Publicada em 1801, dedicada ao conde Joseph von Sonnenfels, que era também patrono de

Mozart

O nome Pastoral aparece pela primeira vez quando a sonata é publicada pela Broderip e
Wilkinson de Londres.
O caráter pastoral remete ao bucólico, ao interior, à natureza e na música assume formas e
características relacionadas à musica do campo na época. Como bordões no baixo, notas
sustentadas no 1 e 5 grau da escala, repetições de motivos que duram uma frase inteira,
recursos usados por beethoven na sinfonia pastoral. Referencias no Oratorio de Natal de Bach
e na Pifa do Messiah de Handel

Allegro-3/4 Baixo monótono e repetitivo por vezes associado às linhas orquestrais do tímpano.
Desenvolvimento através de várias tonalidades menores, constrastando com o caráter leve e
tranquilo dos temas da exposição.

Andante- Lied Form, ABA, pedal a ser evitado, stacatto na esquerda e legato na direita.
Melancólica. A parte B com elementos pastorais e jocosos.

Scherzo- Simples, no trio a mesma melodia com 4 harmonias diferentes

Rondo- Primeira vez que beethoven usa o termo Ma non tropo. Alguns vao associar a repetição
da linha do baixo à gaita de foles, ou à dança, uma giga. O baixo parece muito uma gaita de
fole. Pastorais são sempre em 6/8. A coda talvez seja a única passagem virtuosa da sonata
toda.

Ronald Brautigan- No piano forte o equilíbrio das vozes é um tanto diferente e mais perceptível
que nas outras gravações, se ouvem mais os contrapontos e a transparência que devemos
buscar no piano moderno. As passagens rápidas se tornam mais dramáticas e saltam mais ao
ouvido. Articulação, frase e agógica no primeiro movimento são bem audíveis, além de o
andamento fazer bastante sentido, mais lento do que na maioria das gravações
No segundo movimento o cantábile da mão direita é bastante elogiável se tratando de um forte
piano. É o único que eu ouvi que mantém o tempo na parte em D major segundo a partitura.
No terceiro o equilíbrio das vozes é mais natural no piano forte que no piano moderno e
beethoven certamente pensava nisso ao escrever, nas diferentes regiões sonoras do piano.