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Química Farmacêutica e Medicinal

Curso de Farmácia

Química Farmacêutica e Medicinal


Prof. Ma. Aline Franzen

alinefranzen@hotmail.com
Avaliações Bibliografia

3 AVALIAÇÕES + TDE

25/03 Avaliação Teórica I

10/06 Avaliação Teórica II


BARREIRO, Eliezer J.; FRAGA, Carlos Alberto Manssour. Química medicinal: as
bases moleculares da ação dos fármacos. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 536 p.
01/07 Avaliação Teórica III
GOODMAN, Louis S; HARDMAN, Joel G.; LIMBIRD, Lee E. (Editor). As bases
farmacológicas da terapêutica. 10.ed. Rio de Janeiro: Mc Graw-Hill, 2003. 1232 p.
KOROLKOVAS, Andrejus; BURCKHALTER, Joseph H. Química farmacêutica. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 792 p.
Droga x Fármaco x Medicamento
Aula 1

Drogas Origem dos Fármacos

Substâncias químicas que, quando introduzidas no corpo humano, alteram sua função
fisiológica ou psicológica

•A cafeína é uma droga encontrada no café, no chá e em algumas


bebidas energéticas. Ela estimula o sistema nervoso central,
aumentando a vigilância e diminuindo a sensação de fadiga.

A maconha é uma substância psicoativa derivada da planta Cannabis sativa


ou Cannabis indica. Ela contém compostos químicos como o THC (tetra-
hidrocanabinol) e o CBD (canabidiol), que afetam o funcionamento do
sistema nervoso. O THC é responsável pelos efeitos psicoativos da
maconha, como a sensação de relaxamento, euforia, alterações na
percepção sensorial e aumento do apetite.
Aula 1

Fármacos Origem dos Fármacos

Substâncias químicas que têm efeitos específicos no organismo, sendo utilizadas para
prevenir, diagnosticar ou tratar doenças. Podem ser de origem natural, sintética ou semi-
sintética e são projetadas para interagir com processos biológicos específicos no corpo para
produzir um efeito desejado.

A aspirina é um fármaco amplamente utilizado como analgésico,


antipirético e anti-inflamatório. Ele alivia a dor, reduz a febre e
combate a inflamação.

PARACETAMOL
O paracetamol, também conhecido como acetaminofeno, é um
fármaco analgésico e antipirético amplamente utilizado para
aliviar a dor e reduzir a febre
Aula 1

Medicamentos Origem dos Fármacos

São produtos farmacêuticos que contêm um ou mais fármacos, além de outros ingredientes,
como excipientes, destinados a serem administrados aos pacientes com finalidades
terapêuticas.

O Tylenol ® é um medicamento de venda livre que contém o


fármaco paracetamol como ingrediente ativo, além de outros
componentes para dar forma ao comprimido e facilitar sua
ingestão. Ele é utilizado para aliviar a dor e reduzir a febre.
Aula 1
Origem dos Fármacos

Droga vs. Fármaco


A principal diferença entre droga e fármaco é que nem toda droga é um fármaco.
As drogas podem incluir substâncias recreativas ou ilícitas, enquanto os fármacos
são especificamente utilizados para fins terapêuticos

Fármaco vs. Medicamento


Enquanto os fármacos são as substâncias químicas ativas que têm efeitos específicos
no organismo, os medicamentos são as formulações específicas que contêm esses
fármacos, além de outros ingredientes, destinados ao uso terapêutico
Aula 1
Origem dos Fármacos

• Todo fármaco é seguro?


Aula 1
Origem dos Fármacos

Todo fármaco é seguro?


• Em 1970, pesquisadores brasileiros
isolaram uma substância do veneno da
jararaca capaz de reduzir a pressão
arterial em ratos. Essa substância foi
posteriormente identificada como um
inibidor da enzima conversora de
angiotensina (ECA). Baseando-se nessa
descoberta, cientistas desenvolveram o
captopril, inaugurando uma nova era no
tratamento da hipertensão e de doenças
Moléculas isoladas de veneno
cardiovasculares.
podem ter efeito terapêutico
Aula 1
Origem dos Fármacos

Química Farmacêutica Medicinal


Ciências
Biologia Farmacêuticas Medicina
• Ciência interdisciplinar
Química Física Computação

• Envolve a descoberta, desenvolvimento, identificação e interpretação do


mecanismo de ação molecular de compostos biologicamente ativos (protótipos).

• Origens moleculares da atividade biológica dos fármacos, determinando os parâmetros


que relacionam a estrutura química e a atividade (structure-activity relationships, ou
SARS) e aplicando estes fundamentos no planejamento racional dos fármacos.
Aula 1
Origem dos Fármacos

Sobrevivência • Seres humanos, possuindo raciocínio lógico, começaram a


buscar cura para doenças e desconfortos.

• Civilizações antigas, como a egípcia, a mesopotâmica, a


chinesa e a grega, desenvolveram práticas medicinais
baseadas em observações empíricas e crenças religiosas.

• A busca do bem-estar e do prazer sempre estimulou o homem,


em todas as épocas à utilização de produtos naturais passou
por várias fases.
• Plantas medicinais e substâncias naturais eram amplamente
utilizadas para tratar uma variedade de doenças e condições.
Químicos como Friedrich Pesquisa e desenvolvimento de novos
Ressurge o interesse pela Sertürner foram pioneiros no medicamentos. A biotecnologia e
ciência. Redescoberta dos isolamento de compostos engenharia genética impulsionaram o
escritos médicos antigos, como medicinais, como o ópio e a desenvolvimento de terapias inovadoras,
os de Hipócrates e Galeno morfina como a terapia gênica e a imunoterapia.

Era Medieval e Renascimento Era da Química Indústria Farmacêutica


Moderna

Século XX
Medicina Antiga Descobertas Científicas
Avanços significativos na compreensão Avanços revolucionários na farmacologia,
Utilização de plantas medicinais desenvolvimento de antibióticos, como a
da anatomia, fisiologia e patologia
pelos antigos egípcios e gregos, penicilina, que revolucionaram o
humanas. No século XVII, William
bem como a prática da medicina tratamento de infecções bacterianas.
Harvey descreveu a circulação
tradicional chinesa e ayurvédica Avanços significativos na síntese de novos
sanguínea, enquanto Antonie van
na Índia medicamentos, como os anestésicos,
Leeuwenhoek desenvolveu o
microscópio analgésicos e psicotrópicos.
Aula 1
Origem dos Fármacos

Civilizações antigas, como os sumérios,


egípcios, gregos e romanos, usavam o ópio
como analgésico, sedativo e em rituais
religiosos

ópio

Papoula – Papaver somniferum

Friedrich Sertürner, 1805


Aula 1
Origem dos Fármacos

A descoberta dos digitálicos, especialmente da


digoxina e da digitoxina, está associada ao uso
histórico da planta Digitalis, também conhecida como
dedaleira

Digitalis purpurea L
Tratamento de condições cardíacas

• Os digitálicos têm uma janela terapêutica estreita e podem causar


toxicidade se não forem administrados corretamente.
Aula 1
Origem dos Fármacos

Substância estruturalmente relacionada à dopamina


Principal componente químico do peiote, poção sagrada dos
astecas, preparada a partir de cactos

Atua como agonista de receptores adrenérgicos centrais


Propriedades alucinógenas

Lophophora williamsii, Cactácea


Aula 1
Origem dos Fármacos

Dicentra cucullaria (L.)


BICUCULINA

Antagonista competitivo de
receptores do GABA

• Em função de sua potência e seletividade, possui


aplicação como “marcador” de receptores centrais
do GABA, sendo amplamente empregada em
neurofarmacologia.
Aula 1
Origem dos Fármacos

Catharanthus roseus
Aula 1
Origem dos Fármacos
• Atua promovendo a polimerização de
tubulinas e a estabilização de microtúbulos
formados, representando um novo
mecanismo farmacológico de intervenção na
proliferação celular

Paclitaxel

A descoberta do Taxol® representa relevante


exemplo da contribuição da pesquisa básica para
o arsenal terapêutico contemporâneo.
Aula 1
Origem dos Fármacos
O ACASO NA DESCOBERTA DE FÁRMACOS

• Em 1928, Alexander Fleming, ao observar uma placa


de cultura bacteriana, notou que uma colônia de
mofo do gênero Penicillium havia inibido o
crescimento bacteriano ao seu redor. Ele identificou
que o mofo liberava uma substância com
propriedades antibacterianas, que mais tarde ficou
conhecida como penicilina

DIVERSIDADE MOLECULAR DOS PRODUTOS


NATURAIS NÃO VEGETAIS
Aula 1
Origem dos Fármacos
O ACASO NA DESCOBERTA DE FÁRMACOS
• Uma das mais importantes contribuições à medicina no século XX foi a descoberta das
estatinas
• Em 1976, o bioquímico Akira Endo isolou uma
substância do fungo Penicillium citrinum, chamada
compactina, durante a busca por agentes

Atorvastatina
antifúngicos.
• A compactina tinha a capacidade de inibir a enzima
HMG-CoA redutase, essencial na síntese de
colesterol no corpo humano. Essa descoberta
pioneira levou ao desenvolvimento das estatinas.
Aula 1
Origem dos Fármacos
O ACASO NA DESCOBERTA DE FÁRMACOS

• Desenvolvido inicialmente como um medicamento para tratar a angina, os


pesquisadores da Pfizer, perceberam seus potenciais efeitos para tratar disfunção erétil
durante os ensaios clínicos
• O sildenafil atua inibindo a enzima fosfodiesterase
tipo 5 (PDE5), resultando em relaxamento dos
músculos lisos e aumento do fluxo sanguíneo para o
pênis, melhorando a capacidade de ereção.
• A aprovação do Viagra em 1998 revolucionou o
tratamento da disfunção erétil, tornando-se um dos
medicamentos mais prescritos em todo o mundo.
Aula 1
FÁRMACOS SINTÉTICOS Origem dos Fármacos

Cerca de 85% dos fármacos disponíveis na terapêutica moderna

• A síntese de fármacos é uma atividade bastante valiosa em termos de mercado (U$ 800 bi)

• São aquirais e possuem mais de um heteroátomo entre átomos de nitrogênio, enxofre,


oxigênio, cloro e flúor
• Quanto ao mecanismo de ação, a maioria possui propriedades inibidoras de enzimas e
antagonistas de receptores

Omeprazol Ciprofloxacino Fluoxetina

(age inibindo a H+, K+-ATPase) (age inibindo as topoisomerase II e IV) (age inibindo seletivamente o SERT)
Aula 1
FÁRMACOS SINTÉTICOS
Origem dos Fármacos

Principais grupos funcionais presentes em fármacos


Aula 1
Origem dos Fármacos

• Como alguém descobre um novo medicamento?

• Como sabe que aquela substância pode curar ou tratar determinada doença?

• Qual é o caminho que os fármacos fazem desde a ideia inicial de estudo até a

prateleira da farmácia?
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos
Fase de síntese e Fase de testes Fase de ensaios
Fase de estudo
caracterização experimentais clínicos

Definir objetivos
In sílico
e alvo da
In vitro
molécula
In vivo
inovadora

Ensaios pré-clínicos Ensaios clínicos


Aula 1
Planejamento de Fármacos
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Tudo começa com o Planejamento Racional de Fármacos

➢ Pesquisa sobre um novo medicamento ou


tratamento para determinada doença

1. Como funciona a doença em questão?

O desenvolvimento se baseia principalmente no conhecimento sobre a


doença para qual se deseja obter um novo medicamento.

2. Escolha do alvo – receptor, enzima, ácido nucleico


3. Estratégias
• Ajuste em moléculas conhecidas
• Síntese de análogos
• Modelagem molecular focada no alvo
Aula 1
PLANEJAMENTO RACIONAL DE FÁRMACOS Planejamento de Fármacos

• Compreender completamente o
mecanismo de ação da doença

• Identificar os pontos críticos que podem ser direcionados por


medicamentos para interromper ou modular o processo patológico

Identificação
Enzimas
de proteínas • Análise dos fármacos existentes que
Vias têm eficácia no tratamento da doença
Receptores metabólicas
específicas
ou condições semelhantes

➢ A partir disso, pode-se projetar novos medicamentos de forma eficaz e direcionada,


visando alvos terapêuticos específicos. Biomacromolécula
➢ Otimização de propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas.
Aula 1
Planejamento de Fármacos
• Ajuste em Moléculas Conhecidas

Modificação estrutural de compostos já conhecidos


para melhorar suas propriedades farmacológicas
• Adição ou remoção de grupos funcionais, modificação da
estereoquímica, alteração de anéis ou cadeias laterais

Aumento da estabilidade e do espectro de ação desses antibióticos em comparação


com a penicilina original.
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Síntese de Análogos
Sintetizar análogos estruturais das moléculas naturais, mantendo partes
chave da estrutura que contribuem para sua atividade biológica, mas
modificando outras regiões para melhorar suas propriedades
farmacológicas.

Opióides
sintéticos

Foram desenvolvidos para terem perfis farmacocinéticos e farmacodinâmicos diferentes


dos opioides naturais, reduzindo o potencial de abuso e dependência.
Aula 1
Planejamento de Fármacos

Otimização Farmacocinética:
A modificação de absorção, distribuição, metabolismo e excreção, pode aumentar sua eficácia
terapêutica e reduzir sua toxicidade. Isso pode envolver a introdução de grupos químicos que melhoram
a solubilidade, a estabilidade metabólica ou a biodisponibilidade oral.

. O metoprolol foi projetado para ter melhor biodisponibilidade oral e menor


probabilidade de efeitos colaterais em comparação com o propranolol.
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Melhoria da Seletividade
Moléculas com maior seletividade para o alvo terapêutico desejado pode reduzir os
efeitos colaterais indesejados. Isso pode ser alcançado por meio de ajustes na
estrutura molecular para aumentar a afinidade e a especificidade de ligação ao alvo.

Inibidor não-seletivo de COX Inibidor seletivo de COX-2


Aula 1
Planejamento de Fármacos
Redução da Toxicidade

Algumas moléculas podem apresentar toxicidade indesejada que limita


seu uso clínico. O ajuste dessas moléculas pode reduzir ou eliminar esses
efeitos adversos, tornando-as mais seguras para uso em pacientes.

A digitoxina tem uma meia-vida mais longa e


menor tendência a causar efeitos colaterais
como arritmias cardíacas em comparação com
a digoxina.
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Etapas do Planejamento racional de Fármacos
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Etapas do Planejamento racional de Fármacos

Propriedades Bioquímica e
Físico- Fisiologia
químicas

Relação Planejamento Efeitos Farm.


Atividade- de grupos
Estrutura
do Fármaco específicos

Interação Topografia de
Fármaco- receptores
Receptor
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Modificação Molecular
Alterações na estrutura molecular dos compostos, visando aprimorar sua interação com
os alvos terapêuticos e suas propriedades farmacocinéticas.

Finalidade
➢ Descobrir o grupamento farmacofórico
➢ Obter fármacos com propriedades superiores ao protótipo em potência, especificidade e
estabilidade

Vantagens
➢ Maior probabilidade de possuir propriedades farmacológicas semelhantes e/ou
superiores ao do protótipo
➢ Síntese semelhante à do protótipo
➢ Possibilidade de elucidar a relação entre estrutura e atividade
Aula 1
Planejamento de Fármacos

Farmacóforo

➢ Em termos de química farmacêutica, é a região da molécula de um ligante que está


intimamente ligada ao seu receptor (também pode ser uma enzima ou ácidos nucleicos).
O conhecimento dessa região possibilita o planejamento de drogas sintéticas.

ÁCIDO PENTOBARBITAL
BARBITÚRICO
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Modificação Molecular

A modificação da molécula para produzir um novo fármaco pode ocorrer por:


Simplificação

Associação Molecular

Associação de
grupamentos iguais

Bioisoterismo
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Modificação Molecular

A modificação da molécula para produzir um novo fármaco pode ocorrer por:


Aula 1
Planejamento de Fármacos
Modificação Molecular
Alterações que aumentam ou diminuem a flexibilidade da molécula

• Fechamento e abertura do anel


Fechamento de anel:
O fechamento de anel envolve a formação de um anel em uma molécula.
Pode ser feito através de várias reações químicas, como ciclizações
intramoleculares, onde grupos funcionais na própria molécula reagem entre
si para formar um anel.

Ex: Fechamento do anel beta-lactâmico.


➢ Realizado através da reação de um grupo funcional amino (NH₂) com
um grupo carboxila (COOH), formando o anel característico. Esse anel
é essencial para a atividade antibacteriana desses compostos.
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Modificação Molecular

Alterações que aumentam ou diminuem a flexibilidade da molécula

• Fechamento e abertura do anel Abertura de anel:


Através de várias reações químicas, como a hidrólise de
um anel cíclico para abrir a estrutura em compostos
lineares.
Permite a introdução de grupos funcionais adicionais ou
a alteração da estrutura molecular para melhorar as
propriedades do composto.

Ex: Para desenvolver novos analgésicos com menos


efeitos colaterais, os pesquisadores podem modificar a
estrutura da morfina, abrindo seu anel de fenantridina
e introduzindo grupos funcionais específicos.
Aula 1
Planejamento de Fármacos

Alterações que aumentam ou diminuem a flexibilidade da molécula

➢ Introdução de ligações duplas

Morfina Nalorfina
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Isômeros

➢ São substâncias químicas diferentes que apresentam propriedades físicas e químicas


diferentes, mas que possuem a mesma fórmula molecular, ou seja, a mesma quantidade
de átomos de cada elemento químico.
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Substituição Isostérica

Troca de um átomo ou grupo funcional por outro que tem tamanho, forma e carga semelhantes,
mantendo assim a similaridade estrutural e propriedades físico-químicas da molécula.
Aula 1
Planejamento de Fármacos

Bioisoterismo

Substituição de um grupo funcional ou átomo em uma molécula por outro que mantém ou
melhora as propriedades biológicas da molécula original.

Objetivos do uso do bioisosterismo


➢ Aumento da potência;
➢ Aumento da seletividade;
➢ Alteração das propriedades físico-químicas;
➢ Otimização de protótipos e obtenção de candidatos a fármacos;
➢ Eliminação ou modificação de grupos toxicofóricos;
➢ Patente.
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Hibridação Molecular

➢ Compreende a reunião de características


estruturais de dois compostos bioativos
distintos em uma única nova estrutura,
originando uma nova substância que poderá
exercer a atividade de um dos padrões originais
ou conjugar ambas as atividades em uma única
molécula.

• Atividade dual: agem na mesma rota bioquímica


• Atividade simbiótica: agem em rotas bioquímicas distintas
Aula 1
Planejamento de Fármacos

Modificação molecular: pró-fármacos (Processo de latenciação de fármacos)

➢ Pró-fármacos são fármacos que são administrados em


forma inativa, sendo ativados somente após
biotransformação (metabolismo).
➢ Geralmente enzimas do metabolismo estão envolvidas
na conversão do pró-fármaco no fármaco ativo, porém,
outras estratégias podem ser utilizadas como na terapia
fotodinâmica onde é utilizada uma fonte de luz externa
para ativar o pró-fármaco.
Aula 1
Planejamento de Fármacos

Modificação molecular: pró-fármacos

Finalidade de pró-fármacos:
• Melhoria da absorção, distribuição, metabolismo e excreção
• Prolongamento de ação
• Aumento da estabilidade
• Auxilio a formulação farmacêutica
• Diminuição de toxicidade e efeitos colaterais.

Pró-fármacos são obtidos através do processo de


LATENCIAÇÃO, que consiste em converter um fármaco
ativo em uma forma de transporte inativa, que, após
ataque enzimático ou químico, regenera o fármaco ativo
que lhe deu origem.
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Considerações para o desenvolvimento de pró-fármacos

• Existência de grupos funcionais no fármaco capazes de sofrer derivatização;


• Existência de mecanismos e/ou sistemas no organismo capazes de bioativar o pró-fármaco;
• Facilidade e simplicidade de síntese e purificação do pró-fármaco;
• Estabilidade química do pró-fármaco;
• Sua síntese não deve ser significativamente mais expansiva do que a do fármaco matriz;
• A ligação entre o fármaco matriz e o transportador deve ser desfeita “in vivo”, por via química ou enzimática;
• O transportador não deve ser tóxico;
• Possuir cinética adequada, assegurando níveis eficazes do fármaco no local de ação;
• Possuir cinética adequada, minimizando tanto a biotransformação direta do fármaco matriz quanto sua inativação.
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Exemplos de pró-fármacos
Aula 1
Planejamento de Fármacos
Atividades

Mapa mental das funções orgânicas


➢ Estrutura química, nomenclatura e propriedades físicas e químicas: alcanos, alcenos,
alcinos, aromáticos, haletos orgânicos, álcoois, fenóis, éteres, aldeídos, cetonas, ácidos
carboxílicos e derivados, aminas e tiocompostos.

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