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)
Certamente terá. Sensibilidade, atenção, interpretação… O que lhe queiras chamar. Agora, haverá vários tipos de “olhar-de-arquitecto” e isso
é que é interessante. Perceber o que cada olhar privilegia, as várias formas de olhar, analisar e interpretar uma mesma coisa (ainda que
dentro de uma mesma área específica de conhcimento)
. Além da perspectiva territorial de um geógrafo, há outras áreas que também olham a cidade de uma forma específica. Por exemplo, se
olhares a cidade do ponto de vista sociológico, há distinções sociais, vivências culturais, fenómenos quotidianos… que, apesar de um
carácter mais “imaterial” são, simultaneamente, influenciadas e influenciadoras do espaço e acabam por se traduzir em marcos físicos
claros. Daí que, obrigatoriamente, devam influenciar o olhar de um arquitecto sobre a cidade.
5.2 Há entre os arquitetos alguma organização meta, que pense a cidade como um todo? As ordens? fazem-no para cidades
especificas, ou linhas gerais nacionais?
As ordens vão debatendo, e fazem sempre olhando para um exemplo. Há uns anos a ordem secção norte tgeve a debater a revisão do
pdm do porto durante 2 meses
le o doc deste link
http://www.serralves.pt/documentos/RoteirosExposicoes/RoteiroSAAL_AF.pdf
(espécie de grupo de debate urbanístico para a cidade)
Com uma variedade territorial tão grande num país tão pequeno, haverá lógicas abrangentes a esse nível? Talvez sim (a questão da
preocupante desertificação do interior ou a sazonalidade de ocupação de certas áreas, por exemplo). Lógicas de organização e
funcionamento do território (a vários níveis) sim… mas a nível de desenho/planeamentos faz sentido tratar escalas mais locais.
Agora, quais as urgências actuais abrangentes a nível nacional?
6.1 A cidade é mais o que se constrói ou mais o que acontece fora das casas?
(num campo de basquete num jardim, jogar basquete pode ser a coisa mais aborrecida que lá acontece)
(vou-te deixar uma coisa para leres. Já sei que és relutante em relação ao Siza mas ele é quase tão génio a escrever quanto a projectar ❤ )
6.2 Não é imperativo impedir a construção no centro das cidades tanto quanto possível e ganhar espaço público? acho que é isto
que se tem feito e bem.
talvez aqui não te devas focar só no ganho de “espaço público” o Porto melhorou o centro da cidade com o metro que acabou por ajudar a
dar um pritzker ao Souto
Programas transitorios que mudam conforme as necessidades, como as zonas industriais
Mais uma vez a questão da escala e das nuances privado-público. É importante é perceber o que se pretende com “espaço-público”. Se
um espaço que propicia interações, momentos de estabilidade, de usufruto colectivo, etc. isso tanto pode ser conseguido ao nível do
espaço público como também privado (interiores de quarteirão ou traseiras de lotes, por exemplo).
8 A propriedade é legitima se ela impede de planear a cidade? Sabemos que não para casos como aeroportos ou autoestradas,
mas e para outras necessidades sociais ou culturais?
(prédio coutinho, mercado da cidade)
(Limite a alojamento local por freguesias de Lisboa a 25%)
até em viana existem os espaços canal. espaços em que os proprietarios contruindo terão que ceder para futuramente se construir uma
estrada
9 Tens exemplos de como a arquitectura pode mudar a dinâmica cultural de uma cidade, ou torná-la socialmente mais capaz?
A periferia é um espaço não político? é aceitável viver fora do Centro?
é um espaço politico na medida de acomulação de votos mas é um espaço não cultural, ou pelo menos com muita menor qualidade.
claro que dentro disto o boom de construção dos anos 70 80 90 denota especial falta de qualidade (os pdm começaram a surgir depois)
Às vezes parece haver uma certa sobranceria da Arquitectura. Para o bem e para o mal. Auto e hetero imposta… Ou seja, sim,
pontualmente, a Arquitectura pode ir contribuindo para alguns aspectos mas muitos deles partem, mais que tudo, de uma questão de
sensibilização cultural e educacional que, não existindo, é difícil que a Arquitectura consiga dar resposta por si só.
A Arquitectura dá espaço para que as coisas aconteçam e (idealmente) da melhor forma possível mas, para isso, é imprescindível que haja
primeiro sensibilidade, vontade e meios para que as coisas aconteçam.
O dilema se a Arquitetura transforma efectivamente o mundo ou se é “somente” capaz de melhorar experiências.
Nesse sentido, perceber é se existe uma predisposição das várias disciplinas para trabalhar em conjunto por objectivos comuns.
10 Como cidadãos, temos obrigações para além das legais? Deveres culturais, sociais e artísticos?
Shiiiiim! Cada um com o que pode