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Cefaléia bilateral e provoca pouca ou nenhuma náusea e não mais que um dos sintomas
(náuseas, fotofobia ou fonofobia leve). A dor se caracteriza pela sensação de aperto ou
compressão, é leve a moderada e ocorre em episódios curtos com duração variável
(episódica), ou é contínua (crônica). A dor é associada a fator negativo quanto a todos os
outros da enxaqueca.
● EPISÓDICA: no mínimo 10 episódios ocorridos entre 12 e 15 dias ao mês, com
duração de 30min a 7 dias. A dor é bilateral, não pulsátil, é leve a moderada e não
piora com a atividade física. Os sintomas associados incluem ausência de náuseas
e não mais que um dos sintomas (fotofobia ou fonofobia)
● CRÔNICA: persiste por no mínimo 15 dias a cada mês e estendem-se por no
mínimo 3 meses. Os sinais associados devem incluir não mais que um de náuseas,
fotofobia ou fonofobia leve.
Definida também como ‘não-enxaqueca’, pois não é unilateral, não é pulsátil, não piora com
atividade física e não está associada á náuseas. Essa possui frequência , duração e
gravidade extremamente variáveis.
Cefaléia autônomo do trigêmeo: caracterizam-se por dor trigeminal associada ás
manifestações parassimpáticas autonômicas, inclusive alterações da sudorese, ptose,
miose, hiperemia das escleras e das conjuntivas, congestão nasal e/ou rinorréia. O
mecanismo ocorre pela estimulação do ramo V1 do nervo trigêmeo, que causa ativação dos
reflexos parassimpáticos cranianos. É constituída por um grupo de cefaleias:
Cefaleia em salva:
Estimulação do ramo V1 do trigêmeo que causa estímulos reflexos parasimpáticos
Alterações parassimpáticas: sudorese, ptose, miose, hiperemia das escleras e das
conjuntivas, congestão nasal e/ou rinorréia
Fibromialgia:
Dor generalizada crônica e hipersensibilidade à estímulos mecânicos Resposta anormal do
eixo hipotálamo-hipofisário ao estresse.
Associada a outras síndromes dolorosas crônica.
Considerações gerais:
1. Patogenia não esclarecida.
2. Redução generalizada no limiar de dor mecânica (compressão).
3. Prevalência feminina 9:1
4. Queixa de insônia, fadiga e angústia.
Nos interessa apenas saber os diagnósticos, para diferenciá-las das afecções que devem
ser tratadas pelo dentista.
Explicação do livro:
● Dor generalizada crônica há mais de 3 meses (partes superior e inferior do corpo,
região lombar) e hipersensibilidade aos estímulos mecânicos evidenciada em mais
de 11 dos 18 pontos dolorosos. Além da dor musculoesquelética os pacientes
também se queixam de insônia, fadiga e angústia.
● É decorrente de uma resposta anormal do eixo hipotálamo-hipofisário ao estresse,
associada a outros transtornos significativos de humor e outras síndromes dolorosas
crônicas, tais como síndrome da guerra do Golfo e lombalgia.
● ‘Síndrome dolorosa crônica que se caracteriza por dor generalizada, pontos
dolorosos, distúrbios do sono e fadiga extrema’.
● A Síndrome fibromiálgica (SFM) não apresenta uma única manifestação específica,
mas constitui um complexo de sinais e sintomas.
● O elemento mais importante no seu diagnóstico é a dor musculoesquelética crônica
(há mais de 3 meses) generalizada de origem desconhecida. A dor deve ser relatada
em todos os quatro quadrantes do corpo e também na região lombar, entretanto não
necessariamente ao mesmo tempo.
● Sinais e sintomas: insônia e fadiga; alodinia mecânica (pontos dolorosos);
sensibilidade central (somação temporal anormal da segunda dor); ativação
exagerada das áreas encefálicas relacionadas com a dor (evidenciada por
ressonância magnética); resposta hipotálamo-hipófisária anormal ao estresse;
disautonomia (variabilidade anormal da frequência cardíaca, hipotensão medida por
mecanismos neurais).
● A Alodinia mecânica é avaliada através dos pontos dolorosos localizados nas áreas
das inserções tendíneas a partir de um algômetro ou por compressão com o polega.
O ponto doloroso é positivo quando o limiar da dor é alcançado a aplicação de
pressões menores que 4kg, ou quando se aplica pressão com o polegar e o limiar de
dor é alcançado (antes que o leito do polegar empalideça).
Artigo:
● FM é uma síndrome clínica de etiologia desconhecida, que acomete principalmente
mulheres, sendo caracterizada por dor musculoesquelética difusa e crônica,
tipicamente associada a fadiga, distúrbios do sono, distúrbios do humor, entre outros
sintomas. É relacionada, em sua fisiopatologia, a uma desregulação
neuromodulatória central. O diagnóstico da FM é essencialmente clínico, sendo os
critérios definidos pelo Colégio Americano de Reumatologia (ACR) em 1990.
● A Prevalência da FM varia em média de 0,5%a 5%na população em geral;
predomina no sexo feminino (9:1) e acomete um número maior de indivíduos na
faixa etária de 30 a 60 anos. A prevalência de FM não sofre influência de raça, nível
socioeconômico ou cultural.
Dor e a vida social:
● Limitações
● Qualidade de vida
● Atendimento
● Mudanças de Humor
● Relação com a depressão
Artigo:
● Em relação ao gênero feminino: Apesar de tanto as cefaléias primárias quanto a FM
serem prevalentes no gênero feminino, a FM é proporcionalmente mais freqüente do
que as cefaléias primárias nesse gênero. Diferentemente do que ocorre com a M, na
qual a faixa etária mais acometida está entre os 20 e 40 anos de idade, na FM a
maior prevalência é observada em pacientes com idades pouco mais avançadas.
● Tanto na FM como na cefaléia, a dor é o principal sintoma. Dor é associada com
alterações no processamento central do estímulo sensitivo. Ainda, as síndromes
dolorosas são caracterizadas pela diminuição no limiar da dor e na diminuição da
capacidade de atuação dos sistemas descendentes de modulação da dor. A relação
de comorbidade entre cefaléia e FM pode indicar a existência de alguma forma de
sensibilização central comum às duas doenças, com compartilhamento de eventos
neuroquímicos.
● Nicolodi et al.(17) relataram que M e FM teriam em comum uma desregulação no
sistema serotoninérgico e hiperalgesia difusa associada a um padrão anormal
de síntese de óxido nítrico. A indução de uma deficiência de serotonina por
meio da administração de fenclonina a pacientes migranosos levou ao surgimento
de dor difusa. Esse quadro de dor característico da FM foi revertido com a
suspensão da medicação. Ainda, realizaram um estudo farmacológico em que
bloquearam receptores N-metil-D-aspartato (NMDA), relacionados à presença de
hiperalgesia, quando excitados. Outro braço do estudo foi a administração de
cetamina, um antagonista NMDA, a pacientes com MC (n = 97) e com FM (n = 35)
refratárias aos tratamentos convencionais. Após 15 dias, houve melhora significativa
dos sintomas dolorosos.
● Em 1999, Okifuji et al.(18) observaram que dos 70 pacientes com cefaléia primária
(M e CTT) avaliados, 28 apresentaram hiperalgesia difusa à digito-pressão
muscular, apesar de não se queixarem desse sintoma.
● Peres et al.(28) relataram que os pontos dolorosos (tender points) da FM poderiam
ser considerados como uma alodínia que, provavelmente, seria a expressão clínica
de uma sensibilização central secundária ao aumento de glutamato no sistema
nervoso central.
● Conclusão do artigo: Poucos são os estudos epidemiológicos que demonstram a
relação entre FM e cefaléia. Os dados publicados na literatura não são homogêneos
quanto à amostragem e à metodologia empregada, dificultando comparações.
Assim, seus achados e conclusões devem ser interpretados com cautela. Com base
nos estudos avaliados, ainda não é claro se o diagnóstico de cefaléia é mais
prevalente nos pacientes com FM. Contudo, pode-se observar que FM é muito mais
prevalente nos pacientes com cefaléia primária, especialmente M, quando
comparada com a sua freqüência na população em geral. A análise realizada neste
trabalho permite inferir que, num ambulatório de cefaléia de atendimento terciário, a
provável prevalência de fibromialgia é em torno de 30%.
ESTUDO DIRIGIDO
1- Dores de cabeça causadas pelo uso de medicação excessiva, ou por consumo de
álcool, são classificadas como secundárias. Explique o que são dores de cabeça
primárias, dando 3 outros exemplos de ambas.
R: Cefaléia primária são distúrbios por si só. O livro cita a não existência de alterações intra
cranianas, mas alguns exames podem apontar modificação nos impulsos nervosos, por
exemplo. A cefaleia secundária é decorrente de alguma outra alteração, que trás consigo a
dor.
2- Estabeleça aspectos diagnósticos diferenciais entre as dores de cabeça tensional e
Migrânea.
R: A dor de cabeça tensional apresenta apenas um estímulo entre s diversos que podem
ser apontados na migranea, entre eles: náuse, fotofobia e fonofobia. A migrânea geralmente
é pulsátil e unilateral.
3- Cite 5 características da dor de cabeça em salva.
R: Congestão nasal, queimação na região, ptose, rinorreia e sudorese.
4- Segundo o artigo, todos os pacientes com Fibromialgia têm Cefaléia primária? Se
não, explique a relação que o artigo apresenta sobre essas duas morbidades.
R: Não. No entanto, em um local para tratamento de Fibromialgia, 1/3 em média dos
pacientes apresentarão Cefaléia. O tratamento de ambas é independente apesar de
acontecer essa associação no seu acontecimento.
5- Qual é a cefaleia mais frequente?
R: Tensional.
6- Qual é o aspecto clínico mais comum, observado no Current, dos pacientes com
Cefaléia tensional?
R: A ausência de outros fatores normais as outras cefaleias. O diagnóstico de cefaleia
tensional termina sendo por exclusão, visto ser importante tratá-la após a exclusão de
qualquer outra causa.
7- Qual é o exame por imagem utilizado para o diagnóstico da Cefaléia por salvas ou
trigeminal? Que região ele explora e qual é o resultado que aponta uma condição
positiva a essa morbidade?
R: Ressonância Magnética. Hiperatividade do Hipotálamo.
8- Observando o Current, descreva uma manifestação clínica de cefaléia por salva ou
trigeminal.
R: A crise começa repentinamente, com dores fortes e termina abruptamente também.
Ocorre em órbita e têmpora e possui curta duração.
9- Descreva clinicamente um paciente que possui Fibromialgia.
R: Dor musculo esqueletal crônica generalizada, ligada a quadros de ansiedade, fadiga
constante e insônia. \Essa dor localizada acontece não somente em pontos, mas de
maneira generalizada com uma baixa do limiar de dor do paciente como um todo.
10- O que são eventos desencadeantes para os pacientes com Fibromialgia?
R: São acontecimentos que antecedem uma crise como: traumatismo físico, infecções,
sofrimento emocional, distúrbios endócrinos e ativação imunológica que, em alguns casos,
provoca distúrbios auto- imunes e respostas graves no SNC.