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Olá, sejam muito bem vindos!

Nesta aula, você irá:

Conhecer a respeito de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da Igreja;
Descrever quem foram os primeiros discípulos, também chamados de apóstolos;

Meditar nas Escrituras;
Analisar as viagens missionárias de Paulo;
Saber a respeito da fundação da igreja;

Adquirir o conceito de perseguição religiosa e destacar as principais perseguições 
imperiais dos três primeiros séculos; 

Apresentar dois mártires que foram importantes líderes na igreja antiga;
Analisar o tema da perseguição religiosa na atualidade.

Materiais Utilizados:

Faremos uso da Bíblia, de textos, mapas, vídeos, leitura da Bíblia, aula expositiva

Desenvolvimento da Aula:

A  aula  será  expositiva,  faremos  uso  do  texto  específico  da  unidade  de  estudo,  da 
leitura reflexiva da Bíblia, do uso de mapas e assistiremos ao vídeo de documentário. 
Vocês  devem  participar  dos  fóruns,  que  abrem  espaço  para  perguntas,  respostas, 
comentários e opiniões importantes.

Vamos, lá, Pessoal!

JESUS CRISTO, OS DISCIPULOS E A IGREJA
1. Jesus e os Discípulos

Segundo  os  Evangelhos  Sinóticos  (Mateus,  Marcos  e  Lucas),  o  ministério  público  de 
Jesus foi precedido pela pregação de João, o Batista, que ministrava, no rio Jordão, um 
batismo de arrependimento para remissão de pecados.

Os  Evangelhos  não  se  constituem  uma  “biografia”  de  Jesus,  mas  são  resultados  da 
pregação  e  ensino  apostólicos.  Por  outro  lado,  “nada  nos  autoriza  a  professar  um 
ceticismo  radical  a  seu  respeito  e  a  pensar  como  certos  críticos  que  esses  preciosos 
testemunhos  [...]  não  sejam  de  nenhuma  valia  para  o  conhecimento  da  pessoa  e  da 
mensagem de Cristo”. Os dados das narrativas permitem situar o nascimento de Jesus 
em torno de 5 ou 6 a.C. e sua morte na Páscoa de 29 ou 30. Com cerca de 30 anos, 
Jesus  recebe  o  batismo  das  mãos  de  João,  no  rio  Jordão.  Segundo  os  relatos  dos 
Evangelhos, este fato assinala o início de vocação especial, talvez messiânica (Messias 
=  Ungido).  Contudo,  conforme  os  relatos  da  tentação,  Jesus  não  aceita  a  ideia  de 
Messias nos termos das expectativas judaicas.

Depois  de  seu  batismo,  Jesus  inicia,  na  Galileia,  seu  ministério.  Reúne  um  grupo  de 
discípulos, como Pedro, André, Tiago, João, Mateus e outros. O ensino básico de Jesus 
era a realeza e a paternidade de Deus. Seus filhos devem amá­lo de todo o coração e 
com todas as forças, e ao próximo, como a si mesmos. Jesus ensinou a oração do “Pai 
Nosso”.  Para  Jesus,  o  perdão  “aos  nossos  devedores”  é  condição  para  o  perdão  de 
Deus.  Os  ensinos  e  as  atividades  de  Jesus  despertaram  oposição  das  lideranças 
religiosas  judaicas,  especialmente  dos  fariseus,  que  apregoavam  uma  estrita 
observância da lei. Para Jesus, “o sábado foi estabelecido por causa do homem, e não 
o  homem  por  causa  do  sábado”  (Marcos  2,27).  As  autoridades  religiosas  judaicas 
entregaram Jesus ao poder romano, e Jesus sofreu morte violenta, de cruz.

Após a morte de Jesus, sua ressurreição passou a ser proclamada pelos seus discípulos 
e discípulas.

2. A Igreja das Origens
2.1. A Igreja da Palestina

Segundo  o  livro  de  Atos  dos  apóstolos,  o  primeiro  Pentecostes  depois  da  morte  de 
Jesus  tornou­se  um  marco  da  Igreja  cristã  primitiva,  com  a  experiência  de  caráter 
carismático,  o  dom  do  Espírito  Santo.  Esse  dia  é  considerado,  em  geral,  o  dia  do 
“nascimento”  da  Igreja  cristã.  Walker  considera  o  nascimento  da  Igreja  o  início  do 
relacionamento de Jesus com seus discípulos, reconhecendo que o Pentecostes foi “um 
marco  na  proclamação  do  Evangelho,  na  convicção  que  os  discípulos  tinham  da 
presença de Cristo e no aumento do número de adesões à nova fé”.

2.2. A Igreja de Jerusalém

Os  capítulos  1  a  7  de  Atos  dos  apóstolos  tratam  da  comunidade  cristã  primitiva  de 
Jerusalém, liderada pelo apóstolo Pedro. No capítulo l são mencionados os “onze” e a 
escolha de Matias como apóstolo no lugar de Judas. A partir do capítulo 2, por vezes, 
aparecem Pedro e João, mas é somente Pedro que usa a palavra, como por exemplo, 
nas  narrativas  de  Pentecostes,  da  cura  do  coxo  na  porta  do  templo  e  da  morte  de 
Ananias e Safira. O “partir do pão”, além de sustento aos necessitados, vai adquirindo 
um sentido sacramental: a celebração da Ceia do Senhor.

Um  problema  de  relacionamento  entre  cristãos  helenistas  e  hebreus  deu  origem  à 
ordenação, por imposição de mãos dos apóstolos, do “grupo dos sete” (At 6). Estevão, 
um dos sete, acusado de conspirar contra o templo, foi apedrejado (At 7), sobrevindo 
uma grande perseguição aos cristãos, bem como dispersão de muitos deles, em torno 
do ano 35 d.C.

Em  aproximadamente  41­43,  Herodes  Antipas  I,  para  agradar  “os  judeus”,  mandou 
matar  a  espada  o  Apóstolo  Tiago,  irmão  de  João,  e  prender  Pedro(At  12,2­3).  Este, 
libertado da prisão, dirigiu­se à casa de Maria, mãe de João Marcos (12,12), mas não 
permanece em Jerusalém: “e, saindo, partiu para outro lugar” (12,17).
Por  ocasião  do  “Concílio  de  Jerusalém”  no  ano  49,  Pedro  faz­se  presente,  estando, 
então, essa igreja sob a direção de Tiago, “o irmão do Senhor”.

Com a lapidação deste, em 62, a liderança da igreja de Jerusalém passou para outro 
parente de Jesus, Simeão. Pedro, por sua vez, esteve em Antioquia (Gl 2,11) e Roma
(= Babilônia, 1Pe 5,13), onde, segundo Eusébio de Cesareia, e outras fontes antigas, 
foi  martirizado.  O  texto  do  Evangelho  de  João  (21,19),  certamente,  refere­se  ao 
martírio de Pedro.

2.3. As Igrejas de Samaria e Galileia

O capítulo 8 de Atos narra o início do cristianismo em Samaria, como conseqüência da 
dispersão  dos  seguidores  de  Jesus  por  causa  da  perseguição  que  eles  sofreram,  em 
Jerusalém,  após  a  morte  de  Estevão.  Filipe,  certamente  um  dos  “sete”,  iniciou  a 
evangelização,  e  os  apóstolos  Pedro  e  João  foram  enviados  pela  Igreja  de  Jerusalém 
para  confirmação  dos  conversos.  Conquanto  o  livro  não  descreva  a  origem  de 
comunidades cristãs da Galileia, atesta a existência delas: “assim, pois, as igrejas em 
toda a Judéia, Galileia e Samaria tinham paz, e eram edificadas” (9,31).

As comunidades cristãs da palestina foram seriamente afetadas com a rebelião judaica 
de 66­70. No entanto foi com a derrota imposta pelo imperador Adriano, na guerra de 
132­135  que  “o  cristianismo  palestino  reduziu­se  a  pequenas  comunidades.  Foram, 
entretanto, essas comunidades os mananciais de onde começou a fluir o cristianismo e 
as preservadoras de tantas tradições a respeito da vida e das palavras de Jesus, que 
de outra forma se perderiam”.

2.4. As Gentílicas

No  livro  de  Atos  (8,26)  é  mencionada  a  evangelização  de  um  etíope  por  Felipe,  e  no 
capítulo  9,  a  existência  de  cristãos  em  Damasco.  Essa  comunidade,  contudo,  parece 
ser judaico­cristã. Já a comunidade cristã de Antioquia passou a ser constituída tanto 
por judeu­cristãos como por cristãos gentios (At 11,19 ss).

3. As Primeiras Missões

Antioquia da Síria
 

Por  volta  do  ano  35,  Paulo,  judeu  nascido  em  Tarso  da  Cilícia,  converteu­se  ao 
cristianismo e foi chamado “apóstolo dos gentios” (cfGl 2,7­8). Sobre a missão paulina 
temos  uma  importante  fonte,  Atos  dos  Apóstolos,  capítulos13­28.Na  igreja  de 
Antioquia, Barnabé e Paulo recebem um “rito missionário”e, entre a primavera de 45 e 
a  de  48,  realizam  a  primeira  viagem  missionária,evangelizando  e  organizando 
comunidades  cristãs  em  Chipre,  Perga,Antioquiada  Pisídia,  Icônio,  Derbe  e  Listra  (At 
13­14).

1ª e 2ª Viagens Missionárias de Paulo

Em  49,  Paulo  e  Barnabé  participam  do  Concílio  de  Jerusalém.  Entre  49  e  52,  em 
companhia  de  Silas,  Paulo  empreende  sua  “segunda  viagem  missionária”  e,  entre  53 
e58,  a  terceira.  Além  das  cidades  percorridas  na  primeira  viagem,  visitam  outros 
centros importantes, como Filipos, Éfeso, Atenas e Corinto.

 
Ruínas da cidade de Éfeso

Éfeso, cidade greco­romana da antiguidade, localizada na costa oriental da Ásia Menor 
( região litorânea da atual Turquia)  foi uma cidade privilegiada geograficamente e por 
isso muito importante. Era grande centro comercial, ficava próxima ao mar, facilitando 
o comércio. Um de seus negócios lucrativos era a venda de imagens da deusa Diana.

Antes de continuar, assista ao vídeo e conheça um pouco sobre essa polêmica cidade:

Éfeso, Um Importante Passo para Trás

https://www.youtube.com/watch?v=zTKIJ6dl1VY

A importância de Paulo, tanto na missão em seu tempo quanto para o cristianismo em 
geral,  encontra­se  principalmente  em  suas  cartas,  que  se  constituem  os  primeiros 
livros do Novo Testamento. Segundo fontes antigas,entre as quais a Carta da Igreja de 
Roma  aos  Coríntios,  escrita  por  Clemente  por  volta  de  96,  Paulo  foi  martirizado  na 
capital do império.

 
3ª Viagem Missionária de Paulo

Pois  é,  caro  aluno  e  cara  aluna,  já  deu  para  perceber  o  delicado  cenário  em  que  a 
história  bíblica  se  desenvolveu,  não  é  mesmo?!    E  se  há  algo  que  não  pode  ficar  de 
lado  são  as  perseguições  e  as  impressionantes  histórias  sobre  a  violação  da  vida  e  a 
resistência humana.

Passamos  agora  a  estudar  um  dos  capítulos  mais  importantes  da  História  do 
Cristianismo:  a  perseguição  imperial  pela  qual  a  igreja  passou  e  período  quando 
muitos cristãos foram torturados até a morte – verdadeiros mártires que deram suas 
vidas por Jesus Cristo.  As perseguições promovidas pelos diversos imperiais romanos 
marcariam para sempre a vida e a identidade da Igreja Cristã. Num certo sentido, ser 
cristão pode muito bem significar, ser perseguido.

Veja o que Paulo disse a Timóteo: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em 
Cristo Jesus serão perseguidos.” 2 Tim. 3:12

Como podemos imaginar, a igreja tem enfrentado perseguição desde os seus primeiros 
anos.    Jesus  Cristo  morreu  crucificado.  Seus  discípulos  também  morreram  por  causa 
da  fé.    Dentre  os  muitos  exemplos,  podemos  mencionar  Estevão  que  morreu 
apedrejado.  Leiam Atos 7:54­60.

O  escritor  de  Hebreus  11:36­40  descreve  os  discípulos  de  Jesus  Cristo  como  aqueles 
que foram: “apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos ao fio de espada...”

A perseguição aos cristãos ainda existe em muitas partes do mundo. E parece que será 
assim, até a volta do Senhor Jesus Cristo.

1 ­ A PERSEGUIÇÃO CRISTÃ
Quais  foram  as  razões  que  determinaram  o  grande  enfrentamento  entre  o  Império 
Romano pagão e o Cristianismo?

A  religião  cristã  fomentava  entre  as  gentes  o  respeito  e  a  obediência  perante  a 


autoridade legítima. “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.”  Mateus 
20:15­21,  foi  o  principio  formulado  pelo  próprio  Cristo.  Os  apóstolos  desenvolveram 
essa  doutrina:  “toda  pessoa  esteja  sujeita  as  autoridades  superiores,  porque  não 
existe  autoridade  que  não  seja  constituída  por  Deus.”  Romanos  13:1.  Pedro,  o 
apóstolo escreveu, “temeis a Deus, e honrais ao rei.” I Pedro 2:17.

O  Império  Romano,  por  sua  vez,  era  religiosamente  liberal  e  tolerava  com  facilidade, 
novos cultos e divindades estrangeiras.  O choque e a ruptura chegaram porque Roma 
pretendia  exigir  de  seus  súditos  cristãos  algo  que  eles  no  podiam  dar:  a  homenagem 
religiosa da adoração, que só a Deus era devido.

a) IMPERADOR NERO: Nero Cláudio César Augusto Germânico (37­68 dC)

As circunstâncias que marcaram a primeira perseguição, sob Nero, foram pródigas em 
suas  consequências,  mesmo  que  ela  não  se  estendeu  além  de  Roma.    Contudo,  a 
acusação  oficial  feita  aos  cristãos  de  serem  os  autores  de  um  crime  horrendo,  por 
exemplo,  o  incêndio  de  Roma,  contribuiu  de  modo  decisivo  à  criação  de  um  estado 
generalizado  de  opinião  pública  profundamente  hostil  para  com  os  mesmos.    O 
Cristianismo  era  considerado  pelo  historiador  Tácito  de,  “superstição  detestável.” 
Suetonio dizia que o Cristianismo era uma religião “nova e perigosa” e Plínio, o Jovem, 
via o Cristianismo como uma religião “perversa e extravagante”.

Tácito  qualificou  os  Cristãos  como  inimigos  do  gênero  humano.  Diante  de  tudo  isso, 
não havia nenhuma surpresa as acusações imputadas contra os seguidores de Cristo, 
como  se  eles  tivessem  cometido:  infanticídio,  canibalismo  e  toda  sorte  de  maldade 
nefanda.  Dai a famosa sentença: “lançai os cristãos às feras”. Tertuliano afirmou que 
essa  sentença  tornou­se  um  grito  obrigatório  em  toda  sorte  de  motins  e  algazarras 
populares.

Desde  o  primeiro  século,  o  Cristianismo,  foi  considerado  como,  “superstição  ilícita”,  e 


esta qualificação fez que a mera profissão da fé cristã, o “nome cristão”, transformasse 
num delito.

No  segundo  século,  as  perseguições  continuaram,  porém  elas  não  eram  constantes  e 
nem  gerais.  Os  cristãos  puderam  gozar  de  uma  paz  temporária.  Contudo,  não  havia 
nenhuma  segurança  jurídica  que  pudesse  garantir  paz  permanente.    As  perseguições 
poderiam voltar a qualquer momento.
 

b) IMPERADOR TRAJANO: Marco Úlpio Nerva Trajano (53 – 117dC)

Exemplifica esse período, o Imperador Trajano, quem declarou que as autoridades não 
deveriam perseguir os cristãos por iniciativa própria, nem tampouco dar importância a 
denúncias  anônimas.    Por  outro  lado,  Trajano  apoiava  a  perseguição  quando  as 
acusações  eram  oficiais,  nesse  caso,  os  cristãos  poderiam  ser  condenados  à  pena  de 
morte, principalmente quando eles se recusassem de sacrificar aos ídolos.

Tertuliano, um dos mais importantes defensores da fé cristã dizia: “Si são criminosos, 
diga­o,  referindo­se  aos  cristãos”.  “Por  que  (Trajano)  os  persegue?”    “e  se  são 
inocentes, por que os castigas?”

No século terceiro, as perseguições tomaram um novo rumo. O Império passa por um 
período de “anarquia militar”, época de perigosa desintegração política.  Durante esse 
tempo,  o  culto  aos  deuses  e  ao  imperador  é  restaurado,  como  ato  de  expressão  de 
fidelidade  dos  súditos  à  Roma  e  ao  Imperador.  A  Igreja  Cristã,  que  proíbia  aos  fiéis 
cultuar o imperador, tornou­se uma organização inimiga do Império. Esta foi, portanto, 
a  razão  para  uma  nova  onda  de  perseguições,  promovidas  pelo  próprio  imperador, 
com resultados alarmantes, muito superiores às perseguições anteriores.

c) IMPERADOR DÉCIO: Caio Méssio Quinto Trajano Décio (201­251 dC)

 
O  Imperador  Décio  (250  dC)  ordenou  que  todos  os  habitantes  do  Império 
participassem  pessoalmente  de  um  sacrifício  geral,  em  homenagem  dos  deuses 
pátrios.    O  edito  de  Décio  surpreendeu  a  massa  cristã,  já  bastante  numerosa.  O 
resultado  foi  que,  mesmo  que  os  mártires  fossem  numerosos,  muitos  cristãos 
terminaram por oferecer publicamente sacrifícios aos deuses pagãos, outros acabaram 
recebendo  o  chamado,  “libelo”,  um  tipo  de  certificado  que  atestava  ter  alguém 
oferecido em sacrifício.  Essa classe de cristão gerou grandes controvérsias no seio da
igreja.

d) IMPERADOR VALERIANO: Públio Licínio Valeriano ( 200 ­ 260dC)

Na  perseguição  promovida  pelo  Imperador  Valeriano,  (253­260),  os  cristãos  se 
mostraram  mais  resistentes  e  firmes,  contudo,  muitos  foram  martirizados.  O  número 
de cristãos considerados infiéis foi menor que na perseguição anterior.

e) IMPERADOR DIOCLECIANO: Caio Aurélio Valério Diocleciano (244 ­311 dC)

A última perseguição, por volta do quarto século, foi sem dúvida a maior. Sob o poder 
do  Imperador  Diocleciano,  Roma  passou  por  grandes  reformas  estruturais.    O  novo 
regime  instituído  pelo  fundador  do  baixo  império  chamou­se  “tretarquia”,  que 
significava  o  governo  de  um  “colégio  imperial”,  de  quatro  membros,  separados  para 
administrar os imensos territórios do Império Romano. 

O  regime  “tetrárquico”  atribuía  à  religião  tradicional  um  papel  de  destaque  no 
Império.    Diocleciano  não  perseguiu  os  cristãos  nos  primeiros  dezoito  anos  de  seu 
reinado.  Contudo, essa foi a mais dura das perseguições.
Quatro  editos  contra  os  cristãos  foram  promulgados  entre  os  anos  de  303  e  304.  Os 
editos  tinham  como  objetivo  acabar  de  uma  vez  por  todas  com  os  cristãos.    A 
perseguição  resultou  muito  violenta  e  fez  muitos  mártires  através  das  provinciais  do 
Império.    O  balanço  geral  da  grande  perseguição  foi  considerado  um  fracasso.  O 
Imperador  Diocleciano  renunciou  ao  trono  imperial  e  foi  viver  em  sua  terra  natal, 
aonde  veio,  a  saber,  da  decisão  imperial  que  punha  fim  às  perseguições  religiosas,  e 
garantia liberdade de expressão à fé dos cristãos.

2 ­ MÁRTIRES IMPORTANTES
“O Sangue dos Mártires é a semente dos Cristãos”

Tertuliano – ( 160 – 220 dC)

1) Inácio de Antioquia – (50 – 107 dc)

“Sou trigo de Deus, deixai­me ser alimento das feras.”

Por  causa  do  seu  martírio,  Inácio  é  considerado  um  dos  mais  importantes  líderes  da 
igreja primitiva. Inácio foi bispo na cidade Síria de Antioquia, local onde foi preso pelas 
autoridades  romanas,  por  causa  do  seu  testemunho  cristão.    Mesmo  quando  viajava 
para Roma a fim de ser executado, ele parava nas cidades ao longo do caminho para 
visitar  e  encorajar  as  igrejas.Inácio  foi  lançado  ás  feras,  no  Coliseo  Romano  em  107 
dC.

2) Policarpo de Esmirna – (69 – 155 dC)

 
 

Discípulo  de  João,  Policarpo  foi  bispo  de  Esmirna.  Segundo  a  história,  Antonino 
Piusproconsul  romano,  e  outras  autoridades  civis  tentaram  persuadir  Policarpo  a 
abandonar  sua  fé,  e  escapar  da  condenação  romana.    Ele,  já  avançado  em  idade, 
respondeu:

 “Eu tenho servido a Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso 
blasfemar contra meu Rei que me salvou?”

O martírio de Policarpo, em 155 dC, é ainda uma das mais belas narrativas da igreja 
antiga.  Morreu queimado numa estaca, rendendo louvores a seu Senhor.

3 ­ O FIM DAS PERSEGUIÇÕES
A  liberdade  religiosa  foi  concedida  aos  cristãos,  somente  após  a  grande  perseguição 
promovida pelo Imperador Diocleciano.  Seu sucessor, Galerio promulgo em 311 dC, o 
edito  imperial  que  concedia  tolerância  religiosa  aos  cristãos.  O  Imperador  dizia:  “que 
existam  de  novo  os  cristãos  e  celebrem  suas  assembleias  e  cultos,  desde  que  nada 
façam contra a ordem pública.”

Assim,  pela  primeira  vez,  o  Cristianismo  deixava  de  ser  uma  “superstição  religiosa 
ilícita”, e adquiria título de cidadania.

Mártires do Coliseu Romano

4 ­ O CRISTIANISMO TORNA­SE RELIGIÃO OFICIAL 
A  passagem  da  perseguição  imperial,  a  uma  liberdade  religiosa  relativa,  até  à 
liberdade  total  do  Cristianismo  como  religião,  aconteceu  com  aparente  rapidez,  e  seu 
autor principal haveria de ser Constantino, que promulgo em 313 dC o chamado Edito 
de Milão, que concedia liberdade absoluta ao Cristianismo.

 
Imperador Constantino: FlaviusValeriusContantinus (272­337 dc)

O Imperador Teodósio, foi quem assinou o Edito de Tessalônica em 380 dC, que fez do 
Cristianismo a religião oficial de todo o Império Romano.

CONCLUSÃO
Na aula de hoje, aprendemos que a igreja foi fundada por Jesus Cristo, que chamou os 
primeiros  apóstolos,  dos  quais  mencionamos  João,  Pedro  e  Tiago  e  outros  mais. 
Aprendemos  também  que  Paulo  foi  o  apostolo  destinado  a  evangelizar  o  mundo 
gentílico.  Através  de  Paulo,  muitos  povos  do  mediterrâneo  ouviram  a  mensagem  de 
Jesus  Cristo.  Ele  estabeleceu  igrejas  em  cidades  importantes  como:  Corinto,  Efeso, 
Listra e tantas outras.

Vimos  ainda  que  os  primeiros  cristãos,  em  seu  compromisso  apaixonado  para  com 
Jesus  Cristo,  recusaram  oferecer  adoração  ao  Imperador  por  meio  de  sacrifícios  e 
incensos. Por reunirem­se em secreto em seus cultos, as autoridades suspeitaram dos 
cristãos, como grupo subversivo, que conspirava contra o Império.

No início, os cristãos se converteram em objeto de perseguição por volta do ano 64 d.C 
sob o Imperador Nero, que acusou os cristãos de terem incendiado a cidade de Roma.
Somente  em  311  d.D,  quando  o  Imperador  Galério  assinou  um  edito  que  dava 
liberdade  de  culto  aos  cristãos,  é  que  as  perseguições  religiosas  que  duravam  três 
séculos cessaram.

Vamos ficando por aqui.

Até nosso próximo encontro.

Paz para cada um de vocês!

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