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BIZU P/ CGU - ÁREA: ADMINISTRATIVA – DIREITO

ADMINISTRATIVO –ITENS 25 A 29 - PROFESSOR ANDERSON LUIZ

Lei do Processo Administrativo Federal (Lei nº 9.784/99)

1) As regras da Lei nº 9.784/99 aplicam-se subsidiariamente aos


processos administrativos específicos (processo disciplinar, processo
administrativo tributário, processo licitatório etc.), regulados em leis
próprias.
2) A lei se se aplica à Administração Federal direta e indireta e
aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União,
quando no desempenho de função administrativa. Todavia, não se
aplica aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
3) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos seguintes
princípios (“SERá FÁCIL Pro MoMo”): Segurança Jurídica,
Eficiência, Razoabilidade, Finalidade, Ampla defesa, Contraditório,
Interesse Público, Legalidade, Proporcionalidade, Moralidade e
Motivação.
4) Os princípios da razoabilidade da proporcionalidade são as
maiores limitações impostas ao poder discricionário da
Administração.
5) É importante memorizar os atos administrativos que deverão ser
motivados, previstos no art. 50.
6) Princípio do informalismo: o processo administrativo, que não
se sujeita a formas rígidas, deve observar as formalidades
essenciais à garantia dos direitos dos administrados, bem como
adotar formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de
certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados.
7) Em regra, o reconhecimento de firma somente será exigido
quando houver dúvida de autenticidade.
8) Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em
vernáculo (em português), com a data e o local de sua realização
e a assinatura da autoridade responsável.
9) A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser
feita pelo órgão administrativo.
10) O processo deverá ter suas páginas numeradas
seqüencialmente e rubricadas.
11) Princípio da gratuidade: é vedada a cobrança de despesas
processuais, ressalvada as previstas em lei. Assim, em regra,
os processos administrativos são gratuitos.
12) Princípio da oficialidade (ou princípio do impulso oficial do
processo): o processo administrativo pode ser instaurado de
ofício, independentemente de provocação do administrado. Cabe à
Administração impulsionar o processo.

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13) Princípio da verdade material: o processo administrativo


busca saber com se deu o fato no mundo real, isto é, conhecer o
fato efetivamente ocorrido.
14) É importante memorizar os direitos dos administrados, previstos
no art. 3º.
15) “A falta de defesa técnica por advogado no processo
administrativo disciplinar não ofende a Constituição” (Súmula
Vinculante nº 5).
16) O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a
pedido do interessado. Em regra, o pedido deve ser feito por
escrito.
17) A Administração deve orientar o interessado quanto ao
suprimento de eventuais falhas no pedido. É vedada à
Administração a recusa imotivada de recebimento de documento.
18) A Administração deverá elaborar modelos ou formulários
padronizados para assuntos equivalentes. Em regra, quando os
pedidos de diversos interessados tiverem conteúdo e
fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único
requerimento.
19) Recomenda-se memorizar os legitimados como interessados,
previstos no art. 9º.
20) A competência é irrenunciável. Logo, deve ser exercida por
quem a lei a concedeu. Excepcionalmente, são admitidas a
delegação e a avocação.
21) Se não houver impedimento legal, é possível a delegação de
parte da competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes
não sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial (TSE + TJ).
22) A delegação é revogável a qualquer tempo. As decisões
adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta
qualidade. Essas decisões serão consideradas editadas pelo
delegado (e não pelo delegante).
23) Memorem os atos indelegáveis, previstos no art. 13.
24) Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados, será permitida a avocação temporária de
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
25) Inexistindo competência legal específica, o processo
administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor
grau hierárquico para decidir.

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26) Memorizem as hipóteses de impedimento e suspensão, previstas


nos arts. 18 a 21. A ESAF adora esse assunto!
27) Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido
no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva
apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. Por
outro lado, se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de
ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter
prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da
responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.
28) Mediante manifestação escrita, o interessado poderá desistir
total ou parcialmente do pedido formulado e renunciar a direitos
disponíveis. Existindo vários interessados, a manifestação
formulada por um deles não atinge os demais. Além disso, a
renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o
prosseguimento do processo, caso a Administração considere que
o interesse público assim o exige.
29)

Anulação Revogação

É o desfazimento de um ato
É o desfazimento do ato ilegal. válido, por razões de
conveniência e oportunidade.

Pode ser determinada pela


Só pode ser realizada pela própria
própria Administração que
Administração que produziu o
produziu o ato, bem como pelo
ato.
Poder Judiciário

Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc).

30) Convalidação tácita: o direito da Administração de anular os


atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé do beneficiado (art. 54). Essa
modalidade de convalidação chama-se tácita porque decorre da
inércia da Administração. Transcorrido o prazo de 5 anos, sem que
ocorra manifestação da Administração, o ato será tacitamente
convalidado.
31) Convalidação expressa: Em decisão na qual se evidencie não
acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração (art. 55).
32) O recurso administrativo deverá ser decidido no prazo
máximo de 30 dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão

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competente. Esse prazo poderá ser prorrogado por igual


período, ante justificativa explícita. Em regra, tramitará no máximo
por 3 instâncias administrativas e não terá efeito suspensivo.
33) Os processos administrativos de que resultarem sanções
poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício,
quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis
de justificar a inadequação da sanção aplicada. Contudo, dessa
revisão não poderá resultar agravamento da sanção.
34) Os prazos começam a correr a partir da data da ciência oficial,
excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do
vencimento. Se o vencimento cair em dia em que não houver
expediente ou este for encerrado antes da hora normal,
considera-se prorrogado o prazo até o 1º dia útil seguinte.

Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92)

1) Memorizar os sujeitos ativos e passivos do ato de improbidade


administrativa, previstos nos arts. 1º a 3º. A ESAF adora esse
assunto. Cai em praticamente em todas as provas.
2) Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão,
dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral
ressarcimento do dano (Art. 5º). Todavia, em relação ao sucessor
do ímprobo, as sanções de natureza pecuniária cominadas na lei
limitam-se ao valor da herança (Art. 8º).
3) Segundo o STF, os agentes políticos, por estarem regidos por
normas especiais de responsabilidade, não respondem por
improbidade administrativa com base na Lei 8.429/92, mas apenas
por crime de responsabilidade.
4)

Enriquecimento ilícito
Improbidade administrativa
Lesão ao erário
(3 espécies)
Violação aos princípios da Adm. Pub.

5) A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à


apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o
seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal
competente.
6) A declaração compreende imóveis, móveis, semoventes
(bovinos, ovinos, suínos, caprinos, equinos, etc.), dinheiro, títulos,
ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais,
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localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá


os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos
filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica
do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso
doméstico.
7) O agente público que se recusar a prestar declaração dos bens,
dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa será punido
com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo
de outras sanções cabíveis.
8)

Enriquecimento Ilícito Lesão ao Erário

Permitir, facilitar ou concorrer para que


Perceber vantagem econômica.
terceiro se enriqueça ilicitamente.

Utilizar, em obra ou serviço


particular, veículos, máquinas, Permitir que se utilize, em obra ou
equipamentos ou material de serviço particular, veículos, máquinas,
qualquer natureza, de propriedade equipamentos ou material de qualquer
ou à disposição de qualquer das natureza, de propriedade ou à disposição
entidades mencionadas no Art. 1° de qualquer das entidades mencionadas
desta lei, bem como o trabalho de no Art. 1° desta lei, bem como o trabalho
servidores públicos, empregados de servidor público, empregados ou
ou terceiros contratados por essas terceiros contratados por essas entidades.
entidades.

Facilitar ou concorrer por qualquer


Incorporar, por qualquer forma, forma para a incorporação ao
ao seu patrimônio bens, rendas, patrimônio particular, de pessoa física
verbas ou valores integrantes do ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou
acervo patrimonial das entidades valores integrantes do acervo patrimonial
mencionadas no Art. 1° desta lei. das entidades mencionadas no Art. 1º
desta lei.

Perceber vantagem econômica Liberar verba pública sem a estrita


para intermediar a liberação ou observância das normas pertinentes ou
aplicação de verba pública de influir de qualquer forma para a sua
qualquer natureza. aplicação irregular.

Perceber vantagem econômica, Permitir ou facilitar a alienação,


direta ou indireta, para facilitar a permuta ou locação de bem integrante
alienação, permuta ou locação de do patrimônio de qualquer das entidades
bem público ou o fornecimento de referidas no Art. 1º desta lei, ou ainda a
serviço por ente estatal por preço prestação de serviço por parte delas, por
inferior ao valor de mercado. preço inferior ao de mercado

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Perceber vantagem econômica,


direta ou indireta, para facilitar a
aquisição, permuta ou locação de
Permitir ou facilitar a aquisição,
bem móvel ou imóvel, ou a
permuta ou locação de bem ou serviço
contratação de serviços pelas
por preço superior ao de mercado
entidades referidas no Art. 1° por
preço superior ao valor de
mercado

9)

Lesão ao Erário Princípios da Adm. Pública

Frustrar a licitude de processo Frustrar a licitude de concurso


licitatório ou dispensá-lo indevidamente. público.

10)

Importante: Suspensão Multa Proibição

“Enriquecimento” 8 a 10 anos até 3 x 10 anos


“ganho”

“Lesão” 5 a 8 anos até 2 x 5 anos


“dano”

“Princípios” 3 a 5 anos até 100 x R$ 3 anos

11) Na fixação das penas previstas na Lei o juiz levará em conta


a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial
obtido pelo agente.
12) A perda da função pública e a suspensão dos direitos
políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença
condenatória.
13) A autoridade judicial ou administrativa competente poderá
determinar o afastamento cautelar do agente público do
exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração.
14) A aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade
Administrativa independe da:
• Efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo
quanto à pena de ressarcimento.
• Aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle
interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

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15) Qualquer pessoa poderá representar à autoridade


administrativa competente para que seja instaurada investigação
destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
16) É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações
judiciais para apuração de eventual prática de improbidade
administrativa.
17) Constitui crime a representação por ato de improbidade contra
agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da
denúncia o sabe inocente.
18) Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o
denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que
houver provocado.
19) As sanções previstas na lei prescrevem em 5 anos, contados
do términino do exercício de mandato, de cargo em comissão ou
de função de confiança. Cuidado: a contagem não se inicia na
data da prática do ato de improbidade administrativa. Segundo o
STJ, no caso de reeleição, a contagem desse prazo quinquenal se
inicia após o término do segundo mandato.

Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder


Executivo Federal - Decreto nº 1.171, de 22/6/1994. Sistema
de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal (Decreto nº
6.029, de 1º/2/2007). Conflito de Interesses no Serviço
Público (Resolução nº 08, de 25/9/2003, da Comissão de
Ética Pública da Presidência da República).

1) Sujeitam-se ao Código de Ética Profissional do Servidor Público


Civil do Poder Executivo Federal:
• Servidores do Poder Executivo Federal: Sim
• Empregados e dirigentes de EP ou SEM da União: Sim
• Militares: Não
• Servidores dos Poderes Legislativo ou Judiciário: Não
• Servidores dos Poderes Executivos Estaduais, Distritais ou
Municipais: Não
2) Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por
servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de
qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente,
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição
financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer

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órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações


públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde
prevaleça o interesse do Estado (item XXIV).
3) Todo ato de posse, investidura em função pública ou
celebração de contrato de trabalho dos agentes públicos deverá
ser acompanhado da prestação de compromisso solene de
acatamento e observância das regras estabelecidas pelo Código
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal.
4) O servidor público não poderá desprezar o elemento ético de sua
conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o
ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o
oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto
e o desonesto. Isso significa que a finalidade do ato administrativo
influencia a sua análise sob o aspecto da moralidade.
5) A moralidade da Administração Pública não se limita à
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de
que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que
poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
6) A função pública deve ser tida como exercício profissional e,
portanto, se integra na vida particular de cada servidor
público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia
em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom
conceito na vida funcional.
7) Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou
interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos
da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui
requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem
a negar.

Importante:
Regra: publicidade
Exceções: (1) segurança nacional, (2) investigações policiais e (3)
interesse superior do Estado e da Administração Pública.

8) Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode


omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da
própria pessoa interessada ou da Administração Pública.
9) Onde deve existir uma Comissão de Ética?

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• Em cada órgão ou entidade da APF direta e indireta;


• Em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições
delegadas pelo poder público.
10) Comissão de Ética:
• 3 titulares + 3 suplentes
• Servidores/empregados do quadro permanente
• Designação = dirigente máximo
• Mandatos não coincidentes = 3 anos
11) À Comissão de Ética compete (art. 7º do Decreto nº 6.029/07):
• Atuar como instância consultiva de dirigentes e servidores no
âmbito de seu respectivo órgão ou entidade;
• Aplicar o Código de Ética Profissional do Servidor Público
Civil do Poder Executivo Federal, devendo:
 Submeter à Comissão de Ética Pública (CEP)
propostas para seu aperfeiçoamento;
 Dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas
normas e deliberar sobre casos omissos;
 Apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em
desacordo com as normas éticas pertinentes; e
 Recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do
órgão ou entidade a que estiver vinculada, o
desenvolvimento de ações objetivando a
disseminação, capacitação e treinamento sobre as
normas de ética e disciplina;
• Representar a respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética
do Poder Executivo Federal; e
• Supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta
Administração Federal e comunicar à Comissão de Ética
Pública (CEP) situações que possam configurar
descumprimento de suas normas.
12) É dever do titular de entidade ou órgão da Administração Pública
Federal, direta e indireta (Decreto nº 6.029/07, art. 6º):
• Assegurar as condições de trabalho para que as Comissões
de Ética cumpram suas funções, inclusive para que do exercício
das atribuições de seus integrantes não lhes resulte qualquer
prejuízo ou dano;
• Conduzir em seu âmbito a avaliação da gestão da ética
conforme processo coordenado pela Comissão de Ética Pública.

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13) O processo de apuração de prática de ato em desrespeito ao


preceituado no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil
do Poder Executivo Federal será instaurado, de ofício ou em razão
de denúncia fundamentada (art. 12 do Decreto nº 6.029/07).
14) A Comissão de Ética sempre respeitará as garantias do
contraditório e da ampla defesa. Nesse sentido, o investigado
poderá produzir prova documental necessária à sua defesa (art. 12,
§1º).
15) Mesmo que ainda não tenha sido notificada da existência do
procedimento investigatório, a pessoa investigada tem os seguintes
direitos (art. 14):
• Saber o que lhe está sendo imputado,
• Conhecer o teor da acusação,
• Ter vista dos autos, no recinto das Comissões de Ética,
• Obter cópia dos autos e de certidão do seu teor.
16) Os trabalhos da Comissão de Ética serão desenvolvidos com
celeridade e observância dos seguintes princípios (art. 10):
• Proteção à honra e à imagem da pessoa investigada;
• Proteção à identidade do denunciante, que deverá ser
mantida sob reserva, se este assim o desejar (Notem que
não será sempre); e
• Independência e imparcialidade dos seus membros na
apuração dos fatos.
17) Concluída a instrução processual, a Comissão de Ética proferirá
decisão conclusiva e fundamentada (art. 12, §4º). Se a conclusão
for pela existência de falta ética, a Comissão de Ética tomará as
seguintes providências, no que couber (art. 12, §5º):
• Encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou
função de confiança à autoridade hierarquicamente superior ou
devolução ao órgão de origem, conforme o caso;
• Encaminhamento, conforme o caso, para a CGU ou unidade
específica do Sistema de Correição do Poder Executivo
Federal, para exame de eventuais transgressões disciplinares; e
• Recomendação de abertura de procedimento
administrativo, se a gravidade da conduta assim o exigir.
• Fornecimento, aos organismos encarregados da execução do
quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua
conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar
promoções e para todos os demais procedimentos próprios da
carreira do servidor público (Decreto nº 1.171/94, item XVIII).

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18) Sempre que constatar a possível ocorrência de ilícitos penais,


civis, de improbidade administrativa ou de infração disciplinar,
a Comissão de Ética encaminhará cópia dos autos às autoridades
competentes para apuração de tais fatos, sem prejuízo das medidas
de sua competência (art. 17).
19) A Comissão de Ética não poderá deixar de proferir decisão
sobre matéria de sua competência alegando omissão do Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
A omissão eventualmente existente será suprida pela analogia
(utilização de disposições aplicáveis a casos semelhantes) e
invocação aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência (LIMPE) (art. 16).
20) As decisões da Comissão de Ética serão resumidas em ementa
(sumário, sinopse) e, com a omissão dos nomes dos
investigados, divulgadas no sítio do próprio órgão, bem como
remetidas à Comissão de Ética Pública (art. 18).
21) A censura é única pena que pode ser aplicada pela Comissão
de Ética.
22) As penalidades previstas no art. 127 da Lei nº 8.112/90 não
podem ser aplicadas pela Comissão de Ética.
23) Da decisão da comissão de ética deve constar:
• A fundamentação da pena aplicada;
• A assinatura de todos os integrantes da Comissão de Ética;
• A ciência do faltoso.
24) O Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal
foi criado com a finalidade de promover atividades que dispõem
sobre a conduta ética no âmbito do Executivo Federal.
25)

Comissões de Ética
Importante: CEP
(Dec. no 1.171/94)

Membros 3 titulares + 3 suplentes 7 brasileiros

Idoneidade moral, reputação


Servidores e empregados
Requisitos ilibada e notória experiência
do quadro permanente
em administração pública.

Designação Dirigente máximo Presidente da República

Mandato 3 anos, não coincidentes 3 anos, não coincidentes

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Recondução Não Sim (única)

26) Poderão provocar a atuação da CEP: cidadão, agente público,


PJ de direito privado, associação e entidade de classe.
27) A infração ética poderá ser imputada a: agente público, órgão e
setor específico de ente estatal.
28) A ocorrência de conflito de interesses independe do recebimento
de qualquer ganho ou retribuição pela autoridade.

29) A participação de autoridade em conselhos de administração e


fiscal de empresa privada, da qual a União seja acionista,
somente será permitida quando resultar de indicação institucional
da autoridade pública competente. Nestes casos, essa autoridade
não poderá participar de deliberação que possa suscitar conflito de
interesses com o Poder Público.
30) No trabalho voluntário em organizações do terceiro setor,
sem finalidade de lucro, também deverá ser observado o disposto
na Resolução Interpretativa nº 8, de 25/09/2003.

Lei do Acesso a Informação (Lei n° 12.527/11).

1) A LAI representa uma mudança de paradigma em matéria de


transparência pública, porque estabelece que o acesso é a regra e o
sigilo, a exceção.
2) Qualquer cidadão poderá solicitar acesso às informações públicas,
assim consideradas aquelas não classificadas como sigilosas, de
acordo procedimento que observará as regras, prazos, instrumentos
de controle e recursos previstos.
3) As seguintes instituições públicas devem cumprir a LAI: os órgãos
e entidades públicas dos três Poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário), de todos os níveis de governo (federal, estadual, distrital
e municipal), assim como os Tribunais de Contas e o Ministério
Público, bem como as autarquias, fundações públicas, empresas
públicas, sociedades de economia mista e demais entidades
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios.
4) Além disso, as seguintes entidades privadas também estão
sujeitas à lei: as entidades privadas sem fins lucrativos que recebam
recursos públicos para a realização de ações de interesse público,
diretamente do orçamento ou por meio de subvenções sociais,
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes e

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outros instrumentos similares, devem divulgar informações sobre os


recursos recebidos e sua destinação.
5)

Documento Informação

Dados, processados ou não, que


podem ser utilizados para
Unidade de registro de
produção e transmissão de
informações qualquer que seja o
conhecimento, contidos em
suporte ou formato.
qualquer meio, suporte ou
formato.

6) A LAI prevê exceções à regra de acesso para dados pessoais e


informações classificadas por autoridades como sigilosas.
Informações sob a guarda do Estado que dizem respeito à intimidade,
honra e imagem das pessoas, por exemplo, não são públicas (ficando
protegidas por um prazo de cem anos). Elas só podem ser acessadas
pelos próprios indivíduos e, por terceiros, apenas em casos
excepcionais previstos na LAI.
7) Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela
parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por
meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo.
8) A LAI estabelece regras referentes à classificação da informação.
Como princípio geral, estabelece que uma informação pública
somente pode ser classificada como sigilosa quando considerada
imprescindível à segurança da sociedade (à vida, segurança ou saúde
da população) ou do Estado (soberania nacional, relações
internacionais, atividades de inteligência).
9) A informação em poder dos órgãos e entidades públicas,
observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à
segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada
como ultrassecreta, secreta ou reservada.
10) As informações podem ser classificadas como:
• Ultrassecreta
 Prazo de segredo: 25 anos (renovável uma única vez)
• Secreta
 Prazo de segredo: 15 anos
• Reservada
 Prazo de segredo: 5 anos
11)

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Ultrassecretas

Informações sigilosas Secretas

Reservadas

12)

Tempo Máximo de Sigilo

Ultrassecreta 25 anos Pode ser prorrogado 1x pela CMRI

Secreta 15 anos
Não podem ser prorrogado.
Reservada 5 anos

13) Estão especificadas na LAI as autoridades que têm a prerrogativa


de classificar as informações nos diferentes graus de sigilo. Quanto
mais estrito o sigilo, maior o nível hierárquico do agente público.
14) A classificação do sigilo de informações no âmbito da
Administração Pública Federal é de competência:
• Grau Ultrassecreto: Presidente da República, Vice-Presidente
da República, Ministros de Estado e autoridades com as
mesmas prerrogativas, Comandantes da Marinha, do Exército e
da Aeronáutica, Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares
permanentes no exterior.
• Grau Secreto: autoridades sobreditas, mais: titulares de
autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de
economia mista.
• Grau Reservado: autoridades supracitadas, mais: as que
exercem funções de direção, comando ou chefia, de hierarquia
equivalente ou superior ao nível DAS 101.5; as que compõem o
grupo - Direção e Assessoramento Superiores, conforme
regulamentação específica de cada órgão ou entidade.
15)

Informação Ultrassecreta

Tempo máximo de sigilo 25 anos

Importante:
O prazo da classificação ultrassecreta pode ser prorrogado uma
única vez pela Comissão Mista de Reavaliação das Informações.

Autoridades competentes para classificar como

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"ultrassecreta":
• Presidente e Vice-Presidente da República
• Ministros de Estado
• Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, com
ratificação pelo Ministro da Defesa
• Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares no exterior, com
ratificação pelo Ministro das Relações Exteriores

16)

Informação Secreta

Tempo máximo de sigilo 15 anos

Importante:
O prazo da classificação secreta não pode ser prorrogado.

Autoridades competentes para classificar como "secreta":


• Todas as Autoridades que podem classificar como
"ultrassecreta". (Lembrem-se disto: “quem pode mais, pode
menos”!)
• Titulares de autarquias, fundações, empresas públicas e
sociedades de economia mista.

17)

Informação Reservada

Tempo máximo de sigilo 5 anos

Importante:
O prazo da classificação reservada não pode ser prorrogado.

Autoridades competentes para classificar como "reservada":


• Todas as Autoridades que podem classificar como "secreta".
(Novamente, “quem pode mais, pode menos”!)
• Ocupantes de funções de direção, comando ou chefia, nível
DAS 101.5 ou superior, ou de hierarquia equivalente.

18)

Autoridades Competentes para Classificar

PR e VPR; ME; Cmt MB, EB e FAB (+ MD); e Ultrassecreta,

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CMD no exterior (+ MRE). Secreta e Reservada

Titulares de Aut, FP, EP e SEM. Secreta e Reservada

DAS ≥ 101.5 ou equivalente Reservada

19) Não poderão ser objeto de restrição de acesso informações ou


documentos que versem sobre condutas que impliquem violação dos
direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de
autoridades públicas.
20) A LAI prevê a responsabilização do servidor nos casos de
descumprimento de seus dispositivos.
21) Informações pessoais são aquelas relacionadas à pessoa natural
identificada ou identificável, cujo tratamento deve ser feito de forma
transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e
imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias
individuais.
22) As informações pessoais terão seu acesso restrito,
independentemente de classificação de sigilo, pelo prazo máximo de
100 (cem) anos a contar da sua data de produção.
23) O servidor público é passível de responsabilização quando:
• Recusar-se a fornecer informação requerida nos termos da LAI,
retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la
intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;
• Utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar,
desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informação
que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou
conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo,
emprego ou função pública;
• Agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à
informação;
• Divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso
indevido à informação sigilosa ou informação pessoal;
• Impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de
terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si
ou por outrem;
• Ocultar da revisão de autoridade superior competente
informação sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em
prejuízo de terceiros; e
• Destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos
concernentes a possíveis violações de direitos humanos por
parte de agentes do Estado.

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ADMINISTRATIVO –ITENS 25 A 29 - PROFESSOR ANDERSON LUIZ

24) Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou


administrativamente por dar ciência, a quem de direito, de
informação concernente à prática de crimes ou improbidade.
25) O pedido de acesso à informação pública não precisa ser
justificado, afinal a informação solicitada já pertence ao requerente.
O Estado existe para servir à sociedade deve atuar em nome dela.
Consequentemente, o Estado não é o proprietário, mas apenas o
guardião do bem público e da informação que é produzida e
custodiada pelos órgãos e entidades públicas. O Estado apenas presta
um serviço ao atender à demanda.

Transparência Ativa Transparência Passiva

A Administração Pública divulga


A Administração Pública divulga
informações à sociedade por
informações sob demanda em
iniciativa própria, de forma
atendimento às solicitações da
espontânea, independente de
sociedade.
qualquer solicitação.

26) O Estado deve garantir o direito de acesso à informação, que


será franqueada, por meio de procedimentos objetivos e ágeis, de
forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão.
27) Garantir o direito de acesso da sociedade às informações públicas
traz benefícios tanto para o Estado quanto para a sociedade, tais
como: prevenção da corrupção, aperfeiçoamento da gestão pública,
controle social, inclusão social, melhoria do processo decisório
governamental e melhoria do processo eleitoral.
28) A pessoa física ou entidade privada que detiver informações em
virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder público e deixar
de observar o disposto na LAI estará sujeita às seguintes sanções:
• Advertência;
• Multa;
• Rescisão do vínculo com o poder público;
• Suspensão temporária de participar em licitação e
impedimento de contratar com a administração pública por
prazo não superior a 2 (dois) anos; e
• Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com
a administração pública, até que seja promovida a
reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a
penalidade. A aplicação dessa penalidade é de competência
exclusiva da autoridade máxima do órgão ou entidade pública.

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