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ENZIMAS (uc1)

- Uma substância que acelera uma reação química - e que não seja um reagente - é
chamada de catalisador. Os catalisadores para as reações bioquímicas que ocorrem em
organismos vivos são chamados enzimas. Enzimas geralmente são proteínas, apesar de
que alguns ácidos ribonucleicos (RNA) também atuem como enzimas que catalisam
seu próprio processamento. (siplincing, capeamento 5’, poliadenilação 3’, inativação,
alteração).
- Enzimas fazem a tarefas crítica de baixar a energia de ativação de uma reação, ou
seja, a quantidade de energia que deve ser adicionada para a reação iniciar. Enzimas
atuam ligando-se a moléculas reagentes e segurando-as de forma que os processos de
quebra e formação de ligações químicas ocorram mais prontamente.
- A propriedade característica das reações catalisadas por enzimas é que a reação
ocorre confinada em um bolsão da enzima denominado sítio ativo . A molécula que liga
no sítio ativo e sobre a qual a enzima age é denominada substrato. A função do
catalisador é aumentar a velocidade da reação. A catálise não afeta o equilíbrio da
reação. Para poder catalisar reações, as enzimas devem ser complementares ao estado
de transição da reação. Isso significa que interações ótimas entre substratos e enzimas
só ocorrem no estado de transição.
OBS: O estado de transição não é uma forma química com alguma estabilidade
significativa e não deve ser confundido com os intermediários da reação (como ES ou
EP). O estado de transição é um momento molecular transitório em que eventos como
a quebra de ligação, a formação de ligação ou o desenvolvimento de carga ocorrem
com a mesma probabilidade de seguirem tanto para formar novamente o substrato
como para formar o produto.

CLASSIFICAÇÃO DAS ENZIMAS:


Oxidorredutases: transferência de elétrons.
Transferases: reações de transferência de grupos.
Hidrolases: reações de hidrólise.
Liases: clivagem de ligações (C-C, C-O, C-N), rompimento de ligações duplas ou anéis e
adição de duplas e grupos funcionais.
Ligases: formação de ligações C-C, C-S, C-O, C-N.

DIFERENÇAS:
Coenzimas: moléculas orgânicas que participam diretamente na catálise para
formação de uma ligação covalente com uma porção do substrato.
Cofatores: íons inorgânicos; auxiliam na ligação do substrato ou estabilizam a reação,
além de conseguirem modificar a forma do centro ativo para aumentar a afinidade da
enzima pelo substrato.

TIPOS DE ENZIMAS
Metaloenzimas: enzimas que possuem metal na sua estrutura desde a síntese. Se ele
for retirado, a enzima perde a estrutura e consequentemente a atividade catalítica.
Zimogênio: enzimas que são sintetizadas na forma de percussores inativa porque o
local de ação é extracelular e para se tornar ativa sofre clivagem por outra enzima.
Isoenzimas: enzimas que exibem a mesma função, porém com discretas diferenças
estruturais e atuam em locais diferentes.

MODELOS DE INTERAÇÃO:
Chave e fechadura: altamente específica e duradoura, ou seja, não condizente com o
papel das enzimas (modelo que se acreditava anteriormente)
Encaixe induzido: acredita-se que o substrato induz na enzima uma modificação
conformacional, fazendo com que ela mude sua estrutura tridimensional para receber
a nova molécula. A complementariedade é dos ligantes e não de seu desenho.

ESPECIFICIDADE DA ENZIMA
Depende das ligações peptídicas e as enzimas exigem aminoácidos altamente
específicos. A compreensão das bases moleculares da especificidade enzimática passa
pela identificação de resíduos de aminoácido do sítio ativo que interagem com o
estado de transição de diversos substratos, determinação das energias destas
interações e consequentemente de sua importância relativa na catálise.

INFLUÊNCIA DE PH E TEMPERATURA
· Temperatura: uma temperatura mais alta geralmente aumenta a taxa de reação,
catalisadas ou não por enzimas. Contudo, seja o aumento ou a diminuição da
temperatura fora dos limites tolerados podem afetar as ligações químicas no sítio
ativo, tornando-os menos compatíveis para se conectar ao substrato. Temperaturas
muito altas podem causar a desnaturação da enzima, que irá perder seu formato e sua
atividade.
· PH: muitas vezes, os resíduos de aminoácidos do sítio ativo têm propriedades ácidas
ou básicas que são importantes para a catálise. Mudanças no pH podem afetar esses
resíduos e dificultar a ligação dos substratos. As enzimas funcionam melhor em um
determinado intervalo de pH, e, assim como com a temperatura, valores extremos de
pH (ácidos ou básicos) podem causar desnaturação enzimática.
· Concentração de substrato: seu aumento acarreta no aumento da velocidade, até
chegar ao patamar de equilíbrio, em que a enzima está “saturada” com o substrato, e
então um incremento de [S] não produz efeito na velocidade. Essa condição ocorre
quando [S] for alta o suficiente para que essencialmente toda a enzima livre se
converta na forma ES.
CINÉTICA DE MICHAELIS-MENTEN
A lei da cinética química de Michaelis-Menten refere-se à concentração de substrato, a
partir de uma equação elaborada por eles. De acordo com a lei, conforme o aumento
da concentração de substrato, a velocidade também aumenta, porém a velocidade
nunca alcança a Vmáx. Tal velocidade nunca será acertada pois nem sempre o choque
entre eles é efetivo para que ocorra o compresso intermediário. O gráfico
representado pela equação é dado por uma hipérbole.

CONSTANTE DE MICHAELIS (KM): quantidade de substrato necessária para que a


metade da velocidade máxima seja atingida. (OBS: a inibição não competitiva altera a
velocidade máxima, mas não altera o KM/// inibição competitiva altera o KM sem
alterar a velocidade máxima.)

ENZIMAS ESTÃO SUJEITAS A INIBIÇÃO


Inibidor reversível ou competitivo: compete com o substrato pelo sítio ativo da
enzima, formando um complexo ativo (EI). Esse tipo de inibição é decorrente de uma
interação reversível, na qual a molécula pode ser retirada com o aumento da
concentração de substrato.
Inibidores mistos: moléculas que podem se ligar a enzimas sem que seja no sítio ativo;
elas podem se ligar ao complexo ES ou simplesmente a E.
Inibidores não-competitivos: compreende a uma molécula que se liga a um sítio
diferente do substrato, atuando de forma que a enzima seja inibida por alteração
conformacional; liga-se apenas ao complexo ES (pode reverter colocando uma
molécula com mais afinidade com o inibidor do que a enzima).
Inibidores irreversíveis: são aqueles que se ligam de forma covalente com a enzima ou
destroem um grupo funcional essencial para a atividade da enzima, ou aqueles que
formam uma ligação não-covalente particularmente estável com a enzima.

REGULAÇÕES ENZIMÁTICAS
Alostéricas: é quando uma molécula se liga ao sítio alostérico (diferente do catalítico;
cinética: não é hiperbólica, mas sigmoide) de forma que a enzima sofra uma alteração
e prejudique a sua interação com o substrato. A regulação pode ocorrer como
retroalimentação positiva ou negativa.
Modulação covalente reversível: equivale à introdução ou retirada de grupamentos
das enzimas (compostos essenciais para a ativação catalítica) de forma que a sua
ausência ou presença a ative ou inative. As formas mais comuns de modulação
covalente reversível são a fosforilação e desfosforilação, podendo ativá-la ou não.
Clivagem proteolítica: nesse mecanismo de controle as enzimas se alternam entre dois
estados, inativo (proenzimas ou zimogênios) e enzimas cataliticamente ativas.

TIPOS DE CATÁLISE
· Catálise geral acidobásica: Catalisadores que utilizam apenas íons H+ (H3O+) ou OH–
presentes na água são chamados de catalisadores acidobásicos. (Transferência de
prótons por moléculas intermediaras que não são a água.)
· Catálise covalente: há a formação de uma ligação covalente transitória entre a
enzima e o substrato.
· Catálise por íons metálicos: Metais, tanto ligados firmemente à enzima quanto
tomados da solução juntamente com o substrato, podem participar na catálise de
várias maneiras. Interações iônicas entre metais ligados a enzimas e substratos podem
ajudar a orientar o substrato para a reação ou estabilizar estados de transição
carregados. Esse tipo de uso de interações fracas entre metais e substratos é similar a
alguns dos usos da energia de ligação enzima-substrato descritos anteriormente. Os
metais também podem ser mediadores de reações de oxidorredução por mudanças
reversíveis no estado de oxidação do íon metálico. Aproximadamente um terço de
todas as enzimas conhecidas necessita de um ou mais íons metálicos para a atividade
catalítica.

SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA

O sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) desempenha importante função na


regulação da pressão arterial e na manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico.
Os componentes e as fontes dessa cascata bioquímica incluem a renina, o substrato da
renina, derivado do fígado, denominado angiotensinogênio, e a enzima de conversão
de angiotensina (ECA), liberada principalmente pelo endotélio capilar dos pulmões.
A formação da AII envolve uma clivagem seqüencial do angiotensinogênio, proteína
derivada principalmente da zona pericentral dos lóbulos hepáticos. Pela ação da
enzima glicoproteolítica, sintetizada no rim, denominada renina, mas também
encontrada em outros tecidos como cérebro, vasos sanguíneos do trato genital,
suprarrenais e tumores, o angiotensinogênio é desdobrado no decapeptídeo
angiotensina I, que é desprovido de ação vascular, e então hidrolisado no octapeptídeo
ativo angiotensina II, pela ação da enzima de conversão da angiotensina.

OBS: Para pacientes hipertensos é utilizado um inibidor da ECA (atua em mais de um


substrato: além da angiotensina a ECA inibe a bradicinina e consequentemente a
vasodilatação).

OBS2: Angiotensina: ↑ estímulo trófico, trombose, disfunção endotelial, agregação


plaquetária, crescimento e migração de células musculares lisas, ↓apoptose.

OBS3: queda de pressão → renina é ativada nos rins e promove a ativação do


angiotensinogênio → angiotensinogênio é inativo, portanto deve passar por clivagem
→ a clivagem resulta na angiotensina I → no pulmão, por meio da enzima ECA e
processo de clivagem, a angiotensina I é convertida em angiotensina II → a
angiotensina II é um vasoconstritor que promove o aumento da pressão.

MECANISMO ENZIMÁTICO DO SISTEMA DIGESTÓRIO


FORMAÇÃO DE BETA-AMILOIDE

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