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O LUGAR DE ORÍSÁ ÈSÙ NO UNIVERSO,

e de todas os Seres e Entidades que em sua Linha de Energia trabalham e se movimentam

Orísá Èsù é comumente mencionado como o mal.

É apontado por outras religiões como o anjo de Olódùmarè, que O desafiou, caiu em desgraça e,
como consequência, foi expulso do Paraíso.

É colocado como o opositor de Olódùmarè.

É tido como um Orísá violento, que fere e mata, como se nesse Universo não existissem, além
dele, outras divindades mortíferas.

O Rei da Morte destrói em massa, Ògún, Sàngó e Sapanan não perdoam quando são ofendidos e
também podem destruir com crueldade, no entanto Eles são divindades agindo conforme sua
própria natureza e não como agentes de Orísá Èsù, e isso é o que os diferencia dos Anjos Caídos.

Orísá Èsù é uma divindade mágica.

Pode criar obstáculos no caminho de alguém somente para dar à vítima a oportunidade de
reconhecer seu poder, após o que, ele pode transformar o infortúnio em boa sorte. Ele é um
trapaceiro, mas apenas para aqueles que o depreciam ou diminuem.

Ele é a divindade da confusão e da incerteza.

Muitos se esforçam para provar que Orísá Èsù representa todo o mal que existe no Universo,
fazem um paralelo com o Lúcifer bíblico, mas se analisarmos com mais cuidado podemos notar
que são muito diferentes, um existe autonomamente ao lado de Olódùmarè, enquanto o outro
foi criado por Olódùmarè e influenciado por Orísá Èsù.

No Odu Ejiogbe podemos entender como Orísá Èsù veio a existir.

É revelado que a escuridão existiu antes da luz. A escuridão, que é qualquer coisa que não nos
permite ver o que há do outro lado, anuncia a existência de Orísá Èsù.

Assim como a escuridão anuncia o nascimento de Orísá Èsù, a Luz anuncia o advento de
Olódùmarè.

A luz representa a verdade, a bondade, a objetividade, a honestidade e o otimismo, a escuridão


é seu complemento e a contraposição, é o que torna possível o equilíbrio.

A luz quebra a escuridão, mas a escuridão impede a luz de se propagar, uma é a imagem
refletida da outra, as duas coexistiram quando só elas eram o Universo. Olódùmarè e Orísá Èsù
representam, se fundidos um no outro, o que existia antes da Criação do Universo, antes do Big
Bang.
O bem e o mal existem lado a lado e estão em constante e interminável concorrência.

Um não é criação do outro, porque o bem não pode ser gerado pelo mal, assim como o mal não
pode ser gerado pelo bem.

Orísá Èsù é um Ser que não deve ser visto como independente a Olódùmarè, pois Ele veio a ser
ao mesmo tempo em que Olódùmarè.

A superioridade de Olódùmarè reside no fato de que Orísá Èsù não pode criar, Olódùmarè é o
único que tem este poder e, por isso é chamado Deus.

Orísá Èsù pode mutilar, transformar e causar danos quando Ele quer, e pode também pode ser
construtivo e até imparcial, quando é persuadido a fazer isto.

Olódùmarè é o único Ser que pode ser bom e distribuir benefícios e bênçãos o tempo todo. Ele
não tem que ser persuadido para ser favorável aos seus filhos.

Orísá Èsù está sempre aproveitando a oportunidade que tiver para demonstrar que, caso
alguém não reconheça sua autoridade, Ele terá meios de obrigar essa pessoa a fazê-lo,
criando-lhe, deliberadamente, problemas.

Orísá Èsù, em sua capacidade de distribuir sua energia, pode conquistar as melhores mentes,
tomar conta delas e manipulá-las de acordo com sua vontade.

Foi Orísá Èsù que tomou conta da mente de Lúcifer e o fez se voltar contra Deus. Foi também ele
quem tomou conta de mente de Judas Iscariotes e o fez se voltar contra Jesus Cristo.

É o mesmo Orísá Èsù que volta o filho contra o pai, a esposa contra o marido, amigos contra
amigos, irmãos contra irmãos, homens contra homens, nações contra nações, a Terra contra o
Céu, etc.

Não é a realidade, mas alguns afirmam que Orísá Èsù é quem tem maior quantidade de
seguidores dentre qualquer comunidade de criaturas vivas.

Não há ser criado por Olódùmarè que Orísá Èsù não possa manipular, a começar pelas
divindades a quem Olódùmarè deu causa para existirem para auxiliá-lo na administração do
Universo.Quando da criação do mundo, Olódùmarè mandou suas duzentas divindades
preferidas para a terra, mas Orísá Èsù veio com elas como a ducentésima primeira (201ª)
divindade e criou tantos problemas para Elas que acabou usando-Os conforme sua vontade. Ele
conseguiu influenciar essas divindades a perpetrarem o antagônico a Olódùmarè, agindo tanto
umas contra as outras, quanto contra os indefesos mortais. Quando tudo isso ocorreu, e
continua a ocorrer, Elas o fazem sob a influência de Orísá Èsù e não como servidores de
Olódùmarè. Algumas destas divindades, várias vezes, pensaram que pudessem ignorar Orísá Èsù
e assim prosseguir.
Todas elas tentaram mantê-lo isolado e à parte, se recusaram a reconhecer seu poder e
autoridade, mas foram tantos os problemas que Ele criou para todo o grupo, como estratégia
para obrigá-los a que reconhecessem seus poderes, que tiveram que reconhecer e se curvar.
Quando da vinda para o mundo, todas elas trouxeram consigo instrumentos recolhidos dentro
do quarto mais íntimo da casa de Olódùmarè, exceto Orísá Èsù, por ser um fenômeno
independente.

Esses instrumentos, ferramentas e miudezas que as divindades trouxeram com elas, são as
substâncias com as quais seus seguidores são iniciados para seus cultos em diferentes fés e
ordens religiosas até hoje, não importa qual seja.

Orísá Èsù não tem religião própria e ninguém é iniciado para seu culto exclusivo.

Com exceção do yangui, que é usado para preparar seu altar, e de seu animal favorito, o bode,
não há qualquer outro instrumento ou ferramenta com a qual Orísá Èsù possa ser associado.

Seu altar em geral é preparado apenas por aqueles que preferem recrutar a sua ajuda, ante seu
antagonismo, e não que a ele estejam servindo de alguma maneira.

Muitos estudiosos afirmam que quando mais Orísá Èsù atua é quando menos Olódùmarè atua, e
vice-versa, como se um descansasse enquanto o outro exerce suas funções.

Isso pode ser correto, pode ser mais um dos ciclos existentes neste Universo e em cada um de
seus sistemas, estrelas, planetas, ... e seres.

O estudo desse Orísá é algo extenso, tanto quanto o de Olódùmarè, mas mais fascinante, pois
Orísá Èsù, e todos os Seres que sob sua Energia se movimentam, está muito próximo a nós
humanos, é fácil nos identificarmos com o Orísá ou qualquer um d'Eles.

A FACETA PLANETÁRIA DO ORÍSÁ ÈSÙ

Através de sua ação é que aprendemos ordem, disciplina e organização. É o Orísá mais próximo
do ser humano e, ao mesmo tempo, o mais cósmico e universal. É o Orísá que tem acesso a
todos os outros Orísá e com Eles se comunica. É o Orísá da comunicação.

É chamado OJIXÉ: o mensageiro.

É o princípio dinâmico e princípio da existência individualizada.

No mito da gênese dos elementos cósmicos no planeta, Èsù é o resultado da interação de Água
e Terra, elemento feminino e masculino, do branco e do vermelho, ele é o primeiro surgido
quando da criação.

É concebido por um casal e, num processo de expansão, se multiplica ao infinito.

É chamado de Primogênito da Humanidade.


Èsù é o responsável e é quem propicia o movimento a tudo, desde o das partículas subatômicas.

É o princípio dinâmico e de expansão de tudo que existe, sem ele todos os elementos do sistema
e seu devir ficariam imobilizados, a vida não se desenvolveria. Sem Èsù o planeta seria como
uma pintura pendurada na "parede do Universo", linda, mas estática e sem vida.

Èsù é quem propaga todas as informações, que leva os nossos pedidos e traz as respostas dos
Orísá. É quem torna possível o fluir do conhecimento entre os Homens.

Orísá Èsù soluciona e resolve todos os problemas, encontra os caminhos apropriados para a
solução dos problemas. Orísá primordial que traz aos homens o equilíbrio e revela o limite de
cada pessoa.

A palavra de Orísá Èsù é incontestável.

Orísá Èsù tem o poder de transformação e de transmutação, aliás, Orísá Èsù tem todos os
poderes, menos o de criação

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