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Opióide

01-) Conceito
São substâncias químicas naturais presentes na papoula, com ação
analgésica e depressora do SNC (p ex, morfina e Codeína). Por sua vez, os
opioides são produtos sintéticos, mas que atuam de forma similar aos
opiáceos.
02-) Mecanismo de Ação
Tais medicamentos interagem com receptores específicos no SNC e
no SNP e na musculatura lisa, causando reações moleculares que resultam em
um efeito.
Os receptores específicos de opiáceos e opioides mais importantes
são:
- Mu
- Kappa
- Delta
Estes receptores estão relacionados com analgesia+ sedação +
depressão respiratória
Para cada receptor, existe um ligante especifico endógeno
03-) Receptores Opióides
a-) MU
Esses receptores estão localizados no encéfalo, em áreas como a
substância cinzenta e, na medula espinal, no corno dorsal onde ocorrem as
sinapses das fibras aferentes da dor.
Causam retenção urinária, diminuem a FC, ocasionam miose,
diminuem a motilidade do TGI.
b-) Delta (Região Límbica)
Modulam a atividade do receptor mu.
Causam depressão respiratória, retenção urinária, mínima
constipação
c-) Kappa (Cortéx Cerebral)

04-) Codeina
a-) Farmacologia
Possui metabolização hepática pela enzima CYYP2D6 e
desmetilazação em norcodeina e Morfina, sendo um pro fármaco da Morfina. O
efeito analgésico da codeína reside na porcentagem de < 10% da codeína ser
convertida à Morfina.
Codeína também é um potente antitussígeno e gera constipação
intestinal. Existem relatos que opioides podem causar prurido, mas é digno de
nota que pacientes com cirrose biliar primária obtém alívio com uso regular de
codeína.
Possui excreção renal.

*Pico de Ação
30- 60 minutos para analgesia
1-2 h para efeito antitussígeno
*Duração de Ação
4a6h
b-) Populações Especiais
Como Morfina, codeína é mais tóxica em pacientes que evoluem
com disfunção renal. Isso é decorrente da acumulação de Morfina e outros
metabólitos ativos.
Codeína não deve ser usada em pacientes com moderada- severa
insuficiência hepática, pois redução de metabolismo pode resultar em menor
transformação em Morfina e, assim, reduzir o efeito analgésico.
c-) Interações
A inibição da CYP2D6 bloqueia a biotransformação da Morfina e,
com isso, diminui o efeito da Codeína como Analgésico.
Betabloqueadores, IRSs etc.

02-) Tramadol
a-) Farmacologia
Possui ação central com mecanismo de ação duplo, tendo afinidade
fraca por receptores opioides, ocasionando uma menor incidência de
depressão respiratória e de Taquifilaxia.
Há aumento da liberação de serotonina pelos neurônios e inibição
da receptação de Nora e de serotonina em nível espinal.
Possui metabolismo hepático (85%) e excreção renal (90%) e Fecal
(10%).
Tramadol é derivado da Codeína e sua estrutura é similar a
Venlafaxina
Em pacientes com Insuficiência Renal (Cl < 30) e Hepática- em
decorrência da falência de sua eliminação- há a necessidade de prescrever
metade da sua dose ou reduzir a sua frequência para 12/12h, por exemplo.
03-) Morfina
Apenas 30% da morfina oferecida pela VO se torna biodisponível
após as perdas na absorção e no fenômeno de primeira passagem. A
metadona e a Oxicodona, por exemplo, sofrem menos o fenômeno de primeira
passagem hepática, além de serem substâncias mais lipossolúveis e, portanto,
melhor absorvidas pela mucosa intestinal.
02-) Efeitos Colaterais
a-) Constipação
Os opioides, no entanto, retardam o esvaziamento gástrico,
diminuem o peristaltismo e diminuem a mobilidade intestinal, o que resulta em
maior absorção de água e, portanto, em constipação, evacuações incompletas,
distensão abdominal e piora do refluxo.
b-) Náuse/vômitos
Os mecanismos envolvidos na gênese desses efeitos pelo uso de
opioides incluem o estímulo direto da zona de gatilho para vômito, no SNC,
diminuição do esvaziamento gástrico e o aumento da sensibilidade do sistema
vestibular. A introdução gradual do opioide e o seu uso continuado podem
diminuir a incidência de náusea e vômito. Surpreendentemente, tem sido
aventado que o emprego de grandes doses de opióide exerce efeito
terapêutico sobre o vômito por estímulo direto de receptores um na zona
antiemética.

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