75 65
ANH 09 - - 39 45
ANH 13 - - 40 46
ANH 12 - - 43 40
Legenda: ■Péssima ■Ruim ■Regular ■Boa ■Ótima
Tabela 3 - IQACETESB dos Pontos da microbacia do Anhanduí em 2010.

10
O Gráfico 1 seguinte demonstra a porcentagem de resultados em desacordo com a
CONAMA 357/2005 para a classe do rio Anhanduí e córrego Formiga (classe 2), para cada
parâmetro analisado. Destaca-se que nesta microbacia foi verificada a maior porcentagem de
resultados em desconformidade do parâmetro coliformes termotolerantes e a segunda maior do
parâmetro fósforo total.

Gráfico 1 - Porcentagem dos valores dos parâmetros da microbacias do Anhanduí em desacordo com a
CONAMA 357/ 2005.

Na Tabela 4 estão os resultados das análises dos nove parâmetros para os quatro
trimestres do ano de 2010, sendo que os valores em desacordo com a CONAMA 357/2005 estão
destacados.
Apesar da situação descrita para todos os pontos de monitoramento, verificou-se que a
maioria, isto é, sete dos oito pontos monitorados na microbacia apresentaram tendência de
melhora, considerando os valores médios de IQA em relação ao ano de 2009, conforme
demonstrado no Mapa 3, o que pode ser devido dentre outros fatores, a interferências
hidrológicas dos corpos hídricos envolvidos, em especial em relação aos seus aspectos
quantitativos como vazão.

11
Trimestre Parâmetros Limite CONAMA 357 ANH 01 ANH 11 ANH 10 ANH 04 ANH 05 ANH 06 ANH 07 ANH 14 ANH 08 ANH 15 ANH 16 FOR 01 FOR 02 ANH 09 ANH 13 ANH 12
Data da Coleta - 19/02/10 19/02/10 19/02/10 25/02/10 19/02/10 10/02/10 10/02/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 800.000 1.800.000 900.000 100.000 - 40.000 160.000 - 1.000.000 - - - - - - -
pH 6,0 a 9,0 7,40 7,30 7,40 7,60 - 7,40 7,50 - 7,40 - - - - - - -
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 12,90 22,90 8,60 4,70 - 3,00 2,60 - 5,50 - - - - - - -
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,22 0,44 0,34 0,17 - 0,17 0,06 - 0,06 - - - - - - -

Nitrogênio Total (mg/L N) - 9,90 13,20 7,20 5,50 - 6,90 5,83 - 9,82 - - - - - - -
Temperatura (°C) - 27,10 26,90 26,80 27,30 - 26,80 25,60 - 25,90 - - - - - - -
Turbidez (UNT) ≤ 100 32,00 160,00 21,00 13,00 - 21,00 94,00 - 107,00 - - - - - - -
Sólidos Totais (mg/L) - 141,00 438,00 180,00 132,00 - 202,00 203,00 - 235,00 - - - - - - -
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 6,10 4,20 5,70 7,10 - 5,70 7,10 - 6,80 - - - - - - -
Data da Coleta - 05/05/10 05/05/10 05/05/10 05/05/10 05/05/10 11/05/10 11/05/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 300000 100.000 100.000 10.000 - 200.000 10.000 - 1.000.000 - - - - - - -
pH 6,0 a 9,0 7,60 7,70 7,70 7,70 - 7,60 7,60 - 7,40 - - - - - - -
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 2,20 1,00 1,20 1,60 - 1,40 3,70 - 9,20 - - - - - - -
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,61 0,52 0,34 0,28 - 0,37 0,25 - 1,56 - - - - - - -

Nitrogênio Total (mg/L N) - 9,30 9,00 8,60 9,30 - 8,60 6,60 - 16,60 - - - - - - -
Temperatura (°C) - 24,70 24,30 24,20 24,30 - 25,20 21,10 - 21,70 - - - - - - -
Turbidez (UNT) ≤ 100 23,00 20,00 19,00 25,00 - 24,00 16,00 - 20,00 - - - - - - -
Sólidos Totais (mg/L) - 129,00 302,00 177,00 119,00 - 176,00 133,00 - 160,00 - - - - - - -
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 7,20 7,20 7,40 7,80 - 7,30 8,40 - 7,20 - - - - - - -
Data da Coleta - 03/08/10 03/08/10 03/08/10 03/08/10 03/08/10 21/07/10 28/07/10 21/07/10 28/07/10 28/01/10 28/07/10 28/07/10 28/07/10 28/07/10 28/07/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 400.000 50.000 30.000 100.000 500.000 - 20.000.000 2.000.000 400.000 2.000.000 500.000 1.600 100 300.000 300.000 40.000
pH 6,0 a 9,0 7,82 7,77 7,82 7,90 7,88 - 7,84 7,15 7,66 7,21 7,69 7,10 6,70 7,33 7,55 1,69
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 3,00 1,00 1,00 1,00 4,00 - 4,50 58,00 6,70 31,00 11,00 1,00 1,00 7,30 6,30 8,00
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,55 0,71 0,74 0,55 0,64 - 0,37 11,96 2,48 10,73 2,73 0,28 0,09 3,46 2,97 2,21

Nitrogênio Total (mg/L N) - 7,60 7,80 8,20 7,80 8,20 - 5,60 45,00 10,80 29,00 14,10 4,40 1,30 15,20 14,10 12,00
Temperatura (°C) - 21,20 21,00 27,00 20,60 21,30 - 21,80 24,70 22,60 23,60 23,20 20,80 20,90 23,00 21,80 21,20
Turbidez (UNT) ≤ 100 15,00 21,00 27,00 15,00 15,00 - 15,00 39,00 26,00 36,00 48,00 2,00 4,00 23,00 26,00 21,00
SólidosTotais (mg/L) - 185,00 162,00 164,00 133,00 150,00 - 209,00 395,00 227,00 385,00 235,00 15,00 31,00 290,00 289,00 165,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 7,61 6,77 6,70 7,50 6,97 - 7,75 6,85 6,20 6,90 6,33 3,96 5,32 5,64 5,57 4,42
Data da Coleta - 14/10/10 14/10/10 14/10/10 14/10/10 07/10/10 28/10/10 20/10/10 28/10/10 20/10/10 20/10/10 20/10/10 20/10/10 29/11/10 20/10/10 20/10/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 210.000 40.000 40.000 200.000 20.000 - 20.000 2.500.000 200.000 2.000.000 500.000 100 800 500.000 100.000 50.000
pH 6,0 a 9,0 8,01 8,03 8,01 7,95 8,00 - 8,00 7,50 7,65 7,55 7,39 6,80 6,70 7,69 7,46 7,58
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 2,00 3,10 4,30 5,90 1,00 - 3,40 53,00 5,40 40,00 15,00 1,40 2,00 6,90 9,00 9,10
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,40 0,34 0,34 0,28 0,49 0,34 13,80 1,38 8,58 2,30 0,03 0,03 0,40 1,53 1,56

Nitrogênio Total (mg/L N) - 7,50 9,50 11,30 11,30 7,70 - 5,50 48,50 8,40 26,50 13,50 1,80 3,40 7,70 13,10 10,90
Temperatura (°C) - 23,00 22,90 22,80 23,90 24,90 - 22,20 25,20 22,70 24,90 25,10 23,40 23,50 25,30 24,40 23,30
Turbidez (UNT) ≤ 100 36,00 32,00 25,00 10,00 26,00 - 28,00 38,00 22,00 30,00 21,00 2,00 3,00 70,00 17,00 17,00
SólidosTotais (mg/L) - 144,00 110,00 105,00 143,00 233,00 - 144,00 258,00 159,00 205,00 209,00 27,00 38,00 193,00 204,00 193,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 7,52 7,43 7,25 7,13 6,92 - 7,10 6,85 6,85 6,85 6,80 2,66 4,64 7,23 5,40 2,98
Tabela 4 - Resultados dos parâmetros analisados na microbacia do Anhanduí.

12
13

13
5.1.2. Microbacia do Bálsamo

A maioria dos valores de IQA desta microbacia ficou na faixa de classificação da


qualidade boa, sendo que apenas o valor de IQA do ponto BAL 02 do primeiro trimestre
apresentou-se como regular, como pode ser observado na Tabela 5. Conforme a Tabela 6 , o
ponto BAL 02 apresentou altos valores de coliformes termotolerantes, além de sofrer influência
principalmente da Vila Santo Eugenio e Jardim Ametista, não tendo, entretanto, até o momento,
uma causa identificada para tal.
O ponto de monitoramento BAL 04 apresentou valores de coliformes termotolerantes
em desconformidade com os padrões da legislação nos dois primeiros trimestres do ano, assim
como o parâmetro fósforo no primeiro trimestre, sofrendo contribuição direta do Jardim Macapá e
Jardim Roselândia.
Os prováveis motivos destes altos valores são o lançamento clandestino de esgoto e a
presença de animais de sangue quente, que ao defecarem no corpo d’água contribuem com a
presença de coliformes.
Períodos
Código do ponto
1º Trim 2° Trim 3° Trim 4° Trim
BAL 01 67 76 75 73
BAL 02 51 54 52 52
BAL 04 66 67 71 70
Legenda: ■Péssima ■Ruim ■Regular ■Boa ■Ótima
Tabela 5 - IQACETESB dos pontos da microbacia do Bálsamo em 2010.

O Gráfico 2 demonstra a porcentagem de resultados em desacordo com a CONAMA


357/2005 para a classe do córrego Bálsamo (classe 2), concluindo-se que no caso desta
microbacia os parâmetros que mais afetaram a qualidade de suas águas foram: coliformes
termotolerantes e fósforo total, que tiveram 50 e 42% das análises dos pontos monitorados
acima do permitido pela legislação.

Gráfico 2 - Porcentagem dos valores dos parâmetros da microbacia do Bálsamo em desacordo com a
CONAMA 357/ 2005.

Na Tabela 6 estão os resultados das análises dos nove parâmetros para os quatro
trimestres do ano de 2010, sendo que os valores em desacordo com a CONAMA 357/2005 estão
destacados.
No Mapa 4, é possível visualizar a tendência de melhora da qualidade média da água,
para os três pontos avaliados, entre os anos de 2009 e 2010 para a microbacia do Bálsamo.
14
Trimestre Parâmetros Limite CONAMA 357 BAL 01 BAL 02 BAL 04
Data da Coleta - 25/02/10 25/02/10 25/02/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 1.000 180.000 2.000
pH 6,0 a 9,0 6,90 7,40 7,60
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 2,10 4,50 3,60
1° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,10 0,14 0,09
Nitrogênio Total (mg/L N) - 0,75 1,17 6,37
Temperatura (°C) - 25,50 25,50 25,20
Turbidez (UNT) ≤ 100 14,00 11,00 6,00
Sólidos Totais (mg/L) - 32,00 99,00 109,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 5,20 7,10 7,40
Data da Coleta - 11/05/10 11/05/10 11/05/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 100 100.000 3.000
pH 6,0 a 9,0 7,10 7,50 7,60
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 4,30 3,60 1,40
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,06 0,28 0,12

Nitrogênio Total (mg/L N) - 0,93 1,70 4,10
Temperatura (°C) - 18,70 18,50 18,40
Turbidez (UNT) ≤ 100 5,00 9,00 4,00
Sólidos Totais (mg/L) - 44,00 44,00 79,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 6,60 8,20 8,50
Data da Coleta - 02/09/10 02/09/10 21/07/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 200 100.000 1.000
pH 6,0 a 9,0 7,19 7,60 8,14
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 3,00 1,90 2,00
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,09 0,25 0,03

Nitrogênio Total (mg/L N) - 1,00 2,10 3,40
Temperatura (°C) - 22,90 23,60 20,70
Turbidez (UNT) ≤ 100 5,00 8,00 3,00
Sólidos Totais (mg/L) - 36,00 92,00 169,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 6,54 5,02 7,99
Data da Coleta - 11/11/10 14/10/10 07/10/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 500 20.000 1.000
pH 6,0 a 9,0 7,30 8,71 8,04
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 2,00 2,10 1,00
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,09 0,46 0,09

Nitrogênio Total (mg/L N) - 1,60 5,00 4,20
Temperatura (°C) - 23,60 23,60 23,70
Turbidez (UNT) ≤ 100 6,00 12,00 8,00
Sólidos Totais (mg/L) - 29,00 176,00 167,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 6,60 6,50 7,40
Tabela 6 - Resultados dos parâmetros analisados na microbacia do Bálsamo.

15
16

16
5.1.3. Microbacia do Bandeira

Em uma das nascentes do córrego Bandeira, ou seja, no ponto BAN 05, existe uma
área que vem passando por uma rápida e recente urbanização sofrendo influência direta do
Jardim Mansur e Jardim Auxiliadora, no entanto mantendo o IQA próximo ao limite superior do
intervalo para a qualidade boa observada na Tabela 7.
Verifica-se ainda na Tabela 7 que os pontos de monitoramento BAN 01, outra nascente
do Bandeira, e BAN 02 também mantiveram a qualidade boa durante todo o ano de 2010, apesar
do ponto BAN 02 apresentar o parâmetro coliformes termotolerantes acima dos limites da
legislação nos dois últimos trimestres como observado na Tabela 8. Esta situação pode estar
relacionada com a presença de animais de sangue quente na mata existente no entorno do
ponto de coleta.
Observamos que o CAB 01, nascente do córrego Cabaça, manteve a qualidade boa
durante todo o ano de 2010. No entanto o CAB 03 apresentou qualidade regular com altos
valores do parâmetro coliformes termotolerantes, DBO5,20 e fósforo. Este último ponto localiza-se
à jusante de possíveis pontos de lançamento de efluentes e de uma estação elevatória de
esgoto doméstico, além do que, na mata do seu entorno se observa a presença de animais de
sangue quente como capivaras.
O ponto BAN 06 sofre influência principalmente dos bairros Parati e Piratininga e com
altos valores de coliformes termotolerantes pode estar apresentando influência da qualidade do
Lago do Amor e do lançamento da ETE da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS
que atualmente é encaminhado à rede pública coletora de esgoto,
A diminuição do valor do IQA no ponto BAN 07 ocorreu principalmente devido ao alto
valor do parâmetro coliformes termotolerantes. A proximidade com a estação elevatória de
esgoto Bandeira pode ter interferido na redução da qualidade das águas neste ponto.
Períodos
Código do ponto
1° Trim 2° Trim 3° Trim 4° Trim
BAN 05 75 77 71 66
BAN 01 64 65 71 70
BAN 02 69 69 68 61
CAB 01 68 61 67 67
CAB 03 40 45 37 47
BAN 06 57 55 60 47
BAN 07 50 48 60 63

Legenda: ■Péssima ■Ruim ■Regular ■Boa ■Ótima


Tabela 7 - IQACETESB dos pontos da microbacia do Bandeira em 2010.

No Gráfico 3 é possível observar que o parâmetro turbidez ficou acima do limite da


classe dos córregos desta microbacia, em 33% das análises avaliadas, o que ocorreu devido à
presença de sólidos em suspensão. Como principais fontes referenciadas de aumento da
turbidez têm-se: a erosão dos solos, atividades de mineração, assim como o lançamento de
esgotos e de efluentes industriais (ANA, 2011). No caso em questão já foram verificados e estão

17
sendo fiscalizados pela SEMADUR, lançamentos de esgotos e de efluentes industriais nos
pontos monitorados pelo Programa.

Gráfico 3 - Porcentagem dos valores dos parâmetros em desacordo com a CONAMA 357/ 2005 da
microbacia do Bandeira.

O Mapa 5 demonstra as tendências de melhora ou piora do IQA médio entre os anos


de 2009 e 2010. É possível observar que apenas quatro dos sete pontos monitorados
apresentaram uma tendência de melhora do IQA médio, os quais são os pontos de nascente,
que estão relativamente preservados. Dos três que apresentaram tendência de piora, nenhum
deles mudou a classificação em relação ao ano anterior avaliado, apenas o valor da
classificação, denotando uma relativa estabilidade na qualidade dos corpos d’água estudados.

18
Trimestre Parâmetros Limite CONAMA 357 BAN 05 BAN 01 BAN 02 CAB 01 CAB 03 BAN 06 BAN 07
Data da Coleta - 28/01/10 28/01/10 28/01/10 09/03/10 09/03/10 28/01/10 25/02/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 500 1.000 1.000 2.000 1.700.000 10.000 960.000
pH 6,0 a 9,0 6,70 6,60 6,90 7,90 7,90 6,90 7,80
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 1,30 1,90 2,20 1,00 26,70 4,70 3,00
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,06 0,14 0,07 0,05 0,19 0,13 0,09

Nitrogênio Total (mg/L N) - 1,50 6,60 4,10 5,70 12,30 5,10 6,20
Temperatura (°C) - 25,60 24,70 24,90 26,90 27,60 27,90 27,70
Turbidez (UNT) ≤ 100 2,0 12,00 14,00 4,00 8,00 33,00 16,00
SólidosTotais (mg/L) - 32,00 29,00 49,00 26,00 61,00 106,00 106,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 6,90 5,40 7,40 7,80 5,80 7,00 7,30
Data da Coleta - 14/04/10 14/04/10 14/04/10 01/06/10 01/06/10 14/04/10 14/04/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 200 1.000 1.000 1.000 500.000 10.000 500.000
pH 6,0 a 9,0 7,40 7,60 7,50 8,20 8,10 7,60 7,80
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 1,50 1,00 2,00 3,50 10,20 4,50 6,40
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,21 0,46 0,25 0,09 0,86 0,46 0,52

Nitrogênio Total (mg/L N) - 1,70 6,30 4,30 6,10 11,90 5,00 6,50
Temperatura (°C) - 23,50 21,30 21,60 20,30 18,90 22,60 22,90
Turbidez (UNT) ≤ 100 5,00 16,00 10,00 46,00 29,00 36,00 27,00
Sólidos Totais (mg/L) - 26,00 104,00 39,00 346,00 301,00 190,00 121,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 7,40 6,70 7,80 8,40 7,70 7,80 7,70
Data da Coleta - 06/07/10 06/07/10 06/07/10 18/08/10 18/08/10 06/07/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 1.000 1.000 2.000 1.000 800.000 10.000 -
pH 6,0 a 9,0 7,40 7,10 7,80 8,39 8,23 7,90 -
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 1,00 2,30 1,40 1,30 16,80 3,60 -
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,12 0,09 0,09 0,31 1,35 0,28 -

Nitrogênio Total (mg/L N) - 4,4 1,10 4,60 10,30 10,60 4,40 -
Temperatura (°C) - 22,90 20,80 21,30 21,00 18,60 21,50 -
Turbidez (UNT) ≤ 100 1,00 7,00 4,00 24,00 28,00 25,00 -
Sólidos Totais (mg/L) - 129,00 85,00 120,00 184,00 213,00 182,00 -
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 7,50 7,00 7,80 8,34 6,07 8,10 -
Data da Coleta - 03/11/10 03/11/10 03/11/10 11/11/10 11/11/10 03/11/10 14/10/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 2.500 1.000 11.000 1.000 710.000 10.000 2.000
pH 6,0 a 9,0 7,63 7,40 7,89 7,96 7,95 8,04 8,07
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 1,40 2,80 1,50 1,50 12,10 1,10 4,20
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,25 0,03 0,06 0,25 1,20 0,49 0,15

Nitrogênio Total (mg/L N) - 4,30 1,60 4,80 9,60 10,00 4,00 7,20
Temperatura (°C) - 22,60 21,10 20,80 22,00 21,70 22,90 23,20
Turbidez (UNT) ≤ 100 2,00 11,00 9,00 12,00 19,00 116,00 16,00
Sólidos Totais (mg/L) - 29,00 16,00 52,00 130,00 152,00 192,00 101,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 6,56 6,82 7,61 8,19 6,00 7,37 7,73
Tabela 8 - Resultados dos parâmetros analisados na microbacia do Bandeira.

19
20

20
5.1.4. Microbacia do Imbiruçu

É importante diferenciar para esta microbacia que o trecho do córrego Imbiruçu


monitorado pelos pontos de monitoramento IMB 01, IMB 02, IMB 03 e IMB 04, na sequência de
montante para jusante de seu escoamento a montante da confluência com o córrego Serradinho
é classificado como classe 2, sendo os demais pontos do córrego Imbiruçu avaliados como
classe 3.
O primeiro ponto de amostragem IMB 01 apresenta boa qualidade de acordo com a
Tabela 9 e está localizado próximo ao Tênis Clube na saída para Rochedo em um tributário da
margem direita. Os bairros contribuintes para o ponto IMB 01 são Nasser e Santo Amaro.
A boa qualidade da água se mantém até o ponto IMB 02, que fica sob o pontilhão do
prolongamento da Avenida Florestal, à montante da ETE Coophatrabalho, quando as nascentes
do Imbiruçu já se confluíram.
À jusante da ETE Coophatrabalho, aproximadamente 0,4 km do lançamento, o ponto
IMB 03 apresenta altos valores de coliformes termotolerantes, aumento dos valores dos
parâmetros fósforo e nitrogênio e redução dos valores do parâmetro oxigênio dissolvido
conforme observado na Tabela 10.

Entre os pontos IMB 03 e IMB 04 houve melhora na qualidade da água, sendo que
apenas os coliformes termotolerantes continuaram em desacordo com os padrões estabelecidos
pela CONAMA 357/05, nos quatro trimestres do ano e em apenas um trimestre não houve o
atendimento do padrão de fósforo total.
O córrego Serradinho nos pontos SER 01 e SER 02 manteve em três dos quatro
trimestres uma qualidade boa. O ponto SER 01 recebe contribuição principalmente do bairro
Santo Antônio e o ponto SER 02 está à montante da ETE Sayonara.
À jusante da ETE Sayonara no ponto SER 03 pode ser observada uma queda da
qualidade das águas em relação ao ponto da montante SER 02, decrescendo de uma qualidade
boa nos três primeiros trimestres para qualidade regular nos 1º, 3º e 4º trimestres do ano.
A qualidade das águas do córrego Imbiruçu apresenta melhora no ponto IMB 13, pois
recebe as águas de mais dois pequenos afluentes além do córrego Serradinho.
O ponto IMB 17 está à jusante da estação de tratamento de efluentes de um frigorífico,
no qual podem ser observados valores de coliformes termotolerantes e fósforo, no 3º trimestre,
em desconformidade com os padrões da legislação para classe 3, assim como o valor de
DBO5,20 para o quarto trimestre.
O último ponto de monitoramento do córrego Imbiruçu IMB 18, analisado apenas no 4º
trimestre, está à jusante da confluência com o córrego Lagoa onde pode ser observado o baixo
nível de oxigênio dissolvido 1,42 mg/L O2, bem abaixo do valor estipulado para classe 3 que é
não inferior a 4, e gerando um valor de IQA regular. Tal situação pode ter como justificativa
provável a localização do ponto, o qual recebe a contribuição de toda a carga de poluentes
lançada nos córregos Imbiruçu e Lagoa, uma vez que é o ponto mais à jusante de toda a
microbacia.
21
Períodos
Código do Ponto
1º Trim 2° Trim 3º Trim 4° Trim
IMB 01 62 69 76 65
IMB 02 72 69 68 72
IMB 03 45 47 36 41
IMB 04 57 59 62 61
SER 01 58 51 48 54
SER 02 55 54 54 55
SER 03 51 52 45 49
IMB 13 - - 63 56
IMB 17 - - 47 47
IMB 18 - - - 36
Legenda: ■Péssima ■Ruim ■Regular ■Boa ■Ótima
Tabela 9 - IQACETESB dos pontos da microbacia do Imbiruçu em 2010.

Para os trechos de classe 2 do córrego Imbiruçu foi calculada a porcentagem de


valores em desconformidade com a CONAMA 357/2005, conforme o Gráfico 4, sendo que os
parâmetros coliformes, DBO5,20, fósforo e OD, destacando-se o primeiro, foram os que
incorreram fora dos limites legais, o que se deve predominantemente aos lançamentos de
efluentes dos empreendimentos localizados no entorno e dentro do núcleo industrial.

.
Gráfico 4 - Porcentagem dos valores em desacordo com a CONAMA 357/ 2005 da microbacia do Imbiruçu
(trecho classe 2).

Os parâmetros que mais se mantiveram desconformes com o padrão estabelecido


para o trecho classe 3 do córrego Imbiruçu em relação à CONAMA 357/2005, foram as variáveis
fósforo total, seguido dos coliformes termotolerantes, além de DBO5,20 afetando
consequentemente os valores de OD no córrego (Gráfico 5), devido ao lançamento de atividades
industriais no córrego Imbiruçu, tais como frigoríficos e curtumes.

Gráfico 5 - Porcentagem dos valores em desacordo com a CONAMA 357/ 2005 da microbacia do Imbiruçu
(trecho classe 3).

As tendências de evolução do IQA médio entre os anos de 2009 e 2010 estão


demonstradas no Mapa 6 – Comparativo IQAMEDIO Anos 2009 – 2010 da Microbacia Hidrográfica
do Imbiruçu.

22
CLASSE 2
Trimestre Parâmetros Limite
Limite CONAMA 357 IMB 01 IMB 02 IMB 03 IMB 04 SER 01 SER 02 SER 03 CONAMA IMB 17 IMB 13 IMB 18
357
Data da Coleta - 18/01/10 03/03/10 03/03/10 18/01/10 18/01/10 03/03/10 03/03/10 - - - -
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 4.700 1.000 250.000 11.000 16.600 50.000 170.000 ≤ 2500 - - -
pH 6,0 a 9,0 6,40 7,70 7,30 6,60 6,50 7,20 7,40 6,0 a 9,0 - - -
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 1,70 1,30 4,00 2,10 1,80 1,00 1,00 ≤ 10 - - -
1° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,05 0,04 0,34 0,17 0,09 0,16 0,25 ≤ 0,1 - - -
Nitrogênio Total (mg/L N) - 5,30 2,93 8,56 5,80 6,30 5,87 6,58 - - - -
Temperatura (°C) - 24,50 24,50 25,00 25,20 26,20 25,50 25,10 - - - -
Turbidez (UNT) ≤ 100 8,00 6,00 12,00 15,00 3,00 2,00 3,00 ≤ 100 - - -
Sólidos Totais (mg/L) - 136,00 123,00 137,00 143,00 141,00 123,00 121,00 - - - -
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 6,70 7,70 4,90 6,40 6,70 6,10 6,10 ≥4 - - -
Data da Coleta - 08/04/10 19/05/10 19/05/10 08/04/10 08/04/10 19/05/10 19/05/10 -
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 1.000 2.000 300.000 11.000 30.000 30.000 30.000 ≤ 2500 - - -
pH 6,0 a 9,0 7,20 7,80 7,50 7,40 7,30 7,50 7,60 6,0 a 9,0 - - -
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 2,00 1,00 2,50 3,10 4,90 2,60 2,90 ≤ 10 - - -
2° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,03 0,06 0,67 0,15 0,74 0,40 0,80 ≤ 0,1 - - -
Nitrogênio Total (mg/L N) - 4,10 4,20 8,20 4,90 10,60 7,00 7,30 - - - -
Temperatura (°C) - 22,20 19,50 19,70 22,50 25,70 20,90 20,40 - - - -
Turbidez (UNT) ≤ 100 2,00 5,00 12,00 3,00 3,00 4,00 5,00 ≤ 100 - - -
Sólidos Totais (mg/L) - 243,00 65,00 43,00 236,00 287,00 46,00 21,00 - - - -
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 6,90 8,60 6,90 6,70 5,70 7,00 7,50 ≥4 - - -
Data da Coleta - 11/08/10 11/08/10 11/08/10 11/08/10 11/08/10 11/08/10 11/08/10 - 28/07/10 28/07/10 -
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 100 2.000 100.000 3.000 20.000 10.000 190.000 ≤ 2500 5.000 1.000 -
pH 6,0 a 9,0 7,08 7,87 7,69 7,74 7,77 7,82 7,85 6,0 a 9,0 7,80 7,67 -
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 1,00 1,00 4,10 3,20 4,00 3,70 3,20 ≤ 10 3,80 2,90 -
3° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,28 0,21 0,98 0,37 1,26 0,74 1,13 ≤ 0,1 4,35 0,55 -
Nitrogênio Total (mg/L N) - 3,60 3,30 7,80 4,50 6,70 5,40 6,00 - 13,40 6,70 -
Temperatura (°C) - 21,80 21,10 22,00 21,30 22,30 22,90 22,70 - 20,80 21,20 -
Turbidez (UNT) ≤ 100 3,00 7,00 8,00 4,00 5,00 12,00 12,00 ≤ 100 14,00 4,00 -
SólidosTotais (mg/L) - 175,00 131,00 121,00 89,00 125,00 128,00 134,00 - 167,00 112,00 -
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 6,90 8,38 2,03 6,35 4,92 6,18 5,98 ≥4 5,60 5,89 -
Data da Coleta - 26/10/10 26/10/10 26/10/10 26/10/10 26/10/10 17/11/10 17/11/10 - 20/10/10 20/10/10 20/10/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 4.000 1.000 300.000 4.000 10.000 60.000 90.000 ≤ 2500 10.000 6.000 10.000
pH 6,0 a 9,0 6,92 7,56 7,90 7,69 7,61 7,68 7,89 6,0 a 9,0 7,86 7,68 7,58
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 2,10 1,00 5,60 2,40 3,20 5,00 5,90 ≤ 10 12,90 7,00 13,00
4° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,03 0,03 1,07 0,09 0,37 0,37 0,49 ≤ 0,1 2,42 0,31 1,75
Nitrogênio Total (mg/L N) - 4,80 4,10 0,35 5,60 9,10 8,10 8,50 - 12,60 7,40 15,00
Temperatura (°C) - 22,40 22,60 23,20 22,80 23,40 24,50 24,70 - 22,60 22,50 22,50
Turbidez (UNT) ≤ 100 3,00 5,00 7,00 5,00 5,00 7,00 8,00 ≤ 100 23,00 18,00 26,00
Sólidos Totais (mg/L) - 136,00 136,00 160,00 105,00 173,00 104,00 240,00 - 227,00 125,00 191,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 7,10 7,70 4,21 5,23 5,11 5,95 5,94 ≥4 5,07 5,39 1,42
Tabela 10 - Resultados dos parâmetros analisados na microbacia do Imbiruçu.
-

23
24

24
5.1.5. Microbacia do Lageado

Os pontos analisados da microbacia do córrego Lageado apresentaram qualidade boa


e ótima conforme demonstrado na Tabela 11. Entretanto, os maiores valores do parâmetro
coliformes termotolerantes (Tabela 12), estão nos pontos LAG 03, LAG 04 e LAG 06.

Atribui-se como prováveis motivos para o alto valor de coliformes no LAG 04 a


proximidade da EEE Mário Covas, lançamentos clandestinos de esgotos na rede pluvial oriundos
dos bairros Centro-Oeste e Alves Pereira embora quase que totalmente servidos de rede de
esgoto.
O entorno do ponto LAG 03 será investigado, a fim de se concluir as causas do alto
valor de coliformes e o desatendimento do parâmetro DBO 5,20 no quarto trimestre, visto que a
área em questão é atendida com pequeno índice de cobertura de rede de esgoto, além do fato
de receber um afluente que atualmente não é monitorado e estar localizado a cerca de 3Km ao
próximo ponto à montante LAG 04, inferindo-se que dentro deste percurso possa estar havendo
contribuições negativas no curso d’água.
O ponto LAG 06 e seu entorno possui uma área parcialmente não urbanizada e com
baixo índice de coleta de esgoto pública, não se descartando assim a hipótese de aumento do
valor de coliformes pela presença de animais de sangue quente e lançamento de efluentes sem
tratamento no curso d’água.
Outros pontos apresentaram um ou outro parâmetro em desacordo com os limites
estabelecidos pela legislação, em alguns dos trimestres analisados. Nota-se que em
praticamente todos esses casos, o ponto de monitoramento sofre influência de uma estação
elevatória de esgoto, a qual provavelmente pode ter sofrido extravasamento para manutenção,
problemas com as bombas ou em períodos de chuva.
Verificando-se ainda os resultados de todas as análises, observou-se que os
parâmetros coliformes termotolerantes, fósforo, OD e DBO5,20 foram os que tiveram mais
resultados em desacordo com o padrão de qualidade para a classe 2 (Gráfico 6).

Períodos
Código do Ponto
1º Trim 2º Trim 3º Trim 4° Trim
LAG 05 69 76 78 73
LAG 02 70 85 73 71
LAG 04 63 62 61 55
LAG 03 57 62 62 55
LAG 06 61 61 61 61
LAG 08 80 73 74 75
LAG 01 59 68 72 67
LAG 09 69 74 67 65
LAG 11 71 74 75 75
Legenda: ■Péssima ■Ruim ■Regular ■Boa ■Ótima
Tabela 11 - IQACETESB dos pontos da microbacia do Lageado em 2010.

25
Gráfico 6 - Porcentagem dos valores dos parâmetros em desacordo com a CONAMA 357/ 2005 da
microbacia do Lageado.

Para esta microbacia é possível observar por meio do Mapa 7 as tendências de


melhora do IQA médio entre os anos de 2009 e 2010, em cinco dos pontos avaliados. Embora
verificada uma tendência de piora em quatro pontos de monitoramento em relação ao valor de
classificação do IQA, todos os pontos se mantiveram na mesma classificação de qualidade boa.

26
Trimestre Parâmetros Limite CONAMA 357 LAG 01 LAG 02 LAG 03 LAG 04 LAG 05 LAG 06 LAG 08 LAG 09 LAG 11
Data da Coleta - 11/03/10 03/02/10 25/02/10 25/02/10 11/03/10 25/02/10 11/03/10 11/03/10 11/03/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 4.000 700 32.000 6.000 2.000 10.000 100 1.000 3.000
pH 6,0 a 9,0 6,30 6,40 7,50 7,40 7,20 7,50 7,50 7,10 7,00
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 3,80 1,70 2,20 1,60 1,00 2,40 1,70 4,00 2,50
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,04 0,05 0,07 0,06 0,05 0,09 0,05 0,17 0,16

Nitrogênio Total (mg/L N) - 2,50 0,20 4,50 2,40 1,70 2,20 2,10 3,10 3,60
Temperatura (°C) - 24,40 24,00 25,60 25,20 25,50 27,60 28,50 26,00 25,30
Turbidez (UNT) ≤ 100 2,00 10,60 17,00 19,00 9,00 16,00 5,00 5,00 15,00
Sólidos Totais (mg/L) - 42,00 52,00 102,00 132,00 72,00 93,00 28,00 77,00 39,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 4,80 6,00 7,40 7,20 6,70 6,80 7,10 6,90 7,50
Data da Coleta - 10/06/10 08/06/10 11/05/10 11/05/10 10/06/10 05/05/10 10/06/10 10/06/10 08/06/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 600 200 10.000 10.000 300 10.000 200 300 900
pH 6,0 a 9,0 6,50 7,00 7,90 7,70 7,90 7,60 7,60 7,30 7,00
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 1,90 1,10 2,30 1,50 1,00 1,30 3,10 1,70 2,30
2° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,28 0,06 0,09 0,09 0,15 0,18 0,06 0,06 0,31
Nitrogênio Total (mg/L N) - 1,60 1,00 3,60 2,90 1,50 3,20 3,00 2,40 2,90
Temperatura (°C) - 20,10 16,00 18,90 18,70 20,40 23,10 19,40 19,90 20,90
Turbidez (UNT) ≤ 100 1,00 10,00 8,00 17,00 7,00 13,00 27,00 8,00 12,00
Sólidos Totais (mg/L) - 19,00 32,00 87,00 82,00 32,00 102,00 65,00 297,00 36,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 5,70 9,60 8,60 8,30 7,90 7,50 8,70 8,20 7,50
Data da Coleta - 02/07/10 02/07/10 21/07/10 21/07/10 02/09/10 21/07/10 02/09/10 02/09/10 02/09/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 300 700 10.000 10.000 200 10.000 300 3.000 1.000
pH 6,0 a 9,0 7,10 6,80 8,31 7,80 7,69 8,16 7,54 7,48 7,00
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 2,10 2,00 1,00 1,80 1,20 1,00 2,60 2,60 2,20
3° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,03 0,15 0,09 0,18 0,03 0,12 0,06 0,03 0,21
Nitrogênio Total (mg/L N) - 2,00 0,60 2,90 2,40 0,70 2,90 2,70 2,60 2,60
Temperatura (°C) - 22,70 26,00 19,80 20,20 24,60 20,50 22,90 23,80 22,20
Turbidez (UNT) ≤ 100 3,00 10,00 11,00 14,00 5,00 17,00 10,00 5,00 12,00
Sólidos Totais (mg/L) - 65,00 92,00 174,00 149,00 78,00 188,00 39,00 102,00 39,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 5,24 7,90 8,25 7,89 6,72 7,93 8,46 6,78 7,30
Data da Coleta - 09/11/10 11/11/10 07/10/10 07/10/10 09/11/10 07/10/10 09/11/10 09/11/10 09/11/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 300 800 60.000 60.000 900 10.000 500 3.000 1.000
pH 6,0 a 9,0 6,00 6,58 7,87 7,91 7,00 8,05 7,60 6,88 7,00
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 1,00 1,00 5,20 2,70 3,90 1,10 1,00 2,40 2,10
4° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,06 0,06 0,12 0,15 0,12 0,18 0,06 0,03 0,25
Nitrogênio Total (mg/L N) - 2,50 1,60 3,10 2,10 2,40 3,20 2,50 2,60 2,90
Temperatura (°C) - 24,00 21,00 24,30 23,80 22,50 24,10 24,00 22,70 24,00
Turbidez (UNT) ≤ 100 6,00 15,50 15,00 13,00 11,00 15,00 7,00 13,00 10,00
Sólidos Totais (mg/L) - 22,00 72,00 144,00 135,00 42,00 143,00 69,00 26,00 46,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 4,85 7,40 7,53 6,94 6,15 7,15 8,00 6,30 7,30
Tabela 12 - Resultados dos parâmetros analisados na microbacia do Lageado.

27
28

28
5.1.6. Microbacia do Lagoa

Apesar de elevados valores do parâmetro coliformes termotolerantes em determinados


pontos a microbacia do córrego Lagoa manteve boa qualidade de suas águas no ano de 2010,
conforme observado nas Tabela 13 e Tabela 14.

À montante do ponto LAO 01 há uma mata preservada que se encontra dentro da área
da base aérea e à montante do LAO 02 existe uma lagoa. Esses ambientes podem ser a causa
dos altos valores de coliformes termotolerantes, pois servem de refúgio de animais de sangue
quente.
Observa-se a melhora na qualidade d’água no ponto LAO 03 devido à confluência com
o córrego Buriti à montante. O único ponto no córrego Buriti – BUR 01, com a melhor qualidade
diagnosticada na microbacia, está a 0,2 km da confluência dos dois tributários de nascente
desse córrego e sua qualidade pode ter melhorado com a execução do projeto de revitalização
de seu leito.
O ponto LAO 08 recebe praticamente toda contribuição da bacia do córrego Lagoa,
com contribuição também dos bairros Batistão, Coophavila II, Tarumã e Caiobá, além do que, à
montante desse ponto, existem diversas chácaras urbanas, pesqueiros e algumas residências
irregulares.

Períodos
Código do Ponto
1° Trim 2° Trim 3° Trim 4° Trim
LAO 01 56 60 65 63
LAO 02 54 58 62 59
BUR 01 70 68 67 63
LAO 03 62 68 68 62
LAO 08 52 58 68 67
Legenda: ■Péssima ■Ruim ■Regular ■Boa ■Ótima
Tabela 13 - IQACETESB dos pontos da microbacia hidrográfica do Lagoa em 2010.

Cerca de 65% dos resultados de coliformes termotolerantes para o padrão de classe 2,


dos córregos desta microbacia, estiveram acima do permitido, seguido de 60% do parâmetro
fósforo e 5% para o parâmetro OD, onde os mesmo podem ser observados no Gráfico 7.

Gráfico 7 - Porcentagem dos valores em desacordo com a CONAMA 357/ 2005 da microbacia do Lagoa.

No Mapa 8 estão demonstradas as tendências de evolução do IQA médio entre os


anos de 2009 e 2010, podendo ser observado que para esta microbacia todos os cinco pontos
avaliados apresentaram uma pequena melhora, visto ainda se enquadrarem na mesma
classificação do índice de qualidade boa.

29
Trimestre Parâmetros Limite CONAMA 357 LAO 01 LAO 02 BUR 01 LAO 03 LAO 08
Data da Coleta - 19/02/10 19/02/10 19/02/10 19/02/10 19/02/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 20.000 50.000 1.000 10.000 160.000
pH 6,0 a 9,0 7,30 7,30 6,80 7,10 6,80
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 2,80 2,40 2,00 1,50 2,60
1° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,04 0,11 0,10 0,09 0,11
Nitrogênio Total (mg/L N) - 6,00 4,90 2,10 4,20 2,70
Temperatura (°C) - 24,80 24,90 25,30 25,60 25,90
Turbidez (UNT) ≤ 100 22,00 19,00 1,00 10,00 15,00
Sólidos Totais (mg/L) - 116,00 99,00 41,00 83,00 77,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 7,10 7,00 5,90 7,30 7,00
Data da Coleta - 01/06/10 01/06/10 01/06/10 01/06/10 01/06/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 9.000 10.000 1.000 1.000 20.000
pH 6,0 a 9,0 7,70 7,60 7,30 7,20 7,20
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 2,60 2,60 2,90 2,40 2,60
2° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,25 0,15 0,03 0,09 0,15
Nitrogênio Total (mg/L N) - 6,00 5,30 2,60 5,10 2,90
Temperatura (°C) - 18,30 18,80 20,20 20,30 20,90
Turbidez (UNT) ≤ 100 25,00 23,00 2,00 12,00 16,00
Sólidos Totais (mg/L) - 120,00 131,00 133,00 126,00 130,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 7,30 7,80 5,70 7,90 7,80
Data da Coleta - 05/08/10 05/08/10 05/08/10 05/08/10 05/08/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 3.000 5.000 1.000 1.000 1.000
pH 6,0 a 9,0 7,80 8,00 7,50 7,62 7,61
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 2,90 3,40 2,20 3,90 2,90
3° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,09 0,28 0,12 0,34 0,18
Nitrogênio Total (mg/L N) - 5,10 4,10 2,20 3,80 3,20
Temperatura (°C) - 19,50 18,40 19,50 19,20 19,30
Turbidez (UNT) ≤ 100 9,00 8,00 1,00 4,00 10,00
Sólidos Totais (mg/L) - 115,00 109,00 76,00 96,00 121,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 8,10 8,41 5,27 8,73 7,80
Data da Coleta - 09/11/10 09/11/10 09/11/10 09/11/10 09/11/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 5.000 8.000 200 7.000 2.000
pH 6,0 a 9,0 7,32 7,17 6,24 6,88 7,50
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 1,00 1,00 1,00 1,00 1,30
4° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,09 0,25 0,03 0,12 0,18
Nitrogênio Total (mg/L N) - 5,00 6,70 4,80 5,80 3,50
- Temperatura (°C) - 26,00 25,50 26,00 26,50 25,70
Turbidez (UNT) ≤ 100 11,00 11,00 2,00 4,00 12,00
Sólidos Totais (mg/L) - 121,00 111,00 24,00 79,00 121,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 6,15 5,85 3,30 6,15 6,50

Tabela 14 - Resultados dos parâmetros analisados na microbacia do Lagoa.

30
31

31
5.1.7. Microbacia do Prosa

O ponto PRO 01 apresentou boa qualidade de água, Tabela 15, nos quatro trimestres
de 2010, pois se situa a 0,4 km da confluência dos córregos Joaquim Português e
Desbarrancado, nascentes ainda protegidas, e localizado na primeira ponte do Parque das
Nações Indígenas, próximo à divisa com o Parque Estadual do Prosa.
No segundo ponto de amostragem, o ponto PRO 02, foram identificados lançamentos
clandestinos de esgoto no sistema de galeria de águas pluviais, no córrego Sóter à montante
deste ponto, assim como lançamento de sistemas de tratamento de alguns condomínios
residenciais localizados no bairro Carandá, fiscalizados pela SEMADUR. Tais fatos embasam o
aumento significativo no valor de coliformes termotolerantes conforme observado na Tabela 16,
aporte de fósforo e sólidos. Observa-se ainda à montante deste ponto um pequeno afluente.
No córrego Sóter, em seu primeiro ponto SOT 01, na saída do Parque Municipal do
Sóter observa-se processo erosivo e consequente assoreamento do leito, além da presença de
lançamento clandestino de esgoto na rede de água pluvial.
Interferiram na qualidade da água do ponto SOT 02 os bairros São Lourenço, Chácara
Cachoeira, Vilas Boas e Tiradentes. As análises mostraram altos valores de coliformes
termotolerantes, oriundos dos mesmos fatos relatados para o ponto PRO 02.
O córrego Vendas, monitorado em dois pontos VEN 01 e 02 apresentou altos valores
do parâmetro coliformes termotolerantes. Em vistorias foi observado o acúmulo de resíduos
sólidos próximos ao local da coleta destes pontos que podem estar recebendo contribuições de
ligações clandestinas de esgoto na galeria de águas pluviais, cujas origens ainda não foram
confirmadas pelo Programa Córrego Limpo.
O ponto PRO 03 está localizado após seus dois principais afluentes, Sóter e Vendas, e
recebe contribuição heterogênea de áreas residencial e comercial, principalmente setor de
serviços de manutenção de veículos, garagens, postos de combustíveis, apresentando ainda
altos valores de coliformes termotolerantes.

Períodos
Código do Ponto
1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim
PRO 01 78 71 73 79
PRO 02 55 61 65 50
SOT 01 57 68 77 62
SOT 02 52 60 53 57
VEN 01 59 59 61 61
VEN 02 57 68 53 56
PRO 03 58 60 50 55
Legenda: ■Péssima ■Ruim ■Regular ■Boa ■Ótima
Tabela 15 - IQACETESB dos pontos da microbacia do Prosa em 2010.

Nesta microbacia observou-se, por meio do Gráfico 8 um alto percentual de resultados


do parâmetro coliformes termotolerantes em desacordo com a classificação de seus respectivos

32
corpos d’água, o que se deve provavelmente à presença de animais de sangue quente próximo
das áreas de coleta de amostra d’água.

Gráfico 8 - Porcentagem dos valores dos parâmetros em desacordo com a CONAMA 357/ 2005 da
microbacia do Prosa.

No Mapa 9 está demonstrada a tendência de evolução de qualidade da água por meio


de comparativo realizado entre os anos de 2009 e 2010, em que todos os pontos de
monitoramento apresentaram uma melhora de qualidade.

33
Trimestre Parâmetros Limite CONAMA 357 PRO 01 PRO 02 PRO 03 SOT 01 SOT 02 VEN 01 VEN 02
Data da Coleta - 11/03/10 28/01/10 28/01/10 28/01/10 28/01/10 28/01/10 28/02/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 200 50.000 70.000 40.000 300.000 20.000 30.000
pH 6,0 a 9,0 6,90 6,80 6,90 6,80 6,70 6,80 7,10
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 3,30 4,00 5,00 1,70 1,70 1,00 2,50
1° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,05 0,14 0,14 0,06 0,13 0,15 0,18
Nitrogênio Total (mg/L N) - 1,50 3,60 4,10 5,00 6,50 14,60 10,60
Temperatura (°C) - 24,10 25,50 26,70 24,50 24,20 25,80 26,10
Turbidez (UNT) ≤ 100 25,00 6,00 6,00 4,00 2,00 1,00 3,00
Sólidos Totais (mg/L) - 72,00 151,00 169,00 126,00 131,00 81,00 196,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 7,60 7,70 7,80 7,80 7,70 6,00 7,20
Data da Coleta - 10/06/10 22/04/10 22/04/10 22/04/10 22/04/10 22/04/10 22/04/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 900 10.000 10.000 2.000 10.000 20.000 6.000
pH 6,0 a 9,0 7,20 7,80 8,10 7,90 7,60 7,20 8,00
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 3,30 1,30 1,60 1,40 2,20 1,00 1,20
2° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,09 0,28 0,34 0,15 0,46 0,28 0,34
Nitrogênio Total (mg/L N) - 1,60 6,20 5,50 12,60 10,90 16,90 13,40
Temperatura (°C) - 21,60 26,40 26,00 27,20 25,50 26,10 25,90
Turbidez (UNT) ≤ 100 5,00 4,00 3,00 7,00 3,00 1,00 2,00
Sólidos Totais (mg/L) - 13,00 115,00 111,00 168,00 131,00 91,00 199,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 8,10 7,70 8,00 7,40 7,40 6,60 7,30
Data da Coleta - 02/07/10 06/07/10 06/07/10 06/07/10 06/07/10 06/07/10 06/07/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 1.000 20.000 110.000 1.000 10.000 10.000 25.000
pH 6,0 a 9,0 7,90 8,00 8,20 8,00 8,10 7,50 8,10
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 1,70 1,00 2,00 1,90 3,90 1,00 2,80
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,03 0,15 0,34 0,09 1,50 0,18 0,58

Nitrogênio Total (mg/L N) - 1,00 5,40 7,20 12,30 9,10 15,70 7,00
Temperatura (°C) - 23,70 21,30 21,70 22,50 21,60 24,10 23,00
Turbidez (UNT) ≤ 100 2,00 2,00 4,00 4,00 2,00 1,00 2,00
Sólidos Totais (mg/L) - 7,00 161,00 152,00 156,00 149,00 278,00 200,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 7,70 8,40 8,50 8,20 8,00 6,40 7,00
Data da Coleta - 09/11/10 03/11/10 03/11/10 03/11/10 03/11/10 03/11/10 03/11/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 100 100.000 60.000 1.000 10.000 10.000 40.000
pH 6,0 a 9,0 6,50 7,91 7,92 5,21 8,01 7,61 7,89
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 1,30 2,50 1,00 2,10 3,10 1,00 1,50
4° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,03 0,31 0,21 0,03 0,40 0,21 0,31
Nitrogênio Total (mg/L N) - 1,60 9,00 8,20 15,30 8,70 14,60 12,30
Temperatura (°C) - 24,00 23,90 24,10 25,70 22,80 24,10 24,10
Turbidez (UNT) ≤ 100 7,00 17,00 6,00 5,00 4,00 2,00 3,00
Sólidos Totais (mg/L) - 11,00 186,00 81,00 178,00 184,00 166,00 186,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 7,50 7,58 7,90 7,40 7,49 6,14 7,37
Tabela 16 - Resultados dos parâmetros analisados na microbacia do Prosa.
[

34
35

35
5.1.8. Microbacia do Segredo

A porção norte da microbacia, próxima às nascentes é ocupada principalmente por


chácaras de recreio ou de produção de hortifrutigranjeiros destinados ao abastecimento local.
Parte dos bairros localizados nessa região ainda não possui rede coletora de esgoto.
A partir da Rua Ovídeo Serra o córrego Segredo foi canalizado e a partir da Av. Euler
de Azevedo sentido centro, foram identificadas diversas ligações clandestinas de esgoto,
diretamente no córrego ou na galeria de águas pluviais através de vistorias realizadas em 2010
pelo Programa Córrego Limpo vide anexo 3.Tais ligações afetaram a qualidade d’água nos
pontos de monitoramento SEG 02, SEG 03 e SEG 04. As vistorias geraram diversas
notificações e autos de infração na tentativa de encaminhar os esgotos adequadamente para o
tratamento e consequentemente melhorar a qualidade das águas do córrego Segredo.
À montante do trecho canalizado, o córrego Segredo recebe o lançamento dos
efluentes tratados de ETE’s condominiais.
O ponto representante da nascente do córrego Segredo, SEG 01, recebe contribuição
das nascentes localizadas na área do exército brasileiro e recebe contribuição dos bairros Mata
do Segredo, Cel. Antonino, Novos Estados, Mata do Jacinto e Nova Lima. Não se constataram
lançamentos clandestinos de esgotos próximos a este ponto de monitoramento, que apresentou
boa qualidade de água para todos os trimestres analisados.
Após a união do tributário da Lagoa da Cruz e tributário do Parque Mata do Segredo,
localiza-se o ponto SEG 06, cujas principais contribuições são atividades de pesqueiros,
bovinocultura e agricultura, além de pequena contribuição pelo uso urbano. Para este ponto
ainda, se observa que há um carreamento significativo de partículas sólidas pelo fato de suas
nascentes estarem localizadas numa área de transição entre a Unidade Homogênea dos
Arenitos da Formação Caiuá e Unidade Homogênea formado por Basalto Arenitos
Intertrapeanos da Formação Serra Geral. Nesta área há forte ocorrência de ravinas a partir de
escoamentos concentrados e erosão laminar, no entanto o cálculo do IQA mostra a boa
qualidade da água local durante todo o ano conforme observado na Tabela 17.

A aproximadamente 1,3 km do ponto SEG 06, o ponto SEG 07 mostrou redução em


sua qualidade, provavelmente porque recebe contribuição de ocupação urbana. Contudo, a
maior contribuição para a diminuição da qualidade são pesqueiros, agricultura e pecuária.
Do ponto SEG 01 para o ponto SEG 08 nota-se que houve um pequeno aumento na
quantidade de coliformes termotolerantes, mas sem alteração significativa na qualidade final das
águas, conforme o cálculo do IQA utilizando os resultados das análises apresentadas na Tabela
18 .

A classificação do IQA nos quatro trimestres de 2010 para o ponto SEG 09 foi boa,
apesar do aumento do valor de coliformes termotolerantes no 4º trimestre, provavelmente por
contribuição da Vila São João Bosco próximo à Comunidade Quilombola e do afluente Seminário
a cerca de 0,1 Km à montante do ponto.
À montante do SEG 02 há contribuição de efluentes lançados por condomínios e
também do afluente córrego Cascudo, explicando seu elevado número de coliformes e a sua
baixa qualidade da água em relação aos outros pontos do córrego.
36
O ponto SEG 03, localizado à jusante da ETE Cabreúva desativada em março de
2010, apresentou altos valores de coliformes termotolerantes, o que se deve provavelmente ao
rompimento de um trecho de tubulação da rede coletora de esgoto, o qual foi descoberto e
reparado no final do 4º trimestre de 2010. Além disso, os valores de DBO5,20 e fósforo ficaram
acima dos padrões da legislação apenas no primeiro trimestre, antes da desativação da estação.
As nascentes do córrego Cascudo se encontram canalizadas nas proximidades do
bairro Cruzeiro. No ponto CAS 01 observa-se contribuição por lançamento clandestino de
esgoto; contribuição de uma atividade de plantio de hortaliças, nas margens direita e esquerda
do córrego, prováveis causas do elevado valor de DBO5,20, apesar da boa qualidade indicada
pelo valor do IQA.
O ponto CAS 02 recebe toda contribuição da bacia do Cascudo e pode-se notar,
olfativa e visualmente, que há lançamento clandestino de esgoto entre o ponto CAS 01 e o
presente ponto, inferindo-se como esta a causa do valor apresentado de coliformes
termotolerantes e nitrogênio total.

Código Períodos
do Ponto 1º Trim 2° Trim 3° Trim 4° Trim
SEG 01 55 74 77 62
SEG 08 68 75 68 67
SEG 09 58 64 63 50
SEG 02 45 52 48 55
SEG 03 48 48 52 58
SEG 04 38 49 45 48
SEG 06 71 74 70 71
SEG 07 49 53 64 60
CAS 01 65 51 59 53
CAS 02 61 49 44 53
Legenda: ■Péssima ■Ruim ■Regular ■Boa ■Ótima
Tabela 17 - IQACETESB dos pontos da microbacia do Segredo em 2010

No Gráfico 9 estão demonstradas as porcentagens dos resultados de cinco


parâmetros, analisados nos córregos Segredo e Cascudo, em desacordo com a CONAMA
357/2005 para a classe 2.

Gráfico 9 - Porcentagem dos valores dos parâmetros em desacordo com a CONAMA 357/2005 da
microbacia do Segredo

É possível visualizar no Mapa 10 a evolução do IQAMÉDIO para os anos de 2009 e 2010.

37
Trimestre Parâmetros Limite CONAMA 357 SEG 01 SEG 02 SEG 03 SEG 04 SEG 06 SEG 07 SEG 08 SEG 09 CAS 01 CAS 02
Data da Coleta - 09/03/10 03/03/10 03/03/10 18/01/10 09/03/10 09/03/10 09/03/10 09/03/10 09/03/10 09/03/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 1.000 310.000 900.000 2.500.000 1.000 80.000 2.000 12.000 1.000 20.000
pH 6,0 a 9,0 7,20 7,40 7,20 6,80 7,30 7,40 7,10 7,50 7,40 7,60
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 1,50 3,60 12,00 7,40 1,00 1,00 1,00 1,00 11,00 1,00
1° Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,07 0,09 0,13 0,64 0,06 0,12 0,07 0,16 0,14 0,11
Nitrogênio Total (mg/L N) - 5,80 7,27 10,63 14,40 1,58 5,90 1,90 4,75 6,30 11,00
Temperatura (°C) - 26,20 26,60 26,30 26,70 23,80 23,70 23,00 23,20 24,60 26,20
Turbidez (UNT) ≤ 100 274,00 45,00 51,00 808,00 11,00 91,00 12,00 33,00 1,00 1,00
Sólidos Totais (mg/L) - 208,00 393,00 217,00 266,00 181,00 196,00 169,00 177,00 30,00 43,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 7,40 7,10 6,80 6,30 7,20 7,60 7,20 7,80 5,00 7,30
Data da Coleta - 08/06/10 08/04/10 08/04/10 08/04/10 08/06/10 08/06/10 08/06/10 08/06/10 08/06/10 08/06/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 200 20.000 380.000 800.000 400 22.000 400 4.000 60.000 1.500.000
pH 6,0 a 9,0 7,00 7,50 7,50 7,50 7,60 7,40 7,20 7,70 7,40 7,70
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 1,80 1,00 1,30 5,60 3,00 3,00 1,60 1,40 3,00 8,00
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,21 0,52 0,43 0,58 0,06 0,09 0,06 0,06 0,25 0,86

Nitrogênio Total (mg/L N) - 5,20 5,00 5,20 10,10 1,30 5,10 1,50 4,50 5,10 9,60
Temperatura (°C) - 21,70 22,80 22,90 22,60 20,10 21,30 19,90 20,90 20,90 23,80
Turbidez (UNT) ≤ 100 79,00 53,00 46,00 36,00 8,00 59,00 11,00 27,00 5,00 7,00
Sólidos Totais (mg/L) - 163,00 295,00 278,00 290,00 149,00 265,00 127,00 57,00 170,00 124,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 8,20 8,10 8,00 7,50 8,00 8,20 8,20 8,40 5,00 6,30
Data da Coleta - 05/08/10 03/08/10 03/08/10 03/08/10 05/08/10 05/08/10 05/08/10 05/08/10 03/08/10 03/08/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 500 120.000 40.000 700.000 1.000 10.000 800 2.000 1.000 500.000
pH 6,0 a 9,0 8,00 7,85 7,85 7,72 8,78 8,00 7,84 8,44 7,53 7,83
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 2,00 3,70 4,10 8,00 2,50 5,10 3,40 5,50 3,30 2,10
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,18 0,37 0,34 0,98 0,25 0,34 0,34 0,28 0,12 0,89

Nitrogênio Total (mg/L N) - 7,30 6,70 6,70 8,60 1,70 6,40 2,10 6,00 5,80 12,20
Temperatura (°C) - 18,10 21,20 21,20 21,70 16,30 17,20 16,50 17,20 21,40 22,30
Turbidez (UNT) ≤ 100 6,00 21,00 21,00 24,00 4,00 11,00 21,00 16,00 5,00 8,00
Sólidos Totais (mg/L) - 100,00 173,00 173,00 208,00 161,00 166,00 153,00 209,00 261,00 241,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 8,80 8,19 8,19 7,88 8,78 9,00 9,08 8,97 4,27 4,89
Data da Coleta - 09/11/10 14/10/10 14/10/10 14/10/10 09/11/10 09/11/10 09/11/10 09/11/10 14/10/10 14/10/10
Coliformes Termotolerantes (NPM/100 ml) ≤ 1000 300 40.000 10.000 800.000 700 10.000 1.000 30.000 3.000 500.000
pH 6,0 a 9,0 6,77 8,14 8,08 7,89 6,83 6,68 7,00 6,96 7,99 8,06
DBO5,20 (mg/L O2) ≤5 1,00 1,00 3,00 4,60 1,00 1,00 3,80 3,90 2,70 1,70
Fósforo Total (mg/L P) ≤ 0,1 0,15 0,25 0,15 0,58 0,06 0,12 0,03 0,58 0,09 0,06

Nitrogênio Total (mg/L N) - 8,10 6,90 9,10 10,90 2,80 3,30 7,80 8,20 7,40 12,60
Temperatura (°C) - 24,00 23,30 23,30 23,60 24,00 25,00 25,00 25,00 23,00 24,70
-
Turbidez (UNT) ≤ 100 92,00 15,00 13,00 15,00 11,00 20,00 42,00 26,00 5,00 2,00
Sólidos Totais (mg/L) - 169,00 82,00 96,00 111,00 57,00 90,00 224,00 96,00 193,00 106,00
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) ≥5 5,95 8,01 8,04 7,47 6,45 6,35 6,00 6,50 3,50 7,46
Tabela 18 - Resultados dos parâmetros analisados na microbacia do Segredo.

38
39

39
5.2. Resultado geral do comparativo da Qualidade das Águas Superficiais entre os
anos de 2009 e 2010

De acordo com o cálculo dos índices de qualidade da água, foram obtidas as


porcentagens por classificação do IQA como péssimo, ruim, regular, bom, ótimo, para cada
microbacia nos anos de 2009 e 2010, observados respectivamente nas Tabela 19 e Tabela 20.
Em 2009 verificou-se que os maiores percentuais relativos de amostras que
apresentaram qualidade ruim foram de pontos localizados nas microbacias do Segredo (12%),
Imbiruçu (8%) e do Anhanduí (6%). Já as amostras que apresentaram qualidade boa
concentraram-se nas microbacias do Lageado, Lagoa e Prosa.
Nº de IQA ótimo IQA bom IQA regular IQA ruim IQA péssimo
Total de
Microbacias pontos Nº de Nº de Nº de Nº de Nº de
análises % % % % %
analisados análises análises análises análises análises
Anhanduí 8 31 - - 18 58 11 36 2 6 - -
Bálsamo 3 9 - - 7 78 2 22 - - - -
Bandeira 7 21 - - 16 76 5 24 - - - -
Imbiruçu 7 25 - - 15 60 8 32 2 8 - -
Lageado 9 28 - - 26 93 2 7 - - - -
Lagoa 5 15 - - 15 100 - - - - - -
Prosa 7 22 - - 20 91 2 9 - - - -
Segredo 10 32 - - 13 41 15 47 4 12 - -
Total 56 183 - - 130 71 45 25 8 4 - -
Tabela 19 – Quantidade e Porcentagem dos resultados do IQACETESB por microbacia em 2009.

Em 2010 foram observados dois valores de IQA com qualidade ótima na microbacia do
Lageado, o que se deve principalmente, pelo seu atual estado de proteção, visto ser um dos
principais mananciais para abastecimento público do município. Verificou-se também que a
microbacia do Lagoa apresentou qualidade boa para todos os pontos. Continuaram
apresentando valores de IQA com classificação ruim as microbacias do Anhanduí (11%) e do
Imbiruçu (6%).
Nº de IQA ótimo IQA bom IQA regular IQA ruim IQA péssimo
pontos Total de
Microbacias Nº de Nº de Nº de Nº de Nº de
analisados análises análises %
análises
%
análises
%
análises
%
análises
%

Anhanduí 16 44 - - 10 23 29 66 5 11 - -
Bálsamo 3 12 - - 11 92 1 8 - - - -
Bandeira 7 28 - - 21 75 7 25 - - - -
Imbiruçu 10 33 - - 21 64 10 30 2 6 - -
Lageado 9 36 2 6 34 94 - - - - - -
Lagoa 5 20 - - 20 100 - - - - - -
Prosa 7 28 - - 26 93 2 7 - - - -
Segredo 10 40 - - 27 68 13 33 - - - -
Total 67 241 2 1 170 70 62 26 7 3 - -
Tabela 20 - Quantidade e Porcentagem dos resultados do IQACETESB por microbacia em 2010

40
Nos anos de 2009 e 2010 as microbacias que apresentaram maior percentual de
análises com qualidade boa foram a do Lageado e a do Lagoa, sendo que na primeira os pontos
LAG 02 e LAG 08 nos 2º e 1º trimestre de 2010, respectivamente, foi calculado IQA com
classificação ótima, devido ao fato destes pontos estarem localizados em áreas com pouco
adensamento urbano, preservadas e muito próximas ao limite urbano do município.
Estes resultados demonstram que o monitoramento da qualidade da água nas
microbacias de Campo Grande reflete as condições ambientais dos corpos d’água as quais são
influenciadas pelos diversos usos do solo e da água.
É possível observar pelas Tabela 19 e Tabela 20 que, embora tenha ocorrido um
aumento no número de resultados de IQA “bom” entre os anos de 2009 e 2010, isto é de 130
para 170 amostras, verificou-se por meio do Gráfico 10, uma porcentagem de valores
semelhantes de IQA proporcionalmente ao número de análises realizadas nos referidos anos.
2009 2010
4%

25%

71%

Legenda: ■Péssima ■ Ruim ■ Regular ■ Bom ■ Ótima


Gráfico 10 - Comparativo da distribuição percentual dos valores de IQACETESB no ano de 2009 e 2010

Para cada microbacia foi calculado o IQAMÉDIO, dos anos de 2009 e 2010, a fim de
conhecer as tendências da qualidade das águas que permitem o diagnóstico ambiental e a
avaliação de como os corpos d’água vem correspondendo ao longo dos anos, em termos
qualitativos, às intervenções antrópicas.

Gráfico 11 - Tendência dos valores de IQAMÉDIO entre os anos de 2009 e 2010


41
Em termos gerais, dentre os cinqüenta e seis pontos analisados, no período de 2009 e
2010, 72% destes pontos apresentaram um IQAMÉDIO com probabilidade de tendência de
melhora, 23% obtiveram uma tendência de piora em sua qualidade e apenas 5% mantiveram a
qualidade de tendência estável como pode ser observado no Gráfico 11.
As maiores porcentagens de tendência de melhora do IQA MÉDIO estão nas microbacias
do Bálsamo e Lagoa em 100% dos pontos, seguidos das microbacias do Anhanduí e do Prosa
com 87,5% dos pontos apresentando assim uma tendência de melhora.
Alguns dos fatores que contribuem para a melhora na tendência da qualidade dos
corpos hídricos estão na ocorrência de paralisação de atividades industriais que acabam por
cessar o lançamento de seus efluentes tratados nos córregos, além de que houve também a
desativação de algumas Estações de Tratamento de Esgoto e a ampliação da cobertura de
instalação de rede pública coletora de esgoto.

42
6. CONCLUSÕES

As análises realizadas no período de 2009 e 2010 demonstraram que há uma variação


de resultados entre a classificação boa e regular na qualidade da água, cujos alguns dos fatores
que colaboraram para a depreciação do IQA foram: lançamentos clandestinos de esgoto no
sistema de galeria de águas pluviais ou diretamente no córrego; lançamento de efluentes
industriais; acúmulo de resíduos sólidos próximos ao local da coleta destes pontos; e possível
influência de estações elevatórias de esgoto, as quais podem ter sofrido algum problema de
extravasamento de esgoto.
Ressalta-se que os dados do índice de qualidade, demonstrados neste relatório
apenas fornecem uma visão geral sobre as condições de qualidade das águas superficiais,
sendo necessários estudos mais aprofundados dos corpos hídricos principalmente com relação
aos dados hidrológicos ocorrentes nas microbacias estudadas.
Assim, recomenda-se a instalação de postos fluviométricos e elaboração de estudos
de vazão dos pontos de monitoramento, para que seja possível o cálculo da carga de poluentes
encontrados nos corpos hídricos municipais, uma vez que tal medida retrata com mais precisão
o estado de qualidade da água.
Tais estudos visam a subsidiar uma análise mais detalhada do monitoramento
realizado, visto que uma alteração nos eventos hidrológicos em relação a uma série histórica
anterior, pode tanto intensificar o processo de poluição difusa diminuindo a qualidade do corpo
hídrico estudado, bem como melhorar a qualidade da água em função da diluição de poluentes.
Por fim, os resultados demonstrados neste Relatório ainda corroboram e enfatizam a
necessidade de manutenção, ampliação da rede de amostragem além da implantação do
monitoramento quantitativo dos cursos d’água municipais, no âmbito da execução do programa
Córrego Limpo, Cidade Viva.

43
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Indicadores de Qualidade - Índice de Qualidade das Águas.


Disponível em: <http://pnqa.ana.gov.br/IndicadoresQA/IndiceQA.aspx#_ftn8>. Acesso em: 08
julho. 2011.

APHA; AWWA; WPCF. Standard Methods for the Examination for Water and Wastewater.21st
ed. Washington: American Public Health Association, 2005.

CETESB. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. IQA. Relatório de Qualidade das
Águas Superficiais no Estado de São Paulo 2009. São Paulo: CETESB, 310p. 2009

CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA nº 357. Dispõe sobre a


classificação dos corpos de água e diretrizes para o seu enquadramento, bem com estabelece
as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Brasília: 2005.
Diário Oficial da União, 18 mar. 2005.

CONSÓRCIO RES Planejamento em Drenagem Urbana - PLANO DIRETOR DE DRENAGEM


URBANA DE CAMPO GRANDE - Manual de Drenagem Urbana, Relatório – R10, 2008

DIAS, C. A. Dissertação Avaliação das Águas Superficiais dos Corpos Hídricos Urbanos na
Cidade de Campo Grande-MS, Utilizando Índices de Qualidade das Águas, 2005

MATO GROSSO DO SUL. Conselho Estadual de Controle Ambiental. Deliberação CECA/MS nº


003. Dispõe sobre a preservação e utilização das águas das bacias hidrográficas do Estado de
Mato Grosso do Sul, e dá outras previdências. Campo Grande: 1997. Diário Oficial nº 4575, 24
jul. de 1997.

PLANURB – Instituto Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente. Carta Geotécnica de


Campo Grande – MS. Campo Grande, PMCG. 1998.

PLANURB – Instituto Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente. Carta de Drenagem


de Campo Grande – MS. Campo Grande, PMCG. 1998.

PLANURB – Instituto Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente. Perfil


socioeconômico de Campo Grande, Edição 2006 - 2007. 13 ed. ver. Campo Grande: PMCG,
193p. 2006.

SOARES, P. F. Dissertação Projeto e Avaliação de Desempenho de Redes de Monitoramento de


Qualidade da Água Utilizando o Conceito de Entropia, 2001

44
ANEXO 01: MÉTODOS ANALÍTICOS DOS PARÂMETROS ANALISADOS NO
LABORATÓRIO DE EFLUENTES DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE
ESGOTO LOS ANGELES

45
Parâmetros Método APHA, AWWA, WPCF 21º Ed.
Coliformes Termotolerantes Membrana filtrante 9222 B e D
DBO Azida modificado 5210 - B
Fósforo Total Cloreto Estanoso 4500-P - D
Nitrogênio Total Macro - Kjeldahl 4500 – Norg B
Oxigênio Dissolvido Azida modificado 4500-O – C
pH Potenciométrico 4500-H+ - B
Sólidos Totais Resíduo Seco a 105º 2540 - B
Temperatura da Água Termômetro °C -
Turbidez Nefelométrico 2130 - B
Tabela – Métodos analíticos dos parâmetros
Fonte: APHA, AWWA, WPCF (2005)

46
ANEXO 02: RESULTADOS DA CONEXÃO NA REDE PÚBLICA DE COLETA DE
ESGOTO

47
■ Motivos diversos: Inscrições imobiliárias inativas;
■ Multa implantada: Imóveis em que não foi realizada a conexão na rede pública de esgoto e, portanto, tiveram a multa do auto de
infração implantada; ■ Sem rede: Imóveis sem disponibilidade de rede de
esgoto;
■ Aguardando providências: Aguardando vencimento do prazo para a conexão;
■ Territorial ou não habitável: Imóveis não geradores
■ Soleira negativa: Imóveis sem cota para realizar a conexão por gravidade; e
de esgoto; e
■ Arquivados: Imóveis com a irregularidade sanada ou que não são passiveis de conexão.
■ Conectados: Irregularidade sanada.
Gráfico - Produtos da fiscalização na Bacia Hidrográfica do Segredo

48
ANEXO 03: RESULTADOS DA IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE
LANÇAMENTO DE ESGOTO NO CÓRREGO SEGREDO

49
50

50
ANEXO 04 – TABELA DE LOCALIZAÇÃO E DETALHES DOS PONTOS DE
MONITORAMENTO

51
TABELA DE LOCALIZAÇÃO E DETALHES DOS PONTOS DE MONITORAMENTO (continua)

BACIA CURSO COORDENADAS


PONTO SITUAÇÃO LOCALIZAÇÃO MOTIVO INCLUSÃO DO PONTO
HIDROGRÁFICA D'ÁGUA PLANAS

N 7733855,6
Consolidado desde o 1º
ANH 01 E 0747499,5
Trimestre/2009
Altitude: 525,37

Av. Ernesto Geisel esquina com a Rua Jusante confluência do Córrego Prosa com
Cubatão - EEE Marcos Roberto 003 e 004 Segredo e EEE

N 7730348,6
Consolidado desde o 1º
ANH 04 E 0744950,5
Trimestre/2009
Altitude: 502,66

Av. Ernesto Geisel com o pontilhão da Av. Jusante confluência com o Córrego Bandeira
Ezequiel Ferreira Lima - EEE Guanandi 023 e EEE

N 7727306,6
Consolidado desde o 1º
ANH 05 E 0744212,5
Trimestre/2009
Altitude: 493,01

Continuidade da Rua Caulin - ETE Aero


Jusante de lançamento de uma ETE
Rancho (desativada))

N 7727639,6
Anhanduí Anhanduí Excluído desde o
ANH 06 E 0744272,5
2º Trimestre/2010
Altitude: 497,77

Final da Av. Ernesto Geisel esquina com a


Av. Campestre - ETE Aero Rancho Montante do Lançamento de uma ETE
(desativada)

N 7725688,6
Consolidado desde o 1º
ANH 07 E 0743937,5
Trimestre/2009
Altitude: 490,17

Rua Dário Anhaia Filho - ETE Los Angeles Montante 500m do Lançamento de uma ETE

N 7725076,9
Consolidado desde o 1º
ANH 08 E 743427,3
Trimestre/2009
Altitude: 497,83

Ponte localizada sob a Av. Henrique Bertin -


Jusante 200m do lançamento de uma ETE
ETE Los Angeles

N 7724435,0
Incluído desde o
ANH 09 E 0742851,0
3º Trimestre/2010
Altitude: 480,63

Jusante 50m da confluência com o Córrego


Confluência com o Córrego Formiga
Formiga

52
TABELA DE LOCALIZAÇÃO E DETALHES DOS PONTOS DE MONITORAMENTO (continuação)

BACIA CURSO COORDENADAS


PONTO SITUAÇÃO LOCALIZAÇÃO MOTIVO INCLUSÃO DO PONTO
HIDROGRÁFICA D'ÁGUA PLANAS

N 7731754,6
Consolidado desde o 1º
ANH 10 E 0746171,5
Trimestre/2009
Altitude: 512,73

Montante confluência com o Córrego


Av. Manoel da Costa Lima esquina com Av.
Bandeira e Jusante estação elevatória de
Ernesto Geisel - EEE Guanandizão 010
esgoto

N 7732815,0
Consolidado desde o 1º
ANH 11 E 0746874,7
Trimestre/2009
Altitude: 512,23

Av. Ernesto Geisel entre a Rua Patriarca e a


Jusante estação elevatória de esgoto
Av. Bom Sucesso - EEE Taquarussu 005

N 7719818,0
Incluído desde o
ANH 12 E 0737209,0
3º Trimestre/2010
Altitude: 472,13

BR 060 (Saída para Sidrolândia). Localizado


Jusante confluência com o Córrego Imbiruçu
dentro da Fazenda Braham Center Triunfo

Anhanduí Anhanduí
N 7723848,0
Incluído desde o3º
ANH 13 E 0741874,0
Trimestre/2010
Altitude: 481,00

BR 060 (Saída para Sidrolândia). Entrada Jusante confluência com o Córrego Formiga
pelo viveiro de mudas Meurer e Montante confluência com Imbiruçu

N 7725242,0 SEM FOTO


Incluído desde o
ANH 14 E 0743626,2
3º Trimestre/2010
Altitude: 479,00

Pós Lançamento da ETE Los Angeles Jusante 100m do Lançamento de uma ETE

N 7725120,9 SEM FOTO


Incluído desde o
ANH 15 E 0743487,3
3º Trimestre/2010
Altitude: 478,00

Pós Lançamento da ETE Los Angeles Jusante 250m do Lançamento de uma ETE

N 7724761,0
Incluído desde o
ANH 16 E 0743168,0
3º Trimestre/2010
Altitude: 477,00

Pós Lançamento da ETE Los Angeles Jusante 700m do Lançamento de uma ETE

53
TABELA DE LOCALIZAÇÃO E DETALHES DOS PONTOS DE MONITORAMENTO (continuação)

BACIA CURSO COORDENADAS


PONTO SITUAÇÃO LOCALIZAÇÃO MOTIVO INCLUSÃO DO PONTO
HIDROGRÁFICA D'ÁGUA PLANAS

N 7724064,0
Incluído desde o
FOR 01 E 0744839,0
3º Trimestre/2010
Altitude: 506,69

Continuação da Av. Henrique Bertin, antes


da entrada da ETE Los Angeles sentido Nascente Córrego Formiga
Anhanduí Formiga Sidrolândia

N 7724461,6
Incluído desde o
FOR 02 E 0742910,5
3º Trimestre/2010
Altitude: 480,63

Entrada para o Presídio Federal, à montante


Montante ao Aterro Municipal
do mesmo

N 7731025,0
Consolidado desde o 2º
BAL 01 E 0753509,0
Trimestre/2009
Altitude: 600,15

Cruzamento das Ruas Eliza Bocaiúva da


Nascente Córrego Bálsamo
Costa com Novo Estado.

Bálsamo Bálsamo N 7729742,0


Consolidado desde o 2º
BAL 02 E 0751023,0
Trimestre/2009
Altitude: 554,00

Área de influência e contribuição dos Bairros


Rua Paraisópolis esquina com a Av.Santo
Santo Eugênio, Jardim Ametista e
Eugênio
Universitário

N 7727724,6
Consolidado desde o 2º
BAL 04 E 0747924,5
Trimestre/2009
Altitude: 511,09

Av. Guaicurus entre a Av. Marginal do Montante Confluência com o Córrego


Bálsamo e Rua dos Gonçalves Imbiruçu

N 7731988,5
Consolidado desde o 2º
BAN 01 E 0751995,6
Trimestre/2009
Altitude: 584,16

Rotatória da Av. Rita Vieira com a R.Drº.


Nascente Córrego Bandeira
Bandeira Bandeira Olavo Vilella de Andrade

N 7731825,1
Consolidado desde o 2º
BAN 02 E 0751333,2
Trimestre/2009
Altitude: 572,35

Ponte continuação da Avenida Bom Pastor Montante Lago do Radio Clube Campo

54
TABELA DE LOCALIZAÇÃO E DETALHES DOS PONTOS DE MONITORAMENTO (continuação)

BACIA CURSO COORDENADAS


PONTO SITUAÇÃO LOCALIZAÇÃO MOTIVO INCLUSÃO DO PONTO
HIDROGRÁFICA D'ÁGUA PLANAS

N 7732455,5
Consolidado desde o 2º
BAN 05 E 0751639,0
Trimestre/2009
Altitude: 593,25

Av. Rita Vieira de Andrade com a


Nascente Córrego Bandeira
Continuidade da Rua Francisco Pereira Lima

N 7731138,6
Consolidado desde o 2º
Bandeira BAN 06 E 0747837,5
Trimestre/2009
Altitude: 522,54

Pontilhão localizado na Rua do Hipódromo


Jusante Lago do Amor
com a Rua Sertãozinho

N 7730983,6
Bandeira Consolidado desde o 1º
BAN 07 E 0746072,5
Trimestre/2009
Altitude: 506,02

Av. Ernesto Geisel, ponte sobre o Córrego Montante confluência com o Rio Anhanduí e
Bandeira - EEE Bandeira 020 Jusante estação elevatória de esgoto

N 7732408,0
Consolidado desde o 2º
CAB 01 E 0750066,0
Trimestre/2009
Altitude: 573,33

Rua Planalto esquina com a Rua Rolândia Nascente Córrego Cabaça


Cabaça

N 7731647,5
Consolidado desde o 1º
CAB 03 E 0749001,1
Trimestre/2009
Altitude: 544,34

Acesso pela Rua Interna da UFMS, próximo


Jusante estação elevatória de esgoto
ao Paliteiro – EEE Cabaça 022

N 7740240,0
Consolidado desde o 2º
Imbiruçu IMB 01 E 0744256,0
Trimestre/2009
Altitude: 574,12

Av. Drº Euler de Azevedo, próximo ao Tênis


Nascente Córrego Imbiruçu
Clube
Imbiruçu

N 7739403,6
Consolidado desde o 2º
Imbiruçu IMB 02 E 0743732,5
Trimestre/2009
Altitude: 554,05

Nova Avenida (Margeando Córrego


Imbiruçu) com continuação da Av. Florestal - Montante Lançamento de uma ETE
ETE Coophatrabalho

55
TABELA DE LOCALIZAÇÃO E DETALHES DOS PONTOS DE MONITORAMENTO (continuação)

BACIA CURSO COORDENADAS


PONTO SITUAÇÃO LOCALIZAÇÃO MOTIVO INCLUSÃO DO PONTO
HIDROGRÁFICA D'ÁGUA PLANAS

N 7738900,9 SEM FOTO


Consolidado desde o 1º
IMB 03 E 0743588,0
Trimestre/2009
Altitude: 554,05

Rua Nipoã entre as Ruas Angatua e


Jusante Lançamento de uma ETE
Juventus. ETE - Coophatrabalho

N 7737336,6
Consolidado desde o 2º
IMB 04 E 0741502,5
Trimestre/2009
Altitude: 525,89

Montante Confluência com o Córrego


Prolongamento da Rua Piquia
Serradinho

N 7736651,5
Incluído desde o
Imbiruçu IMB 13 E 0739878,4
3º Trimestre/2010
Altitude: 520,00

Montante lançamento de um frigorífico e


Próximo ao Viaduto da Avenida Duque de
Jusante lançamento de uma indústria de
Caxias com Rua Dezesseis
plástico

Imbiruçu N 7735383,0
Incluído desde o
IMB 17 E 0738722,0
3º Trimestre/2010
Altitude: 507,00

Jusante Lançamento de uma Estação de


Final da Rua Silvio Ayala Silveira
Tratamento de Efluente de um frigorífico

N 7720711,0
Incluído desde o
IMB 18 E 0736738,0
4º Trimestre/2010
Altitude: 469,00

Primeira ponte na entrada da Fazenda


Montante Confluência com o Rio Anhanduí
Braham Center Triunfo

N 7736945,6
Consolidado desde o 2º
SER 01 E 0743196,5
Trimestre/2009
Altitude: 551,19

Av. Capibaribe com Rua Macaé Nascente Córrego Serradinho


Serradinho

N 7737062,6
Consolidado desde o 1º
SER 02 E 0741817,5
Trimestre/2009
Altitude: 527,82

Entre as Ruas Professor Zeferino Mestrinho


Montante Lançamento de uma ETE
e Prolongamento da Macaé - ETE Sayonara

56
TABELA DE LOCALIZAÇÃO E DETALHES DOS PONTOS DE MONITORAMENTO (continuação)

BACIA CURSO COORDENADAS


PONTO SITUAÇÃO LOCALIZAÇÃO MOTIVO INCLUSÃO DO PONTO
HIDROGRÁFICA D'ÁGUA PLANAS

N 7737068,6 SEM FOTO


Consolidado desde o 1º
Imbiruçu Serradinho SER 03 E 0741716,5
Trimestre/2009
Altitude: 527,82

Final da Av. Júlio de Castilho (sentido


Jusante Lançamento de uma ETE
bairro) - ETE Sayonara

N 7734118,6
Consolidado desde o 2º
LAG 01 E 0755154,5
Trimestre/2009
Altitude: 613,69

Prolongamento da Av. Marines S. Gomes -


Montante estação elevatória de esgoto
EEE Maria Pedrossioan 012
Estribo

N 7733286,2
Consolidado desde o 1º
LAG 08 E 0754635,1
Trimestre/2009
Altitude: 623,66

Rodoanel Rodoviário Próximo a Avenida


Jusante estação elevatória de esgoto
Marques de Pombal – EEE Tiradentes 013

N 7728092,6
Consolidado desde o 2º
LAG 02 E 0753767,5
Trimestre/2009
Altitude: 550,64

Rodoanel Rodoviário prolongamento da Rua


Captação de Água do Córrego Lageado
Salomão Abdala
Lageado

N 7726989,0 Consolidado desde o 2º


LAG 03 E 0747087,0 Trimestre/2009
Altitude: 499,41

Ponte na Rua Escaramuça com o Córrego Jusante confluência com o Córrego


Lageado Bálsamo
Lageado

N 7727528,8
Consolidado desde o 1º
LAG 04 E 0749379,4
Trimestre/2009
Altitude: 515,94

Rua Francisco Martins de Souza, próximo a


Jusante ETE desativada e estação
antiga ETE Mario Covas e jusante a EEE
elevatória de esgoto em funcionamento
Mário Covas 011

N 7730409,6
Consolidado desde o 2º
LAG 05 E 0755443,5
Trimestre/2009
Altitude: 568,36

Estrada que dá Acesso para Aeroporto


Jusante Contribuição dos Bairros Maria
Santa Maria e Pesqueiro Pesque Pague
Aparecida Pedrossian e Tiradentes
Harmonia

57
TABELA DE LOCALIZAÇÃO E DETALHES DOS PONTOS DE MONITORAMENTO (continuação)

BACIA CURSO COORDENADAS


PONTO SITUAÇÃO LOCALIZAÇÃO MOTIVO INCLUSÃO DO PONTO
HIDROGRÁFICA D'ÁGUA PLANAS

N 7726407,6
Consolidado desde o 1º
Lageado LAG 06 E 0744728,5
Trimestre/2009
Altitude: 492,11

Acesso pela Rua Evelina Figueiredo Montante confluência com o Rio Anhanduí e
Selingardi - EEE Los Angeles Montante estação elevatória de esgoto

N 7732372,8
Consolidado desde o 2º
Lageado Estribo LAG 09 E 0755448,2
Trimestre/2009
Altitude: 581,00

Localizado dentro da área Dahma III, entre


Jusante estação elevatória de esgoto
as Ruas Licuala e Lupino - EEE Dahma

N 7725841,6 SEM FOTO


Consolidado desde o 1º
Poção LAG 11 E 0753583,1
Trimestre/2009
Altitude: 553,53

Prolongamento da Rua Camaçari - EEE


Jusante estação elevatória de esgoto
Moreninhas 033

N 7732367,6
Consolidado desde o 2º
Buriti BUR 01 E 0742640,5
Trimestre/2009
Altitude: 525,11

Rua Antônio Bandeira esquina com a Rua


Nascente Córrego Buriti
Luiz Cardoso Aires

N 7733914,6
Consolidado desde o 2º
LAO 01 E 0744553,5
Trimestre/2009
Altitude: 540,33

Rua Campo Sales com o Córrego Lagoa Nascente Córrego Lagoa


Lagoa

N 7732404,6
Consolidado desde o 2º
LAO 02 E 0743902,5
Trimestre/2009
Lagoa Altitude: 522,88

Av. Roseira com o Córrego Lagoa, próximo


Montante estação elevatória de esgoto
Chácara Bonança - EEE Bonanza 017

N 7731122,6
Consolidado desde o 2º
LAO 03 E 0743162,5
Trimestre/2009
Altitude: 514,17

Jusante de uma ETE desativada e de uma


Rua Panambi Verá, próxima a ETE São
estação elevatória de esgoto em
Conrado (desativada) e EEE Lagoa 028
funcionamento

58
TABELA DE LOCALIZAÇÃO E DETALHES DOS PONTOS DE MONITORAMENTO (continuação)

BACIA CURSO COORDENADAS


PONTO SITUAÇÃO LOCALIZAÇÃO MOTIVO INCLUSÃO DO PONTO
HIDROGRÁFICA D'ÁGUA PLANAS

N 7728393,6
Consolidado desde o 1º
Lagoa Lagoa LAO 08 E 0742244,5
Trimestre/2009
Altitude: 500,24

Acesso pelo prolongamento da Rua Pedro


Jusante estação elevatória de esgoto
Gomes

N 7736511,6
Consolidado desde o 2º
PRO 01 E 0753952,5
Trimestre/2009
Altitude: 589,50

Nascente Córrego Prosa, jusante da


Ponte próxima da Divisa do Parque do
Confluência dos Córregos Joaquim
Prosa com Parque Indígena
Português e Desbarrancado

N 7736195,5
Prosa Consolidado desde o 2º
PRO 02 E 0752064,7
Trimestre/2009
Altitude: 566,15

Av. Luiz Alexandre de Oliveira (Via Park) Jusante Lago do Parque das Nações
com Córrego Prosa Indígenas e Confluência com Córrego Sóter

N 7734878,6
Consolidado desde o 2º
PRO 03 E 0749524,9
Trimestre/2009
Altitude: 530,31

Av. Fernando Correa da Costa com a Rua


Confluência com o Córrego Vendas
Prosa Sebastião de Lima

N 7738947,6
Consolidado desde o 2º
SOT 01 E 0752797,5
Trimestre/2009
Altitude: 636,70

Rua Rio Negro esquina com a Av. Nelly


Nascente Córrego Sóter
Martins (Via Park)
Sóter

N 7737267,0
Consolidado desde o 1º
SOT 02 E 0752392,0
Trimestre/2009
Altitude: 579,43

Av. Nelly Martins entre a Av. Golden Gate e


Montante Confluência com o Córrego Prosa
Rua Helio Pereira Correia

N 7734496,0
Consolidado desde o 2º
Vendas VEN 01 E 0751415,0
Trimestre/2009
Altitude: 598,79

Córrego Vendas entre as Ruas Itajaí e


Nascente Córrego Vendas
Nelson Figueiredo Junior

59
TABELA DE LOCALIZAÇÃO E DETALHES DOS PONTOS DE MONITORAMENTO (continuação)

BACIA CURSO COORDENADAS


PONTO SITUAÇÃO LOCALIZAÇÃO MOTIVO INCLUSÃO DO PONTO
HIDROGRÁFICA D'ÁGUA PLANAS

N 7734969,0
Consolidado desde o 2º
Prosa Vendas VEN 02 E 0750409,0
Trimestre/2009
Altitude: 546,12

Rua Antônio Oliveira Lima com o Córrego


Montante Confluência com o Córrego Prosa
Vendas

N 7738083,6
Consolidado desde o 2º
CAS 01 E 0749466,5
Trimestre/2009
Altitude: 588,64

Rua Pio Rojas próximo a Av. Rachid Neder Nascente Córrego Cascudo
Cascudo

N 7737930,6
Consolidado desde o 2º
CAS 02 E 0748302,5
Trimestre/2009
Altitude: 538,53

Av. Rachid Neder entre as Ruas 14 de Julho Montante Confluência com o Córrego
e a Av. Ernesto Geisel Segredo

N 7741527,6
Consolidado desde o 2º
SEG 01 E 0752111,5
Trimestre/2009
Altitude: 625,05

Rua Elmira Ferreira com o Córrego Segredo Nascente Córrego Segredo


Segredo

N 7737284,6
Consolidado desde o 1º
SEG 02 E 0748014,5
Trimestre/2009
Altitude: 532,78

Av. Ernesto Geisel, entre as Ruas Jequitibá Montante lançamento de uma ETE
e Caviúna - ETE Cabreúva. desativada.
Segredo

N 7736969,6
Consolidado desde o 1º
SEG 03 E 0748026,5
Trimestre/2009
Altitude: 532,78

Av. Ernesto Geisel, entre as Ruas Santos Jusante lançamento de uma ETE
Dumont e José Barbosa. ETE Cabreúva. desativada.

N 7735424,6
Consolidado desde o 2º
SEG 04 E 0748045,5
Trimestre/2009
Altitude: 524,11

Av. Ernesto Geisel esquina com a Rua


Montante Confluência com o Córrego Prosa
Barão do Rio Branco

60
TABELA DE LOCALIZAÇÃO E DETALHES DOS PONTOS DE MONITORAMENTO (continuação)

BACIA CURSO COORDENADAS


PONTO SITUAÇÃO LOCALIZAÇÃO MOTIVO INCLUSÃO DO PONTO
HIDROGRÁFICA D'ÁGUA PLANAS

N 7742080,1
Consolidado desde o 2º
SEG 06 E 0750176,0
Trimestre/2009
Altitude: 597,31

Rua Manoel José Lopes com o Córrego Jusante das Nascentes localizadas no
Segredo Bairro Mata do Segredo

N 7740865,6
Consolidado desde o 2º
SEG 07 E 0749876,5
Trimestre/2009
Altitude: 589,16

Montante Confluência com Córrego


Acesso pela Alípio Britto (Centro Espírita Lar
localizado na divisa dos Bairros Mata do
Mãe Mariana)
Segredo Segredo Segredo e Coronel Antonino

N 7740641,6
Consolidado desde o 2º
SEG 08 E 0749982,5
Trimestre/2009
Altitude: 589,16

Acesso pela Alípio Britto, ponte próximo ao Montante Confluência com o Córrego
Centro Espírita Lar Mãe Mariana localizado no Bairro Mata do Segredo

N 7739632,6
Consolidado desde o 2º
SEG 09 E 0748954,5
Trimestre/2009
Altitude: 569,57

Montante Confluência com o Córrego


Rua Canaã com o Córrego Segredo
Cascudo

61

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