Você está na página 1de 50

Universidade Federal do Rio Grande – FURG

Escola de Química e Alimentos – EQA


Curso de Engenharia Bioquímica
Disciplina de Reatores Bioquímicos I

Cinética Heterogênea

Professora: Michele da Rosa Andrade Zimmermann de Souza


Ano 2022
Ensino Remoto Emergencial
1
O que são reações heterogêneas e quando ocorrem
em bioprocessos?

Cinética homogênea: S e T constantes no meio por agitação


suficiente e pequenas e isoladas partículas de catalisador.

Cinética heterogênea: gradientes de S ou T, provocados por


agitação insuficiente ou pela presença de mais de uma fase na
reação.

Onde aparece cinética heterogênea em bioprocessos?

2
Exemplos de reações heterogêneas em
bioprocessos: Biofilmes

http://www.uweb.engr.washington.edu/research/tutorials/biofilm.html

3
Exemplos de reações heterogêneas em bioprocessos:
Biofilmes

Electron micrographing at 21,850 x magnification, showing the details of the surface of a


biofilm, a hydrated matrix of polysaccharide and protein formed by aggregates of bacteria
http://dujs.dartmouth.edu/fall-2009/biofilms-bacteria%E2%80%99s-elixer-of-
survival#.UtUuMdK1ym4
4
Exemplos de reações heterogêneas em bioprocessos:
Immobilised enzymes

http://www.abpischools.org.uk/page/modules/enzymes/enzymes8.cfm?coSiteNavigation_allTopic=1

5
Exemplos de reações heterogêneas em bioprocessos:
Immobilised enzymes

This is an artist's conception of a cutaway view of


an immobilized enzyme within a functionalized
nanoporous silica pore. The enzyme is shown as
green with positively charged regions shown in
red. The blue structures inside the pores represent
the negatively charged functional groups added to
the mesoporous silica to create a favorable
chemical environment for the enzyme. The
favorable environment in each pore attracts the
enzyme molecule to move into the unoccupied
pore. This environment stabilizes and increases
the chemical reactivity of the enzyme, allowing it
to convert harmful substrate materials (purple
particles) into useful or harmless products (yellow
and red particles).

http://www.eurekalert.org/features/doe/2003-01/dnnl-ief011303.php
Publicação do U.S. Department of Energy
6
Exemplos de reações heterogêneas em bioprocessos:
Immobilised enzymes

"Immobilized enzyme for colored wastewater treatment“


http://www.sophied.net/press-and-publication/press-kit/sophied-images/
7
Exemplos de reações heterogêneas em bioprocessos:
Immobilised enzymes

Enzymes immobilized in Nafion® membrane


are encapsulated in the polymer resulting in
increased stability while retaining active site
availability and optimized orientation.

http://www.sigmaaldrich.com/life-science/learning-center/biofiles/biofiles-5-5/advancements-in-strategies.html
8
Gradientes de concentração e taxas de reação
em catalisadores sólidos

Taxas de reação verdadeiras e observadas


Interação entre transferência de massa e reação

9
Partículas de catalisadores

Fig. 1 - Uma partícula de catalisador (a) com células inclusas em gel e (b) com enzimas
aderidas à superfície interna de um suporte sólido poroso

10
Perfil típico de concentração de substrato em um
catalisador sólido de geometria esférica

Fig. 2 - Perfil típico de concentração de substrato em um catalisador sólido de


geometria esférica

CAb: conc. de substrato no meio líquido


11
CAs: conc. de substrato na interface sólido-líq.
S varia, então as taxas...

Velocidades são função da concentração de substrato (S) e/ou


da temperatura (T),

Então já conseguimos notar claramente a diferença entre a


cinética homo e heterogênea.

Taxas em reações heterogêneas são uma função de S, que


varia com a posição na partícula, então existe um perfil de
concentração de S e por consequência um perfil de
velocidade de reação no interior da partícula.

12
Variações no perfil típico de Substrato em biocatalisadores

Fig 3. Variações no perfil típico


de S em biocatalisadores

a) S cai a zero no centro do catalisador.


Velocidade de transferência de massa
menor que a velocidade de reação.

b) Substrato se distribui
preferencialmente na fase sólida

c) Substrato se distribui
preferencialmente na fase líquida.

Interessante em casos de inibição


13
Taxas de reação observada (rA,obs) everdadeira (rA)

Taxa observada (rA,obs) ou global é aquela medida


experimentalmente pela variação na concentração de substrato
no meio líquido (rA = -dCA/dt), por qualquer método analítico
adequado.
Com estes dados constroi-se uma tabela de S em função de
tempo e efetuam-se os cálculos como feito no estudo da cinética
homogênea recentemente

Taxas verdadeiras ou intrínsecas dependem de parâmetros


cinéticos intrínsecos (ou verdadeiros ), por exemplo: a taxa de
reação para uma enzima imobilizada depende de KM e Vmáx
para a enzima imobilizada, que são diferentes daqueles para a
enzima livre. (Fixe bem o conceito de taxa observada e
verdadeira !)
Difícil de medir, pois os fenômenos de transferência estão
associados.

14
Transferência de massa interna e reação em
partículas de catalisador

• Balanço integral de massa em Estado estacionário (shell mas balance)


• Perfil de concentração: cinética de primeira ordem e geometria esférica
• Perfil de concentração: cinética de ordem zero e geometria esférica
• Perfil de concentração: Cinética de Michaelis – Menten e geometria esférica
• Perfis de concentração em outras geometrias
• Velocidades de reação preditas e observadas

15
Balanço de massa em uma partícula esférica de catalisador

O fluxo de massa através de uma


região imaginária de espessura Δr
(Fig. 4) é analisado pela eq. geral do
balanço :
E–S+G–C=A
Onde:
E: Massa que entra através das
fronteiras do sistema
S: Massa que sai através das
fronteiras do sistema
G: massa gerada dentro do sistema
C: massa consumida dentro do
Fig. 4. Partícula de catalisador de raio (R), com sistema
uma região de raio (r) delimitada por uma A: massa acumulada dentro do
casca esférica de espessura (∆r) sistema

O substrato precisa atravessar a


Por difusão região de espessura Δr para alcançar
o centro da partícula

16
Relembrando Lei de Fick da difusão

Por
área
(m2)

JA: fluxo de massa do componente A (gmol.s-1.m-2)


NA: taxa de transferência de massa do
componente A (gmol.s-1)
a: área de transferência (m2)
DAB :Difusividade de A em uma mistura A e B
gmol.s-1.m-2
Se o (m2.s-1)
catalisador é dCA/dy: gradiente de conc. de A.
esférico.... 17
Termos do balanço de massa em estado estacionário em uma
partícula de catalisador esférica

Área da
esfera

18
Equação do balanço de massa

No entanto, a taxa de reação rA é uma função da concentração de


substrato, de acordo com a cinética da reação, então ver a Tabela 1
no slide seguinte
19
Tabela 1 - Perfil de concentração de substrato no interior do catalisador para diferentes ordens de reação

Reações de primeira Ordem Reações de ordem zero Reações de Michaelis - Menten

Integrando com condições de contorno Integrando com condições de contorno Sem integração analítica devido à não-
linearidade da equação, que segue cinética de
ordem zero e primeira ordem em função de S.
Embora sem solução analítica, CA em função de
r pode ser obtida por métodos numéricos.

Obtém-se: Obtém-se:

(Eq. 3) (Eq. 4)

Particularidade da cinética de ordem zero:


Raio máximo da partícula para CA>0

(Eq. 5)

Em destaque
no próximo 20
slide
Particularidade da cinética de ordem zero:

Raio máximo da partícula para CA>0

Acompanhe a resolução dos exemplos 13.1 e 13.2 do Pauline, que


demonstram aplicação das equações desenvolvidas até aqui.
21
As Eq. 3 e 4 descrevem a concentração do substrato A (CA) ao
longo da partícula de catalisador. A partir delas seria possível
calcular a concentração em cada ponto do catalisador, e usando
as equações anteriormente trabalhadas na cinética homogênea
(Tab. 2) obter a taxa de reação em cada ponto do catalisador. A
taxa observada (rA,obs, é dada por volume de catalisador) será o
somatório da taxa local em todos os pontos do catalisador.
Matematicamente, este somatório é obtido como uma integral
da lei de taxa (Tab. 2) sobre toda a partícula, considerando a
variação de CA em função do raio. As equações obtidas para
rA,obs são apresentadas para cada ordem de reação na Tab. 2.

E, a partir dos perfis de concentração de substrato, as equações


de velocidade para cada ordem de reação podem ser escritas,
(ver Tabela 2 no slide seguinte)

22
23
O módulo de Thiele e o Fator de Efetividade (η)

Fator de efetividade interno (ηi)


Para Cinética de primeira ordem, ordem zero e Michaelis-Menten
Módulo de Thiele observável
Critério de Weisz’s
Mínima concentração de substrato intracatalisador

24
Fator de Efetividade interno (ηi)
Fator de efetividade interno (Eq. 8)
(Eq. 8)

Onde e ηi: fator de efetividade interno


rA,obs: taxa de reação observada
r*A: taxa de reação que seria observada se CA = CAs em toda partícula

ηi é a razão entre rA,obs e r*As e mostra a extensão com que a reação é


afetada pela transferência de massa interna.
Sem limitações devido à transferência de massa, rA,obs = r*As e ηi = 1

Expressões para ηi podem ser deduzidas, substituindo na Eq. 8 as


expressões para rA,obs (Eq. 6 e 7) e r*As (Eq. 9 e Eq. 10).

25
Fator de efetividade (ηi) para partícula esférica de
catalisador e diferentes ordens de reação

Perceba que (4/3)πR3 é o volume da partícula

26
Módulo de Thiele Φ
Do que depende ηi ? Analise as Eq. 12 e 13 da Tab.3)

Rta: depende de R, k1 e DAe em reações de primeira ordem e de R, R0 e K0 em


reações de ordem zero

O módulo de Thiele Φ, é um adimensional que agrupa esses parâmetros, e pode


ser escrito genericamente, para qualquer geometria de catalisador e ordem de
reação através da Eq. 14 :

rAlCAs = taxa quando CA=CAs. Como em geral as reações são irreversíveis, CA,eq = 0.
Onde VP/Sx = volume do catalisador/área superficial externa. Para esferas VP/Sx =
R/3

As expressões para Φ são tabeladas para diferentes geometrias do catalisador e


ordens de reação.

Por exemplo:
Reações de primeira ordem e geometria esférica (Tab 4).
Expressões para diferentes geometrias são encontradas na Tab 13.2 Pauline
Doran.
27
Módulo de Thiele para geometria esférica e diferentes
ordens de reação

Ou... Fig. 5 a 7 que relacionam o módulo de Thiele (Φ) e o fator de efetividade (ηi), e
que podem ser usadas no lugar das equações. 28
Fig 5 - Fator de efetividade em função do módulo de Thiele para reações
de primeira ordem

29
Fig 6 - Fator de efetividade como uma função do módulo de
Thiele para reações de ordem zero

30
Fig 7 - Também válida para catalisadores esféricos se Φ for muito menor
ou muito maior que 1.

31
Módulo de Thiele observável (Φobs)

O que todas as equações anteriores para avaliação do efeito da transferência de


massa sobre as taxas de reação requerem? conhecimento dos parâmetros
cinéticos intrínsecos ou verdadeiros (no cálculo do Φ. Eq. 15 e 16), como k0, k1,
ou vmáx e KM, Esses parâmetros são fáceis de determinar? Não! E agora?

Usamos o Módulo de Thiele Observável: Φobs, também chamado de módulo de


Weisz, que requer rA,obs facilmente medida. (Eq. 22)

Onde: Vp = vol. do catalisador; Sx=área externa superficial; rA,obs=taxa de reação


por unidade de volume do catalisador. E pode ser especificado pra diferentes
geometrias, p. ex. para esfera:

O módulo de Thiele observável Φobs pode ser relacionado com o fator de


efetividade em gráficos de Φobs versus ηi, para várias geometrias, como o da Fig.
8 para geometria esférica.

32
Fig 8 - Módulo de Thiele observável (Φobs) e fator de efetividade interno
(ηi) – Para cinética de primeira ordem, ordem zero e MM

33
Critério de Weisz

Analisando o gráfico da Fig 8 (analise!) é definido o critério de


Weisz, para todas geometrias e cinéticas de reação:

Se Φobs < 0,3, ηi ≈ 1 e as limitações à transferência de massa


interna são insignificantes.
Se Φobs > 3 ηi << 1 e as limitações à transferência de massa
interna são significantes.

34
Analisando...

Relação entre o fator de efetividade interno (ƞi) e o gradiente de


concentração de substrato:
Dependendo da cinética da reação, a influência dos gradientes de
concentração intrapartícula pode ser inferida pelo valor de ƞi:

Cinética de primeira ordem, taxa de reação é proporcional à concentração de


S, então ƞi1=1 implica que não existe gradiente de concentração no
catalisador. Se ƞi1<1 existe o gradiente.

Reações de ordem zero, ƞi0=1 não significa ausência de gradientes de conc.


de S, pois CA ≠ 0 já é suficiente para taxa não ser afetada pela redução na
concentração de S. Os gradientes de concentração podem ser tão grandes
que CA pode ser quase zero dentro da partícula, mas permanecerá ƞi0=1. Por
outro lado, ƞi0<1 implica que o gradiente de concentração é muito grande e
que alguma fração do volume da partícula está privada de S.

35
Transferência de Massa Externa

1. Taxa de transferência de S através da camada limite estagnada


2. Módulo observável para transferência de massa externa (Ω)
3. Fator de efetividade externo (ηe) e total (ηT)
4. Correlações para transferência de massa líquido-sólido (determinação de kS)
1. Para partículas esféricas em suspensão em reatores agitados
2. Para partículas esféricas em um leito empacotado
5. Minimizando os efeitos da transferência de massa internos e externos

36
Transferência de S na camada estagnada

Até aqui consideramos CAs = CAb (Fig. 2), ou seja, desprezamos os


efeitos da transferência de massa externa à partícula de catalisador.
CAs: difícil medir, mas pode ser estimada matematicamente, sempre
menor que CAb se existe a camada limite.
A taxa da transferência de massa através da camada limite estagnada
é: (Equação 13.41)

Onde:
NA: taxa de transferência de massa (kgmol.s-1.m-3) com relação ao volume de catalisador
kS: coeficiente de transferência de massa na fase líquida (m.s-1)
a: área superficial externa por volume do catalisador a = Sx/Vp (m2.m-3)

Em SS: (NA) =(rA,obs)


taxa de transferência de S através da camada limite é igual à taxa de
consumo de substrato observada por volume de catalisador

37
(Equação 13.43)

Eq. 13.43 pode ser usada para determinar CAs.


Se CAs≈ CAb limitações à transf. de massa externa negligenciáveis.

Para avaliar a magnitude desse efeito, o termo destacado na Eq.


13.43 recebe o nome de Módulo observável para transferência
de massa externa (Ω).
Para esfera Vp/Sx = R/3, então:
(Equação 13.44)

Se Ω << 1, CAs ≈ CAb efeitos de transferência de massa externa insignificantes.


Conforme aumenta o valor de Ω, CAs < CAb (volte e olhe a Fig. 2).

38
Fator de efetividade externo (ηe) e total (ηT)

Para reações afetadas por limitações internas e externas à


transferência de massa, um fator de efetividade total (ηT) pode
ser definido:

A Eq. 13.45 pode ser reescrita para relacionar ηT e ηi:

Onde ηe é o fator de efetividade externo, que tem o seguinte


significado:

39
Fator de efetividade externo (ηe) para diferentes
ordens de reação

Acompanhar solução do Exemplo 13.5


40
Correlações para transferência de massa líquido-sólido

O coeficiente de transferência de massa líquido-sólido (kS, Eq. 13.41 a


13.44) precisa ser conhecido.

ks depende das propriedades do líquido (viscosidade, densidade,


difusividade) e hidrodinâmica do reator.

Valores para kS podem ser estimados usando os adimensionais


abaixo:

41
ks para partículas esféricas em suspensão em reatores
agitados:
A taxa de transferência de massa depende da velocidade das
partículas sólidas em relação ao líquido (upL), difícil medir,
deve ser estimada antes de calcular kS.
As equações seguintes permitem obter o Reynolds de partícula
Rep, que contém a velocidade upL:

42
ks para partículas esféricas em um leito empacotado

kS em um leito empacotado depende das propriedades do


líquido e da velocidade do fluxo ao redor das partículas. Para a
faixa de 10 < Rep < 104, o número de Sherwood em leitos
empacotados é dado por:

Com o número de Sherwood, Eq. 13.50, ks é obtido.

43
Minimizando os efeitos da transferência de massa

Efeitos internos de transferência de massa são eliminados


quando o ƞi = 1.
Isto acontece conforme o módulo de Thiele (ɸ) observável
decresce.
Analisando Tab 13.4, módulo de Thiele (ɸ) observável decresce
em função de:

1. Redução da taxa de reação observada (rA,obs);


2. Redução do tamanho do catalisador;
3. Aumento da difusividade efetiva (DAe);
4. Aumento da concentração de substrato na superfície (CAs).

44
Minimizando os efeitos da transferência de massa

Efeitos externos de transferência de massa diminuem quando


módulo observável Ω é reduzido.
A partir da Tab 13.6, Ω decresce em função de:

1. Redução da taxa de reação observada (rA,obs);


2. Redução do tamanho do catalisador;
3. Aumento do coeficiente de transferência de massa (kS);
4. Aumento da concentração de substrato no meio líquido (CAb).

45
Encerramento

Avaliação dos parâmetros cinéticos verdadeiros


Comentários Gerais sobre Reações Heterogêneas em Bioprocessos:
Importância da limitação à transferência de oxigênio
Importância relativa das limitações de transferência de massa interna e externa
Operação de reatores catalíticos
Efeitos dos produtos

46
Avaliação dos parâmetros cinéticos verdadeiros

Imobilização muda parâmetros cinéticos intrínsecos k0, k1, vmax e KM


Enzimas: diminui vmax e altera KM.
Difícil medir porque depende da taxa em todos os pontos do
catalisador e a transferência de massa mascara o verdadeiro
comportamento cinético.

Método: eliminar toda a resistência à transferência de massa possível:


reduzir tamanho da partícula e concentração de catalisador, aumentar
velocidade de liquido externo. Medir as taxas e determinar os
parâmetros cinéticos, como nas reações homogêneas.

Ainda assim, permanecem efeitos da transf. de massa intrapartícula.


Então experimentos e análises teóricas em conjunto.

K. van’t Riet, J. Tramper, Basic Bioreactor Design, Marcel Dekker, 1991.


C.M. Hooijmans, S.G.M. Geraats, K.Ch.A.M. Luyben, Use of an oxygen microsensor for the determination of
intrinsic kinetic parameters of an immobilized oxygen reducing enzyme, Biotechnol. Bioeng. 35 (1990)
1078_1087.

47
Comentários Gerais sobre Reações Heterogêneas em
Bioprocessos
Importância da limitação à transferência de oxigênio:
transferência de oxigênio limita mais que outros S

Importância relativa das limitações de transferência de massa


interna e externa: Para catalisadores porosos, só existe limitação
externa se existir interna.
Diferenças de concentração entre o meio líquido CAb e a superfície
externa CAs* só são observadas com grandes gradientes internos.

Efeitos dos produtos: se catalisador sofre inibição por P, altas


concentrações de produto intrapartícula podem inibir o progresso da
reação.
Ex: enzimas imobilizadas que produzem ou consomem íons H+: Devido
à ação de enzimas ser muito sensível a alterações de pH, pequenas
mudanças de pH intrapartícula devido à lenta difusão de ions H+
podem ter uma influência significante na taxa de reação.

48
Operação de reatores catalíticos

Reatores de leito empacotado: taxas de transferência de


massa são usualmente comprometidas devido ao paradoxo:
Sólidos em colunas precisam ter resistência suficiente ao seu
próprio peso para não compactar o leito; proporcionar vazão de
líquido bem distribuída e estável, então partículas grandes,
rígidas e com formas uniformes
Porém... difusão é facilitada em partículas pequenas, soft e
porosas

Reatores agitados: agitação necessária para eliminar os efeitos


da resistência à transferência de massa na camada de líquido
estagnada destroem partículas soft e porosas

49
Estudo: problemas cap.13 Pauline
Sugestão: resumo de tópicos importantes, usando a lista de
itens disponibilizada
Focar em conceitos e significado de fator e efetividade, módulo
de Thiele, critério de Weizs, particularidades de reações de
ordem zero, como minimizar efeitos das transferência de massa
em bioprocessos, aspectos operacionais de reatores catalíticos

50

Você também pode gostar