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- Uma substância que acelera uma reação química - e que não seja um reagente - é
chamada de catalisador. Os catalisadores para as reações bioquímicas que ocorrem em
organismos vivos são chamados enzimas. Enzimas geralmente são proteínas, apesar de
que alguns ácidos ribonucleicos (RNA) também atuem como enzimas que catalisam
seu próprio processamento. (siplincing, capeamento 5’, poliadenilação 3’, inativação,
alteração).
- Enzimas fazem a tarefas crítica de baixar a energia de ativação de uma reação, ou
seja, a quantidade de energia que deve ser adicionada para a reação iniciar. Enzimas
atuam ligando-se a moléculas reagentes e segurando-as de forma que os processos de
quebra e formação de ligações químicas ocorram mais prontamente.
- A propriedade característica das reações catalisadas por enzimas é que a reação
ocorre confinada em um bolsão da enzima denominado sítio ativo . A molécula que liga
no sítio ativo e sobre a qual a enzima age é denominada substrato. A função do
catalisador é aumentar a velocidade da reação. A catálise não afeta o equilíbrio da
reação. Para poder catalisar reações, as enzimas devem ser complementares ao estado
de transição da reação. Isso significa que interações ótimas entre substratos e enzimas
só ocorrem no estado de transição.
OBS: O estado de transição não é uma forma química com alguma estabilidade
significativa e não deve ser confundido com os intermediários da reação (como ES ou
EP). O estado de transição é um momento molecular transitório em que eventos como
a quebra de ligação, a formação de ligação ou o desenvolvimento de carga ocorrem
com a mesma probabilidade de seguirem tanto para formar novamente o substrato
como para formar o produto.
DIFERENÇAS:
Coenzimas: moléculas orgânicas que participam diretamente na catálise para
formação de uma ligação covalente com uma porção do substrato.
Cofatores: íons inorgânicos; auxiliam na ligação do substrato ou estabilizam a reação,
além de conseguirem modificar a forma do centro ativo para aumentar a afinidade da
enzima pelo substrato.
TIPOS DE ENZIMAS
Metaloenzimas: enzimas que possuem metal na sua estrutura desde a síntese. Se ele
for retirado, a enzima perde a estrutura e consequentemente a atividade catalítica.
Zimogênio: enzimas que são sintetizadas na forma de percussores inativa porque o
local de ação é extracelular e para se tornar ativa sofre clivagem por outra enzima.
Isoenzimas: enzimas que exibem a mesma função, porém com discretas diferenças
estruturais e atuam em locais diferentes.
MODELOS DE INTERAÇÃO:
Chave e fechadura: altamente específica e duradoura, ou seja, não condizente com o
papel das enzimas (modelo que se acreditava anteriormente)
Encaixe induzido: acredita-se que o substrato induz na enzima uma modificação
conformacional, fazendo com que ela mude sua estrutura tridimensional para receber
a nova molécula. A complementariedade é dos ligantes e não de seu desenho.
ESPECIFICIDADE DA ENZIMA
Depende das ligações peptídicas e as enzimas exigem aminoácidos altamente
específicos. A compreensão das bases moleculares da especificidade enzimática passa
pela identificação de resíduos de aminoácido do sítio ativo que interagem com o
estado de transição de diversos substratos, determinação das energias destas
interações e consequentemente de sua importância relativa na catálise.
INFLUÊNCIA DE PH E TEMPERATURA
· Temperatura: uma temperatura mais alta geralmente aumenta a taxa de reação,
catalisadas ou não por enzimas. Contudo, seja o aumento ou a diminuição da
temperatura fora dos limites tolerados podem afetar as ligações químicas no sítio
ativo, tornando-os menos compatíveis para se conectar ao substrato. Temperaturas
muito altas podem causar a desnaturação da enzima, que irá perder seu formato e sua
atividade.
· PH: muitas vezes, os resíduos de aminoácidos do sítio ativo têm propriedades ácidas
ou básicas que são importantes para a catálise. Mudanças no pH podem afetar esses
resíduos e dificultar a ligação dos substratos. As enzimas funcionam melhor em um
determinado intervalo de pH, e, assim como com a temperatura, valores extremos de
pH (ácidos ou básicos) podem causar desnaturação enzimática.
· Concentração de substrato: seu aumento acarreta no aumento da velocidade, até
chegar ao patamar de equilíbrio, em que a enzima está “saturada” com o substrato, e
então um incremento de [S] não produz efeito na velocidade. Essa condição ocorre
quando [S] for alta o suficiente para que essencialmente toda a enzima livre se
converta na forma ES.
CINÉTICA DE MICHAELIS-MENTEN
A lei da cinética química de Michaelis-Menten refere-se à concentração de substrato, a
partir de uma equação elaborada por eles. De acordo com a lei, conforme o aumento
da concentração de substrato, a velocidade também aumenta, porém a velocidade
nunca alcança a Vmáx. Tal velocidade nunca será acertada pois nem sempre o choque
entre eles é efetivo para que ocorra o compresso intermediário. O gráfico
representado pela equação é dado por uma hipérbole.
REGULAÇÕES ENZIMÁTICAS
Alostéricas: é quando uma molécula se liga ao sítio alostérico (diferente do catalítico;
cinética: não é hiperbólica, mas sigmoide) de forma que a enzima sofra uma alteração
e prejudique a sua interação com o substrato. A regulação pode ocorrer como
retroalimentação positiva ou negativa.
Modulação covalente reversível: equivale à introdução ou retirada de grupamentos
das enzimas (compostos essenciais para a ativação catalítica) de forma que a sua
ausência ou presença a ative ou inative. As formas mais comuns de modulação
covalente reversível são a fosforilação e desfosforilação, podendo ativá-la ou não.
Clivagem proteolítica: nesse mecanismo de controle as enzimas se alternam entre dois
estados, inativo (proenzimas ou zimogênios) e enzimas cataliticamente ativas.
TIPOS DE CATÁLISE
· Catálise geral acidobásica: Catalisadores que utilizam apenas íons H+ (H3O+) ou OH–
presentes na água são chamados de catalisadores acidobásicos. (Transferência de
prótons por moléculas intermediaras que não são a água.)
· Catálise covalente: há a formação de uma ligação covalente transitória entre a
enzima e o substrato.
· Catálise por íons metálicos: Metais, tanto ligados firmemente à enzima quanto
tomados da solução juntamente com o substrato, podem participar na catálise de
várias maneiras. Interações iônicas entre metais ligados a enzimas e substratos podem
ajudar a orientar o substrato para a reação ou estabilizar estados de transição
carregados. Esse tipo de uso de interações fracas entre metais e substratos é similar a
alguns dos usos da energia de ligação enzima-substrato descritos anteriormente. Os
metais também podem ser mediadores de reações de oxidorredução por mudanças
reversíveis no estado de oxidação do íon metálico. Aproximadamente um terço de
todas as enzimas conhecidas necessita de um ou mais íons metálicos para a atividade
catalítica.
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA