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TÍTULO
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Proposta de planos de intervenção nas explorações agrícolas prove no âmbito da diversificação de
atividades.
AUTORES
Fernando Moital*, Mara Almeida* e Teresa Pinto Correia*
Janeiro 2012
Advertência: O presente documento não dispensa a consulta da legislação em vigor
Índice
1 Enquadramento..............................................................................................................14
1.1.O papel das pequenas explorações agrícolas no espaço rural....................................14
1.2. Multifuncionalidade na agricultura...........................................................................15
1.3.Diversificação no sector agrícola ..............................................................................16
1.4. Novas cadeias de abastecimento alimentar...............................................................20
2. O panorama atual: o PROVE e outros sistemas de venda de cabazes..........................28
2.1. Evolução das novas cadeias de abastecimento alimentar em Portugal.....................28
2.2. Análise comparativa das novas cadeias de abastecimento alimentar........................31
2.3. Perfil das explorações PROVE existentes.................................................................39
2.3.1. Produtor..............................................................................................................39
2.3.2. Exploração.........................................................................................................40
2.3.3. Atividades não produtivas .................................................................................41
2.3.4. Perfil tipo de exploração PROVE......................................................................43
3 Critérios para a consolidação da identidade PROVE....................................................45
3.1. Contributos para uma definição PROVE..................................................................45
3.2. Proposta de uma Tipologia de Explorações Prove....................................................52
4 Proposta de atividades de diversificação nas Explorações PROVE..............................55
4.1 Apreciação dos consumidores às atividades propostas..............................................56
4.2 As atividades ..............................................................................................................57
4.2.1. Fichas de caracterização das atividades.............................................................57
4.2.2 Enquadramento legal das propostas relativas a legislação de higiene e segurança
alimentar........................................................................................................................64
5. Plano de Investimento..................................................................................................67
5.1. Investimento global...................................................................................................68
5.2. Mão-de-obra .............................................................................................................68
5.3.Custos fixos ...............................................................................................................69
5.4. Viabilidade das propostas..........................................................................................70
5.4.1. Ponto de Venda direta .......................................................................................70
5.4.2. Venda de Composto...........................................................................................73
5.4.3. Venda de lenha...................................................................................................74
5.4.4. Apoio na instalação de hortas.............................................................................75
5.4.5.Arrendamento de talhões....................................................................................76
5.4.6. Colheita na horta/pomar.....................................................................................78
5.4.7. Arrendamento de espaço coberto.......................................................................79
5.4.8. Microprodução ..................................................................................................80
5.4.9. Desidratação de frutas e legumes.......................................................................83
5.4.10. Compotas.........................................................................................................84
5.4.11. Legumes preparados.........................................................................................86
5.4.12. Venda de carne.................................................................................................87
5.4.13. Atividades para pais e filhos............................................................................88
5.4.14. Cursos...............................................................................................................90
5.4.15.Campos de férias...............................................................................................91
5.4.16. Refeições na exploração...................................................................................93
5.5. Conclusões.................................................................................................................94
6. REFERÊNCIAS e outra bibliografia relevante............................................................97
6.1. Bibliografia................................................................................................................97
6.2. Manuais, folhetos, artigos em revistas e outros suportes..........................................99
6.3. Webgrafia...................................................................................................................99
6.4. Filmes......................................................................................................................100
6.5. Ligações úteis..........................................................................................................100
Í NDICE DE QUADROS
Quadro 1 Alguns dados do sector agrícola em 2009..
Quadro 2. Porquê diversificar?
Quadro 3. Exemplos de circuitos curtos e de venda direta
Quadro 4. Número médio de cabazes produzidos por produtor em cada núcleo
PROVE.
Quadro 5. As Novas Cadeias de Abastecimento Alimentar objeto de análise.
Quadro 6. Síntese comparativa dos sistemas em análise segundo a Dimensão, a
Estrutura e a Produção/distribuição.
Quadro 7. Caracterização do Perfil Tipo de Exploração PROVE tal como existe
em 2011.
Quadro 8 . Características identitárias, segundo os três eixos que constituem o
sistema PROVE, considerando os papéis mais ou menos preponderantes que
consumidores e produtores podem assumir.
Quadro 9. Aspetos na Exploração PROVE mais valorizados pelos consumidores
PROVE.
Quadro 10. Objetivos fundamentais e respetivas ações a implementar desde a
constituição de cada Núcleo, que contribuem para uma identidade base do
PROVE.
Quadro 11. Outras ações a implementar depois de cumpridos os objetivos
fundamentais, visando o reforço e a consolidação da identidade PROVE.
Quadro 12. Inquérito online aos consumidores PROVE. As percentagens são o
somatório das apreciações positivas “Antevejo uma utilização muito frequente” e
“Serei um utilizador regular”. As apreciações dos consumidores de DOLMEN e
ADERSOUSA não foram consideradas dado o diminuto número de respondentes
afetos a estes núcleos: cinco e dois, respetivamente.
Quadro 13. Descrição das dezasseis atividades propostas.
Quadro 14. Legislação mais relevante que regula o licenciamento, os aspetos de
higiene e segurança alimentar bem como a comercialização. Alguma da
legislação é orientadora, uma vez que não existe um quadro legal específico para
essa atividade.
Quadro 15. Legislação sobre a microprodução de energia.
Quadro 16. A implementação escalonada do plano em três fases permite uma
melhor adaptação às novas valências que pretendem ser criadas. O itinerário
constitui uma proposta a adaptar em cada situação.
Quadro 17. Número de horas previsto afetar a cada atividade: em percentagem
de UTA. e em percentagem do tempo total.
Quadro 18. Custos fixos inerentes ao funcionamento da exploração.
Quadro 19. Cálculos dos encargos do Ponto de Venda Direta, pressupondo que
esta atividade ocupa 4,3% de 1 UTA.
Quadro 20. O ponto de equilíbrio para o Ponto de Venda Direta, no cenário mais
conservador, é alcançado quando se venderem 1491 €/ano (1243 kg x 1,2 €/kg)
ou 124 €/mês.
Quadro 21. Ponto de venda direta: Constrangimentos versus Aspetos positivos.
Quadro 22. Num cenário mais conservador, o ponto de equilíbrio é atingido com a
venda de 190€/ano, ou seja, 16 €/mês, 5 sacos de 20 l.
Quadro 23. Venda de composto: Constrangimentos versus Aspetos positivos
Quadro 24. Num cenário mais conservador, o ponto de equilíbrio é atingido com a
venda de 756€/ano, ou seja, 216 sacos de 10kg ao preço de venda de 3,5 €.
Quadro 25. Venda de lenha: Constrangimentos versus Aspetos positivos.
Quadro 26. Cinco hortas é o número mínimo de instalações para atingir o ponto
de equilíbrio.
Quadro 27. Apoio na instalação de hortas: Constrangimentos versus Aspetos
positivos.
Quadro 28. O arrendamento de talhões é de considerar, para um cenário mais
conservador, logo a partir do segundo arrendamento.
Quadro 29. Arrendamento de talhões: Constrangimentos versus Aspetos
positivos.
Quadro 30. 160 visitas/ano, num cenário conservador, são suficientes para atingir
o ponto de equilíbrio.
Quadro 31. Colheita direta na horta/pomar: Constrangimentos versus Aspetos
positivos.
Quadro 32. Esta atividade é compensadora logo a partir do primeiro
arrendamento.
Quadro 33. Arrendamento de espaço coberto: Constrangimentos versus Aspetos
positivos.
Quadro 34. A microprodução é um investimento que obriga a um montante de
autofinanciamento elevado.
Quadro 35. Quadro resumo dos rendimentos em função de dois cenários de
produção de energia.
Quadro 36. Microprodução: Constrangimentos versus Aspetos positivos.
Quadro 37. O ponto de equilíbrio é atingido quando o volume de vendas anual
atingir pouco mais de 11.000 € ou o processamento de cerca de 900 kg de
produto acabado, longe do limite anual dos 5000kg imposto para esta atividade,
considerada do tipo 3 segundo o DL 209/2008 que regula o Regime de Exercício
da Atividade Industrial (REAI).
Quadro 38. Desidratação de frutas e legumes: Constrangimentos versus Aspetos
positivos.
Quadro 39. Num cenário mais conservador, é necessário produzir cerca de 1523
kg de produto para atingir o ponto de equilíbrio.
Quadro 40. Fabrico de compotas: Constrangimentos versus Aspetos positivos.
Quadro 41. Uma atividade de mão-de-obra que requer muitos recursos (mão-de-
obra, equipamento, energia, etc) que se reflete nas margens de comercialização
mais baixas.
Quadro 42. Legumes preparados: Constrangimentos versus Aspetos positivos.
Quadro 43. No cenário mais conservador o ponto de equilíbrio é atingido com a
venda de cerca de 2200 kg ou 1100 frangos de 2kg.
Quadro 44 . Venda de carne: Constrangimentos versus Aspetos positivos.
Quadro 45. A ponderar a organização de sessões com menos participantes,
diminuindo os custos/sessão. No formato escolhido, o ponto de equilíbrio é
atingido só com 21 sessões (no cenário mais conservador).
Quadro 46. Atividades para pais e filhos: Constrangimentos versus Aspetos
positivos.
Quadro 47. Assumindo um cenário mais conservador, apenas com a realização de
9 cursos é alcançado o ponto de equilíbrio.
Quadro 48. Cursos: Constrangimentos versus Aspetos positivos
Quadro 49. O preço de venda é o valor cobrado por participante à entidade que
promove o Campo de Férias.
Quadro 50. Campos de férias: Constrangimentos versus Aspetos positivos.
Quadro 51. 80 Refeições para atingir o ponto de equilíbrio podem ser realizadas
em dois ou três eventos por ano.
Quadro 52. . Refeições na exploração: Constrangimentos versus Aspetos
positivos.
Quadro 53. Análise das diferentes atividades propostas sob quatro parâmetros:
montante de investimento, viabilidade percecionada, recetividade dos
consumidores segundo inquérito realizado e a promoção da relação entre
produtores e consumidores do PROVE.
Figura 1. Três gerações de produtores. Produtora jovem e com formação na área agrícola. Um caso
raro na agricultura Portuguesa.
Figura 2. Trajetórias do desenvolvimento rural considerando as pequenas explorações agrícolas.:
Alargamento, Aprofundamento e Reposicionamento (Adaptado de Van der Ploeg e Roep, 2003).
Figura 3. Um exemplo de uma estrutura preparada para a venda direta numa Exploração PROVE.
Figura 4. Diferenciação entre circuitos longos, curtos e de proximidade tendo em conta presença de
intermediários e a distância entre produtores e consumidores
Figura 7. Evolução de venda de cabazes em Portugal nos últimos nove anos. É nítido o âmbito
nacional da distribuição dos cabazes e o elevado crescimento deste sistema nos últimos 2 anos.
Figura 11. Importância do conhecimento técnico numa Exploração PROVE aplicado ao controlo de
pragas.
Figura 12. Tipos de Explorações PROVE com vista à diversificação. Propõe-se considerar três
grandes tipos, Exploração Cabaz, Exploração Transformadora e Exploração de Acolhimento, segundo
a forma como se combinam as principais dimensões consideradas relevantes para as possibilidades
de diversificação na Exploração PROVE: a Exploração e o Produtor.
Figura 13. Caracterização dos Tipos de Explorações PROVE propostos. Os dois parâmetros
considerados relevantes na definição dos tipos (Exploração e Produtor) permitem distinguir cada um
deles e facilita a definição de estratégias no sentido da diversificação nas explorações agrícolas.
Figura 14. Uma exploração em vias de se transformar também numa Exploração de Acolhimento por
via de implementação de uma horta pedagógica.
Figura 15. Enquadramento dos tipos propostos de Exploração agrícola PROVE de acordo com as
Trajetórias de desenvolvimento rural propostas por Van der Ploeg e Roep (2003). Estas serão as
Trajetórias que mais facilmente poderão ter sucesso em cada um dos tipos de exploração
considerados (Produção para o Cabaz, transformação e acolhimento).
Figura 16. Receber bem, um bom motivo para visitar uma exploração.
Figura 17. Uma loja numa quinta escocesa. Simplicidade e rusticidade do escaparate.
Figura 20. O arrendamento de talhões pode proporcionar atividades de entreajuda com o Produtor.
Figura 21. Uma das principais dificuldades da colheita na horta/pomar é o comportamento dos
consumidores. Por ignorância ou falta de civismo, o acesso à horta/pomar não é isento de riscos.
Colocar sinalética e conceder o acesso apenas a alguns talhões, podem ser estratégias úteis de
redução de danos na horta/pomar.
Figura 22. . Um painel fotovoltaico numa exploração agrícola. A preferência vai para os painéis fixos
em detrimento dos que possuem seguidores: menor investimento, pouca manutenção e, geralmente,
maior eficiência sob condições atmosféricas adversas.
Figura 25. A construção de um secador solar caseiro. Um exemplo de uma atividade simples e barata.
Figura 26. As atividades na horta podem exercer um grande fascínio junto das crianças.
Figura 27. Neste exemplo, a empresa de catering foi responsável também por toda a logística
associada: tenda, mesas, bancos, etc.
Anexo I - Inquérito aos consumidores
Anexo II – Relação do investimento necessário: por fase de implementação e por
atividade.
INTRODUÇÃO
O presente estudo foi realizado no âmbito do Projeto de Cooperação Leader para o De-
senvolvimento - Cooperação Interterritorial PROVE – Promover e Vender, designado
abreviadamente por PROVE e foi adjudicado pelo MONTE – Desenvolvimento do Alente-
jo Central, ACE - na sequência da aprovação de uma candidatura conjunta com a ADER-
SOUSA, ADRIMINHO, ADREPES, ADRITEM, DOLMEN, IN LOCO e TAGUS.
Constituíram objetivos iniciais deste trabalho: a definição do que é uma exploração PRO-
VE; regras de segurança alimentar; definição de atividades que possam ser desenvolvi-
das na exploração; a elaboração de um plano de investimento e cronograma dos planos
de intervenção escolhidos e respetivo estudo de viabilidade.
Foram identificadas três tipos de explorações segundo a forma como se combinam os fa-
tores relevantes para as possibilidades de diversificação: “Exploração Cabaz”, “Explora-
ção Transformadora” e “Exploração de Acolhimento”. As propostas estão elaboradas para
cada um dos tipos.
No Capítulo I enquadramos o PROVE na perspetiva da multifuncionalidade da agricultu-
ra; apresentamos e discutimos os conceitos relativos aos circuitos curtos de comercializa-
ção; concluirmos que novos conceitos são necessários para caraterizar emergentes for-
mas de produzir e consumir; apresentamos uma análise comparativa de alguns destes
sistemas de produção-consumo local; ensaiamos uma história destes sistemas; e, por úl-
timo, construímos um perfil das explorações PROVE existente.
No Capítulo II admitimos que a construção da identidade do PROVE está mais ligada aos
atores que o constroem (produtores e consumidores) do que às caraterísticas da explora-
ção; discutimos uma proposta de tipologia para as explorações PROVE; apresentamos
quinze propostas de atividades a desenvolver nas explorações de acordo com a tipologia
de exploração sugerida acompanhadas de um breve enquadramento legal e de um exer-
cício sumário de cálculo de viabilidade.
As atividades propostas procuram contemplar um largo espetro de situações (em termos
de montante de investimento, risco, gama da oferta e inovação). Mais do que um modelo
a seguir, aquilo que nos propusemos foi apresentar ideias inspiradoras, onde os cálculos
apresentados suscitassem uma reflexão cuidada na elaboração e operacionalização dos
investimentos a aplicar em situações concretas.
Na ausência de um caso de estudo em particular, e tendo em conta o carácter inovador
de algumas propostas, deve salientar-se que os cálculos de viabilidade apresentados re-
vestem-se de um carácter meramente indicativo.
A metodologia utilizada implicou entrevistas aos produtores e dinamizadores locais do
PROVE de norte a sul do país, visitas às explorações, inquirição online aos consumidores
do PROVE e uma vasta pesquisa bibliográfica que privilegiou, por um lado, os conceitos
que podiam melhor definir o sistema de produção-consumo local e, por outro, outros mo-
delos existentes além fronteiras.
Da realização deste estudo emergiram as seguintes conclusões principais:
No campo das fragilidades do sistema, em parte explicadas pelo carácter inovador
do PROVE e da sua recente implantação e crescimento, destacamos algumas fa-
lhas no domínio da qualidade uniforme e contínua dos produtos, da sua certifica-
ção, bem como na pouca autonomia (capacidade de iniciativa e sustentabilidade
financeira) e estabilidade dos seus núcleos;
No domínio das potencialidades, parece-nos que o PROVE pode explorar a me-
lhoria de um sistema de produção-consumo (para além de promover e vender),
coerente entre os núcleos de norte a sul do país, com caraterísticas identitárias
distintas decorrentes de razões ambientais, económicas e sociais. Enfatizando
sempre que quem fizer parte do PROVE, pertence a um movimento que, aos pou-
cos mas de forma sustentada, começa a generalizar-se à escala global;
A diversificação de produtos, de outros bens e serviços é outra das potencialida-
des que, pelo menos uma parte do universo das explorações PROVE, pode consi-
derar dentro da sua estratégia de sustentabilidade.
São, pois, estes os maiores desafios com que, no nosso entendimento, o PROVE se irá
confrontar nos próximos tempos. Desejamos que a realização deste trabalho possa con-
tribuir para um PROVE cada vez maior e melhor, ao serviço de produtores e consumido-
res, em nome de uma produção local, sustentada, produzida de forma ambientalmente
correta, a preços justos para todos, com envolvimento, partilha e solidariedade.
C APÍTULO I
1 E N QU A D R A ME N TO
Tendo em conta o objetivo deste estudo, a elaboração de planos de intervenção nas
explorações PROVE no âmbito da diversificação de atividades, importa fazer
referência ao contexto atual da agricultura e às principais mudanças no sector
agrícola nas últimas décadas, das quais resulta a necessidade de diversificar. Neste
ponto são apresentados alguns conceitos e fatos que ajudam a compreender este
contexto e as razões que fazem da diversificação de atividades nas explorações
agrícolas uma estratégia de adaptação com vista à viabilidade económica das
mesmas.
1.1. O PA P E L D A S P E Q U E N A S E X P L O R A Ç Õ E S A G R Í C O L A S N O
E S PA Ç O R U R A L
Baptista (2001).
Ibidem.
Apenas 6% dos agregados domésticos agrícolas (composto pelo produtor e pelo seu
agregado familiar) têm um rendimento exclusivamente agrícola e cerca de 84% dos agregados
obtêm rendimento principalmente de origem externa à agricultura (pensões, reformas e salári-
os dos sectores secundário e terciário);
As explorações agrícolas de pequena dimensão (< 5ha de SAU) são predominantes,
ainda que maior parte da Superfície Agrícola Utilizada esteja afeta a explorações de grande
dimensão (> 50 ha de SAU);
Na última década 1 em cada 4 pequenas explorações agrícolas cessou atividade. O
desaparecimento de explorações agrícolas com menos de 1 ha de SAU atingiu 41%.
Fonte: INE, 2011
Figura 1. Três gerações de produtores. Produtora jovem e com formação na área agrícola. Um caso raro
na agricultura Portuguesa.
1.2. M U LT I F U N C I O N A L I D A D E N A A G R I C U LT U R A
Wilson (2007).
Portela (1980).
como o recreio, identidade da região, a qualidade ambiental, a biodiversidade, etc. 6.
A emergência de novas funções não produtivas surge como resposta às novas
exigências da sociedade e como forma de aumentar os rendimentos dos produtores
principalmente em zonas onde a produção agrícola se encontra fragilizada. O
espaço rural, sendo primordialmente um espaço de produção agrícola, torna-se
agora num espaço de consumo7. As atividades de recreio e lazer ganham cada vez
mais importância, nomeadamente no seio da população urbana, e as áreas
agrícolas têm grande potencial para suportar essas funções 8.
A procura de bens e serviços rurais representa uma força motriz na adaptação das
explorações agrícolas no sentido da multifuncionalidade. A agricultura multifuncional
engloba várias estratégias e vários campos de atividades a considerar na gestão das
explorações. Van der Ploeg e Roep (2003) desenvolveram um conceito teórico de
multifuncionalidade que descreve a adaptação (processo de transição) das
explorações agrícolas com base em três dimensões: os circuitos de comercialização,
o espaço rural e a mobilização dos recursos. Estas três dimensões pressupõem
estratégias diferentes na gestão das explorações agrícolas (Figura 2).
OCDE (2001).
Holmes (2006).
Zazada (2011).
Wilson (2007).
10
11
12
Zazada (2011).
Figura 2. Trajetórias do desenvolvimento rural considerando as pequenas explorações agrícolas.:
Alargamento, Aprofundamento e Reposicionamento (Adaptado de Van der Ploeg e Roep, 2003).
13
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17
Casinhas (2000).
18
19
20
1.4. N O VA S C A D E I A S D E A B A S T E C I M E N T O A L I M E N TA R
Montiel, M. (2010).
22
Hendrickson, M. (2001).
23
Heffernan, W. (1999).
24
Renting, H. (2003).
25
Collado(2009).
recuperar, e também em alguns casos aspirando a um novo estilo de vida, mais
saudável e enraizado no local.
François (2000) e Chaffotte (2007) usam uma definição de circuito curto simples e
consensual. Para estes autores, o conceito de circuito curto não implica uma
distância física entre produtores e consumidores mas a presença ou ausência de
intermediários. Deste modo, considera-se circuito curto quando existe no máximo
um intermediário entre o produtor e o consumidor. Se não existe sequer um
intermediário, considera-se venda direta (Figura 3), um caso especial dos circuitos
curtos. Quando a distância entre o produtor e o consumidor é tida em conta,
designamos circuitos curtos de proximidade 27.
26
Ibidem
27
Figura 4. Diferenciação entre circuitos longos, curtos e de
proximidade tendo em conta presença de intermediários e a
distância entre produtores e consumidores.
Ibidem.
28
Nem o meio académico nem o meio técnico encontraram ainda uma terminologia
consensual para estas novas formas de comercialização, coexistindo, por isso,
várias designações, entre outras: Sistemas Agro-alimentares Alternativos 29, Redes
ou Sistemas de Abastecimento Local de Alimentos30, Circuitos Curtos de
Abastecimento Alimentar31, Novas Cadeias de Abastecimento Alimentar32. Este fato,
só por si, traduz duas situações: por um lado a diversidade de sistemas existentes e
suas variantes e, por outro, a criação recente da maioria destes sistemas.
29
Alternative food systems ( Allen (2003); O'Hara, S. et al (2001); DuPuis ,E. et al (2005); Système agroalimentaire
alternatif (Deverre et al (2010).
30
Local food systems (Karner S. (2010) e Local food networks (Lamine (2008).
31
32
New food supply chains (Van der Ploeg (2000) e novas cadeias de oferta alimentar (Cristóvão e tal (2008).
33
Sonnino (2006).
consumidores34, humanizando as Relações de consumo 35.
34
Poirier (2006).
35
Hinrichs (2000)
Figura 5. Relações de consumo no sistema convencional e numa Nova Cadeia de
Abastecimento Alimentar. Interações entre produtores (P) e consumidores (C) que as
Novas Cadeias de Abastecimento Alimentar tendem a proporcionar.
Chazoule (2010).
embeddedness37, constitui uma das características mais diferenciadoras entre os
sistemas convencionais e as novas cadeias de abastecimento alimentar 38.
37
38
39
40
Lamine,C. et al (2008).
As grandes superfícies representam neste exemplo os sistemas convencionais de
abastecimento alimentar, onde a partilha de risco é nula, existindo um afastamento
grande entre produtores e consumidores ao ponto de se desconhecer a origem e o
rosto dos produtos, não havendo por isso qualquer tipo de re-socialização.
41
AMAP - Association pour le Maintien d'une Agriculture Paysanne (ver descrição em 2.4.5.).
2. O PA N OR A M A AT U A L : O PROVE E
O U T R O S S IS T E MA S D E V E N D A D E
CABAZES
2.1. EVOLUÇÃO D A S N O VA S C A D E I A S D E A B A S T E C I M E N T O
A L I M E N TA R E M P ORT UGAL
43
44
45
46
Nº Nº
CABAZES/PRODUTOR
PRODUTORES CABAZES*
ADRIMINHO 10 75 8
ADERSOUSA 14 289 21
DOLMEN 12 44 4
ADRITEM 4 50 13
TAGUS 5 40 8
ADREPES 10 350 35
MONTE 3 108 36
IN LOCO 12 200 17
NACIONAL 70 1156 17
2.2. ANÁLISE C O M PA R AT I VA D A S N O VA S C A D E I A S D E
A B A S T E C I M E N T O A L I M E N TA R
47
Quisemos também analisar sistemas de países com os quais Portugal tivesse mais
afinidades culturais e proximidade geográfica: Espanha (Ecoconsum), Itália (Gruppi
di acquisto solidale) e França (AMAP, Panier Hiroko, Les paniers du Val de Loire e
La Binée Paysanne).
48
Lamine (2008).
49
Dubuisson-Quellier (2008).
50
51
52
DIMENSÃO
Dados de 1993. A certificação obrigatória que a legislação japonesa obrigou recentemente os produtores TEIKEI
provocou uma diminuição deste sistema (Lagane, 2011).
54
Ibidem.
produtores traduz a dimensão do sistema.
Lamine (2009), a propósito da distribuição dos AMAP, afirma que estes sistemas não
se encontram implantados nas regiões mais desfavorecidas socialmente. O preço
mais elevado dos produtos quando comparados com os preços das grandes
superfícies, embora abaixo dos preços dos produtos com origem na agricultura
biológica certificada, contribui fortemente para isso.
ESTRUTURA
O fato de um sistema ser gerido por consumidores ou produtores pode ser uma
condicionante? Pode. Assim, enquanto as motivações que estão na génese de um
sistema criado por produtores se encontram mais ligadas a razões de ordem
económica, no caso dos sistemas com origem nos consumidores as razões são
mais difusas, mas raramente económicas. Prevalecem as motivações ambientais, de
saúde, desenvolvimento local, relacionamento interpessoal ou de
cidadania/intervenção.
PRODUÇÃO/DISTRIBUIÇÃO
55
56
57
58
La raison économique (produits de qualité à un prix abordable) ne semble pas faire partie des raisons principales:.no
site da Reseau AMPA, disponível em http://www.reseau-amap.org/amap.php, consultado em 1/09/11.
produtos ou promovem atividades de forma mais diversificada: livros, conferências,
produtos com origem em países do terceiro mundo, etc.
2.3.1. PRODUTOR
Barbieri (2009).
60
Watts et (2005).
de trabalho em contexto internacional. A maioria viveu sempre na zona de
residência atual enquanto um terço dos produtores entrevistados viveu no
estrangeiro, destes, uma parte adquiriu mesmo uma experiência profissional na
área da agricultura durante esse período.
2.3.2. EXPLORAÇÃO
Das atuais explorações PROVE, 70% têm menos de 5 ha. Estes valores estão em
consonância com o retrato atual das explorações agrícolas a nível nacional (RA,
2009). Embora predominem as pequenas explorações no atual universo PROVE,
existem explorações com áreas até aos 46 ha. A maioria (69%) destas
explorações desenvolve um modo de produção tradicional, as restantes utilizam o
modo de produção biológico, entre estas a maioria é certificada. O modo de
produção tradicional desenvolvido nas explorações PROVE caracteriza-se pela
utilização exclusiva ou maioritariamente de mão-de-obra familiar, pelo uso pontual
(ou mesmo ausência) de maquinaria no processo de produção agrícola e pelo
recurso, que se pretende controlado, de agroquímicos. A utilização de variedades
autóctones é incentivada, embora tenha pouca expressão.
61
2 . 3 . 3 . A T I V I D A D E S N Ã O P R O D U T I VA S
Algumas das explorações PROVE, além da produção hortofrutícola, incluem na
sua gestão atual atividades não agrícolas que permitem aumentar o rendimento e
evoluir no sentido de uma maior autonomia. Tendo em conta o conceito proposto
por Van der Ploeg e Roep (2003), relativamente às Trajetórias de
desenvolvimento rural nas pequenas explorações agrícolas, as Novas Cadeias de
Abastecimento Alimentar podem considerar-se como um sistema de
comercialização onde as explorações PROVE se devem enquadrar. Outras
estratégias de desenvolvimento devem igualmente ser equacionadas na gestão
destas explorações, quer através de atividades independentes da produção
agrícola63 (alojamento, workshops, visitas, outros eventos), quer através de
62
De Vries (2003).
63
A maioria das explorações PROVE conta atualmente com outras atividades para
além da produtiva tais como a venda direta, as visitas à exploração, a
transformação da produção, as atividades recreativas ou alojamento. Os restantes
produtores não estão envolvidos em qualquer atividade não produtiva (nem de
forma ocasional), sendo a gestão da respetiva exploração focada exclusivamente
na produção hortofrutícola.
64
Quadro 7. Caracterização do Perfil Tipo de Exploração PROVE tal como existe em 2011.
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
C APITULO II
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 44
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
3 CRITÉRIOS PA R A A C O N S O L I D A Ç Ã O D A
I D E N T ID A D E PROVE
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 45
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Nas entrevistas que realizámos, quer junto das entidades coordenadoras locais,
quer junto dos produtores, não nos foi referida qualquer característica inerente às
explorações que estas deviam ter (ou não) por forma a integrar (ou impedir a
integração) (n)o PROVE.
Assim, o que propomos vai para além da exploração per si, já que sugerimos a
incorporação de três eixos de análise (Exploração/Produção;
Organização/Distribuição e Comunicação), e dos Produtores e Consumidores
enquanto atores-chave na criação e manutenção das características identitárias
deste sistema (Quadro 8).
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 46
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Quadro 8 . Características identitárias, segundo os três eixos que constituem o sistema PROVE,
considerando os papéis mais ou menos preponderantes que consumidores e produtores podem assumir.
Conforto (P)
Cooperação (P e C)
Diversificação (P)
Formação (P)
1. EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO Monitorização (P e C)
Planeamento (P)
Segurança (P)
Sustentabilidade (P)
Qualidade (P)
Cooperação (P)
2. ORGANIZAÇÃO/DISTRIBUIÇÃO
Envolvimento (P e C)
Compromisso
Confiança (P e C)
3. COMUNICAÇÃO Envolvimento (P e C)
Mobilização(P e C)
Transparência (P)
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 47
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Os consumidores fazem uma opção deliberada por um sistema que, à partida, causa
desconforto: pela regularidade que o abastecimento implica; pela composição
desconhecida e quantidades, às vezes inadequadas, dos cabazes face às suas
necessidades; pelo local e hora de recolha nem sempre compatíveis com a
flexibilidade que cada um gosta de imprimir na gestão do seu tempo ou
impossibilidade de conciliar com imprevistos de natureza profissional ou da vida
privada. Ou seja, é um sistema que obriga a esforços vários dos consumidores. E
estes fazem-nos em nome de quê?
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 48
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
C O N TAC TO
QUALIDADE
PRIVILEGIADO PRÁTICAS AGRICULTURA PROXIMIDADE
DOS
COM O AGRÍCOLAS FAMIL I AR DA EXPLORAÇÃO
PRODUTOS
A G R I C U LTO R
VALORIZO
15% 6% 10% 0% 19%
ALGUMA COISA
NÃO VALORIZO
2% 0% 1% 1% 4%
NADA
E X P L O R AÇ Ã
ORGANIZAÇÃO e
O e C O M U N I C AÇ Ã O
DISTRIBUIÇÃO
PRODUÇÃO
OBJETIVOS AÇÕES
65
Fonte: inquérito online aos consumidores PROVE (25/7/11 a 22/9/11, 371 respondentes).
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 49
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Q U A D R O 11 . O U T R A S A Ç Õ E S A I M P L E M E N T A R D E P O I S D E CUMPRIDOS OS OBJETIVOS
FU ND AM ENTAI S , VI S AN DO O REFO R ÇO E A CO NSO LI D AÇ ÃO DA IDENTIDADE PROVE.
E X P L O R AÇ Ã O ORGANIZAÇÃO e
C O M U N I C AÇ Ã O
e PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO
AÇÕES
OBJETIVOS
COMPLEMENTARES
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 50
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
E X P L O R AÇ Ã O ORGANIZAÇÃO e
C O M U N I C AÇ Ã O
e PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO
Flexibilizar os locais e dias de Informar os consumidores
entrega; do estado evolutivo das
Organizar a entrega em culturas e relaciona-lo com
PROMOVER A locais distintos e de grande as condições
SUSTENTABILIDADE concentração de eventuais climatológicas presentes.
ECONÓMICA DAS consumidores (fábricas, Premiar os consumidores
EXPLORAÇÕES câmaras, escolas, nas épocas mais
universidades, etc). favoráveis da produção e
apelar à compreensão nos
períodos mais adversos.
Organização de encontros
regionais e nacionais de
produtores e
consumidores PROVE
REFORÇAR A Organização de
IDENTIDADE PROVE intercâmbios
internacionais envolvendo
produtores e
consumidores de sistemas
análogos.
66
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 51
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Figura 12. Tipos de Explorações PROVE com vista à diversificação. Propõe-se considerar três grandes
tipos, Exploração Cabaz, Exploração Transformadora e Exploração de Acolhimento, segundo a forma
como se combinam as principais dimensões consideradas relevantes para as possibilidades de
diversificação na Exploração PROVE: a Exploração e o Produtor.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 52
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Figura 13. Caracterização dos Tipos de Explorações PROVE propostos. Os dois parâmetros
considerados relevantes na definição dos tipos (Exploração e Produtor) permitem distinguir cada um
deles e facilita a definição de estratégias no sentido da diversificação nas explorações agrícolas.
A tipificação das explorações PROVE não é estanque. Todas elas, para pertencerem
ao PROVE, participam com produções, em maior ou menor grau, para os cabazes.
Essa é a característica fundadora do sistema. Não obstante essa condição, existem
explorações / produtores com outro tipo de vocações: para a transformação dos
produtos ou para o acolhimento remunerado de visitantes (Figura 14). Porventura,
as explorações que escolherem a via da transformação, produzirão mais podendo
conciliar oscilações da produção, direcionando-a ora para os cabazes, ora para a
transformação. A criação de uma valência transformadora pode ser ela própria
indutora de mais motivos para o acolhimento de visitas. A introdução do processo de
secagem, por exemplo, pode levar à organização de cursos de secagem de plantas
ou oficinas de construção de secadores. O inverso também pode acontecer. A
exploração que organiza cursos, entre eles de secagem, percecionar o potencial de
mercado que estes produtos apresentam e daí iniciar a secagem como atividade
transformadora.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 53
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Figura 15. Enquadramento dos tipos propostos de Exploração agrícola PROVE de acordo com as
Trajetórias de desenvolvimento rural propostas por Van der Ploeg e Roep (2003). Estas serão as
Trajetórias que mais facilmente poderão ter sucesso em cada um dos tipos de exploração considerados
(Produção para o Cabaz, transformação e acolhimento).
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 54
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
4 Proposta de atividades de
diversificação nas Explorações
PROVE
As propostas de atividades para a diversificação da exploração agrícola resultam do
trabalho de campo realizado junto dos vários núcleos PROVE e passou pela visita
às explorações e entrevistas aos produtores e entidades locais dinamizadoras dos
núcleos. Para além da viabilidade económica, a promoção da relação entre
produtores e consumidores PROVE foi outro dos propósitos subjacentes à maioria
das propostas apresentadas.
Figura 16. Receber bem, um bom motivo para visitar uma exploração.
4.1 APRECIAÇÃO D O S C O N S U M I D O R E S À S AT I V I D A D E S P R O P O S TA S
Legu- Ar-
Car- mes Ar- ren-
Desi- Ativi- Refei-
N.º dra-
ne pre- ren-
da-
da- Ven-
ções
pe- para- da- men- da na
res- tação Com-
que- dos
Le-
men-
des
to de ex-
Cur- p/ gru-
post fruta/l potas nha pais sos pos
nos para to de espa- plora-
egu- e fi- na
as mes
ani- sala- ta-
lhos
ço ção
quinta
mais da e lhão co-
sopa berto
ADREPES 43 77% 26% 49% 47% 21% 19% 40% 5% 51% 49% 35%
ADRIMIHO 10 70% 60% 50% 50% 30% 10% 10% 10% 10% 40% 30%
ADRITEM 18 89% 39% 83% 78% 17% 17% 22% 6% 28% 39% 39%
IN LOCO 34 68% 26% 35% 56% 9% 12% 15% 6% 29% 47% 24%
MONTE 32 81% 41% 66% 63% 19% 22% 31% 0% 19% 41% 31%
TAGUS 44 84% 34% 66% 70% 30% 23% 14% 2% 32% 50% 32%
SEM NÚCLEO 153 85% 39% 45% 63% 12% 7% 22% 3% 26% 29% 25%
NACIONAL 341 82% 37% 53% 63% 22% 16% 29% 4% 36% 47% 37%
“Na minha opinião são propostas muito aliciantes e que deveriam colocar em pratica
o quanto antes. Os convívios e o arrendamento de um pequeno talhão seria
fantástico em todos os sentidos, quer familiar quer para a região, e ajudaria a
desenvolver ainda mais o concelho onde moramos.”
Consumidora há menos de 6 meses.
4.2 AS AT I V I D A D E S
4.2.1. FICHAS D E C A R A C T E R I Z A Ç Ã O D A S AT I V I D A D E S
A) Produtivas;
B) Transformadoras;
C) De acolhimento.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 57
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
A.2.
VENDA DE COMPOSTO
PERFIL DA A exploração deve ter um espaço facilmente adaptável para a guarda da lenha e
EXPLORAÇÃO/PRODUTOR do carvão.
ASPETOS DO PROCESSO Esta opção está condicionada pela existência de um produtor de lenha nas
A TER EM CONSIDERAÇÃO proximidades.
Para as pessoas com lareira que não querem ou não têm condições para adquirir
lenha em grandes quantidades.
MERCADO
Iniciar a venda junto dos consumidores PROVE e alargar numa fase posterior a
outros consumidores. No verão equacionar a venda de carvão.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 58
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
A.5.
ARRENDAMENTO DE TALHÕES
PERFIL DA Exploração próxima (até 5km) dos locais de residência dos interessados;
EXPLORAÇÃO/PRODUTOR Possuir local para a guarda de alfaias comuns e individuais.
A.6.
COLHEITA NA HORTA/POMAR
PERFIL DA
Exploração próxima de área residencial ou de grande passagem.
EXPLORAÇÃO/PRODUTOR
ASPETOS DO PROCESSO Prever uma boa sinalética dentro da exploração e áreas de fácil circulação a fim
A TER EM CONSIDERAÇÃO de evitar danos na horta/pomar.
A.7.
ARRENDAMENTO DE ESPAÇO COBERTO
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 59
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
PERFIL DA
Apenas viável nas explorações com espaço vago em armazém.
EXPLORAÇÃO/PRODUTOR
ASPETOS DO PROCESSO
Ponderar a aceitação apenas de veículos com seguro (roubo e incêndio).
A TER EM CONSIDERAÇÃO
Pessoas com equipamento que precisa de ser guardado em armazém e que não
MERCADO
têm espaço ou procuram alternativas.
A.8.
MICROPRODUÇÃO
DESCRIÇÃO Venda de energia e produção de água quente para fins sanitários ou outros.
PERFIL DA
A exploração deve, à partida, ser consumidora de energia da rede.
EXPLORAÇÃO/PRODUTOR
B.1.
DESIDRATAÇÃO DE FRUTAS E LEGUMES
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 60
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
B.2.
COMPOTAS, GELEIAS E MARMELADA
Para além dos consumidores PROVE, procurar escoar através, caso exista, do
MERCADO
posto de venda direta da exploração, do comércio e unidades hoteleiras locais.
B.3.
LEGUMES PREPARADOS PARA SOPAS E SALADAS
PERFIL DA
Possuir instalações adaptáveis ao licenciamento industrial Tipo 3.
EXPLORAÇÃO/PRODUTOR
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 61
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
B.4.
VENDA DE CARNE (PEQUENOS ANIMAIS)
C.1.
ATIVIDADES PARA PAIS E FILHOS
C.2.
CURSOS NA EXPLORAÇÃO
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 62
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
C.3.
CAMPOS DE FÉRIAS
ASPETOS DO PROCESSO Prever ocupar um a três meio-dias na exploração num programa semanal de
A TER EM CONSIDERAÇÃO campo de férias.
C.4.
REFEIÇÕES NA EXPLORAÇÃO
Servir refeições num local distinto de uma exploração aprazível: numa eira, numa
estufa, junto a uma ribeira, etc;
Existem duas possibilidades de organizar refeições nas explorações:
A primeira, destinada a aproximar produtores e consumidores, com o objetivo de
consolidar as Relações de confiança/compromisso entre os atores PROVE.
Podem funcionar rotativamente nas explorações do núcleo. Esta modalidade,
DESCRIÇÃO
apenas aberta aos consumidores e produtores do núcleo e por isso da esfera
privada, não é obrigada a cumprir os requisitos legais relacionados com os
aspetos da Higiene e Segurança Alimentar. A segunda modalidade, pressupõe o
serviço de refeições na exploração aberto ao público. A forma mais simples de dar
cumprimento às obrigações legais, é contratar uma empresa de catering
devidamente licenciada.
Para as refeições destinadas aos consumidores e produtores PROVE, todas as
explorações com casa de banho, e asseguradas as mínimas condições de
segurança e conforto, são passíveis de serem utilizadas.
PERFIL DA Para a modalidade alargada ao público em geral, a exploração deve reunir
EXPLORAÇÃO/PRODUTOR condições particulares de acolhimento: exploração aprazível, boas instalações
sanitárias, bons motivos distintivos em relação ao que oferece a concorrência
(atividades, enquadramento paisagístico, etc). As condições de higiene e
segurança alimentar devem ser avaliadas previamente pela empresa de catering.
ASPETOS DO PROCESSO Para servir refeições na exploração, é essencial a parceria com uma empresa de
A TER EM CONSIDERAÇÃO catering devidamente licenciada.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 63
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
4.2.2 ENQUADRAMENTO L E G A L D A S P R O P O S TA S R E L AT I VA S A
L E G I S L A Ç Ã O D E H I G I E N E E S E G U R A N Ç A A L I M E N TA R
Apesar dos esforços realizados nos últimos anos para simplificar os processos de
licenciamento das atividades económicas, verifica-se ainda uma grande dispersão
no acesso à informação que enquadra legalmente o se exercício, colocando, por
vezes, a Administração numa posição que privilegia o controlo e as ações
sancionatórias em detrimento de uma postura de aconselhamento técnico-legal.
Assiste-se ainda a diferentes interpretações da lei fornecidas por diferentes
entidades, atividades com regulamentação incompleta (caso da venda de carne em
pequenas quantidades) e uma excessiva rigidez da legislação que dificulta o
aparecimento de novas atividades.
Em anexo sugerem-se alguns organismos e ligações úteis no processo de
licenciamento e do enquadramento legal das atividades.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 64
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Quadro 14. Legislação mais relevante que regula o licenciamento, os aspetos de higiene e segurança
alimentar bem como a comercialização. Alguma da legislação é orientadora, uma vez que não existe um
quadro legal específico para essa atividade.
2.1. Desidratação de
lenha
Entidade a contactar
Licenciamento
Aprova o regime de exercício da atividade industrial (REAI). Regula o licenciamento de
Câmara Municipal
atividades industriais.
Decreto-Lei n.º 209/2008 de 29/10
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 65
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Microprodução de energia
Estabelece o regime jurídico aplicável à produção de eletricidade por intermédio de
Decreto-Lei n.º 363/2007 unidades de microprodução.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 66
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
5. Plano de Investimento
O presente plano teve como referência as tipologias de exploração PROVE
identificadas anteriormente:
Exploração Cabaz (vocacionada para a produção de hortofrutícolas);
Exploração Transformadora (que acumula com a produção hortofrutícola a
transformação de parte da produção);
Exploração Acolhimento (vocacionada para receber visitantes).
Quadro 16. A implementação escalonada do plano em três fases permite uma melhor adaptação às novas
valências que pretendem ser criadas. O itinerário constitui uma proposta a adaptar em cada situação.
Venda de composto
Venda de lenha
Arrendamento de talhões
Colheita na horta/pomar
Microprodução
Desidratação de frutas/legumes
Compotas
Venda de carne
Cursos
Campos de férias
Refeições na exploração
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 67
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Como ponto de partida para o nosso plano, admitiu-se que a exploração reúne
algumas condições, nomeadamente espaços passíveis de adaptação a um posto de
venda direta, um local para o processamento de alimentos e outro para o abate de
animais.
.
5.2. MÃO-DE-OBRA
QUADRO 17. NÚMERO DE HORAS PREVISTO AFETAR A CADA ATIVIDADE: EM PERCENTAGEM DE UTA. E EM PERCENTAGEM DO
TEMPO TOTAL .
67
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 68
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
1.4. Apoio na instalação de hortas 120 6% 6 hortas, 2,5 dias por horta 4.7%
1.5. Arrendamento de talhões 16 1% 2 dias/ano 0.6%
1 dia /ano (preparação/promo-
1.6. Colheita na horta/pomar 8 0% 0.3%
ção)
1.7. Arrendamento de espaço coberto 8 0% 1dia/ano 0.3%
1.8. Microprodução 0 0% Não se aplica 0.0%
2.1. Desidratação de frutas/legumes 320 17% 40 dias/ano 12.6%
2.2. Compotas 208 11% ½ dia/semana 8.2%
2.3. Legumes preparados para sopas e sa-
416 22% 1dia/semana 16.3%
ladas
2.4. Venda de carne 192 10% 6 meses, 1 dia/semana 7.5%
3 dias (preparação e promo-
3.1 Atividades para pais e filhos 24 1% 0.9%
ção)
3.2 Cursos 48 3% 4 cursos/ano 1.9%
3.3. Campos de férias 30 2% 3 campos, 2 manhãs/campo 1.2%
3.4. Refeições na exploração 16 1% 2 dias/ano (preparação) 0.6%
TOTAIS 2548 132.7% - 100.0%
Sendo assim, o custo anual de 1 UTA é 9215 € e o custo de uma hora 4,80 €.
5.3.CUSTOS FIXOS
MÊS ANO
SITE (ALOJAMENTO) 5€ 60 €
COMUNICAÇÕES 15 € 180 €
SEGUROS 25 € 300 €
ENERGIA 15 € 180 €
DESLOCAÇÕES 133 € 1.598 €
CONSERVAÇÃO E REPARAÇÕES 15 € 180 €
MATERIAL DE ESCRITÓRIO 5€ 60 €
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 69
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
FORMAÇÃO 250 €
ÁGUA 10 € 120 €
LIMPEZA 40 € 480 €
PRODUTOS LIMPEZA 5€ 60 €
IMPREVISTOS GERAIS 250 €
CONTABILISTA 125 € 1.500 €
Total 5.218 €
Pressupostos utilizados
Deslocações de âmbito geral: 30 km/mês x 0,37 €/km 68 x 12 meses;
Limpezas: 5€/h x 2h x 4x/mês x 12 meses
Imprevistos: 5% do total dos custos fixos
5.4. VIABILIDADE D A S P R O P O S TA S
Para determinar a viabilidade de uma forma expedita do maior número de atividades
possível, estimámos um ponto de equilíbrio para diferentes cenários (conservador,
otimista e intermédio). Ou seja, o volume de negócios que uma atividade precisa de
gerar (preço de venda x quantidade vendidas) para assegurar o pagamento dos
custos operacionais69 (volume de vendas mínimo suficiente para remunerar todos os
encargos).
Para o efeito. determinaram-se os custos de mão de obra, os custos fixos e as
amortizações. Os custos de mão de obra e os custos fixos foram calculados em
função da afetação do trabalho a essa atividade70.
Teve-se ainda em consideração um apoio de 40% da medida 3.1.1. do PRODER.
A criação de um ponto de venda direta não tem sido considerada pela maioria dos
produtores PROVE. A localização, a facilidade de acesso, o baixo investimento, a
complementaridade com outras atividades da exploração e o horário de
funcionamento que não colida com as atividades do produtor são fatores a ter em
consideração ao equacionar a criação de um ponto de venda direta.
68
Segundo o site http://www.moniteurautomobile.be/ que tem em conta o modelo, a vida útil, o consumo, o preço do
combustível, a quilometragem anual, seguro, pneus,juros, amortizações, reparações e revisões. Dados utilizados: Fiat Doblo
1.6, 1,45€/l (gasóleo), 5,2 l/100km, 15.000 km/ano, 5 anos de utilização, 400 €/ano de seguro, 3 €/lavagem e 1 lavagem/mês.
69
Incluem todos os encargos que asseguram o exercício da atividade. Excluem-se os encargos provenientes de
empréstimos.
70
O cálculo das amortizações (A) teve em conta o montante e afetação dos equipamentos a essa atividade
e o período de amortização estipulado de acordo com o Decreto Regulamentar n.º 25/2009.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 70
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Quadro 19. Cálculos dos encargos do Ponto de Venda Direta, pressupondo que esta atividade ocupa
4,3% de 1 UTA.
Total de
Mão-de-Obra (1) Custos Fixos (2) Amortizações (3)
custos
Montante do investimento X
afetação do equipamento à
4,3% x Custo de 1 UTA 4,3 % x Total custos fixos atividade X autofinanciamento /
1+2+3
período de amortização
Neste caso, o resultado operacional terá que ser igual a 704€. Isto é, o volume de
vendas capaz de gerar uma margem comercial de 704 €. Para o efeito estimaram-se
preços de venda e de custo para três cenários (conservador, otimista e intermédio.)
nos quais se fez variar a margem de comercialização entre 100 e 200%.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 71
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Quadro 20. O ponto de equilíbrio para o Ponto de Venda Direta, no cenário mais conservador, é
alcançado quando se venderem 1491 €/ano (1243 kg x 1,2 €/kg) ou 124 €/mês.
Qua
Mar- nti-
Pre- da-
Cus- Pre- IV ço Pre- gem Volume de
por de
tos da ço A de ço Uni- vendas/an
Mar- uni- mí-
ativi- Cenários de (2 ven- de ni- da- o
gem cus- da-
dade/ ven- 01 da ma des (IVA incluí-
de e
ano da 2) s/IV to71 de do)
sem
A ven-
IVA
da72
71
72
Quantidade mínima de venda = Custos Operacionais (704€)/Margem comercial em cada kg (0,6 € para cenário
conservador) = 1243 kg.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 72
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Quadro 22. Num cenário mais conservador, o ponto de equilíbrio é atingido com a venda de 190€/ano, ou
seja, 16 €/mês, 5 sacos de 20 l.
Mar-
Pre-
Cus- gem
Pre- IV ço Preço por Quan- volume
tos
ço A de de tidade uni- de ven-
da Mar- uni-
Cenários de (2 ven- cus- míni- da- das/ano
ativi- gem dade
ven- 01 da ma de des (IVA in-
dade/ to73 e
da 2) s/IV venda cluído)
ano sem
A
IVA
73
Sacos e abraçadeiras.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 73
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A venda de lenha é uma atividade que apresenta boas margens e que permite
continuidade no verão com a venda de carvão.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 74
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Quadro 24. Num cenário mais conservador, o ponto de equilíbrio é atingido com a venda de 756€/ano, ou
seja, 216 sacos de 10kg ao preço de venda de 3,5 €.
Qua
Mar- nti-
Volu-
gem da-
Pre- Pre- me de
Custos Pre- por de
IVA ço de ço ven-
da ativi- Mar- ço de uni- mí- Uni-
Cenários (20 ven- de das/an
dade/a gem ven- cus- da- ni- dades
12) da o
no da de e ma
s/IVA to74 (IVA in-
sem de
cluído)
IVA ven-
da
Sacos
335€ Intermédio 140% 3.5 € 23% 2.8 € 1.2 € 1.7 € 202
10 kg
707 €
5.4.4. APOIO N A I N S TA L A Ç Ã O D E H O R TA S
74
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 75
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Quadro 26. Cinco hortas é o número mínimo de instalações para atingir o ponto de equilíbrio.
Qua
nti- Volu-
Cus- Mar-
da- me de
tos Preço gem
Preço de ven-
da Preço IVA por
Mar- de ven- de mí- das/a
ativi- Cenários de (20 cus- unida- Unidades
gem da ni- no
da- venda 12) de e
s/IVA to75 ma (IVA
de/a sem
de incluí-
no IVA
ven- do)
da
250.0
Conservador 300% 23% 203.3 € 50.8 € 152.4€ 5 1.177€
€
300.0
718€ Intermédio 500%
€
23% 243.9 € 40.7 € 203.3€ 4 instalações 1.059€
350.0
Otimista 700% 23% 284.6 € 35.6 € 249.0€ 3 1.009€
€
5.4.5.ARRENDAMENTO D E TA L H Õ E S
75
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 76
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Quadro 28. O arrendamento de talhões é de considerar, para um cenário mais conservador, logo a partir
do segundo arrendamento.
Qua
nti-
Cus- Mar-
Pre- da-
tos gem volume
Preço ço de
da Preço IVA por de ven-
Mar- de de mí- unida-
ativi- Cenários de (20 unida- das/ano
gem venda cus- ni- des
da- venda 12) de e (IVA in-
s/IVA ma
de/a to76 sem cluído)
de
no IVA
ven-
da
76
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 77
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
5 . 4 . 6 . C O L H E I TA N A H O R TA / P O M A R
77
A expressão francesa "cueillette à la ferme"” é referenciada no Google 157.000 vezes e as expressões inglesas "pick your
own farms" e “U-pick farms” 469.000 e 832.000 vezes, respetivamente (Dezembro, 2011).
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 78
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Quadro 30. 160 visitas/ano, num cenário conservador, são suficientes para atingir o ponto de equilíbrio.
Qua
nti-
Cus- Pre-
Mar- da-
tos Pre- IV ço Preço gem un volume
de
da ço A de de i- de ven-
Mar- por uni- mí-
ativi- Cenários de (2 ven- cus- da das/ano
gem dade e ni-
da- ven- 01 da de (IVA in-
to78 sem ma
de/a da 2) s/IV s cluído)
IVA de
no A
ven-
da
Conservador 100% 1.0 € 6% 0.9 € 0.5 € 0.5 € 354 354 €
167
Intermédio 120% 1.2 € 6% 1.1 € 0.5 € 0.6 € 271 kg 325 €
€
Otimista 150% 1.2 € 6% 1.1 € 0.5 € 0.7 € 246 295 €
5.4.7. ARRENDAMENTO D E E S PA Ç O C O B E R T O
Hortofrutícolas e sacos.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 79
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Mar-
Preço Quanti-
Custos Preço gem volume de
Preço IVA de dade
da ativi- Cená- Mar- de ven- por uni- unida- vendas/ano
de (201 cus- mínima
dade/an rios gem da dade e des (IVA incluí-
venda 2) de ven-
o s/IVA to79 sem do)
da
IVA
Con-
serva- 800% 900€ 23% 732 € 81.3 € 650.4 € 1 900 €
dor
Ar-
ren-
Inter-
81€ médio
1100% 1.200€ 23% 975.6 € 81.3 € 894.3 € 1 da- 1.200€
men-
tos
Otimis-
1340% 1.440€ 23% 1.170.7€ 81.3 € 2.260.2€ 1 1.440€
ta
5.4.8. MICROPRODUÇÃO
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 80
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RUBRICAS MONTANTE
(SEM IVA)
Custos de ligação 500 €
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Autofinanciamento 12.230 €
Fonte: http://micro-geracao.com/
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 82
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Quadro 35. Quadro resumo dos rendimentos em função de dois cenários de produção de energia.
RENDIMENTO
RECEITAS RENDIMENTO ÓTIMO
MODERADO
5 . 4 . 9 . D E S I D R ATA Ç Ã O D E F R U TA S E L E G U M E S
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 83
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Quadro 37. O ponto de equilíbrio é atingido quando o volume de vendas anual atingir pouco mais de
11.000 € ou o processamento de cerca de 900 kg de produto acabado, longe do limite anual dos 5000kg
imposto para esta atividade, considerada do tipo 3 segundo o DL 209/2008 que regula o Regime de
Exercício da Atividade Industrial (REAI).
Mar- Qua
Pre-
Pre- gem nti-
ço
Custos ço por dade
Preço IVA de uni- volume de
da ati- Mar- de uni- míni-
Cenários de (20 ven- da- vendas/ano
vidade/ gem cus- dade ma
venda 12) da des (IVA incluído)
ano 80 e de
s/IV to sem ven-
A
IVA da
2.129€ Intermédio 50% 12.0 € 23% 9.8€ 6.5 € 3.3 € 655 kg 7.855 €
5 . 4 . 1 0 . C O M P O TA S
80
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 84
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
O fabrico de compotas é uma atividade que não requer uma componente de mão-
de-obra muito intensiva e permite o aproveitamento dos produtos menos conformes
e o escoamento da produção ao longo do ano.
O preço de venda indicado teve como referência o valor praticado para produto
similar nos hipermercados.
Quadro 39. Num cenário mais conservador, é necessário produzir cerca de 1523 kg de produto para
atingir o ponto de equilíbrio.
Qua
Mar- nti-
Pre-
Cus- Pre- ço Pre- gem da-
Volume
ço por de
tos da ço IVA de Uni de ven-
Mar- uni- mí-
ativi- Cenários de (201 ven- de da- das/ano
gem cus- da- ni-
dade/ ven- 2) da des (IVA in-
de e ma
ano da s/IV to81 cluído)
sem de
A
IVA ven-
da
1.428
Intermédio 50% 6.0 € 23% 4.9 € 3.3 € 1.6 € 879 kg 5.271 €
€
81
Hortofrutícolas, transporte, frascos, tampas, açúcar, pectina e outros ingredientes, rótulos, energia, água, limpeza.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 85
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
5 . 4 . 11 . L E G U M E S P R E PA R A D O S
Quadro 41. Uma atividade de mão-de-obra que requer muitos recursos (mão-de-obra, equipamento,
energia, etc) que se reflete nas margens de comercialização mais baixas.
Mar-
Pre-
Cus- Pre- ço Pre- gem Quan- Volume
ço por
tos da Mar ço IVA de tidade Uni- de ven-
de uni-
ativi- Cenários ge de (20 ven- míni- da- das/ano
dade/ m ven- 12) da cus- da- ma de des (IVA in-
de e
ano da s/IV to82 venda cluído)
sem
A
IVA
2.896
Intermédio 50% 6.0 € 6% 5.7 3.8 € 1.9 € 1535 kg 9.210 €
€
82
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 86
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
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PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Quadro 43. No cenário mais conservador o ponto de equilíbrio é atingido com a venda de cerca de 2200
kg ou 1100 frangos de 2kg.
Qua
Mar- nti-
Pre-
Cus- Pre- IV ço Pre- gem da-
Un Volume
ço por de
tos da ço A de i- de ven-
Mar- uni- mí-
ativi- Cenários de (2 ven- de da das/ano
gem cus- da- ni-
dade/ ven- 01 da de (IVA in-
de e ma
ano da 2) s/IV to83 s cluído)
sem de
A
IVA ven-
da
1.678
Intermédio 20% 6.0 € 6% 5.7 € 4.7 € 0.9 € 1779 kg 10.672€
€
5 . 4 . 1 3 . AT I V I D A D E S PA R A PA I S E F I L H O S
Aves para abate,transporte, encaminhamento de subprodutos, embalagens rótulos, energia, água, gás, limpeza.
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 88
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Qua
nti- Volu-
Cus- Mar-
da- me de
tos Preço gem
Preço de ven-
da Preço IVA por
Mar- de ven- de mí- Unida- das/an
ativi- Cenários de ven- (201 cus- uni-
gem da ni- des o
da- da 2) 84 dade
s/IVA to ma (IVA
de/a e sem
de incluí-
no IVA
ven- do)
da
151
Intermédio 82% 120.0 € 23% 97.6 € 66.0 € 31.6 € 5 Sessões 573 €
€
127
Otimista 150.0 € 23% 122.0 € 66.0 € 56.0 € 3 404 €
%
Quadro 46. Atividades para pais e filhos: Constrangimentos versus Aspetos positivos.
84
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 89
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
5.4.14. CURSOS
Quadro 47. Assumindo um cenário mais conservador, apenas com a realização de 9 cursos é alcançado o
ponto de equilíbrio.
Qua
nti-
Cus-
Mar- da-
tos volume
Preço Preço gem de
da Preço IVA de ven-
Mar de ven- de cus- por uni- mí- unida-
ativi- Cenários de ven- (201 das/ano
gem da dade e ni- des
da- da 2) to85 (IVA in-
s/IVA sem ma
de/a cluído)
IVA de
no
ven-
da
415€ Cursos
85
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 90
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
5.4.15.CAMPOS DE FÉRIAS
Outra proposta cujo risco é igualmente muito baixo. No entanto, está dependente da
existência de uma empresa licenciada para a organização de campos de férias nas
enquanto parceira, da existência de boas condições de segurança e de acolhimento
da exploração que nesta proposta não são objeto de investimento.
Figura 26. As atividades na horta podem exercer um grande fascínio junto das crianças.
Quadro 49. O preço de venda é o valor cobrado por participante à entidade que promove o Campo de
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 91
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Férias.
Qua
nti- volu-
Cus- Mar-
da- me de
tos gem
Preço Preço de ven-
da Preço IVA de por
Mar- de mí- unida- das/a
ativi- Cenários de (201 unida-
gem venda cus- ni- des no
da- venda 2) de e
s/IVA to86 ma (IVA
de/a sem
de incluí-
no IVA
ven- do)
da
175€ Intermédio 469% 7.0 € 23% 5.7 € 1.0 € 4.7 € 37 Jovens 262 €
86
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 92
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Figura 27. Neste exemplo, a empresa de catering foi responsável também por toda a logística
associada: tenda, mesas, bancos, etc.
Quadro 51. 80 Refeições para atingir o ponto de equilíbrio podem ser realizadas em dois ou três eventos
por ano.
Qua
nti- volu-
Mar-
da- me de
Cus- Pre Pre- O preço gem
Preço de ven-
tos da Mar ço IVA ço de custo por
de mí- unida- das/an
ativi- Cenários ge de (201 de deve unida-
venda ni- des o
dade/ m ven 2) cus- compor- de e
s/IVA ma (IVA
ano da to tar: sem
de incluí-
IVA
ven- do)
da
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 93
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
5.5. CONCLUSÕES
Cada vez mais o produtor tem que assumir múltiplas competências para além
de saber produzir bons produtos utilizando de forma eficiente os recursos
disponíveis. Precisa de negociar, vender, promover, investigar...dinamizar.
Estaremos perante uma nova era de produtores agrícolas transformados em
“canivetes suíços”?
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 94
PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
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PROVE: PROMOVER, VENDER, COMUNICAR E DIVERSIFICAR
Quadro 53. Análise das diferentes atividades propostas sob quatro parâmetros: montante do
investimento, viabilidade percecionada, recetividade dos consumidores segundo o inquérito realizado e a
promoção da relação entre produtores e consumidores do PROVE.
PROMOÇ
ÃO DA
VIABILIDA RECETIVIDA
RELAÇÃO
INVESTIMEN DE DE DOS
CONSUMI
TO PERCECI CONSUMID
DORA/
ONADA ORES
PRODUTO
RES
Elevado (mais
1.8. Microprodução 5000€)
Elevada Não se aplica Não se aplica
Elevado (mais
2.1. Desidratação de frutas/legumes 5000€)
Média Elevada Moderada
Elevado (mais
2.2. Compotas 5000€)
Média Média Moderada
Elevado (mais
2.3. Legumes preparados para sopas e saladas 5000€)
Média Elevada Moderada
Elevado (mais
2.4. Venda de carne 5000€)
baixa Média Moderada
P R O P O S TA D E AT I V I D A D E S D E D I V E R S I F I C A Ç Ã O N A S EXPLORAÇÕES PROVE 96
6. REFERÊNCIAS E OUTRA BIBLIOGRAFIA
R E L E VA N T E
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6.4. Filmes
ASAE -Legislação » Saúde Pública e Segurança Alimentar , Divisão de Informação: 707 502 723 e
em Página incial > Legislação > Saúde Pública e Segurança Alimentar, em http://www.asae.pt/;
CODEX Alimentarius, em http://www.codexalimentarius.net/web/index_en.jsp;
Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, em http://www.dgadr.pt/
Direcção Regional de Agricultura e Pescas (vários portais);
Direcção-Geral das Atividades Económicas, em http://www.dgae.min-economia.pt/;
Direcção-Geral de Veterinária em http://www.dgv.min-agricultura.pt/;
Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal do concelho do promotor do
projeto;
Guia de Apoio à Criação e Desenvolvimento de Microempresas da Direcção-Geral do
Desenvolvimento Rural, em http://www.dgadr.pt/microempresas/leg_info_details.asp?search_fd-
1=9&search_fd1=Higiene+e+Seguran%E7a+Alimentar;
IAPMEI, Pré-diagnóstico para a criação de uma empresa, em http://www.iapmei.pt;
Portal da Empresa, em https://www.portaldaempresa.pt;
Portal Renováveis na hora, em http://www.renovaveisnahora.pt;
Repertório de Atividades Artesanais em http://www.ppart.gov.pt/pagina.aspx?
tipo=1&pagina=reportorio;
Vetbiblios , súmula de legislação na área da produção animal, em http://www.vetbiblios.pt .
Créditos fotográficos*
Fernando Moital, excepto:
8 (Julie Browne), 18 (Brian M. Forbs), 19 (Bryan Mc Lellan), 20 (Mollzipan); 21 (Centre Social Ferme
du Parc de Meuniers), 22 (Carol), 26 (Mark Skipper), 25 (Paul Keller).
Atribuição não comercial CC. Fonte: Flickr
ANEXO I
Inquérito aos consumidores
ANEXO II
Relação do investimento necessário : por fase de implementação e por atividade
FASE 1 FASE 2 FASE 3
1.4.Apoio na instalação
1.8. Microprodução
1.7. Arrendamento
frutos e legumes
3.4. Refeições na
1.1 Venda directa
espaço coberto
Venda de carne
2.2. Compotas
exploração
3.2. Cursos
de hortas
Cabazes
talhões
filhos
balança comercial (máx. 15kg) 15% 5% 20% 20% 40% 288 €
balança comercial (máx. 15kg) 100% 288 €
controlo de pragas 20% 20% 60% 81 €
controlo de pragas 100% 81 €
estilhaçador 20% 60% 20% 717 €
termómetro 100% 24 €
encerado em tela 100% 240 €
motocultivador 80% 15% 5% 1.681 €
Balança (máx.60kg) 40% 20% 10% 30% 294 €
adaptação das instalações 20% 20% 60% 4.065 €
secador 100% 1.546 €
máquina seladora de embalagens 50% 50% 108 €
refractómetro 100% 49 €
armário de uso geral 20% 20% 60% 400 €
bancada de lavagem 20% 20% 60% 545 €
torneira misturadora 20% 20% 60% 63 €
2 mesas de trabalho em aço inoxidável 20% 20% 60% 305 €
panelas de aço inoxidável 40% 60% 421 €
1 fogão+ 2 botijas 60% 40% 198 €
1 fogão+ 2 botijas 100% 198 €
plano segurança e incêndios (projecto) 20% 20% 30% 30% 163 €
plano segurança e incêndios (equipamento + sinalética)) 20% 20% 60% 200 €
plano segurança e incêndios (equipamento + sinalética)) 100% 81 €
lava-mãos 1 20% 20% 60% 192 €
lava-mãos 2 100% 192 €
insectocutor 20% 20% 60% 101 €
insectocutor 100% 101 €
esterilizador de facas 20% 20% 60% 155 €
cortadora de legumes 100% 164 €
centrifugador de legumes 100% 130 €
2 facas 20% 20% 60% 20 €
4 facas 100% 40 €
escumadeira 100% 8€
roupa 20% 20% 60% 81 €
roupa 100% 81 €
botas 20% 20% 60% 24 €
botas 100% 24 €
toucas 20% 20% 60% 16 €
toucas 100% 16 €
distribuidor desinfectante 20% 20% 60% 15 €
distribuidor desinfectante 100% 15 €
curso HACCP 20% 20% 30% 30% 244 €
adaptação do local venda directa 50% 25% 25% 1.220 €
cadeiras 10% 80% 10% 516 €
mesas 10% 80% 10% 635 €
cavalete de conferencia 10% 80% 10% 50 €
2 aquecedores 10% 80% 10% 98 €
candeeiros 10% 80% 10% 44 €
computador 50% 8% 11% 13% 13% 5% 186 €
videoprojector 10% 90% 234 €
impressora 50% 8% 11% 13% 13% 5% 49 €
site 10% 10% 10% 5% 5% 8% 14% 14% 14% 5% 5% 407 €
alfaias 100% 150 €
adaptação de local para guarda de alfaias 100% 81 €
sinalética 100% 81 €
adaptação das instalações para a sala de abate 100% 4.065 €
design de embalagens e material promocional 20% 20% 30% 30% 1.220 €
funis de sangria 100% 203 €
tanque meia lua 100% 407 €
luvas de protecção 100% 132 €
arca frigorífica 100% 203 €
panela 100% 421 €
mesa de eviscerar 100% 500 €
bancada de lavagem 100% 500 €
esterilizador de facas 100% 155 €
torneira misturadora 100% 63 €
armário de uso geral 100% 400 €
caixa isotérmica (homologada c/ placa eutética) 100% 433 €
frigorífico industrial 20% 20% 60% 1.120 €
tábua relax 100% 35 €
tábua relax 20% 20% 60% 35 €
escaldadeira 100% 500 €
caixa primeiros socorros 50% 8% 11% 13% 13% 5% 20 €
estudos técnicos-económicos 10% 20% 20% 20% 25% 5% 1.400 €
acção de formação higiene e segurança alimentar para o sector
100% 60 €
das carnes e seus produtos
adaptação do local para guardar a lenha 100% 1.220 €
Microprodução 20.383 €
TOTAL 1 50.880 €