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A PROPOSAL B

É HORA DE
SADATNEMOC
SEÕTSEUQ TREINAR!!!

PROVAS ANTIGAS
DA UFG
@resumosdeengcivil
CADERNO DE QUESTÕES
COMENTADAS

PROVAS ABORDADAS

1- ENG. CIVIL PREF. DE GOIÂNIA 2007

2- ENG. CIVIL DA UFG 2008

3- ENG. CIVIL DO IF DE GO 2010

4- ENG. CIVIL PREF. GOIÂNIA 2012

5- ENG. CIVIL IF GO 2013

6-ENG. CIVIL PREF. DE CALDAS NOVAS 2014

7-ANALISTA TÉCNICO- ENG. CIVIL CELG 2014

8- ENG. CIVIL EBSERH/HC 2015

9- ENG. CIVIL PREF. DE CALDAS NOVAS 2016

10 ENG. CIVIL DEMAE-GO 2017

11- ENG. CIVIL UFG- 2018

12 ENG. CIVIL SANEAGO- 2018


LIBERAÇÃO DOS
ARQUIVOS
01/03
PROVA ENG. CIVIL PREF. DE GOIÂNIA 2007

07/03 PROVA ENG. CIVIL DA UFG 2008

PROVA ENG. CIVIL DO IF DE GO 2010


14/03 PROVA ENG. CIVIL PREF. GOIÂNIA 2012

PROVA ENG. CIVIL IF GO 2013

21/03 PROVA ENG. CIVIL DO IF DE GO 2010

30/03
PROVA ENG. CIVIL PREF. DE CALDAS NOVAS 2014
PROVA ANALISTA TÉCNICO- ENG. CIVIL CELG 2014

PROVA ENG. CIVIL EBSERH/HC 2015


06/04 PROVA ENG. CIVIL PREF. DE CALDAS NOVAS 2016

PROVA ENG. CIVIL DEMAE-GO 2017

13/04 ENG. CIVIL UFG- 2018

20/04 PROVA ENG. CIVIL SANEAGO- 2018


Questões comentadas da Pri- @resumosdeengcivil
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QUESTÕES DE CONCURSO DA BANCA UFG

(PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIANIA/2007)

1- Na construção de uma edificação com presença de alvenarias, são


utilizados diversos tipos de argamassa. A argamassa de regularização,
utilizada no revestimento de paredes, que atua como capa para evitar a
infiltração de águas, além de uniformizar a superfície, regularizando o
prumo e alinhamento de paredes é chamada
(A) chapisco.
(B) emboço.
(C) estuque.
(D) reboco.

COMENTÁRIOS:
De acordo com o “Manual de Revestimentos de Argamassa”da ABCP
(Associação brasileira de Cimento Porttland).

REVESTIMENTO ARGAMASSADOS

Podem ser entendidos como a proteção de uma superfície porosa com


uma ou mais camadas superpostas, com espessura normalmente
uniforme, resultando em uma superfície apta a receber de maneira
adequada uma decoração final.
As principais funções de um revestimento de argamassa são:
• proteger a base, usualmente de alvenaria e a estrutura da ação direta
dos agentes agressivos contribuindo para o isolamento termoacústico e
a estanqueidade à água e aos gases;
• permitir que o acabamento final resulte numa base regular, adequada
ao recebimento de outros revestimentos, de acordo com o projeto
arquitetônico, por meio da regularização dos elementos de vedação.

A argamassa é um material de construção constituído por uma mistura


homogênea de um ou mais aglomerantes (cimento ou cal), agregado
miúdo (areia) e água. Podem ainda ser adicionados alguns produtos
especiais (aditivos ou adições) com a finalidade de melhorar ou conferir
determinadas propriedades ao conjunto.
As argamassas utilizadas para revestimento são as argamassas à base de
cal, à base de cimento e argamassas mistas de cal e cimento.
Dependendo das proporções entre os constituintes da mistura e sua
aplicação no revestimento, elas recebem diferentes nomes em seu
emprego (conforme NBR 13529/2013):

Chapisco: Camada de preparo da base, constituída de mistura de


cimento, areia e aditivos, aplicada de forma contínua ou descontínua,
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com a finalidade de uniformizar a superfície quanto à absorção e


melhorar a aderência do revestimento.
No chapisco podem ser adicionadas emulsões de polímeros PVA,
acrílicos ou estireno para melhorar a aderência em casos onde a
superfície se apresenta muito lisa, principalmente nas estruturas de
concreto nos casos onde há a presença de películas de desmoldantes
que não se consiga retirar de maneira eficiente.
A dosagem do chapisco deve ter o traço de 1:3 de cimento e areia
grossa úmida, porém pode variar a 1:4 (cimento: areia média – grossa,
em volume) e 1:5 (cimento: areia fina) sendo que este último é para o
chapisco rolado.
Chapisco Rolado: Utiliza em sua composição adesivos poliméricos,
aplicado com rolo utilizado para pintura acrílica em uma passada
apenas, visto que com mais movimentos pode-se fechar os poros da
superfície. Normalmente a aplicação de chapisco é feita por
lançamento.
Emboço: Camada de revestimento executada para cobrir e regularizar
a superfície da base com ou sem chapisco, propiciando uma superfície
que atua como capa para evitar a infiltração de águas, além de
uniformizar a superfície, regularizando o prumo e alinhamento permite
receber outra camada de reboco ou de revestimento decorativo, ou
que se constitua no acabamento final.
Na dosagem dessa camada deve estar entre 1:0,5:5 e 1:2:8 em volumes
de cimento, cal hidratada e areia média úmida respectivamente.
Reboco: Camada de revestimento utilizada para o cobrimento do
emboço, propiciando uma superfície que permita receber o
revestimento decorativo ou que se constitua no acabamento final.
Massa Única (emboço paulista) Revestimento executado numa camada
única, cumprindo as funções do emboço e reboco.

GABARITO: B
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2- A impermeabilização das vigas baldrames diminui, na alvenaria, o


risco de:
(A) aparecimento de trincas e fissuras.
(B) desníveis de prumo.
(C) perda de estabilidade.
(D) formação de mofo e bolor.

COMENTÁRIOS:
De acordo com o livro “Edifico até a sua cobertura”do Autor Hélio Alves
Azevedo e Patologia das Fundações dos Profs(MilititsKY, Consoli e
Schanaid).

VIGAS BALDRAMES
As vigas baldrames são elementos estruturais horizontais de fundação,
feitos com concreto e armados com barras de aço, capazes de suportar
cargas leves e distribuídas uniformemente, que neste caso são as
paredes. A diferença da viga baldrame para as outras vigas é que a
baldrame recebe o esforço apenas das paredes acima dela, enquanto
o restante das vigas tem a função estrutural de ser o apoio para as lajes,
suportar os momentos fletores e distribuir os esforços para os pilares.

Os baldrames são, dessa forma, a plataforma de apoio para que as


paredes não sejam erguidas em contato direto com o solo, garantindo
nivelamento e protegendo-as, assim, das deformações e recalques que
o terreno pode sofrer e da umidade ascendente.
A umidade ascendente nas paredes é uma causa de diversas
manifestações patologia é um sinal de que os baldrames não foram
devidamente impermeabilizados.

As manifestações patológicas mais comuns nas vigas baldrames são:

 Descascamento da pintura;
 Manchas de bolor;
 Fungos e mofo na parede à uma altura normalmente de até
50cm do chão.
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GABARITO: D

3-Nos telhados o rincão também é conhecido como


(A) água furtada.
(B) beiral.
(C) cumeeira.
(D) espigão.

COMENTÁRIOS:
De acordo com o livro “Edifico até a sua cobertura”do Autor Hélio Alves
Azevedo e da NBR15310 (2009)

Rincão: aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas que
formam um ângulo reentrante, isto é, o rincão é um captador de águas
(também conhecido como água furtada.
Espigão: aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas que
formam um ângulo saliente, isto é, o espigão é um divisor de água;
Beiral: projeção do telhado para fora do alinhamento da parede;
Cumeeira: aresta horizontal delimitada pelo encontro entre duas águas
que geralmente localizada na parte mais alta do telhado;
Tacaniça: é a parte do telhado que cobre os lados do edifício indo da
cumeeira ao ângulo que encontra as paredes das laterais, ou da
fachada, formando telhados de 4 águas em formato piramidal.
Clarabóia – abertura na cobertura, fechada por caixilho com vidro ou
material transparente, para iluminar o interior da edificação.
Chapuz – é o calço de madeira, geralmente em forma triangular, que
serve de apoio lateral para a terça ou qualquer outra peça de madeira.
Frontão – cada uma das duas paredes laterais onde se apoia a cumeeira
nos telhados de duas águas.
Frechal – é o componente do telhado, a viga que se assenta sobre o topo
da parede, servindo de apoio à tesoura. Distribui a carga concentrada
das tesouras sobre a parede.
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Platibanda – mureta de arremate do telhado, podendo ser na mesma


prumada das paredes ou com beiral.

GABARITO: A

4- Na execução de um telhado com cobertura em telhas cerâmicas,


deve-se observar, em relação a elas,
(A) resistência mecânica à compressão, absorção de água e
padronização.
(B) resistência mecânica à flexão, absorção de água e padronização.
(C) resistência mecânica à flexão, umidade e homogeneidade.
(D) resistência mecânica à compressão, homogeneidade e umidade.

COMENTÁRIOS:
De acordo com o livro “A técnica de Edificar”do YAZIGI 17° ed. e NBR
15310(2009)

As telhas cerâmicas são de uso mais corrente no Brasil, sobretudo em


construções residenciais unifamiliares. A fabricação das telhas cerâmica
é feita quase que pelo mesmo processo empregado para os tijolos
comuns. O barro deve ser mais fino e homogêneo, nem muito gordo nem
muito magro, a fim de ser mais impermeável sem grande deformação. A
moldagem pode ser feita por extrusão seguida da prensagem, ou
diretamente por prensagem. A secagem tem de ser mais lenta que para
os tijolos comuns, ou seja, a retenção de água deve ser maior, para
diminuía a deformação. As telhas devem apresentar menores
deformações possíveis, serem compactas, leves e impermeáveis. A
padronização deve ser sempre verificada em cada lote e De acordo
com a NBR 15310(2009) as telhas devem ser ensaiadas de acordo com os
seus anexos (A à H)
Sendo
Anexo A (normativo) Determinação das características dimensionais e do
rendimento
Anexo B (normativo) Verificação da impermeabilidade
Anexo C (normativo) Carga de ruptura à flexão simples (FR) – Flexão a
três pontos
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Anexo D (normativo) Determinação da massa seca e da absorção


d’água
Anexo E (normativo) Determinação da galga média
Anexo F (informativo) Características geométricas dos modelos de telhas
francesa, romana, colonial, paulista e plan
Anexo G (informativo) Características geométricas de telhas cerâmicas
extrudadas modelo capa e canal Piauí
Anexo H (informativo) Diretrizes para seleção de métodos de ensaios para
determinação de características especiais

GABARITO: B

Vamos aprender mais um pouco?

 O controle expedito da impermeabilidade (estanqueidade à agua) é


feito moldando sobre ela um anel de argamassa, no interior do qual
se põe água até 5 cm de altura. Uma boa telha, em 24 horas, não
deixa infiltrar umidade. A umidade só aparecerá após 48 horas, e sem
gotejamento. Normalmente, exige-se que a absorção não seja
superior a 18%, mas convém registrar que as telhas têm sua
impermeabilidade aumentada com o tempo. Isso se deve ao fato de
que os poros se obstruem com o limo e a poeira depositada. A
superfície das telhas tem de ser lisa, para deixar a água escorrer
facilmente e para diminuir a proliferação de musgo (YAZIGI, 2017).
 A estanqueidade e o desempenho térmico constituem os dois
principais pontos para a avaliação de utilização de um telhado.
Dentre as causas das falhas de adequabilidade a esses aspectos têm-
se: - grande número de juntas; - deslocamento dos componentes
durante fortes ventos (declividades e assentamentos inadequados); -
deslocamento das telhas decorrentes de deformações excessivas das
estruturas de sustentação; - projeto inadequado de arremates
(encontro de telhados e paredes), extravasores de água, etc.; -
acúmulo de algas, liquens e musgos nos encaixes; - trasbordamento
de calhas e rufos.
 O desenvolvimento de musgos nos telhados obstruem os ressaltos das
telhas e provocam refluxo das água tornando os telhados escuros, e
as calhas podem sofrer obstruções. A mudança de cor avermelhada
para tonalidades escuras do marrom aumenta a quantidade de calor
de radiação gerado na cobertura e piora as condições de conforto
térmico. Os musgos podem ser eliminados por meio da escovação e
de lavagem das telhas com produtos tóxicos como, por exemplo,
água sanitária e cloro. A escovação é recomendada para ser
executada após os períodos de temporadas úmidas. No recebimento
das telhas cerâmicas no canteiro não poderão ser aceitos defeitos
sistemáticos como quebras, rebarbas, esfoliações, trincas,
empenamentos, desvios geométricos em geral e não uniformidade de
cor. Cada caminhão entregue na obra será considerado como um
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lote para efeito de inspeção. Segundo SOUZA (1996), com exceção


da espessura, que deve ser verificada em uma amostra de 13 peças
retiradas aleatoriamente de cada lote, todas as demais propriedades
são verificadas em amostras de 20 peças.
 As telhas cerâmicas têm de ser estocadas na posição vertical, em até
três fiadas sobrepostas. No caso de armazenamento em laje, verificar
sua capacidade de resistência para evitar sobrecarga Em princípio,
há dois tipos de telhas cerâmicas: as planas e as curvas. As telhas
planas são do tipo Marselha, também conhecidas por telhas
francesas, e as telhas de escamas, pouco encontradas.
 As telhas francesas são planas, com encaixes laterais e nas
extremidades, com agarração para fixação às ripas. Pesam
aproximadamente 2 kg e são necessárias 15 peças por metro
quadrado de cobertura. Para a inclinação usual de 30º, isso
corresponde a 22 peças por metro quadrado de projeção. As normas
técnicas dividem as telhas cerâmicas tipo Marselha em duas
classificações, conforme sua resistência a uma carga aplicada sobre
o centro da telha, estando ela sobre dois apoios: 1 a categoria:
resistência mínima de 85 kg; 2 a categoria: resistência mínima de 70
kg.
 uma telha cerâmica, mesmo de 2a categoria, precisa resistir bem ao
peso de um homem médio, estando apoiada nas extremidades. Esse
é um processo para verificar a qualidade no momento do
recebimento, sendo que a espessura média para essas telhas é de 1
a 3 cm. As telhas de escamas são feitas para emprego em mansardas
e telhados de ponto elevado, situação em que as telhas francesas
escorregariam sob o efeito do vento. Essas telhas são simples placas
planas com dois furos, pelos quais se passa arame para prendê-las às
ripas.
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9- A NBR 9050/2015 especifica que os desníveis de piso, em forma de degrau,


que não demandam nenhum tratamento especial para a acessibilidade são
aqueles com desnível de até:
(A) 5 mm
(B) 10 mm
(C) 15 mm
(D) 20 mm

COMENTÁRIOS:
De acordo com a NBR 9050(2015)

 Os Desníveis de qualquer natureza devem ser evitados em rotas acessíveis.


Eventuais desníveis no piso de até 5 mm dispensam tratamento especial.
 Desníveis superiores a 5 mm até 20 mm devem possuir inclinação máxima de
1:2 (50 %).
 Desníveis superiores a 20 mm, quando inevitáveis, devem ser considerados
como degraus

RESUMÃO
DESNÍVEL REGRA
Até 5mm Dispensam tratamento
De 5 até 20mm possuir inclinação máxima de 1:2 (50
%).

Superiores a 20mm Considerados degraus

GABARITO: A

10-As estruturas metálicas são geralmente empregadas em coberturas


de galpões devido à sua alta resistência e aos grandes vãos que podem
ser economicamente alcançados. No dimensionamento dos elementos
de uma cobertura metálica de um galpão típico, onde foram utilizadas
treliças planas, terças e contraventamentos com barras redondas,
podem ser levados em consideração apenas os seguintes esforços:
(A) tração e compressão
(B) tração, compressão e flexão
(C) tração, compressão e cisalhamento
(D) tração, compressão, flexão e cisalhamento
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COMENTÁRIOS:
De acordo com “Sistemas estruturais de edificações e exemplos” -
Apostila UNICAMP e com o Livro Estruturas de Aço (Pfeil, 2009).

Denomina-se TRELIÇA PLANA, o conjunto de elementos de construção


(barras redondas, chatas, cantoneira) que são interligados entre si, sob
forma geométrica triangular, através de pinos, soldas, rebites ou
parafusos e que visam formar uma estrutura rígida, com a finalidade de
resistir a esforços somente a normais), o que significa que as barras
trabalham apenas a esforços axiais de tração ou compressão. Na
estrutura, tem a função de receber o carregamento das terças e
transmiti-lo aos pilares. Existem diversos formatos de tesouras, com
diferentes arranjos geométricos

Alguns tipos de treliças:


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A mais comum: HOWE (Montante tracionado e diagonais comprimidas).

Nas estruturas de um galpão típico, quando a treliça é combinada com


contraventamentos com barras redondas, por meio de rótulas
(TOTALMENTE RÓTULADO) não existe esforço de flexão e cisalhamento,
mas quando existe a presença das TERÇAS (são as vigotas ou peças W
que se apoiam sobre as empenas das tesouras (asnas), e devem ser
sempre pregadas nos nós, a fim de não flexionar as tesouras “asnas”)
existe a presença de esforços de cisalhamento e flexão.

 Asnas ou Tesouras: São vigas treliçadas que usam o princípio do


triângulo indeformável, constituídas de peças adequadamente
dispostas e solidarizadas formando um quadro rígido capaz de
suportar as cargas provenientes do telhado e transmiti-las, de forma
pontual, à estrutura portante da estrutura.

DICA
Primeiro: Gravar a parte da tesoura mais fácil:
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Depois gravar o restante de componentes

GABARITO: D

11-Em uma viga de concreto armado bi-apoiada em dois pilares,


surgiram fissuras verticais, espaçadas regularmente ao longo de todo o
vão. Esse tipo de manifestação patológica tem como causa:
(A) subdimensionamento da ferragem de cisalhamento da viga.
(B) segregação dos agregados no momento do lançamento do concreto.
(C) retração hidráulica do concreto ou movimentação térmica da
estrutura.
(D) utilização de concreto com resistência insuficiente ou seção
insuficiente de concreto

COMENTÁRIOS:
De acordo com o livro Trincas em Edifícios – causas, prevenção e
recuperação (ÉRICO THOMAZ) e do livro Patologia, Recuperação e
Reforço de Estruturas de Concreto (THOMASZ RIPPER)

Fissuras são problemas patológicos nas estruturas de concreto


geralmente se manifestam de forma bem característica. A literatura
classifica as fissuras de acordo com sua espessura, atividade e
configuração.

De acordo com sua espessura:

Designação Comprimento
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Fissura abertura em forma de linha que aparece nas superfícies de


qualquer
material sólido, proveniente da ruptura sutil de parte de sua massa,
com
espessura de até 0,5 mm.
Trinca: abertura em forma de linha que aparece na superfície de qualquer
material sólido, proveniente de evidente ruptura de parte de sua
massa, com
espessura de 0,5 mm a 1,00 mm.
Rachadura abertura expressiva que aparece na superfície de qualquer
material sólido, proveniente de acentuada ruptura de sua massa,
podendo-se
“ver” através dela e cuja espessura varia de 1,00 mm até 1,5 mm.

Fenda abertura expressiva que aparece na superfície de qualquer


material
sólido, proveniente de acentuada ruptura de sua massa, com
espessura superior
a 1,5 mm.

De acordo com sua atividade:


 Fissuras ativas são aquelas que mudam de espessura à medida em
que as condições que as provocaram sofrem alterações,
comportando-se como juntas induzidas pela estrutura.
 Fissuras passivas encontram-se num estado estabilizado, não
apresentam variação em sua espessura ou no seu comprimento no
decorrer do tempo.

As configurações das fissuras podem ser requisito determinante para


análise do fator que desencadeou a mesma na estrutura.

FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DAS FUNDAÇÕES

FISSURAS CAUSADAS POR CORROSÃO DA ARMADURA: As fissuras


causadas pela corrosão da armadura tendem a aparecer paralelas ao
longo das barras em processo de oxidação.
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FISSURAS CAUSADAS POR RETRAÇÃO: muito ocorrente em alvenarias


(argamassas) e lajes, a retração nada mais é do que o processo de
redução de volume que ocorre na massa de concreto devido à perda
de água excedente da mistura pelo processo de evaporação. O uso
excessivo de água na preparação de produtos à base de cimento é
muito comum nos canteiros de obra para aumentar a trabalhabilidade
dos elementos. As fissuras podem ocorrer por retração plástica, retração
por secagem, retração química, retração autógena e retração térmica.

Retração Definição
RETRAÇÃO PLÁSTICA causada pela perda de água do concreto por
exsudação (saída ascendente de água do
concreto) ainda em seu estado plástico.
RETRAÇÃO POR se dá pela mesma forma do que a retração
SECAGEM plástica, com a diferença que o concreto está em
seu estado endurecido.
RETRAÇÃO QUÍMICA acontece desde o momento em que se inicia a
hidratação, pois os elementos que são gerados
nessa reação têm volumes menores do que
aqueles que os originaram, resultando numa
redução do volume de concreto.
RETRAÇÃO TÉRMICA a ocorre devido ao calor liberado na reação de
hidratação (reação exotérmica). Esse calor gera a
expansão do concreto, que ao se resfriar, reduz seu
volume.

A retração térmica faz com que o material se comprima, surgindo fissuras


transversais em toda a viga.

FISSURAS DEVIDAS ÀS CARGAS ESTRUTURAIS

A) FISSURAS CAUSADAS POR ESFORÇO DE TRAÇÃO: As fissuras causadas


por esforços de tração são, em geral, ortogonais à direção do esforço e
atravessam toda a seção. O material concreto é muito suscetível a esse
tipo de fissura, pois a resistência à tração deste material é muito
pequena.
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B) FISSURAS CAUSADAS POR ESFORÇO DE COMPRESSÃO: As fissuras


causadas por esforços de compreensão são, em geral, paralelas à
direção do esforço. Quando o concreto é muito heterogêneo, as
fissuras podem cortar-se segundo ângulos agudos. As fissuras devidas ao
esforço de compreensão se fazem visíveis com esforços inferiores ao de
ruptura, e aumentam de forma contínua.

C) FISSURAS CAUSADAS POR ESFORÇO DE FLEXÃO: Elas começam no


bordo tracionado das peças e avançam em direção à linha neutra.
Este tipo de fissura tem abertura variável: são mais abertas no bordo
tracionado da seção e vão diminuindo de abertura à medida que
chegam perto da linha neutra.

FISSURA DE CISALHAMENTO: Cisalhamento: as fissuras de cisalhamento,


provocadas pelo esforço cortante são inclinadas e surgem inicialmente
nas proximidades dos apoios, manifestando-se também na parte média
das vigas. São geralmente causadas pela deficiência das armaduras de
cisalhamento.

GABARITO: C

12-A execução inadequada de um pilar estável de concreto armado, em


que foi utilizado um concreto com alta permeabilidade e elevada
porosidade, com cobrimento insuficiente das armaduras, pode levar ao
aparecimento da seguinte manifestação patológica:
(A) fissuras de assentamento plástico
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(B) fissuras aleatórias ao longo de toda a peça.


(C) corrosão das armaduras.
(D) esmagamento do concreto

COMENTÁRIOS:
De acordo com o livro Trincas em Edifícios – causas, prevenção e
recuperação (ÉRICO THOMAZ) e do livro Patologia, Recuperação e
Reforço de Estruturas de Concreto (THOMASZ RIPPER)
Vamos aprender mais alguns tipos de fissuração

FISSURAS DEVIDO AO ASSENTAMENTO PLÁSTICO:

Durante o lançamento do concreto as partículas tendem a se


movimentar para baixo havendo um deslocamento do ar aprisionado e
da água para a superfície

PRINCIPAIS CAUSAS:
 Vibração prolongada
 Excesso de água no amassamento
 Falta de estanqueidade das formas
 Barras com grandes bitolas
 Cobrimento pequeno das armaduras
 Malhas densas (armadura)
 Excesso de exsudação

DESSECAÇÃO SUPERFICIAL RETRAÇÃO DA SUPERFÍCIE


causada pela rápida evaporação da água: Fissuras aleatórias pela peça
(pele de crocodilo)
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MOVIMENTAÇÃO DAS FORMAS


-Ocorrente na fase plástica do concreto

PRINCIPAIS CAUSAS:
 Sobrecargas – avaliação incorreta das cargas atuantes

VAMOS RELEMBRAR?
CARGAS TIPOS
Cargas verticais -Permanente
-Acidentais 1,5 a 3,5Kn/m²
Cargas horizontais -Vento
-Expansão do concreto
-Impacto de equipamento
-Pressão do concreto fresco
-(vibração/aditivo s/tempo de pega)

 Má escoramento:
-Deslocamento de alguma escora por impacto
- Falta de travamento (contraventamento)
- Deslocamento das escoras por vibração excessiva
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- Escoras fora de prumo


- Escoras muito esbeltas
- Apoio inadequado das escoras
- Insuficiência de área de contato apoio/forma
- Bases deformáveis ou instáveis

 Detalhes construtivos
◦ Falta de amarração nos cantos das formas
◦ Formas de vigas externas Mão-de-obra
◦ Falha na interpretação dos projetos
◦ Execução imperfeita Lançamento do concreto
◦ Velocidade de colocação da mistura
◦ Grande volume de concreto acumulado sobre a superfície
◦ Cargas excêntricas
◦ Elevadas pressões de impacto

ESMAGAMENTO DO CONCRETO: OCORRE PELO MÁ DIMENSIONAMENTO


DO CONCRETO ARMADO.

PRINCIPAIS CAUSAS:

A fissura por esmagamento é decorrente da reduzida espessura da laje e


ocorre na face inferior da laje, por DEFICIÊNCIA DE ARMADURA PARA
CONTRAPOR AOS MOMENTOS NEGATIVOS.
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A fissura por esmagamento é decorrente da reduzida espessura da laje e


ocorre na face superior da laje, por DEFICIÊNCIA DE ARMADURA PARA
ABSORVER OS MOMENTOS POSITIVOS

CORROSÃO DAS ARMADURAS DO CONCRETO ARMADO

Muito importante!!! A corrosão não acontece no concreto, ela ocorre nas


barras de aço!

As armaduras inseridas nas estruturas de concreto estão inicialmente


protegidas pelo cobrimento regulamentado em projeto, que forma uma
barreira física aos fatores externos. A perda desta proteção pode
desencadear e acelerar um processo corrosivo. A corrosão ocorre
quando o concreto é permeável o suficiente para permitir que íons
penetrem até a armadura (estes íons, juntamente com água e oxigênio,
dão início ao processo de corrosão).
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Os principais fatores/causas que provocam a corrosão das armaduras


são pelo meio aquoso, pela AÇÃO DOS CLORETOS E PELA
CARBONATAÇÃO.

AÇÃO DOS CLORETOS: Os cloretos podem estar no concreto por meio da


presença dos componentes (aditivos, água e agregados) na mistura, ou
por penetração, do exterior, através da rede de poros, como é o caso
de ambientes marinhos (névoa salina) por absorção capilar e difusão,
sendo dependente da porosidade, permitindo o transporte de líquidos
para o interior do concreto e quanto menor for o diâmetro dos poros,
mais intensas serão as forças capilares de sucção.

CARBONATAÇÃO: A alta alcalinidade nas superfícies expostas do


concreto, obtida principalmente às custas da presença de hidróxido de
cálcio liberado das reações de hidratação do cimento, podem ser
reduzidas com o tempo através da ação do gás carbônico do ar e outros
gases ácidos como SO2 e H2S.
A carbonatação é dependente de fatores como: técnicas construtivas:
transporte, lançamento, adensamento e cura do concreto; condições
ambientais (atmosferas rurais, industriais ou urbanas); tipo de cimento;
umidade do ambiente; e muito maior quanto maior for a relação água
cimento

O produto do processo da corrosão é expansivo e provocam tensões na


interface aço-concreto, desencadeando, inicialmente, a fissuração do
concreto na direção paralela à armadura corroída, o que favorece
ainda mais a carbonatação e a penetração de, e agentes agressivos,
podendo causar o lascamento do concreto devido a perda da
aderência.
Essa fissuração acompanha, em geral, a direção da armadura principal
e mais raramente a direção dos estribos, a não ser que estes estejam à
superfície.
Na maioria das vezes, aparecem manchas marrom-avermelhadas na
superfície do concreto e bordas das fissuras.

Ambos fatores (ações do íon cloreto e carbonatação) dependem


diretamente da permeabilidade do concreto. Propriedade que é
diretamente condicionada a:
 Fator a/c (porosidade do concreto- maior relação a/c maior a
porosidade, assim mais fácil ocorre a penetração dos agentes)
 Espessura do cobrimento (se for menor, mais fácil ocorre a penetração
dos agentes)

GABARITO: C

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