Você está na página 1de 10

Aula  05  ­  O  Monasticismo,  o  Surgimento  do  Islamismo  e  a 

Resistência Cristã
 

Olá, Pessoal!
À semelhança das outras aulas, nesta vamos conversar sobre três temas de peso. Por 
meio dos textos propostos e da dinâmica da aula, queremos que você possa:

conhecer a história dos monges;
diferenciar os tipos de monasticismo;
descrever as contribuições do movimento;
saber como surgiu o Islamismo;

informar­se objetivamente a respeito da expansão do Islamismo; 
aprender sobre a forma de organização da igreja para fazer a resistência cristã.

O tempo passa muito rapidamente, Pessoal!

Com  este  encontro,  começaremos  a  segunda  metade  desta  disciplina,  estudando  a 


respeito do Monasticismo, ou seja, o estilo de vida dos eremitas ou monges que viviam 
no deserto do Egito. Como deve ser do seu conhecimento, os monges e seus mosteiros 
têm existido desde a Idade Antiga, e até hoje continuam presentes na vida da Igreja 
Cristã.

Vamos tratar também sobre o surgimento do islamismo e a resistência cristã.

Espero que você aprecie o estudo de hoje!

INTRODUÇÃO
A  vida  ascética  cristã  é  tão  antiga  como  a  Igreja  de  Jesus  Cristo.  Desde  o  princípio 
existiram pessoas que abraçavam uma vida de plena imitação de Cristo. Já era comum 
o  estilo  de  vida  celibatário,  a  vida  exclusiva  de  oração,  o  exercício  de  obras  de 
misericórdia.

Nos três primeiros séculos da Igreja, havia homens e mulheres que sem abandonarem 
a sociedade, reuniam­se ordinariamente numa espécie de vida comunitária.  À luz de 
Mateus 19:12, comprometiam­se em guardar a vida de castidade.  No entanto, essas 
mesmas  pessoas  continuavam  a  viver  no  seio  da  comunidade  cristã,  viviam  em  suas 
casas e administravam seus bens.

Na alta sociedade romana – cristã dos séculos IV e V a vida ascética já tinha adeptos 
até  mesmo  na  aristocracia.  Casais  como:  Paulino  de  Nola  e  Terasia  se  desfizeram  de 
suas  fortunas  para  assumir  uma  vida  como  fiéis  discípulos  de  Cristo.  Um  dos  pais  da 
Igreja, São Jerônimo, tradutor da Vulgata, serviu como diretor espiritual e professor de 
Bíblia de nobres senhoras romanas, tanto em Roma como também na Palestina.
Ao  derredor  de  320,  um  número  crescente  de  cristãos  eremitas  habitava  regiões  da 
Síria  e  do  Egito.  Muitos  viviam  sós,  em  cavernas  ou  cabanas.  Nos  domingos,  eles 
costumavam  se  reunir  aos  outros  eremitas  para  orarem  juntos.  A  santidade  dos 
eremitas (anacoretas) atraía a outros, que adotavam esse estilo de vida.

Diversas  foram  às  causas  que  levaram  ao  surgimento  do  monasticismo.  Uma  das 
principais  delas  tinha  a  ver  com  o  desejo  de  salvação.  A  vida  separada  da  sociedade 
comum  parecia  um  caminho  mais  seguro  de  salvação  do  que  a  vida  numa  sociedade 
cuja igreja agora oficial, vinha se tornando fria e nominal.

O monasticismo é uma clara reação à baixa qualidade vida e testemunho resultante da 
oficialização  do  Cristianismo  como  religião  do  Império  Romano,  que  levou  à  igreja 
massas de pessoas oriundas de todas as partes.  

DESENVOLVIMENTO
1 ­ Antonio (250­356), considerado o fundador do monasticismo.

Nasceu no Alto Egito. Aos 20 anos quando seus pais faleceram, ele herdou os bens da 
família. Foi nesta época que, participando de uma liturgia, ouviu as palavras de Jesus: 
“Vai vende tudo que tens, distribui o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu; 
então vem e me segue.” Marcos 10:21.

Estas  palavras  atingem  Antonio,  que  vende  sua  herança,  coloca  sua  irmã  em  um 
convento  e  passa  a  viver  como  emérita.  O  tipo  de  vida  monástica  anacoreta,  aquela 
caracterizada pelo silencio, separação e solidão, veio a ser atribuída a Antônio.

Sua vida de santidade deu – lhe tamanha reputação que outros passaram a viver perto 
dele em várias cavernas.  Como nunca organizou esses seguidores numa comunidade, 
cada  pessoa  praticava  a  vida  ascética  de  eremita  em  sua  própria  caverna.  Os 
anacoretas,  que  viviam  isolados  ou  em  grupos  de  dois  ou  de  três,  dedicavam­se  à 
oração, à penitência e ao trabalho manual. Uma vez por semana, isso é aos Domingos, 
dirigiam­se a uma igreja para assistir aos ofícios religiosos.

“A  maior  obra  dos  homens  é  esta:  ser  capaz  de  manter  seus  pecados  diante 
de Deus e estar preparado para a tentação até o último suspiro.” (Antonio)

 
A  fama  de  Antonio  foi  tamanha,  que  o  próprio  Imperador  Constantino  e  seus  filhos 
escreveram  –  lhe  pedindo  conselhos.  Acredita  –  se  que  ele  morreu  quando  tinha  105 
anos  de  idade.  Apesar  de  não  ser  estudado,  Antonio  possuía  uma  mente  vigorosa  e 
uma  memória  retentiva.  Era  uma  pessoa  humilde  e  jovial,  com  radiante  amor  para 
com Deus, alguém simpático e cortês com as pessoas que o procuravam.

Atanásio, bispo de Alexandria escreveu uma biografia, (A Vida de Santo Antonio), em 
aparente reconhecimento de sua importância no mundo de sua época.

Percebeu como a questão da espiritualidade sempre foi controversa?

Bom, se você se interessou pela vida de Santo Antônio e quer conhecer mais sobre ele 
e seu estilo de vida, consulte sua biografia, escrita por Santo Atanásio. Basta acessar 

https://sumateologica.files.wordpress.com/2010/02/atanasio_vida_de_santo_antao.pd
f

2 ­ Pacômio, (286­346)

Nascido no Egito é considerado predecessor do monasticismo cenóbio, aquele em que
as pessoas vivem em comunidade.  Atribui­se a ele a introdução no monasticismo da 
vida comum e do conceito de obediência a um superior religioso. 

Os  monges  pacomianos  viviam  juntos  em  grandes  comunidades  que  contavam  com 
milhares  de  membros.  Por  causa  do  numero  de  mosteiros  e  da  certa  independência 
existente, vieram a precisar da elaboração de uma regra, que pudesse orientar a vida 
religiosa.  Como  uma  norma,  a  Regra  de  São  Pacômio,  constituiu­se  um  elemento 
essencial da instituição monástica.

Por ocasião da morte de Pacômio em 346, já existiam 10 mosteiros e um convento no 
sul do Egito.

O monasticismo egípcio deu forma a dois tipos de vida ascética. O primeiro chamou­se 
anacoreta, e o segundo cenóbio, ou cenóbico. O monasticismo surgido no Egito haveria 
de  constituir  um  capitulo  especial  sobre  a  história  dos  monges,  tão  relevante  na 
história do cristianismo. 

3 ­ Bento de Núrsia (480 – 547), pai do monasticismo ocidental.

O  pai  do  monasticismo  ocidental  foi  Bento,  da  região  italiana  de  Núrsia.    Bento  foi 
alguém insatisfeito com a vida pecaminosa da igreja, especialmente em Roma. Como 
tantos outros, ele também se retirou para viver como um eremita, numa caverna não 
muito longe de Roma por volta do ano 500.

Fundou  seu  primeiro  mosteiro  na  região  Italiana  do  Subíaco,  organizada  na  forma  de 
cenóbio, como os mosteiros do Egito de Pacômio.

O segundo mosteiro foi estabelecido em Monte Cassino em 529, na forma do anterior. 
Aqui,  Bento,  já  era  uma  homem  mais  amadurecido  e  experiente.  A  vida  no  mosteiro 
era  mais  organizada  e  intensa,  os  monges  viviam  sob  a  direção  de  um  abade,  e 
dividiam o tempo entre oração litúrgica, chamada: (lectio divina) e o trabalho manual.

Perto do final da vida, São Bento organizou a famosa Regra de São Bento. A regra não 
surgiu  do  nada,  antes  apresenta  inspiração  e  influencias  de  outras  regras  anteriores, 
como as de: Pacômio, Basílio e Santo Agostinho.

REGULA  BENEDICTI  =  Regra  de  São  Bento,  escrita  no  século  VI,  a  Regra  é  um 
conjunto de normas e preceitos que regulam a vida de uma comunidade monástica.  A 
regra é posta em prática pela pessoa de um abade.

 
Foto: Mosteiro de São Bento, Recife, PE.

4 ­ Monges Missionários: (Séculos VI – VIII).

Os  monges,  principalmente  os  Anglo  –  Saxões,  foram  missionários  no  início  da  Idade 
Média.  Eles  eram  enviados  a  todas  as  terras  com  a  finalidade  de  fundar  novos 
mosteiros. Através deles, muitas tribos bárbaras se converterem ao Cristianismo. 

Patrício (389­461) é considerado o evangelizador da Irlanda.  Nascido na Inglaterra em 
389,  sua  história  é  um  caso  à  parte.  Filho  de  família  cristã  e  influente.  Patrício  foi 
escravizado na Irlanda por seis anos, de onde fugiu para a sua terra natal. Chamado 
para ser missionário, ele entendeu que Deus o fazia retornar a Irlanda. De volta, ele, 
concentra  suas  atividades  na  evangelização  dos  lideres  das  tribos.  Através  deles, 
diversos  reis  se  tornaram  cristãos,  esses  garantiam  proteção  para  o  avanço  do 
Evangelho.  Atribui­se a ele a conversão de quase 100 mil Irlandeses.

A  Irlanda  foi  um  celeiro  de  missionários.  Seus  monges  partiram  para  espalharem  a 
mensagem  cristã  em  regiões  onde  o  Cristianismo  não  era  conhecido.  Columba  (521­
597)  deixou  a  Irlanda  e  fundou  um  mosteiro  na  ilha  de  IONA,  ESCOCIA.  Columba 
tornou­se um dos maiores missionários da história da igreja.

Columbano  (543­615)  fundou  mosteiros  na  França,  Suíça  e  Itália.  A  mensagem 


pregada  por  Columbano  propunha  um  firme  convite  à  conversão  e  ao  desapego  das 
coisas terrenas em vista da herança eterna.

Por  volta  do  século  VII  os  monges  evangelizam  a  Alemanha.  Um  dos  principais 
missionários foi o monge inglês, Bonifácio, (672­754). O nome verdadeiro de Bonifácio 
era  Winfrid.  Seu  principal  campo  missionário  foi  na  Alemanha,  onde  estabeleceu 
mosteiros

Agostinho  (+604)  foi  enviado  a  Canterbury,  Inglaterra,  onde  fundou  uma  das  obras 
beneditinas mais famosas daquele país. Nascido em Roma, Itália. Agostinho era monge 
beneditino  e  foi  enviado  à  Inglaterra  pelo  papa  Gregório  Magno.    No  ano  de  597, 
Agostinho acompanhado de 40 monges partiu em missão para a Inglaterra. Antes do 
final  do  ano,  milhares  de  pessoas  haviam  se  convertido  à  fé  cristã,  dentre  eles,  o 
famoso rei Etelberto. Agostinho é considerado o apóstolo da Inglaterra, foi o primeiro 
Arcebispo de Cantuária, (Canterbury).
 

Mesquita Domo da Rocha em Jerusalém, Israel

Estamos  tratando  de  diferentes  formas  de  piedade,  de  espiritualidade;  estamos 
conhecendo  pessoas  que  marcaram  o  próprio  tempo  em  virtude  de  suas  práticas 
religiosas – alguns até sendo bastante radicais.

Assim, é oportuno passarmos para um tópico de grande importância na história atual. 
Acredito que você tem acompanhado a mídia, que nos informa diariamente a respeito 
de  questões  relacionados  ao  mundo  muçulmano,  em  especial  a  sua  religião:  o 
Islamismo.  Estudaremos  ainda  a  respeito  do  método  de  organização  da  igreja  para 
fazer  frente  ao  grande  avanço  islamismo  na  Europa,  que  tinha  tomado  parte  da 
Espanha e de Portugal.

Isto  não  é  novidade:  o  mundo  muçulmano  está  presente  diariamente  nas  manchetes 
dos  jornais  e  televisões.  Grande  parte  da  mídia  divulga  a  violência  quase  sempre 
atrelada  a  extremistas  islâmicos.  O  assunto  é  amplo  e  de  grande  importância,  aqui 
iremos estudá­lo apenas do ponto de vista histórico e religioso.

I – O ISLAMISMO
A Religião Islâmica é a segunda maior do mundo.  Segundo a estatística, há um bilhão 
e duzentos milhões muçulmanos em todos os continentes.

Recentemente, cerca de 700 peregrinos muçulmanos morrerem recentemente durante 
a peregrinação anual a Meca, na Arábia Saudita. Apesar de não ser o único, esse é o 
maior acidente que causa a morte de tantas pessoas.

O  surgimento  do  Islamismo  é  um  dos  principais  acontecimentos  no  inicio  da  Idade 
Média.    O  Islamismo  ou  Maometismo  surgiu  entre  os  séculos  VI  e  VII  na  Arábia, 
Oriente  Médio,  cerca  do  século  VII,  num  período  quando  a  Igreja  trabalhava  para 
conquistar os povos bárbaros.

Maomé,  é  o  maior  e  o  único  profeta  da  Religião  Mulçumana,  nasceu  em  Medina  e
faleceu  em  Meca  no  ano  632.  Daí  a  importância  dessas  cidades  como  centros  de 
peregrinações muçulmanas.

Quem foi Maomé? (570­632)

Era um pastor de ovelhas e também guia de cavernas e mercador, Maomé, é o profeta 
de Alá, a quem o anjo Gabriel apareceu para transmitir a revelação divina.

Maomé  como  comerciante  viajava  em  caravanas  de  camelos,  e  certamente  conviveu 
com Judeus e Cristãos, de quem absorveu diversos ensinamentos e históricas bíblicas.  
Aos  46  anos  de  idade,  ele  fundou  o  Islamismo,  uma  religião  que  combinava  visões 
religiosas aos ambiciosos objetivos militares. 

As revelações foram mais tarde registradas no livro sagrado do Alcorão. O Alcorão tem 
como ponto central o Testemunho, que quer dizer, a existência de único Deus, Alá. Por 
conseguinte, Maomé é o profeta de Alá. A crença nesses dois testemunhos e também a
sua afirmação torna a pessoa em muçulmana.

Além  disso,  os  muçulmanos  contam  com  quatro  outros  pilares  da  fé,  que  são:  orar 
cinco vezes ao dia, dar esmolas aos pobres, jejuar do nascer ao por do sol durante o 
mês de Ramadã e viajar em peregrinação a Meca.

A Religião Islâmica dá a entender que o seu principal objetivo é ganhar o favor de Alá 
por meio da obediência e da prática religiosa.

Ensinamentos Religiosos

O  islamismo  não  reconhece  nenhuma  equivalência  entre  Deus  e  Jesus  Cristo.  No 
Alcorão, Jesus, o Nazareno é mencionado 14 vezes, descrito apenas como um profeta 
notável,  mas  não  tão  importante  como  Maomé.    Para  a  religião,  Jesus  Cristo  não 
poderia  ser  o  filho  de  Deus.  Pois  só  existe  um  Deus,  e  ele  se  chama  Alá,  superior  a 
todos, para ter um filho. Cristo não foi crucificado, mas levado por deus ao paraíso.

O  Alcorão  admite  a  existência  de  anjos  bons  e  maus  e  um  céu  onde  existe  o 
sensualismo.

Você já “deu uma olhada” no Alcorão? Já leu algum trecho? Você é um acadêmico de 
teologia,  então  faça  isso  agora  mesmo,  apenas  para  ter  uma  rápida  perspectiva  do 
texto sagrado do Islamismo, ok.  Basta um click!

O ALCORÃO SAGRADO ­ http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/alcorao.pdf

ALCORÃO ­ http://www.culturabrasil.org/zip/alcorao.pdf

 
Muçulmanos em Oração

Expansão

Após a morte de Maomé em 632, os muçulmanos expandiram com rapidez através de 
outros  povos  e  nações.  A  expansão  do  islamismo  aconteceu  em  grande  parte  em 
território cristão. De início, os muçulmanos não forçaram os cristãos a converterem – 
se à sua religião, porque, como os Judeus, os Cristãos eram um povo de um livro só, 
quer  dizer,  a  Bíblia,  que  é  o  livro  sagrado  das  três  religiões,  primeiro  dos  Judeus, 
depois  dos  Cristãos,  e  em  parte  dos  muçulmanos.  Contudo,  a  aparente  tolerância 
religiosa, estava atrelada ao pagamento de tributos.

Conquista de Território Cristão 

A  religião  muçulmana  conquistou  e  dominou  as  regiões  cristãs  do  Norte  da  África.  A 
chamada  África  Latina  terminou  por  extinguir­se  após  séculos  de  dolorosa  agonia. 
Cartago, a cidade de Santo Agostinho, teve o Cristianismo totalmente eliminado.

A perda do Norte da África foi um golpe devastador para o Cristianismo. Alexandria e 
Cartago  eram  considerados  importantes  centros  teológicos.  Através  do  Egito  existiam 
inumeráveis mosteiros e cabanas de eremitas.

A  Espanha  foi  conquistada  pelos  mouros  muçulmanos,  por  volta  de  711.  A  presença 
muçulmana na península Ibéria, (Espanha e Portugal) duraria quase oito séculos.

II ­ RESISTÊNCIA CRISTÃ
A  cristianização  da  França  haveria  trazer  uma  renovação  ao  Cristianismo  que  vinha 
sendo dilapidado pelo Islamismo no Oriente Médio e também na África.  Como então é 
que a França se tornou cristã?

O líder dos Francos, Clovis, casou­se com uma cristã e se converteu à sua fé em 496, 
dai  a  conversão  do  reino  franco  ao  Cristianismo.    O  Franco  mais  influente  foi  Carlos
Martel, que derrotou os Muçulmanos, quando eles tentavam invadir o território franco 
em 732.  A vitória foi decisiva para a preservação do Cristianismo Ocidental.

Império de Carlos Magno / Carolíngio

Carlos Magno (742­814), rei dos francos veio a ser coroado Imperador pelo Papa Leão 
III. Mas quem era Carlos Magno?  Era neto de Carlos Martel, que após a morte de seu 
pai, Pepino o Breve em 768, foi feito rei dos Francos.

Carlos  Magno  foi  considerado  um  grande  guerreiro  que  aumentou  consideravelmente 
as possessões do reino.  Seu domínio estendeu­se por toda a França, Bélgica, Holanda, 
parte da Alemanha, Áustria, Itália, Hungria e até parte da Espanha.

A  influência  de  Carlos  Magno  para  o  Cristianismo  foi  grande,  ao  ponto  de  contribuir 
para  o  fortalecimento  do  Cristianismo  em  terras  Anglo  –  Saxônicas  e  até  mesmo  na 
Frísia.  Devido  a  sua  importância,  o  Papa  Leão  III  o  coroou  Imperador  de  Roma  na 
Catedral  de  São  Pedro  no  ano  de  800.  Seria  essa  uma  tentativa  de  ressuscitar  o 
Império  Romano  Ocidental  caído  em  476?  A  coroação  de  Carlos  Magno  aconteceu 
quase  três  séculos  depois  da  queda  do  Império.    Em  grande  parte,  a  coroação  de 
Carlos  Magno  tinha  como  propósito  a  criação  de  um  Império  a  partir  das  nações 
européias consideradas cristãs. 

A  coroação  imperial  viria  a  sancionar  o  feito  inegável  de  que  Carlos  Magno  havia 
chegado  a  ser  praticamente  o  soberano  do  Ocidente  cristão  e  que  baixo  ao  seu 
domínio  se  encontrava  o  continente  europeu.  Durante  esse  período  fortaleceu­se  o 
entendimento  que  o  Papa  era  o  braço  de  Deus,  fazendo­o  responsável  pelo  cuidado 
espiritual  do  povo.  O  Imperador  era  a  outra  autoridade  de  Deus,  instituído  para 
garantir a segurança e o bem estar físico dos homens.

Com a morte de Carlos Magno em 814, o Império Carolíngio deixou de existir.

CONCLUSÃO
Esta aula ampliou nosso conhecimento acerca do monasticismo, da história da religião 
islâmica, desde o seu surgimento até aos dias atuais, e da resistência cristã.

Quanto  ao  islamismo,  trata­se  da  segunda  maior  religião  do  mundo  em  franco 
crescimento,  presente  em  quase  todo  o  mundo,  inclusive  no  Brasil,  onde  vem 
ganhando cada vez mais adeptos.

Que a Paz esteja sobre cada um!

Por hoje, vamos ficando por aqui.

Até nosso próximo encontro.

Você também pode gostar