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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS


APLICADAS - GESTÃO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Emerson Fernando Boeira


Rodrigo Ruckhaber de Morais

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

Manual de Importação para Aplicação ao


Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo

Organização, Sistemas e Métodos

ITAJAÍ (SC)
2010
2

EMERSON FERNANDO BOEIRA


RODRIGO RUCKHABER DE MORAIS

TRABALHO DE CONCLUSÃO
DE ESTÁGIO

Manual de Importação para Aplicação


ao Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo

Trabalho desenvolvido para o


Estágio Supervisionado do Curso de
Administração do Centro de Ciências
Sociais Aplicadas da Universidade
do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ - SC, 2010


3

Agradecemos aos nossos familiares, as nossas


esposas pela compreensão nos momentos de
profundo estudo. À nossa orientadora Bárbara
Silvana Sabino pelo incentivo e apoio nessa
caminhada. A Hansa Logística Global Ltda. pela
acolhida e na oportunidade em estagiar e a crescer
profissionalmente.
4

“O único lugar onde o sucesso vem


antes do trabalho é no dicionário”.

Albert Einstein
5

EQUIPE TÉCNICA

a) Nome dos estagiários


Emerson Fernando Boeira
Rodrigo Ruckhaber de Morais

b) Área de estágio
Organização, Sistemas e Métodos

c) Supervisor de campo
Rodrigo Ruckhaber de Morais

d) Orientadora de estágio
Profª. Bárbara Silvana Sabino, M. Sc.

e) Responsável pelos Estágios em Administração


Prof. Eduardo Krieger da Silva, M. Sc.
6

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social
Hansa Logística Global Ltda

b) Endereço
Rua Uruguai, 45, Sala 02, Centro – Itajaí – SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio


Importação

d) Duração do estágio
240 horas

e) Nome do cargo do supervisor de campo


Rodrigo Ruckhaber de Morais

f) Carimbo e visto da empresa


7

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 25 DE OUTUBRO DE 2010.

A Empresa HANSA LOGÍSTICA GLOBAL LTDA, pelo


presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí -
UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão
de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelos
acadêmicos EMERSON FERNANDO BOEIRA E RODRIGO
RUCKHABER DE MORAIS.

__________________________________

Rodrigo Ruckhaber de Morais


8

RESUMO

Em função da competitividade na prestação de serviço, é crescente a preocupação


das organizações com a capacitação dos seus profissionais. Atualmente, tornou-se
de vital importância para as organizações terem profissionais qualificados e
comprometidos com os seus objetivos. Com o Brasil em crescente desenvolvimento
do comércio exterior, o volume das importações sobrepõe às exportações. A Hansa
Logística Global Ltda. se depara dentro deste negócio acompanhando o crescimento
do país. Em virtude disso, o objetivo geral do trabalho foi desenvolver um manual
para padronização dos processos aduaneiros no setor de importação, no registro de
declarações de importações do tipo consumo, com intuito de reduzir erros de
registro. Tendo como objetivos específicos: identificar o perfil dos colaboradores;
levantar o tipo de DI predominante, emitidas na Hansa; levantar os valores de multas
recolhidas pela Hansa e RFB em Itajaí (SC); apresentar a legislação pertinente;
reunir os documentos de importação; Levantar os padrões de trabalho; e descrever
as etapas do despacho aduaneiro de importação do tipo para consumo. A pesquisa
caracterizou-se inicialmente pela coleta de referencial teórico que fundamentou o
trabalho, em segunda instância coletaram-se os valores das multas aplicadas pelo
setor aduaneiro na RFB de Itajaí, sem e com redução. Foi exposto detalhadamente
o padrão de trabalho no setor de importação, por meio do fluxograma de processos.
Desenvolveu-se o manual de importação, uma ferramenta importante para o
desenvolvimento das atividades do despacho aduaneiro da empresa estudada.
Conclui-se que o manual permite a compreensão de todas as atividades, objetivando
a administração do setor de importação.

PALAVRAS-CHAVE: Comércio Exterior. Importação. DI Consumo. Manual.


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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 – Indicadores para tratamento e análise dos dados....................... 26


Quadro 2 – Resumo das teorias da administração ....................................... 33
Quadro 3 – As principais etapas no desenvolvimento da qualidade.............. 40
Quadro 4 – Simbologia geral para representação do fluxograma.................. 49
Quadro 5 – Quadro de multas ....................................................................... 68
Figura 1 – Logo da Hansa ............................................................................. 71
Quadro 6 – Quadro de clientes ...................................................................... 75
Quadro 7 – Quadro de concorrentes ............................................................. 75
Figura 2 – Organograma da filial de Itajaí (SC) ........................................... 77
Figura 3 – Primeira tela do SISCOMEX ....................................................... 85
Figura 4 – Tela nova declaração .................................................................. 86
Figura 5 – Tela tipo de declaração ................................................................ 87
Figura 6 – Tela guia importador .................................................................... 88
Figura 7 – Tela guia básicas ......................................................................... 89
Figura 8 – Tela guia transporte ..................................................................... 91
Figura 9 – Tela guia carga, subguia 1 ........................................................... 93
Figura 10 – Tela guia carga, subguia 2 ......................................................... 95
Figura 11 – Tela guia carga, subguia 3 ......................................................... 96
Figura 12 – Tela guia pagamento .................................................................. 97
Figura 13 – Tela guia informações complementares ..................................... 98
Figura 14 – Tela inserir adição ...................................................................... 99
Figura 15 – Tela fornecedor/exportador ........................................................ 100
Figura 16 – Tela guia fornecedor/fabricante/produto ..................................... 101
Figura 17 – Tela guia mercadoria, subguia 1 ................................................ 102
Figura 18 – Tela guia mercadoria, subguia 2 ................................................ 103
Figura 19 – Tela guia mercadoria, subguia 3 ................................................ 105
Figura 20 – Tela guia mercadoria, subguia 4 ................................................ 106
Figura 21 – Tela guia valor aduaneiro ........................................................... 107
Figura 22 – Tela guia tributos, subguia I.I. .................................................... 108
Figura 23 – Tela guia tributos, subguia I.P.I. ................................................. 109
10

Figura 24 – Tela guia tributos, subguia PIS/COFINS (PIS/PASEP) .............. 110


Figura 25 – Tela guia tributos, subguia PIS/COFINS (COFINS) .................... 111
Figura 26 – Tela guia tributos, antidumping .................................................. 112
Figura 27 – Tela guia tributos/subguia cálculos ............................................. 113
Figura 28 – Tela guia câmbio ......................................................................... 114
Figura 29 – Tela declaração de importação ................................................... 115
Figura 30 – Tela transmissão para análise .................................................... 116
Figura 31 – Tela diagnóstico por nº de transmissão ...................................... 117
11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Dados pessoais ........................................................................... 79


Tabela 2 – Dados profissionais ..................................................................... 79
Tabela 3 – Tipos de DI’s emitidas ................................................................. 81
Tabela 4 – Valores das multas recolhidas .................................................... 81
Tabela 5 – Valores das multas recolhidas Receita Federal do Brasil ........... 82
Tabela 6 – Percentual das multas recolhidas RFB X Hansa ........................ 83
Tabela 7 – Percentual das multas recolhidas RFB X PM Despachos 83
Aduaneiros ....................................................................................................
12

LISTA DE SIGLAS

ALADI – Associação Latino-Americana de Integração.


ANVISA – Agência Nacional da Vigilância Sanitária.
APO – Administração por Objetivos.
Art. – Artigo.
AVA – Acordo de Valoração Aduaneira.
BACEN – Banco Central do Brasil.
B/L – Bill of lading (Conhecimento de carga marítimo).
CCO – Comprovante de Compra.
CE – Ceará.
CE – Comprovante de Exportação.
CI – Comprovante de Importação.
CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.
CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.
CNTR – Container (Contêiner).
CFR – Cost and Freight (Custo de Frete).
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.
COMEX – Comércio Exterior.
CPF – Cadastro de Pessoa Física.
DAD – Depósito Aduaneiro de Distribuição.
DARF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais.
DCR-E – Demonstrativo do Coeficiente de Redução Eletrônico.
DECEX – Departamento de Operações de Comércio Exterior.
DDE – Declaração para Despacho de Exportação.
DEA – Depósito Especial Alfandegado.
DI – Declaração de Importação.
DO – Desenvolvimento Organizacional.
DRF – Delegacia da Receita Federal.
DSIC – Departamento de Segurança da Informação e Comunicações.
EADI – Estação Aduaneira Interior (Hoje Porto Seco).
EDA – Equipe de Despacho Aduaneiro.
13

EIZOF – Entreposto Internacional da Zona Franca de Manaus.


ES – Espírito Santo.
FOB – Free on Board (Carga a Bordo).
FUNDAP – Fundo para Desenvolvimento das Atividades Portuárias.
GATT – General Agreement on Tariffs and Trade (Acordo Geral sobre Tarifas
Aduaneiras e Comércio).
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços.
II – Imposto de Importação.
IN – Instrução Normativa.
INCOTERMS – International Commercial Terms (Termos Internacionais do
Comércio).
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados.
LI – Licença de Importação.
Ltda. – Limitada.
MA – Ministério da Agricultura e Abastecimento.
MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
MF – Ministério da Fazenda.
NALADI – Nomenclatura da Associação Latino-Americana de Integração.
NBM – Nomenclatura Brasileira de Mercadorias.
NC – Nota Complementar.
NCCA – Nomenclatura do Conselho de Cooperação Aduaneira.
NCM – Nomenclatura Comum do MERCOSUL.
NVE – Nomenclatura de Valor e Estatística.
OMC – Organização Mundial do Comércio.
PDF – Portable document format (Formato de documento portátil).
PE – Pernambuco.
PIS/PASEP – Programa de Integração Social.
POP – Procedimentos Operacionais Padrão.
POC3 – Planejar; Organizar; Coordenar; Comandar; e Controlar.
PR – Paraná.
RA – Regulamento Aduaneiro.
RADAR – Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes
Aduaneiros.
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RC – Registro de Operação de Crédito.


RE – Registro de Exportação.
REI – Registro de Exportadores e Importadores.
RES – Registro de Exportação Simplificado.
RF – Receita Federal.
RFB – Receita Federal do Brasil.
ROF – Registro de Operações Financeiras.
RS – Rio Grande do Sul.
RV – Registro de Venda.
SC – Santa Catarina.
SECEX – Secretaria de Comércio Exterior.
SGPC – Sistema Global de Preferências Comerciais.
SH – Sistema Harmonizado de Codificação e Designação de Mercadorias.
SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior.
SN – Sem Número.
SRF – Secretaria da Receita Federal (Hoje RFB).
SP – São Paulo.
URF – Unidade da Receita Federal.
TCE – Trabalho de Conclusão de Estágio.
TEC – Tarifa Externa Comum.
THC – Terminal Handling Charge (Capatazia).
TIPI – Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados.
VA – Valor Aduaneiro.
VMCV – Valor da Mercadoria na Condição de Venda.
VMLD – Valor da Mercadoria no Local de Descarga.
VMLE – Valor da Mercadoria no Local de Embarque.
VUCV – Valor unitário na condição de venda.
VTMLE – Valor Total das Mercadorias no Local de Embarque.
ZFM – Zona Franca de Manaus.
ZFM-PE – Zona Franca de Manaus (Produtos Estrangeiros).
ZFM-PI – Zona Franca de Manaus (Produtos Industrializados).
15

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................... 18
1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa ....................................................... 19
1.2 Objetivos do trabalho .............................................................................. 20
1.3 Aspectos metodológicos ........................................................................ 21
1.3.1 Caracterização da pesquisa ...................................................................... 22
1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa ........................................................ 23
1.3.3 Procedimentos de coleta de dados............................................................ 24
1.3.4 Tratamento e análise de dados.................................................................. 25

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................. 29
2.1 Administração .......................................................................................... 29
2.1.1 Administração como ciência ...................................................................... 30
2.1.2 Funções administrativas ............................................................................ 35
2.1.3 Administração na prestação de serviço ..................................................... 37
2.1.4 Padronização ........................................................................................... 38
2.1.5 Qualidade ................................................................................................. 39
2.2 Organização, sistemas e métodos ......................................................... 41
2.2.1 Evolução .................................................................................................... 42
2.2.2 O Profissional............................................................................................. 43
2.2.3 Formulário de levantamento ...................................................................... 44
2.2.4 Manualização ............................................................................................ 45
2.2.4.1 Elaboração do manual............................................................................ 47
2.2.4.2 Fluxograma ............................................................................................ 48
2.3 Globalização............................................................................................. 50
2.3.1 Comércio exterior....................................................................................... 51
2.3.2 Importação ................................................................................................. 54
2.3.3 Modal marítimo .......................................................................................... 56
2.4 Despacho aduaneiro................................................................................ 57
2.4.1 Despachantes aduaneiros ......................................................................... 58
2.4.2 Início do despacho aduaneiro de importação ............................................ 58
2.4.3 Declaração de importação ......................................................................... 60
2.4.4 Documentos que instruem a declaração de importação ............................ 61
2.4.5 Fatura comercial ........................................................................................ 61
2.4.6 Packing List (romaneio de carga) .............................................................. 62
2.4.7 Conhecimento de carga marítimo (B/L) ..................................................... 63
2.4.8 Certificados especiais/ certificados de origem ........................................... 64
2.4.9 Preenchimento da declaração de importação ........................................... 64
2.4.10 Valor Aduaneiro....................................................................................... 65
2.4.11 Sistema integrado de comércio exterior (SISCOMEX) ............................ 66
2.4.12 Multas aplicadas ao despacho aduaneiro ............................................... 68

3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ................................. 70


3.1 Caracterização da Empresa .................................................................... 70
3.1.1 Histórico ..................................................................................................... 70
3.1.2 Principais serviços ..................................................................................... 72
3.1.3 Instalações................................................................................................. 74
3.1.4 Principais clientes ...................................................................................... 74
16

3.1.5 Principais concorrentes.............................................................................. 75


3.1.6 Estrutura organizacional ........................................................................... 76
3.1.7 Missão, visão e valores.............................................................................. 77
3.2 Resultado da pesquisa .............................................................................. 78
3.2.1 Perfil dos colaboradores............................................................................ 79
3.2.2 Tipo de DI predominante ........................................................................... 81
3.2.3 Valores das multas Receita Federal do Brasil na DRF de Itajaí (SC) ...... 82
3.3 Manual de importação para o modal marítimo ........................................ 84
3.3.1 Orientações iniciais ................................................................................... 84
3.3.2 Tela inicial da declaração de importação (DI) no SISCOMEX .................. 84
3.3.3 Tela principal da declaração de importação no SISCOMEX importação .. 85
3.3.4 Inserindo uma nova declaração de importação ........................................ 86
3.3.5 Guia importador......................................................................................... 87
3.3.6 Guia básicas ............................................................................................. 89
3.3.7 Guia transporte ......................................................................................... 90
3.3.8 Guia carga ................................................................................................ 92
3.3.9 Subguia 2 ................................................................................................. 94
3.3.10 Subguia 3 ............................................................................................... 96
3.3.11 Guia pagamento ..................................................................................... 96
3.3.12 Guia informações complementares ........................................................ 98
3.3.13 Adição ..................................................................................................... 99
3.3.14 Guia fornecedor/importador..................................................................... 100
3.3.15 Guia fornecedor/fabricante/produtor ....................................................... 101
3.3.16 Guia mercadoria/subguia 1 .................................................................... 102
3.3.17 Guia mercadoria/subguia 2 .................................................................... 103
3.3.18 Guia mercadoria/subguia 3 .................................................................... 104
3.3.19 Guia mercadoria/subguia 4 .................................................................... 105
3.3.20 Valor aduaneiro ...................................................................................... 106
3.3.21 Guia tributos/subguia I.I. ......................................................................... 108
3.3.22 Guia tributos/subguia I.P.I. ..................................................................... 109
3.3.23 Guia tributos/subguia PIS/COFINS (PIS/PASEP) .................................. 110
3.3.24 Guia tributos/subguia PIS/COFINS (COFINS) ....................................... 111
3.3.25 Guia tributos/subguia antidumping ......................................................... 111
3.3.26 Guia tributos/subguia cálculos ................................................................ 112
3.3.27 Guia câmbio ........................................................................................... 113
3.3.28 Transmissão para análise 1º passo ........................................................ 115
3.3.28.1 Transmissão para análise 2º passo ..................................................... 116
3.3.29 Transmissão para diagnóstico ................................................................ 116

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 118


4.1 Considerações sobre as questões teóricas envolvidas ...................... 119
4.2 Considerações sobre os resultados ..................................................... 120
4.3 Limitações, contribuições e recomendações ....................................... 122

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 123

ANEXOS ............................................................................................................ 127

APÊNDICES ...................................................................................................... 145


17

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS .............................................................. 161


18

1 INTRODUÇÃO

As organizações no Brasil vivem fases de crescimento no comércio exterior.


Novos conceitos de serviços fazem parte da mudança incessante das empresas que
buscam a qualidade na prestação de serviços, e tornam-se constante no mercado.
No cenário do comércio exterior, a importação consiste na entrada de
mercadorias provenientes do exterior, em um país, desempenhando um papel
importante no desenvolvimento social e econômico. As atividades de importação
avançaram seu crescimento em relação aos últimos anos, principalmente pelos
portos, aeroportos e pontos de fronteiras no Estado de Santa Catarina, o que
fortalece a economia local e do Brasil.
As relações comerciais internacionais exigem a adoção de procedimentos
que propõe controlar e fiscalizar o mercado interno, por meio de medidas vinculadas
ao Despacho Aduaneiro. Este consiste num procedimento fiscal com o objetivo de
assegurar regularidade na operação bem como o cumprimento dos aspectos
tributários.
O ambiente organizacional vem sendo marcado por inúmeras
transformações, que buscam a competitividade, com o objetivo da sobrevivência e
do crescimento no mercado. Essas transformações resultam em mudanças internas
fazendo com que as organizações necessitem de colaboradores qualificados.
As empresas têm conhecimento que uma equipe de colaboradores
preparados, motivados e comprometidos são diferenciais e itens fundamentais para
a busca de seu sucesso empresarial. Nesse cenário, a Hansa Logística Global Ltda
tem sua sede administrativa na cidade de Joinville (SC), a organização conta com
filiais em Vitória (ES) e Itajaí (SC). A filial em que foi desenvolvido o trabalho de
pesquisa situa-se em Itajaí (SC).
Essa unidade atua no mercado como prestadora de serviço no despacho
aduaneiro. E está vivenciando dificuldades na realização dos processos de
importação, sem que ocorra pagamento de multas em decorrência de imperícia por
falta de treinamento externo, interno e qualificação profissional e para tais
afirmações se apresenta o problema de pesquisa. Quais são as informações que
19

obrigatoriamente devem ser levantadas para a eficaz elaboração de um manual de


processos do despacho aduaneiro do tipo consumo?
Com base nessas informações, esse trabalho busca desenvolver um manual
para padronização dos processos aduaneiros no setor de importação, no registro de
declarações de importações do tipo consumo, com intuito de reduzir erros de
registro. Sendo que os colaboradores poderão adquirir conhecimento e esclarecer
suas dúvidas nesse manual de processos.
O que vem a comprovar, tomando como base, Manzoli (2009) relata que, a
descrição incorreta ou incompleta pode acarretar atrasos no desembaraço e multas
significativas, portanto, a busca da minimização nas ocorrências de multas no
despacho aduaneiro é constante entre as partes envolvidas.

1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa

Nesse item apresenta-se o problema de pesquisa e a justificativa de


elaboração desse estudo. Na opinião de Roesch (2007, p. 90), o problema de
pesquisa.
Pode ser definido tanto a partir da observação, como da teoria, ou ainda de
um método que se queira testar. No contexto de um projeto de prática
profissional, um problema é uma situação não resolvida, mas também pode
ser a identificação de oportunidades até então não percebidas pela
organização.

Os acadêmicos propõem para a empresa Hansa Logística Global Ltda a


pergunta de pesquisa que está relacionada com o seu ambiente de trabalho. Quais
são as informações que obrigatoriamente devem ser levantadas para a eficaz
elaboração de um manual de processos do despacho aduaneiro do tipo
consumo?
A padronização no interior das organizações é vista como instrumento
expressivo de gerenciamento nas rotinas, desde o chão de fábrica até o pós-venda.
Seguindo a mesma lógica, Campos (1999) relata que a padronização sob a ótica
empresarial, traz melhorias na qualidade do produto ou serviço, na redução dos
custos fixos e variáveis, nos cumprimentos dos prazos, etc.
20

E para se atingir uma padronização nas operações de forma homogenia, a


área de Organização, Sistemas e Métodos contribui com a manualização. Este é um
importante caminho que deve ser percorrido, pois Cury (2005) denomina que os
manuais são documentos predispostos pela organização com o propósito de
padronizar os métodos em que se apresentam nas diversas áreas em atividade.
Em relação à originalidade os acadêmicos elaboraram junto ao coordenador
da unidade de Itajaí (SC) uma entrevista (APÊNDICE G) e pode-se observar que não
há trabalho de estágio relacionado ao tema que está sendo pesquisado, conforme a
pergunta de número 6.
Nessa Universidade há um trabalho de conclusão de curso elaborado pela
acadêmica Indianara Nayra Heusi Leal Nunes denominado Manual do importador
para empresa Full Comex importação e exportação Ltda que foi desenvolvido no
curso de Comércio Exterior, porém nesse trabalho foi apresentado os detalhes do
despacho aduaneiro no modal marítimo.
Quanto à viabilidade, a elaboração não envolveu custos significativos como
também houve a disponibilidade de informações e dados sobre a organização e fácil
acesso das pessoas que participaram dessa pesquisa, até pelo fato de um
componente da dupla ser Coordenador da empresa na unidade de Itajaí (SC).
Em suma, esse trabalho vem ao encontro de interesses acadêmicos e
empresariais, pois:
• o aporte teórico reunido nesse trabalho auxiliará na execução do
despacho aduaneiro;
• padroniza as atividades ao realizar o despacho aduaneiro e
• traz as legislações vigentes na área de importação, sendo útil para
constante consulta e
• servirá de base para futuros trabalhos.

1.2 Objetivos do trabalho

Esse item apresenta os objetivos do estudo, os quais Roesch (2007, p. 94)


apresenta como sendo o “definido como alvo ou desígnio que se pretende atingir”.
21

Ressaltando que há duas implicações importantes, sendo que a autora estabelece


padrões de sucesso por meio da qual o trabalho foi avaliado e pela formulação de
objetivos que ajudaram a perceber etapas de seu estudo. Cabe ressaltar que tais
objetivos orientaram a revisão da literatura e da metodologia da pesquisa.
Nesses termos, o objetivo geral do presente trabalho é desenvolver um
manual para padronização dos processos aduaneiros no setor de importação,
no registro de declarações de importações do tipo consumo, com intuito de
reduzir erros de registro.
Quanto aos objetivos específicos, a formulação de um objetivo geral não é
suficiente para dar uma ideia como o trabalho foi desenvolvido. Com isso, Richardson
(2007, p. 63) define que “os objetivos específicos definem etapas que devem ser
cumpridas para alcançar o objetivo geral”. Assim, para atender o objetivo do trabalho
foram definidos os seguintes objetivos específicos:

• Identificar o perfil dos colaboradores;


• Levantar o tipo de Declaração de Importação predominante, emitidas na
Hansa;
• Levantar os valores das multas recolhidas pela Hansa;
• Levantar os valores das multas recolhidas pela Receita Federal do Brasil em
Itajaí (SC);
• Apresentar a legislação pertinente;
• Reunir os documentos de importação;
• Levantar os padrões de trabalho e
• Descrever as etapas da realização de um despacho aduaneiro de importação
do tipo para consumo.

1.3 Aspectos metodológicos

Neste item apresentam-se os aspectos metodológicos utilizados no presente


trabalho, enfatizando as questões ligadas ao tipo de pesquisa, área de abrangência,
22

bem como apresentação e análise das informações. Cruz e Ribeiro (2003) comentam
que a metodologia é um elemento constitutivo de um estudo científico que apresenta
as técnicas a serem adotadas para a realização da pesquisa (entrevista, questionário
e outros). Corroborando, Roesch (2007) menciona que a finalidade da metodologia é
desenvolver no aluno familiaridade com a prática da pesquisa científica, sob a
supervisão de um pesquisador qualificado.
Destaca-se que a metodologia desse trabalho é composta por: (1) a
caracterização da pesquisa; (2) a tipologia de estágio; (3) os participantes da
empresa no presente estudo e (4) a coleta e tratamento dos dados. Vale ressaltar
que os aspectos metodológicos são essenciais para efetuar o trabalho, e os seus
itens devem ser determinados com exatidão conforme o tema escolhido, levando em
conta o trabalho a ser realizado para que se encontre o objetivo proposto.

1.3.1 Caracterização da pesquisa

Em suma, esse estudo tem como propósito o método proposição de planos,


pois se destina a desenvolver um manual para padronização dos processos
aduaneiros no setor de importação, reduzindo erros no registro de Declarações de
Importação. Pois, a proposição de planos tem como característica expressar
soluções para problemas já diagnosticados.
Dessa forma, mesmo sendo predominantemente qualitativo (pesquisa
bibliográfica, legislação pertinente (ANEXO A) e entrevista com o Coordenador da
empresa Apêndice G), beneficiou-se de métodos e técnicas da pesquisa quantitativa
(levantamentos da Receita Federal do Brasil (APÊNDICE C), dos concorrentes
(APÊNDICE D), do perfil dos colaboradores (APÊNDICE F), e documentos da
empresa, com cunho descritivo.
O método adotado para o estudo foi o método qualitativo com aporte
quantitativo. O autor Richardson (2007, p. 79) menciona que “o método qualitativo
difere em princípios do quantitativo à medida que não se emprega um instrumento
estatístico com base do processo de análise de um problema”. Quanto ao método
quantitativo, Richardson (2007, p. 70) descreve que ao contrário, “caracteriza-se
23

pelo emprego da quantificação tanto das modalidades de coleta de informações,


quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas”.
Na pesquisa descritiva, “os fatos são observados, registrados, analisados,
classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles”. (ANDRADE,
1997, p. 104). Esse tipo de pesquisa, geralmente é utilizado para obter informações
relacionadas às atitudes dentro da organização, em que Gil (2007, p. 44) destaca
que “a pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das
características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relação entre variáveis”.
Em síntese, esse trabalho descreve uma pesquisa, prevalecendo o método
qualitativo com aporte quantitativo que em suma é uma proposição de plano que se
concretizou por meio do desenvolvimento do manual para padronização dos
processos aduaneiros no setor de importação isso foi possível por intermédio de
dados coletados conforme: (1) buscar pesquisas bibliográficas; (2) reunir documentos
da Hansa; (3) identificar o perfil dos colaboradores; (4) levantar o tipo de DI
predominante, emitidas na Hansa; (5) levantar os valores das multas recolhidas pela
Hansa; (6) levantar os valores das multas recolhidas pela Delegacia da Receita
Federal em Itajaí (SC); (7) aplicar entrevista com Coordenador; (8) apresentar a
legislação vigente na área; (9) reunir os documentos de importação; (10) levantar os
padrões de trabalho e (11) descrever as etapas da realização de um despacho
aduaneiro de importação.

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

Essa seção destina-se a determinação da população envolvida no estudo,


bem como da amostragem a ser adotada. Seguindo essa linha, Richardson (2007, p.
158) define que “população pode ser um conjunto de indivíduos que trabalham em
um mesmo lugar”. E amostra utilizada foi por conveniência, que na visão de
Malhotra (2001), busca obter uma amostra de elementos convenientes, em que na
maioria dos casos, o entrevistador escolhe as pessoas que farão parte da pesquisa,
porque elas estavam no lugar e no momento certo.
24

Como a população restringe-se a apenas 4 pessoas, é possível adotar o


sistema de amostragem censo formada por conveniência por abranger a todos os
elementos da população.
Na pesquisa qualitativa, a coleta de dados foi realizada por meio de
pesquisa em livros, sites na internet, leis e decretos, publicações de revistas, artigos
para análise e entendimento do assunto. Já na pesquisa quantitativa foram
coletados dados da Receita Federal do Brasil em Itajaí (SC) por meio da solicitação
de dados (APÊNDICE C) e dados de outras organizações do mesmo ramo
demonstrado no Quadro 7.

1.3.3 Procedimentos de coleta de dados

Compete ressaltar que Richardson (2007) comenta que esta seção existe
numa pesquisa com a intenção de apontar os instrumentos de coleta de
informações, as quais podem ser por intermédio de questionários, entrevistas,
fichas, por exemplo. Esse estudo contou com pesquisas bibliográfica e documental,
e ainda levantamentos por meio da aplicação de questionários e entrevistas.
Os questionários foram aplicados na Receita Federal do Brasil (APÊNDICE
C), com concorrentes (APÊNDICE D), com colaboradores (APÊNDICE F). Já a
entrevista com o Coordenador de Despacho Aduaneiro (APÊNDICE G) que também
cedeu documentos da empresa para respaldar a veracidade das informações, bem
como completa-las. E por fim vale registrar que a pesquisa bibliográfica ocorreu
sobre as temáticas envolvidas e sobre as legislações vigentes (ANEXO A).
Em relação às temáticas pertinentes para esse estudo foram pesquisados
livros, artigos, legislações pertinentes, sites da internet sobre as temáticas: (1)
Administração; (2) Organização, Sistemas e Métodos; (3) Comércio Exterior; (4)
Importação e (5) Despacho Aduaneiro. A biblioteca comunitária central da UNIVALI –
Itajaí (SC) foi a que deu suporte a toda essa pesquisa que ocorreu de agosto de 2009
a julho de 2010 quando os acadêmicos dedicaram-se aos Estágios I e II.
Marconi e Lakatos (2006, p. 167) relatam que “a etapa de coleta de dados é a
aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas a fim de se
efetuar a coleta dos dados previstos”. Seguindo esse preceito, Richardson (2007, p.
25

207) explica que a “entrevista é uma técnica importante em que o investigador se


apresenta frente ao investigado e lhe formulam perguntas, com o objetivo de
obtenção dos dados que interessam à investigação”.
A entrevista com o Coordenador ocorreu no dia 03 de agosto de 2010
conforme (APÊNDICE G), esta sondou sobre questões específicas referentes ao
despacho aduaneiro de importação da filial de Itajaí (SC) e para tal contou com 9
questões fechadas.
Mas, para dar suporte quantitativo ao trabalho realizou-se levantamento com
os colaboradores (APÊNDICE F). Este questionário aplicado com os colaboradores
foca no perfil demográfico dos mesmos. Assim foi formulado com 9 questões
fechadas que abordam sobre: (1) nome completo; (2) gênero; (3) idade; (4) estado
civil; (5) experiência anterior na área; (6) escolaridade; (7) se fala outro idioma; (8) se
possui conhecimentos em informática e no pacote Office; e (9) se tem familiaridade
com legislações vigentes na área. Foi aplicado pelos acadêmicos no dia 14 de
setembro de 2010.
Já os questionários enviados à Receita Federal do Brasil (APÊNDICE C) e
concorrentes (APÊNDICE D), foram para levantar o volume ou percentual das multas
recolhidas nos códigos (2185 e 5149). Como enfatiza Richardson (2007, p. 189) “os
questionários cumprem pelo menos duas funções: descrever as características e
medir determinadas variáveis de um grupo social”. Trabalharam-se questões
fechadas referentes à solicitação de coleta de dados.

1.3.4 Tratamento e análise de dados

Este item mostra como os pesquisadores tratam e analisam os resultados


obtidos. Nos estudos de caráter qualitativo, nos quais se obtêm uma quantidade de
dados em forma de textos podem ser tratadas pela análise de conteúdo. Já para a
pesquisa de caráter quantitativo, habitualmente os dados coletados são tratados de
maneira estatística. Marconi e Lakatos (2006) relatam que na análise dos dados, o
pesquisador encontra os mínimos detalhes sobre o trabalho, procurando conseguir
26

respostas as suas perguntas e institui as descrições necessárias entre dados


adquiridos e as suposições determinadas.
Falando-se de dados quantitativos, foram coletados de instituições públicas
e empresas privadas e foram tabulados por meios estatísticos, que como ressalta
Oppenheim (1992, p. 157 apud Roesch, 2007, p. 150), “essas técnicas são bastante
poderosas, incluindo a média, desvio-padrão, variância, análise de variância e a
maioria dos métodos multivariados”, para visualização eficaz dos resultados.
Já os dados qualitativos foram tratados tendo com base os conceitos da
análise de conteúdo, conforme agrupadas as respostas de acordo com as categorias
de referencial teórico. O método da análise de conteúdo na opinião de Roesch
(2007, p. 170), “busca classificar palavras, frases, ou mesmos parágrafos em
categorias de conteúdo. Utiliza desde técnicas simples até outras mais complexas,
que se apóiam em métodos estatísticos”.
Ressalta-se que as devidas análises dos dados, os resultados foram
transcritos e apresentados em quadros tabelas e textos descritivos. Os indicadores
para o tratamento e análise de dados coletados podem ser mais bem visualizados
no Quadro 1.

Categoria Informação Coleta Autores


da
informação
Manual Um conjunto ou coleção sistemática de Pesquisa D’Ascenção (2007)
regras, premissas, políticas, metas que bibliográfica
determinam para todos os colaboradores
da empresa o que deve ser feito, como,
onde, quando, quem deve fazer e por que é
feito.
Comércio “É a relação direta do comércio entre dois Pesquisa Maluf (2003, p. 23)
Exterior países ou blocos. São as normatizações bibliográfica
com que cada país administra seu
comércio com os demais, regulando as
formas, métodos e deliberações para
viabilizar este comércio”.
Importação “É a entrada da mercadoria estrangeira no Pesquisa Werneck (2010, p. 22).
território nacional, por prazo limitado bibliográfica
(admissão temporária) ou definitivo
(importação de consumo)”.
Tipos de DI Consumo; Admissão em entreposto Figura 5, p. Programa SISCOMEX
aduaneiro; Admissão em EIZOF – 87
entreposto internacional da ZFM; Admissão
em entreposto industrial; Admissão
temporária; Admissão na ZFM; Admissão
em loja franca; Admissão em ALC;
Admissão em DAD; Admissão em DEA;
Consumo e Admissão temporária.
Legislação 1 - Tipo de declaração ANEXO A Receita Federal do
27

Categoria Informação Coleta Autores


da
informação
ANEXO Até Brasil (2010)
ÚNICO IN 55 – Internação de ZFM-PI
SRF 680
Perfil dos gênero; idade; estado civil; experiência APÊNDICE F Elaborado pelos
colaborado- anterior na área; escolaridade; outro acadêmicos (2010)
res idioma; conhecimentos de informática e o
pacote office; e familiaridade com as
legislações vigentes na área.
Levantamen- Valores em Reais (R$) nos anos de 2008, APÊNDICE Documentos Hansa
to das 2009 até julho de 2010 nos códigos (2185) H (2010)
multas da e (5149).
Hansa
Levantar tipo A predominância das declarações emitidas Pesquisa Relatório Hansa (2010)
de DI que nesse caso servem de exemplo para o Documental.
predominan- presente trabalho que é a de consumo.
te na Hansa
Reunir Fatura comercial; Packing List; B/L; e ANEXOS B, Exemplos tem caráter
documentos outros documentos exigidos em C e D meramente ilustrativos,
de decorrência de acordos internacionais ou respectiva- qualquer semelhança é
importação por força da lei, de regulamento ou de outro mente. pura coincidência.
ato normativo.
Levantar os Documentos de entrada; fluxo de Coleta de Livros de: Organização,
padrões de informações; fluxos de documentos; e dados. Sistemas e Métodos
trabalho atividades rotineiras. Araujo (2001);
Cury (2005);
D’Ascenção (2007);
Manganote (2001).
Comércio Exterior:
Dias; Rodrigues (2004);
Hartung (2002);
Ludovico (2002);
Magnoli; Serapião
(2006);
Maluf (2003);
Marinho; Pires (2002);
Soares (2004);
Vazquez (2009).
E Despacho Aduaneiro:
Bizelli; Barbosa (1997);
Keedi (2008);
Maluf (2003);
Martins (2005);
Sosa (1995);
Werneck (2010).
Descrever Fluxograma no (APÊNDICE B) demonstra APÊNDICE Livros de: Comércio
etapas do fielmente como acontece às etapas do B Exterior
despacho desembaraço aduaneiro, desde a entrega Dias; Rodrigues (2004);
aduaneiro da documentação até a finalização do Hartung (2002);
processo, assim é a base do manual. Ludovico (2002);
Magnoli; Serapião
(2006);
Maluf (2003);
Marinho; Pires (2002);
Soares (2004);
Vazquez (2009).
Despacho Aduaneiro:
Bizelli; Barbosa (1997);
28

Categoria Informação Coleta Autores


da
informação
Keedi (2008);
Maluf (2003);
Martins (2005);
Sosa (1995);
Werneck (2010).
E Instrução Normativa
680. (ANEXO A).
Quadro 1 - Indicadores para tratamento e análise dos dados.
Fonte: Elaborado pelos acadêmicos (2010).

Dessa maneira, acredita-se ter abordado os pontos indispensáveis para o


encaminhamento eficaz da coleta, tratamento e análise dos dados. Iniciando com o
referencial teórico, constatando o prisma de cada autor e entrando especificamente
no despacho aduaneiro de importação.
29

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para a realização deste trabalho, fez-se um levantamento bibliográfico com a


finalidade de aprofundar os conhecimentos na fundamentação teórica. Assim, traz
assuntos pertinentes a: (1) Administração; (2) Padronização; (3) Qualidade; (4)
Organização, Sistemas e Métodos; (5) Manualização; (6) Fluxograma; (7)
Globalização; (8) Comércio Exterior; (9) Importação e (10) Despacho Aduaneiro.

2.1 Administração

A administração revela-se como uma das áreas do conhecimento humano


complexa e de inúmeros desafios. O profissional que escolhe a administração como
o seu trabalho pode atuar em diversos e variados níveis de uma organização, seja
na área de recursos humanos, financeiro, produção, mercadológica e administração
geral.
Conforme Daft (2005, p. 5), “administração é o alcance de metas
organizacionais de maneira eficaz e eficiente por meio de planejamento, organização,
liderança e controle dos recursos organizacionais”. O mesmo autor (2005, p. 7) ainda
afirma que:
A administração é tão importante porque as organizações são
igualmente muito importantes. Em uma sociedade industrializada,
na qual as tecnologias complexas dominam, as organizações
reúnem conhecimento, pessoas e matérias-primas para realizar
tarefas que um indivíduo sozinho não conseguiria.

A maioria dos homens crê que os interesses fundamentais dos


empregadores e empregados sejam necessariamente antagônicos. Pelo contrário, a
administração tem por seus fundamentos a certeza do qual o verdadeiro interesse de
ambos são um, único e mesmo, em que a prosperidade do empregador não pode
existir por vários anos, se não acompanhada da prosperidade do empregado e vice-
versa, e de que é preciso proporcionar ao trabalhador aquilo desejado, motivação e
um bom ambiente de trabalho, e ao empregador o qual ele realmente almeja o baixo
custo de produção e o lucro. (DAFT, 2005).
30

A principal razão para o estudo da administração é o seu impacto sobre o


desempenho das organizações e é a forma como são administradas que tornam as
empresas capazes de utilizar corretamente seus recursos para atingir os objetivos.
(MAXIMIANO, 2000).
Neste sentido, o mesmo autor (2000, p. 25) refere que “é a função do
profissional de administração tornar isto por instrumento de trabalho e sempre ter em
mente estas colocações”.
Além disso, o autor ainda relata que os processos administrativos são
chamados também de funções administrativas ou funções gerenciais, como
coordenação, direção, comunicação e participação, que contribuem para a realização
dos quatros processos principais (MAXIMIANO, 2000).
Atualmente, a realidade das organizações é diferente das administrações do
passado, pois com o surgimento de várias inovações tecnológicas e com o próprio
desenvolvimento intelectual do homem é necessário mais do que intuição e
percepção das oportunidades. A administração necessita de um amplo conhecimento
e a aplicação correta dos princípios técnicos até agora formulados, a necessidade de
combinar os meios e objetivos com eficiência e eficácia.

2.1.1 Administração como ciência

Em função do crescimento das empresas e consequentemente da


necessidade de um administrador profissional é que surgiu a preocupação de se
estudar a administração de forma científica. Era necessário ter alguém para planejar,
coordenar, dirigir e controlar as pessoas e os recursos materiais utilizados, a fim de
buscar ganhos expressivos de produtividade.
A administração nasceu como corpo independente de conhecimentos na
Europa no século XVIII, durante a Revolução Industrial. As primeiras fábricas
modernas naquela época começaram a colocar em prática diversos conceitos, como
a divisão do trabalho. (MAXIMIANO, 2000).
A administração científica é “um subcampo da perspectiva administrativa
clássica que enfatiza as mudanças cientificamente determinadas nas práticas
31

administrativas como a solução para melhorar a produtividade da mão-de-obra”.


(DAFT, 2005, p. 31).
Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915) via a necessidade premente de
aplicar métodos científicos, para garantir a consecução de seus objetivos de máxima
produção a mínimo custo. (FERREIRA, 1997).
A primeira teoria administrativa foi nomeada Escola da Administração
Científica, oriunda com as novas necessidades industriais na virada do século XIX,
na qual Frederick W. Taylor produziu estudos a respeito de técnicas da
racionalização do trabalho do operário. Suas opiniões preconizavam a prática da
divisão do trabalho. (FERREIRA, 1997).
Para Taylor (1995), era imperativo desenvolver um método de trabalho para
todas as atividades industriais. Foi necessário analisar cada tarefa minuciosamente
e buscar a melhor maneira de executá-la. O método por excelência a ser seguido
pelo trabalhador deveria conter a descrição da tarefa, meios e prazos para
execução.
Observar, calcular, definir, deduzir seguro contra sofismas e erros de lógica,
para projetar situações e estruturar a ação com vistas a objetivos claros e
hierarquizados, isso é a forma científica de saber e trabalhar, assim Taylor procedeu
com sucesso. (MATTOS, 2008)
Embora tenha sido conhecido como o “pai da administração científica”,
Taylor não estava só nessa área. Henry Laurence Gantt (1861 – 1919) desenvolveu
o gráfico de Gantt – um gráfico de barras que mede o trabalho planejado e trabalho
concluído ao longo de cada estágio de produção por tempo decorrido. (DAFT, 2005).
Daft (2005, p. 31), conclui que:
Dois outros importantes pioneiros nessa área foram o casal Frank B. e Lillian
M. Gilbreth. Frank B. Gilbreth (1868-1924) foi pioneiro no estudo de tempos e
movimentos e chegou a muitas de suas técnicas administrativas
independentemente de Taylor. [...] Lillian M. Gilbreth (1878-1972) estava
mais interessada no aspecto humano do trabalho. [...] A destemida “primeira-
dama da administração” [...] foi pioneira no campo da psicologia industrial e
fez contribuições substanciais para a administração dos recursos humanos.

Em essência, os princípios e as técnicas criadas pelo movimento de Taylor,


procuravam aumentar a eficiência dos trabalhadores por meio da racionalização do
trabalho. (MAXIMIANO, 2000). Além dele, Jules Henri Fayol (1841 – 1925), diretor de
grandes minas e usinas siderúrgicas, contribuiu também para o movimento da
32

Administração Científica, formulando a doutrina administrativa que passou a ser


conhecida como fayolrismo.
Essa doutrina atribuiu aos subordinados uma capacidade técnica, que se
exprime nos princípios: conhecer; prever; organizar; comandar; coordenar e controlar.
(GIL, 2007).
Henry Ford (1863 – 1947) foi também um contribuinte da Administração
Científica, o pioneiro da indústria automobilística americana. Ford afirmava que:
Para diminuir os custos, a produção deveria ser em massa, em grande
quantidade e aparelhada com tecnologia capaz de desenvolver ao máximo a
produtividade dos funcionários [...] e o trabalho deveria ser altamente
especializado, realizando cada operário uma única tarefa. E propunha boa
remuneração e jornada de trabalho menor para aumentar a produtividade
dos operários. (GIL, 2007, p. 19).

A escola do pensamento sobre as relações humanas considera que o


controle verdadeiramente eficaz vem de dentro do indivíduo, em vez de ser o controle
restrito e autoritário. (DAFT, 2005).
“O movimento de valorização das relações humanas no trabalho surgiu da
constatação da necessidade de considerar a relevância dos fatores psicológicos e
sociais na produtividade”. (GIL, 2007, p. 19).
As relações humanas compõem um processo de adaptação de indivíduos
numa situação de trabalho, de maneira a fazer com que os trabalhadores colaborem
com a organização e até encontrem satisfação de suas necessidades sociais e
psicológicas. (GIL, 2007).
Elton George Mayo (1880 – 1949) comenta que o desempenho das pessoas
era determinado não apenas pelo método de trabalho, mas também pelo
comportamento. (MAXIMIANO, 2000).
No prisma do mesmo autor, (2000) as organizações são conjuntos sociais
deliberadamente norteados para a realização de objetivos e finalidades, uma
organização em especial pode produzir diferentes produtos e ao mesmo tempo
prestar diferentes serviços.
Um dos principais recursos das organizações é os colaboradores que
realizam suas metas pré-estabelecidas, e por isso precisam ser motivadas no
trabalho para desempenhar suas tarefas com realização e satisfação. Em tempos
atuais, a tarefa da administração é de interpretar os objetivos propostos pela empresa
e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização,
33

direção e controle de todos os esforços realizados na organização, com o intuito de


alcançar tais objetivos de maneira adequada à situação presente. (DAFT, 2005).
Complementando o que os autores citaram sobre o processo evolutivo das
organizações, Sabino (2009) apresenta uma visão geral da evolução dos
procedimentos administrativos que podem ser visualizados no Quadro 2:

Teorias Época Idéias Centrais Visão da Visão do Visão Crítica


aproxi- organiza- homem
mada ção
Mecanicista 1890 a Economias, produção Formal Homem Supervalorização
1925 em série, subordinação Econômico do operário, vi-
funcional. são microscópica
do homem.
Clássica 1890 a Centralização, Formal Homem Excesso de
1925 unidade de comando, Econômico normas,
normas, divisão do centralismo
trabalho, economias. exagerado.
Humanas 1927 Pessoas têm qualidades Informal Homem Social Visão parcial do
que precisam ser esti- problema,
muladas, fatores emo- conclusões
cionais interferem na óbvias.
eficiência do trabalho, o
comportamento humano
é complexo.
Comportamen- 1932 a Os indivíduos Informal Homem Social Parte da ótica
tal 1940 participam, tomam dos proprietários
decisões e resolvem da empresa.
problemas.
Burocrática 1940 Padronização, definir Informal Administrativo Rotina inflexível.
a racionalidade A insensibilidade
burocrática, das pessoas que
administração vem de uma
impessoal, aderência infle-
responsabilidades do xível a procedi-
cargo definidas. mentos e regras.
Estruturalista 1950 A pessoa vive em Formal e Homem Fatalismo. Os
conflito com a Informal Organizacional Homens aprisio-
organização, mas nados pela
precisa adaptar-se a organização.
ela, a organização Provocam o
exerce enérgica influ- conflito, mas
ência no indivíduo. não o resolvem.
Sistêmica 1951 Os sistemas existem Organiza- Funcional Trouxe uma
dentro dos sistemas, ção como fantástica
são abertos, as funções um ampliação na
de um sistema sistema visão dos pro-
dependem de sua blemas organiza-
estrutura. cionais em con-
tra posição à
antiga aborda-
gem do sistema
fechado, mas
ainda carece de
melhor
sistematização
e detalhamento,
34

Teorias Época Idéias Centrais Visão da Visão do Visão Crítica


aproxi- organiza- homem
mada ção
pois a sua
aplicação
prática é ainda
Incipiente.
Administração 1954 Planejamento, Formal e Homem A APO não é
por objetivos formulação Informal Econômico uma
(APO) De políticas e fórmula mágica
Relações com os mas um
Clientes. meio de
desenvolver
um trabalho
ordenado e
consciente para
conhecer, com
razoável
probabilidade,
o resultado
futuro das
decisões.
Desenvolvimen- 1962 Clara percepção do Formal e Administrativo Existe uma
to que está ocorrendo Informal convicção de
organizacional nos ambientes interno que o DO é um
(DO) e externo da rótulo utilizado
organização, para a embala-
análise e decisão gem de desco-
do que precisa bertas e princí-
ser mudado e a pios da teoria
intervenção das relações hu-
necessária manas e da teo-
para provocar mudança, ria comporta-
tomando a organização mental, dentro
mais eficaz. de novas
formulações.
Contingencial 1972 São as características Sistema Complexo Eminentemente
ambientais que Aberto e eclética e
condicionam Sistema interativa, mas
as características Fechado ao mesmo tempo
organizacionais. relativista e si-
Identificação das tuacional. Em
variáveis alguns aspectos
que produzem parece mais uma
maior impacto sobre maneira relativa
a organização, como de encarar o
o ambiente e a mundo do que
tecnologia. propriamente
uma teoria
administrativa.
Quadro 2 – Resumo das teorias da administração.
Fonte: Sabino (2009, p. 32).

O Quadro 2 de resumo das teorias mostra a evolução das Escolas da


Administração desde a Científica de Taylor em que exibe a ênfase nas tarefas,
35

passando pela Clássica de Fayol na qual ele regulamentou a hierarquia e descreveu


as funções básicas do administrador em planejar, organizar, comandar e controlar.
A partir dessas teorias originaram: Humanas; Comportamental; Burocrática;
Estruturalista; Sistêmica; APO; DO; e a Contingencial que veio para associar-se as
demais Escolas e por ser eclética e interativa aglutinando as ideias anteriores para
um novo patamar, considerando que tudo é relativo e que não existe um modelo
absoluto, sempre vai depender das variáveis do ambiente.
E um dos vestígios notáveis das sociedades modernas é o seu cunho
burocrático e limitado, desse modo, Ribeiro (2010, p. 95) afirma que “a burocracia
surge da necessidade de criar um modelo organizacional que considerasse todos os
aspectos organizacionais, fossem humanos ou estruturais”.
Maximillian Weber (1864 – 1920) é considerado o pai da teoria da
burocracia, não como a maioria pejorativamente denomina, mas efetivamente
atender às organizações formais no âmbito da racionalidade e eficiência. (RIBEIRO,
2010). A finalidade real da Escola Burocrática foi beneficiar a administração de um
modo gerencial racional e sistematizado, salientando as características de
formalidade, impessoalidade e profissionalismo.

2.1.2 Funções administrativas

POC3 (Planejar, Organizar, Coordenar, Comandar e Controlar) é uma


importante ferramenta e é por meio dela que o gestor pode exercer sua função de
obter e maximizar seus resultados pela utilização dos recursos disponíveis. Planejar
(definir tarefas); Organizar (munir-se de recursos necessários); Coordenar (inter-
relacionar tarefas); Comandar (instruir as pessoas envolvidas no processo) e
Controle (monitorar e corrigir).
Um conceito usual para organização é “duas ou mais pessoas trabalhando
juntas e de modo estruturado para alcançar um objetivo específico ou um conjunto
de objetivos” (STONER; FREEMAN, 1995, p. 4). Os mesmos autores relatam que as
organizações são importantes elementos à vida civilizada por servirem à sociedade,
permitindo que realizemos coisas que, como indivíduos jamais poderiam fazer tão
bem ou talvez não as fizéssemos de modo algum.
36

Stoner e Freeman (1995) declaram que as organizações não devem ser


confundidas apenas como empresas, uma vez que, ao pensarem nos valores e
necessidades culturalmente aceitas, servem à sociedade, organizando a vida e
transformando o globo em um lugar seguro e ainda agradável de viver.
Nas organizações, a realização das metas é um fator primordial. Dessa
forma, torna-se claro que as pessoas que as administram realizam função essencial,
ou seja, coordenando os esforços de diferentes indivíduos. As organizações nos
permitem alcançar metas que, de outra forma, seriam difíceis ou até mesmo
impossíveis de serem alcançadas.
Cabe ressaltar que Barnard (1979) define que uma organização é um campo
de forças pessoais, composto das atividades dos seres humanos nas quais podem
ser coordenadas. As organizações estão presentes em nosso dia-a-dia e tem um
papel fundamental na nossa vida.
Alguns teóricos em administração identificam funções administrativas
adicionais, como o preenchimento do quadro dos funcionários. Essas funções são
subconjuntos das funções primárias que são: Planejar, Organizar, Liderar e Controlar.
Das quatro funções administrativas elencadas, o planejamento é considerado
item fundamental, sendo que as demais se derivam dele, o planejamento também é
uma função controversa, pois não se consegue ler um futuro incerto tampouco
controlar um ambiente turbulento.
“Planejamento significa a definição de metas para o desempenho
organizacional futuro e a decisão sobre as tarefas e o uso dos recursos necessários
para alcançá-las”. (DAFT, 2005, p. 5). Refere que o propósito do planejamento e do
estabelecimento das metas é de ajudar a organização a alcançar um desempenho
organizacional satisfatório.
A função de organizar segue o planejamento e reflete como a organização
põe em prática seu plano, a organização envolve a atribuição e agrupamentos das
tarefas em departamentos e a concessão de autoridade e alocação de recursos pela
organização. Desta maneira Daft (2005, p. 346) conceitua:
Três habilidades básicas de liderança estão no centro da identificação e da
solução dos problemas envolvendo pessoas: (1) diagnosticar ou ganhar
discernimento na situação que um gerente está tentando influenciar; (2)
adaptar o comportamento individual e os recursos para satisfazer as
necessidades da situação; (3) comunicar de forma que os outros consigam
compreender e aceitar.
37

Para lidar com essa responsabilidade os líderes precisam compreender o


comportamento organizacional, a maneira como os indivíduos e grupos tendem a
agirem nas organizações. “A liderança é recíproca, ocorrendo entre as pessoas. É
uma atividade das pessoas, distintas das atividades com a papelada administrativa
ou da resolução de problemas [...] a liderança é dinâmica e envolve o uso de poder”.
(DAFT, 2005, p. 373).
Daft (2005, p. 476) define “o controle organizacional é o processo sistemático
de regular as atividades organizacionais para torná-las consistentes com as
expectativas estabelecidas nos planos, metas e padrões de desempenho”.
Para os gerentes terem controle de uma organização precisam estar
informados dos padrões de desempenho e compartilhar as informações com os
colaboradores da empresa. Percebe-se por meio das ideias dos autores, que o
sucesso de uma organização depende do esforço coordenado de seus membros e tal
esforço implica na compreensão das características organizacionais, as quais
identificam como estrutura, processo de coleta de informação e mensuração, de
comunicação e tomada de decisões, recursos para a execução, além de processos
de influenciação, conjunto de atitudes e motivações.

2.1.3 Administração na prestação de serviço

Compreende-se como prestação de serviço a realização de trabalho


oferecido ou contratado por terceiros, tanto na comunidade ou empresa, incluindo
consultorias e assessorias. Caracteriza-se pela intangibilidade, inseparabilidade e
não resulta na posse de um bem.
Drucker (2006) relata que as entidades prestadoras de serviços são
essenciais às sociedades modernas e precisam apresentar bom desempenho à
organização e constituem pilares sustentadores também à mesma. Para que a
organização possa dar ênfase a sua atividade fim, ela terceiriza às prestadoras de
serviços as suas atividades meio, sem prejudicar o andamento das atividades e sem
perder a qualidade das suas funções.
De acordo com as ideias de Johnston e Clark (2002, p. 23), “administração
das operações de serviço é uma atividade que diz respeito a que serviço prestamos
38

e como ele é fornecido a nossos clientes”. Com isso estamos suscetíveis a


compreender as necessidades dos clientes, gerenciar os processos do serviço e
simultaneamente devem-se ficar atentos à melhoria contínua dos serviços
prestados.
Apesar disso, Drucker (2006, p. 154) descreve que “a entidade prestadora
de serviços não difere muito da empresa em qualquer área, exceto na sua missão
especifica”. Com essa citação pode-se afirmar que as empresas prestadoras de
serviços e as empresas tradicionais tendem a trabalhar juntas para que obtenham
sucesso e procurem se desenvolver a fim de maximizar seus lucros, aperfeiçoar os
processos e tornar melhor o ambiente de trabalho.
Dentre os aspectos pode-se afirmar que quem presta o serviço deve estar
atento: (1) a gerenciar os processos; (2) a gerenciar a capacidade produtiva; (3)
gerenciar pessoas a todo o momento; (4) gerenciar as diferentes estruturas e (5)
explorar oportunidades e problemas. (JOHNSTON; CLARK, 2002).
A gestão da prestação de serviço está associada ao ponto de entrega ao
cliente, seja fornecendo o trabalho que satisfaça o contratante, mas também existe a
parte de que a prestadora de serviço cumpra o orçamento e gere lucro, tanto para si
própria quanto à empresa que contratou seus serviços.

2.1.4 Padronização

Contemporaneamente, a padronização nas organizações compõe uma das


poderosas ferramentas para o gerenciamento das rotinas do cotidiano. Os benefícios
da padronização são práticos e proporcionam um superior desempenho a cada
processo e, consequentemente, o aumento da produtividade e competitividade
empresarial.
Diante desse fato, Campos (1999, p. 2) conceitua que “a padronização deve
ser vista dentro das empresas, desta mesma forma, como algo que trará melhorias
em qualidade, custo, cumprimento de prazo, segurança, etc.”
39

Na organização objeto de estudo, a padronização é importante para o


desenvolvimento das atividades de desembaraço aduaneiro, contudo, os
colaboradores deverão estar engajados à missão da empresa.
Padronização é o processo sistemático de uma organização para estabelecer
e se utilizar de padrões de trabalho/processo, preservando seu histórico e
documentando os resultados alcançados. No entanto, a maioria dos casos em que se
dá pela obrigatoriedade, definido por normas, projetos, plantas e que devem ser
cumpridas. (CAMPOS, 1999).
Uma ferramenta importantíssima para o gerenciamento dos processos é a
padronização na qual os autores Juran e Gryna (1993) mencionam que sem
padronização não há o devido controle sobre as operações e que ela exerce um
papel importante no desenvolvimento de um país.
E com estas colocações pode-se afirmar que o processo padronizado pode
ser considerado como um método efetivo e organizado de produzir bens e serviços
sem que haja desperdício de tempo e matéria-prima, a fim de maximizar os
resultados da organização, garantindo qualidade naquilo que faz, a meta crucial da
padronização é a garantia da qualidade.

2.1.5 Qualidade

A qualidade é um assunto amplo, com inúmeras literaturas e diversos


trabalhos acadêmicos desenvolvidos, em diferentes níveis de profundidade. Pode ser
vista em todos os níveis das organizações desde o chão de fábrica até o pós venda.
Diante desses fatos, Miguel (2006) relata o desenvolvimento histórico da era
moderna da qualidade e que se divide em quatro situações diferentes, as quais são:
(1) inspeção; (2) controle estatístico da qualidade; (3) qualidade assegurada ou
garantia da qualidade e (4) gestão da qualidade.
Detalhando as ideias de Crosby (1994) descreve que a qualidade é utilizada
no sentido de valor relativo dos fatos, também se pode definir que nada mais é do
que a conformidade com os requisitos propostos. No atual ambiente competitivo, há o
cliente mais exigente em relação à qualidade do produto e serviço.
40

Em resumo, a qualidade passa a ser o principal diferencial não só dos


produtos em si, mas, especialmente dos serviços prestados pelas empresas.
(HARGREAVES; ZUANETTI, 2001). Para o entendimento dessas dimensões,
apresenta-se o Quadro 3 traçando-se a evolução da qualidade como instrução,
desde a inspeção até a gestão da qualidade.

Etapas do movimento da qualidade


Identificação das Inspeção Controle da Qualidade Gerenciamento
Características Qualidade Assegurada da Qualidade
coordenação de
impacto
Preocupação verificação de um controle de um um problema a
estratégico como
básica-visão de problema a ser problema a ser ser resolvido, mas
uma oportunidade
qualidade resolvido resolvido enfrentando
de concorrência
proativamente
toda a cadeia de
uniformidade do as necessidades
uniformidade do produção desde o
Ênfase produto com do mercado e do
produto projeto até
menos inspeção consumidor
vendas
planejamento
instrumentos e
instrumento de programas e estratégico,
Métodos técnicas
medição sistemas estabelecimento
estatísticas
de objetivos
solução de
estabelecimento
Papel dos inspeção, problemas e a mensuração e
de objetivos,
profissionais da classificação e aplicação de planejamento da
educação, e
qualidade avaliação métodos qualidade
treinamento
estatísticos
todos os
todos na
departamentos,
departamento de empresa, com
Responsável departamento de embora a alta
controle da alta gerência
pela qualidade inspeção gerência só se
qualidade exercendo
envolva
intensa liderança
perifericamente
Orientação e “inspeciona” a “controla” a “constrói” a “gerencia” a
abordagem qualidade qualidade qualidade qualidade
Quadro 3 – As principais etapas no desenvolvimento da qualidade.
Fonte: Garvin apud Miguel (2006, p. 40).

O Quadro 3 demonstra cronologicamente desde 1920 no qual os grupos


relacionados à qualidade nas organizações eram integrantes dos departamentos de
“inspeção”. Evoluindo gradativamente até 1968 quando o gerenciamento da
qualidade total passou a ser utilizado pelo ocidente, principalmente na Europa.
Na qualidade existem pontos de vista diferentes de seu significado. Para a
compreensão do que vem a ser qualidade, deve-se recordar que não existe um
conceito incontestável, mas sim, referente a alguma coisa e frequentemente, técnicas
e metodologias se misturam a sua definição. (MIGUEL, 2006).
41

Finalmente, programas de qualidade buscam produzir um ambiente no qual


as pessoas possam crescer e se desenvolver, estender sua capacidade criativa, esse
objetivo concretiza-se na medida em que as necessidades pessoais, de ampliar e
transformar em realidade seus potenciais e que possam ser atingidas,
significativamente, no seu espaço de trabalho, assegurando, dessa forma, a
sobrevivência da organização.
A gestão da qualidade tem sido amplamente utilizada, na atualidade, por
organizações públicas e privadas, de todos os portes, em materiais, produtos,
processos ou serviços. A conscientização e a busca da qualidade e do
reconhecimento da sua importância, tornou a certificação dos sistemas de
gerenciamento da qualidade indispensável uma vez que:
• aumenta a satisfação e a confiança dos clientes internos, externos e
stakeholders;
• aumenta a produtividade por meio da padronização;
• reduz os custos fixos e variáveis;
• melhora a imagem e os processos contínuamente e
• torna o acesso fácil a novos mercados.

Crosby (1994) define que qualidade significa o cumprimento dos padrões e o


fazê-lo bem desde a primeira vez. E uma maneira de assegurar a perpetuação de
uma organização é por meio da qualidade, ou seja, não pode ser entendida que a
mesma não tenha defeitos, mas sim como um recente modo de valores que
conduzem a gestão para o sucesso da organização.

2.2 Organização, sistemas e métodos

Organização, Sistemas e Métodos é uma das atividades administrativas que


são voltadas para a obtenção de uma melhor produtividade dos recursos humanos e
de material, por meio dessa técnica que abrangem os pontos de vista
comportamentais e instrumentais no macro e micro ambiente da empresa.
42

“Para alguns teóricos, qualquer estudo tem de levar em consideração o fato


de que as organizações diferem uma das outras. As pessoas, a tecnologia e as
situações são pano de fundo da organização” (ARAUJO, 2001, p. 19). Com essas
palavras o autor coloca que em diferentes campos de atuação, mesmo em negócios
semelhantes, são diferentes por causa de seu capital intelectual.
Dentro desse panorama de OSM são colocados em xeque a questão dos
clientes e processos de suma importância para sobrevivência das organizações. Os
processos existem para dar rotatividade às operações da empresa e precisam de
total atenção para a sua consecução.
Com isso, Manganote (2001), afirma que os processos utilizam auxílios da
empresa para propor resultados objetivos aos seus clientes. Dessa maneira os
processos são importantes na vivência das organizações.
Do mesmo modo, Cury (2005, p. 122) declara que “OSM é uma das funções
especializadas de Administração e uma das principais responsáveis pela modelagem
da empresa”. Envolvendo e verificando as partes de infra-estrutura compatíveis com
os projetos do empreendimento e complementando com a definição e redefinição de
processos e maneiras sistemáticas de trabalho, sendo absolutamente necessário à
efetividade organizacional (CURY, 2005).
Para que a área de OSM seja efetiva dentro das empresas, é necessário
que seja regulamentada de forma que tenha condições de atuar em todos os níveis
da organização.

2.2.1 Evolução

Um novo paradigma toma forma nos dias atuais em que se caminha para um
novo estilo de empresa, aquela na qual aparenta ser o fim dos empregos como
existia no século XX, a tecnologia que aproxima quem está longe eliminando a
distância e tempo e o aumento progressivo dos níveis de exigência dos clientes.
Com isso a área de OSM está nos dias de hoje se moldando às novas formas
organizacionais e se apresenta com destaque dentro das empresas.
43

Anteriormente, OSM apoiavam seus esforços de obtenção à finalidade de


racionalizar e estruturar, sendo assim iniciava-se a mudança organizacional na
análise estrutural e seu objetivo era a transformação. (ARAUJO, 2001). Dessa forma,
a área de OSM atuava nas empresas, que aplicava importância ao componente
estrutural e mínimo envolvimento aos componentes tecnológicos.
Como afirma D’Ascenção (2007), de 1968 a 1980 foi o auge da profissão de
analista de OSM, pois tinha share de mercado amplo, todavia exercia a atividade de
simplificação das rotinas, tornando as estruturas organizacionais ágeis e também
desenvolvendo a implantação de sistemas de informação em computadores.
É presente em diversos autores a concordância em que se apresenta e
justifica-se a contribuição da área de OSM à gestão das organizações nos dias de
hoje. Mesmo assim, Cury (2005, p. 122) relata que é “indispensável um enfoque da
empresa em seu todo e não em suas partes – considerando que o todo representa
mais do que a soma de suas partes”, isso quer dizer que se espera no futuro um
entendimento da empresa satisfatório, dos seus sistemas, dos ambientes e da inter-
relação entre eles.
A interdependência resultada da especialização da Administração, OSM
derivam da circunstância de que a organização procura estruturar e desenvolver
sistemas para realizar suas atividades com eficiência, com o auxilio da racionalização
de trabalho para alargar a produtividade e reduzir os custos.

2.2.2 O Profissional

Uma questão que deve ser levada em consideração no quesito localização


da estrutura das organizações é que o profissional de OSM deve estar alocado ao
staff da mesma, pois atua em diversos ambientes e se relaciona com os demais
órgãos da empresa. O profissional de OSM impreterivelmente deve conhecer os
avanços tecnológicos ligados ao sistema de informação da empresa, não que ele
tenha que ser um expert em computadores, mas deve estar credenciado a dialogar e
interagir com pessoas e máquinas.
Na percepção de Cury (2005), o profissional de OSM não pode ser
compreendido como aqueles que são subordinados da informática ou os criadores
44

de extravagantes profissões hibridas como aquela pessoa que simplesmente exerce


seu ofício por meio dos formulários.
Ele deve dominar um método próprio de trabalho, aprendida e aprimorada
ao longo da carreira, tendo sensibilidade que permita diagnosticar situações,
identificando problemas e causas, envolvendo os usuários, podendo assim planejar
soluções cabíveis à organização. (CURY, 2005).
A meta desse profissional perante a empresa é:
• Integrar as atividades, dentre as unidades organizacionais por meio de um
inter-relacionamento consistente e padronizado;
• Qualidade na solução de problemas, evitando a aplicação de simples
métodos ou modelos, porém empregá-los e adaptá-los sempre que possível
sem esquecer as peculiaridades das culturas, linguagem e
produtos/mercados e
• Equilibrar os recursos organizacionais, sinergicamente promover as forças em
direção aos objetivos num movimento crescente e constante.

2.2.3 Formulário de levantamento

Formulários podem ser definidos como excelente veículo de transmissão de


informações de uma pessoa para outra. Além disso, Araujo (2001, p. 96) aponta que
formulário “é a materialização do dado, da informação, armazenada ou disseminada,
veiculada por pouco período de tempo ou não”.
Consequentemente, Cury (2005) conceitua o formulário como um
documento padronizado, estruturado de acordo com sua finalidade específica,
podendo ter características e campos apropriados, destinado a receber, reter e
propagar informações, definindo seu fluxo de trabalho do início da atividade até a
conclusão.
Assim, as organizações contemporâneas, necessitam de processos
otimizados como condição indispensável para a sobrevivência e desenvolvimento. E
o levantamento das tarefas executadas no setor de importação da empresa em
estudo se dará por meio do quadro de distribuição do trabalho. Essa é uma técnica
45

especializada utilizada pelo profissional de OSM, com o intuito de avaliar a


distribuição das atividades entre os diversos órgãos e nesse aspecto, demonstrar as
atividades individuais dos colaboradores.
Desta forma, Cury (2005, p. 403) comenta que
O QDT é o instrumento utilizado como objetivo de se analisar as diversas
atividades atribuídas a cada uma das unidades orgânicas existentes numa
dada empresa, por meio do diagnóstico das tarefas executadas por seus
empregados, visando aferir a carga de trabalho e a nacionalidade de sua
distribuição.

Com isso, a Hansa Logística Global Ltda. por intermédio de seu


Coordenador, colaboradores, acadêmicos e mediante pesquisa bibliográfica criaram
o quadro de distribuição do trabalho para o setor de importação, como pode ser mais
bem visualizado no Apêndice A. Ficam explícitas as atividades pertinentes ao
despacho aduaneiro de importação. Desde o início de uma declaração até o fim do
processo, ou seja, desembaraçado.

2.2.4 Manualização

A manualização é o primeiro passo para atingir a padronização de seus


serviços. A elaboração de manuais técnicos de procedimentos operacionais padrão,
mais conhecidos como POP, têm por finalidade padronizar um processo de
produção, fazendo com que os colaboradores que executam as tarefas o façam de
maneira uniforme.
Detalhando as ideias de Cury (2005), assegura-se que manuais são
documentos preparados na empresa com o intuito de padronizar os procedimentos
que merecem atenção e são observados nas diversas áreas de atuação, tornando-se
excelente aparato de racionalização de métodos e de aperfeiçoamento, integrando
diversos subsistemas organizacionais.
Além disso, Araujo (2001) aponta que a finalidade da manualização é permitir
que o agrupamento de informações dispostas de forma sistematizada, criteriosa e
segmentada atue como meio facilitador do desempenho de uma organização.
Atualmente os manuais podem ser vistos eletronicamente, dado ao nível de
tecnologia da informação que se tem nas empresas. Conforme a colocação de
46

D’Ascenção (2007) que conceitua o manual como um conjunto ou coleção


sistemática de regras, premissas, políticas, metas que determinam para todos os
colaboradores da empresa: (1) o que deve ser feito; (2) como; (3) onde; (4) quando;
(5) quem deve fazer e (6) por que é feito.
As vantagens para a implantação de um manual são inúmeras, pois auxilia
nos critérios e padrões adotados pela organização, permite uniformização dos
processos, poderá ser consultado a qualquer momento, aumenta a eficiência e a
eficácia, melhora o gerenciamento, inibe a improvisação, evita conflitos entre pares e
representa a evolução detalhada dos processos dentro da organização.
(D’ASCENÇÃO, 2007).
“O manual vale como instrumento de permanente consulta, sem ser o único
no qual os executivos e executantes devem pautar seu trabalho. Por isso, deve ser
bem elaborado, claro, lógico, sem ser limitador da criatividade humana”. (ARAUJO,
2001, p. 108). Para dar rapidez ao funcionamento das atividades é importante que os
usuários do manual sempre o tenham disponível e acessível (fisicamente ou on-line)
para verificações das rotinas de trabalho a serem executadas.
Para a execução desse estudo, trabalhou-se a forma de manual de
procedimentos que tem “como objetivo descrever as atividades que interessam aos
diversos órgãos da empresa e explicitar como elas devem ser desenvolvidas”.
(CURY, 2005, p. 430). E para Araujo (2001) relata que a descrição desse manual na
ordem, objetivo do mesmo, classificar os assuntos pertinentes, preparo e emissão de
regras, padrões para redação de comunicações normativas e modificações das
normas, se necessário.
Há algumas interrogações que deve haver reflexões e ser manifestadas por
coordenadores em todas as organizações: (1) Como manualizar? (2) Como escrever
e ajudar o novo funcionário no exercício de seu cargo? (3) De que modo cooperar na
redação de um manual a ser útil ao público-usuário? Pois é aqui que a técnica de
elaboração torna-se importante. (ARAUJO, 2001).
Um manual não pode ser desenvolvido apenas para as pessoas que não
sabem do processo ou que estão iniciando suas atividades e vêem tudo como novo,
pois, os colaboradores que estão na empresa há mais tempo e trabalham
mecanicamente imaginando que estão fazendo todos os seus procedimentos dentro
dos padrões, tem chance de fazer o processo errado tanto quanto os demais
colaboradores.
47

No manual devem conter as informações consideradas obvias e as


complexas porque ele é um importante instrumento de trabalho e deve ser levado a
sério por todos os níveis da organização. Portanto, na preparação e organização de
um manual os responsáveis por sua elaboração e utilização têm que ter em mente
que a finalidade é a eficiência do funcionamento da organização.

2.2.4.1 Elaboração do manual

Um manual existe para que sejam colocados em detalhes todos os


procedimentos a serem executados pela pessoa que o lê, isto é, de forma clara e
objetiva. São explanadas ao leitor os determinados processos e atividades que
devem ser feitas por ele para a realização de uma tarefa.
Para Cury (2005), o manual pode ter conteúdo diverso de uma empresa para
outra, embora alguns pontos possam ser comuns. O Manual de Organização do
Management Center do Brasil, define que seja qual for seu campo de abrangência,
deve ter a seguinte composição gráfica, de um modo geral:
• ter um formato cômodo, que facilite seu manuseio e sua guarda (de
preferência o tamanho A-4 = 297 x 210 mm), ainda podendo ser digitalizado e
disponibilizado pelo software PDF – Portable document format (Formato de
documento portátil);
• montar o volume da obra impressa que deve ser separado por uma
pessoa qualificada, com as folhas soltas, facilitando sua consulta e alteração das
folhas atualizadas;
• aplicar linguagem simples, direta, o mais exato e coerente possível,
correspondente ao nível dos profissionais a que se destinam;
• incluir índice geral e guias de cartolina, com os títulos do assunto para
melhor situar-se e
• estudar criteriosamente a quem se determina de antemão o manual,
para que não gere desperdício à empresa.
Um manual bem preparado permite aos seus usuários de qualquer órgão,
sendo público ou privado, podendo ficar cientes com clareza de suas
responsabilidades e quais as suas formas de relacionamentos com os demais
48

envolvidos, evitando conflitos nos processos, tornando a tomada de decisão eficaz e


instituindo um instrumento de controle eficiente da empresa.
Do mesmo modo, D’Ascenção (2007) relata que os manuais devem
responder às perguntas: (1) O que deve ser feito; (2) Como deve ser feito; (3)
Quando deve ser feito; (4) Onde deve ser feito; (5) Quem deve fazer; (6) Por que
deve ser feito?
Para sua criação deve ser feito um roteiro na qual serão definidos os
processos e seus objetivos. Tem que haver um conhecimento amplo do ramo da
empresa, entrevistar a liderança, verificar a infra-estrutura da empresa, toda parte
documental (constituição, estrutura organizacional, demonstrativos e relatórios),
mapear preliminarmente os processos-fins e meios da organização. (D’ASCENÇÃO,
2007).
A técnica de manualização auxilia no progresso da organização, uma
ferramenta de constante consulta e um rico depósito das experiências acumuladas,
subsidiando o treinamento dos colaboradores novos e dando suporte como
instrumento de controle. Por fim, para a implantação do manual, além de todo o
detalhamento mencionado, deve-se fazer um treinamento com a equipe, visando
reduzir a ineficiência e buscando um aumento na capacidade da organização em
enfrentar as dificuldades e problemas demandados de toda a natureza.

2.2.4.2 Fluxograma

O fluxograma ou flow-chart em inglês ou ainda carta de fluxo de processo


trata-se de uma representação de uma sequência de trabalho podendo ser sintética,
na qual as operações e seus respectivos operadores e departamentos envolvidos
são visualizados no processo mapeado.
Buscando uma definição mais recente, descreve-se que D’Ascenção (2007,
p. 109) coloca que “todo e qualquer processo, tanto administrativo quanto
operacional, tem um fluxo das operações de entrada, processamento e saída”, de
forma geral o fluxograma se apresenta a estabelecer passo a passo, ação por ação
de tudo o que pode acontecer em um procedimento organizacional.
49

Com a visão de Manganote (2001), a utilização dos fluxogramas é


considerada uma ferramenta fundamental para o discernimento do funcionamento
interno e dos relacionamentos entre as técnicas organizacionais. A aplicação do
fluxograma pode permitir ao profissional verificar como funcionam de fato todas as
partes do processo. O entendimento fica simples com essa técnica, torna fácil a
posição exata das deficiências e pode ser aplicado a qualquer sistema.
Basicamente existem dois tipos de fluxogramas, vertical e horizontal. Nesse
trabalho será utilizado o vertical que “é o mais utilizado para identificar as rotinas
existentes num setor de trabalho qualquer”. (CURY, 2005, p. 344).
E os objetivos do fluxograma para Miller (apud ARAUJO, 2001) são:
• Estabelecer a utilidade das etapas do processo;
• Confirmar as vantagens em alterar a sucessão das operações;
• Buscar proporcionar as operações (passos) às pessoas que as executam e
• Identificar se é preciso treinamento para o trabalho específico dos processos.
E para uma melhor visualização da simbologia do fluxograma, o Quadro 4
com os respectivos símbolos utilizados no fluxo de importação ao despacho
aduaneiro no modal marítimo.

SIMBOLO DESCRIÇÃO

Inicia ou termina uma rotina ou um processo, podendo ser colocado dentro da


figura sua identificação: início ou término.

Estabelece qualquer processamento efetivado em um fluxo de trabalho, não


podendo ser traduzido por símbolo próprio.

Identifica o documento que entra no fluxo, alocando nome ou sigla no seu interior
e sua representação deve afirmar o número de vias graficamente.

Declara uma decisão, levando ao desdobramento do fluxo, segundo as


alternativas verificadas, exemplo: sim ou não.

Aponta que o fluxo está em parada temporária, ou seja, aguardando alguma


providência para continuar. Informando no centro a pendência.

Mostra que o fluxo está em conferência ou em inspeção de trabalho.

Indica uma operação manual dentro do fluxo de trabalho.

Partindo do símbolo do documento para a linha do fluxo, acréscimo de uma ou


mais operações.
50

SIMBOLO DESCRIÇÃO

Mostra o arquivamento no fluxo de trabalho, definitivamente, podendo em seu


interior descrever tal arquivamento.

Operação manual, sem intervenções de dispositivos eletromecânicos.

Teclado em linha, as informações podem ser recebidas ou enviadas pelo


computador.

Conector de página, ou seja, é utilizado para transferir para outra página o fluxo,
devendo expor a folha de destino.

Acesso arbitrário de disco ou de tambor que são os dados armazenados.

Relação, relatório, listagem e se for necessário indicar o número de vias no


processo.

Fita magnética

Quadro 4 – Simbologia geral para representação do fluxograma.


Fonte: Cury (2005) e Araujo (2001).

Com a pormenorização do Quadro 4, o profissional responsável pelo


fluxograma tem nas mãos todas as partes esmiuçadas de um procedimento e
poderá tomar decisões em relação a um processo, seja reparando ou melhorando os
mesmos.

2.3 Globalização

A globalização é o processo de integração global que induz ao crescimento


da interdependência entre as nações, na ordem política e econômica mundial. Pela
revolução das tecnologias de informação, esse processo de globalização ultrapassa
limites da economia e começa a provocar a homogeneização cultural entre países.
Compete ressaltar que “o acirramento da concorrência força as empresas a
desenvolver estratégias para projetar produtos e serviços para mercados
internacionais e a maximizar seus recursos ao produzi-los”. (LARA; COELHO, 2002,
p. 1).
51

Barbosa (2003) relata que a globalização tem a característica da expansão


dos fluxos de informações que alcançam todas as nações, afetando empresas,
indivíduos e movimentos sociais pela aceleração das transações econômicas
rodeadas por meio de mercadorias, capitais e aplicações financeiras, que
extrapolam as fronteiras e pela elevação da dispersão de valores políticos e morais
em escala mundial.
Neste contexto Baumann (2004) comenta sobre a globalização financeira na
qual podem ser compreendidas como a interação de tres técnicas distintas ao longo
dos últimos vinte anos: (1) difusão dos fluxos financeiros internacionais; (2) o
acirramento da concorrência mundial de capitais e (3) a integração entre os sistemas
financeiros do país. Outra contribuição relevante é a de Torres (2000, p. 22) que fala
sobre “o fenômeno da Globalização caracteriza-se pela redução da capacidade de
intervenção e regulação da economia dos Estados Nacionais”.
Por fim, a globalização presente em nosso cotidiano, nos mercados, na
produção de bens e serviços, na economia mundial, nas atividades empresariais e
em todos os setores, contribui para que ações e reações locais impliquem
internacionalmente.

2.3.1 Comércio exterior

A necessidade de maior integração à economia globalizada e a oportunidade


de realizar novos negócios, vem transformando o Comércio Exterior em atividade de
importância relevante para a economia dos países. As trocas comerciais entre as
nações envolvem interesses que afetam diretamente as economias nacionais, tal
atividade estabelece regras para o intercâmbio de bens e serviços.
Compete ressaltar Magnoli e Serapião JR (2006, p. 2) que descreve “o
Comércio Exterior redistribui renda dentro de cada economia nacional e produz,
portanto, vencedores e perdedores”. Por meio dessa definição pode perceber que o
Comércio Exterior juntamente com outras áreas tem papel fundamental para um país,
pois define regras e normas nas transações para que as empresas possam efetuar
negociações tornando-as globalizadas.
52

Nesse sentido, Maluf (2003) define Comércio Exterior como o relacionamento


de comércio entre dois países ou blocos, nas quais as normatizações com que cada
país administra seu comércio com os demais, regulando as formas, métodos e
deliberações para viabilizar tais transações. Com isso, Marinho e Pires (2002)
conceitua que se trata da relação comercial de um determinado país com os demais,
essa relação é manifestada em termos, regras e normas nacionais, refletindo,
portanto, as prioridades, exigências e limitações do país em referência.
Soares (2004, p. 13) conceitua Comércio Exterior como
Operação de compra e venda internacional como aquela em que dois ou
mais agentes econômicos sediados e/ou residentes em países diferentes
negociam uma mercadoria que sofrerá um transporte internacional e cujo
resultado financeiro sofrerá uma operação de câmbio.

Contudo, Ludovico (2002, p. 1) comenta que “as negociações globais


representam um percentual cada vez maior das atividades mercadológicas no mundo
empresarial e das atividades dos indivíduos” [...] atualmente as organizações
estreitam suas fronteiras por meio do Comércio Exterior, as pequenas e médias
empresas exportam para a Ásia, Europa, etc., e também importam matéria-prima e
novas tecnologias para seu parque de produção.
Tudo isso vem ocorrendo pelo avanço dessa área que cresceu
vertiginosamente após a II Guerra Mundial e hoje alcança níveis de excelência em
suas operações. Países pobres e ricos lutam para obter no Comércio Exterior,
recursos que favoreçam o incremento de suas importações de bens de capital,
produtos intermediários, serviços e bens de consumo indispensáveis ao progresso
social e a elevação dos padrões de vida da sua população. Que é o caso do Brasil,
um país em franco desenvolvimento que depende para a manutenção da sua
economia devidamente aquecida, de importações e de inúmeras matérias-primas,
diversas máquinas, equipamentos industriais e de tecnologias sofisticadas.
No Comércio Exterior existem órgãos anuentes que, em razão da
especialidade do produto emitem um parecer técnico do mesmo. Cada órgão
anuente é responsável, dentro de sua área de atuação, por atestar o cumprimento
das exigibilidades nacionais em relação ao produto de sua área de competência.
Há também os órgãos gestores que, irão efetuar o controle e garantir a
operatividade do Comércio Exterior com base nas definições normativas. São eles:
53

• Secretaria da Receita Federal é um órgão do Ministério da Fazenda


responsável pela entrada e saída de mercadorias do país. Que responde pelo
desembaraço aduaneiro das mercadorias, também regulamenta, supervisiona
a atividade de administração tributária federal, arrecada os tributos, impostos e
estabelece medidas preventivas de combate ao contrabando e descaminho.
Sua atuação é por meio da aduana.
• Banco Central do Brasil, também relacionado ao Ministério da Fazenda é
responsável pelo controle cambial brasileiro, controla o funcionamento do
sistema de movimentação da moeda estrangeira, por conseguinte, executa as
normas e determinações do Conselho Monetário Nacional.
• SECEX/DECEX – Secretaria de Comércio Exterior / Departamento de
Operações de Comércio Exterior, são órgãos do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que conduzem as atividades
inerentes ao Comércio Exterior como: emitir a licença de importação;
exportação; e decidir sobre normas, critérios e sistemas de classificação
comercial dos produtos objetos do Comércio Exterior.
O governo federal para facilitar o desembaraço aduaneiro determinou o
desenvolvimento de um sistema de informações que integrasse as atividades dos
principais órgãos públicos envolvidos com o Comércio Exterior, a modo de
uniformizar o tratamento dado ao fluxo de informações nas importações, com isso foi
instituído o SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior).
O SISCOMEX foi criado justamente para suprir a fragilidade administrativa.
Os controles passaram a ser efetuados de maneira eletrônica, e o sistema
passou a figurar como uma base única de dados fornecendo com maior
segurança informações sobre o comércio exterior brasileiro. (HARTUNG,
2002, p. 42).

Por fim, o Comércio Exterior é um dos motores essenciais para que o


progresso e o ambiente sejam economicamente favoráveis, tem como conceito um
complexo de atividades suscetíveis a promover a saída de bens e serviços do país
denominado exportação e o ingresso de bens e serviços em nosso país chamado de
importação.
54

2.3.2 Importação

A importação consiste no ato de trazer, portar ou introduzir em um país


mercadorias ou produtos adquiridos em outros países, ocorrendo uma transposição
de fronteiras. Importação, conforme conceito de Maluf (2003, p. 31) “é a entrada de
mercadorias provenientes do exterior, em um país. E […] resulta quase sempre, na
saída de divisas.”
Consequentemente, Peria (1990), relata que importar baseia-se na compra
de produtos do exterior e na entrada de mercadorias no país, provenientes de outro
país. Atualmente os países não conseguem se desenvolver isoladamente, ou seja,
dependem um do outro, sendo que um país não consegue se especializar em todas
as áreas que necessita.
Ainda, cabe destacar as idéias de Peria (1990) pode-se, então, concluir que
dentre as inúmeras finalidades do processo de importação de um país, dois se
destacam entre os demais:
• suprir as necessidades internas, com mercadorias em que não é
auto-suficiente e
• proporcionar um intercâmbio com os demais países.

No Brasil, para que ocorra a compra de produtos no exterior e a entrada


desses no país, devem ser cumpridos certos procedimentos comerciais, cambiais e
fiscais. Dessa forma, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC, 2010), discorre que a importação compreende a compra de produtos no
exterior observadas as normas comerciais, cambiais e fiscais vigentes. O processo
de importação se divide em três fases: administrativa, fiscal e cambial.
A administrativa está ligada aos procedimentos necessários para efetuar a
importação que variam de acordo com o tipo de operação e mercadoria. A fiscal
compreende o despacho aduaneiro que se completa com os pagamentos dos
tributos e retirada física da mercadoria da Alfândega. Já a cambial está voltada para
a transferência de moeda estrangeira por meio de um banco autorizado a operar em
câmbio.
55

O governo brasileiro desempenha um papel fiscalizador sobre as


importações, que consiste em preservar o mercado interno de forma moderada com
aplicação ou isenção de tributos. Maluf (2003) afirma que o governo, com base na
sua competência para instituir e cobrar impostos, discriminada na Constituição
Federal, tanto para regulamentar as operações do Comércio Exterior, valendo-se de
vários mecanismos para instrumentar estas competências, tais como:
• as Leis;
• as Medidas Provisórias;
• os Decretos;
• as Resoluções;
• as Portarias;
• as Instruções Normativas e outros.

A importação possui dois tipos: direta e indireta, em que a direta é feita pelo
importador diretamente com o fabricante da mercadoria, podendo haver algum
intermediário, porém o exportador não deixará de ser o fabricante. Na indireta o
importador compra a mercadoria de outro que não é o fabricante, em que a
operação da exportação, embarque e documentos ficam por conta deste terceiro
sem envolvimento do fabricante. (KEEDI, 2008). O autor ainda explica que a
importação pode acontecer das duas maneiras, definitiva e temporária.
A importação pode ocorrer da forma própria em que o importador adquire a
mercadoria sem a participação de um terceiro no processo de importação, ou seja, o
próprio importador é o comprador e dono da mercadoria. Existe também a
importação terceirizada, ou seja, o comprador da mercadoria contrata uma empresa
especializada e reconhecida legalmente para proceder na importação como
importador, apesar disso não isentar o comprador da operação. (RECEITA
FEDERAL DO BRASIL, 2010).
As principais finalidades do processo de importação brasileira são prevenir a
evasão de divisas, possibilitar a correta cobrança de tributos, favorecer o controle da
evolução da dívida externa e ainda buscar do exterior tecnologia não produzida
internamente.
56

2.3.3 Modal marítimo

O modal marítimo é a atividade que se limita à movimentação de cargas


entre diferentes portos e regiões do mundo, utiliza navios de diferentes tipos e
dimensões. Este tipo de transporte é utilizado como um dos elos de ligação das
cadeias multimodais e a sua vantagem principal é o baixo custo do frete e a larga
capacidade de carga.
Além disso, Werneck (2010) divide o modal marítimo em: (1) cabotagem,
quando a viagem é realizada entre portos localizados em um mesmo país; e (2) de
longo curso, quando o transporte for realizado entre portos de países distintos.
As navegações do modal marítimo acontecem nos mares e oceanos. Os
veículos utilizados são os navios, barcos, barcaças, entre outras embarcações, de
diversos tamanhos, tipos e finalidades, com capacidade de carregarem expressivas
quantidades e toneladas. (KEEDI, 2008).
“O navio é um veículo adequado para mercadorias de baixo e médio valor
agregado, podendo transportar mercadorias comuns, perecíveis e perigosas” (DIAS;
RODRIGUES, 2004, p. 257).
Cabe destacar que, Keedi (2008), comenta que os navios dividem-se em:
• Navios de carga geral: possuem porões (holds) e pisos ou coberturas (decks)
e podem comportar diferentes quantidades de carga. Existem os navios para
carga seca como máquina, equipamentos, e para carga com controle de
temperatura (reefer), por exemplo, carnes, laticínios, frutas, etc.
• Navios especializados: são definidos pelo tipo de carga: graneleiros sólidos
(bulk carrier) como, por exemplo, os produtos agrícolas e graneis; tanques
(tanker) apropriados para mercadorias líquidas (petróleo, sucos, produtos
químicos); gaseiros adequados para transporte de gás; roll-on roll-off, para
cargas rolantes (automóveis, ônibus) e porta-containers (full container ship)
especializado no carregamento de container.
• Navios multipropósitos: transportam cargas de mais de um tipo de navio, por
exemplo, container e veículos.
O valor do frete marítimo é o montante cobrado pelo transporte, mas há
também outras despesas que não compõem o valor do frete que devem ser
57

consideradas, pois se formam os custos portuários, como a capatazia (THC), taxas


cobradas pela arrumação da carga no navio, utilização das instalações portuárias,
entre outras. (DIAS; RODRIGUES, 2004).
Efetivamente a necessidade de transportar por via marítima deriva do
comércio de mercadorias, devido a essa necessidade, as empresas organizam de
acordo com: (1) tipos de cargas; (2) volumes de cargas a transportar; (3) forma de
distribuição por parcelas a transportar; (4) local de recebimento e também entrega e
(5) tempo utilizado no trânsito entre dois pontos.

2.4 Despacho aduaneiro

O despacho aduaneiro é um procedimento fiscal pelo qual toda mercadoria


proveniente ou destinada ao exterior deve ser submetida para que o exportador
receba a permissão definitiva para enviar sua mercadoria e o importador obtenha a
autorização para receber suas mercadorias importadas.
Tem por finalidade a verificação da precisão dos dados declarados pelo
importador ou exportador em relação à mercadoria importada ou exportada, já que é
com base nessa declaração que serão calculados os impostos porventura devidos.
Sosa (1995) relaciona que duas são as correntes de entendimento para o
despacho aduaneiro, uma diz que a entrada se dá no momento da transposição da
fronteira, situação a partir da qual o imposto seria instantaneamente gerado e a
outra corrente informa que este ingresso não é a simples transposição de fronteiras
e sim um procedimento de caráter administrativo-tributário.
O Decreto nº 5.759, de 05 de fevereiro de 2009, regulamenta o
procedimento de despacho aduaneiro, estabelecendo quais os documentos
necessários para seu processamento, seus prazos e formas. Ambas as modalidades
de despacho aduaneiro, quer seja o despacho aduaneiro de exportação quer seja o
de importação está previsto e regulado pelo referido decreto.
58

2.4.1 Despachantes aduaneiros

Despachante Aduaneiro é o profissional devidamente habilitado para, em


nome do importador, efetuar o despacho aduaneiro, que consiste em verificar a
precisão dos dados declarados pelo importador ou exportador com relação à
mercadoria importada ou exportada, já que é com base nessa declaração que será
calculado os impostos devidos.
Interessante, também, é o fato de se poder constatar que (Lara; Coelho,
2002) definem os operadores logísticos de comércio exterior como comissárias de
despachos aduaneiros, consistindo suas funções em prestar total atenção aos
importadores e exportadores nos procedimentos relacionados à liberação
alfandegária das mercadorias, habilitação perante os órgãos intervenientes,
obtenção de licenciamento, classificação fiscal da carga, declarações fiscais,
conferência aduaneira, os pagamentos devidos de tributos, dentre outros.
Consequentemente, Martins (2005, p. 380) relata que “é um profissional
responsável pela realização dos trâmites necessários ao desembaraço aduaneiro de
mercadorias importadas ou a exportar, nas áreas alfandegadas”.
O despacho aduaneiro poderá ser efetuado pelo próprio importador
(empresa importadora), por meio de seus diretores, gerentes, e/ou empregados
devidamente registrados no REI (Registro de Exportadores e Importadores) e
cadastrados no sistema RADAR ou ainda pelo despachante aduaneiro.
O Decreto-Lei nº 366, de 19 de dezembro de 1968, tornou facultativa a
intervenção de despachante aduaneiro no desembaraço e despacho de exportação
e importação de mercadorias e em toda e qualquer outra operação do Comércio
Exterior.

2.4.2 Início do despacho aduaneiro de importação

O ato que determina o início do despacho aduaneiro de importação é o


registro da Declaração de Importação no SISCOMEX. No momento desse registro é
59

que ocorre o pagamento de todos os tributos federais devidos, inclusive o imposto


de importação.
Também ocorre o pagamento dos demais valores exigidos em decorrência
da aplicação de direitos antidumping, compensatórios ou de salvaguarda.
Entretanto, o início do despacho aduaneiro de importação somente ocorrerá após a
mercadoria chegar à Unidade da Receita Federal na qual o importador for submetê-
la ao desembaraço (URF de Despacho), no caso de ser diferente da unidade de
entrada da mercadoria no território aduaneiro nacional.
Além disso, Sosa (1995, p. 127) afirma que “toda e qualquer entrada de
mercadoria estrangeira no País, independentemente da finalidade do ingresso, da
natureza do produto, da qualidade do importador etc”. [...] deve obedecer aos
mesmos trâmites e compartilhe os mesmos comandos administrativo-aduaneiros,
desde a chegada do veículo que transporta até o depósito da carga.
O despacho aduaneiro possui diversas modalidades, uma delas é a de
importação. Em termos conceituais é o procedimento fiscal no qual é verificada a
exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada,
aos documentos apresentados e à legislação vigente. Tudo isso, com o escopo de
efetuar seu desembaraço aduaneiro, ou seja, a autorização da entrega da
mercadoria ao importador.
Esse procedimento é regulamentado pelo Decreto nº 6.759, de 05 de
fevereiro 2009 e disciplinado pela Instrução Normativa SRF 680, de 02 de outubro
2006 (ANEXO A). Tal Instrução Normativa, em seu artigo 2º, atribui uma
classificação ao despacho aduaneiro de importação, dispondo que ele compreende
o despacho para consumo e despacho para admissão.
O despacho para consumo ocorre quando as mercadorias ingressadas
forem destinadas ao uso, pelo aparelho produtivo nacional, como insumos, matérias-
primas, bens de produção e produtos intermediários, bem como quando forem
destinadas à comercialização e à revenda. O despacho para consumo visa,
portanto, á nacionalização da mercadoria importada.
Por fim, o despacho para admissão tem por finalidade o ingresso, em caráter
temporário, de mercadorias, produtos ou bens provenientes do exterior, devendo
estes permanecer no território aduaneiro por prazo certo e conforme a finalidade a
que seria originalmente destinada.
60

2.4.3 Declaração de importação

O despacho aduaneiro de importação tem por base a declaração formulada


pelo importador ou por seu representante legal. Nessa, deverá constar as
informações gerais, tais como: (1) a identificação do importador; (2) o meio de
transporte usado; (3) o número identificador da carga; (4) a forma de seu pagamento
e (5) as Informações Específicas (Adição).
Ou seja, qual é o seu fornecedor, o seu valor aduaneiro, os tributos devidos,
o câmbio usado, dentre outras informações constantes do Anexo Único da IN SRF
nº 680 de 02 de outubro 2006 (ANEXO A), de modo a possibilitar que a autoridade
aduaneira conheça todos os detalhes sobre aquela operação de importação.
Deste modo, Sosa (1995, p. 137) conceitua declaração de importação
[...] documento complexo através do qual o interessado coloca a Alfândega
ao par de sua transação internacional, declinando o país de aquisição, o
exportador, o volume adquirido, a qualidade da mercadoria, o valor pago ou
a pagar pela mesma e qual moeda de transação, além de informar qual
veículo transportador, o porto de descarga e um sem número de outras
informações de caráter tributário e estatístico, dentre as quais a
classificação fiscal, a alíquota e o imposto devido e recolhido.

A declaração de importação é formulada no Sistema Integrado de Comércio


Exterior – SISCOMEX, um software usado em todo o território nacional que integra
as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio
exterior, com fluxo único, computadorizado, de informações.
Inicialmente, são preenchidas, na declaração de importação, as informações
gerais acerca da carga importada. Logo após, são preenchidas as informações
específicas (adição), que individualizarão as mercadorias constantes da carga
importada.
Ocorrendo a necessidade de alguma correção ou aditamento na Declaração
de Importação, essa deverá ser feita diretamente no SISCOMEX pelo próprio
importador (ou seu representante legal). No caso de já ter havido o desembaraço da
mercadoria, a retificação deverá ser solicitada à autoridade aduaneira.
Elaborada a Declaração de Importação, poderá o importador transmiti-la
para o computador central do SISCOMEX para simples análise ou registro,
observando-se que neste ultimo caso, registrada a DI no sistema,
considerar-se-á iniciado o processo de despacho aduaneiro. (BIZELLI;
BARBOSA, 1997, p. 129).
61

Uma vez preenchidas todas as informações enumeradas configura-se


completa a declaração de importação, possibilitando, desse modo, o início do
procedimento do despacho aduaneiro. Para ratificar estas informações, o Anexo E
serve de exemplo de uma declaração de importação em caráter meramente
ilustrativo.

2.4.4 Documentos que instruem a declaração de importação

Conforme IN 680, de 02 de outubro de 2006 (ANEXO A) em seu Art. 18, e


fundamentada no Art. 553 do RA (Regulamento Aduaneiro) a Declaração de
Importação será instruída com os seguintes documentos:
• a via original da fatura comercial, assinada pelo exportador (ANEXO B);
• a via original do packing list (romaneio de carga, ANEXO C);
• a via original do B/L conhecimento de carga ou documento de efeito
equivalente (ANEXO D);
• o comprovante de pagamento dos tributos, se exigível; e
• outros documentos exigidos em decorrência de acordos internacionais ou por
força de lei, de regulamento ou de outro ato normativo.

2.4.5 Fatura comercial

A fatura comercial é essencial para efetuar o despacho aduaneiro, é emitida


pelo exportador em formulário próprio da empresa e deve ser transcrita no idioma do
importador ou em inglês, não podendo conter erros, emendas ou rasuras.
“A fatura comercial é o documento hábil para o desembaraço da mercadoria
no país destino”. (MALUF, 2003, p. 145). No Art. 557 do RA decreto 6.759/2009, a
fatura comercial deverá conter as seguintes indicações: (1) dados do exportador e
importador; (2) especificações das mercadorias, quantidade e espécies dos
volumes, peso líquido e bruto, preço único e (3) total de cada espécie de
62

mercadoria, condições de pagamento, moeda e país de origem. A fatura comercial


está regulamentada nos Art. 557 a 562 do RA.
Art. 562 do RA, à Secretaria da Receita Federal poderá dispor, em relação à
fatura comercial, sobre:
• casos de não-exigência;
• casos de dispensa de sua apresentação para fins de desembaraço aduaneiro,
hipótese em que deverá o importador conservar o documento em seu poder,
pelo prazo decadencial, à disposição da fiscalização aduaneira;
• quantidade de via em que deverá ser emitida e sua destinação e
• outros elementos a serem indicados, além dos descritos no Art. 557.

A Pró-Forma antecede a Fatura Comercial, que é o primeiro documento


representativo do negócio realizado após o contrato de compra e venda, serve para
o importador providenciar os trâmites de licenciamento de importação em seu país.
É bastante utilizado no mundo internacional dos negócios, mas não há um modelo
para a mesma, ela agrega informações das exigências de país para país.
E para justificar essas informações, o (ANEXO B) serve de exemplo de uma
fatura comercial em caráter meramente ilustrativo.

2.4.6 Packing list (romaneio de carga)

Packing List – Romaneio de Carga descreve individualmente os volumes das


embalagens de transporte, indicando seus respectivos conteúdos, pesos líquidos e
brutos, dimensões e numerações dos volumes em ordem sequencial. Este não é um
simples documento contábil e tem a finalidade de auxiliar nos serviços de
movimentação de carga, identificação das mercadorias pela alfândega e na
conferência por parte do importador. (MALUF, 2003).
Deve ser emitido pelo exportador e é necessário para o desembaraço da
mercadoria e para orientação do importador quando da chegada dos produtos no
país destino e com essas afirmações entende-se que facilita a localização de
63

determinada mercadoria no momento de sua vistoria pelas autoridades aduaneiras


de ambos os países.
Para confirmar essas informações, o Anexo C serve de exemplo de um
packing list em caráter meramente ilustrativo.

2.4.7 Conhecimento de carga marítimo (B/L)

Conhecimento de carga marítimo (B/L) é um título de crédito representado


do objeto entregue para efeito da prestação de serviços de transporte e ainda prova
a matéria de propriedade ou posse das mercadorias nele declaradas.
Seguindo essa linha, Sosa (1995) relata que o conhecimento de carga que
lhe interessa em especifico, são os elementos de controle aduaneiros oriundos da
fase logística e desses é sem duvida um documento representativo. O conhecimento
de carga é emitido pela empresa transportadora ou por seu agente, representando
basicamente, o contrato de transporte e podem ser consignados nominalmente ou a
“ordem”.
O Regulamento Aduaneiro dispõe do conhecimento de carga nos Art. 554 à
556, no qual o Art. 555 consta que cada conhecimento de carga deverá
corresponder a uma única declaração de importação, salvo exceções estabelecidas
pela Secretaria da Receita Federal.
O conhecimento de carga ou bill of lading, é o documento importante da
navegação e de extrema relevância no Comércio Exterior. É um documento de
emissão do armador, podendo ser assinado pelo comandante do navio, bem como
pela agência marítima representante do armador, em seu nome.
É um documento de adesão, sendo que o impresso é fornecido pelo
armador e preenchido de acordo com as características do próprio conhecimento de
embarque, bem como da carga que vai representar. Suas cláusulas, que
representam a frente do conhecimento de embarque, não podem ser modificadas e
devem ser aceitas integralmente pelo embarcador.
64

No máximo podem ser colocadas algumas observações de interesse do


embarcador, no corpo do conhecimento, como número de carta de crédito, ordem de
compra ou venda, trânsito, transbordo, etc.

2.4.8 Certificados especiais/ certificados de origem

Algumas mercadorias, de acordo com a sua peculiaridade, só podem ser


desembaraçadas mediante a apresentação de determinados Certificados Especiais,
que por meio desses ficam comprovadas sua qualidade e especificações técnicas.
Há também o Certificado de Origem que é um documento providenciado pelo
exportador. É emitido pelas Federações de Agricultura, da Indústria e Comércio, por
Associações Comerciais, Centros e Câmaras de Comércio.
Os Certificados de Origem são fornecidos mediante a apresentação de cópia
da fatura comercial e documentos de análise previstos em cada acordo
internacional.

2.4.9 Preenchimento da declaração de importação

Após recebimento e conferência dos documentos que instruem a Declaração


de Importação, começa a confecção da Declaração de Importação via SISCOMEX.
Primeiramente passam-se os dados do processo para o SISCOMEX
Importação, acrescentam-se as adições conforme a mercadoria, pois duas ou mais
mercadorias com o mesmo NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) e fabricante
podem entrar na mesma adição. O preenchimento da declaração de importação se
deu pelo Resultado da Pesquisa no tópico (3.2.2).
65

2.4.10 Valor aduaneiro

O valor aduaneiro pode ser nomeado como um sistema prévio de


fiscalização de preços declarados em documentos fiscais do Comércio Exterior. Tem
por finalidade a determinação do valor das mercadorias importadas, fixando um
montante que servirá de base para o cálculo dos tributos e casuais direitos
aduaneiros, seguindo certos princípios e critérios técnicos e legais autorizados e
realizados internacionalmente.
Então, seguindo essa linha de pensamento, Werneck (2010, p. 144) afirma
que “a forma de estabelecimento do valor aduaneiro também oferece soluções para
os casos em que não há preço de venda, o que ocorre nas doações, locações e
empréstimos”.
Com essa afirmação pode-se entender que a finalidade é padronizar um
valor próximo possível do preço real da mercadoria, sem, consentir que a vinculação
eventualmente existente entre importador e exportador.
Diante deste fato, Vazquez (2009, p. 127) relata que

O Decreto Legislativo nº 30, de 15-12-1994, que promulgou o Acordo sobre


a implementação do art. VII do Acordo Geral sobre as Tarifas Aduaneiras e
Comércio (código da valoração aduaneira), define a base de cálculo do
Imposto de Importação, estabelecendo seis métodos para identificar o valor
aduaneiro.

E para uma melhor compreensão, será explanado o primeiro método que é o


principal no cálculo e é nomeado como valor de transação. Portanto Werneck (2010)
conceitua como o preço realmente que se paga pelo produto ou a pagar pelo
mesmo, em uma exportação para o país de importação, somado ao valor do
transporte do produto até o porto, ou ponto de fronteira alfandegado onde são
honradas as formalidades de entrada no território aduaneiro, acrescentado aos
gastos da carga, à descarga, ao manuseio e ao seguro do produto durante esse
trajeto.
Aprofundando o estudo desse assunto, conforme o Art. 76 do Regulamento
Aduaneiro, todas as mercadorias estão sujeitas ao controle de valor aduaneiro. Os
métodos de valoração foram criados no Acordo de Valoração Aduaneira, e devem
ser usados sequencialmente.
66

O primeiro método é o Valor de Transação, segundo o qual o valor


aduaneiro será o efetivamente pago ou que será pago ao vendedor estrangeiro,
ajustado de acordo com o Art. 8º do Acordo de Valoração Aduaneira.
Conforme disposto nesse artigo, deverão ser acrescentados ao preço
efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias importadas:
I - Os valores de comissões e corretagens, excetuadas as comissões de
compra;
II - Custo de embalagens e recipientes considerados, para fins aduaneiros,
como formando um todo com as mercadorias em questão;
III - Materiais, componentes, partes e elementos semelhantes, incorporados
na produção das mercadorias importadas;
IV - Ferramentas, matrizes, moldes e elementos semelhantes, empregados
na produção das mercadorias importadas;
V - Materiais consumidos na produção das mercadorias importadas;
VI - Projetos de engenharia, pesquisa e desenvolvimento, trabalhos de arte e
de design, e planos e esboços, necessários à produção das mercadorias importadas
e realizadas fora do país de importação;
VII - Royalties e direitos de licença relacionados com as mercadorias objeto
de valoração, que o comprador deva pagar, direta ou indiretamente, como condição
de venda dessas mercadorias e
VIII - O valor de qualquer parcela do resultado de qualquer revenda, cessão
ou utilização subsequente das mercadorias importadas, que reverta direta ou
indiretamente ao vendedor.
O valor aduaneiro estabelecido internacionalmente, tem como finalidade
padronizar a base de cálculo do Imposto de Importação, refletindo também na base
de cálculo de todos os demais tributos incidentes sobre a operação de Importação.

2.4.11 Sistema integrado de comércio exterior (SISCOMEX)

SISCOMEX é um software desenvolvido sob a plataforma do Windows, para


auxiliar tanto o importador quanto o Estado e demais intervenientes nos processos
67

das importações brasileiras, e é por meio dele que se dá o controle governamental


do Comércio Exterior.
Consequentemente, Maluf (2003) relaciona os documentos que podem ser
executados por intermédio deste programa, a saber:
• Formulação e obtenção da Licença de Importação;
• Elaboração, registro, extrato e consulta da DI, bem como sua retificação;
• Registro de operações financeiras (ROF), conectada ao BACEN (Banco
Central do Brasil), registrando operações com prazo superior a 360 dias,
capital estrangeiro e outros;
• Comprovante de Importação é o documento oficial emitido pelo programa ao
final da importação;
• Registro de Exportação, documento do qual se inicia o processo de despacho
aduaneiro de exportação;
• Registro de Operação de Crédito, exigido para as operações de exportação
com prazo de vencimento superior a 180 dias;
• Registro de Venda, exigido para as operações de exportações de
mercadorias negociadas em Bolsa de Valores, Commodities;
• Comprovante de Compra, exigido para mercadorias negociadas em Bolsa de
Valores;
• Declaração de Despacho de Exportação;
• Comprovante de Exportação, documento oficial emitido pelo sistema ao final
da exportação e
• Registro de Exportação Simplificado.

O SISCOMEX originou-se em 1993 para simplificar o registro e controle do


comércio exterior brasileiro iniciando-se com a exportação e no ano de 1997
operando nas importações. (APRENDENDO A EXPORTAR, 2010).
O ingresso ao SISCOMEX é concedido aos seguintes usuários, a saber: (1)
SECEX; (2) SRF; (3) BACEN; (4) exportador; (5) importador; (6) despachante; (7)
depositários; (8) transportadores e (9) órgãos anuentes como o DECEX, IBAMA, MA,
ANVISA, entre outros. (APRENDENDO A EXPORTAR, 2010).
68

Por fim, o SISCOMEX é o programa utilizado em território nacional que faz a


intermediação entre as partes que negociam, a fim de padronizar e facilitar as
transações comerciais.

2.4.12 Multas aplicadas ao despacho aduaneiro

Em conformidade com as legislações vigentes na área de Comércio Exterior,


para as atividades de despacho aduaneiro toda e qualquer ação tomada e que não
esteja de acordo com os parâmetros legais, poderão ser objetos de penalidades, ou
seja, à incidência de multas. Corroborando, Werneck (2010, p. 249) relata que as
“infrações são ações ou omissões, voluntárias ou involuntárias, que resultem em
não-cumprimento das normas estabelecidas na legislação aduaneira”. Por isso, para
cada ato cometido que confronte a legislação, ocorrerá a penalidade.
O autor ensina que as infrações estão expostas às penalidades
administrativas, a saber: (1) sanções administrativas; (2) multas; (3) perdimento da
mercadoria; (4) perdimento da moeda e (5) perdimento do veículo transportador.
A finalidade do presente trabalho está evidenciada na redução do
recolhimento de multas, penalidade que consiste na cobrança de uma quantia em
virtude da prática, voluntária ou involuntária, de uma infração. Werneck (2010, p.
250) argumenta ainda que “no Regulamento Aduaneiro as multas são expressas em
reais, ou em percentuais, aplicáveis sobre o valor do tributo ou da mercadoria”.
E para visualização das multas com elevado índice de aplicação no
despacho aduaneiro, tem-se o Quadro 5. Ele demonstra os respectivos artigos, suas
descrições, códigos de multas aplicadas pelo setor aduaneiro (2185 – sem redução
e 5149 – com redução).

TIPO ARTIGO DESCRIÇÃO COMPLETA: MERCADORIA CÓDIGO R$ - %


Decreto 6759/09 706 Sem Licença de Importação 5149 30% sobre o VA
Autorização de Embarque 5149 30% sobre o VA
Decreto 6759/09 715 Fatura Comercial em Desacordo 2185 R$200,00
Decreto 6759/09 711 Classificação Fiscal 2185 1% sobre o VA
Unidade de Medida Estatística 2185 1% sobre o VA
Câmbio 2185 1% sobre o VA
Identificação: Importador / Exportador / Produtor 2185 1% sobre o VA
Destinação da Mercadoria: Consumo / Revenda 2185 1% sobre o VA
69

TIPO ARTIGO DESCRIÇÃO COMPLETA: MERCADORIA CÓDIGO R$ - %


Descrição Completa: Mercadoria 2185 1% sobre o VA
País de Origem 2185 1% sobre o VA
País de Procedência 2185 1% sobre o VA
Porto de Embarque 2185 1% sobre o VA
Porto de Desembarque 2185 1% sobre o VA
75% da
Decreto 6759/09 725 Diferença de Tributos 5149 diferença
Decreto 6759/09 728 Packing List 2185 R$500,00
Embaraço a Fiscalização 2185 R$5.000,00
Quadro 5 – Quadro de Multas.
Fonte: Elaborado pelos acadêmicos (2010).

Do detalhamento do Quadro 5, resumidamente é possível identificar os


principais artigos do Regulamento Aduaneiro (DECRETO 6.759/09) em que constam
as penalidades na realização do despacho aduaneiro. No Quadro 5, evidenciou-se a
descrição das multas, códigos de recolhimento e valores ou percentuais
relacionados a cada Artigo, oriundas da imperícia na realização do despacho
aduaneiro.
70

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Este capítulo representa o resultado dos dados coletados na empresa Hansa


Logística Global Ltda para a elaboração de um manual de importação com
aplicação ao despacho aduaneiro no modal marítimo.
Destacando-se a caracterização da empresa e os demais objetivos do
estudo tal como a estrutura organizacional, ramo de atividade, os produtos e
mercado em que trabalha, conforme dados do site da empresa, cujo endereço pode
ser mais bem visualizado no capítulo destinado as referências desse estudo.

3.1 Caracterização da empresa1

A Hansa Logística Global Ltda é uma empresa prestadora de serviços com


atuação nos portos, nos aeroportos e pontos de fronteira e visa auxiliar os
importadores e exportadores nos trâmites necessários ao desembaraço aduaneiro
de mercadorias importadas ou a exportar.
A organização atua sempre em nome de importadores e exportadores,
mediante procuração, perante repartições públicas governamentais e
transportadores.

3.1.1 Histórico

O nome Hansa advém da poderosa Liga Hanseática formada na Idade


Média pelas principais cidades mercantes do Norte da Europa. Fundada no ano de
1973 na cidade de Joinville (SC), pelo Sr. Peter Paul Kadur, a organização iniciou
suas atividades com o objetivo de representar compradores americanos
interessados em produtos brasileiros.

1
Seção desenvolvida com base em manuais internos, documentos da empresa em estudo e entrevista com o
coordenador de despacho aduaneiro (APÊNDICE G).
71

Em 1975 desvinculava o trabalho de representar, e passou a prestação de


serviços à comunidade exportadora e importadora. Até o ano de 1985 mantinha a
política de operar apenas com transporte aéreo de cargas, doméstica ou
internacional, mas em face da amplitude de mercado na exportação e importação,
expandiu-se para os serviços que hoje é conhecido como um transitário completo.
Fundada no ano de 2002, a filial de Vitória (ES) tem como função, a
prestação de serviço, no embarque das exportações de granito, para o modal
marítimo. A unidade de Itajaí (SC), fundada em 2006, tem como finalidade realizar
os processos de despacho aduaneiro. Conta com uma equipe composta por 8
colaboradores, disponibiliza para as suas equipes estações de trabalho modernas e
confortáveis, e equipamentos com poder de processamento adequado às tarefas a
serem executadas. Todos os colaboradores possuem a sua estação própria de
trabalho, incluindo os que executam as tarefas externas.
Abaixo, o logotipo da empresa na Figura 1.

Figura 1 – Logo da Hansa.


Fonte: Documentos da Hansa Logística Global Ltda (2010).

A Hansa trabalha em todos os modais de transportes disponíveis, e utiliza a


figura de um avião no logotipo, por ser o primeiro modal de atuação desde a data de
sua fundação.
72

3.1.2 Principais Serviços

Com a estrutura citada no tópico anterior, a organização atua para atender


com modelo diferenciado na prestação de serviços de despacho aduaneiro para
exportadores e importadores de todo o Brasil. Diferencia-se no mercado como
prestador de serviço único, capaz de atuar com uma procuração para as grandes
empresas que buscam minimizar o número de fornecedores e ao mesmo tempo
serviços qualificados. Estabelecer uma relação de segurança e agilidade nos
processos que é a prioridade da empresa.
Dentre os diferentes modais de transporte a empresa trabalha com (1)
aéreo; (2) marítimo; (3) rodoviário; e (4) ferroviário. Em termos de transporte aéreo
desenvolve atividades de exportação e importação, com representação direta das
empresas aéreas, por intermédio dos aeroportos brasileiros, destacando-se os
internacionais de Guarulhos e Viracopos no estado de São Paulo e o Galeão no Rio
de Janeiro.
Os serviços de exportação e importação via modal marítimo ocorre com
contratos próprios junto às empresas marítimas, por intermédio dos portos
brasileiros para navegação de longo curso, destacando-se Santos (SP), Vitória (ES),
Itajaí (SC), São Francisco do Sul (SC), Rio Grande (RS), Paranaguá (PR), Pecém
(CE) e Suape (PE).
Já os serviços rodoviários são efetuados por meio de convênio com
transportadoras credenciadas, por meio das fronteiras brasileiras com países da
América Latina, destacando-se as cidades fronteiriças de Uruguaiana, São Borja,
Santana do Livramento, Jaguarão, Chuí (RS), Foz do Iguaçu (PR) e Corumbá (MS).
No modal ferroviário as exportações e importações acontecem por intermédio do
porto seco Ferroviário de Uruguaiana (RS), fronteira brasileira com a Argentina.
Determina um método de trabalho diferenciado, buscando oportunizar a
todos os colaboradores a conquista pelo conhecimento e desenvolvimento
profissional, permitindo que os colaboradores conheçam todas as etapas dos
processos de desembaraço aduaneiro, seja na importação como na exportação.
73

O principal produto da organização é o serviço de desembaraço aduaneiro


junto às unidades da Receita Federal do Brasil, que basicamente divide-se em
despacho aduaneiro de (1) exportação; e (2) importação.
Os serviços de exportação dizem respeito a:
• receber a documentação enviada pelos clientes exportadores;
• emitir a fatura comercial e “packing list”;
• emitir o certificado de origem;
• consularizar os documentos;
• emitir o RE no SISCOMEX;
• emitir a DDE no SISCOMEX;
• montar o processo e apresentar o desembaraço para a autoridade aduaneira;
• efetivar o despacho mediante a conferência documental e física da
mercadoria, acompanhada da autoridade aduaneira;
• corrigir o conhecimento de transporte internacional;
• liberar a carga na fronteira/alfândega ou porto;
• enviar a documentação para o importador ou despachante no exterior e
• disponibilizar as informações para o acompanhamento permanente do
andamento do processo via internet para o exportador.
Já os serviços de importação são relativos a:
• receber a documentação enviada pelo exportador no exterior;
• analisar a documentação;
• classificar a mercadoria;
• emitir o licenciamento de importação (quando houver necessidade);
• provisionar os custos de desembaraço nas diferentes modalidades
aduaneiras;
• pré-calcular os numerários para pagamento de impostos;
• verificar as condições gerais da carga;
• registrar junto ao SISCOMEX a declaração de importação elaborada de
acordo com as normas e requisitos exigidos pela legislação em vigor;
• tramitação junto a Receita Federal e demais órgãos intervenientes;
• recolher de tributos e/ou taxas devidas;
• acompanhar a conferência física da mercadoria durante o desembaraço
aduaneiro (nos casos em que a parametrização indique a necessidade);
74

• emitir a nota fiscal de entrada das mercadorias de acordo com instruções


expressas do importador;
• entregar a documentação completa para o trânsito da mercadoria à
transportadora e
• disponibilizar o acompanhamento permanente do andamento do processo por
meio da internet para o importador.
Apresenta ainda, soluções em:
• aspectos aduaneiros e tributários em Comércio Exterior;
• agenciamento de transporte internacional;
• interatividade por intermédio da integração com os sistemas de informação
dos clientes;
• padrões de serviços estabelecidos proporcionando atender como um
fornecedor único e
• soluções para consolidar parcerias e alcançar vantagens competitivas para
seus clientes.
Em suma, a empresa realiza serviços de exportação e importação por
intermédio dos modais aéreo, marítimo, rodoviário e ferroviário.

3.1.3 Instalações

A unidade de Itajaí (SC) é uma filial e é a responsável pelo desembaraço


aduaneiro da organização que será objeto de estudo. Localizada na Rua Uruguai,
45, Sala 02, Centro, CEP 88302-202.

3.1.4 Principais clientes

Os clientes de referência da Hansa Logística Global Ltda são apresentados


no Quadro 6, de acordo com o tempo de relacionamento.
75

Clientes Cidade UF Tempo de Porte Setor


Relacionamento
Weg Equipamentos Elétricos S/A Jaraguá do SC 4 anos Grande Industrial
Sul
Buschle & Lepper S/A Joinville SC 4 anos Médio Industrial
Tigre S/A – Tubos e Conexões Joinville SC 3,5 anos Grande Industrial
Importbeer Distribuidora de Cachoeirinha RS 2,2 anos Médio Comércio
Bebidas Ltda
Fábio Perini S/A Joinville SC 2 anos Grande Industrial
Caribor Tecnologia da Borracha Joinville SC 2 anos Grande Industrial
Ltda
Octa Pneus Ltda Chapecó SC 1,8 anos Médio Comércio
Trust Importação e Exportação Itajaí SC 1,5 anos Médio Serviços
Ltda
WRC Operadores Portuários S/A São Francisco SC 1,4 anos Grande Serviços
do Sul
APC do Brasil Ltda Chapecó SC 1 ano Grande Industrial
Quadro 6 – Quadro de clientes.
Fonte: Documentos da Hansa Logística Global Ltda (2010).

De acordo com o Quadro 6, pode-se determinar o porte e localização de


atuação, mostrando os diferentes tipos de setores dos clientes da Hansa Logística
Global Ltda.

3.1.5 Principais concorrentes

Cidade litorânea e detentora de um porto que ocupa o quarto lugar em


movimentação de contêineres no ano de 2009 (BAGGIO, 2010), atraiu inúmeras
empresas no segmento aduaneiro a aportar em Itajaí (SC).
Podem-se levantar algumas como principais concorrentes, as quais são
abordados no Quadro 7.

Concorrentes Logradouro Cidade UF Tempo no Porte


mercado
Nelson Heusi Rua Gil Stein Ferreira, 100 9º andar Itajaí SC 77 anos Grande
Itajaí Comissária de Rua Cap. Adolfo Germano de Itajaí SC 24 anos Pequeno
Despacho Andrade, 99
Comissária Pibernat Rua Gil Stein Ferreira, 357 sala Itajaí SC 22 anos Pequeno
204
Blucargo Comissária Rua Alberto Werner, 33 Itajaí SC 18 anos Pequeno
PM Despachos Rua Gil Stein Ferreira, 357 sala Itajaí SC 16 anos Pequeno
101
Quadro 7 – Quadro de concorrentes.
Fonte: Sites das empresas.
76

O Quadro 7 é uma amostra das empresas que trabalham neste setor, de


comissárias de despachos, consequentemente com 110 empresas cadastradas no
município.
Foi realizado levantamento com aplicação de questionários aos concorrentes
(APÊNDICE D) aplicado nas empresas do Quadro 6, com o objetivo de coletar
dados sobre:
• valores de multas recolhidas nos últimos 5 anos, em decorrência de erros no
preenchimento da DI, em valores mensais e anuais, na DRF de Itajaí (SC),
nos códigos (2185)2 e (5149)3;
• e/ou o valor percentual das multas recolhidas em cada um desses códigos,
com relação ao mesmo período e ficando o (APÊNDICE D) como exemplo da
solicitação.

Com a aplicação dos questionários, foi possível realizar um levantamento de


valores e percentuais de multas recolhidas nos últimos cinco anos na DRF de Itajaí
(SC).

3.1.6 Estrutura organizacional

Os organogramas têm a finalidade de representar à estrutura organizacional,


demonstrando à divisão do trabalho, a hierarquia, a interdependência entre os
órgãos e os níveis da organização.
Corroborando, Cury (2000, p. 219) descreve que “o organograma é
conceituado como a representação gráfica e abreviada da estrutura organizacional”.
E na Figura 2 apresenta-se o organograma clássico que é utilizado na maioria das
organizações para representar graficamente a estrutura organizacional da Hansa
logística Global Ltda. filial de Itajaí (SC).

2
Multa aplicada pelo setor aduaneiro – sem redução.
3
Multa aplicada pelo setor aduaneiro – com redução.
77

DIRETOR

COORDENADOR

ANALISTA ANALISTA
IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO

APOIO APOIO
IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO

Figura 2 – Organograma da Filial de Itajaí (SC).


Fonte: Documentos da Hansa Logística Global Ltda (2010).

O organograma deve ser utilizado como instrumento de trabalho, para


facilitar a compreensão de toda a organização e expressar a verdadeira forma de
trabalho de seus colaboradores. Seguindo essa linha percebe-se (FIGURA 2) que a
estrutura da empresa em estudo é formada por um diretor, coordenador, analistas
de importação e exportação e seus respectivos apoios.

3.1.7 Missão, visão e valores

A missão é o propósito de uma empresa existir e a razão de ser da mesma,


como ela desempenha suas funções na sociedade e no mercado, geralmente é
expressa em termos de satisfação por parte da sociedade. A missão indica a razão
de ser de uma organização, sendo um importante instrumento para a formulação de
estratégias que podem contribuir para uma atuação consolidada perante outras
organizações do seu ambiente. (SILVA; FERREIRA JR.; CASTRO, 2006).
Com isso, Oliveira (2007, p. 50) descreve que “missão é a determinação do
motivo central da existência da empresa, [...] representando a razão de ser da
empresa”. E a missão da Hansa Logística Global Ltda. é “contribuir com agilidade e
78

eficácia na prestação de seus serviços, satisfazendo seus clientes com respeito e


confiança”.
Já visão de uma empresa compreende a expectativa que a mesma têm para
com o seu futuro, bem como, o que ela deseja se tornar. Oliveira (2007) vislumbra
que a visão é como um planejamento estratégico a ser desenvolvido e implantado
na organização a propósito de delinear os limites em que os empresários devem ver
em longo prazo, sob uma abordagem mais vasta representando o que a empresa
deseja ser no futuro. Vale resgatar que a visão da empresa estudada é “ser o
paradigma no despacho aduaneiro atendendo todas as necessidades de seus
clientes, visando sempre maximizar resultados, num esforço conjunto e sendo
referência no Comércio Exterior”.
Com relação aos valores, o autor discorre que representam o conjunto dos
princípios e crenças fundamentais de uma empresa, bem como fornecem
sustentação a todas as suas principais decisões. Nesses moldes, os valores da
Hansa Logística Global Ltda. são “transparência e honestidade; profissionalismo; pró
– atividade e inovação; servir com qualidade e segurança”.
A disseminação dos valores de uma organização, têm elevada influência na
qualidade do desenvolvimento e operacionalização do planejamento estratégico,
tornando-o indispensável às organizações contemporâneas.

3.2 Resultados da pesquisa

Este item apresenta o resultado da pesquisa realizada na empresa Hansa


Logística Global Ltda. Cabe lembrar que envolveu o Coordenador, os colaboradores
e os estagiários para o desenvolvimento de um manual para o despacho aduaneiro
de importação no modal marítimo.
Com relação ao manual, por meio das bibliografias contidas no referencial
teórico (Organização, Sistemas e Métodos; Padronização; Comércio Exterior;
Importação; e Despacho Aduaneiro) juntamente com as legislações vigentes na área
(IN 680 no ANEXO A) foi possível o desenvolvimento do manual de processos.
79

3.2.1 Perfil dos colaboradores

Neste item apresentam-se as tabelas com o levantamento do perfil dos


colaboradores no setor de Importação. Na Tabela 1 estão relacionadas às respostas
com relação aos dados pessoais, a começar pelo gênero, idade e estado civil.

Tabela 1 – Dados Pessoais


1 – Gênero: Masculino Feminino
Quantidade 1 3
Percentual 25,00% 75,00%

2 – Idade: 21 a 25 anos 26 a 30 anos 31 a 35 anos


Quantidade 1 2 1
Percentual 25,00% 50,00% 25,00%

3 – Estado Civil: Solteiro Casado


Quantidade 2 2
Percentual 50,00% 50,00%
Fonte: Elaborada pelos acadêmicos (2010).

Com base na Tabela 1, observa-se que há concentração dos colaboradores


do gênero feminino (75,00%) lotadas na unidade de Itajaí (SC), vinculadas ao setor
de importação. Em termos de idade, a metade (50,00%) concentra-se na faixa de 26
a 30 anos, chama a atenção que a outra metade subdivide-se em dois grupos
distintos. Mesmo assim, é possível inferir que os colaboradores da Hansa no
departamento de importação são compostos por jovens que estão entre 21 a 35
anos.
E no quesito estado civil, metade da equipe é casada e a outra metade é
solteira. Na Tabela 2, destacam-se os dados profissionais, tanto em termos de
experiência profissional quanto acadêmica, pois é importante para a organização em
estudo estes dois itens.

Tabela 2 – Dados Profissionais


4 – Experiência Específica Anterior na Área de Importação: Possui Não Possui
Quantidade 2 2
Percentual 50,00% 50,00%

5 – Escolaridade: Superior incompleto


Quantidade 4
Percentual 100,00%

6 – Fala outro idioma? Sim Não


80

6 – Fala outro idioma? Sim Não


Quantidade 2 2
Percentual 50,00% 50,00%

Qual idioma? Inglês Italiano


Quantidade 1 1
Percentual 50,00% 50,00%

7 – Você possui conhecimentos de Informática e do Pacote Office? Sim


Quantidade 4
Percentual 100,00%

8 – Você tem familiaridade com as Legislações vigentes nesta área? Sim


Quantidade 4
Percentual 100,00%
Fonte: Elaborada pelos acadêmicos (2010).

A leitura dos dados postados na Tabela 2 evidencia que a metade dos


profissionais (50,00%) declarou ter experiência anterior na área de importação. E
com isso, trazem bagagem anterior positiva ao desempenho das atividades. E
referindo-se à escolaridade tem-se um dado importantíssimo que todos estão
matriculados em curso superior e que é um diferencial competitivo no capital
intelectual de qualquer empresa.
Além disso, na percepção de Gonçalves (2009) para os profissionais em
Comércio Exterior é imprescindível que se tenha a fluência em outras línguas, pois a
competitividade e a concorrência são implacáveis e há necessidade de se falar uma
segunda língua.
E com este pensamento, os acadêmicos elaboraram uma pergunta sobre
outro idioma que os profissionais dominam no setor de importação. Para esta
chegou-se ao resultado de que (50,00%) falam outra língua, ou seja, um colaborador
domina a língua inglesa e outro o idioma italiano, tornando a empresa diferenciada e
competitiva.
Já na questão de informática, todos dominam os recursos necessários para
desempenho favorável ao despacho aduaneiro. E para finalizar, a última pergunta é
referente às legislações vigentes na área estudada, conta também com maioridade
positiva. Esse resultado sugere à organização que os colaboradores possuem
conhecimento das leis que regem o processo de importação.
81

3.2.2 Tipo de DI predominante

Nesse tópico apresentam-se os tipos de declaração de importação


predominante emitida, conforme exemplificado na Tabela 3, justificando-se o
trabalho realizado na Hansa Logística Global Ltda. com o tipo de declaração para
consumo.
Tabela 3 - Tipos de DI’s emitidas na Hansa
DECLARAÇÕES DECLARAÇÕES DECLARAÇÕES
TIPO DE DI/ANO:
2008 2009 2010
Consumo 100,00% 99,48% 99,63%
Admissão em Entreposto Aduaneiro - - -
Admissão em EIZOF - - -
Admissão em Entreposto Industrial - - -
Admissão Temporária - 0,26% 0,37%
Admissão na ZFM - - -
Admissão em Loja Franca - - -
Admissão em ALC - - -
Admissão em DAD - - -
Admissão em DEA - - -
Consumo e Admissão Temporária - 0,26% -
Total 100,00% 100,00% 100,00%
Fonte: Elaborada pelos acadêmicos (2010).

Por intermédio de levantamento documental da Tabela 3, é demonstrada a


predominância das declarações emitidas que neste caso servem de exemplo para o
trabalho que é a de consumo, representando 100% em 2008, 99,49% no ano de
2009 e até o mês de julho de 2010 com um percentual de 99,63%.
Cabe levantar ainda as Declarações de Importação que geraram multas na
Hansa, por questões de preenchimento incorreto e que merecem atenção da
coordenação e dos colaboradores. Os resultados desse levantamento podem ser
mais bem visualizados na Tabela 4.
Tabela 4 – Valores das multas recolhidas
2008 - R$ 2009 - R$ 2010 - R$ Total – R$
TIPO DI 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
2185 sem
redução 3.100,00 10.500,00 4.550,00 18.150,00
5149 com
redução 2.020,00 2.500,00 14.405,00 18.925,00
Fonte: Elaborada pelos acadêmicos (2010).

Fica demonstrada na Tabela 9 que as DI’s predominantes são a de


Consumo (TIPO DI - 1) e que os valores das multas, tanto no código (2185 – sem
82

redução) quanto no código (5149 – com redução) ocorreram neste campo. Vale
salientar que o ano de 2010 os dados são referentes até julho e que no código
(5149) do tipo Consumo está acima da média dos anos anteriores com o valor de R$
14.405,00.

3.2.3 Valores das multas Receita Federal do Brasil na DRF de Itajaí


(SC)

Neste item apresentam-se os valores de arrecadação bruta original pela


Receita Federal do Brasil na DRF Itajaí (SC). Em caráter comparativo, têm-se os
valores das multas recolhidas pela Hansa e da PM Despachos Aduaneiros, que foi a
única empresa respondente com relação à solicitação dos dados para a pesquisa.

Tabela 5 – Valores das multas recolhidas Receita Federal do Brasil


Receita Federal do Brasil Hansa Logística Global Ltda PM Despachos Aduaneiros
Ano Cód. 2185 Cód. 5149 Ano Cód. 2185 Cód. 5149 Ano Cód. 2185 Cód. 5149
2006 2.917.558,84 602.521,59 2006 - - 2006 - -
2007 3.645.197,32 1.548.199,23 2007 - - 2007 - -
2008 5.315.309,34 3.052.901,44 2008 3.100,00 2.020,00 2008 - -
2009 5.395.583,00 3.507.231,00 2009 10.500,00 2.500,00 2009 12.385,00 2.595,09
2010 3.178.135,00 1.462.287,00 2010 4.550,00 14.405,00 2010 5.252,00 1.052,99
Fonte: Elaborada pelos acadêmicos (2010).

Na Tabela 5, ficam explícitos os valores da RFB, Hansa e Concorrente A.


Com relação aos números das multas levantadas pela RFB, torna o tema do
presente trabalho propício aos Despachantes Aduaneiros. Porque demonstra
monetariamente o volume de multas recolhidas pelo órgão fiscalizador, por imperícia
dos profissionais que atuam na área e que de certa forma, trouxeram prejuízo às
organizações.
E para ser mais bem visualizada, nas Tabelas 6 e 7 explanou-se os
percentuais de arrecadação de ambos os despachantes, comparando com o total da
arrecadação bruta pela Receita Federal do Brasil em Itajaí (SC).
83

Tabela 6 – Percentual das multas recolhidas RFB X Hansa


RFB x Hansa
Ano % Cód. 2185 % Cód. 5149
2006 - -
2007 - -
2008 0,058322099 0,066166564
2009 0,194603623 0,071281304
2010 0,143165725 0,985100736
Fonte: Elaborada pelos acadêmicos (2010).

Cabe registrar que na cidade de Itajaí (SC) estão cadastradas 110 empresas
relacionadas com o despacho aduaneiro, ou seja, a fatia de pagamento das multas
pode ser considerada pequena pela empresa em estudo, porém se multiplicar por
110 empresas atuantes na área, o valor é exorbitante. Na Tabela 6 mostra o
percentual de recolhimento de multas da Hansa em comparação à RFB.
Já a Tabela 7 mostra também, os percentuais de recolhimento das multas
pela Receita Federal do Brasil em comparação ao Concorrente A. Fica exposto que
a percentagem de recolhimento das multas da PM Despachos Aduaneiros são
aproximadas ao da Hansa, determinando a equiparação da qualificação profissional
das empresas.

Tabela 7 – Percentual das multas recolhidas RFB X PM Despachos Aduaneiros


RFB x PM Despachos Aduaneiros
Ano % Cód. 2185 % Cód. 5149
2006 - -
2007 - -
2008 - -
2009 0,229539607 0,07399256
2010 0,165254151 0,0720098
Fonte: Elaborado pelos acadêmicos (2010).

Em resumo as Tabelas 6 e 7 demonstram a fragilidade operacional das


empresas despachantes aduaneiras no quesito à declaração de importação, porque,
os valores das multas são suportadas pela empresa. Valores que poderiam ser
empregados em outras áreas, na infraestrutura de TI, na melhoria da política de
salários e benefícios, dentre outros. Mas vale salientar que as organizações
trabalham para padronizar suas operações, melhorar seus processos e a qualificar
seus profissionais, pois, essa é uma forma de alavancar o sucesso organizacional.
84

3.3 Manual de importação para o modal marítimo

A Declaração de Importação desse manual é totalmente hipotética, sem a


necessidade de obtenção da licença de importação, conforme o tipo de DI
predominante no estudo, ou seja, tipo consumo. A importação consiste a título
definitivo, a aquisição de Polietileno para revenda a indústrias de plásticos.

3.3.1 Orientações iniciais

De posse dos documentos instrutivos ao despacho, os quais são: Fatura


Comercial (ANEXO B), Packing List (ANEXO C), Conhecimento de Carga – B/L
(ANEXO D) e de outros eventualmente necessários (item 12 do ANEXO A), foi
preenchida a Declaração de Importação com o auxílio do Anexo Único da Instrução
Normativa 680/2006 (ANEXO A).

3.3.2 Tela inicial da declaração de importação (DI) no SISCOMEX

Para declarar as informações no SISCOMEX:


• Duplo clique no atalho da pasta importação no desktop;
• Selecionar o ícone Declaração de Importação, e duplo clique para
abrir a Declaração de Importação – Perfil Importador.
85

Figura 3 – Primeira tela do SISCOMEX.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

3.3.3 Tela principal da declaração de importação no SISCOMEX


importação

A tela principal da DI no SISCOMEX é apresentada conforme Figura 4.


86

Barra de Título da Janela em Operação


Barra de Menus

Barra de Ferramentas

Menu de Opções

Área de Trabalho

Figura 4 - Tela nova declaração.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

• Clicar no item Declaração na Barra de Menus;


• Automaticamente, o sistema abre a caixa do Menu de Opções;
• Selecionar e clicar na opção Nova... para abrir uma nova declaração.

3.3.4 Inserindo uma nova declaração de importação

Na tela da Figura 5 o usuário deve escolher o conjunto de informações que


caracterizam a declaração a ser elaborada, de acordo com a origem e o destino da
mercadoria submetida ao despacho.
Nesse exemplo, com base no (ANEXO A), verificou-se que a mercadoria é
oriunda diretamente do exterior para ser desembaraçada, com o pagamento total
dos tributos devidos e incorporados à economia nacional, sem qualquer restrição de
uso, ou seja, o desembaraço é para consumo.
87

Esta janela (FIGURA 5) do sistema SISCOMEX está relatada na Instrução


Normativa nº 680 de 02 de outubro de 2006 (ANEXO A), no item 1.

Figura 5 - Tela tipo de declaração.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:


• Clicar no item consumo, que ao ser marcado recebe destaque. Isso
pode ser mais bem visualizado na Figura 5. Para confirmar a escolha
realizada, selecionar o botão Ok.
• Após clicar no botão Ok, automaticamente o sistema vai abrir a guia
Importador (FIGURA 6).

3.3.5 Guia importador

Na Figura 6, o usuário deve criar uma Identificação da DI, Para uso do


Importador, com o campo Identificação da DI, que não tem efeito fiscal, servindo
apenas para auxiliar o interessado na organização de suas declarações na memória
88

do seu computador. Neste campo o analista de importação preenche o número do


processo identificado pelo sistema utilizado pela Hansa Logística Global Ltda.
Nesse exemplo trata-se da Empresa RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
LTDA, inscrita no CNPJ número 01.000.000/0002-47. A inscrição é informada no
campo CNPJ do Estabelecimento. A mercadoria é importada pela própria empresa,
não sendo por encomenda e nem por conta e ordem de outra.

Figura 6 - Tela guia importador.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:


• No quadro Tipo do Importador selecionar a opção Pessoa Jurídica
conforme (ANEXO A), item 2.
• Preencher o número do CNPJ no campo CNPJ do Estabelecimento
conforme (ANEXO A), item 3 e (ANEXO B), item 3.
• Selecionar no quadro Caracterização da Operação, a opção
Importação Própria, conforme IN 680 do (ANEXO A), item 4.
• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba da
respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia
Básicas da Figura 7.
89

3.3.6 Guia básicas

Nessa tela o usuário deverá informar os dados básicos da importação de


acordo com os (ANEXO A; B; C; e D).

Figura 7 - Tela guia básicas.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:


• No campo URF dede Despacho, Clicar no botão da letra T,
selecionado, abre a lista das URF’s, com respectivos nomes e
códigos, permitindo que o analista percorra a lista e marque a unidade
desejada.

Nessa guia, no campo URF de Despacho deve ser informado o código da


Unidade da Receita Federal (URF) de Despacho, nesse exemplo, o código da
unidade local da Secretaria da Receita Federal do Brasil em que será processado o
desembaraço aduaneiro da mercadoria (0920600), conforme IN 680 (ANEXO A),
item 10.
90

• No quadro Documentos de Instrução do Despacho, clicar no


campo Denominação, selecionar o documento conforme IN 680
(ANEXO A), item 12. Preenche-se com o tipo e a identificação de
cada um dos documentos que instruem o despacho. Neste exemplo,
os documentos instrutivos são: Fatura Comercial (ANEXO B), Packing
List (ANEXO C) e o conhecimento de carga (B/L) (ANEXO D).
• Selecionar no quadro Modalidade do Despacho, a opção Normal,
conforme (ANEXO A), item 9.
• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba da
respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia
Transporte da Figura 8.

3.3.7 Guia transporte

Nessa guia há diversas variações no preenchimento, considerando que


existem diversas vias de transporte disponíveis para utilização de acordo com o
(ANEXO A), item 14 e 14.1. Para preenchimento dessa guia, será utilizado
documento do conhecimento de carga, (ANEXO D).
91

Figura 8 - Tela guia transporte.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:


• Selecionar no quadro Via de Transporte, a opção Marítima,
conforme (ANEXO A), item 14.

Com essa seleção são abertos espaços para que sejam informados o
transportador, o nome da embarcação, o documento de chegada da carga e o
conhecimento de transporte, conforme (ANEXO A), itens 15, 16, 16.1, 16.2, 17, 18,
18.1, 18.2, 18.3, 19, 19.1 e 19.2.
No exemplo o transportador é a empresa alemã Hamburg Sud, conforme
(ANEXO A), item 16, portanto a bandeira é a 023, código da Alemanha. Para obter
os códigos, clicar no campo Bandeira, botão da letra T obtém-se o acesso a tabela
armazenada no computador.
O quadro Conhecimento de Transporte, o campo Tipo permite duas
alternativas. House B/L diz respeito nos casos de carga consolidada, para os quais
deverão ser informados o número do conhecimento principal master, emitido pelo
transportador em favor do consolidador da carga, e o do conhecimento filhote house,
emitido pelo consolidador em favor do importador.
92

Na IN 680 (ANEXO A), item 15, os demais campos são preenchidos direto:
nome da embarcação, navio CAP ROCA; documento de chegada da carga,
manifesto 145873264759; conhecimento de transporte campo Identificação
CEMERCANTE31032008 e no campo Ident. do master 639836269863926; Local
de Embarque HOUSTON, TX; e Data do Embarque 26/06/2010.

• No quadro Utilização, selecionar a opção Total;


• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba da
respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia
Carga da Figura 9.

3.3.8 Guia carga

A guia Carga está divida em três subguias numeradas 1, 2 e 3, com suas


abas à direita.
• Subguia 1, referente a detalhes da carga;
• Subguia 2, referente ao valor das mercadorias, do frete e do seguro;
• Subguia 3, referente a declaração de Exportação Estrangeira.
Para preenchimento dessa guia e suas subguias, serão utilizados: Fatura
Comercial (ANEXO B), Packing List (ANEXO C) e o conhecimento de carga (B/L)
(ANEXO D).
93

Figura 9 - Tela guia carga, subguia 1.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:


• Clicar no campo País de Procedência, botão da letra T, para obter os
códigos, armazenados na tabela do SISCOMEX.
• País de procedência (país onde a mercadoria foi embarcada) de
acordo com o Anexo A, item 13: 249 - Estados Unidos.
• A URF de entrada no País de acordo com o Anexo A, item 10:
0920600 (Itajaí).
• A data da chegada de acordo com o Anexo A, item 23: 27/07/2010
• Peso Bruto de acordo com o (ANEXO A), item 21: 17.080,00
• Peso líquido de acordo com o (ANEXO A), item 22: 17.000,00
• No quadro Volumes é especificada, para cada tipo de embalagem, a
sua quantidade de acordo com o (ANEXO A), item 20.
• Embalagem de acordo com o (ANEXO A), item 20.1: Saco de Outros
Materiais;
• Quantidade de acordo com o (ANEXO A), item 20.1.1: 680
94

As mercadorias de importação, salvo exceções, devem ser armazenadas em


recintos alfandegados. Cada recinto tem seu código e, para facilitar a organização
da fiscalização, agrupados em setores.
• No quadro Local de Armazenamento clicar no botão da letra T para
acesso da tabela armazenada no SISCOMEX de acordo com o
(ANEXO A), item 24;
• Recinto Aduaneiro de acordo com o (ANEXO A), item 24.1: 9101301
(Porto de Itajaí);
• Setor de acordo com o (ANEXO A), item 24.2: 002 (Importação
Porto);
• Armazém de acordo com o (ANEXO A), item 24.3: Pátio
• Para passar para a próxima subguia, seleciona-se com o cursor a aba
da respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a
subguia 2 da Figura 10.

3.3.9 Subguia 2

Nessa subguia preenche-se, de acordo com o (ANEXO B), o valor total das
mercadorias no local de embarque, o valor do frete e o valor de seguro, se houver e
especifica-se as respectivas moedas. O valor em real serão calculados pelo
SISCOMEX com base na Tabela de Conversão de Moeda.
95

Figura 10 - Tela guia carga, subguia 2.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:


• No campo Moeda, clicar no botão da letra T, para obter os códigos,
da tabela SISCOMEX.
• No quadro Valor Total das Mercadorias no Local de Embarque
digitar o valor da mercadoria de acordo com Anexo B;
• Moeda de acordo com o (ANEXO A), item 25: 220 (Dólar);
• No quadro Frete Total, de acordo com o (ANEXO A), item 25.1 o frete
Prepaid é valor pago no local de embarque.
• Moeda: 220 (Dólar);
• Prepaid: 1.400,00
• Para passar para a próxima subguia, seleciona-se com o curso a aba
da respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a
subguia 3 da Figura 11.
96

3.3.10 Subguia 3

De acordo com os documentos instrutivos ao despacho aduaneiro e


instrumentos de negociação, a subguia 3 não será preenchida.

Figura 11 - Tela guia carga, subguia 3.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o curso a aba da


respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia
Pagamento da Figura 12.

3.3.11 Guia pagamento

Na guia Pagamento são informados os códigos das receitas e os


respectivos valores. Os códigos são predefinidos pelo SISCOMEX.
97

Figura 12 - Tela guia pagamento.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:


• Selecionar e digitar no campo Banco, Agência e Conta Corrente, os
seus respectivos códigos de acordo com o (ANEXO A), item 29.2.

Formas de preenchimento do quadro Valores:


• Selecionar e digitar no campo Receita, o código da Receita de acordo
com o (ANEXO A), item 28.1.
• Selecionar e digitar no campo Valor Total o valor do crédito a
compensar de acordo com o (ANEXO A), item 28.2.

Os tributos, em relação ao exemplo, a serem recolhidos são:


• 0086 (Imposto de Importação): R$ 6.771,59
• 1038 (Imposto sobre Produtos Industrializados): R$ 2.757,00
• 5602 (PIS/PASEP): R$ 1.095,04
• 5629 (COFINS): R$ 5.043,80
• 7811 (Taxa de Utilização do SISCOMEX): R$ 40,00
98

• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba


da respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia
Informações Complementares da Figura 13.

3.3.12 Guia informações complementares

O quadro Informações Complementares é utilizado para informações


adicionais do importador, em texto livre. As repartições da Receita também podem
solicitar que sejam preenchidas determinadas informações, de acordo com as
condições locais.

Figura 13 - Tela guia informações complementares.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:


Neste exemplo preenchemos o número do CNTR, número do Lacre e,
repetindo informações já prestadas na ficha Básicas. O motivo é que no Extrato da
Declaração, nem no Comprovante de Importação, tais informações são
impressas.
99

• Após o preenchimento de todas as guias, selecionar a opção Salvar,


no menu Arquivo. Para fechar, selecionar a opção Fechar, no
mesmo menu.
• Para passar para a Guia Adição, seguir as orientações do item
3.2.12.

3.3.13 Adição

A adição serve para descrever as mercadorias e podem existir diversas


adições para uma só declaração. Neste exemplo, é necessária apenas uma adição.

Para abrirmos uma adição:


• No menu, clicar em Adição, selecionar Nova e logo após clicar em
Sem LI.

Figura 14 - Tela inserir adição.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

• Após clicar no item Sem LI, automaticamente o sistema vai abrir a


guia Fornecedor.
100

3.3.14 Guia fornecedor/exportador

No exemplo, o fabricante não é o exportador. Marca-se a opção e no


quadro Exportador informa-se seu nome, país onde está localizado e endereço.

Figura 15 - Tela guia fornecedor/exportador.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:


• Nos campos Nome e País de Aquisição, clicar no botão da letra T
para obter os códigos, para acessar a tabela do SISCOMEX.
• Selecionar “O fabricante/produtor não é o exportador” de acordo
com as informações do (ANEXO B).
• Selecionar a opção no quadro Vinculação entre Comprador e o
Vendedor a opção Sem vinculação de acordo com as informações
do (ANEXO B).
• No quadro Exportador, preencher as informações de acordo com o
(ANEXO A), item 33 e (ANEXO B).
101

• Preencher no campo Quantidade na Medida Estatística: 17.000,00


de acordo com o (ANEXO B) e (ANEXO C).

3.3.15 Guia fornecedor/fabricante/produtor

No quadro Fabricante / Produtor informa-se seu nome, país onde está


localizado e endereço.

Figura 16 - Tela guia fornecedor/fabricante/produtor.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:


• No quadro Fabricante / Produtor, preencher as informações de
acordo com o (ANEXO A), item 34 e (ANEXO B).
• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba da
respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia
Mercadoria da Figura 17.
102

3.3.16 Guia mercadoria/subguia 1

A guia Mercadoria está divida em quatro subguias numeradas 1, 2, 3 e 4,


com suas abas à direita:
• Subguia 1, referente à classificação fiscal da mercadoria;
• Subguia 2, referente a detalhes da mercadoria;
• Subguia 3, referente à NVE;
• Subguia 4, referente a declaração de exportação Estrangeira.

Figura 17 - Tela guia mercadoria, subguia 1.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:


• Nos campos NALADI/SH e NALADI/NCCA clicar no botão da letra T,
obtém-se o acesso a tabela SISCOMEX. Não se aplica ao exemplo.
• Selecionar com o cursor no quadro NCM, informar o código
3901.10.10 de acordo com o (ANEXO A), item 35 e informações do
(ANEXO B).
103

• Automaticamente, após informar o código no quadro NCM, o sistema


alimentará o quadro Denominação NCM, Alíquota I.I., Alíquota I.P.I.
e Unidade de Medida Estatística.
• Preencher no campo Quantidade na Medida Estatística: “17.000,00”
de acordo com as informações do (ANEXO B) e (ANEXO C).
• Preencher no campo Peso Líquido: “17.000,00” de acordo com o
(ANEXO A), item 37 e informações do (ANEXO B) e (ANEXO C).
• No quadro Aplicação, seleciona a opção: “Revenda” de acordo com o
(ANEXO A), item 39.
• Para passar para a próxima subguia 2, seleciona-se com o cursor a
aba da respectiva subguia.

3.3.17 Guia mercadoria/subguia 2

Na subguia 2 descrevemos os detalhes da mercadoria, incluindo sua


descrição completa e utilização.

Figura 18 - Tela guia mercadoria, subguia 2.


104

Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:


• No quadro Descrição Detalhada de Mercadoria, preencher no
campo Unidade Comercializada: “Tonelada” de acordo com o
(ANEXO A), item 42.3 e informações do (ANEXO B) e do (ANEXO C).
• No quadro Descrição Detalhada de Mercadoria, preencher no
campo Quantidade na Unidade Comercializada: “17,00” de acordo
com o (ANEXO A), item 42.4 e informações do (ANEXO B) e do
(ANEXO C).
• No quadro Descrição Detalhada de Mercadoria, preencher no
campo Valor Unitário: “1.620,00” de acordo com o (ANEXO A), item
43.2 e informações do (ANEXO B).
• No quadro Descrição Detalhada de Mercadoria, preencher no
campo Especificação a descrição completa da mercadoria de acordo
com o (ANEXO A), item 42 e 42.2.
• Após incluir todas as informações no quadro Descrição Detalhada
de Mercadoria, selecionar e clicar com o cursor a opção Incluir.
• Para passar para a próxima subguia 3, seleciona-se com o cursor a
aba da respectiva subguia.

3.3.18 Guia mercadoria/subguia 3

A subguia 3 refere-se à Nomenclatura Aduaneiro e Estatística (NVE)


obrigatória para alguns produtos. Essa nomenclatura permite a identificação unívoca
da mercadoria, evitando a generalidade da descrição livre da subguia 2.
105

Figura 19 - Tela guia mercadoria, subguia 3.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Pelo exemplo, não há NVE para o produto importado.


• Para passar para a próxima subguia 4, seleciona-se com o cursor a
aba da respectiva subguia.

3.3.19 Guia mercadoria/subguia 4

Não há regulamentação para preenchimento da subguia 4.


106

Figura 20 - Tela guia mercadoria, subguia 4.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Não se aplica ao exemplo dessa importação.


• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba da
respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia
Valor Aduaneiro da Figura 21.

3.3.20 Guia valor aduaneiro

Na ficha Valor Aduaneiro define a base de cálculo do imposto, o valor


aduaneiro de acordo com as informações da guia Carga e Mercadoria.
107

Figura 21 - Tela guia valor aduaneiro.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:


• Nos campos INCOTERM e Método de Valoração Aduaneira, clicar
no botão da letra T, obtém-se o acesso a tabela do SISCOMEX.
• No quadro Condição de Venda da Mercadoria, selecionar no campo
Incoterm: “CFR” de acordo com informações do (ANEXO B) e
(ANEXO D).
• No quadro Condição de Venda da Mercadoria, preencher no campo
Local da Condição: “ITAJAÍ/SC” de acordo com informações do
(ANEXO B) e (ANEXO D).
• Demais informações são preenchidas automaticamente pelo sistema.
• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba
da respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia
Tributos da Figura 22.
108

3.2.21 Guia tributos/subguia I.I.

A guia Tributos compreende cinco subguias, em que há espaço para definir


as alíquotas dos tributos federais, bem como os tratamentos específicos, isenções e
suspensões.
Na subguia I.I., o sistema informa automaticamente a Base de Cálculo,
obtida pelo somatório do preço da mercadoria, do frete e do seguro (se houver),
ajustado pelos acréscimos, deduções e complementos lançados na ficha Valor
Aduaneiro.

Figura 22 - Tela guia tributos, subguia I.I..


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:


• No campo Código, clicar no botão da letra T obtém-se o acesso a
tabela do SISCOMEX.
• No quadro Regime de Tributação, selecionar no campo Código: “1”
de acordo com o (ANEXO A), item 46.
• Demais informações são preenchidas automaticamente pelo sistema.
109

• Para passar para a próxima subguia, seleciona-se com o cursor a aba


da respectiva subguia I.P.I. da Figura 23.

3.3.22 Guia tributos/subguia I.P.I.

A subguia I.P.I. refere-se ao cálculo do IPI, com informações lançadas


automaticamente pelo sistema.

Figura 23 - Tela guia tributos, subguia I.P.I.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento:
• No quadro Regime de Tributação, selecionar o item Recolhimento
Integral de acordo com o (ANEXO A), item 47;
• Demais informações são preenchidas automaticamente pelo sistema;
• Para passar para a próxima subguia, seleciona-se com o cursor a aba
da respectiva subguia I.P.I. da Figura 24.
110

3.3.23 Guia tributos/subguia PIS/COFINS (PIS/PASEP)

Na subguia PIS/COFINS refere-se ao cálculo do PIS e da COFINS, tendo


portanto, duas subguias, uma para cada tributo.

Figura 24 - Tela ficha tributos, subficha PIS/COFINS (PIS/PASEP).


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:


• No campo Código, clicar no botão da letra T obtém-se o acesso a
tabela do SISCOMEX.
• No campo Alíquota do ICMS, preencher: “17” de acordo com
(ANEXO A), o item 49.1;
• Demais informações são preenchidas automaticamente pelo sistema;
• Para passar para a próxima subguia, seleciona-se com o cursor a aba
da respectiva subguia Cofins da Figura 25.
111

3.3.24 Guia tributos/subguia PIS/COFINS (COFINS)

Na subguia Cofins, automaticamente o sistema preenche a alíquota


aplicável.

Figura 25 - Tela guia tributos, subguia PIS/COFINS (COFINS).


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

• Para passar para a próxima subguia, seleciona-se com o cursor a aba


da respectiva subguia Antidumping da Figura 26.

3.3.25 Guia tributos/subguia antidumping

Nessa guia são registrados os valores correspondentes, caso a mercadoria


esteja sujeita a aplicação de alguma medida de defesa comercial.
112

Figura 26 - Tela guia tributos, subguia antidumping.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Não se aplica ao exemplo dessa importação.


• Para passar para a próxima subguia, seleciona-se com o cursor a aba
da respectiva subguia Cálculos da Figura 27.

3.3.26 Guia tributos/subguia cálculos

Essa ficha indica o montante dos tributos federais a serem recolhidos no ato
do registro da Declaração de Importação, faltando apenas a taxa de utilização do
SISCOMEX.
113

Figura 27 - Tela guia tributos/subguia cálculos.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba da


respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia
Câmbio da Figura 28.

3.3.27 Guia câmbio

A guia Câmbio serve para registrar como será feito o pagamento da


mercadoria.
114

Figura 28 - Tela guia câmbio.


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:


• No campo Modalidade de Pagamento, clicar no botão da letra T
obtém-se o acesso a tabela do SISCOMEX.
• No quadro Cobertura Cambial, seleciona-se a opção 1 – Até 180
Dias;
• No quadro Modalidade de Pagamento, selecionar com o cursor a
opção “31” de acordo com o (ANEXO B);
• No quadro Pagamento em até 180 Dias, selecionar a opção
Parcelas Fixas;
• No quadro Pagamento em até 180 Dias, preencher no campo Nº de
Parcelas o número “1” de acordo com o (ANEXO B);
• No quadro Pagamento em até 180 Dias, preencher no campo
Periodicidade o número “60” de acordo com o (ANEXO B);
• No quadro Pagamento em até 180 Dias, preencher no campo Valor
Total o valor da importação “27.540,00” de acordo com o (ANEXO B);
• No quadro Pagamento em até 180 Dias, selecionar na opção
Indicador de Periodicidade;
115

• Após o preenchimento de todas as guias da Adição, selecionar a


opção Salvar, no menu Arquivo. Para fechar, selecionar a opção
Fechar, no mesmo menu.

3.3.28 Transmissão para análise 1º passo

Após preenchimento de todos os campos da DI, a declaração deverá ser


transmitida Para a Análise.

Figura 29 - Tela Declaração de Importação


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de envio dos dados declarados na DI:


116

• No menu, selecione a opção Transmissão e logo após, clique na


opção Para Análise.

3.3.28.1 Transmissão para análise 2º passo

Automaticamente, o sistema vai abrir uma nova janela. Neste exemplo,


selecione o processo 40901101 e clique em Ok para transmitir a DI.

Figura 30 - Tela Transmissão para Análise


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

3.3.29 Transmissão para diagnóstico

Após transmitir a DI Para Análise, clicar no menu opção Diagnóstico.


Automaticamente, o sistema vai abrir uma janela.
117

Figura 31 - Tela Diagnóstico por Nº de Transmissão


Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de envio:
• Selecione o processo e clique em Incluir. Logo após, clique em Ok
para transmitir ao Diagnóstico.
• Automaticamente, o sistema retornará com eventuais alertas sobre o
preenchimento.
• Status de Ok com sinal verde significa que a DI poderá ser registrada.

Após o registro da Declaração de Importação, o SISCOMEX retorna com o


número da DI, esse número identificador deverá ser anotado na capa de processo.
O extrato da Declaração será emitido de acordo com (ANEXO E) e, após a
parametrização via SISCOMEX, nesse exemplo parametrizado no canal verde,
automaticamente será possível emitir o Comprovante de Importação (ANEXO F).
118

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em geral, as organizações passam por um processo de modificações nos


quais o conhecimento e o capital intelectual tornaram-se recursos extremamente
essenciais. As informações aparecem a todo o momento e o nível de conhecimento
exigido dos profissionais se eleva gradativamente e neste panorama as
organizações que almejam acompanhar as novas tendências e tecnologias do
mercado devem estar preparadas com profissionais qualificados que tenham os
conhecimentos, habilidades e atitudes essenciais.
E para que os profissionais estejam qualificados e tenham a possibilidade de
oferecer um nível de serviço satisfatório, correspondendo aos clientes e contribuindo
para o desenvolvimento crucial da organização é inevitável que eles recebam
treinamento continuadamente, tenham manuais de padronização dos processos e
ambiente favorável para estarem capacitados e aptos a satisfazerem as
necessidades da organização e consequentemente do cliente final.
A partir da pesquisa foi possível levantar as variáveis que interferem no
resultado do despacho aduaneiro na empresa Hansa Logística Global Ltda. Com
isso foi possível sugerir ações que poderão ajudar na melhoria do rendimento das
funções, como a realização da pré-conferência da declaração pelo Coordenador
antes do envio para registro.
Seguindo essa linha de pensamento, o estudo desse trabalho teve como
principal objetivo desenvolver um manual para padronização dos processos
aduaneiros no setor de importação, no registro de declarações de importações do
tipo consumo, com intuito de reduzir erros de registro. E para que este objetivo fosse
atingido foram traçados os segundos objetivos específicos: (1) Identificar o perfil dos
colaboradores; (2) Levantar o tipo de DI predominante, emitidas na Hansa; (3)
Levantar os valores das multas recolhidas pela Hansa; (4) Levantar os valores das
multas recolhidas pela RFB em Itajaí (SC); (5) Apresentar a legislação pertinente; (6)
Reunir os documentos de importação; (7) Levantar os padrões de trabalho e (8)
Descrever as etapas da realização de um despacho aduaneiro de importação do tipo
para consumo.
119

Quanto ao manual, que foi desenvolvido pelos acadêmicos relatado no


objetivo geral do presente trabalho, pode ser evidenciado pela teoria de OSM,
utilizou-se de conhecimentos específicos de livros, contribuindo para a modelagem
do setor de importação da empresa Hansa Logística Global Ltda. Dentro desse
panorama criou-se o quadro de distribuição do trabalho (APÊNDICE A), o qual
demonstra o padrão de trabalho na execução das tarefas. Utilizando-se da técnica
QDT, foram expostas as etapas do despacho aduaneiro de importação demonstrada
no fluxograma (APÊNDICE B).
Além de conhecimentos técnicos no despacho aduaneiro, utilizou-se de
embasamentos teóricos compostos do Comércio Exterior, importação e legislações
vigentes (ANEXO A), contribuindo no desenvolvimento do manual de processos.
Com relação ao perfil dos colaboradores (TABELAS 1 e 2), percebe-se que
tanto em nível de escolaridade e profissional atendem as expectativas da Hansa,
pois todos tem conhecimento de informática, todos tem familiaridade com as
legislações vigentes na área e todos estão matriculados em Curso Superior. Com os
resultados dessa pesquisa demonstra-se também o diferencial intelectual da
organização.
Já no Apêndice B está o fluxograma de processos do despacho aduaneiro
de importação. Com a sua construção foi possível verificar os documentos
necessários para a importação, levantar os padrões de trabalho e descrever as
etapas do despacho aduaneiro.
Compete ressaltar que a forma como esse trabalho foi desenvolvido
propiciou a apresentação de considerações sobre as questões teóricas envolvidas,
bem como na análise dos resultados e demonstrar algumas limitações e sugestões
para a realização de futuros trabalhos nesta mesma área.

4.1 Considerações sobre as questões teóricas envolvidas

A padronização de processos dentro de uma empresa é importante para


todas as partes envolvidas na operação, pois, assegura que a tarefa será executada
de forma homogênea e que todos os colaboradores estejam capacitados para tal
120

função. Seguindo este pensamento, Cury (2005) assegura que os manuais são
documentos preparados na empresa com o intuito de padronizar os procedimentos
que merecem atenção e são observados nas diversas áreas de atuação, tornando-se
excelente aparato de racionalização de métodos e de aperfeiçoamento, integrando
diversos subsistemas organizacionais.
Com base nos aspectos metodológicos, a pesquisa utilizou o método
qualitativo com aporte quantitativo, caracterizou-se como uma proposição de planos,
pois se destina a desenvolver um manual para padronização dos processos
aduaneiros no setor de importação, a fim de reduzir erros no registro de declarações
de importação.
A pesquisa está fundamentada em conhecimentos teóricos, abordando
assuntos relacionados à: (1) Administração; (2) Padronização; (3) Qualidade; (4)
Organização, Sistemas e Métodos; (5) Globalização; (6) Comércio Exterior; (7)
Importação; (8) Despacho Aduaneiro; entre outros.
A Administração embasa as demais áreas, tornando as temáticas de
Padronização; Qualidade e OSM como sua ramificação. Na questão da globalização
na qual desencadeou-se os temas de Comércio Exterior, Importação e Despacho
Aduaneiro pode se perceber gradativamente como houve a necessidade de se
negociar com o mundo e por esse motivo trouxeram à tona essas temáticas.

4.2 Considerações sobre os resultados

Este estudo teve como objetivo geral desenvolver um manual para


padronização dos processos aduaneiros no setor de importação, no registro de
declarações de importações do tipo consumo, com intuito de reduzir erros de registro.
E pode-se assegurar que o objetivo geral foi alcançado por meio do manual de
processos que foi desenvolvido pelos estagiários.
Com relação ao primeiro objetivo específico, em identificar o perfil dos
colaboradores, aplicou-se um questionário com 9 questões fechadas referentes ao
perfil demográfico dos mesmos, demonstrado no (TABELAS 1 e 2), com base
nessas informações identificou-se que 50% tem experiência anterior na área de
121

importação, e todos estão matriculados em Curso Superior. No segundo objetivo


específico buscou-se levantar o tipo de DI predominante, com base em pesquisa
documental desenvolveu-se a Tabela 3 descrevendo os tipos de DI existentes e o
percentual utilizado na Hansa nos anos de 2008, 2009 até julho de 2010. Ficando
constatado que em elevado número, a DI predominante emitida na Hansa é a do tipo
consumo.
Já para o terceiro objetivo específico, que foi levantar os valores das multas
recolhidas pela Hansa, baseando-se em pesquisa documental e estão demonstrados
na Tabela 4 os valores desde 2008 até julho de 2010. E para visualizar o documento
oficial fornecido pela empresa foi disponibilizado o (APÊNDICE H).
O quarto objetivo específico, que foi levantar os valores das multas recolhidas
pela RFB em Itajaí (SC), foi enviado um ofício solicitando por meio do (APÊNDICE C)
ao Exmo Sr. Luis Gustavo Robetti (Chefe da EDA 1) a solicitação de dados
pertinentes a pesquisa, tal ofício foi protocolado com data de recebimento pela RFB
no dia 29 de julho de 2010. E como resultado deste item, na Tabela 5 demonstra os
valores das arrecadações brutas desde janeiro de 2006 até julho de 2010.
Demonstrando um crescimento nas arrecadações das multas substancialmente
expressivo, com isso, justificasse o desenvolvimento do manual, pois, padronizando
os processos busca-se eficiência para melhorar o registro das DI’s.
No quinto objetivo específico apresentou-se a legislação pertinente (ANEXO
A) da IN SRF 680 de 02 de outubro de 2006. Com relação às multas aplicadas ao
despacho aduaneiro, formatou-se o Quadro 6 que demonstra a síntese do
Regulamento Aduaneiro do Decreto 6.759/2009, resumido pelos artigos pertinentes e
a descrição completa das multas recolhidas nos códigos das multas (2185 – sem
redução e 5149 – com redução) com os valores ou percentuais sobre o valor
aduaneiro.
Como sexto objetivo específico proposto que é reunir os documentos de
importação, que são: (1) fatura comercial; (2) packing list; e (3) B/L estão alocados
aos (ANEXOS B; C; e D) respectivamente. Com relação ao sétimo e oitavo objetivos
específicos que foram de levantar os padrões de trabalho e descrever as etapas do
despacho aduaneiro de importação do tipo para consumo respectivamente,
basearam-se na bibliografia indicada no Quadro 1 e mediante ao fluxograma de
processos no (APÊNDICES A e B) fica descrito de maneira ordenada como se
realizou tais situações.
122

4.3 Limitações, contribuições e recomendações

Contudo, as limitações desse estudo que podem ser elencadas é a questão


de não haver diversidade de bibliografia atualizada na biblioteca referente ao
assunto de despacho aduaneiro, porém como essa área é regida por bases legais
(leis, decretos e instruções normativas), as atualizações são realizadas pelos órgãos
públicos e podem ser acessadas pela Internet em endereços eletrônicos dos órgãos
competentes. Outra limitação foi a questão referente ao ofício de solicitação de
dados as Comissárias de Despacho Aduaneiro concorrentes, na qual apenas uma
empresa respondeu o questionário positivamente.
A contribuição para a organização foi a elaboração do manual, desenvolvido
pelos acadêmicos que poderá ser aplicado no setor de importação. Contudo, após o
treinamento dos colaboradores o manual poderá ser utilizado como sistema de
consulta. Já como recomendação, os acadêmicos propõem a Hansa Logística
Global Ltda. a implantação do manual de padronização nos processos no setor de
importação após um treinamento com todos os colaboradores envolvidos.
Para que o manual atenda o requisito de padronizar a operação com ênfase
na qualidade da prestação de serviço é necessário que os colaboradores passem
por um treinamento adequado junto ao Coordenador da empresa, a fim de
maximizar a produtividade com superior percentual de eficiência nas declarações
emitidas, tornando as atividades sem o recolhimento de multas.
Em resumo, com a conclusão desse trabalho para os estagiários, fica a
sensação de ter contribuído de alguma forma para levantar questões importantes,
bem como, serviu para aprimorar os conhecimentos sobre o tema estudado e de
forma ampla contribuir para que os conhecimentos adquiridos nas cadeiras da
universidade fossem colocados na prática.
123

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127

ANEXOS
128

ANEXO A – Anexo Único IN SRF 680

ANEXO ÚNICO

INFORMAÇÕES A SEREM PRESTADAS PELO IMPORTADOR


1 - Tipo de Declaração
Conjunto de informações que caracterizam a declaração a ser elaborada, de
acordo com o tratamento aduaneiro a ser dado à mercadoria objeto do despacho,
conforme a tabela "Tipos de Declaração", administrada pela SRF.
2 - Tipo de Importador
Identificação do tipo de importador: pessoa jurídica, pessoa física ou missão
diplomática ou representação de organismo internacional.
3 - Importador
Identificação da pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no
território aduaneiro.
4 - Caracterização da Operação
Indica se a importação é própria ou por conta e ordem de terceiros.
5 - Adquirente da Mercadoria
Identificação do adquirente da mercadoria no caso de importação por conta e
ordem de terceiros.
6 - Operação FUNDAP
Indicativo de operação de importação efetuada por empresa integrante do
sistema FUNDAP - Fundo para Desenvolvimento das Atividades Portuárias.
7 - Representante Legal
Número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da
Fazenda, da pessoa habilitada a representar o importador nas atividades
relacionadas ao despacho aduaneiro.
8 - Processo
Tipo e identificação do processo formalizado na esfera administrativa ou
judicial que trate de pendência, consulta ou autorização relacionada à importação
objeto do despacho.
9 - Modalidade do Despacho
Modalidade de despacho aduaneiro da mercadoria.
Fl. 2 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006.
10 - URF de Despacho
Unidade da Receita Federal responsável pela execução dos procedimentos
necessários ao desembaraço aduaneiro da mercadoria importada, de acordo com a
tabela "Órgãos da SRF", administrada pela SRF.
11 - URF de Entrada no País
Unidade da Receita Federal que jurisdiciona o local de entrada da mercadoria
no País, de acordo com a tabela "Órgãos da SRF" administrada pela SRF.
12 - Outros Documentos de Instrução do Despacho Documentos necessários
para o despacho aduaneiro, além daqueles informados em campo próprio da
declaração.
13 - País de Procedência
129

País onde a mercadoria se encontrava no momento de sua aquisição e de


onde saiu para o Brasil, independentemente do país de origem ou do ponto de
embarque final, de acordo com a tabela "Países" administrada pelo BACEN.
14 - Via de Transporte
Via utilizada no transporte internacional da carga.
14.1 - Indicativo de Multimodal
Indicativo da utilização de mais de uma via, de acordo com o conhecimento
de transporte internacional.
15 - Veículo Transportador
Identificação do veículo que realizou o transporte internacional da carga.
16 - Transportador
Razão Social da pessoa jurídica, nacional ou estrangeira, que realizou o
transporte internacional e emitiu o conhecimento de transporte (único ou master).
16.1 - Bandeira
Identificação da nacionalidade do transportador, utilizando o código do país
do transportador, conforme a tabela "Países", administrada pelo BACEN.
Fl. 3 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006.
16.2 - Agente do Transportador
Número de inscrição no CNPJ/MF, da pessoa jurídica nacional que
representa o transportador da carga.
17 - Documento da Chegada da Carga
Documento que comprova a chegada da carga no recinto alfandegado sob a
jurisdição da URF de despacho, de acordo com a via de transporte internacional
utilizada.
18 - Conhecimento de Transporte
Documento emitido pelo transportador ou consolidador, constitutivo do
contrato de transporte internacional e prova de propriedade da mercadoria para o
importador.
18.1 - Identificação
Indicação do tipo e número de documento, conforme a via de transporte
internacional.
18.2 - Indicativo de Utilização do Conhecimento Indicativo de utilização do
conhecimento no despacho aduaneiro.
18.3 - Identificação do Conhecimento de Transporte Máster Identificação do
documento de transporte da carga consolidada (master), que inclua conhecimento
house informado.
19 - Embarque
Local e data do embarque da carga.
19.1 - Local de Embarque
Denominação da localidade onde a carga foi embarcada, de acordo com o
conhecimento de transporte. Local de postagem ou de partida da carga, nos demais
casos.
19.2 - Data de Embarque
Data de emissão do conhecimento de transporte, da postagem da mercadoria
ou da partida da mercadoria do local de embarque.
20 - Volumes
Características dos volumes objeto do despacho.
Fl. 4 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006.
130

20.1 - Tipo de Embalagem


Espécie ou tipo de embalagem utilizada no transporte da mercadoria
submetida a despacho, conforme a tabela "Embalagens", administrada pela SRF.
20.1.1 - Quantidade
Número de volumes objeto do despacho, exceto para mercadoria a granel.
21 - Peso Bruto
Somatório dos pesos brutos dos volumes objeto do despacho, expresso em
Kg (quilograma) e fração de cinco (5) casas decimais.
22 - Peso Líquido
Somatório dos pesos líquidos das mercadorias objeto do despacho, expresso
em Kg (quilograma) e fração de cinco (5) casas decimais.
23 - Data da Chegada
Data da formalização da entrada do veículo transportador no porto, no
aeroporto ou na Unidade da SRF que jurisdicione o ponto de fronteira alfandegado.
24 - Local de Armazenamento
Local alfandegado, em zona primária ou secundária, onde se encontre a
mercadoria, ou, no caso de despacho antecipado, onde a mesma deverá ficar à
disposição da fiscalização aduaneira para verificação.
24.1 - Recinto Alfandegado
Código do recinto alfandegado conforme a tabela "Recintos Alfandegados",
administrada pela SRF.
24.2 - Setor
Código do setor que controla o local de armazenagem da mercadoria,
conforme tabela administrada pela URF de despacho.
24.3 - Identificação do Armazém
Código do armazém, quando a informação constar de tabela administrada
pela URF de despacho.
Fl. 5 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006.
25 - Custo do Transporte Internacional
Custo do transporte internacional das mercadorias objeto do despacho, na
moeda negociada, de acordo com a tabela "Moedas", administrada pelo BACEN. As
despesas de carga, descarga e manuseio associadas a esse trecho devem ser
incluídas no valor do frete.
25.1 - Valor Prepaid na Moeda Negociada
Valor do frete constante do conhecimento de transporte, pago no exterior
antecipadamente ao embarque, inclusive "valor em território nacional", se for o caso.
25.2 - Valor Collect na Moeda Negociada
Valor do frete constante do conhecimento de transporte, a ser pago no Brasil,
inclusive "valor em território nacional", se for o caso.
25.3 - Valor em Território Nacional na Moeda Negociada
Valor da parcela do frete destacada no conhecimento, correspondente ao
transporte dentro do território nacional.
26 - Seguro Internacional
Valor do prêmio de seguro internacional relativo às mercadorias objeto do
despacho, na moeda negociada, de acordo com a tabela "Moedas", administrada
pelo BACEN.
27 - Valor Total da Mercadoria no Local de Embarque (VTMLE)
Valor total das mercadorias objeto do despacho no local de embarque, na
moeda negociada, conforme a tabela "Moedas", administrada pelo BACEN. Quando
131

as mercadorias objeto da declaração tiverem sido negociadas em moedas diversas,


esse valor deve ser informado em real. Somatório das adições.
28 - Compensação de Tributos
Valor reconhecido a título de crédito, correspondente a tributo recolhido a
maior ou indevidamente, utilizado pelo importador para reduzir os tributos a recolher
apurados na declaração. Preenchimento completo do quadro quando houver
compensação de tributo na declaração.
28.1 - Código de Receita
Código da receita tributária conforme a "Tabela Orçamentária", administrada
pela SRF.
Fl. 6 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006.
28.2 - Valor a compensar
Valor do crédito a compensar.
28.3 - Referência
Tipo e número do documento comprobatório do crédito a ser considerado
para compensação.
29 - DARF
Transcrição dos dados constantes do DARF - Documento de Arrecadação de
Receitas Federais. Informação obrigatória nas declarações que apuraram impostos
a recolher.
29.1 - Código de Receita
Código de receita tributária conforme a "Tabela Orçamentária", administrada
pela SRF.
29.2 - Código do Banco, da Agência e da Conta Corrente
Código do banco, da agência e da conta corrente arrecadadora do tributo
constantes da autenticação mecânica.
29.3 - Valor do Pagamento
Valor do tributo pago constante da autenticação mecânica.
29.4 - Data do Pagamento
Data do pagamento do tributo constante da autenticação mecânica.
30 - Informações Complementares
Informações adicionais e esclarecimentos sobre a declaração ou sobre o
despacho aduaneiro.
31 - Documento Vinculado
Identificação do tipo e número do documento de despacho aduaneiro anterior
(DI ou RE), que justifica o tratamento requerido no despacho atual.
32 - Licenciamento de Importação
Número de identificação da Licença de Importação (LI).
Fl. 7 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006.
33 - Exportador
Identificação da pessoa que promoveu a venda da mercadoria e emitente da
fatura comercial.
34 - Fabricante ou Produtor
Identificação da pessoa que fabricou ou produziu a mercadoria e sua relação
com o exportador.
35 - Classificação Fiscal da Mercadoria
132

Classificação da mercadoria, segundo a Nomenclatura Comum do


MERCOSUL (NCM) e Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM), conforme
tabelas administradas pela SRF.
35.1 - Destaque para Anuência
Destaque da mercadoria dentro do código NCM para fins de licenciamento da
importação, conforme tabela "Destaque para Anuência", administrada pela SECEX.
Informação obrigatória quando NCM sujeita a anuência.
35.2 - "Ex" para o Imposto de Importação
Destaque da mercadoria dentro do código NCM, para o Imposto de
Importação.
35.2.1 - Ato Legal
Ato legal que instituiu o "ex" na NCM.
35.3 - "Ex" para o Imposto sobre Produtos Industrializados
Destaque da mercadoria dentro do código NBM, para o Imposto sobre
Produtos Industrializados.
35.3.1 - Ato Legal
Ato legal que instituiu o "ex" na NBM.
36 - Classificação da Mercadoria na NALADI/SH ou NALADI/ NCCA
Classificação da mercadoria, segundo a Nomenclatura da Associação Latino-
Americana de Integração (NALADI) com base no Sistema Harmonizado de
Codificação e Designação de Mercadorias (SH) ou na Nomenclatura do Conselho de
Cooperação Aduaneira (NCCA). Informação obrigatória quando o país de
procedência for membro da ALADI.
Fl. 8 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006.
37 - Peso Líquido das Mercadorias da Adição
Peso líquido das mercadorias constantes da adição, expresso em quilograma
e fração de cinco casas decimais.
38 - Destaque NCM Anuência/CIDE
Destaque NCM Anuência/CIDE.
39 - Aplicação da Mercadoria
Destino da mercadoria: consumo ou revenda.
40 - Indicativos da Condição da Mercadoria
Assinalar o(s) indicativo(s) abaixo, se adequado(s) à condição da mercadoria
objeto da adição:
1 - Material usado
2 - Bem sob encomenda
41 - Condição de Negócio da Mercadoria
Cláusula contratual que define as obrigações e direitos do comprador e do
vendedor, em um contrato internacional de compra e venda de mercadoria, de
acordo com a tabela INCOTERMS, administrada pela SECEX.
41.1 - Local da Condição
Ponto ou local até onde o vendedor é responsável pelos custos dos
elementos próprios da condição.
42 - Descrição Detalhada da Mercadoria
Descrição completa da mercadoria de modo a permitir sua perfeita
identificação e caracterização.
42.1 - Nomenclatura de Valor e Estatística (NVE)
133

Nomenclatura de classificação da mercadoria, para fins de valoração


aduaneira e estatística, por marca comercial e código, conforme a tabela "NVE",
administrada pela SRF.
Fl. 9 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006.
42.2 - Especificação
Espécie, tipo, marca, número, série, referência, medida, nome científico e/ou
comercial, etc. da mercadoria.
42.3 - Unidade Comercializada
Unidade de medida utilizada na comercialização da mercadoria, conforme
fatura comercial.
42.4 - Quantidade na Unidade Comercializada
Número de unidades da mercadoria, na unidade de medida comercializada.
42.5 - Valor Unitário da Mercadoria na Condição de Venda
Valor da mercadoria por unidade comercializada, na condição de venda
(INCOTERMS) e na moeda negociada, de acordo com a fatura comercial.
43 - Informações Estatísticas
Informações para fins estatísticos.
43.1 - Quantidade
Quantidade da mercadoria expressa na unidade estatística, exceto quando
esta for quilograma.
43.2 - Valor Unitário da Mercadoria na Condição de Venda Valor da
mercadoria por unidade estatística, na condição de venda e na moeda negociada.
44 - Valoração Aduaneira
Método, acréscimos, deduções e informações complementares para
composição do valor aduaneiro, base de cálculo do imposto de importação.
44.1 - Método de Valoração
Método utilizado para valoração da mercadoria, conforme a tabela "Método de
Valoração", administrada pela SRF, e indicativo de vinculação entre o comprador e o
vendedor.
Fl. 10 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006
44.2 - Acréscimos
Valores a serem adicionados ao preço efetivamente pago ou a pagar, para
composição do valor aduaneiro, conforme a tabela "Acréscimos", administrada pela
SRF.
44.3 - Deduções
Valores a serem excluídos do preço efetivamente pago ou a pagar, para
composição do valor aduaneiro, conforme a tabela "Acréscimos", administrada pela
SRF.
44.4 - Complemento
Informações complementares que justifiquem a composição do valor
aduaneiro.
45 - Acordo Tarifário
Tipo de Acordo que concede preferência tarifária para a mercadoria.
45.1 - Acordo ALADI
Preenchimento obrigatório do código do Acordo ALADI, conforme a tabela
"Acordos ALADI", administrada pela SRF, quando a mercadoria for procedente de
país membro da ALADI, mesmo quando não negociada.
45.1.1 - Ato Legal
134

Ato do Executivo que deu vigência ao Acordo no País.


No caso de vigência administrativa, indicar o número do Protocolo.
45.1.2 - "Ex" ou "Observação"
Destaque da mercadoria negociada no Acordo, na NALADI (SH ou NCCA).
45.1.3 - Alíquota do Acordo
Alíquota estabelecida no Acordo para a mercadoria. No caso de margem de
preferência, deverá ser informada alíquota residual.
45.2 - Acordo OMC/GATT
45.2.1 - Ato Legal
Ato que promulga o Acordo no País.
No caso de vigência administrativa, indicar o número do Protocolo.
Fl. 11 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006.
45.2.2 - "Ex" OMC/GATT
Destaque de mercadoria negociada no Acordo.
45.2.3 - Alíquota do Acordo OMC
Alíquota estabelecida no Acordo para a mercadoria. No caso de margem de
preferência, deverá ser informada alíquota residual.
45.3 - Acordo SGPC
45.3.1 - Ato Legal
Ato que promulga o Acordo no País.
No caso de vigência administrativa, indicar o número do Protocolo.
45.3.2 - "Ex"
Destaque de mercadoria negociada no Acordo.
45.3.3 - Alíquota do Acordo
Alíquota estabelecida no Acordo para a mercadoria. No caso de margem de
preferência, deverá ser informada alíquota residual.
46 - Regime de Tributação para o Imposto de Importação
Regime de tributação pretendido, conforme a tabela "Regimes de Tributação
do I.I.", administrada pela SRF.
46.1 - Enquadramento Legal
Enquadramento legal que ampara o regime de tributação pretendido para o
I.I., conforme a tabela "Fundamentação Legal", administrada pela SRF.
46.2 - Redução
Benefício aplicável ao I.I. quando o regime de tributação for "redução". Pode
ser uma alíquota reduzida ou um percentual de redução do imposto, conforme
previsto no texto legal. A aplicação de um tipo de redução exclui o outro.
46.2.1 - Alíquota Reduzida
Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto.
Fl. 12 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006.
46.2.2 - Percentual de Redução do Imposto
Percentual de redução aplicável sobre o valor do imposto devido.
47 - Regime de Tributação para o Imposto sobre Produtos Industrializados.
Regime de tributação pretendido, conforme a tabela "Regimes de Tributação
do I.P.I.", administrada pela SRF.
47.1 - Fundamento Legal
Fundamento legal que ampara o regime de tributação pretendido para o I.P.I.,
conforme a tabela "Fundamentação Legal", administrada pela SRF.
47.2 - Redução
135

Benefício aplicável ao I.P.I. quando o regime de tributação for "redução". Pode


ser uma alíquota reduzida ou um percentual de redução do imposto, conforme
previsto no texto legal. A aplicação de um tipo de redução exclui o outro.
47.2.1 - Alíquota Reduzida
Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto.
47.2.2 - Percentual de Redução do Imposto
Percentual de redução aplicável sobre o valor do imposto devido.
48 - Imposto de Importação
Cálculo do imposto de importação em real.
48.1 - Tipo de Alíquota
Tipo de alíquota aplicável: ad valorem ou unitária.
48.2 - Base de Cálculo para Alíquota Unitária
Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em
ato legal.
48.3 - Unidade de Medida para Alíquota Unitária
Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria.
48.4 - Alíquota ad valorem
Alíquota vigente, conforme a Tarifa Externa Comum (TEC).
Fl. 13 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006.
48.5 - Alíquota Unitária
Valor por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo, expresso
em real.
49 - PIS/COFINS
49.1 - Alíquota do ICMS
Valor da alíquota do ICMS.
49.2 - Redução da Base de Cálculo
49.2.1 - Fundamento Legal
Fundamento legal que ampara o regime de tributação pretendido para o
PIS/COFINS.
49.2.2 - Percentual de Redução
Percentual de redução aplicável sobre o valor do imposto devido.
50 - Regime de Tributação
Código do regime de tributação pretendido e fundamento legal que ampara o
regime de tributação pretendido.
51 - Alíquota PIS/PASEP
51.1 - Alíquota PIS/PASEP ad valorem
Tipo de alíquota aplicável ad valorem.
51.1.1 - Alíquota ad valorem
Alíquota ad valorem vigente, conforme a Tarifa Externa Comum (TEC).
51.1.2 - Alíquota Reduzida
Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto.
51.2 - Alíquota PIS/PASEP Unitária
Tipo de alíquota aplicável específica.
51.2.1 - Alíquota Unitária
Valor por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo, expresso
em real.
Fl. 14 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006.
51.3 - Unidade de Medida para Alíquota Unitária
136

Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria.


51.4 - Base de Cálculo para Alíquota Unitária
Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em
ato legal.
52 - Alíquota COFINS
52.1 - Alíquota COFINS ad valorem
Tipo de alíquota aplicável ad valorem.
52.1.1 - Alíquota ad valorem
Alíquota ad valorem vigente, conforme a Tarifa Externa Comum (TEC).
52.1.2 - Alíquota Reduzida
Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto.
52.2 - Alíquota COFINS Unitária
Tipo de alíquota aplicável específica.
52.2.1 - Alíquota Unitária
Valor por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo, expresso
em real.
52.3 - Unidade de Medida para Alíquota Unitária
Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria.
52.4 - Base de Cálculo para Alíquota Unitária
Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em
ato legal.
53 - Direitos Antidumping e Compensatórios
Cálculo do direito Antidumping ou do direito compensatório, em real.
53.1 - "Ex"
Destaque da mercadoria dentro do código NCM, se houver.
Fl. 15 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006.
53.2 - Ato legal
Instrumento jurídico que ampara o direito exigível, conforme a tabela "Atos
Legais", administrada pela SRF.
53.3 - Tipo de Alíquota
Tipo de alíquota aplicável.
53.4 - Base de Cálculo para Aplicação da Alíquota
Valor tributável ou quantidade da mercadoria na unidade de medida,
conforme estabelecido em ato legal.
53.5 - Unidade de Medida para Aplicação da Alíquota
Unidade de medida estabelecida no ato legal para a mercadoria.
53.6 - Alíquota Aplicável
Alíquota aplicável sobre a base de cálculo.
54 - Imposto sobre Produtos Industrializados
Cálculo do IPI vinculado à importação, em real.
54.1 - Tipo de Alíquota
Tipo de alíquota aplicável: ad valorem ou unitária.
54.2 - Nota Complementar TIPI
Número da Nota Complementar (NC) prevista na Tabela de Incidência do
Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) relativa à alíquota ad valorem do IPI,
quando houver.
54.3 - Base de Cálculo para Alíquota Unitária
Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em
ato legal.
137

54.4 - Unidade de Medida para Aplicação da Alíquota Unitária


Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria.
54.5 - Alíquota ad valorem
Alíquota do imposto vigente, conforme previsto na TIPI.
Fl. 16 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de
2006.
54.6 - Alíquota Unitária
Valor, em real, por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo.
55 - Internação de ZFM-PI
Cálculo do imposto de importação relativo aos insumos/componentes
importados para a ZFM e utilizados na industrialização de mercadoria destinada à
internação no restante do País, conforme Demonstrativo do Coeficiente de Redução
- Eletrônico (DCR-E).
55.1 - Identificação do Demonstrativo do Coeficiente de Redução - Eletrônico
(DCR-E)
Número identificador constante do Demonstrativo do Coeficiente de Redução.
55.2 - Coeficiente de Redução
Percentual de redução incidente sobre a alíquota ad valorem, conforme DCR-
E.
55.3 - Imposto de Importação Calculado em Dólar
Valor do imposto unitário devido na aquisição de insumos/ componentes
importados, conforme DCR-E, expresso em dólar dos EUA.
138

ANEXO B – Fatura Comercial

YYYYY POLYMERS, LLC


1795 N. FRY ROAD
KATY – TEXAS – 77449 – 3347 USA
DATE: JUNE 26, 2010
COMMERCIAL INVOICE: INT 006/10
SHIPPER/EXPORTED: PACKAGE DESCRIPTION:
YYYYY POLYMERS, LLC TYPE: 25 KG BAGS
1795 N. FRY ROAD CONTAINER: 20’
KATY, TEXAS 77449 – 3347 USA QTY.: 01

MANUFACTURER: PAYMENT CONDITIONS:


YYYYY AND COMPANY PAYMENT DRAFT AT 60 DAYS OF BL DATE
101 E. BARBOURS CUT BLVD
LAPORTE, TX 77571
CONSIGNEE: BUYER:
RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA
LTDA RUA DOS SANTOS, 239
RUA DOS SANTOS, 239 CEP 88.302-500
CEP 88.302-500 BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC-BRASIL
BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC-BRASIL CNPJ 01.000.000/0002-47
3
CNPJ 01.000.000/0002-47
NOTIFY PARTY: REMARKS:
RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO PORT OF LOADING: HOUSTON – U.S.A.
LTDA FINAL DESTINATION: PORTO DE ITAJAÍ (SC),
RUA DOS SANTOS, 239 BRAZIL
CEP 88.302-500 CARRIER: CAP ROCA
BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC-BRASIL SAILING ON OR ABOUT: JUNE 26, 2010
CNPJ 01.000.000/0002-47

Vessel: CAP ROCA 33S Total Gross Weight 17.080,0 Kg


Shipped By: SEA Total Net Weight 17.000,0 Kg
Country of Origin: U.S.A. Total Number of Bags 680
Place of Departure Houston – U.S.A. Country of Acquisition U.S.A.
Place of Arrival ITAJAÍ (SC), BRAZIL Country of Procedence U.S.A.

DESCRIPTION OF GOODS Quantity Unit Price TOTAL


PRICE
POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE (M/TON) (M/TON) (US$)
NCM 3901.10.10
FOB PRICE US$ 26.140.00 17 1.620,00 27.540,00
OCEAN FREIGHT US$ 1.400.00
TOTAL (CFR) ITAJAÍ ------- (SC) – BRAZIL US$ 27.540,00

TOTAL CFR 27.540.00


ITAJAÍ(SC)

YYYYY POLYMERS, LLC


139

ANEXO C – Packing List (Romaneio de carga)

YYYYY POLYMERS, LLC


1795 N. FRY ROAD
KATY – TEXAS – 77449 – 3347 USA
DATE: JUNE 26, 2010
Packing List: INT 007/10
SHIPPER/EXPORTED: PACKAGE DESCRIPTION:
YYYYY POLYMERS, LLC TYPE: 25 KG BAGS
1795 N. FRY ROAD CONTAINER: 20’
KATY, TEXAS 77449 – 3347 USA QTY.: 01

MANUFACTURERS: PAYMENT CONDITIONS:


YYYYY AND COMPANY PAYMENT DRAFT AT 60 DAYS OF BL DATE

IMPORTER: REMARKS:
RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO PORT OF LOADING: HOUSTON – U.S.A.
LTDA FINAL DESTINATION: PORTO DE ITAJAÍ
RUA DOS SANTOS, 239 (SC), BRASIL
CEP 88.302-500 CARRIER: CAP ROCA
BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC-BRASIL SAILING ON OR ABOUT: JUNE 26, 2010
CNPJ 01.000.000/0002-47

BUYER:
RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
LTDA
RUA DOS SANTOS, 239
CEP 88.302-500
BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC-BRASIL
CNPJ 01.000.000/0002-47

DESCRIPTION OF GOODS CONTAINER# SEAL# Number GROSS NET


of WEIGHT WEIGHT
Packages
(KGS) (KGS)

POLIETILENO DE BAIXA KHLU 026177 680 17.080,0 17.000,0


DENSIDADE 8200317

NCM 3901.10.10

TOTAL TOTAL TOTAL

680 17.080,0 17.000,0

YYYYY POLYMERS, LLC


140

ANEXO D – Conhecimento de carga - B/L (Bill of Lading)

Shipper Blue Anchor


YYYYY POLYMERS, LLC Line For Combined Transport
1795 N. FRY ROAD Bill of Lading and Port to Port Shipment
KATY, TEXAS 77449-3347
Consignee Forwarding Agent
RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA KUEHNE + NAGEL, INC FMC#1162F
RUA DOS SANTOS, 239 10 EXCHANGE PLACE CHB#4455
TH
CEP 88.302-500 19 FLOOR
BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC-BRASIL JERSEY CITY, NJ 07302 USA
CNPJ 01.000.000/0002-47
Notify Party Delivery Agent
RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA KUEHNE + NAGEL SERV. LOGIST. LTDA.
RUA DOS SANTOS, 239 AV. BRIG. FARIA LIMA 2066-6 ANDAR
CEP 88.302-500 01451-905 SAO PAULO-SP-BRAZIL
BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC-BRASIL
CNPJ 01.000.000/0002-47
Combined Transport – Place of Pre-carriage by Port of Loading
B/L-No.
Receipt* HOUSTON, TX
6310-0421-001.041
Vessel Vovage No. Port of Transshipment
CAP ROCA 035S
Port of Discharge Combined Transport – Movement Freight Payable at
ITAJAÍ Place of Delivery* CY/CY ORIGIN
Marks and Numbers Numbers of Packages Description of Goods Gross Weight kgs Measurement cbm
KHLU8200317 1 20’ GE CONTAINER SAID CONTAIN 17.080.00 25.000
SEAL 026177 680 BAGS
LOW DENSITY
POLYETHYLENE
(SINTETIC RESIN)

NCM# 3901.10.10
HAMBURG SUD
OCEAN FREIGHT CHARGES:
ONE THOUSAND FOUR
HUNDRED US DOLLARS
TOTAL 1 ASS PER ATTACHED 17.080,00 25.000
FREIGHT PREPAID
THESE COMODITIES, TECHNOLOGY OR SOFTWARE WERE EXPORTED FROM THE UNITED STATES IN
ACCORDANCE WITH THE EXPORT ADMINISTRATION REGULATIONS.
DIVERSION CONTRARY TO U.S. LAW IS PROHINITED.
Above particulars as declared by shipper *If the Combined Transport boxes are filled out, shipment bill will be treated as Trough combined Transport.
NOTICE: The Laws and/or International Conventions applicable to Port Shipment are
OCEAN FREIGHT AND CHARGES limiting by virtue and/or by incorporation into this Bill of Lading the Carrier’s liability to certain
Rates, Weight and/or Measurements subject to correction Prepaid Collect amounts per package or customary freight unit (for Carriage to or from ports en the United
States to a maximum of $500, - per package or customary freight unit as per U.S. Carriage
OCEAN FREIGHT USD 1400.00 of Goods by Sea Act, 1936) unless the Merchant declares a higher cargo value below and
pays the Carrier’s ad valorem freight rate (see also clauses 17 A, 18.4 and 28.2, on the
reverse side hereof)
Declared Cargo Value _***NO VALUE DECLARED***_. If Merchant enters a value,
Carrier’s per package limitation of liability shall not apply and the ad valorem rate will
be charged.
Received for shipment in apparent good order and condition.
1400.00 Terms of this Bill of Lading continues on reverse side hereof.
IN WITNESS WHEREOF, the carrier by its agents has signed three (3) original Bills of
Total amount due Lading all of this tenor and date, one of which being accomplished the others to stand
void.
Place and date of issue:
NEW YORK, NY 06/26/2010
Date 06/26/2010 For and on behalf of the Carrier For and on behalf of the Carrier
Shipped on Board Vessel Blue Anchor Blue Anchor
Shipped from Port of Loading: Line as carrier Line as carrier
HOUSTON, TX
by KUEHNE + NAGEL, INC by KUEHNE + NAGEL, INC
As Agents for the Carrier BLUE ANCHOR LINE As Agents for the Carrier BLUE ANCHOR LINE
141

ANEXO E – Declaração de Importação (DI)

Declaração: xxxxxxxxxx Data do Registro: 16/08/2010 1/3

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - RFB


ITAJAI
EXTRATO DA DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO
CONSUMO

Modalidade do despacho: NORMAL


Quantidade de adições: 0001

Importador
CGC: 01.000.000/0002-47 RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA

Adquirente da Mercadoria
CNPJ: 01.000.000/0002-47 RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA

Representante Legal
CPF: 999.999.999-99 DESPACHANTE ADUANEIRO

Carga
Tipo do Manifesto: MANIFESTO DE CARGA
Número do Manifesto: 1810501279966
Recinto Aduaneiro: INST. PORT. FLUVIAL DE USO PRIVAT. MISTO_- PORTONAVE S/A
Embalagem: SACO DE OUTROS MATER Quantidade: 0680
Peso Bruto: 17.080,00000 Kg Peso Líquido: 17.000,00000 Kg

Valores
Moeda Valor
Frete: DOLAR DOS EUA 1.400,00
Seguro: 0,00
VMLE: DOLAR DOS ESTADOS UN 26.140,00
VMLD: DOLAR DOS ESTADOS UN 47.996,57

Tributos
Suspenso A Recolher
I.I.: 0,00 6.771,59
I.P.I.: 0,00 2.757,00
Pis/Pasep: 0,00 1.095,04
Cofins: 0,00 5.043,80
Direitos Antidumping: 0,00 0,00

Data da emissão: ___/___/___ ___________________________________________


Assinatura do Representante Legal
142

Declaração: xxxxxxxxxx Data do Registro: 16/08/2010 2/3

Dados Complementares
CNTR: KHLU8200317
LACRE: 026177
B/L: 6310-0421-001.041

Declaração: xxxxxxxxxx Data do Registro: 16/08/2010 3/3


____________________________________________________________________________
Adição: xxxxxxxxxx / 001

Exportador
Nome: YYYYY POLYMERS, LLC
143

País: ESTADOS UNIDOS

Fabricante/Produtor
Nome: YYYYY AND COMPANY
País: ESTADOS UNIDOS

Classificação Tarifária
NCM 3901.10.10 - POLIETILENO LINEAR, DENSIDADE<0.94, EM FORMA PRIMARIA
NBM 3901.10.10

Condição de Venda
INCOTERM: CFR - COST AND FREIGHT
VMCV: 27.540,00 DOLAR DOS EUA

Peso Líquido da Adição: 17.000,00000 Kg

Descrição Detalhada da Mercadoria


POLIETILENO LINEAR D/DENSIDADE INF. A 0,94 SENDO: POLIETILENO LINEAR DE
BAIXA DENSIDADE - EM GRANULOS - CONOMERO EM BUTENO-DENSIDADE: 0, 919
g/cm3 - APLICACAO COM EXTRUSAO FILMES - ACONDICIONADO EM 680 SACOS DE 25
KGS. CADA - LOTE 10DA12.
Qtde: 17 TONELADAS VUCV: 1.620,0000000 DOLAR DOS EUA

Imposto de Importação
Regime de Tributação: RECOLHIMENTO INTEGRAL
Aliquota Advalorem (TEC) : 14,00 %
Valor a Recolher: R$ 6.771,59

Imposto sobre Produtos Industrializados


Regime de Tributação: RECOLHIMENTO INTEGRAL
Aliquota Advalorem (TIPI) : 5,00 %
Valor a Recolher: R$ 2.757,00

Dados Gerais Pis e Cofins


Base de Cálculo: R$ 66.365,78
Percentual de Redução da Base de Cálculo: 0,00 %
Regime de Tributação: RECOLHIMENTO INTEGRAL
Alíquota ICMS: 17,00 %

Pis/Pasep
Alíquota Ad Valorem: 1,65 %
Valor Devido: R$ 1.095,04. Valor a Recolher: R$ 1.095,04

Cofins
Alíquota Ad Valorem: 7,60 %
Valor Devido: R$ 5.043,80
Valor a Recolher: R$ 5.043,80

ANEXO F – Comprovante de Importação (CI)


144

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL – RFB


Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro COMPROVANTE
DRF - ITAJAÍ DE
IMPORTAÇÃO

1. DADOS GERAIS

DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO Nº DATA DO REGISTRO


xxxxxxxxxx 16/08/2010

DECLARAÇÃO RETIFICADORA Nº DATA DO REGISTRO

2. DADOS DO IMPORTADOR

NOME DO IMPORTADOR CNPJ/CPF


RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA 01.000.000/0002-47

ENDEREÇO COMPLETO
RUA DOS SANTOS 239
CENTRO BALNEÁRIO CAMBORIÚ SC 88.302-500

3. DADOS SOBRE A CARGA

VALOR TOTAL DA IMPORTAÇÃO (R$) PESO BRUTO (Kg) QUANTIDADE DE VOLUMES


48.368,50 17.080,00 680

4. DADOS DO DESEMBARAÇO

CANAL DE CONFERENCIA ADUANEIRA DATA DO DESEMBARAÇO


VERDE 16/08/2010

OBSERVAÇÕES DATA DA EMISSÃO


16/08/2010
145

APÊNDICES

APÊNDICE A – Quadro de distribuição do trabalho


146

Quadro de Distribuição do Trabalho

Lista de Tarefas
Divisão: Seção:
Importação Declaração de Importação
Nome: Assinatura: Data:
XXXXXXX XXXXXXX XXXXXXX
Número Atividades desenvolvidas

1 Receber procuração original mais uma cópia para MAPA e Marinha Mercante.
2 Revisão das cópias dos documentos.
3 Revisão da NCM e informar ao importador.
4 Arquivar a pasta do processo.
5 Fazer os cálculos dos tributos e taxas portuárias.
6 Avisar cliente e solicitar o depósito do numerário.
7 Realizar o acompanhamento da carga via site do armador e manter o cliente informado.

8 Quando a carga chegar, aguardar a presença de carga pela unidade portuária.


9 Pegar com o cliente os documentos originais e revisar.
10 Lançar dados dos documentos originais no SISCOMEX.
11 Enviar para análise no SISCOMEX.
12 Após diagnóstico, registrar no SISCOMEX.
13 Anotar nº da DI na capa do processo.
14 Imprimir extrato da DI.
15 Guardar todos os documentos e extrato da DI na pasta física do processo.
16 Guardar o arquivo PDF no computador.
17 Aguardar parametrização no SISCOMEX.
18 Para o canal Verde a liberação é automática, imprimir a CI no SISCOMEX.
19 Para os canais Amarelo, Vermelho e Cinza, separar 1 envelope para RFB contendo os
documentos originais.
20 Após desembaraço pelo Fiscal, imprimir a CI no SISCOMEX.
21 Canais Verde, Amarelo, Vermelho e Cinza arquivar na pasta temporária.
22 Ir ao Porto calcular a armazenagem de posse dos documentos em cópias e originais.

23 Voltar para escritório e providenciar o pagamento on-line da guia de armazenagem.

24 Ir ao Porto na sala de pátio para programar a saída da carga.


25 Entregar as cópias e originais dos documentos.
26 Aguardar o Porto realizar a programação e reter os documentos.
27 Porto emite ao Despachante a guia de retirada.
28 Enviar a guia de liberação via e-mail para cliente e transportadora.
29 Reunir os documentos originais, gerar arquivo PDF e salvar no computador.
30 Enviar todos os documentos para o cliente.
APÊNDICE B – Guia de Atividades Pertinentes ao Despacho Aduaneiro de
Importação
147

Início

Cliente procura Despachante Aduaneiro


para efetuar desembaraço aduaneiro

Cliente credencia/habilita o
representante legal no RADAR e

Cliente entrega/envia cópias dos


documentos para o Despachante
Aduaneiro iniciar o processo

B/L
Packing List 4
3
Fatura Comercial
Procuração da Representação 2
1

Despachante recebe procuração


original mais uma cópia para
MAPA e Marinha Mercante

Revisão das cópias


dos documentos

Não
Documentos
OK?

Sim

Revisão da NCM

Não
NCM Informa ao importador
OK?

Sim

1.2
148

2.1

Arquivar
Pasta Processo

Cálculos dos tributos e


taxas portuárias

Avisa o cliente e solicita


depósito do numerário

Não
Cliente fez o
depósito?

Sim
Realiza o acompanhamento da
carga via site do armador e
mantém o cliente informado

Carga chegou Não


no destino?

Sim

Aguardando
presença de
carga

2.3
149

3.2

Unidade Portuária
registrou a Não
presença de
carga?

Sim
Pegar com o cliente os
documentos originais
e revisar

B/L
Packing List 4
Fatura Comercial 3
2
Procuração da Representação
1

Documentos Não
Informar cliente para
OK? providenciar
correções

Sim
Lançar dados
documentos
originais no
SISCOMEX

Envia para análise no


SISCOMEX

Diagnóstico Não
OK?

Sim
3.4
150

4.3

Registrar no
SISCOMEX

Anotar nº da DI na
capa do processo

Imprimir extrato da
DI

Guardar
todos os
documentos
e extrato da
DI na pasta
física do
processo

Guarda o arquivo
PDF no
computador

Aguarda
parametrização no
SISCOMEX

Não Não Não Não


Amare- Verme- Cinza
Verde
lo lho
Sim Sim Sim Sim
Liberação
automática

4.5 4.5 4.5 4.5


A B C D
151

5.4 5.4 5.4 5.4


A B C D

Imprimir CI Separa 1 envelope para RFB contendo


no os documentos originais
SISCOMEX

B: Fiscal C: Fiscal D: Fiscal


faz a faz a faz a
conferên- conferên- conferê-
Arquivar cia cia ncia
documen- documen- documen-
tal tal tal
Vai ao Porto calcular a
armazenagem, de posse cópias
e originais dos documentos: C: Fiscal D: Fiscal
vai ao vai ao
Porto fazer Porto fazer
B/L a confe- a confe-
Packing List 4 rência rência
3 física física
Fatura Comercial
2 2
Declaração de Importação 2
1 D: Fiscal
faz a
Valoração
Aduaneira
Volta para escritório e
providencia o pagamento on-
line da guia de armazenagem

Fiscal
desembaraça a
Volta ao Porto na sala de
mercadoria no
pátio para programar a saída
sistema
da carga

Entrega de cópias e originais


dos documentos

Aguardar Porto
realizar a
programação,
retém os
documentos

5.6
152

6.5

Porto emite para Despachante


guia de retirada

Despachante volta para


escritório

Guia de liberação envia via e-


mail para: Cliente e
Transportadora

Reúne documentos originais,


gera arquivos digitais (PDF) e
salva no computador:

B/L
Packing List 5
4
Fatura Comercial
Declaração de Importação 3
2
Comprovantes de
pagamento/recolhimentos e Notas
Fiscais do Porto e da Comissária de
despacho 1

Envia os documentos
para o cliente

Fim
153

APÊNDICE C – Ofício de Solicitação de Dados à Receita Federal


154

APÊNDICE D – Ofício de Solicitação de Dados aos Despachantes Aduaneiros


155

APÊNDICE E: Valores das Multas da PM Despachos


156

APÊNDICE F: Questionário para Identificar o Perfil dos Colaboradores

Prezado colaborador,
Este questionário faz parte do trabalho de conclusão de estágio do curso de
Administração da UNIVALI dos acadêmicos Emerson Fernando Boeira e Rodrigo
Ruckhaber de Morais, sob orientação da Profª. M. Sc, Bárbara Sabino.
Ele tem como finalidade coletar informações e identificar o perfil dos
colaboradores desta empresa. Solicitamos sua colaboração, enfatizando que o sigilo
das informações e sua identidade serão respeitadas.
Instruções para preenchimento do questionário:
● Assinale com um “X” a resposta que melhor representa a sua opinião, a respeito
de cada frase apresentada;
● Assinale apenas uma alternativa;
● Evite resposta em branco;

1 - Nome Completo:
_________________________________________________

2 - Gênero:
( ) Masculino
( ) Feminino

3 - Idade:
( ) 16 anos a 20 anos
( ) 21 anos a 25 anos
( ) 26 anos a 30 anos
( ) 31 anos a 35 anos
( ) 36 anos a 40 anos
( ) 41 anos a 45 anos
( ) Acima de 45 anos

4 - Estado Civil:
( ) Solteiro
157

( ) Casado
( ) Viúvo
( ) Divorciado
( ) União Estável

5 – Experiência Específica Anterior na Área:


( ) Possui
( ) Não possui

6 - Escolaridade:
( ) Primeiro grau incompleto
( ) Primeiro grau completo
( ) Segundo grau incompleto
( ) Segundo grau completo
( ) Superior incompleto
( ) Superior completo

7 – Você fala outro idioma? Qual?


( ) Não
( ) Sim. Qual? ______________

8 – Você possui conhecimentos de Informática e o Pacote Office?


( ) Sim
( ) Não

9 – Você tem familiaridade com as Legislações vigentes nesta área?


( ) Sim
( ) Não

Obrigado por participar deste questionário, pois suas informações são


importantes!
158

APÊNDICE G: Entrevista com Coordenador

Prezado coordenador,
Este questionário faz parte do trabalho de conclusão do estágio do curso de
Administração da UNIVALI dos acadêmicos Emerson Fernando Boeira e Rodrigo
Ruckhaber de Morais, sob orientação da Profª. M. Sc, Bárbara Sabino.
Tem como finalidade coletar informações e identificar adversidades da
organização. Solicitamos sua colaboração, enfatizando que o sigilo das informações
e sua identidade serão respeitadas.
Instruções para preenchimento do questionário:
● Assinale com um “X” a resposta que melhor representa a sua opinião, a respeito
de cada frase apresentada;
● Assinale apenas uma alternativa;
● Evite resposta em branco;

1 - Nome Completo:
Rodrigo Ruckhaber de Morais

2 – Qual é o maior volume de processos registrados no despacho aduaneiro


nesta unidade?
( x ) Importação
( ) Exportação

3 – Qual o tipo de Declaração de Importação predominante ao registro dos


despachos aduaneiros?
( x ) Consumo
( ) Outras. Quais? _____________________________

4 – Na unidade, há algum programa para formatação da Declaração de


Importação?
( ) Não
( x ) Sim. Qual? Sistema Aberta
159

5 – Na unidade, há algum programa para consulta das informações pertinentes


ao despacho aduaneiro?
( ) Não
( x ) Sim. Qual? Tec Win

6 – Existe algum manual para auxiliar a equipe de importação na realização do


despacho aduaneiro?
( ) Sim
( x ) Não

7 – Na ocorrência de multas por erros no registro da Declaração de


Importação, o pagamento é realizado pelo Importador ou pela Hansa?
( ) Importador
( x ) Hansa

8 – Na ocorrência de multas por erros no preenchimento dos documentos


instrutivos da Importação, o pagamento é realizado pelo Importador ou pela
Hansa?
( x ) Importador
( ) Hansa

9 – Na ausência de multas em decorrência do registro, o valor poderia ser


investido em capacitação técnica dos colaboradores, incluindo benefícios?
( x ) Sim
( ) Não

Obrigado por participar deste questionário, pois suas informações são


importantes!
160

APÊNDICE H: Valores das Multas da Hansa Logística Global Ltda.


161

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Estagiários

Supervisor de campo

Orientador de estágio

Responsável pelo Estágio Supervisionado

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