Você está na página 1de 2

Sobre discriminação e descriminalização das drogas e outras situações históricas

Certa vez após uma palestra sobre drogas, um professor me perguntou e a minha
colega psicóloga se somo contra ou a favor da liberação das drogas. A pergunta foi
acompanhada de informações de outros países que alteraram a politica anti drogas permitindo
a comercialização da maconha e apresentaram dados estatísticos favoráveis que hoje
influenciam outros países a reverem a politica antidrogas.

Respondi que o processo de proibição da maconha se iniciou em uma situação de


competividade de mercado, onde de um lado haviam os produtores de algodão e do outro os
produtores de cânhamo. Em uma época onde as mercadorias eram transportadas pelos
oceanos, a busca de velas confeccionadas por um tecido resistente e leve alterou a balança do
mercado e favorecimento do cânhamo.

Nesta mesma época os trabalhadores envoltos da produção de cânhamo que


apresentavam o habito de utilizar a cannabbis demostravam resistência física e humor
superior aos demais.

Os produtores de algodão influenciaram a inclusão da cannabbis na lei anti drogas


americana que mais tarde foi adotada por diversos outros países. Portanto, até então a
proibição ficou associada a uma atitude de proteção do status quo.

Atualmente as ultimas pesquisas demonstram que os países que realizaram revisão na


politica antidrogas e permitem a comercialização da cannabbis tiveram bom resultados.
Resultados esses que se configuram bons principalmente por serem contrario as expectativas e
por reduzir o uso de drogas que causam danos severos a por vezes a morte como a heroína,
crack e cocaína. Os resultados vão além da substituição de uma droga mais danosa por outra
que cause menos danos como o álcool ou a cannabbis, o resultado positivo deve-se também a
fatores discriminativo, como a politica de redução de danos e a aceitação do outro enquanto
cidadão que necessita de cuidados em saúde.

Cada vez mais, pesquisas mostram e comprovam que o álcool e a cannabbis possuem
consequências negativas para o corpo e para a sociedade.

Concluindo, sou contra a descriminalização da maconha, sou contra a discriminação do


usuário primeiramente. Ao segundo eu sou contra pois há muito preconceito para o usuário, a
sociedade não entende e não aceita o comportamento destes, ainda possuem muitas crenças
errôneas sobre o uso de drogas como a cannabis. Por outro lado, sou contra a
descriminalização da maconha, mesmo conhecendo a origem do preconceito contra o usuário,
seus fatores históricos para a proibição ou mesmo por conhecer o comportamento humano e
seus escapismos. Mas por ser um cientista do comportamento humano e compreender que
cada vez mais as pesquisas sobre a cannabbis mostram que os efeitos positivos são
compreendidos cada vez mais sem associação do tetrahidrocanabinol e sim por outra
substancia presente na cannabbis e os movimentos favoráveis a descriminação buscam o uso
desta substancia não diretamente ao direito da planta existir e ser cultivada. E por ultimo, por
existir comprovadamente, efeitos negativos não apenas físicos considerando o uso por
inalação na forma de fumo, mas também psíquicos como a redução em 8 pontos de QI.
Em analise, a sociedade vista como um organismo único e então uma consciência
coletiva que reflete nos movimentos sociais como a marcha da maconha representa uma parte
da população que deseja fugir de seu estado normal com o uso de entorpecentes além do
álcool. Essa parte da população somada com os simpatizante demonstram um desejo de fuga,
projeção do estado da psique social e é preciso medidas satisfatórias para que essas pessoas
vivam melhor e não desejam fugir da realidade para encontrar conforto no entorpecentes que
alteram a percepção da realidade deixando-a por vezes, tolerável.

Antes de concluir definitivamente o meu raciocínio, fui impedido por minha amiga que
imagino estar preocupada com a possibilidade que eu dissesse algo contrario.

“Encontrei motivos suficientes na ciência para ser contra a descriminalização.


Encontrei nos estudos sobre o comportamento humano motivos suficientes para ser a favor da
descriminalização”.

Você também pode gostar