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Consórcios

Públicos Lei
11.107/2005

Eng. Sebastião Martins


Com o advento da Lei n° 11.107/2005
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato
2004-2006/2005/lei/l11107.htm), o
legislador federal procurou editar normas
gerais relativas à contratação de
Microsoft consórcios públicos. Procurando dar ao
leitor um texto introdutório adequado a
SCM-Sistemas uma apresentação genérica do assunto
Consultoria & Métodos em pauta, transcrevemos o artigo do Sr.
Belo Horizonte – MG Henrique Cartaxo
Fone: (31) 99645-0801 http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,M
scm.sistemas@gmail.c I32004,81042-
om A+disciplina+dos+consorcios+publicos+l
01 de Março de 2016 ei+n+1110705
Sebastião Carlos Martins

Eng. Eletricista, pós-graduado em Gerenciamento de Projeto pelo IETEC


(Instituto de Educação Continuada – BH, MG), profissional com mais de 30
anos de mercado, com amplos conhecimentos técnicos, administrativo,
projetos e acompanhamento de obras, financeiro, contábil e tributário, adquirido
nas atividades abaixo relacionadas e consolidado pelo desenvolvimento
pessoal de Sistema Gerencial Administrativo, Financeiro e Tributário, já
implantado e em perfeito funcionamento em grandes empresas.

Ex. prof. da UFMG (Universidade Federal do Minas Gerais) e PUC ( Pontifícia


Universidade Católica do Minas Gerais) com vários artigos técnicos
publicados. Conhecimento básico em Direito Tributário, Constitucional,
Administrativo, Participação Público Privada e contabilidade básica / avançada.

Autor dos Livros

a) ISS das Instituições Financeiras (250 páginas),


b) ISS nas operações com cartões de crédito e débito (tese).
http://portalamm.org.br/iii-seminario-de-gestao-e-arrecadacao-municipal/

Aprovado no MPU (classificação 118), Tribunal de Justiça (Classificação 135) e


ALMG (Assembleia Legislativa do Paraná).

Pós-graduação com ênfase em Análise de Investimentos

Análise de Balanço para fins de financiamento junto ao BNDES

1) INFORMÁTICA
Excel, Word, Analista e desenvolvedor de Sistemas (sendo autor de um
Sistema ERP e CRM ) e Planilha (Excel) para avaliação e análise de decisão
em projetos de tubulações nas áreas de saneamento (adutoras e esgoto) e
valor de jazidas de minério de ferro.

2) EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:
Atual-Consultor em Empresas de Saneamento, análise de investimentos
industrial e imobiliário, impostos ISSQN tributário municipal.

Mineração de ferrosos e não ferrosos (cobre e alumínio), Siderurgia e


metalurgia de cobre e alumínio.

http://www.direitobrasil.adv.br/index_arquivos/Page1474.htm

http://www.dezmedidas.mpf.mp.br/

..\..\Dropbox\Consórcios Públicos - Lei 11.107-05 - esquematizada.docx


https://drive.google.com/file/d/0B6JZPSK3XZ3yVk1QZE4zeTZGdW8/view
1) Introdução.................................................................................................... 4
2) Lei n° 11.107/2005 do Consórcio Público ..................................................... 4
3) Lei da Responsabilidade Fiscal – LRF (lei 101/2000) ............................... 6
4) Consórcios Públicos – Etapas .................................................................... 7
a) Etapa 1 – Protocolo de intenções ............................................................. 7
b) Etapa 2 – Ratificação do Protocolo .......................................................... 8
c) Etapa 3 – Estatutos .................................................................................. 8
d) Etapa 4 - CNPJ......................................................................................... 8
e) Etapa 5 – Planejamento Estratégico / Estudos......................................... 8
f) Etapa 6 – Implantação, Contrato de Rateio e Contrato de Programa ...... 9
5) Fundamento Legal ..................................................................................... 10
5.1) Constituição Federal .............................................................................. 10
5.2) Lei nº 11.107/05 ..................................................................................... 10
5.3) Alterações na Lei no 8.666/93 – pela Lei nº 11.107/05 .......................... 11
a) "Art. 23 – Do Limite para Contratação Direta” ..................................... 11
b) "Art. 24 – Da Dispensa de Licitação” ................................................... 11
5.4) Decreto nº 6.017/07 ............................................................................... 12
DA GESTÃO DOS CONSÓRCIOS PÚBLICOS ............................................... 12
Seção I ............................................................................................................. 12
a) Disposições Gerais ............................................................................. 12
b) Da Contratação do Consórcio por Ente Consorciado.......................... 13
c) Das Licitações Compartilhadas ........................................................... 13
d) Da Concessão, Permissão ou Autorização de Serviços Públicos ou de
Uso de Bens Públicos ................................................................................ 14
6) Alteração da Lei nº 8.666/93 pela Lei 11.107/05 ....................................... 14
7) Tabela de Valores para Licitação: ............................................................. 15
8) Posição do TCE/SC ................................................................................... 15
a) Prejulgado nº 1545 ................................................................................. 15
b) Prejulgado nº 1776 ................................................................................. 17
9) Protocolo de intenções .............................................................................. 18
10) Gestores Públicos .................................................................................. 19
11) Atuação do TCU, CGU e DENASUS ...................................................... 20
12) Últimas novidades sobre Consórcios ..................................................... 20
13) Para saber mais: .................................................................................... 20
a) Sistema de gestão para convênios e contratos públicos ........................ 20
b) http://www.casacivil.ma.gov.br/governo-capacita-municipios-sobre-
sistema-de-gestao-para-convenios-e-contratos-publicos/............................. 20
c) http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2011-06/painel_34-123.pdf
20
d) http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-
02/guia_consorcios_pblicos_cef_vol2.pdf ..................................................... 20
e) http://www.consorciospublicos.ba.gov.br/c,d,35,Etapas.html ................. 20
f) Complemente o conhecimento sobre “Consórcio Público” acessando link
abaixo: .......................................................................................................... 20
ANEXO A – Trabalho do Prof. Jacoby Fernandes, visto no link abaixo. .......... 21
Consórcios públicos - lei nº 11.107/05
1) Introdução

No artigo a “Riqueza dos Bancos e Pobreza dos Municípios -


http://www.consultoriaiss.com/project/a-riqueza-dos-bancos-e-a-pobreza-dos-
municipios/” procuramos demonstrar a razão pela qual no período 2015,
mesmo com uma recessão econômica da ordem de 3,8%, as Instituições
Financeiras” obtiveram astronômicos lucros ordem de 76,43 bilhões.

No artigo acima, demonstramos que no conjunto dos 449 municípios e 27


capitais estudadas, há a possibilidade de se incrementar mais 71.969.075,00
R$/mês aos cofres municipais, estimados sobre uma arrecadação média
mensal de 208.945.171,00 R$/mês.

Para os 449 Municípios o incremento médio esperado é de 67,46 %, enquanto


que para as Capitais, este incremento será de 15,53 %, gerando um
incremento, total, médio de 34,44 %.

Tais valores não chegam aos municípios por motivos da falta de recursos
financeiros que lhes permitam a contratação e implantação de adequados
sistemas de gestão tributária, circunstancia que pode ser eliminada pela
organização destes em consórcios públicos que tem por objetivo:

• Reduzir as despesas com aquisição de sistemas de gestão de IS,


• Uniformizar procedimentos fiscalizatórios tendo por consequência uma
melhor eficiência e eficácia na arrecadação,

Procurando dar ao leitor um texto introdutório adequado a uma apresentação


genérica do assunto em pauta, transcrevemos o artigo do Sr. Henrique Cartaxo
http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI32004,81042-
A+disciplina+dos+consorcios+publicos+lei+n+1110705

2) Lei n° 11.107/2005 do Consórcio Público

Com o advento da Lei n° 11.107, de 06/04/2005


(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11107.htm), o
legislador federal procurou editar normas gerais relativas à contratação de
consórcios públicos. Entende-se por consórcios públicos aqueles contratos
celebrados entre pessoas jurídicas de Direito Público que detêm capacidade
política (denominadas de entes da Federação) - a saber, União, Estados,
Distrito Federal e Municípios - com vistas à realização de atividades
eminentemente públicas, de interesse comum dos consorciados. Há quem
diga que estas atividades resumem-se, basicamente, à gestão de bens
públicos, fomento do setor privado, poder de polícia, além da prestação de
serviços públicos em geral. Por conseguinte, o espectro de atuação dos
consórcios públicos é bastante amplo, com possível direcionamento a áreas e
finalidades diversas.

As possibilidades para a atuação dos consórcios públicos são infinitas -


conquanto seja necessária a observância dos preceitos expressos na Lei e na
Constituição, para que se tornem viáveis e exequíveis na prática.

Anteriormente à celebração dos consórcios públicos, impõe-se a


elaboração de um protocolo de intenções pelos contratantes, cuja
ratificação depende de lei, nos termos do art. 5°da Lei n° 11.107/05.

Art. 5o O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação,


mediante lei, do protocolo de intenções.

§ 1o O contrato de consórcio público, caso assim preveja cláusula,


pode ser celebrado por apenas 1 (uma) parcela dos entes da Federação
que subscreveram o protocolo de intenções.

§ 2o A ratificação pode ser realizada com reserva que, aceita pelos


demais entes subscritores, implicará consorciamento parcial ou
condicional.

§ 3o A ratificação realizada após 2 (dois) anos da subscrição do


protocolo de intenções dependerá de homologação da assembleia geral do
consórcio público.

§ 4o É dispensado da ratificação prevista no caput deste artigo o ente


da Federação que, antes de subscrever o protocolo de intenções,
disciplinar por lei a sua participação no consórcio público.

O ente federativo somente fica dispensado desta ratificação na hipótese de


haver disciplinado - em momento anterior à subscrição do protocolo de
intenções e através de lei - a sua participação no consórcio (art. 5°, § 4º). O
consórcio público resulta, invariavelmente, na criação de uma nova
personalidade jurídica para congregar os consorciados. Trata-se, pois, de
entidade própria e específica para promover a gestão compartilhada entre os
entes consorciados, a qual pode ser, em última análise, de Direito Privado
sem fins econômicos (tratada como verdadeira aberração pela doutrina), ou
de Direito Público, dependendo da forma como se organizar. Neste segundo
caso, o consórcio público passa a integrar a Administração Indireta de todos
os entes federativos contratantes.
Logicamente, a celebração de consórcios públicos, nos termos da Lei n°
11.107/05, prescinde de prévia instauração de processo licitatório. Da mesma
forma, não há necessidade (dispensa) de licitação para que possam
contratar com a Administração Direta ou Indireta dos entes federativos
consorciados, a teor do art. 2°, § 1º, III da referida lei.

Art. 2o Os objetivos dos consórcios públicos serão determinados pelos


entes da Federação que se consorciarem, observados os limites
constitucionais.

(...) III – ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes
da Federação consorciados, dispensada a licitação.

Nas demais hipóteses, entretanto, remanesce aos consórcios públicos o


dever de licitar, na forma da legislação pertinente. Aliás, mesmo nos casos
em que são constituídos sob a forma de Direito Privado, devem os consórcios
observar as normas de Direito Público, mais especificamente no que toca à
realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e
admissão de pessoal (esta regida pela Consolidação das Leis do Trabalho),

3) Lei da Responsabilidade Fiscal – LRF (lei 101/2000)

A propósito, os contratos geradores de despesas aos entes federativos


consorciados - inclusive mediante a transferência de recursos à pessoa
jurídica criada para congregá-los - subordinam-se ao regime da Lei de
Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n° 101/2000 -
C:\Users\scm\Dropbox\Entendendo a LRF (Lei da Responsabidade
Fiscal).pdf). Logo, necessitam ser precedidos da estimativa de seu impacto
orçamentário-financeiro, além de compatíveis com o plano plurianual e com a
lei de diretrizes orçamentárias, a fim de que reste comprovada a existência de
dotação específica e suficiente para a assunção destas despesas pelos entes
federativos contratantes.

O propósito deste Artigo não reside no esgotamento das questões e


inovações trazidas por esta lei (até mesmo por serem relativamente
incipientes para a comunidade jurídica), mas sim apresentar os seus
contornos e implicações principais. Dentro desta perspectiva a finalidade
precípua vislumbrada pelo legislador através da normatização dos
consórcios públicos - principalmente pela forma como esta ocorreu -
ampara-se na conjugação de esforços pelos diversos entes que compõem a
Federação, em prol do enfrentamento de problemas que lhes são comuns,
com a perspectiva do alcance de resultados mais satisfatórios para todos eles
e, em última instância, para os próprios cidadãos. Neste sentido, em que pese
a existência de severas críticas e acirradas discussões doutrinárias em
relação a aspectos técnicos adotados pela Lei n° 11.107/05, não há dúvidas
de que todos esperamos a concretização dos objetivos e finalidades
preconizados pelo legislador, através da edição desta lei de caráter nacional.
Ora, dentro de um cenário em que vigora a deterioração dos serviços públicos
prestados pelo Estado, toda e qualquer iniciativa legislativa que
eventualmente possa melhorar este panorama deve ser acolhida com muita
esperança e otimismo.

Direcionado o leitor ao entendimento geral dos assuntos relacionados aos


Convênios e Consórcio Públicos que regem tais modalidades de atendimento
às necessidade públicas, fornecemos links que remeterão os leitores a um
melhor entendimento dos assuntos Convênios e Consórcio Públicos.

• http://www.stn.fazenda.gov.br
• cconf.df.stn@fazenda.gov.br
• Twitter: @_tesouro

Fórum da Contabilidade Pública


• http://www.tesouro.gov.br/forumwww.tesouro.gov.br/for
um

Siconfi – Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público


Brasileiro

• http://www.siconfi.tesouro.gov.br

4) Consórcios Públicos – Etapas

Este tópico tem por objetivo apresentar as etapas, básicas, que devem
nortear a organização de Consórcios Públicos.

a) Etapa 1 – Protocolo de intenções

Orienta na formação do contrato preliminar com os principais termos que


envolvem a formação do consórcio público. O seu conteúdo mínimo deve
obedecer ao que está previsto na Lei de Consórcios Públicos e na sua
regulamentação (modelo em CD anexo).

Este documento deve ser subscrito pelos chefes do poder executivo de cada
um dos consorciados.

O Protocolo de Intenções deverá ser publicado na imprensa oficial no âmbito


dos subscritores, integral ou parcial com indicativo de texto integral em sítio da
internet.
b) Etapa 2 – Ratificação do Protocolo

Uma vez discutido e assinado pelos chefes do poder executivo, o Protocolo de


Intenções deverá ser encaminhado para as respectivas casas legislativas para
ser ratificado. Os entes subscritores terão 2 anos, a partir da data da primeira
subscrição, para ratificar o Protocolo e ser automaticamente admitido no
consórcio. Após esta data, a ratificação só será válida com a homologação da
Assembleia Geral. Também existe a possibilidade de o ente da Federação,
antes de subscrever o Protocolo de Intenções, disciplinar por lei a sua
participação no consórcio público, dispensando-se da ratificação.

Ressalta-se que o legislativo não pode alterar o conteúdo do Protocolo de


Intenções, pois este deve ser igual para todos os entes que compõem o
consórcio, mas pode criar reservas de determinados dispositivos,
condicionando assim a ratificação (modelo de Projeto de Lei em CD anexo).

As reservas precisam de aprovação dos demais subscritores do Protocolo ou,


se o consórcio já constituído, da Assembleia Geral.

Uma vez ratificado, o Protocolo de Intenções converte-se no contrato de


constituição do consórcio público.

Caso previsto no Protocolo, o consórcio pode ser constituído sem a ratificação


de todos os signatários, mas sim parte destes.

c) Etapa 3 – Estatutos

Vencidas as etapas 1 e 2, deverá ser convocada uma Assembleia Geral


Estatuinte (modelo de convocação em CD anexo) para discussão e aprovação
do estatuto que regerá a gestão, estrutura e organização do consórcio,
conforme diretrizes estabelecidas no Protocolo de Intenções (modelo de
Estatuto em CD anexo).

O Estatuto aprovado pela Assembleia Estatuinte deverá ser publicado na


imprensa oficial no âmbito dos subscritores, integral ou parcialmente, com
indicativo de texto integral em sítio da internet, além de registrado no Cartório
de Registro de Títulos e Documentos e Registro Civil das Pessoas Jurídicas.

d) Etapa 4 - CNPJ

Com o Estatuto aprovado e registrado, o consórcio solicita inscrição no CNPJ


junto à Receita Federal.

e) Etapa 5 – Planejamento Estratégico / Estudos


Esta é uma das etapas mais importantes e geralmente esquecida na
implementação de um Consórcio Público. A Assembleia Geral, ou grupo de
trabalho, deve elaborar o Planejamento Estratégico do consórcio,
estabelecendo as suas metas, ações estratégicas e outras questões que
envolvem este tipo de planejamento.

Em seguida, deve-se elaborar estudos que vão nortear a execução das


atividades e projetos do consórcio. Por exemplo, se o consórcio pretende
implementar um aterro sanitário e gerir os resíduos sólidos dos seus
consorciados, um estudo preliminar tem que ser feito para analisar a viabilidade
técnica do aterro, a sua regionalização e abrangência necessária, os recursos
demandados, suas fontes, etc.

f) Etapa 6 – Implantação, Contrato de Rateio e Contrato de Programa

Uma vez formalizado, o consórcio deve ser implantado, definindo-se o seu


espaço de funcionamento (sede), adquirindo-se os equipamentos, contratando
pessoal e/ou recebendo os funcionários disponibilizados pelos consorciados,
etc.

Para suprir este custo de implantação e custeio do consórcio, deve-se elaborar


o Contrato de Rateio. A forma de ratear estes custos deverá ser discutida e
pactuada na Assembleia Geral e não existe uma receita pronta. Vários podem
ser os parâmetros para definir esta divisão, que podem ser igualitários (mesmo
valor para todos os consorciados) ou proporcionais (à população, Fundo de
Participação dos Municípios – FPM, PIB Municipal etc). Lembrando das
impossibilidades previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal, que veda a
vinculação de uma receita à uma despesa (exemplo: não se deve estabelecer
um percentual de FPM no contrato).

Para financiar as atividades objeto do consórcio, os entes consorciados


beneficiados do objeto em questão devem celebrar Contrato de Programa. É
através do Contrato de Programa que o consórcio executa as diversas ações e
serviços à sociedade.

ATENÇÃO! Antes de assinar Contrato de Rateio ou Contrato de Programa, o


Chefe do Poder Executivo deve verificar se existe dotação orçamentária
específica, caso contrário, providenciar suplementação orçamentária, para
então assinar o contrato, a fim de não incorrer em crime de improbidade
administrativa (art. 10, inciso XIV, da Lei no 8.429, de 1992.) e responder
processo de expulsão do consórcio. Sendo importante também estar atento às
orientações da Portaria STN nº 860/2005 e a Portaria Conjunta STN/SOF nº
3/2008 que dispõem sobre o orçamento e os lançamentos contábeis dos
consórcios públicos.
5) Fundamento Legal

5.1) Constituição Federal

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e


conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios
arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de
outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo
a integração social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e
exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a


União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio
do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão


por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os
entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem
como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens
essenciais à continuidade dos serviços transferidos.

5.2) Lei nº 11.107/05


Art. 2o - Os objetivos dos consórcios públicos serão determinados pelos entes da
Federação que se consorciarem, observados os limites constitucionais.

§ 1o - Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá:

I – firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios,


contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos
do governo;
II – nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover
desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de utilidade ou
necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público; e
III – ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação
consorciados, dispensada a licitação.

Art. 6o - O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:

I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a


vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções;
II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.

§ 1o - O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a


administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.

§ 2o - No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o


consórcio público observará as normas de direito público no que concerne à
realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão
de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

5.3) Alterações na Lei no 8.666/93 – pela Lei nº 11.107/05

Foram as seguintes as alterações introduzidas pela Lei 11.107/05 na Lei no


8.666/93 das Licitações:

Art. 17. Os arts. 23, 24, 26 e 112 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, passam
a vigorar com a seguinte redação:

a) "Art. 23 – Do Limite para Contratação Direta”

§ 8o No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos valores


mencionados no caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da
Federação, e o triplo, quando formado por maior número." (NR).

b) "Art. 24 – Da Dispensa de Licitação”


XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com
entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de
forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou
em convênio de cooperação.
Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo
(Art. 24. É dispensável a licitação) serão 20% (vinte por cento) para compras,
obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia
mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei,
como Agências Executivas." (NR)

"Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e


seguintes1 do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25,
necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo
único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à
autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de
5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos.
......................................................................................" (NR)

"Art. 112. .....

§ 1o Os consórcios públicos poderão realizar licitação da qual, nos termos do


edital, decorram contratos administrativos celebrados por órgãos ou entidades
dos entes da Federação consorciados.

§ 2o É facultado à entidade interessada o acompanhamento da licitação e da


execução do contrato." (NR)

5.4) Decreto nº 6.017/07

CAPÍTULO III

DA GESTÃO DOS CONSÓRCIOS PÚBLICOS

Seção I

a) Disposições Gerais

Art. 10. Para cumprimento de suas finalidades, o consórcio público poderá:

I - firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios,


contribuições e subvenções sociais ou econômicas;

1
Originariamente eram XV hipóteses de dispensa, depois foi alterado para XX, depois para XIV
e hoje já são mais de XXXI
II - ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação
consorciados, dispensada a licitação; e

Seção IV

b) Da Contratação do Consórcio por Ente Consorciado

Art. 18. O consórcio público poderá ser contratado por ente consorciado, ou por
entidade que integra a administração indireta deste último, sendo dispensada a
licitação nos termos do art. 2o, inciso III, da Lei no 11.107, de 2005.

Parágrafo único. O contrato previsto no caput, preferencialmente, deverá ser


celebrado sempre quando o consórcio fornecer bens ou prestar serviços para um
determinado ente consorciado, de forma a impedir que sejam eles custeados
pelos demais.

Art. 2o Os objetivos dos consórcios públicos serão determinados pelos entes


da Federação que se consorciarem, observados os limites constitucionais.

§ 1o Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá:

I – firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber


auxílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e
órgãos do governo;

II – nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover


desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de utilidade ou
necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público; e

III – ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da


Federação consorciados, dispensada a licitação.

§ 2o Os consórcios públicos poderão emitir documentos de cobrança e


exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros preços públicos pela
prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por eles
administrados ou, mediante autorização específica, pelo ente da Federação
consorciado.

§ 3o Os consórcios públicos poderão outorgar concessão, permissão ou


autorização de obras ou serviços públicos mediante autorização prevista no
contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma específica o objeto da
concessão, permissão ou autorização e as condições a que deverá atender,
observada a legislação de normas gerais em vigor.

Seção V

c) Das Licitações Compartilhadas


Art. 19. Os consórcios públicos, se constituídos para tal fim, podem realizar
licitação cujo edital preveja contratos a serem celebrados pela administração
direta ou indireta dos entes da Federação consorciados, nos termos do § 1o do
art. 112 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.

Seção VI

d) Da Concessão, Permissão ou Autorização de Serviços Públicos ou de


Uso de Bens Públicos

Art. 20. Os consórcios públicos somente poderão outorgar concessão, permissão,


autorização e contratar a prestação por meio de gestão associada de obras ou de
serviços públicos mediante:

I - obediência à legislação de normas gerais em vigor; e

II - autorização prevista no contrato de consórcio público.

§ 1o A autorização mencionada no inciso II do caput deverá indicar o objeto da


concessão, permissão ou autorização e as condições a que deverá atender,
inclusive metas de desempenho e os critérios para a fixação de tarifas ou de
outros preços públicos.

§ 2o Os consórcios públicos poderão emitir documentos de cobrança e exercer


atividades de arrecadação de tarifas e outros preços públicos pela prestação de
serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos ou, no caso de
específica autorização, serviços ou bens de ente da Federação consorciado.

Art. 21. O consórcio público somente mediante licitação contratará concessão,


permissão ou autorizará a prestação de serviços públicos.

§ 1o O disposto neste artigo aplica-se a todos os ajustes de natureza contratual,


independentemente de serem denominados como convênios, acordos ou termos
de cooperação ou de parceria.

§ 2o O disposto neste artigo não se aplica ao contrato de programa, que poderá


ser contratado com dispensa de licitação conforme o art. 24, inciso XXVI, da Lei
no. 8.666, de 21 de junho de 1993.

6) Alteração da Lei nº 8.666/93 pela Lei 11.107/05

A Lei 11.107/05 efetuou várias e importantes alterações na Lei 8.666/93, quanto


aos artigos:

Art. 23, alterando em dobro ou em triplo o limite de valor para dispensa de


licitação, conforme o número de entes federados participantes do consórcio
público que venha a celebrar contratos;
Art. 24, acrescentando o inciso XXVI, com mais uma hipótese de dispensa de
licitação para a celebração de contratos de programa autorizados por consórcio
público ou convênio de cooperação; e adicionando-lhe parágrafo único, que altera
para 20% os limites previstos nos incisos I e II do caput do artigo, para compras e
serviços contratados por consórcios públicos;

Art. 26, apenas para compatibilizar sua redação com as modificações


introduzidas no art. 24;

Art. 112, adicionando o §§ 1º, quanto à realização de licitações pelos consórcios


administrativos, das quais resulte a celebração de contratos por órgãos ou
entidades dos entes federados consorciados e ampliando, no § 2º, também para a
licitação, a faculdade de acompanhamento da entidade interessada.

7) Tabela de Valores para Licitação:

Obras e Serviços de
Modalidade/Valor: Compras e demais serviço
Engenharia
Contratação Direta [1 R$ 15.000,00 R$ 8.000,00
Convite R$ 150.000,00 R$ 80.000,00
Tomada de Preços R$ 1.500.000,00 R$ 650.000,00
Sem limite de valor –
Sem limite de valor –
preferencialmente para
Concorrência preferencialmente para valore
valores acima de R$
acima de R$ 1.500.000,00
650.000,00
Leilão Sem limite de valor Sem limite de valor
Concurso Sem limite de valor Sem limite de valor
Pregão Sem limite de valor Sem limite de valor
[1] A Contratação Direta não é modalidade de licitação.

Obs: Consórcios Públicos: o dobro (3 entes) ou o triplo (+ de 3 entes) dos valores


acima (art. 23, §8º)

8) Posição do TCE/SC

O TCE/SC já tratava do assunto desde o Prejulgado nº 1545 que restou revogado


após a edição da Lei Federal nº 11.107/05, quando a Corte de Contas emitiu o
Prejulgado nº 1776.

a) Prejulgado nº 1545

Prejulgado nº 1545 (Prejulgado revogado pelo Tribunal Pleno em sessão


realizada em 06/03/2006, por meio da Decisão nº 0395/2006, proferida nos autos
do processo CON 01/01841809):

1) Os consórcios intermunicipais se assemelham aos convênios, visando à


realização de ações conjuntas na área da saúde, serviços públicos, obras
públicas, meio ambiente, dentre outras, que se fossem produzidas pelos
municípios, individualmente, não atingiriam os mesmos resultados ou
utilizariam um volume maior de recursos.
Os consórcios são constituídos pela reunião dos municípios de uma região,
através de protocolo de intenções ou de um fórum onde os municípios
interessados discutem acerca do problema que aflige a região e planejam as
soluções.

O consórcio é sempre despersonalizado, não podendo, por si, assumir direitos


e obrigações. Para gerir as ações previstas para os consórcios, os entes
participantes podem constituir entidade com personalidade jurídica, esta apta a
assumir direitos e obrigações.

2) A constituição de entidade com personalidade jurídica para execução dos


objetivos do consórcio constitui opção política dos partícipes. Não havendo
necessidade ou não exercendo a opção, cabe aos municípios consorciados
realizar as ações que lhes competir pelo acordo, assumindo integralmente as
contratações (mediante licitação, quando for o caso) e a disponibilização de
pessoal necessário, que devem se restringir a sua circunscrição territorial,
podendo eleger um dos consorciantes para liderança do consórcio.

3) Os municípios consorciados podem optar por constituir pessoa jurídica


intermunicipal para administração e execução do consórcio, tendo-se admitido
as seguintes formas:

a) Empresa pública, constituída como sociedade anônima;


b) Sociedade de economia mista, constituída como sociedade anônima, quando
deve participar o capital privado em posição minoritária;
c) Sociedade civil sem fins lucrativos, regidas pelo Código Civil quanto à
constituição e registros.

4) Qualquer que seja a forma jurídica adotada para a entidade administradora do


consórcio, fica ela subordinada ao regime publicista, pois mantida com
recursos públicos, devendo observar os princípios constitucionais aplicáveis à
Administração Pública (art. 37 da CF) e os demais princípios de Direito Público,
ficando ainda sujeita:

a) À realização de concurso público para admissão de pessoal de seu quadro


próprio;
b) Realização de licitação para contratação de obras e serviços e fornecimento de
bens, observando integralmente a Lei Federal nº 8.666/93;
c) Prestação de contas ao Tribunal de Contas do Estado, a exemplo das
entidades da administração direta e indireta, devendo manter sistema de
contabilidade disciplinado pela Lei nº 4.320/64 (contabilidade pública), ainda
que concomitante com a contabilidade privada;
d) Consolidação dos dados e informações nas contas dos respectivos municípios,
segundo a participação de cada ente no capital da entidade.

4) A constituição de tais entidades depende de autorização legislativa das


respectivas Câmaras Municipais, que além da autorização para criação, deve
ainda a lei prever, dentre outros aspectos:

a) Os objetivos institucionais da entidade criada;


b) A contraprestação econômica da cada município;
c) Os bens (móveis e imóveis) a serem integralizados no ente;
d) O quadro de pessoal, subordinado ao regime celetista, com autorização para
cessão de servidores do município, se for o caso;
e) Autorização para participação nas despesas de manutenção da entidade (de
gastos pessoal, materiais, equipamentos, despesas gerais etc.) especificando o
percentual ou o quantum a ser despendido, visando, também, à inclusão no
orçamento municipal das despesas que ficar incumbido cada ente instituidor,
bem como para verificação das implicações dessa assunção frente aos limites
da Lei de Responsabilidade Fiscal.

5) Os resultados da entidade criada devem ser considerados na consolidação das


contas de cada ente, incluindo as despesas com pessoal, as quais devem estar
incluídas na despesa total de cada ente, segundo a proporcionalidade na
participação orçamentária e contribuição financeira para a manutenção da
entidade, para fins de cumprimento da Lei Complementar nº 101/00.

b) Prejulgado nº 1776

1) A Lei Federal nº 11.107, de 06/04/2005, prevê que o consórcio público pode


ser constituído:
a) Por meio de associação pública, quando adquire personalidade de direito
público e integra a "administração indireta de todos os entes da Federação
consorciados" (art. 6º, inc. I e § 1º);
b) Por meio de pessoa jurídica de direito privado (por exemplo, associação civil),
que se submete "ao atendimento dos requisitos da legislação civil", não
integrando a administração direta ou indireta dos entes da Federação
consorciados (art. 6º, inc. II e § 2º, da Lei).

2) A entidade privada (associação civil) a ser constituída pelo consórcio público:


a) É enquadrável no art. 1º, parágrafo único, da Lei Federal nº 8.666/93, por
evidenciar-se sua condição de entidade controlada direta ou indiretamente
pela Administração Pública, portanto, deve obediência às disposições da Lei
de Licitações;
b) Sujeita-se às normas da Lei de Licitações em face do art. 6º, § 2º, da Lei nº
11.107, de 2005, que expressamente prevê que a entidade com
personalidade jurídica de direito privado "observará as normas de direito
público no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos
(...)".

9) Protocolo de intenções

O protocolo de intenções a ser assinado pelos entes consorciados deverá


estabelecer, de acordo com deliberação da assembleia geral:

a) O quadro de pessoal com a quantificação e qualificação dos servidores


necessários à execução dos serviços administrativos e finalísticos para
atendimento dos objetivos do consórcio, contendo, entre outros,
especificações sobre a carga horária, a lotação e a remuneração do
pessoal, considerando eventuais divergências de salário e de regime de
horário existentes entre os entes consorciados;
a) Os serviços a serem executados prioritariamente pelos servidores
responsáveis pelos serviços transferidos, mediante cedência pelos entes
consorciados, na forma e condições fixadas na legislação de cada ente, de
acordo com o previsto no § 4º do art. 4º da Lei nº 11.107, de 2005;
b) As vagas a serem preenchidas através da contratação de empregados
públicos, precedida de aprovação em concurso público (art. 37, inciso II, da
CF), sob o regime celetista, não adquirindo o contratado a estabilidade a
que se refere o art. 41 da CF, com a redação da EC nº 19, de 1998,
devendo constar cláusula específica no protocolo de intenções sobre o
número (de empregos), a forma de provimento e a remuneração dos
empregados, nos termos do inciso IX, do art. 4º da Lei nº 11.107, de 2005,
observado o art. 6º, § 2º, da Lei, prevendo, ainda, as hipóteses de rescisão
do contrato, além daquelas definidas pela CLT;
c) Indicação das situações em que admitida a contratação por tempo
determinado para atender necessidade temporária de excepcional
interesse público, com limitação de vagas e prazo, mediante o regime
jurídico que for estabelecido na lei municipal específica de cada ente
consorciado, sem aquisição de estabilidade, em observância do inciso IX,
do art. 4º, da Lei Federal nº 11.107, de 2005, e do art. 37, inciso IX, da CF.

i. A subscrição do protocolo de intenções deverá ser ratificada por lei de cada


ente que integrará o consórcio, conforme estabelecido no art. 5º da Lei
Federal nº 11.107, de 2005.
ii. A prestação de contas acerca da aplicação de recursos públicos, de acordo
com o parágrafo único do art. 70 da CF, com a redação da EC nº 19, de
1998, é exigível de qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e
valores públicos, devendo ser observado que:
d) O caput do art. 9º da Lei nº 11.107, de 2005, determina que a execução
das receitas e despesas subordina-se às normas de direito financeiro
(público) e o parágrafo único sujeita expressamente o consórcio público à
fiscalização do Tribunal de Contas;
e) O controle externo previsto no art. 31, § 1º, da CF incide sobre todos os
atos praticados pela entidade (de natureza pública ou privada) constituída
pelo consórcio público.

10) Gestores Públicos

i. Os Gestores Públicos devem considerar as alterações promovidas pela Lei


Federal nº 11.107, de 2005, na Lei nº 8.666, de 1993, pertinentes aos
consórcios públicos, destacando-se:

a) O limite dos valores estabelecidos para determinar as modalidades de


licitação (convite, tomada de preços e concorrência), "no caso de
consórcios públicos", corresponderá ao dobro "quando formado por até 3
(três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número",
conforme o § 8º do art. 23 da Lei Federal nº 8.666/93, incluído pelo art. 17
da Lei Federal nº 11.107, de 2005;
b) O limite de valores para dispensa de licitação para compras, obras e
serviços estabelecido no art. 24, incisos I e II da Lei de Licitações, no caso
de consórcios públicos, corresponde a 20% dos limites estabelecidos na
letra a dos incisos I e II do art. 23, de acordo com o parágrafo único do art.
24, da Lei nº 8.666/93, com a redação alterada pelo art. 17 da Lei nº
11.107, de 2005;
c) É previsto dispensa de licitação para os consórcios públicos contratarem
"programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração
indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada",
conforme inciso XXVI da Lei n. 8.666/93, incluído pelo art. 17 da Lei n.
11.107/2005. No mesmo sentido, a norma do inc. III, § 1º, do art. 2º, da Lei
n. 11.107, de 2005;
d) É admitido que cada um dos "órgãos ou entidades dos entes da Federação
consorciados" celebre contrato administrativo decorrente de licitação
promovida pelo consórcio público, desde que previsto pelo edital, segundo
o § 1º do art. 112 da Lei n. 8.666, de 1993, com a redação incluída pelo art.
17 da Lei n. 11.107, de 2005.

ii. Para atendimento das disposições da Lei Complementar nº 101, de 2000


(LRF), os entes da Federação consorciados deverão observar, entre outras
normas, o art. 8º, § 4º, da Lei nº 11.107, de 2005.
iii. O art. 19 da Lei Federal nº 11.107, de 2005, ressalva expressamente que
as disposições da Lei não se aplicam "aos convênios de cooperação,
contratos de programa para gestão associada de serviços públicos ou
instrumentos congêneres, que tenham sido celebrados anteriormente a sua
vigência", motivo pelo qual esses atos podem ser executados de acordo
com o que foi ajustado à época.

11) Atuação do TCU, CGU e DENASUS

A fiscalização destes órgãos de controle ocorre nas hipóteses em que o


Consórcio Público forneça serviços ou produtos pagos com recursos decorrentes
de programas e transferências voluntárias da União e seus órgãos, como ocorre
em regra na aquisição de medicamentos e na prestação de serviços na área de
saúde.

12) Últimas novidades sobre Consórcios

Para se conhecer as mais recentes novidades sobre consórcio, favor reportar-se


à exposição do tema pelo Prof. Jacoby Fernandes, visto no link abaixo.

https://drive.google.com/file/d/0B6JZPSK3XZ3yVk1QZE4zeTZGdW8/view

13) Para saber mais:

a) Sistema de gestão para convênios e contratos públicos

Governo capacita municípios sobre sistema de gestão para


convênios e contratos públicos - 17 de dezembro de 2016
b) http://www.casacivil.ma.gov.br/governo-capacita-municipios-sobre-sistema-
de-gestao-para-convenios-e-contratos-publicos/
c) http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2011-06/painel_34-123.pdf
d) http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-
02/guia_consorcios_pblicos_cef_vol2.pdf

e) http://www.consorciospublicos.ba.gov.br/c,d,35,Etapas.html

f) Complemente o conhecimento sobre “Consórcio Público” acessando


link abaixo:

..\..\Dropbox\Consórcios Públicos - Lei 11.107-05 - esquematizada(encrypted).pdf

--------------------------------------------------
Eng. Sebastião Carlos Martins
Email: scm.sistemas@gmail.com
Fone: (31) 99645-0801

ANEXO A – Trabalho do Prof. Jacoby Fernandes, visto no link abaixo.

https://drive.google.com/file/d/0B6JZPSK3XZ3yVk1QZE4zeTZGdW8/view

Pergunta: Qual a diferença entre consórcio e subcontratação?


Resposta: A permissão de que se faça a subcontratação de partes do objeto
licitado é uma das formas de garantir a competitividade no certame. Essa
permissão está prevista no art. 72 da Lei no 8.666/1993.

A ideia da subcontratação é permitir que o licitante vencedor execute os serviços


mais especializados mediante a contratação de terceiros, porém, sob sua
responsabilidade. Permite-se, inclusive, que os licitantes se habilitem na licitação
com a apresentação de atestados daquelas empresas que subcontratará, desde
que se comprometam a firmar contrato, exclusivamente, com aquela empresa.

Nesse sentido, a subcontratação diferencia-se do consórcio por dois aspectos:

a. A subcontratada não integra o contrato firmado com a


Administração, sendo o cumprimento de suas obrigações de
responsabilidade exclusiva da empresa vencedora da licitação; e
b. Não é permitida a subcontratação total ou de parcela preponderante
do contrato, sob pena de desatendimento ao princípio da licitação.

Um bom exemplo da utilidade da subcontratação é o da construção de um


terminal de passageiros de aeroporto.

Existem equipamentos e sistemas nesse tipo de empreendimento que, pela sua


especialidade, dificilmente são executados pela empresa vencedora da licitação –
elevadores, esteiras de bagagem, sistemas de detecção de incêndio, etc.

A subcontratação, nesse caso, é até mais recomendável do que a permissão de


consórcios, embora possam ser cumulativas. Esses equipamentos e sistemas
específicos representam uma pequena parcela do objeto, não sendo necessário,
portanto, que as empresas que vão executá-los figurem na relação contratual com
a Administração.

Para que haja permissão de subcontratação de parte do objeto, contudo, o


instrumento convocatório deve trazer regras claras e objetivas, estabelecendo,
obrigatoriamente:1

a) motivação e presença do interesse público;


b) necessidade de prévia autorização da Administração;

c) especificação das razões do serviço a ser subcontratado e do prazo desejado;


d) especificação do percentual máximo que poderá ser subcontratado, sendo
usualmente adotado o limite máximo de até 30% do objeto.

Destaca-se que, atualmente, a jurisprudência já reconhece a subcontratação


como forma de parcelamento material do objeto:
Recomendação ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para que
preveja, em documento normativo que trate exclusivamente de licitação e
contratação de serviços de TI, distinto da norma que se refere genericamente à
contratação de outros serviços, que os projetos básicos ou termos de referência,
utilizados pelos entes da administração pública federal para contratar serviços de
TI, contenham, no mínimo, os tópicos a seguir:

[...]

no caso do parcelamento do objeto, justificativa da escolha dentre as formas


admitidas, quais sejam, a utilização de licitações distintas, a adjudicação por itens,
a permissão de subcontratação de parte específica do objeto ou a permissão para
formação de consórcios.2

Desse modo, constata-se que o consórcio terá uma responsabilidade muito


maior perante a Administração Pública, já que deverá cumprir todas as suas
obrigações e prestar contas delas diretamente, enquanto que o subcontratado
realiza as suas atividades e se reporta diretamente àquele que o subcontratou.

Ademais, o Consórcio pode ser responsável por todo o contrato, ao passo que o
subcontratado é apenas por uma parcela.

1 BRASIL. Tribunal de Contas da União. Processo TC no 025.230/2009-4.


Acórdão no 1.626/2010 — Plenário. Relator: ministro Valmir Campelo.

2 BRASIL. Tribunal de Contas da União. Processo TC no 025.230/2009-4.


Acórdão no 1.626/2010 — Plenário. Relator: ministro Valmir Campelo.

O Ministério do Planejamento disciplinou, no primeiro dia útil de 2017, normas


para execução do Decreto no 6.170, de 25 de julho de 2007, que trata sobre
convênios e contratos de repasse1 , por meio da Portaria Interministerial no 424,
de 30 de dezembro de 2016.

Foram regulados os instrumentos de repasse celebrados pelos órgãos e


entidades da Administração Pública Federal com órgãos ou entidades públicas ou
entidades privadas sem fins lucrativos para a execução de programas, projetos e

atividades de interesse recíproco que envolvam a transferência de recursos


financeiros oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União.

De acordo com o art. 1o, inc. VI, da norma que trouxe um rol de conceitos, o
contrato de repasse é “instrumento administrativo, de interesse recíproco, por
meio do qual a transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio
de instituição ou agente financeiro público federal, que atua como mandatário da
União”.

O convênio, por sua vez, de acordo com o inc. XI do mesmo artigo:

[...] é instrumento que disciplina a transferência de recursos financeiros da


Administração Pública Federal, direta ou indireta, para [...] Administração Pública
Estadual, Distrital ou Municipal, direta ou indireta, consórcios públicos, ou ainda,
entidades privadas sem fins lucrativos, visando à execução de projeto ou
atividade de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação.

Ressalta-se, contudo, que não se submetem às exigências da Portaria


Interministerial no 424/2016 os instrumentos celebrados antes do dia 02.01.2017,
todavia, é possível aplicar as regras da nova Portaria nos casos: em que sejam
gerados benefícios à consecução do objeto; que tenham por objeto a delegação
de competência ou a autorização a órgãos ou entidades de outras esferas de
governo para a execução de atribuições determinadas em lei, regulamento ou
regimento interno; homologados pelo Congresso Nacional ou autorizados pelo
Senado Federal; disciplinados de forma diversa em lei específica; e de recursos
transferidos para execução de doações no âmbito do Programa de Aceleração do
Crescimento – PAC.

Ademais, foram estabelecidos cinco níveis com diferentes valores para fins de
celebração de instrumentos, os quais serão reavaliados pelo Ministério do
Planejamento, caso o órgão entenda necessário.

Outro ponto importante da norma é o que dispõe que as obras e serviços de


engenharia iniciados antes do dia 02 de janeiro deste ano poderão ser
operacionalizados por meio de convênios, excepcionalmente. Assim, para
celebrar os instrumentos, será possível realizar um chamamento público, que
selecionará projetos e órgãos, entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos
que auxiliarão na eficácia da execução do objeto. O chamamento deve conter a
descrição dos programas, os critérios para seleção do convenente e sua
divulgação no Portal dos Convênios por no mínimo quinze dias.

Já os entes federativos que tenham formalizado consórcio público na forma da Lei


no 11.107/2005 terão preferência para transferências voluntárias.

A fiscalização, por sua vez, será realizada constantemente e o convenente poderá


responder pelos danos causados a terceiros ou pelos embaraços ou obstáculos
para atuação do concedente ou dos órgãos de controle externo e interno.

Por fim, a Portaria também trata sobre a Tomada de Contas Especial instaurada
após o esgotamento de todas as providências administrativas, caso ocorra: a
ausência de prestação de contas no prazo fixado; a inexecução do objeto; o
desvio de finalidade na aplicação dos recursos; a impugnação de despesas; a não
utilização da contrapartida pactuada; a inobservância das regras estabelecidas na
portaria; a não devolução de saldo de recursos; e a ausência de documentos
exigidos na prestação de contas. Os órgãos de controle externo e interno
poderão, ainda, determinar a instauração da TCE no caso de omissão da
autoridade competente para adotar essa medida.

Ainda sobre o tema, o Tribunal de Contas da União – TCU elaborou uma


cartilha que trata sobre convênios e outros repasses, visando aperfeiçoar a ação
administrativa dos gestores. Essa cartilha trata da sistemática de controle sob a
perspectiva do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse –
Siconv e de orientações sobre a regulamentação, os procedimentos e as regras
para obtenção, aplicação e controle dos recursos públicos federais transferidos
por meio desses instrumentos, contemplando as mais importantes mudanças
recentes na legislação e nos procedimentos que regem o assunto.

1 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO et al.


Portaria Interministerial no 424, de 30 de dezembro de 2016. Diário Oficial da
União [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 02 jan. 2017. Seção 1, p.
25-34.

INFORMATIVO FÓRUM-JACOBY

O portal Consultor Jurídico realizou uma entrevista com o advogado e professor


Jorge Ulisses Jacoby Fernandes acerca das mudanças nos procedimentos e
requisitos de instauração de Tomada de Contas Especial – TCE. As alterações
foram

promovidas pelo Tribunal de Contas da União – TCU no final do ano passado.

A Instrução Normativa no 76/2016 modificou a IN no 71/2012 e estabeleceu o piso


de R$ 100 mil e o prazo de 180 dias para instauração da TCE, caso as
providências imediatamente tomadas não sejam suficientes para elidir o dano e a
dispensa da instauração, caso tenha decorrido 10 anos entre a data provável da
ocorrência do dano e a primeira notificação dos responsáveis pela autoridade
administrativa. O valor foi afixado com base no princípio da economicidade, já que
o custo para movimentar a máquina pública é elevado. Se o gestor cometer várias
pequenas irregularidades que alcancem o valor de R$ 100 mil também existe a
previsão da tomada de contas. Se o fato gerador do dano ocorreu antes da nova
IN, deverá ocorrer a atualização monetária do valor até a data de vigência.

A Instrução Normativa no 76/2016 também estabeleceu requisitos para o


arquivamento de uma TCE. Conforme o art. 7o, as medidas podem ser extintas
em caso de recolhimento do débito, comprovação da não ocorrência do dano
imputado aos responsáveis ou subsistência de débito inferior ao limite de R$ 100
mil.

Comentário do professor Jorge Ulisses Jacoby Fernandes: a TCE tem como


objetivo a apuração de responsabilidade por omissão no dever de prestar contas
ou por dano causado ao erário. Antes de sua instauração, no âmbito interno e
encaminhamento ao tribunal de contas, cabe à autoridade competente valer-se de
medidas administrativas para buscar o ressarcimento do dano. A omissão do
gestor, sem justo motivo, na instauração de TCE pode ensejar a aplicação de
multa à autoridade responsável pela instauração.

Esses e outros aspectos da TCE serão abordados com a devida profundidade na


7a edição do livro Tomada de Contas Especial, que será publicado pela Editora
Fórum até o final deste mês. Em breve, faremos uma promoção especial de pré-
venda para os leitores do Informativo Fórum-Jacoby. Aguarde!

Com informações do Consultor Jurídico.

Anexo A - Diferença entre consórcio público de direito


público e consórcio público de direito privado? Ariane
Fucci Wady
Os consórcios públicos podem ser constituídos como pessoas
jurídicas de direito público ou pessoas jurídicas de direito privado,
como veremos a seguir:

A Lei 11107 /05 (lei de normas gerais) introduziu em nosso


ordenamento uma pessoa jurídica denominada consócio público,
fundamentada no disposto no art. 241 , CF que estabelece : "A
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão
por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de
cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão
associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou
parcial de encargos, serviços públicos, bem como a transferência
total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à
continuidade dos serviços transferidos".

E, como acima descrito, os consórcios podem assumir a


personalidade de direito privado, sem fins econômicos, ou pessoa
jurídica de direito público, assumindo nesse caso, a forma de
associação pública (art. 1º, § 1º, e art. 4º, inciso IV). Por esse
motivo, vale registrar que a lei 11017 /05 alterou o art. 41 , IV ,
do Código Civil para incluir expressamente entre pessoas jurídicas
de direito público interno as associações públicas, acrescentando
também, que essas associações públicas são autarquias ("são
pessoas jurídicas de direito público interno as autarquias, inclusive
as associações públicas.")

A doutrina utiliza a expressão "autarquia interfederativa" ou


"autarquia multifederada" para referir-se a essas autarquias que
pertencem a mais de um ente federado.

Os consórcios públicos com personalidade jurídica de direito


público integram a Administração Indireta de todos os Entes da
Federação consorciados.
Por outro lado, quando o consórcio for pessoa jurídica de direito
privado, sua constituição deve ser efetivada conforme a legislação
civil, de modo que a aquisição da personalidade ocorrerá com o
registro dos atos constitutivos no registro público, mas ainda
estarão sujeito às normas de direito público, no que concerne à
realização de licitação, celebração de contratos, prestação de
contas e admissão de pessoal.

A Lei não esclarece se esses consórcios públicos de direito


privado integram ou não a Administração Pública, mas ao dispor
expressamente que os consórcios públicos de direito público
integram a Administração Indireta, e nada dizerem a respeito dos
consórcios públicos de direito privado, pretendeu que estes não
integrem formalmente a Administração Pública.

Portanto, até que seja pacificado o entendimento pela doutrina e


jurisprudência a respeito dessa nova figura jurídica, podemos
concluir que os consórcios públicos são novas pessoas jurídicas,
que podem ser de direito público ou de direito privado, sendo que,
se de direito público são autarquias e integram a Administração
Indireta. Se de direito privado não integram a Administração,
restando ainda a sua melhor caracterização, que ainda é
insuficiente para definir a sua posição na organização
administrativa.

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