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da ANVISA para
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P a g e
Dica de
Leitura
S a ú d e
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O que é
Cannabis:
componentes,
tipos, efeitos e
usos.
Descubra agora o que é Cannabis e todas
as suas propriedades medicinais. Além
disso, confira os componentes e como
está a liberação para o tratamento de
doenças.
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Mais do que saber o que é Cannabis, vale muito a pena entender como as substâncias extraídas desse gênero de planta agem em benefício do corpo
humano, no tratamento de doenças diversas. Na verdade, tudo começa no sistema endocanabinoide, em que os compostos ativos dela atuam,
promovendo os benefícios terapêuticos esperados. Tal sistema foi descoberto somente na década de 1960 e, desde então, não param de surgir novas
aplicações que comprovam os benefícios das substâncias extraídas da Cannabis.
Vamos nos aprofundar mais nesse assunto e entender como essa poderosa planta tem ajudado a salvar vidas?
O que é Cannabis?
A Cannabis é popularmente conhecida como a planta da maconha, tendo grande potencial de uso para fins medicinais. Os vegetais do gênero Cannabis
pertencem à ordem das Rosales e sua família é a Cannabaceae. Embora seu uso como fármaco industrializado seja relativamente recente, ela vem
sendo empregada em tratamentos alternativos há milhares de anos — os primeiros registros de utilização da planta com fins medicinais datam de 10 mil
anos. Por sua vez, os primeiros registros de cultivo organizado são de 6 mil anos.
1 - Etimologia
Gênero de angiospermas que conta com três subespécies, a Cannabis foi catalogada pela primeira vez em 1753 por Carl Linnaeus. É por isso que o nome
científico da mais conhecida, a Cannabis sativa L., leva a inicial do seu “pai”. Além desta, temos também as subespécies Cannabis indica e Cannabis
ruderalis, nativas do centro e do sul da Ásia.
2 - Componentes
As propriedades medicinais dessa planta estão nos muitos canabinoides que podem ser extraídos das folhas, flores e do caule, assim como em outras de
suas substâncias, como flavonoides e terpenos. O mais abrangente deles é o canabidiol, ou CBD, como é mais conhecido. Outra substância com atuação
terapêutica que vem da Cannabis é o tetrahidrocanabinol, ou THC. Embora possa ser usado na fabricação de medicamentos, esse composto também
tem propriedades psicoativas.
Conheça, então, algumas das substâncias que podem ser extraídas da Cannabis e seus principais seus efeitos.
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Tetrahidrocanabinol (THC)
O tetrahidrocanabinol é a forma neutra do THCA, o ácido tetrahidrocanabinol, e é obtida primariamente pela exposição ao calor. Ainda que exerça efeito
psicoativo, ele é usado na fabricação de fármacos como o Sativex, indicado no tratamento de esclerose múltipla.
Canabidiol (CBD)
O canabidiol se diferencia do THC por não causar efeitos psicoativos. Inclusive, os pesquisadores da área da saúde têm se dedicado ao seu estudo em
virtude da efetividade terapêutica e das raras reações adversas. O CBD tem sido apresentado como proposta de tratamento para uma série de doenças,
e há cada vez mais ensaios clínicos que investigam suas propriedades medicinais.
THCA
Como agora você já sabe, o THC, na realidade, nada mais é do que um “produto” do THCA, o ácido tetrahidrocanabinol, que é produzido pela Cannabis.
Contudo, diferentemente do primeiro, ele não apresenta efeitos psicoativos, destacando-se principalmente por suas propriedades neuroprotetoras.
CBDA
Assim como o THCA é a condição anterior do THC, o CBDA, ou ácido canabidiolico, é a forma precedente e ácida do canabidiol. Há estudos que apontam
para a sua eficácia em tratamentos contra o câncer de mama, como o Cannabidiolic acid, a major cannabinoid in fiber-type cannabis, is an inhibitor of
MDA-MB-231 breast cancer cell migration.
Já outros comprovam seu uso efetivo como um anti-inflamatório, como o Cannabidiolic Acid as a Selective Cyclooxygenase-2 Inhibitory Component in
Cannabis.
Canabicromeno (CBC)
O canabicromeno é um dos compostos da Cannabis mais estudados pela medicina. Isso porque ele tem propriedades fungicidas e bactericidas que nem
mesmo o CBD e o THC apresentam. Além disso, pode ser usado como substrato para fabricação de sedativos, anti-inflamatórios e hipotensores.
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Tetrahidrocannabidivarina (THCV)
THCV é a sigla para tetrahidrocannabidivarina, um canabinoide semelhante ao THC, mas que não é criado na forma de ácido. Ele atua na supressão do
apetite, podendo ser útil no combate à obesidade, ainda que possa apresentar efeito psicoativo de curta duração. Também vem sendo indicado para
tratar da diabetes, já que regula os níveis de açúcar no sangue.
3 - Tipos
Todos os componentes da Cannabis podem ser extraídos das três subespécies conhecidas dessa planta, apesar das diferentes concentrações em cada
uma delas. Cabe ressaltar que há também as espécies híbridas, resultantes do cruzamento de diferentes cepas.
São plantas produzidas artificialmente, visando a manipulação de genes para obtenção de concentrações maiores ou menores dos compostos ativos.
Dito isso, conheça a seguir os tipos de Cannabis já catalogados cientificamente.
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Nesse sentido, o cânhamo é uma variação de Cannabis sativa que se caracteriza por teores baixos de THC, sendo cultivado principalmente para
produção de fibras.
Já a maconha nada mais é do que o nome “popular” para as plantas do gênero Cannabis, associado de maneira preconceituosa ao consumo recreativo e
ilegal no Brasil – afinal, seu grande potencial medicinal é o que de fato importa.
Uso recreativo
Acredita-se que parte do preconceito que existe com a Cannabis usada como medicamento venha do uso recreativo ilegal. Há, ainda, a discriminação
social de grupos que tinham o costume de consumi-la de forma recreativa. Esse era o caso dos negros escravizados no Brasil do século 19 e dos
imigrantes e descendentes de mexicanos nos Estados Unidos do começo do século 20.
Vale citar também o interesse da indústria de petróleo americana em derrubar a concorrência com o cânhamo, como destacado nesta reportagem da
revista Super Interessante.
No que diz respeito ao consumo, apesar de ser permitido em alguns países, em boa parte do mundo ele permanece proibido, inclusive no Brasil.
Embora em certos casos o uso recreativo seja até apontado como terapêutico, em geral, utilizar a Cannabis com esse propósito produz sérios danos à
saúde e leva à dependência, como comprova o estudo Marijuana Dependence and Its Treatment.
Aplicação industrial
Talvez o uso da Cannabis menos conhecido pelo público seja o industrial. Esse é o caso das fibras extraídas do cânhamo industrial, que você conheceu
há alguns tópicos.
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Essa variedade de Cannabis sativa é também empregada como matéria-prima para a fabricação de produtos como isolantes térmicos, plásticos
biodegradáveis, papel, tecidos e muito mais.
Vale destacar, ainda, que outro ramo da indústria que tem cada vez mais aproveitado a planta é o de cosméticos.
Uso medicinal
Por mais que o uso recreativo seja bastante difundido e o industrial seja de grande valor, há grande destaque à utilização com fins medicinais da
Cannabis. Isso graças à interação do CBD com o nosso sistema endocanabinoide, cuja função é regular incontáveis reações orgânicas e, assim, promover
o equilíbrio e o bem-estar.
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Estabilizador de humor
Para pessoas com distúrbios de humor, o CBD representa uma esperança de cura e, consequentemente, de aumentar a qualidade de vida. É o que ficou
comprovado no estudo The therapeutic role of Cannabidiol in mental health: a systematic review, em que o canabidiol foi usado para aliviar a psicose e
melhorar a cognição em geral. Sendo assim, o CBD aparece como um poderoso aliado para os brasileiros, já que, de acordo com a ABRATA, cerca de 6
milhões de indivíduos no Brasil sofrem de algum tipo de transtorno bipolar.
Outra evidência dessa eficácia diz respeito aos casos reais de pessoas com essa condição que foram tratadas com canabidiol relatados no Portal
Cannabis & Saúde.
Neuroprotetor
Relativamente difundido no controle de doenças neurológicas, como a epilepsia, o CBD também é um neuroprotetor eficaz. Tal propriedade é, inclusive,
atestada pela tese de mestrado Avaliação do efeito neuroprotetor do canabidiol em mitocôndrias isolados de córtex cerebral de rato, de autoria de Ana
Carolina Viana, da USP.
É bom destacar que essa capacidade neuroprotetora também está relacionada com a interação do canabidiol com os receptores CB1 e CB2, presentes
em nosso organismo. Ao atuar junto ao CB1, por exemplo, ele age como um mecanismo de manejo das reações sinápticas descontroladas, uma das
características da epilepsia.
Anti-inflamatório
Rica não apenas em CBD, como em outras substâncias com propriedades curativas, a Cannabis também serve como matéria-prima para a produção de
anti-inflamatórios. Um desses elementos é o canabicromeno (CBC), cujas características hipotensora e anti-inflamatória são bem documentadas. Além
dele, o mirceno é outra substância extraída da Cannabis com atuação anti-inflamatórias. Trata-se de um dos muitos terpenos das Cannabaceae, classe
encarregada por produzir os aromas exalados pelas plantas. Vale destacar, ainda, um outro terpeno com propriedades anti-inflamatórias, o beta-
cariofileno (BCP), que também é encontrado em vegetais cultiváveis como a lavanda e a pimenta.
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Relaxante muscular
A esclerose múltipla é uma das doenças graves cujos sintomas podem ser tratados com o óleo de canabidiol. A respeito disso, um dos estudos
conclusivos é o Evidence for the efficacy and effectiveness of THCCBD oromucosal spray in symptom management of patients with spasticity due to
multiple sclerosis.
A propósito, você também viu aqui, no Portal Cannabis & Saúde, o emocionante caso real do designer Gilberto Castro, que saiu da cadeira de rodas
graças à Cannabis. Portador de esclerose múltipla, ele foi desenganado pelos médicos aos 26 anos, quando apresentou os primeiros sintomas da
doença.Parece milagre, mas é apenas a ciência a serviço da saúde e do bem-estar das pessoas.
Quatro anos depois, em dezembro de 2019, a RDC Nº 327/2019 trouxe um importante avanço ao abrir novas possibilidades de uso da Cannabis medicinal
no Brasil. Entre outras providências, estabeleceu requisitos para a comercialização de produtos à base de canabidiol para fins terapêuticos no país.
Hoje, os detalhes do processo e trâmites a seguir para a importação de fármacos feitos a partir da Cannabis constam na RDC Nº 335/2020.
7 - Conclusão
Temos certeza de que agora você sabe o que é Cannabis e o potencial gigantesco dessa planta no campo medicinal. Por outro lado, há ainda bastante
desconhecimento sobre o assunto, muitas das vezes tratado apenas como uma questão de repressão ao consumo ilegal. Assim sendo, fica a sugestão
de compartilhar este conteúdo com amigos e familiares, afinal, informação não ocupa espaço e nunca é demais.
Fique sempre a par das descobertas da ciência e dos avanços do mercado de CBD medicinal, no Portal Cannabis & Saúde.
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Epilepsia:
tratamento com
a Cannabis,
como funciona
e vantagens
O tratamento de epilepsia com
Cannabis vem assumindo protagonismo
no enfrentamento de casos da doença.
Veja mais sobre o assunto!
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O tratamento de epilepsia com Cannabis vem assumindo protagonismo no enfrentamento de casos da doença – o que não acontece por
acaso. De acordo com o Critical Review Report, da Organização Mundial de Saúde (OMS), essa poderosa substância tem efeitos benéficos
para quem sofre do distúrbio que afeta o sistema nervoso e as sinapses no cérebro.
O reconhecimento se deve aos numerosos estudos que apontam para a eficácia dos canabinoides, que atuam como anticonvulsivantes e
neuroprotetores. Mas há muito mais a ser desvendado e, por isso, você está convidado a prosseguir na leitura deste artigo e conhecer
mais sobre os tratamentos à base de canabidiol. Acompanhe até o final e fique por dentro de informações atualizadas no tema.
No Brasil, estima-se que de 1% a 2% da população sofra de epilepsia, doença que pode atingir pessoas de todas as idades. Trata-se de uma das
enfermidades do SNC mais prevalentes. De acordo com um estudo de alcance mundial sobre epilepsia, em 2015, cerca de 39 milhões de indivíduos em
todo o mundo sofriam de alguma das suas modalidades.
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Em outros casos, a medicina simplesmente não consegue identificar sua origem. Dessa forma, o tratamento deve se limitar aos sintomas
mais recorrentes, em virtude da impossibilidade de se atacar a causa primária.
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Movimentos involuntários
Junto aos espasmos, podem acontecer também movimentos involuntários de membros, músculos da face, pálpebras ou da cabeça.
A recomendação válida para os espasmos se aplica igualmente para esse sintoma. Se eles se apresentam periodicamente e de maneira mais aguda, é
sinal de que a pessoa pode sofrer de algum tipo de epilepsia.
Lapsos de atenção
Nem sempre a epilepsia se manifesta por crises tônicas, ou seja, com espasmos musculares ou convulsões violentas.
Na verdade, em alguns casos, ela se apresenta de forma oposta, isto é, a pessoa parece se “desligar” do mundo ou ter dificuldades para prestar atenção
ou se concentrar em uma tarefa. É preciso ter muito cuidado com esse sintoma, presente em modalidades como epilepsia do lobo frontal, que pode
levar a perdas nas funções cognitivas.
Entorpecimento
Uma vez que as sinapses no cérebro são afetadas, pode ser que uma crise epiléptica seja acompanhada de entorpecimento. O paciente age como se
estivesse dopado e, em alguns casos, pode apresentar perda de memória recente.
Perda de consciência
Por sua vez, os desmaios ocorridos durante um ataque epiléptico podem sinalizar para uma forma de epilepsia mais grave. Se eles acontecem com
frequência, o paciente deve ser levado o mais rápido possível para uma unidade de saúde a fim de realizar exames para um eventual diagnóstico.
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Outra maneira de se classificar as crises parciais é como complexa, em que o paciente sofre desmaios, ou simples, quando ele não tem perda de
consciência.
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Só em casos mais extremos é recomendada a cirurgia, como acontece quando é diagnosticada a epilepsia focal, que atinge apenas uma parte do
cérebro.
É quando pode ser prescrito o tratamento à base de canabinoides, cujas propriedades ajudam no controle das crises. Para fins de recursos terapêuticos,
o médico deverá indicar a dosagem adequada, que pode ser aumentada com o passar do tempo.
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Uma delas é o artigo Effect of Cannabidiol on Drop Seizures in the Lennox-Gastaut Syndrome, publicado em 2018. No estudo, foram testados 226
pacientes portadores da síndrome de Lennox-Gastaut (SLG), uma condição epiléptica pediátrica grave. Os pesquisadores verificaram que a adição de
canabidiol ao tratamento farmacológico convencional diminuiu consideravelmente a frequência das convulsões.
A primeira foi estudada na pesquisa Cannabinoids in the Treatment of Epilepsy: Hard Evidence at Last?, em que o autor Emilio Perucca conclui:
“Após quase quatro milênios de uso médico documentado no tratamento de distúrbios convulsivos, estamos muito perto de obter evidências
conclusivas da eficácia dos canabinoides em algumas síndromes epilépticas graves.”
Já no Review of the neurological benefits of phytocannabinoids, os autores Joseph Maroon e Jeff Bost concluem que:
“A pesquisa atual indica que os fitocanabinoides têm um poderoso potencial terapêutico em uma variedade de doenças, principalmente por meio da sua
interação com o sistema endocanabinoide. O CBD é de particular interesse devido à sua ampla capacidade e à falta de efeitos colaterais em uma
variedade de doenças e condições neurológicas.”
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Melhora o humor
Embora seja um benefício que é mais recorrente em tratamentos contra distúrbios de comportamento, a melhora do humor também acontece em
portadores de epilepsia.
Afinal, em doenças que afetam o sistema nervoso central e a cognição, como o Alzheimer, o canabidiol pode promover grandes transformações.
Também é eficaz nos casos de pacientes agressivos por conta do transtorno do espectro autista (TEA).
Desse modo, o CBD vem a ser um poderoso aliado para aprimorar a qualidade de vida, inclusive nos portadores de epilepsia, porque ajuda a recuperar a
homeostase e, assim, leva a uma melhora no bem-estar geral.
Efeito entourage
O efeito entourage, que sempre abordamos em nossos conteúdos, é uma vantagem adicional do canabidiol no tratamento contra a epilepsia. Por meio
dele, os benefícios à saúde proporcionados pelos canabinoides são potencializados em função do princípio da sinergia botânica.
Isso acontece porque, em geral, o CBD é administrado em forma de óleo de espectro amplo ou completo, no qual ele se mistura aos outros
canabinoides extraídos da Cannabis. Fora isso, a Cannabis contém flavonoides e terpenos, que também potencializam os efeitos terapêuticos. Sendo
assim, elas fazem com que o canabidiol promova muito mais benefícios à saúde do que quando administrado de maneira isolada.
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Uma evidência dessa tolerância está na utilização do extrato de CBD em cuidados paliativos de pacientes com câncer. Eles são submetidos a sessões de
quimioterapia e uma medicação pesada que os levam a sentir náuseas e a vomitar. Desse modo, o canabidiol é uma alternativa para eliminar ou atenuar
essas reações, colaborando para melhorar a qualidade de vida e promovendo alívio dos efeitos adversos.
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Veja a seguir como acontece o processo, todo ele controlado pela Anvisa.
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14 - Conclusão
Em virtude das muitas vantagens da opção pelo CBD, o
tratamento de epilepsia com Cannabis pode ser até
priorizado, sobrepondo-se às alternativas conservadoras.
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mais sobre o assunto! de descobrir quais doenças são mãe tentou cinco médicos
tratadas por ele e quando levar o diferentes até encontrar o
seu filho. canabidiol.
Ler Ler Ler
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Canabidiol
e Autismo:
como a
Cannabis pode
ajudar no
tratamento?
Veja como o canabidiol pode ser
utilizado para o tratamento do autismo e
as pesquisas que demonstram a eficácia.
Leia agora!
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Associar canabidiol e autismo é algo que parece ganhar cada vez mais força, afinal, o uso do CBD para aliviar os sintomas dessa condição vem se
mostrando altamente eficaz. Embora correntes entendam que o autismo não é uma doença em si, mas uma diferença social, há aspectos nele que
precisam ser tratados.
Isso porque uma pessoa autista apresenta problemas de socialização que, na maioria dos casos, a impedem de se relacionar em casa, na escola e no
trabalho, entre outras situações. Em resposta a esse desafio, o CBD surge como uma alternativa no tratamento de certos padrões de comportamento
associados à condição. Assim, tanto o portador desse transtorno quanto os seus familiares ganham em qualidade de vida.
Continue lendo e entenda como o canabidiol pode ajudar pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) a viver melhor.
Contudo, ainda são necessários mais estudos conclusivos a respeito da sua eficácia. Por isso, a comunidade científica em todo o mundo está mobilizada
no sentido de pesquisar e comprovar de maneira definitiva os benefícios do CBD como medicamento.
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Por atuar no sistema endocanabinoide, o canabidiol facilita a realização das suas funções, já que reforça a atividade das substâncias que já produzimos
de forma natural. Cabe ressaltar que o CBD não exerce nenhum efeito psicoativo no cérebro, portanto, é seguro ministrar em tratamentos produtos feitos
à base desse composto ativo. Essa é uma das razões que o torna tão indicado quando os medicamentos tradicionais falham, já que o canabidiol,
normalmente, não gera reações adversas – e quando elas existem, são bastante brandas.
É por isso que o tratamento com canabidiol vem sendo prescrito, já que essa substância apresenta propriedades que facilitam a integração do indivíduo
ao seu meio social. Essa é uma das conclusões do estudo Canabidiol como candidato sugerido para o tratamento do transtorno do espectro do autismo,
publicado na revista Science Direct.
Além disso, o autismo também pode se apresentar como um sintoma em pessoas acometidas por epilepsia. É o que sugere o estudo Traços autistas em
modelos de epilepsia: por que, quando e como?, publicado na revista da National Center of Biotechnology Information (NCBI). Nesse caso, o CBD pode
apresentar dupla função, considerando que ele também é eficaz para evitar e controlar ataques epilépticos.
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Trata-se de uma importante contribuição, pois sugere que níveis baixos dessas substâncias endógenas têm relação direta com as alterações
comportamentais causadas pelo TEA. Junto às pesquisas, casos reais de sucesso em tratamentos estão sendo documentados, reforçando ainda mais a
credibilidade do CBD.
Um deles, da paciente Valentina Palacios, é um relato impressionante e que comprova o poder do canabidiol. Além do autismo, a pequena Valentina
também é portadora de síndrome de Down, o que poderia complicar ainda mais seu tratamento. Até conhecer o CBD, seus pais sofriam ao vê-la se
automutilar, irritar-se com facilidade e ter sucessivas crises sensoriais.
Depois de seguir o procedimento de importação e tentar diversos óleos de CBD, eles encontraram o Reaja, um óleo full spectrum de alta concentração
de canabidiol. Veja o resultado neste artigo em que contamos essa emocionante história de superação.
Na realidade, hoje se sabe que sua ação é mais complexa que isso. Veja o que escreveram os pesquisadores Paula Morales, Dow P. Hurst e Patricia H.
Reggio no artigo Molecular Targets of the Phytocannabinoids-A Complex Picture.
Por muitos anos, presumia-se que os efeitos benéficos dos canabinoides eram mediados pelos receptores canabinoides CB1 e CB2. No entanto, hoje, nós
sabemos que o quadro é muito mais complexo, com o mesmo fitocanabinoide atuando em vários alvos”,
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Portanto, em medicamentos com canabidiol, o risco de um possível impacto adverso como a psicoatividade é totalmente descartado.
Muito pelo contrário, uma das suas vantagens é exatamente não apresentar efeitos colaterais ou toxicidade ao organismo.
Sendo assim, não há nenhuma possibilidade de um remédio produzido com canabidiol resultar nas reações provocadas pelo consumo recreativo de
Cannabis. Ou seja, não “dá barato”.
Nele, encontra-se não o extrato da planta, mas o CBD em estado puro, de modo que o produto não contenha THC ou qualquer outro tipo de
canabinoide. Além disso, terpenos, flavonoides, gorduras, vitaminas e minerais naturalmente presentes na planta também ficam de fora. Ele traz todos os
benefícios do CBD sem os prejuízos do THC, sendo indicado até para atletas submetidos a exames antidoping, por exemplo.
No entanto, ele apresenta uma desvantagem, que é a perda do efeito entourage, que consiste na potencialização dos benefícios graças à atuação em
sinergia de diversos canabinoides.
Por isso, o paciente que consome o óleo com CBD isolado fica mais sujeito a reações adversas e dependência. Isso acontece por conta da alta
concentração do composto sem o equilíbrio fornecido pela sinergia com os demais fitoquímicos.
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Ou seja, a complexa interação dele com os demais que estão presentes na planta traz resultados melhores do que quando é administrado um
canabinoide isolado.
No caso da Cannabis, em 1998, os professores Raphael Mechoulam (o mesmo que isolou o canabidiol pela primeira vez) e Shimon Ben-Shabat
observaram esse efeito no sistema endocanabinoide: metabólitos inativos e moléculas estreitamente relacionadas aumentaram significativamente a
atividade dos endocanabinoides. Isso quer dizer que, ainda que outros compostos não atuem ativamente para produzir determinado impacto causado
pelo CBD, por exemplo, de alguma maneira, eles ajudam a potencializar os resultados.
Além disso, já foi demonstrado que, no uso medicinal do canabidiol, as reações adversas são maiores quando ele é administrado na forma purificada.
Na opinião de pesquisadores, a sinergia entre os compostos é um dos fatores que explicam a redução nos efeitos colaterais.
Além disso, pessoas que tenham demonstrado sensibilidade ao CBD também podem não estar aptas a serem medicadas com essa substância.
De todo modo, cada caso é um caso e somente um médico é capaz de apontar se um fármaco à base de CBD é ou não contraindicado.
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É possível que, no futuro, as alternativas sejam maiores para os pacientes brasileiros. Por enquanto, outros formatos de CDB podem apenas ser
importados. Abaixo, conheça na sequência as demais formas de uso da Cannabis medicinal. Vale frisar que, em nenhuma delas, a dose de canabidiol
para autismo é informada – nesse caso, é indispensável consultar o médico para saber a dosagem.
Óleo
Nesse formato, a administração oral e sublingual do canabidiol é mais indicada. O óleo de CBD geralmente é comercializado em um pequeno frasco com
dosador ou conta-gotas, para que o produto seja aplicado embaixo da língua. Assim como nas cápsulas, a concentração de canabidiol e demais
componentes pode variar. O que muda é que o paciente deve controlar a dosagem pelo número de gotas.
Cápsula
Em formato de cápsulas, o canabidiol é ingerido como pílulas, tal como a maioria dos fármacos convencionais. Cada cápsula tem uma dosagem
predeterminada de CBD e é possível produzi-las com o extrato, com o componente isolado ou com outras substâncias que não estão presentes na
Cannabis e são adicionadas sinteticamente.
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Vaporizadores
Os métodos de consumo de CBD via vaporização são os que proporcionam o efeito mais rápido, por envolver uma alta biodisponibilidade ao inalar a
substância.
São produzidos na forma de óleo – que deve ser aquecido para virar vapor e, então, ser inalado – e de canetas vaporizadoras.
Inicialmente, a dosagem se mostrou eficaz para controlar seus distúrbios de humor e melhorar seu comportamento. No entanto, com o tempo, os pais
tiveram que aumentar gradativamente a dose, tendo em vista a perda progressiva de eficácia. Dessa forma, caberá exclusivamente ao médico indicar a
dose e a frequência do uso do canabidiol para o autismo.
Somente quatro anos depois, em 2019, uma nova resolução da Anvisa trouxe um avanço importante nas possibilidades de usar a Cannabis medicinal no
Brasil. Trata-se da RDC Nº 327/2019, que, entre outras providências, estabeleceu requisitos para a comercialização de produtos de Cannabis para fins
medicinais no país.
Mais recentemente, o órgão de vigilância sanitária determinou os procedimentos que devem ser seguidos por pacientes que querem comprar do
exterior produtos à base de canabidiol por meio da RDC Nº 335/2020.
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13 - Conclusão
Ainda há um caminho relativamente longo a percorrer até que
o canabidiol com a qualidade farmacêutica seja efetivamente
acessível a todos.
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renomado Cannabis
O psiquiatra Vinicius Barbosa Os resultados com o CBD são Júlio Autran tem autismo severo e
considera a Cannabis como a animadores, pois não existe um passou anos tomando remédios
melhor opção terapêutica. E remédio capaz melhorar a para controlar a hiperatividade e a
lamenta não poder usar o qualidade de vida, habilidades violência. Mãe e filho viviam
P o r t a l
S a ú d e
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CBD para
ansiedade:
efeitos,
consumo e
recomendações
Nesta matéria você irá conferir quais
são as principais informações sobre o
uso do CBD para ansiedade!
P a g e - 4 4
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Segundo o Dr. John W. Barnhill , MD, Weill Cornell Medical College and New York Presbyterian Hospital, a ansiedade é uma sensação de nervosismo,
preocupação ou desconforto, sendo uma experiência humana normal. Ela também está presente em uma ampla gama de transtornos psiquiátricos,
incluindo o transtorno de ansiedade generalizada, a síndrome do pânico e fobias. Apesar de essas doenças serem diferentes entre si, todas elas
apresentam angústia e disfunção especificamente relacionadas à ansiedade e ao medo.
Além de ansiedade, muitas vezes a pessoa também tem sintomas físicos, incluindo falta de ar, tontura, sudorese, batimentos cardíacos rápidos e/ou
tremor. Com frequência, os transtornos de ansiedade modificam de maneira significativa o comportamento diário, incluindo fazer com que a pessoa
evite determinadas coisas e situações. Esses transtornos são diagnosticados com base em critérios específicos definidos e a maioria das pessoas
pode ser substancialmente beneficiada por tratamentos medicamentosos, psicoterápicos ou ambos.
A ansiedade é uma reação normal a uma ameaça ou a um estresse psicológico e tem sua raiz no medo e desempenha um importante papel na
sobrevivência. No entanto, a ansiedade é considerada um transtorno quando:
Ocorre em momentos indevidos
Ocorre com frequência
É tão intensa e duradoura que interfere com as atividades normais da pessoa
Os transtornos de ansiedade são o tipo mais frequente de transtorno de saúde mental e atingem aproximadamente 15% dos adultos nos Estados
Unidos. Já o Brasil lidera índices de ansiedade e depressão inclusive durante a pandemia, conforme levantamento.
A ansiedade significativa pode persistir vários anos e a pessoa com a ansiedade começa a acreditar que isso é normal. Por essa e outras razões, os
transtornos de ansiedade muitas vezes não são diagnosticados ou tratados.
P o r t a l C a n n a b i s & S a ú d e P a g e - 4 6
Um estudo conduzido por pesquisadores brasileiros sugere que o CBD tem vantagens importantes no tratamento à ansiedade na comparação com os
fármacos atualmente disponíveis. Mais especificamente, ele pode ser eficaz no enfrentamento do que popularmente chamamos de fobia social,
condição na qual a ansiedade e o medo em determinadas situações sociais pode prejudicar a qualidade de vida.
Trata-se de um transtorno bastante comum e identificado ao observar as nossas próprias ações, como vamos mostrar na sequência e ao longo de todo
este texto. Acompanhe!
Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-V), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria, esses todos são
sinais de que você pode estar sofrendo de Transtorno Ansioso Social Generalizado (TAS), condição popularmente chamada de fobia social. Mas você não
está sozinho.
Presente em 13% dos brasileiros, é uma das condições de ansiedade mais comuns e está associada a prejuízos no ajuste social com relação a aspectos
usuais da vida diária, aumento da incapacidade, disfunção e perda de produtividade.
O TAS tende a seguir um curso prolongado e contínuo, sendo raramente resolvido sem tratamento.
O problema é que os medicamentos atualmente disponíveis são pouco eficazes, já que apenas 30% dos pacientes alcançam verdadeira recuperação ou
remissão da doença. Por isso, novas abordagens terapêuticas são necessárias para atacar com efetividade a condição, e o canabidiol pode ser uma
delas.
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Pesquisas em voluntários saudáveis mostraram que o canabidiol tem capacidade de atenuar a ansiedade provocada pelo THC (entenda no tópico “Como
devo consumir CBD para ansiedade?”). Já estudos realizados em animais encontraram no CBD efeitos semelhantes aos medicamentos ansiolíticos. Essas
evidências abriram caminho para testar a eficácia do CBD em pacientes diagnosticados com fobia social (TAS).
A pesquisa brasileira foi realizada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto em parceria com a Faculdade de Ciências
Farmacêuticas de Ribeirão Preto. Para o estudo, foi separado um grupo de 24 pessoas diagnosticadas com TAS, mas que nunca receberam qualquer tipo
de tratamento, além de outras 12 saudáveis como grupo de controle. Todos tinham que preparar um discurso de quatro minutos para ser lido em frente a
uma câmera de vídeo, enquanto assistiam à própria imagem na televisão.
Entretanto, duas horas antes da atividade, metade dos pacientes diagnosticado com TAS recebeu uma dose de 600mg, a maior dose encontrada na
literatura científica para tratamento ansiolítico. A outra metade dos pacientes com fobia social recebeu um comprimido falso, placebo, sem o CBD. Já os
outros 12 participantes saudáveis não receberam nada.
Todos foram submetidos a testes fisiológicos e psicológicos antes e durante o discurso para medir o nível de ansiedade. E deu certo.
O grupo que recebeu o placebo apresentou um nível de ansiedade significativamente mais alto que o grupo de controle, com maior comprometimento
cognitivo e desconforto, algo já esperado em pessoas com TAS.
Já os que receberam a dose de CBD apresentaram redução considerável da ansiedade, com desempenho cognitivo melhor e sem tanto desconforto. Os
resultados foram semelhantes ao do grupo de pacientes saudáveis.
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“Esses resultados preliminares indicam que uma dose única de CBD pode reduzir o efeito de aumento da ansiedade provocado pelo teste de fala em
público em pacientes com TAS, indicando que esse canabinoide inibe o medo de falar em público, um dos principais sintomas do distúrbio”, diz o estudo.
Outro fator interessante foi a autoavaliação que cada um fez de seu discurso.
Entre os que receberam CBD, quase ninguém se avaliou negativamente, fator importante na melhora do funcionamento social em pessoas com TAS.
Os pesquisadores ressaltam que os resultados desse estudo devem ser interpretados com cautela, apontando para a necessidade da realização de
novas e mais amplas pesquisas.
No entanto, destacam que o “CBD tem vantagens importantes em comparação com os agentes farmacológicos atualmente disponíveis para o
tratamento da TAS.”
O consumo prolongado de CBD não provoca o desenvolvimento de tolerância ou dependência da substância. Além disso, possivelmente, reduz a
chance de utilizar outras drogas.
O fato dos bons resultados terem aparecido com uma única dose de CBD é uma indicação da agilidade do tratamento. “Assim, devido à ausência de
efeitos psicoativos ou cognitivos, a seus perfis de segurança e tolerabilidade e a seu amplo espectro farmacológico, o CBD é possivelmente o
canabinoide com maior probabilidade de ter achados iniciais de ansiedade traduzidos na prática clínica”, concluem os pesquisadores.
P o r t a l C a n n a b i s & S a ú d e P a g e - 4 9
Embora muitos usuários de maconha fumada relatem a redução da ansiedade como motivação para o uso, episódios de intensa ansiedade ou pânico
estão entre os efeitos indesejáveis mais comuns do consumo da planta. Parte da explicação para essa contradição está no fato de que doses baixas de
THC geram efeitos semelhantes a ansiolíticos. Mas THC em grande quantidade pode proporcionar o efeito oposto.
A melhor maneira de consumir CBD para ansiedade, portanto, é com produtos com concentração grande de canabidiol e baixa concentração de THC.
Assista ao vídeo abaixo, onde o Dr. Alexandre Crippa palestra sobre maconha, canabinoides e a sociedade durante o USP Talks:
P o r t a l C a n n a b i s & S a ú d e P a g e - 5 0
5 - Conclusão
Apesar de os pesquisadores alertarem para a necessidade de
se ter cautela, os estudos são promissores na direção do uso
do CBD para tratar transtornos de ansiedade.
S a ú d e
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P o r t a l C a n n a b i s & S a ú d e
Dor
Crônica:
causas,
diagnóstico e
tratamento com
a Cannabis
Descubra quais são as possíveis causas
da dor crônica, os sintomas, tipos e
como funciona o tratamento à base de
Cannabis.
P a g e - 5 5
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A dor crônica faz parte da vida de muitos brasileiros, que precisam conviver com ela dia sim, dia não.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (Sbed), essa é uma condição que atinge 37% da população, o que não deixa de ser um dado
preocupante.
Afinal, quem sente dores tem dificuldades em desempenhar atividades produtivas e, não menos importante, sofre prejuízo na qualidade de vida. O que
fazer, então, quando a dor se manifesta de maneira incessante e, aparentemente, nenhum tratamento surte efeito?
Talvez uma boa resposta para isso esteja na Cannabis medicinal, recurso terapêutico que vem sendo utilizado com eficácia no cuidado das mais variadas
formas de dor. Portanto, caso você sofra com algum tipo de processo doloroso ou tem familiares que passam por esse problema, a leitura deste
conteúdo é indispensável.
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Assim, pessoas que sofrem com questões de saúde que não podem ser curadas em curto prazo, como câncer, hérnia de disco, artrite ou problemas
articulares, são as maiores vítimas desse tipo de mal. Uma característica da dor crônica é que ela também pode se apresentar por razões psicológicas.
Indivíduos com depressão ou submetidos a estresse podem vir a sentir dores sem uma razão aparente, por exemplo. Certos comportamentos também
colaboram para a continuidade da dor, por isso, a prescrição de um tratamento depende de uma minuciosa investigação médica.
É o que acontece, por exemplo, quando topamos em uma pedra ou sentimos dor no estômago por ter comido algo estragado. Logo, é uma dor que
desaparece no momento em que a sua causa principal é eliminada. Situação diferente ocorre com o tipo crônico, já que, nesse caso, a dor não é o
sintoma, mas a própria doença. A dor na coluna causada pelo câncer ou pela enxaqueca é um exemplo dessa modalidade de dor.
De uma forma geral, dor crônica é aquela que persiste ou recorre por > de 3 meses, persiste por > de 1 mês após a resolução de uma lesão tecidual
aguda ou acompanha uma lesão que não se cura. As causas incluem doenças crônicas (p. ex., câncer, artrite, diabetes), lesões (p. ex., hérnia de disco,
ligamento rompido) e várias doenças primárias (p. ex., dor neuropática, fibromialgia, cefaleia crônica). Várias fármacos e tratamentos psicológicos são
utilizados.
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Um exemplo de dor crônica é o que acontece com pessoas que sofrem de fibromialgia, uma das síndromes mais “misteriosas” que a medicina conhece.
Portanto, a fibromialgia é um tipo de dor crônica. Essa condição se manifesta por dores corporais que não têm uma causa aparente. É como se o
cérebro estivesse em um estado permanente de alerta, sem que haja um motivo para tanto.
Logo, acredita-se que a fibromialgia seja uma espécie de “descalibragem” do cérebro que leva a alertas falsos, embora a dor seja real. Seria como um
alarme veicular acionado sem nenhum motivo aparente. Por isso, quem sofre dessa condição reclama da chamada dor difusa, que não se manifesta
com mais intensidade em um local exato. Ou seja, é uma situação diferente da dor crônica, que em geral pode ser atribuída a um ou mais problemas de
saúde específicos.
Por outro lado, o tipo neuropático pode ter fontes que não sejam traumas. Pessoas diabéticas, por exemplo, estão propensas a desenvolver essa
modalidade de dor, cuja origem são as lesões em virtude do não tratamento da condição, acometendo principalmente as pernas.
Desse modo, é preciso ter muita atenção, já que a dor crônica pode ser a manifestação de outra doença grave e que, se não for tratada, tende a piorar
com o tempo.
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Para elas, normalmente, a dor é acompanhada de insônia, depressão e a chamada síndrome das pernas inquietas. Esse último traço se caracteriza pelo
desconforto nos membros inferiores ao deitar, o que leva o doente a sentir vontade de colocar-se em movimento para aliviá-lo.
Já a dor no peito (mais especificamente do lado esquerdo), deve ser tratada com mais cautela. Isso porque as dores da angina, ou seja, que sinalizam a
isquemia cardíaca, usualmente são acompanhadas de dores difusas do lado esquerdo do tórax, que irradiam pelo braço esquerdo.
Por sua vez, nem sempre o incômodo na mama, em mulheres, indica que há algum tipo de câncer. Ele pode ser, por exemplo, sinal de doença
fibrocística, que se caracteriza por dores cíclicas, portanto, que vêm e vão em intervalos mais ou menos regulares.
Aqui, vale destacar o que diz a International Association for the Study of Pain (IASP), segundo a qual “dor é uma sensação ou experiência emocional
desagradável, associada com dano tecidual real ou potencial”. Ou seja, há tanto o componente físico quanto o emocional na experiência da dor, o que
pode dificultar a identificação da sua origem real.
A propósito, de acordo com a IASP, é considerada dor crônica toda aquela que se manifesta, sem interrupção, por mais de 30 dias. Há diferentes
abordagens para classificação dos tipos de dor, cada uma segundo uma perspectiva distinta. No entanto, em geral, elas podem ser definidas das
formas que detalhamos a seguir.
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Fisiopatológica
A IASP considera que a dor crônica fisiopatológica se manifesta de duas maneiras. Veja quais são abaixo.
P o r t a l C a n n a b i s & S a ú d e P a g e - 6 1
Trata-se de um exame em que o paciente assinala a força dos sintomas em uma escala de 0 a 10, na qual zero corresponde à ausência de dor e o dez
equivale à pior dor possível.
Em seguida, a condição é classificada de acordo com a escala Leeds Assessment of Neuropathic Symptoms and Signs (LANSS). Essa medição vai de 0
a 24 pontos e conta com duas seções: uma que avalia os aspectos qualitativos e outra que diz respeito aos elementos sensitivos de uma dor qualquer.
A dor mista, por exemplo, é toda aquela situada entre 8 e 16 na escala LANSS, como é o caso da ciática e da oncológica.
Também podem ser prescritos antiepilépticos, como a gabapentina, pregabalina e carbamazepina. Em último caso, podem ser indicados analgésicos e
opioides, opções consideradas nas situações em que a dor não melhora com as alternativas já destacadas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tratamento da dor crônica, seja qual for o seu tipo, deve ser feito conforme uma escala. Nela, o
médico prescreve, inicialmente, fármacos de ação mais branda, cuja dose, intensidade ou modalidade pode ser alterada de acordo com as respostas
do paciente.
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Seja qual for o nível de intensidade da dor, junto ao tratamento, podem ser empregadas ainda terapias auxiliares, que são capazes de proporcionar
alívio de maneira eficaz e duradoura. Entre as principais opções, estão:
P o r t a l C a n n a b i s & S a ú d e P a g e - 6 3
Nesse sentido, uma alternativa aponta para a Cannabis medicinal, cada vez mais utilizada por conta da sua eficácia e dos poucos efeitos adversos
gerados. No estudo Uso de Canabinóides na Dor Crônica e em Cuidados Paliativos, por exemplo, são destacados os benefícios terapêuticos do CBD no
alívio de náuseas e vômitos em pessoas submetidas à quimioterapia.
Por sua vez, no ensaio Current evidence of cannabinoid-based analgesia obtained in preclinical and human experimental settings, os autores concluem
que: “(…) drogas à base de Cannabis ainda podem ser úteis para alívio da dor intratável e de algumas doenças envolvendo forte neuroinflamação, como
esclerose múltipla, doença de Huntington e/ou espasmos musculares e rigidez.”
Afinal, pode haver uma infinidade de causas, o que pede uma investigação mais profunda. Dependendo do caso, um oncologista pode ser indicado, ou
mesmo um reumatologista, como acontece nos quadros de pacientes com fibromialgia. No entanto, em geral, o neurologista é o profissional mais
capacitado para detectar os focos da dor e as suas origens, além de apontar os possíveis tratamentos.
Essa indicação é reforçada principalmente nos cenários de dor neuropática, seja qual for a sua intensidade. De qualquer forma, vale frisar que o
tratamento de uma dor crônica, em certos casos, exige uma conduta multidisciplinar. Desse modo, médicos de diferentes especialidades atuam juntos
a fim de indicar a melhor abordagem.
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É nesse ponto que há pessoas que optam pelo canabidiol (CBD), em geral indicado como recurso quando todos os tratamentos convencionais falham.
Por isso, se você pretende antecipar esse tipo de terapia, converse com o seu médico, usando o que aprendeu aqui para argumentar a favor da
Cannabis medicinal.
Mas, em alguns casos, talvez o profissional resista à ideia, preferindo manter as suas convicções a respeito dos tratamentos tradicionais. Assim, nossa
sugestão é para que você acesse a área do portal Cannabis & Saúde na qual é possível encontrar o médico prescritor de Cannabis especialista na
patologia que você gostaria de tratar.
Para isso, basta apenas preencher o formulário online do médico escolhido, em seguida, você irá receber um e-mail confirmando o agendamento da
sua consulta.
No entanto, a oferta de CBD ainda é bastante restrita no Brasil, sendo o mais usual recorrer à importação de medicamentos.
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Nesse caso, basta seguir o processo que detalhamos nos tópicos a seguir:
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15 - Conclusão
O tratamento da dor pode ser complexo e, em alguns casos,
exigir um tempo que nem todos têm.
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