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Tec Na Agricultura Versão Final Corrigida PDF
Tec Na Agricultura Versão Final Corrigida PDF
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Professor Teoria econômica e Economia Agroindustrial – UFSC . Departamento de Economia e Relações
Internacionais. Centro Sócio Econômico. Mestre Economia Rural pela URGS e Dr. Em Engenharia de
Produção – inteligência de Negócios pela UFSC.
Elaborado por: Prof. Dr. Francisco GELINSKI NETO – UFSC Página 1
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Setembro de 2012
1.Introdução
O gráfico acima é uma função de produção com três níveis tecnológicos que
provocou deslocamento de produção para níveis mais elevados. É o caso por exemplo da
incorporação de uma inovação no plantio que com mesma área de cultivo você obteria
maior número de plantas com uma semeadora especial utilizando a mesma quantidade de
mão de obra e obtendo maior produtividade.
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Professor Teoria econômica e Economia Agroindustrial – UFSC . Mestre Economia Rural pela URGS e Dr. Em
Engenharia de Produção – inteligência de Negócios pela UFSC.
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Recomendo a leitura do material OS TRANSGÊNICOS SOBREVIVERÃO AO TESTE DO MERCADO? Disponível
no moodle. Ver especialmente a página 1 a 6
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então basta você selecionar a data do programa e pronto. Neste caso foram exigências
externas por força de regulamentos que estaria obrigando os produtores a adotarem
práticas e equipamentos e construções que teoricamente contribuiriam para melhorar a
qualidade do produto, mas que acabam por inviabilizar o mercado e a produção devido à
excessiva distância e outros custos envolvidos para tal.
Tecnologia poupa terra - significa que você aumenta a produção sem aumentar a
área de cultivo (devido ao crescimento da produtividade dado incorporação de insumos
modernos);
Tecnologia poupa trabalho – significa que você obtém maior rendimento por
unidade de trabalho, ou seja, um homem consegue produzir muito mais (utilizando um
trator, uma colheitadeira, uma debulhadeira, uma esteira de transporte, um novo fluxo de
operações, um pulverizador motorizado ao invés de manual, uso de plantas de menor porte
que facilitam a colheita, etc.). Por isto, por um lado, muitos críticos afirmam que
mecanização exclui mão de obra, por outro lado, a mecanização torna menos penoso e
árduo o trabalho do produtor/trabalhador rural.
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A difusão é a disseminação da tecnologia entre os produtores. Os agentes técnicos da extensão atuam para
isto. Em meados do século 19, a partir da descoberta das leis da herança e do mecanismo de nutrição de
plantas, os conhecimentos passaram a ser cada vez mais produzidos pela ciência, com forte uso do método
experimental, em instituições especializadas do governo e da iniciativa particular. Como consequência, a
geração de conhecimento concentrou-se em poucos polos, ficando evidente a necessidade de organizar a
difusão de tecnologia em instituições com esse propósito e especializadas. Assim nasceu a extensão rural do
governo e a assistência técnica da iniciativa particular.
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aquecimento global e mesmo bem estar animal entre outros aspectos da sustentabilidade
ecológica que também interferem sobre a competitividade5 da agricultura.
Embora a reestruturação da agricultura brasileira tenha se concentrado entre os
anos 80 e, principalmente nos 90 a competitividade e, dela decorrentes a seleção de
produtores é um contínuo no agronegócio. Basta se observar a crise da suinocultura
catarinense que desencadeou ao longo 20 anos um processo de rápida exclusão e
concentração na produção. Além disto, cada vez se exige do produtor mais respeito ao
meio ambiente e maior produtividade mesmo frente às condições difíceis de volatilidade
de preços e incertezas ambientais com toda sorte de eventos extremos, tempestades,
estiagens, granizo e geadas, etc.... A inovação e a tecnologia convencional ou a adaptada
poderá ser utilizada tanto por extratos de produtores empresariais quanto por produtores
familiares. As tecnologias e inovações assumem relevante importância para aumentar a
produtividade, redução de custos e eficiência de gestão para ampliação/ manutenção de
mercados. Esta é uma resposta necessária devido ao acirramento competitivo entre
produtores e países. Em razão disto tudo a busca por conhecimentos/inovações e
tecnologias que resultem ganhos individuais ou coletivos para produtores de determinadas
regiões ou países contribuirão para sobrevivência ou crescimento frente ao ambiente
econômico cada vez mais exigente. Sobre inovações e também sobre o papel da EMBRAPA
ver o anexo (antes da bibliografia)
Esta seção empresta o título empregado por Silva (1995) em seu trabalho. Ele
apresentou a tecnologia sob a ótica dos clássicos, de Marx, de Schumpeter e de os
Neoclássicos. Os clássicos citados por Silva foram Smith que estudou a pouca possibilidade
de divisão de trabalho na agricultura comparativamente à manufatura e Ricardo que deu
sua importante contribuição sobre a renda da terra e em especial na renda diferencial
gerada em terras mais produtivas. Este estudo, de Ricardo, assume importância no
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Competitividade é capacidade de uma empresa crescer e sobreviver de modo sustentável. É característica
de um agente (empresa/país). Os blocos de Competitividade para Jank e Nassar (2000):
1) Capacidade produtiva/tecnológica; 2)Capacidade de inovação; 3)Capacidade de coordenação.
indústrias. Acontece que estas duas necessidades podem “esbarrar” na baixa velocidade de
crescimento da oferta de alimentos devido aos processos de baixa tecnologia empregados
na produção CARVALHO (1998). Está claro assim a necessidade de ampliação da oferta de
produtos agrícolas. Neste sentido, “nas economias em fase de desenvolvimento, torna-se
indispensável a adoção de processos de racionalização e técnica, com vistas à redução ou
otimização dos custos e maior eficiência e economicidade na fase produtiva”. (GASTALDI,
2001, p.147). Cumpre agora apontar as funções clássicas da agricultura no processo de
desenvolvimento: produção de quantidades crescentes de alimentos para a população que
cresce; de suprimento crescente de matéria prima para atender a expansão da indústria; de
fluxos de transferência de mão de obra para os setores não agrícolas; da agilização do
processo de formação de capital; do crescimento da capacidade de importar; da expansão
do mercado interno.
Como exposto anteriormente se a agricultura não cresce na velocidade necessária
para atender aos anseios da sociedade – seus papéis no desenvolvimento há que procurar
as causas e apontar as saídas. Portanto, a agricultura nos anos 50 e 60 era vista como um
segmento atrasado e um entrave para o desenvolvimento e haviam duas concepções gerais
sobre a justificativa da agricultura não gerar oferta suficiente de produtos agrícolas para
acelerar o desenvolvimento. As teses Cepalinas (dos economistas de formação e afiliação às
ideias da CEPAL) que consideravam o relativo atraso da agricultura como decorrente de
problemas estruturais da agricultura e especialmente o elevado índice de concentração
fundiária; de outra forma outro grupo de estudiosos considerava as questões econômicas
ligadas à agricultura é que travavam o desenvolvimento. Isto por que haveria um elevado
custo dos fatores de produção. A forma para superação deste custo seria por meio da
disponibilização dos referidos fatores (fertilizantes, máquinas, sementes, mudas, animais
melhorados, vacinas, etc) com industrialização, ou seja, agroindústrias fornecedoras (a
montante da agricultura) e, além disto, dever-se-ia facilitar a aquisição dos referidos fatores
por meio de financiamento e crédito. Esta ideia foi a que mais avançou com as políticas
voltadas para a modernização e financeirização e agro industrialização da agricultura
transformando os complexos rurais em complexos agroindustriais. Estes complexos
agroindustriais hoje são compostos pela interelação das inúmeras cadeias de produção de
alimentos abastecem o mercado interno e geram importante superávit comercial por meio
de exportações. Então, para o grupo da tese econômica a solução para a maioria dos
problemas no campo e nas cidades seria industrializar rapidamente o país. Os dois grupos
que debateram as questões relativas aos papéis da agricultura para o desenvolvimento
econômico e a forma de sair do relativo atraso que se encontrava foi apresentado por
PAULILLO (1997) como pertencentes ao grupo de interpretação clássica: 1) Feudalista; 2)
Capitalista; 3) Estruturalista; 4) Dualista e 5) Modernizante. Há ainda o grupo dos que
interpretam o desenvolvimento sob diversas matizes ao qual ela denominou de autores de
interpretações recentes.
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Estas mudanças tecnológicas viriam para responder à principal questão que era Como fazer crescer a
produção agrícola? A dificuldade estava em alterar o ritmo lento do crescimento de produtividade dos
fatores tradicionais de produção – Terra, trabalho e capital . E também a constatação que o ritmo lento era
consequência do baixo nível tecnológico existente no modelo tradicional de agricultura geradora de baixa
produtividade e, portanto era necessário inovações, ou seja, modificações tecnológicas. Em razão destes
argumentos foram incorporados fatores de produção que ao interagirem com os fatores tradicionais
gerariam uma produtividade marginal mais alta.= ∆ PT/∆x = (PT é produção total, x é quantidade de insumos
ou fatores e ∆ significa variação na produção e na quantidade de insumos). Esta relação indica que ao
adicionarmos fatores de produção “modernos” deveríamos obter aumentos substanciais de produção. Neste
sentido foram, por exemplo, substituídos fatores de produção de oferta menos elástica por outros de oferta
mais elástica. Por exemplo: adubos químicos substituindo adubos orgânicos; máquinas e equipamentos
substituindo força de trabalho; etc.
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poupam os fatores relativamente escassos. Daí as inovações mecânicas – para poupar mão-
de-obra – e qüimícas – para poupar terra. A interpretação modernizante ganhou
notoriedade no início dos anos 70, quando assume importância a idéia do pacote
tecnológico nos processos de geração e difusão das inovações no Brasil. Haveria diversas
variáveis que dificultam a adoção de tecnologias. Uma delas é a aversão ao risco dados, por
exemplo, idade, renda, porte do produtor. A principal crítica a esta vertente refere-se ao
fato de não conseguir ser massiva o que tornou o processo excludente na medida que
apenas os produtores com acesso a recursos (fatores – financiamentos) lograram
incorporar7 tecnologias – qüímicas, mecânicas e outras. Muitos pequenos produtores
foram marginalizados – teria sido uma modernização conservadora. Além disso, outros
aspectos externos tais como políticas econômicas deixaram de ser considerados mais
fortemente principalmente na década dos 70 e 80. De toda forma do esforço de
modernização resultou no crescimento da ligação com o setor de serviços (ampliação do
transporte, educação e assistência técnica) e o governo teve que desenvolver forte atuação
por meio de programas de pesquisa agronômica; extensão rural; crédito; educação; a
divulgação educativa (resultado das investigações) vencendo as resistências do agricultor.
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Sabe-se que os fatores não convencionais (insumos modernos) : A) são produzidos fora do setor agrícola; B)
devem estar disponíveis a preços, quantidade e tempo interessantes. Em razão disto Estreita-se o elo
agrícola- industrial, ou seja, o que muitos denominam de penetração do capitalismo no campo.
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A agricultura teria passado nesta mudança do “complexo agrário” ao “complexo agroindustrial”. Teria
ocorrido a substituição da economia “natural” por atividades agrícolas integradas à moderna industrialização,
a intensificação da divisão do trabalho e das trocas intersetoriais, a especialização da agricultura e a
substituição das importações pelo mercado interno.
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O setor agropecuário pagou um preço muito elevado pela industrialização do País. Sofreu
políticas discriminatórias de controles de preços e tributos na exportação. O Brasil, de
grande exportador mundial, tornou-se grande importador. Por meio do crédito rural
subsidiado, o governo criou políticas compensatórias, que não resolveram os problemas de
escassez de alimentos e acabaram concentrando renda na agricultura. Entretanto, quando o
Brasil estabilizou sua economia e removeu as políticas protecionistas para a indústria,
passando para um regime de exportações mais livres e desgravadas, o setor rural mostrou
toda a sua pujança nas exportações e no abastecimento interno. Nessa transição, os
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O conceito que engloba este relacionamento é o agronegócio ou agribusiness em cujo bojo traz um novo
papel ao produtor rural.Segundo Araújo, Wedekin, Pinazza (1990), a propriedade agrícola mudou sua
atividade de subsistência para uma operação comercial, em que os agricultores consomem, cada vez menos,
o que produzem. O moderno agricultor é um especialista, confinado às operações de cultivo e criação. Por
outro lado, as funções de armazenar, processar e distribuir alimento e fibra vão se transferindo, em larga
escala, para organizações além da fazenda. Essas organizações transformaram-se em operações altamente
especializadas. Criou-se um novo arranjo de funções fora, e a montante, da fazenda: a produção de insumos
agrícolas e fatores de produção, incluindo máquinas e implementos, etc. A jusante da fazenda formou-se
complexas estruturas e armazenamento, transporte, processamento, industrialização e distribuição ainda
mais formidáveis. Atualmente os complexos agro-industriais brasileiros desempenham uma significativa
importância na economia do país, referindo-se a todas as instituições que desenvolvem atividades, no
processo de produção, elaboração e distribuição dos produtos da agricultura e pecuária, etc...
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Revolução Verde refere-se à invenção e disseminação de novas sementes e práticas agrícolas que
permitiram um vasto aumento na produção agrícola em países menos desenvolvidos durante as décadas de
60 e 70. É um amplo programa idealizado para aumentar a produção agrícola no mundo por meio do
'melhoramento genético' de sementes, uso intensivo de insumos industriais, mecanização e redução do custo
de manejo.(Wikpédia).
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A partir dos anos 50, a agricultura brasileira viveu um período de intensa modernização,
associada à industrialização e à urbanização do País. Mesmo que o aumento da produção de
muitas culturas se vinculasse à conquista de novos espaços, como os cerrados, é notável o
fato de o Brasil ter se tornado, nos últimos 20 anos, um dos principais produtores e
exportadores de produtos agrícolas do mundo, graças ao aumento da produtividade. Uma
grande parte das propriedades agrícolas ficou, no entanto, à margem desse processo de
Durante largo período até meados dos 80 não havia correção monetária sobre os
financiamentos agrícolas e tão somente os juros. Em muitos casos houve ainda subsídios,
como foi o programa de aquisição de calcário e, durante muito tempo, subsídios e
regulação forte sobre o trigo. Havia uma política deliberada de industrializar o país. Por
isto, a agricultura se por um lado era estimulada, por outro, era uma transferidora de renda
para o setor urbano industrial. Com a crise de endividamento público as políticas de crédito
farto e barato ao setor agrícola foram substituídas por outras mais seletivas e com correção
monetária. Inclusive em 1989 a correção pela inflação sobre os débitos dos agricultores foi
desencadeadora de crise de endividamento do setor em razão da altíssima taxa de inflação
no final do governo Sarney.
O desempenho e a pujança nas diversas cadeias do agronegócio11 foram uma
conjunção de Pesquisa Tecnológica, instituição com liderança e articulação de atores
aliados a investimento em capital e qualificação que acabou por colocar o país entre os
principais exportadores de suco de laranja, café, carnes, soja, milho. (GASQUES et alii.,
2004). Ver tabela abaixo.
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Desempenho e crescimento do agronegócio no Brasil. IPEA. Texto 1009. Na internet.
Esta pujança não se observa para todos os produtores conforme analisa Alves
(2012). Pois, não estariam conseguindo aumentar a renda das propriedades e nem
participar adequadamente do mercado. A falta de tecnificação não seria problema de
difusão uma vez que em 11,4% dos estabelecimentos a produção gerada alcança 86,6% do
valor de produção. Neste sentido conclui que se estes produtores conseguiram
produtividade é por que eles obtiveram tecnologia e que a mesma estava difundida. Outro
indicador desta condição é a pujança do agronegócio exportador e gerador de alimentos
por meio das cadeias agroindustriais de carne (suínos, aves, bovinos) soja (óleo, alimentos
diversos e rações) milho (rações e alimentos) cana de açúcar (açúcar e bioenergia), laranja
(sucos e produto de mesa) café, leite, etc. Porém o problema são os demais ao redor de
88% dos produtores com baixa tecnificação (3,9 milhões de produtores)12 e que embora
em muito maior número conseguem produzir apenas 48,8% do produto do setor.
Dos 3,9 milhões, 1 milhão produziu 10% do valor de produção. Desse modo, o problema
mais complicado está com 2,9 milhões de estabelecimentos. Dissemos que a pesquisa gera
conhecimentos, e os agricultores os organizam em tecnologias ou em sistemas de produção,
com a ajuda da extensão rural ou da assistência técnica. No caso dos 3,9 milhões, é
aconselhável que a pesquisa organize os conhecimentos em sistemas de produção,
trabalhando em conjunto com a extensão e lideranças. Um dos critérios de organização é o
nível de entendimento das comunidades rurais. Para cada nível de entendimento,
aconselha-se um sistema específico. Também a administração do estabelecimento, como
um todo, precisa ser considerada. Difundir práticas isoladas é caminho certo para a falência
(Alves, 2012, s.p.).
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O texto Agricultura Brasileira em Crescimento Excludente? O Empobrecimento da Agricultura Brasileira
de ALVES, LOPES, CONTINI, Revista de Política Agrícola, jul - 1999 pode esclarecer esta condição
mesmo tempo em que são afetados podem afetar o padrão tecnológico e, em razão disto,
a política tecnológica para os pequenos produtores camponeses seria chave para
transformação do setor. Isto por que esta política poderá destruir, manter ou elevar a
economia camponesa a um patamar mais alto de integração com a economia global.
“Em outras palavras, a política tecnológica apresenta-se como de alta relevância no
direcionamento dos processos de diferenciação e de decomposição do setor camponês em
sentido ascendente ou descendente, isto é, na direção de um processo de proletarização
ou de capitalização”. (SILVA, 2003, p.137).
apropriadas a cada caso considerou que a produção de grãos (soja, milho, arroz, trigo etc.)
seria típica ao que ele denomina de lavoura do tipo texano. Este modelo é a intensivo em
mecanização, quimificação (fertilizantes e agroquímicos – fungicidas, herbicidas,
fertilizantes, foliares). Isto por que estas lavouras são tipicamente produtoras de bens
intermediários de baixo valor agregado – os grãos não tem utilização direta pelo
consumidor eles são processados e transformados em carnes, margarinas, produtos
lácteos. São lavouras típicas da agricultura do Texas, típica dos belts (corn belt, cotton belt –
cinturão do milho, cinturão do algodão, nos Estados Unidos da América), associa lavouras
mecanizadas com uso intensivo de insumos, produzindo commoditty com elevado padrão
de uniformidade, com preços cadentes pelo constante crescimento de produtividade. Ao
outro modelo ele denomina californiano que é mais intensivo em trabalho, menor relação
capital-trabalho, focando em produtos de alto valor unitário (aqui se incluem as frutas e
hortaliças, produtos orgânicos) intensivo em terra (cultivos adensados e cultivos
protegidos) e diferenciação pela qualidade (denominação de origem – produto de
agricultura familiar, por exemplo).
Veja mais sobre a exclusão dos produtores que não conseguem acompanhar os
avanços da tecnologia no trabalho de Gonçalves (2011) AGRICULTURA BRASILEIRA:
TRANSFORMAÇÕES HISTÓRICAS E DIFERENCIAÇÕES ESTRUTURAIS – do Instituto de
Economia Agrícola de São Paulo. Veja também sobre as políticas para cada tipo de
produtor.
http://www.iea.sp.gov.br/out/palestras/palestra2.pdf
Destas análises de Wilkinson (2008) aliadas às dos demais autores se pode concluir
que embora permaneçam as ameaças e dificuldades para amplo leque de produtores isto
poderá ser transformado em oportunidades desde que ele se utilize de estratégias para
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Sobre tecnologia e agricultura familiar sugere-se o trabalho de Mário Otávio Batalha e outros: Agricultura
Familiar e Tecnologia no Brasil: características, desafios e obstáculos. Ver na net.
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sobrevivência e crescimento. Entre elas estão sem dúvida em primeiro lugar a tecnologia.
Na verdade ela envolverá todas as demais. Aqui são encontráveis as ligadas a qualidade do
produto, certificações nas suas mais diversas formas – desde aquelas que certificam a
origem até aquelas que garantem o respeito ao meio ambiente e ao trabalhador rural entre
outras, ações coletivas – em especial na comercialização, os condomínios e associações de
produtores, busca de inserção em redes de comercialização, entre outras tantas que
exigirão cada vez mais informação e atualização permanente dos produtores. A tecnologia
para a agricultura hoje não é mais apenas a relativa à produção, mas de caráter sistêmico
que envolve uma interação cada vez maior entre produtores com o mercado e aplicações
de soluções à suas atividades que atendam as exigências cada vez maiores dos
consumidores. Por exemplo, hoje não se admite mais guardar leite na beira de estrada em
latões de alumínio, mas em tanques refrigerados. A exportação de carne bovina somente
ocorre se houver rastreabilidade por meio de código de barras e brincagem de animais. E,
com certeza vai chegar o momento que o produtor vai ter que provar, por exemplo, que ele
usa eficientemente a água, pois a agricultura é um dos grandes gastadores de água no
mundo. De tudo o que foi considerado anteriormente deve-se salientar que a tecnologia
garantirá rentabilidade se a produção extra gerada puder efetivamente ser comercializada
com preços adequados o que poderia facilitar a adoção de tecnologias. Novamente
destacamos que as certificações assumem relevante papel neste sentido.
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Exemplos de programas disponibilizados por recursos dos planos safra do Ministério da Agricultura
Pecuária e Abastecimento (MAPA) -1. MODERFROTA (Programa de Modernização da Frota de Tratores
Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras. 2. PRODECOOP (Programa de Desenvolvimento
Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária). 3. PROPFLORA (Programa de Plantio
Comercial e Recuperação de Florestas). 4. MODERAGRO (Programa de Modernização da Agricultura e
Conservação de Recursos Naturais. 5. PRODEAGRO (Programa de Desenvolvimento do Agronegócio). 6.
PRODEFRUTA (Programa de Desenvolvimento da Fruticultura). 7. FINAME AGRÍCOLA ESPECIAL: manutenção
ou recuperação de tratores agrícolas e colheitadeiras, além da aquisição de aviões de uso agrícola. Obs, nem
todos estão em vigência.
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O Ministério do Desenvolvimento Agrário também anuncia seu plano de apoio à agricultura familiar e aos
assentados de reforma agrária. Um dos programas usuais é o PRONAF.
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A pesquisa foi executada entre 1800 agricultores e 6000 consumidores no Brasil, India, Estados Unidos,
Alemanha e Espanha. (LEDUC, 2012).
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O Brasil por meio da EMBRAPA e outras instituições estão aptos também a fornecer
tecnologia para os países do continente africano conforme afirma Guarany (2012). Esta é a
resposta sobre a qual poderia ser a contribuição brasileira aos países do cinturão tropical
do planeta. Isto por que a carência de capital e Know-how são os principais entraves dos
países africanos. Estes são essenciais para produzir qualquer cultura agrícola por que
somente terra, água e mão de obra não garantiriam a produção mesmo que estivessem em
abundância.
Em alguns projetos, avaliados pela Fundação Getúlio Vargas, para países da África o
Brasil pode perfeitamente auxiliar com expertise tecnológica (know-how) para resolver a
escassez de alimentos e combustíveis. Aí se encontram projetos para produção de óleo de
Palma, milho, arroz, açúcar, soja, girassol, amendoim, agro energia com biodiesel e etanol.
(GUARANY, 2012).
http://yamin.net.br/development/pensa/wordpress/wp-
content/uploads/2011/10/AGRINDUS_a_fronteira_tecnologica_e_os_limites_da_r
entabilidade_19951.pdf
14.Sugestão de sites
1) Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (ICONE)
http://www.iconebrasil.org.br/pt/
2) PENSA - CENTRO DE CONHECIMENTO EM AGRONEGÓCIOS
http://pensa.org.br/
É urgente mudar o foco da política agrícola e deixar de lado medidas voltadas para produtos
específicos para atender com instrumentos diferentes cada classe de produtor, alertou o presidente
do Centro de Estudos da Fundação Getúlio Vargas, Mauro Lopes, com base em dados do Censo
Agrícola. Em seminário ontem pelos 60 anos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA), ele divulgou um estudo sobre as classes de renda na agricultura brasileira que confirmou
problemas como a forte dependência de fertilizantes importados, por exemplo, e que, pela primeira
vez, trouxe detalhes sobre a "classe média" na produção rural.
"Políticas voltadas para a produção são adequadas para as classes A, B e C, mas pouco
adequadas para grande parcela das classes D e E", concluiu o especialista. Políticas de apoio para
adoção de tecnologia são importantes para a consolidação da classe C e sua ascensão, disse. "A
concentração de renda e de área deriva da política dos últimos 20 anos, concentrada nos planos de
safra e em produtos (...) Deveríamos ter desenvolvido política centrada em nível de produtor, de
acesso a tecnologia, que é a grande causadora da ascensão das classes rurais produtoras."
Os pesquisadores descobriram, ainda, que o financiamento de tradings e de empresas
integradoras como a Brasil Foods é, de longe, bem mais importante que o financiamento bancário.
Esses mesmos agentes são também responsáveis pela manutenção de altos padrões de exigência
de produção e baixas margens de lucro ao produtor.
A técnica que permite integrar a atividade agrícola com a pecuária já tem mais de 20
anos. No começo, era usada apenas para recuperar as pastagens, baixando os custos do
produtor. Hoje, o aperfeiçoamento da integração lavoura-pecuária comprova que, além de
baixar custos, melhora a qualidade do solo, ajudando a aumentar a produtividade do milho
e da soja.
O Brasil tem o maior rebanho bovino comercial do mundo. São 200 milhões de
animais, o que corresponde a mais de uma cabeça para cada habitante do país. Porém, o
maior produtor mundial de carne não é o Brasil, e sim os Estados Unidos, que têm a
metade do nosso rebanho.
A diferença está na qualidade genética e, principalmente, no manejo da criação. Nos
Estados Unidos, a fase de cria é feita a pasto, mas 90% dos animais são engordados em
confinamentos gigantescos, onde recebem indução de hormônios para melhorar o ganho
de peso e comida à vontade.
Para transformar o cenário, primeiro é preciso fazer uma gradagem, incorporando o
mato e destruindo os cupins. Depois, vem o arado aiveca, para descompactar e revirar o
solo. Por fim, é necessário passar a grade niveladora para acertar o terreno. Em áreas com
declive, é necessário fazer curva de nível para evitar erosões.
No início, a cultura recomendada é o arroz, consorciado com a braquiária. A
correção do solo e a adubação dependem do resultado da análise do solo. O pulo do gato
está na hora do plantio. A plantadeira é regulada para colocar as sementes do arroz a
quatro centímetros de profundidade. As sementes do capim, no caso, a braquiária, são
colocadas junto com o adubo, a dez centímetros do chão.
A técnica faz o arroz nascer primeiro e reduz a competição entre as duas culturas. As
sementes do capim aproveitam os resíduos do adubo usado no arroz.
Com a colheita, o produtor paga os custos da recuperação do pasto e ainda sobra a palha
do arroz para adubar o capim. Duas semanas depois da colheita do arroz, a pastagem já
pode ser utilizada para alimentar o gado. Quatro anos depois, quando a área for renovada,
o produtor já pode usar culturas de maior valor econômico, como o milho e a soja....
A Coopercentral Aurora inaugurou a fábrica de processamento de leite anunciada como a mais moderna do
país, sábado, às margens da BR-282, em Pinhalzinho, no Oeste de SC. Com investimento de R$ 180 milhões, a
indústria tem capacidade de processamento de 2,2 milhões de litros de leite por dia.
A empresa iniciou a implantação da unidade no primeiro trimestre de 2007, mas só inaugurou completamente
no final de semana. A plataforma de automação adotada na nova planta permite rastreabilidade da
produção de leite, garantindo o cumprimento dos critérios de segurança alimentar, o que habilita a venda dos
produtos Aurora e Aurolat nos mercados internacionais mais exigentes.
31/08/2011 - Filão do Bem-estar prevê R$ 38 bilhões em vendas até 2014 Katia Simões | Para o Valor, de São Paulo.
Caderno F, p.8
Há pouco mais de uma década pensar em abastecer prateleiras inteiras com produtos orgânicos ou naturais sequer passava
pela cabeça dos varejistas. Os chamados alimentos saudáveis ficavam restritos a empórios especializados e a restaurantes
rotulados de 'naturebas'. Hoje, o cenário é bem diferente e o que antes era visto como desejo de poucos, agora é encarado
como um excelente nicho de mercado, capaz de alavancar as vendas e fidelizar a clientela.
.........
Por aqui, apesar de os especialistas afirmarem que ainda estamos engatinhando, o cenário é bastante animador. Estudos do
Euromonitor preveem que até 2014 o movimento do mercado brasileiro de alimentos saudáveis chegará a R$ 38 bilhões,
com expansão de 39% em relação ao volume atual. Criada em 1987, em Petrópolis (RJ), a Mundo Verde foi a primeira loja
de produtos naturais a virar rede de franquias e a abrir unidades até no exterior. No início, atendia apenas a um nicho de
consumidores, com oferta reduzida de produtos. Hoje, são mais de 150 lojas, 5 mil itens nas prateleiras, 100 mil pessoas
atendidas por dia, um faturamento de R$ 180 milhões no ano passado e nada menos do que 800 fornecedores, entre eles, a
catarinense Vitalin.
Nascida como exportadora, a pequena empresa de Jaraguá do Sul (SC), não titubeou em mudar literalmente de ramo em
2006, ao enxergar que havia uma carência de fornecedores de produtos naturais de qualidade. Deixou para trás 12 anos de
experiência na área de exportação de cogumelos medicinais. "Fomos pioneiros na difusão dos atributos naturais de
alimentos como quinoa, linhaça dourada e amaranto", revela Rogério Mariske, sócio da Vitalin. Hoje, são 27 produtos,
entre eles, farinha e semente de linhaça dourada e marrom; quinoa, nas variações farinha, flocos e mista com grãos brancos
e vermelhos, além de fibra de maracujá e aveia em flocos enriquecida com quinoa e amaranto em três sabores. "A grande
novidade é o shake orgânico de quinoa e os achocolatados orgânicos com açúcar mascavo", diz o empreendedor. Com um
crescimento de 30% ao ano, a Vitalin deve encerrar 2011 com um faturamento de R$ 6 milhões. Para driblar a concorrência
no ponto de venda, a marca investe em degustações, distribuição de panfletos educativos além da presença de promotores
nas lojas. "Nada bate a visita aos nutricionistas, porque são eles os grandes propagadores da alimentação natural", garante
Mariske.
Colheita expressa
(Valor Econômico) 03/09/2010
A paranaense Cocamar Cooperativa
Agroindustrial, com sede em Maringá, fará
pela primeira vez no Estado um dia de campo
especial sobre colheita mecanizada de café. O
evento ocorre hoje na propriedade da família
Brazolotto, no município de Cianorte, e é
considerado um marco na difusão da
mecanização da lavoura cafeeira do Paraná,
que ainda é muito incipiente.
Elaborado por: prof. Dr. Francisco GELINSKI Elaborado por: prof. Dr. Francisco GELINSKI
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NETO NETO
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NETO NETO
ANEXO
ANEXO 1.Calculando a produtividade
Note que a produtividade em dado ano pode ser influenciada por fatores climáticos
(secas, chuvas na colheita, geadas fora de época, granizo, tempestades, etc..). Você pode
calcular a produtividade para as duas lavouras (milho e soja) do exemplo dos gráficos
abaixo, simplesmente dividindo a produção total por área de cultivo, obtendo assim o
coeficiente de produtividade indicando os ganhos de eficiência no período indicado.
Considere que em Santa Catarina tem ocorrido frequentemente estiagens que afetam a
produção. A área deve ser multiplicada por 1000. A produção para obtermos kg/ha
deveremos multiplicar por 1000 para obermos em toneladas e multiplicarmos por mais mil
para obermos em Kg . Ex. para o ano de 10/11 milho 570 X 1000 = área em hectares.
Produção será 3.390 mil toneladas X 1000 = 3.390.000 toneldas X 1000 Kg = 3.390.000.000
Kg → Prod/área = 3.390.000.000 / 570.000 = 5.947,37 kg/há. Acho esta produtividade
elevada dado que existem muitas propriedades ainda utilizando variedades ao invés de
híbridos e também por não calcarearem as terras ou por não corrigirem adequadamente.
Será que os dados estão corretos? O instituto cepa ou a epagri (ver na internet)
poderiam fornecer dados, ou ainda dados do IBGE de áreas colhidas e produção por
estado.
Sobre inovação ver item 6.3.6 na p. 343 em diante até a p. 370 da tese A inflexão da
trajetória evolutiva do cluster da carcinicultura de Laguna: conseqüências nas interações
dos agentes e instituições. Tese de GELINSKI NETO, Francisco. UFSC, 2007. Para baixar da
net basta procurar pelo título.
A EMBRAPA é uma Empresa pública que busca viabilizar soluções tecnológicas para
a competitividade e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro. É formada por uma
grande rede de unidades administrativas, de serviços e de pesquisa, com 45 unidades
distribuídas pelas várias regiões do País. A Rede EMBRAPA é formada por unidades centrais
(Unidades Administrativas em Brasília) e por unidades de serviço e por unidades dedicadas
à pesquisa em produtos, como milho e sorgo, arroz, soja, algodão, etc; unidades dedicadas
a temas básicos, para desenvolvimento e adaptação de conhecimentos e inovações em
tecnologia agroindustrial, instrumentação avançada, tecnologia da informação, recursos
genéticos e botecnologia, etc; e unidades de pesquisas ecorregionais brasileiras, na busca
de soluções para uso sustentável da base de recursos naturais que viabilizam as atividades
do agronegócio (EMBRAPA, 2002, p.3, EMBRAPA, 2011b).
Está sob a sua coordenação o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária - SNPA,
constituído por instituições públicas federais, estaduais, universidades, empresas privadas
e fundações, que, de forma cooperada, executam pesquisas nas diferentes áreas
geográficas e campos do conhecimento científico (EMBRAPA, 2011c). Além disso, a
EMBRAPA compõem a RIPA17 (Rede de Inovação e Prospecção Tecnológica para o
Agronegócio) criada em 2003 pelo MCT, com a proposta de melhorar, estruturar e preparar
o campo do agronegócio brasileiro para as oportunidades e eventuais ameaças do
mercado.
Para lograr o êxito em sua missão de viabilizar soluções de pesquisa,
desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da
17
A RIPA foi consolidada no âmbito do CT-Agronegócio, um dos fundos setoriais para o desenvolvimento da
ciência, tecnologia e inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com recursos do F NDCT e FINEP.
A RIPA decorre do convênio da FINEP - IEASC/USP, ABAG, Embrapa, FIPAI, ITAL.
Elaborado por: Prof. Dr. Francisco GELINSKI NETO – UFSC Página 41
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sociedade brasileira compõem ampla gama de parcerias públicas e privadas que participam
na inovação e na transferência de tecnologias. Até 2002 a EMBRAPA contava com 1500
parcerias e destas mais de 1000 eram parcerias privadas nas diversas etapas do processo
de P&D e transferência tecnológica. Também cooperava com 155 instituições em 55 países,
números que devem ter se elevado em razão das recentes prioridades para o continente
Africano e Latino Americano (EMBRAPA, 2002b).
A transferência tecnológica conta atualmente com uma importante ferramenta
gerida pela Agência de Informação Embrapa que é a árvore do conhecimento. Na verdade
esta inovação conta com diversas árvores do conhecimento. É uma estrutura,
disponibilizada no ambiente virtual da empresa, com informações organizadas numa
estrutura ramificada em forma de árvore18. O conhecimento está disponibilizado e
organizado de forma hierárquica19. As árvores do Conhecimento contêm informações
validadas sobre todas as etapas da cadeia produtiva dos produtos (cultivo e criação) e
sobre os temas diversos. Veja mais em http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/.
Além dos projetos e parcerias internas a empresa também desenvolve cooperação
internacional. Nessa seara a EMBRAPA conta hoje com 78 acordos com 56 países e 89
instituições estrangeiras, envolvendo sobretudo a pesquisa agrícola em parceria e a
transferência de tecnologia (EMBRAPA, 2011c).
18
É disponibilizado pela agência, todo o conjunto de árvores desenvolvidas pelas várias unidades sobre
produtos e temas do negócio agrícola.
19
Nos primeiros níveis desta hierarquia, estão os conhecimentos mais genéricos e, nos níveis mais profundos,
os mais específicos
Elaborado por: Prof. Dr. Francisco GELINSKI NETO – UFSC Página 42
43
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