Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aplicadas à Hipnose
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 2
3 ASANA ................................................................................................................................................... 4
4 PRANAYAMA ..................................................................................................................................... 7
5 MEDITAÇÃO ................................................................................................................................. 11
Todo este conhecimento pode levar anos para ser entendido, e muito
provavelmente muitas técnicas passarão despercebidas até mesmo para o estudante mais
aplicado.
Aqui vou ensiná-lo técnicas fáceis de serem aprendidas e executadas, que você
poderá utilizar em seus momentos de auto-hipnose para criar um ambiente mental mais
propício e facilitar o relaxamento, ou em seu ambiente terapêutico para aprofundar a
relação de profissionalismo com seu cliente, ou até mesmo nas demonstrações públicas
de hipnose, seja para ajudar a pessoa a se concentrar mais ou até mesmo como “presente
hipnótico” após o processo.
Com Yoga é mesma coisa. Os antigos tratados do Yoga, como Hatha Yoga Pradipika,
Shiva Samhita, Gheranda Samhita, Yoga Yajnavalkya, Yoga Sutras, etc., são muito enfáticos
quando falam que Yoga engloba diversas práticas e conceitos, não sendo a simples
execução de uma única prática que definirá aquilo como Yoga. Assim, ter muita
flexibilidade ou força não significam nada a não ser que você saiba respirar
adequadamente, que tenha um gerenciamento mental correto, um desejo de auto
aprimoramento ou tenha um profundo respeito pelos seus pais. Note que isso é bem
diferente do que é feito e reconhecido pela grande maioria dos professores atualmente,
onde Yoga é apenas alongar e relaxar!
Desta forma, quero deixar muito claro que o que você estará aprendendo nesta
aula não é Yoga, e sim "técnicas do Yoga", justamente porque ensinar Yoga envolve
muito tempo de prática e estudo.
Neste curso, o enfoque será dado para aquelas posturas simples, de fácil execução,
que poderão ser feitas seguramente mesmo que o hipnotista não as pratique com
regularidade e que possam ser feitas em ambientes pequenos, como a sala de
atendimento. Estas posturas são consideradas restaurativas, ou seja, visam restaurar a
saúde ou equilíbrio da pessoa, utilizando apoios ou ferramentas que facilitem a sua
prática.
Não faça força! Apenas permita que a gravidade empurre o corpo para baixo,
procurando ficar o mais confortavelmente possível.
Para sair da postura pressione os dois pés no chão, remova o apoio e desça
lentamente as costas.
Para sair, caia suavemente para um dos lados e use as mãos para se sentar.
Como uma variação da palavra japonesa ki ou chinesa chi o prana seria a "vida" que
permeia tudo, sendo completamente invisível e imperceptível aos sentidos. Por outro
lado, escrituras como o Hatha Yoga Pradipika usam a expressão prana vayu, isto é, o "ar
externo", o ar que inspiramos e expiramos.
Às vezes, a palavra vayu é deixada de lado e só é usada apenas a palavra prana, mas
ainda dentro do contexto ou interpretação como apenas o ar externo.
Com isto o hipnotista tem uma ferramenta de trabalho muito útil, pois ela permite
eliminar as distrações e concentrar a mente para práticas mais avançadas de hipnose e
meditação.
Sukha significa "fácil", e é uma forma muito simples e confortável para desenvolver
a consciência sobre o processo respiratório. Normalmente as pessoas não têm a mínima
noção da sua respiração.
Técnica: o iniciante pode começar deitado, mas com a experiência a pessoa fará
tranquilamente isto sentado, em pé ou caminhando. Simplesmente respire, observando e
sentindo toda a respiração, mas, sem controle algum. Apenas deixe a respiração funcionar
normalmente sem modificar o ritmo. Faça pelo tempo que desejar.
Sama vritti significa "ondulação igual", isto é, você controla a respiração de modo
que suas fases de inalação e exalação tenham a mesma duração. É excelente para criar um
estado mental propício para o atendimento clínico, além de gerar autocontrole,
estabilidade e equilíbrio emocional.
Técnica: é indicada para pessoas que têm problemas cardíacos, pressão alta,
ansiedade, etc. É profundamente relaxante e revigorante. Basta inalar contando o tempo
e exalar no dobro. Assim, se você inalou em 5 segundos, basta exalar calmamente em 10
segundos.
Técnica: aqui o ideal é que a pessoa esteja sentada. Inspire e solte rapidamente
todo o ar. A inspiração seguinte também deverá ser feita rapidamente. Tais respirações
são feitas de forma explosiva, sem profundidade. O corpo não deverá se mexer e o rosto
deverá permanecer tranquilo. Conte mentalmente de 50 a 100 exalações e então respire
uma ou duas vezes normalmente. Isto é um ciclo de Bhastrika. Realize três ou cinco ciclos
completos.
No oriente, meditar é algo bem diferente. É entrar num estado de consciência onde
se torna mais fácil compreender a si mesmo.
Grande parte dessa confusão é criada pela mente. Podemos dizer que ela é o
instrumento de nossa consciência e contém a somatória de nossos condicionamentos,
padrões de pensamento, nossa memória e nosso lado racional.
A mente é como um lago agitado. Ao ver a lua refletida nesse lago turbulento
poderíamos supor que a própria lua é algo disforme e agitado, mas estaríamos totalmente
enganados.
Durante esse processo de aquietar a mente nos damos conta de nossos padrões de
pensamento e de ação e, assim, podemos transformá-los.
Ou seja, para a meditação, o foco deverá ser apenas uma única coisa, isto é, começa
basicamente com o exercício da concentração, onde a meditação seria o estado onde a
mente já não precisaria mais fazer aquela força, mantendo-se exclusivamente “presa” na
coisa específica (que poderia ser um mantra, uma divindade, um ponto físico, etc.).
Para a hipnose, a concentração não precisa ser tão intensa, bastando seguir as
instruções do hipnotista ou o gatilho instalado (âncora) para a auto-hipnose.
Cada um deve descobrir a que melhor combina consigo e a que produz melhores
resultados. Alguns preferem meditar com mantras, muitos gostam de observar a
respiração e outros usam imagens ou símbolos. Porém, o que essas técnicas têm em
comum é o fato de despertarem o observador passivo.
Mas ele também é um grande professor. Se você ficar com alguém 24 horas por dia
observando como ele come, como se veste, como fala e age, como dorme, no final de uma
semana você conhecerá muito dessa pessoa. Assim, se nos observarmos tempo suficiente,
aprenderemos muito a nosso respeito. Aprenderemos como é que funcionamos, como
agem nossos pensamentos e sentimentos, como eles influenciam nossas escolhas, etc.
Quando desenvolvemos o observador passivo, podemos olhar de longe a paisagem de
Tente ver cada pensamento como um quadro estático, como uma cena de um
grande videoclipe que não merece muita atenção.
A mente está representando uma grande peça diante de você. Mas você não é o
protagonista. Você é apenas o expectador. Portanto não se envolva.
Caso haja uma grande confusão de pensamentos fluindo, apenas "olhe" essa
confusão. Não tente controlar seus pensamentos, deixe que eles venham da maneira que
vierem.
Não espere nada de especial da sua meditação: fogos de artifício explodindo diante
de você, deuses e iluminados desfilando, flores de lótus ou luzes maravilhosas. As imagens
que surgem podem ser apenas produto da atividade mental, truques da mente para
distraí-lo. Portanto, continue apenas observando como outro pensamento qualquer. Não
se envolva com a beleza ou beatitude delas. Se elas forem mais que um produto da mente,
você saberá.
Antes dos 18 anos já era palestrante e exímio professor, e aos 20 anos já tinha sua
própria escola de yoga, tendo, inclusive, ensinado a história e prática da filosofia hindu
por vários anos em cursos de formação de instrutores de yoga.
Com esta visão, estudou e praticou com os melhores profissionais da área, dentro
e fora do Brasil, o que o levou à Alemanha por duas vezes para estudar a Constelação
Familiar diretamente com seu criador, Bert Hellinger e à Suíça com o Hanruedi Wipf a ser
um instrutor da OMNI.