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LEGISLAÇÃO MILITAR
MARINHA DO BRASIL
ESCOLA DE APRENDIZES-MARINHEIROS DO ESPÍRITO SANTO
2018
LEGISLAÇÃO MILITAR
MARINHA DO BRASIL
2018
FINALIDADE: DIDÁTICA
6ª REVISÃO
OSTENSIVO EMN-005
ATO DE APROVAÇÃO
AUTENTICADO RUBRICA
PELO ORC
CARIMBO
Em _____/___/____
OSTENSIVO II REV. 6
OSTENSIVO EMN-005
ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto................................................................................................................................. I
Ato de Aprovação............................................................................................................................ II
Índice .............................................................................................................................................. III
Introdução ....................................................................................................................................... V
OSTENSIVO IV REV. 6
OSTENSIVO EMN-005
INTRODUÇÃO
1 – PROPÓSITO
Esta publicação tem o propósito de apresentar uma síntese das normas e dos regulamentos que
norteiam a Carreira Militar, extraída dos documentos relacionados nas referências, em
conformidade com o Plano de Disciplina, ministrada no Curso de Formação de Marinheiros para a
Ativa. Permite aos Aprendizes-Marinheiros, utilizando uma única publicação, a obtenção dos
conhecimentos básicos sobre legislação, imprescindíveis para o correto desempenho de suas
atribuições na Marinha. Além disso, contribui para a padronização do conteúdo ministrado pelos
Instrutores das EAM.
2 - DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em nove capítulos. No capítulo 1, são apresentadas as normas gerais
para a organização das Forças Armadas, a estrutura básica do Comando da Marinha e a constituição
dos Corpos e Quadros que integram o pessoal da MB. No capítulo 2, os preceitos que regulam a
situação, as obrigações, os deveres, os direitos e as prerrogativas dos membros das Forças Armadas.
No capítulo 3, as honras, as continências e os sinais de respeito que os militares prestam aos
símbolos nacionais e às autoridades civis e militares e as honras que constituem o Cerimonial
Militar, no que é comum às Forças Armadas. No capítulo 4, a especificação, o uso e a posse dos
uniformes da MB. No capítulo 5, a especificação e a classificação das contravenções e as normas
relativas às amplitudes e aplicação das penas disciplinares. No capítulo 6, a consolidação das
disposições fundamentais relativas à organização das forças navais e dos demais estabelecimentos
da Marinha, bem como aquelas relacionadas com o pessoal, seus deveres e serviços. No capítulo 7,.
as diretrizes para o gerenciamento da carreira das Praças e as condições para o acesso. No capítulo
8, a estruturação da remuneração dos Militares das Forças Armadas. A utilização desta publicação
não deve criar qualquer limitação ou restrição à ampliação e ao aprofundamento do estudo da
legislação, por parte dos alunos. Seu objetivo é simplificar e facilitar a abordagem inicial,
constituindo-se um ponto de partida para estudos mais avançados.
3 - RECOMENDAÇÃO
Prioritariamente, essa publicação destina-se à aplicação da disciplina de Legislação Militar no
C-FMN.
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4 - CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411, Manual de Publicações da Marinha,
como Publicação da Marinha do Brasil não controlada, ostensiva, didática e manual.
5 - SUBSTITUIÇÃO
Esta publicação substitui a Apostila de Legislação Militar, 5ª revisão, aprovada em fevereiro de
2016.
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CAPÍTULO 1
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Armadas.
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas: Compete elaborar o planejamento do
emprego conjunto das Forças Armadas e assessorar o Ministro de Estado da Defesa na condução
dos exercícios conjuntos e quanto à atuação de forças brasileiras em operações de paz, além de
outras atribuições que lhe forem estabelecidas pelo Ministro de Estado da Defesa. Seu titular é um
oficial-general do último posto, da Ativa ou da Reserva, indicado pelo Ministro da Defesa e
nomeado pelo Presidente da República.
Comandantes das Forças: Para exercer a direção e a gestão da respectiva Força: Marinha,
Exército ou Aeronáutica, dispõe-se, singularmente, de um Comandante, observando os seguintes
aspectos:
– Nomeado pelo Presidente da República, ouvido o Ministro de Estado da Defesa.
– Os cargos são privativos de oficiais-generais do último posto da respectiva Força.
– Os Comandantes tem precedência hierárquica sobre os demais oficiais generais das três
Forças Armadas.
– Se o oficial-general indicado estiver na Ativa, será transferido para a Reserva Remunerada,
quando empossado.
– São assegurados aos Comandantes todas as prerrogativas, os direitos e deveres do Serviço
Ativo, inclusive com a contagem de Tempo de Serviço, enquanto estiverem em exercício.
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Missão da Marinha do Brasil: “Preparar e empregar o Poder Naval, a fim de contribuir para
a defesa da Pátria; para a garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes,
da lei e da ordem; para o cumprimento das atribuições subsidiárias previstas em Lei; e para o apoio
à Política Externa. ”
Atribuições subsidiárias da Marinha: Cabe à Marinha, como atribuições subsidiárias
particulares:
I – orientar e controlar a Marinha Mercante e suas atividades correlatas, no que interessa à
defesa nacional;
II – prover a segurança da navegação aquaviária;
III – contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito ao
mar;
IV – implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e nas águas
interiores, em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, federal ou estadual, quando se
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OM subordinadas ao EMA:
Escola de Guerra Naval (EGN) – Instituição de altos estudos militares que tem o propósito
de capacitar os oficiais para o desempenho de comissões operativas e de caráter administrativo.
Deve prepará-los para funções de Estado-Maior e aperfeiçoá-los para o exercício de cargos de
comando, chefia e direção e de funções nos altos escalões da Marinha.
Representação Permanente do Brasil junto à Organização Marítima Internacional
(RPB-IMO) – Com sede em Londres, Reino Unido, tem o propósito de permitir o exercício integral
da representação dos interesses nacionais perante a Organização Marítima Internacional (IMO).
1.2.5 – ÓRGÃO DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR
Almirantado (Alto Comando da Marinha): É convocado e presidido pelo Comandante da
Marinha e só existirá quando convocado. Assessora o Comandante da Marinha nas decisões
relativas às Políticas Marítima e Naval do Brasil. É responsável, também, pela elaboração das listas
de escolha para as promoções aos postos de Almirante. Constituído pelos Almirantes de Esquadra
da Ativa, quando no exercício dos cargos abaixo discriminados. Também podem fazer parte dele os
que exercem função no Ministério da Defesa.
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A jurisdição dos Distritos Navais, nas áreas marítimas, estende-se às áreas oceânicas que,
por acordos, tratados ou convenções internacionais são da responsabilidade do Brasil para quaisquer
efeitos. Também abrange o litoral marítimo, estreitos, canais, enseadas, portos e ilhas litorâneas de
suas áreas terrestres.
IV – Comando do Controle Naval do Tráfego Marítimo (COMCONTRAM): Tem como
missão o controle das atividades relacionadas com a navegação na costa brasileira, com a ajuda dos
navios que fazem a patrulha do litoral. Atua num processo contínuo e bastante eficiente na troca de
informações, o que lhe possibilita interagir o mais rápido possível, mantendo a soberania nacional
marítima.
V – Centro de Guerra Eletrônica da Marinha (CGEM): Tem como propósito contribuir
para a elevação da capacidade de Guerra Eletrônica (GE) da MB.
1.2.6.2 – SECRETARIA GERAL DA MARINHA (SGM)
É o SETOR DE APOIO da Marinha, que exerce atividades relacionadas com: orçamento,
economia e finanças, logística, patrimônio imobiliário e histórico-cultural, sistemas digitais
administrativos, administração geral, documentação, controle interno, contabilidade e habitação.
Possui as seguintes OM diretamente subordinadas:
a) Diretoria de Gestão Orçamentária da Marinha (COrM): Tem o propósito de contribuir
para a superintendência das atividades relacionadas com Orçamento, Economia, Finanças e
Contabilidade. Tem como OM diretamente subordinadas: Diretoria de Coordenação do Orçamento
da Marinha (DGOM) e a Diretoria de Finanças da Marinha (DFM) com a Pagadoria de Pessoal da
Marinha (PAPEM) como sua subordinada direta.
b) Diretoria de Administração da Marinha (DAdM): Contribui para a superintendência das
atividades orçamentárias, da administração geral e da informática, para fins administrativos da MB.
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Marinha do Brasil.
1.2.6.3 – DIRETORIA GERAL DO MATERIAL DA MARINHA (DGMM)
É um SETOR DE APOIO da Marinha que exerce atividades relacionadas com o material
da MB.
Possui as seguintes OM diretamente subordinadas:
a) Diretoria de Engenharia Naval (DEN): Realiza as atividades normativas, técnicas e de
supervisão de Engenharia Naval relacionadas com os sistemas de propulsão naval, geração de
energia, estrutura naval e controle de avarias dos meios da MB.
b) Diretoria de Aeronáutica da Marinha (DAerM): Realiza as atividades normativas,
técnicas e gerenciais relacionadas com a Aviação Naval.
c) Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM): Exerce as atividades técnicas
relacionadas com os Sistemas de Armas e de Comando e Controle da Marinha. Tem como OM
diretamente subordinadas o Centro de Mísseis e Armas Submarinas (CMASM), que executa
atividades de controle, armazenagem, manutenção, teste, reparo e fornecimento de mísseis e armas
submarinas empregadas nos meios navais e o Centro de Manutenção de Sistemas da Marinha
(CSM) que realiza atividades técnicas, industriais, tecnológicas e administrativas relacionadas com
a instalação e manutenção dos sistemas de armas, detecção e comunicações. Semelhantemente atua
com equipamentos eletrônicos e softwares dos Sistemas Digitais Operativos dos meios navais,
aeronavais, de Fuzileiros Navais e de estabelecimentos em terra.
d) Diretoria de Gestão de Programas Estratégicos da Marinha (DGePEM): Executa,
coordena e geri os projetos de obtenção e desenvolvimento de meios e sistemas designados como
estratégicos pelo almirantado.
e) Diretoria de Comunicações e Tecnologia da Informação da Marinha (DCTIM): É a
diretoria especializada, que tem como propósito assegurar a eficácia do Sistema de Comunicações
da Marinha (SISCOM) e orientar a governança da Tecnologia da Informação (TI) na Marinha.
Possui como OM subordinada o Centro de Tecnologia da Informação da Marinha (CTIM).
f) Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ): Realiza atividades técnicas, industriais
e tecnológicas relacionadas à construção de unidades de superfície e submarinos e, à manutenção
dos sistemas de propulsão naval, geração de energia, estrutura naval e controle de avarias dos meios
navais.
g) Diretoria de Obras Civis da Marinha (DOCM): Realiza atividades de engenharia e
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CAPÍTULO 2
ESTATUTO DOS MILITARES
(Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980)
2.1 – DISPOSIÇÃO PRELIMINARES
Regula a situação obrigações, deveres direitos e prerrogativas dos membros das Forças Armadas,
de acordo com a Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980.
2.1.1 – ASPECTOS DE VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES MILITARES
2.1.2 – Principais aspectos de Violação das Obrigações e dos Deveres Militares
A violação das obrigações e dos deveres militares constituirá crime, contravenção ou transgressão
disciplinar, conforme dispuser a legislação ou, a regulamentação específica. (3:Art.42).
Relação entre Ética Militar e Grau Hierárquico
A violação dos preceitos da Ética Militar será tão mais grave quanto mais elevado for o Grau
Hierárquico de quem a cometer. (3:Art.42)
Crime e contravenção de mesma natureza
No concurso de crime militar e de contravenção ou transgressão disciplinar, quando forem de
mesma natureza, será aplicada somente a pena relativa ao crime. (3:Art.42)
2.1.3 – Consequências das violações
A inobservância dos deveres especificados em leis e regulamentos ou, a falta de exação no
cumprimento deles, acarreta, para o Militar, responsabilidades funcional, pecuniária, disciplinar ou
penal, consoante a legislação específica. (3:Art.43)
Incompatibilidade ou Incapacidade
A apuração da(s) responsabilidade(s) funcional, pecuniária, disciplinar ou penal poderá concluir
pela Incompatibilidade do Militar para com o cargo ou, demonstrar Incapacidade no exercício das
funções militares a ele inerentes. (3:Art.43)
Afastamento do cargo
O Militar que, por sua atuação, se tornar incompatível para com o cargo, ou demonstrar
incapacidade no exercício das funções militares a ele inerentes, será afastado do referido cargo. Neste
caso, ficará privado do exercício de qualquer função militar, até a solução do processo ou, a tomada de
providências legais cabíveis. (3:Art.44)
Manifestações coletivas
São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores, quanto a respeito
de posicionamentos de caráter reivindicatório ou político. (3:Art.45).
b) Ordenação hierárquica
A Ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de um mesmo posto ou graduação se
faz pela antiguidade no posto ou na graduação (3:Art.14).
c) Respeito à hierarquia
O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à sequência de autorida-
de (3:Art.14).
Posto
Graduação
2.1.9 – Generalidades
2.1.10 – Precedência entre militares da ativa de um mesmo grau hierárquico (3:Art. 17).
a) Regra Geral
A precedência entre militares da ativa do mesmo grau hierárquico, ou correspondente, é
assegurada pela antiguidade no posto ou graduação, salvo nos casos de precedência
funcional estabelecida em lei.
A antiguidade em cada posto ou graduação é contada da data da assinatura do ato da respec-
tiva promoção, nomeação, declaração ou incorporação, salvo quando estiver taxativamente
fixada outra data.
b) No caso de empate
I) entre militares do mesmo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, pela posição nas respectivas
escalas numéricas ou registros em cada força;
II) nos demais casos, pela antiguidade no posto ou graduação anterior; se, ainda assim, sub-
sistir a igualdade, recorrer-se-á, sucessivamente, aos graus hierárquicos anteriores, à
data de praça e à data de nascimento para definir a precedência, e, neste último caso, o
de mais idade será considerado o mais antigo;
III) entre os alunos de um mesmo órgão de formação de militares, de acordo com o regula-
mento do respectivo órgão.
b) os Aspirantes, alunos da Escola Naval, e os alunos da Academia militar das Agulhas Negras e
da Academia da Força Aérea, bem como os alunos da Escola de Oficiais Especialistas da Aeronáutica,
são hierarquicamente superiores aos suboficiais e aos subtenentes;
d) os alunos dos órgãos de formação de oficiais da reserva, quando fardados, têm precedência
sobre os Terceiros-Sargentos, aos quais são equiparados; e
e) os Cabos têm precedência sobre os alunos das escolas ou dos centros de formação de sargen-
tos, que a eles são equiparados, respeitada, no caso de militares, a antiguidade relativa.
Praças Especiais
À Praça Especial aplicam-se, também, as disposições disciplinares previstas no regulamento da
instituição de ensino onde estiver matriculada. (3:Art.47)
2.2.3 – Disciplina Militar
Base Institucional das Forças Armadas
A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. A autoridade e a
responsabilidade crescem com o grau hierárquico (3:Art.14)
2.2.4 – Conceito de disciplina Militar
a) Definição
É a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e
disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico,
traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes
desse organismo.
b) Abrangência da Disciplina
A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da
vida entre militares da ativa, da reserva remunerada e reformados (3:Art.14).
2.2.5 – Círculos Hierárquicos
a) Definição
Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os militares da mesma categoria e
têm a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem
prejuízo do respeito mútuo )3:Art.15).
b) Círculos Hierárquicos e Escala Hierárquica
O quadro a seguir, a que se refere o Art. 16 do Estatuto dos Militares, apresenta os
círculos hierárquicos adotados pela MB e demais Forças Armadas.
- a estabilidade, quando Praça com 10 (dez) ou mais anos de tempo de efetivo Serviço.
- o uso das designações hierárquicas.
- a ocupação de cargo correspondente ao posto ou, à graduação.
- a percepção de remuneração.
- a assistência médico-hospitalar para si e seus dependentes, assim entendida como o
conjunto de atividades relacionadas com a prevenção, conservação ou recuperação da saúde,
abrangendo serviços profissionais médicos, farmacêuticos e odontológicos, bem como o
fornecimento, a aplicação de meios e os cuidados e demais atos médicos e paramédicos
necessários.
- o funeral para si e seus dependentes, constituindo-se no conjunto de medidas tomadas pelo
Estado, quando solicitado, desde o óbito até o sepultamento condigno.
- a alimentação, assim entendida como as refeições fornecidas aos militares em atividade.
- o fardamento, constituindo-se no conjunto de uniformes, roupa branca e roupa de cama,
fornecido ao Militar na Ativa, de graduação inferior a Terceiro- -Sargento e, em casos
especiais, a outros militares.
- a moradia para o militar em atividade, compreendendo:
- alojamento em organização militar, quando aquartelado ou embarcado; e
habitação para si e seus dependentes, em imóvel sob a responsabilidade da União, de acordo
com a disponibilidade existente.
- a constituição de pensão militar.
- a promoção.
- a transferência a pedido para a Reserva Remunerada.
- as férias, os afastamentos temporários do serviço e as licenças.
- a demissão e o licenciamento voluntários.
- o porte de arma, quando Oficial em Serviço Ativo ou, em Inatividade, salvo em caso de
Inatividade por alienação mental ou condenação por crimes contra a segurança do Estado ou,
por atividades que desaconselhem aquele porte.
- o porte de arma, pelas Praças, com as restrições impostas pela respectiva Força Armada.
- Prerrogativas (3:Art.73)
As prerrogativas dos militares são constituídas pelas honras, dignidades e distinções devidas aos
graus hierárquicos e cargos.
- Uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas militares das Forças Armadas,
correspondentes ao posto, ou graduação, Corpo, Quadro, Arma, Serviço ou Cargo.
- Honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados em leis e regulamentos.
- Cumprimento de pena de prisão ou detenção somente em organização militar da respectiva
Força, cujo comandante, chefe ou diretor tenha precedência hierárquica sobre o preso ou, na
impossibilidade de cumprir esta disposição, em organização militar de outra Força, cujo
comandante, chefe ou diretor tenha a necessária precedência.
- Julgamento em foro especial, nos crimes militares.
Somente em caso de flagrante delito o Militar poderá ser preso por autoridade policial, ficando
esta obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade militar mais próxima, só podendo retê-
lo, em delegacia, ou posto policial, durante o tempo necessário à lavratura do flagrante.
(3:Art.74).
São autorizações concedidas aos Militares para afastamento total do Serviço, em caráter temporá-
rio, com a remuneração integral e o cômputo de Tempo de Efetivo Serviço. As dispensas de Serviço se-
rão concedidas pelos seguintes motivos:
Como recompensa
É a autorização concedida ao Militar, pelo Titular da OM, para ausentar-se de seu local de traba-
lho, a título de prêmio, por serviços e ações executadas, não podendo exceder a 3 (três) dias consecuti-
vos.
Para desconto em férias
É a autorização concedida ao Militar, pelo Titular da OM, para ausentar-se de seu local de traba-
lho, por período de tempo limitado a 10 (dez) dias, a ser descontado no respectivo período de férias.
Definição
É o afastamento total do Serviço, anual e obrigatoriamente concedido pelo Titular da OM aos Mi-
litares para descanso, gozado a partir do último mês do ano a que se refere e, durante todo o período de
12 (doze) meses seguintes, com a remuneração prevista na legislação específica e computada como
Tempo de Efetivo Serviço para todos os efeitos legais.
Normas e Princípios Gerais
a) Os titulares de OM concederão férias a todos os seus subordinados. As dos titulares serão con-
cedidas pela autoridade a que estiverem diretamente subordinados.
b) Somente nos seguintes casos os Militares terão interrompido, ou deixarão de gozar na época
prevista, o período de férias a que tiverem direito, registrando-se o fato em sua Caderneta Re-
gistro: interesse da defesa nacional, manutenção da ordem, extrema necessidade do serviço,
transferência para a Inatividade, cumprimento de punição decorrente de contravenção ou de
transgressão disciplinar de natureza grave, baixa a hospital.
c) A caracterização de extrema necessidade do Serviço é atribuição do Almirante a quem o Militar
estiver subordinado (a).
d) O período de férias não gozadas, no caso de interesse da defesa nacional, de manutenção da or-
dem ou de extrema necessidade do serviço será concedido, no mais tardar, no ano seguinte.
e) As férias dos militares têm a duração de 30 (trinta) dias.
f) Após os primeiros 12 (doze) meses de serviço, os militares da MB passam a ter direito a férias,
relativas ao ano da incorporação, matrícula ou nomeação.
g) Após terem gozado as férias relativas à situação mencionada na alínea anterior, os militares fa-
zem jus, a partir de 1° de dezembro, a um período de férias relativas ao ano em curso, devendo
ser gozadas até 31 de dezembro do ano seguinte.
h) O Militar que gozar férias fora de sede, e não tiver possibilidade de regressar à sua OM na data
prevista, deverá apresentar-se a qualquer autoridade competente da área, solicitando que o fato
seja comunicado à sua OM. Até o regresso, permanecerá à disposição daquela autoridade, cum-
prindo o que lhe for determinado. Tal procedimento não dispensará a apuração dos fatos pela
autoridade à qual estiver subordinado, inclusive com propósitos disciplinares.
2.3.6 – Licenças
Definição
É a autorização concedida aos militares para afastamento total do serviço, em caráter temporário,
obedecidas as disposições legais e regulamentares em vigor. As licenças podem ser:
Aos Militares da MB poderão ser concedidos outros afastamentos e dispensas totais do Serviço, de
caráter temporário, a critério da autoridade competente, com a remuneração prevista na legislação espe-
cífica, sendo os períodos de afastamento computados como tempo de efetivo Serviço, para todos os efei-
tos, pelos seguintes motivos:
Afastamento por Motivo de Núpcias
É a autorização concedida ao (à) Militar, pelo titular da OM, para afastamento total do Serviço, du-
rante 8 (oito) dias, por contrair matrimônio.
O (A) Militar que for contrair matrimônio no estrangeiro deverá ter autorização da DPMM.
O afastamento poderá ter início no primeiro dia útil após a realização do matrimônio. Caso não
ocorra prejuízo ao Serviço e seja requerido pelo (a) Militar nubente, poderá ser autorizado o afastamento
que:
- seja exercido até o trigésimo dia seguinte ao matrimônio.
- possa ser antecipado em até 3 (três) dias, em relação à data do matrimônio.
Afastamento por Motivo de Luto
É a autorização concedida ao Militar para afastamento total do Serviço, durante 8 (oito) dias, pela
morte de pais, avós, cônjuge, companheiro (a), filhos, netos e irmãos. Durante 3 (três) dias, pela morte
de tios, cunhados, sogros, genros ou noras.
Observação: No regresso, deve apresentar Atestado de Óbito ou, um comprovante.
Agregação
Agregação é a situação na qual o Militar da Ativa deixa de ocupar vaga na escala hierárquica de
seu Corpo, Quadro, Serviço ou, de sua Arma, permanecendo agregado, sem número. (3:Art.80)
Reversão
Reversão é o ato pelo qual o Militar agregado retorna ao respectivo Corpo, Quadro, Serviço ou, à
respectiva Arma, tão logo cesse o motivo que determinou sua agregação, voltando a ocupar o lugar que
lhe competir na respectiva escala numérica, na primeira vaga que ocorrer. (3:Art.86)
Excedente
Excedente é a situação transitória por que, automaticamente, passa o Militar que: (3:Art.88)
- tendo cessado o motivo que determinou sua agregação, reverta ao respectivo Corpo, Quadro, Serviço
ou, à respectiva Arma, estando qualquer um deles com seu efetivo completo.
- aguarde a colocação a que faz jus na escala hierárquica, após haver sido transferido de Corpo ou Qua-
dro, estando eles com seu efetivo completo.
- seja promovido por bravura, sem haver vaga.
- seja promovido indevidamente.
- sendo o mais moderno da respectiva escala hierárquica, ultrapasse o efetivo de seu Corpo, Quadro, Ser-
viço ou, de sua Arma, em virtude de promoção de outro militar, em ressarcimento de preterição.
Ausente
É considerado ausente o Militar que, por mais de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas:
(3:Art.89)
- deixar de comparecer à sua organização militar, sem comunicar qualquer motivo de impedimento.
- ausentar-se, sem licença, da organização onde serve ou, do local onde deve permanecer.
Desertor
O Militar é considerado desertor, nos casos previstos em legislação penal militar, ao permanecer
ausente por mais de 8 (oito) dias. (3:Art.90)
Desaparecido
É considerado desaparecido o Militar na Ativa que, no desempenho de qualquer serviço, em via-
gem, em campanha ou, em caso de calamidade pública, tiver paradeiro ignorado por mais de 8 (oito)
dias, quando não houver indício de deserção. (3:Art.91)
Extraviado
O Militar que permanecer desaparecido por mais de 30 (trinta) dias será oficialmente considerado
extraviado. (3:Art.92)
2.4 – PRINCIPAIS CASOS DE EXCLUSÃO DO SERVIÇO ATIVO
A exclusão do Serviço Ativo das Forças Armadas e o consequente desligamento da organização a
que estiver vinculado o Militar decorrem dos seguintes motivos. (3:Art.94)
2.4.1 – Transferência para a Reserva Remunerada
A pedido
A transferência para a Reserva Remunerada, a pedido, será concedida, mediante requerimento, ao
Militar que contar, no mínimo, 30 (trinta) anos de Serviço. (3:Art.97)
Não será concedida transferência para a Reserva Remunerada, a pedido, ao Militar que estiver
respondendo a inquérito ou processo em qualquer jurisdição, ou, cumprindo pena de qualquer natureza.
(3:Art.97)
Ex-offício
A transferência para a Reserva Remunerada, “ex-officio”, verificar-se-á sempre que o Militar
incidir em um dos seguintes casos: (3;Art.98)
a) atingir as seguintes idades-limites.
- Suboficial .................................... 54 anos
- Primeiro-Sargento ....................... 52 anos
- Segundo-Sargento ...................... 50 anos
- Terceiro-Sargento ....................... 49 anos
- Cabo ........................................... 48 anos
- Marinheiro ................................... 44 anos
b) for julgado incapaz, definitivamente, para o Serviço Ativo das Forças Armadas.
c) estiver agregado por mais de 2 (dois) anos, por ter sido julgado incapaz, temporariamente,
mediante homologação de Junta Superior de Saúde, ainda que se trate de moléstia curável.
d) for condenado à Pena de Reforma prevista no Código Penal Militar, por sentença transitada
em julgado.
2.4.3 - Demissão
Aplica-se exclusivamente aos Oficiais, podendo ser: (3:Art.115)
A pedido
Concedida mediante requerimento do interessado, sem indenização aos cofres públicos, quando
contar mais de 5 (cinco) anos de Oficialato. Quando contar menos de 5 (cinco) anos de Oficialato,
haverá indenização das despesas feitas pela União com a preparação e formação. (3:Art.116)
Ex-officio
O Oficial da Ativa que passar a exercer cargo ou emprego público permanente, estranho à sua
carreira, será imediatamente demitido “ex-officio” e transferido para a Reserva Não Remunerada.
(3:Art.117)
2.4.4 – Licenciamento do Serviço Ativo
A pedido
O Licenciamento a Pedido poderá ser concedido, desde que não haja prejuízo para o Serviço, à
Praça engajada ou reengajada, desde que já tenha cumprido, no mínimo, a metade do Tempo de Serviço
a que se obrigou. (3:Art.121)
A Praça com Estabilidade Assegurada, quando licenciada para fins de matrícula em
estabelecimento de Ensino de Formação ou Preparatório de outra Força Singular ou Auxiliar, caso não
conclua o curso onde foi matriculada, poderá ser reincluída na Força de origem, mediante requerimento
ao respectivo Comandante de Força. (3:Art.121)
Ex-officio
O Licenciamento “ex-officio” será feito na forma da legislação que trata do Serviço Militar e dos
regulamentos específicos de cada Força Armada: (3:Art.121)
- por conclusão de Tempo de Serviço ou, de Estágio.
- por conveniência do Serviço.
- a bem da disciplina.
O Militar licenciado não tem direito a qualquer remuneração. (3:Art.121)
Os militares licenciados, exceto os licenciados “ex-officio” a bem da disciplina, devem ser
incluídos ou reincluídos na Reserva. (3:Art.121)
O licenciado “ex-officio” a bem da disciplina receberá o Certificado de Isenção do Serviço Militar,
previsto na legislação que trata do Serviço Militar. (3:Art.121)
Extravio
O Extravio do Militar na Ativa acarreta interrupção do Serviço Militar, com o consequente afastamento
temporário do Serviço Ativo, a partir da data em que for oficialmente considerado extraviado.
(3:Art.130)
Prazo para exclusão
A exclusão do Serviço Ativo será feita 6 (seis) meses após a agregação por motivo de Extravio.
(3:Art.130)
Extravio considerado como falecimento
Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, calamidade pública ou outros acidentes
oficialmente reconhecidos, o Extravio ou, o desaparecimento de Militar da Ativa, é considerado, para
fins do Estatuto do Militares, como falecimento, tão logo sejam esgotados os prazos máximos de
possível sobrevivência ou, quando se deem por encerradas as providências de salvamento. (3:Art.130)
Reaparecimento de Militar
O Militar reaparecido será submetido a Conselho de Justificação ou, a Conselho de Disciplina,
por decisão do comandante da respectiva Força, se assim for julgado necessário. (3:Art.131)
Reaparecimento de Militar já excluído
Resultará em sua reinclusão e nova agregação, enquanto se apurarem as causas que deram
origem ao seu afastamento. (3:Art.131)
2.4.9 - Inclusão na Reserva das Forças Armadas
O Militar excluído do Serviço Ativo passará a integrar a Reserva das Forças Armadas, exceto se
incidir em quaisquer dos seguintes itens: Reforma, Anulação de Incorporação, Exclusão a bem da
Disciplina, Deserção, Falecimento, Extravio. (3.Art.94)
CAPÍTULO 3
HONRAS E SINAIS DE RESPEITO
(Portaria nº 368 de 30 de novembro de 2016 - Aprova o Cerimonial da Marinha do Brasil)
3.1 – HONRAS E SINAIS DE RESPEITO
Propósito e Conceituação Básica dos Sinais de Respeito e da Continência
I - estabelecer as honras, as continências e os sinais de respeito que os militares prestam a
determinados símbolos nacionais e às autoridades civis e militares; II - regular as normas de
apresentação e de procedimento dos militares, bem como as formas de tratamento e a precedência; III -
fixar as honras que constituem o Cerimonial Militar no que for comum às Forças Armadas.
3.1.1 – Formas de tratamento
Todo o militar, em decorrência de sua condição, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas,
estabelecidos em toda a legislação militar, devem tratar-se conforme o (4:Art.2°):
a) com respeito e consideração os seus superiores hierárquicos, como tributo à autoridade de
que se acham investidos por lei;
b) com afeição e camaradagem os seus pares; e
c) com bondade, dignidade e urbanidade os seus subordinados.
3.1.2 – Formas de manifestação de respeito e apreço
O militar manifesta respeito e apreço aos seus superiores, pares e subordinados conforme o
(4:Art.3°):
a) pela continência;
b) dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo disciplinado;
c) observando a precedência hierárquica; e
d) por outras demonstrações de deferência.
3.1.3 – Situações de obrigatoriedade
Os sinais de respeito e apreço são obrigatórios em todas as situações, inclusive nos exercícios
no terreno e em campanha (4:Art.3°).
A espontaneidade e a correção dos sinais de respeito são índices seguros do grau de disciplina
das corporações militares e da educação moral e profissional dos seus componentes (4:Art.3°).
autoridade comanda: “Rancho Atenção!” e anuncia a função de quem chega; as praças, sem se
levantarem e sem interromperem a refeição, suspendem toda a conversação, até que seja dado o
comando de “À vontade”. (4:Art.12)
Permissão para sentar
Sempre que um militar precisar sentar-se ao lado de um superior, deve solicitar-lhe permissão
(4:Art.13).
Principais Aspectos da Continência
– Definição (4:Art.14)
A continência é a saudação prestada pelo militar e pode ser individual ou da tropa, sendo
impessoal, pois visa à autoridade e não à pessoa (4:Art.14).
De quem parte (4:Art.14)
a) a continência parte sempre do militar de menor precedência hierárquica; e
b) em igualdade de posto ou graduação, quando ocorrer dúvida sobre qual seja o de menor
precedência, deve ser executada simultaneamente.
Retribuição (4:Art.14)
a) todo militar deve, obrigatoriamente, retribuir a continência que lhe é prestada;
b) se uniformizado, presta a continência individual;
c) se em trajes civis, responde-a com um movimento de cabeça, com um cumprimento verbal
ou descobrindo-se, caso esteja de chapéu.
3.1.6 - Direito à continência (4:Art.15)
Bandeira Nacional:
a) ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar ou cívica;
b) por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporação, nas formaturas;
c) quando conduzida por tropa ou por contingente de Organização Militar;
d) quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou por
organização civil, em cerimônia cívica; e
e) quando, no período compreendido entre 08:00 horas e o pôr-do-sol, um militar entra a
bordo de um navio de guerra ou dele sai, ou, quando na situação de “embarcado”, avista-a ao
entrar a bordo pela primeira vez, ou ao sair pela última vez.
Continência individual
É a forma de saudação que o militar isolado, quando uniformizado, com ou sem cobertura,
deve, aos símbolos, às autoridades e à tropa formada, conforme indicado no inciso 3.3.4 (4:Art.18).
Saudação mútua: a continência individual é, ainda, a forma pela qual os militares se saúdam
mutuamente, ou pela qual o superior responde à saudação de um mais moderno (4:Art.18).
Quando é devida: é devida a qualquer hora do dia ou da noite, só podendo ser dispensada nas situações
especiais, regulamentadas por cada Força Armada (4:Art.18).
Quando pode ser dispensada: a continência não pode ser dispensada pelo superior hierárquico, salvo
quando ele ou o subalterno encontrarem-se nas seguintes situações (5:Art.1-2-7):
- em faina ou em serviço que não possa ser interrompido;
- em postos de combate;
- em provas esportivas;
- sentado à mesa de rancho; e
-remando ou dirigindo viatura.
Procedimento quando em trajes civis: o militar assume as seguintes atitudes (4:Art.18):
- nas cerimônias de hasteamento ou arriação da Bandeira, nas ocasiões em que esta se
apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a execução do Hino Nacional, o
militar deve tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, com a cabeça descoberta;
- nas demais situações, se estiver de cobertura, descobre-se e assume atitude respeitosa;
- ao encontrar um superior fora de Organização Militar, o subordinado faz a saudação com
um cumprimento verbal, de acordo com as convenções sociais.
Elementos essenciais da continência individual (4:Art.19):
a) Atitude: postura marcial e comportamento respeitoso e adequado às circunstâncias e ao
ambiente;
b) Gesto: conjunto de movimento do corpo, braços e mãos, com ou sem armas;
c) Duração: o tempo durante o qual o militar assume a atitude e executa o gesto acima
referido.
Todo militar faz alto (4:Art.24):
Para a continência à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional e ao Presidente da República.
Hino Nacional tocado em cerimônia religiosa (4:Art.24):
O militar participante da cerimônia não presta a continência individual, permanecendo em
atitude de respeito.
Hino Nacional cantado (4:Art.24):
A tropa ou o militar presente não presta a continência, nem durante a sua introdução,
permanecendo em posição de “sentido” até o final de sua execução.
3.2 – APRESENTAÇÃO
3.2.1 – Procedimento do militar nas apresentações (4:Art.41)
a) aproxima-se até a distância do aperto de mão;
b) toma a posição de “sentido”;
c) presta a continência individual;
d) diz em voz claramente audível, seu grau hierárquico, nome de guerra e OM a que
pertence, ou função que exerce, se estiver no interior da sua OM;
e) desfaz a continência;
f) diz o motivo da apresentação; e
g) permanece na posição de “sentido” até que lhe seja autorizado tomar a posição de
“descansar” ou de “à vontade”.
3.2.2 – Se o superior estiver em seu gabinete de trabalho
Militar sem arma, armado de revólver ou de pistola: Art.41):
- tira a cobertura com a mão direita, coloca-a debaixo do braço ou empunha-a com a mão
esquerda, dependendo de que tipo for;
- presta a continência individual; e
- procede à apresentação.
3.2.3 – Para retirar-se da presença de um superior (4:Art.42)
a) presta a continência individual idêntica à da apresentação;
b) pede permissão para retirar-se; e
c) concedida a permissão, a praça, depois de fazer “meia volta”, rompe a marcha com o pé
esquerdo.
CAPÍTULO 4
CERIMONIAL DA MARINHA
Decreto Presidencial n° 6.806, de 25 de março de 2009.
Aprovado pela Portaria nº 153/MB, de 14 de junho de 2017.
Alterado pela Portaria nº 130/MB, de 28 de abril de 2017.
Alterado pela Portaria nº 368/MB, de 30 de novembro de 2016.
OSTENSIVO
4-1
REV.6
OSTENSIVO EMN-005
OSTENSIVO
4-2
REV.6
OSTENSIVO EMN-005
OSTENSIVO
4-3
REV.6
OSTENSIVO EMN-005
OSTENSIVO
4-4
REV.6
OSTENSIVO EMN-005
Comandante (Art.5-3-2):
Ao comandante, na OM que comandar, são prestadas as seguintes honras no curso ordinário
do serviço:
a) ao chegar a bordo pela primeira vez no dia e ao retirar-se de bordo pela última vez:
honras de portaló pelo Imediato e oficialidade;
b) nas demais vezes ao chegar e sair de bordo: é acompanhado pelo Imediato ou, na
ausência deste, pelo oficial mais antigo que se encontrar nas proximidades e, ainda, o
Oficial de Serviço, não havendo toques.
Chefe do Estado-Maior (Art.5-3-3):
No curso ordinário do serviço, no navio capitânia, são prestadas as seguintes honras:
a) se Almirante ou CMG: as mesmas honras que são devidas a Comandante de Força de
igual posto;
Imediato (Art.5-3-4)
Ao Imediato, na OM que serve, são prestadas as seguintes honras:
a) ao chegar a bordo pela primeira vez no dia e ao retirar-se de bordo pela última vez:
honras de portaló pelo Chefe da Divisão de Serviço e Oficial de Serviço; e
b) nas demais vezes ao chegar e sair de bordo: é saudado pelo Oficial de Serviço, não
havendo continências de guarda, toques e “boys”.
Demais oficiais (Art.5-3-5)
Ao oficial, na OM em que serve, são prestadas as seguintes honras:
OSTENSIVO
4-5
REV.6
OSTENSIVO EMN-005
a) ao chegar a bordo pela primeira vez no dia e ao retirar-se de bordo pela última vez:
honras de portaló, pelo Oficial de Serviço; e
b) nas demais vezes ao chegar e sair de bordo: é saudado pelo Oficial de Serviço, não
havendo honras.
4.2.5 - Honras nas visitas
Visitas oficiais
Visita oficial, também referida como anunciada, é a visita de caráter formal ou protocolar
feita por uma autoridade a OM da MB ou a outra autoridade (Art.4-1-1).
As visitas feitas a OM por autoridades não pertencentes à MB são consideradas como
oficiais quando decorrentes de acerto prévio com superior na cadeia de comando, com o Titular da
OM a ser visitada, ou quando em retribuição a visita por este realizada (Art.4-1-3).
Visita não anunciada
Visita não anunciada é a visita feita informalmente por autoridade militar ou civil, em
virtude de necessidades administrativas ou por simples cortesia individual (Art.4-2-1).
A visita não anunciada requer apenas a prestação de honras de portaló (Art.4-2-2).
OSTENSIVO
4-6
REV.6
OSTENSIVO EMN-005
4.2.7 - Salvas
Definição (Art.3-1-1):
Salva é a honra prestada, por meio de tiros de canhão, a terra, navio, autoridade ou em data
festiva.
Generalidades:
OSTENSIVO
4-7
REV.6
OSTENSIVO EMN-005
OSTENSIVO
4-8
REV.6
OSTENSIVO EMN-005
CAPÍTULO 5
UNIFORMES E INSÍGNIAS
5.1 – REGULAMENTO DE UNIFORME NA MARINHA DO BRASIL
5.1.1 – Finalidade dos Uniformes
Os uniformes têm por finalidade principal caracterizar os militares da MB, permitindo, à
primeira vista, distinguir os seus postos ou graduações, bem como os Corpos e Quadros a que
pertencem. A pronta identificação visa a facilitar o exercício da autoridade, atribuída por lei a cada
militar (8:Art.1.1.3).
3.1 – ALEXANDRINO 3.2 - ALEXANDRINO PARA DESFILE 3.3 - ALEXANDRINO COM BARRETAS
CB/MN - MASCULINO CB/MN - MASCULINO CB/MN - MASCULINO
Composição Composição Composição
CALÇA BRANCA CALÇA BRANCA BARRETAS
3.4 - ALEXANDRINO PARA SERVIÇO 4.1 – AZUL 4.2 - AZUL PARA DESFILE
CB/MN - MASCULINO CB/MN - MASCULINO CB/MN - MASCULINO
Composição Composição Composição
CALÇA AZUL-FERRETE CALÇA AZUL-FERRETE
CAMISETA BRANCA CAMISETA BRANCA
4.3 - AZUL COM BARRETAS 4.4 - AZUL PARA SERVIÇO 4.5 - AZUL DE VERÃO
CB/MN - MASCULINO CB/MN - MASCULINO CB/MN - MASCULINO
Composição Composição Composição
BARRETAS CALÇA AZUL-FERRETE BARRETAS
CALÇA AZUL-FERRETE CAMISETA BRANCA CALÇA AZUL-FERRETE
CAMISETA BRANCA CAXANGÁ CAMISA BRANCA DE MEIA-MANGA SEM
CHAPÉU BRANCO CINTO PRETO PASSADORES
GANDOLA AZUL-FERRETE
CINTO PRETO
GOLA DE MARINHEIRO
DISTINTIVOS
INSÍGNIAS DE BRAÇO MEIA PRETA
INSÍGNIAS DE BRAÇO
LENÇO DE MARINHEIRO SAPATOS PRETOS
MEIA PRETA
MEIA PRETA
SAPATOS PRETOS
SAPATOS PRETOS
4.6 - AZUL DE VERÃO PARA SERVIÇO 4.7 - AZUL DE VERÃO PARA DESFILE 5.1 - BRANCO
CB/MN - MASCULINO CB/MN - MASCULINO CB/MN - MASCULINO
Composição Composição Composição
CALÇA AZUL-FERRETE
CALÇA BRANCA
CAMISA BRANCA DE MEIA-MANGA
SEM PASSADORES CAMISETA BRANCA
CALÇA AZUL-FERRETE
CAMISETA BRANCA CHAPÉU BRANCO
CAMISA BRANCA DE MEIA-MANGA
CHAPÉU BRANCO CINTO PRETO
SEM PASSADORES
CINTO PRETO CONDECORAÇÕES
CAMISETA BRANCA
CONDECORAÇÕES DISTINTIVOS
CAXANGÁ
DISTINTIVOS GANDOLA BRANCA
CINTO PRETO
EQUIPAMENTOS PARA O GOLA DE MARINHEIRO
INSÍGNIAS DE BRAÇO
ARMAMENTO INSÍGNIAS DE BRAÇO
MEIA PRETA
INSÍGNIAS DE BRAÇO LENÇO DE MARINHEIRO
PLAQUETA DE IDENTIFICAÇÃO
LUVAS BRANCAS MEDALHAS
SAPATOS PRETOS
MEDALHAS MEIA PRETA
POLAINAS
SAPATOS PRETOS
Peças Complementares Peças Complementares Peças Complementares
5.2 - BRANCO PARA DESFILE 5.3 - BRANCO COM BARRETAS 5.4 - BRANCO PARA SERVIÇO
CB/MN - MASCULINO CB/MN - MASCULINO CB/MN - MASCULINO
Composição Composição Composição
CALÇA BRANCA BARRETAS CALÇA BRANCA
CAMISETA BRANCA CALÇA BRANCA CAMISETA BRANCA
CHAPÉU BRANCO CAMISETA BRANCA CAXANGÁ
CINTO PRETO CHAPÉU BRANCO CINTO PRETO
CONDECORAÇÕES CINTO PRETO DISTINTIVO DE COMPORTAMENTO
DISTINTIVOS DISTINTIVOS GANDOLA BRANCA
EQUIPAMENTOS PARA O GANDOLA BRANCA INSÍGNIAS DE BRAÇO
ARMAMENTO GOLA DE MARINHEIRO MEIA PRETA
GANDOLA BRANCA INSÍGNIAS DE BRAÇO SAPATOS PRETOS
GOLA DE MARINHEIRO LENÇO DE MARINHEIRO
INSÍGNIAS DE BRAÇO MEIA PRETA
LENÇO DE MARINHEIRO SAPATOS PRETOS
LUVAS BRANCAS
MEDALHAS
MEIA PRETA
POLAINAS
SAPATOS PRETOS
Peças Complementares Peças Complementares Peças Complementares
CAPA IMPERMEÁVEL CAPA IMPERMEÁVEL
CAMISETA BRANCA
SEM PASSADORES CAMISETA BRANCA CHAPÉU BRANCO
CAMISETA BRANCA CAXANGÁ CINTO PRETO
CHAPÉU BRANCO CINTO PRETO DISTINTIVOS
CINTO PRETO DISTINTIVO DE COMPORTAMENTO EQUIPAMENTOS PARA O ARMAMENTO
DISTINTIVOS INSÍGNIAS DE BRAÇO INSÍGNIAS DE BRAÇO
INSÍGNIAS DE BRAÇO MEIA PRETA LUVAS BRANCAS
MEIA PRETA PLAQUETA DE IDENTIFICAÇÃO MEDALHAS
SAPATOS PRETOS SAPATOS PRETOS MEIA PRETA
POLAINAS
SAPATOS PRETOS
Peças Complementares Peças Complementares Peças Complementares
AGASALHO AZUL DE FRIO AGASALHO AZUL DE FRIO
CAPA IMPERMEÁVEL CAPA IMPERMEÁVEL
JAPONA AZUL-FERRETE JAPONA AZUL-FERRETE
Observação Observação Observação
- Apito de marinheiro e fiel de apito para
os mestres, contramestres e cabos
auxiliares
- Apito de marinheiro e fiel de apito para
os mestres internamente nas OM QUANDO DE EFETIVO SERVIÇO:
- Cinto verde-musgo para serviço
SAPATOS PRETOS
Peças Complementares Peças Complementares Peças Complementares
AGASALHO AZUL DE FRIO
Observação Observação
- O Blusão Esportivo MB para Praças e a Calça Esportiva MB para Praças
- É facultado o uso do uniforme 7.1 em substituição ao roupão compõem o Conjunto Esportivo MB para Praças.
azul marinho e a sandália preta, exceto para as Escolas de
Formação. - É facultado o uso de tênis especiais, desde que não sejam de
padrões estampados ou cores berrantes.
- A critério do Comando poderá ser bordado o brasão da OM (do lado
esquerdo de quem veste) no Blusão Esportivo.
MARINHEIRO/SOLDADO
BRAÇO
SEM CURSO
Uma divisa amarela ou preta ou azul, em forma de V, com abertura em ângulo de 110º. Não
há distintivo de especialidade.
ALMIRANTE
ALMIRANTE
DE
ESQUADRA
VICE
ALMIRANTE
CONTRA
ALMIRANTE
CA IM CA FN CA EN
Insígnias de Praças
A distinção das diversas graduações, para as Praças, se fará através das divisas,
complementadas pelos distintivos indicativos das diversas especializações e subespecializações
(8:Art.4.1.6).
PL PL PL PL AD ES
Insígnias de Praças Especiais
A distinção dos diversos níveis, para as Praças Especiais, se fará através das divisas,
complementadas pelos distintivos indicativos dos corpos e quadros. (8:Art.4.1.7)
Guarda-Marinha Aspirante do 4° ano da Escola Naval
CA IM FN CA IM FN
CA IM FN CA Complementado pelo
distintivo do corpo a que
pertencer (IM/FN)
Aspirante 1° ano da Aluno do 3° ano do Aluno do 2° ano do Aluno do 1° ano do CN
EN CN CN
MD CD S T CN AA A-FN
Oficiais convocados ou prestando Serviço Militar
Os Oficiais Convocados (antes de completados cinco anos da nomeação ao oficialato) ou
prestando o Serviço Militar – SM possuirão uma circunferência envolvendo o símbolo do Corpo ou
Quadro. Após a efetivação na carreira, suas insígnias não mais possuirão a circunferência que envolve
o símbolo.
Distintivos das Especializações para Praças
A distinção das diversas Especializações para as Praças se fará de acordo com os distintivos
descritos nos quadros apresentados a seguir (8:Art.4.2.7):
a) Corpo de Praças da Armada (CPA)
Plaqueta de Identificação
Confeccionada em material metálico, na cor dourada, medindo 75x25x3mm, contendo de um lado dispositivo
para fixação na roupa e no outro o nome de guerra do militar em letras capitais, na cor preta, fonte Times New
Roman, gravado em baixo relevo contendo a esquerda de quem olha uma Bandeira do Brasil tremulando, em
alto relevo, para todos os militares da MB.
Plaqueta de Representação
Confeccionada em material metálico, na cor dourada, medindo 75 x 25 x 3 mm, contendo de um lado dispositivo
para fixação na roupa e no outro o nome de guerra do militar em letras capitais, na cor preta, fonte Times New
Roman, gravado em baixo relevo, contendo a esquerda de quem olha uma Bandeira do Brasil tremulando, em alto
relevo, e logo abaixo do nome de guerra a palavra “BRASIL”, para todos os militares da MB.
Duas placas, idênticas, e correntes em aço cromoníquel, com os seguintes termos gravados em baixo relevo:
1ª linha – “MARINHA DO BRASIL”;
2ª linha – “OFICIAL” ou “PRAÇA”, seguido de “ID” e o número de registro do identificado;
3ª linha – o Número de Identificação Pessoal (NIP);
4ª linha – o nome do portador, apresentando as iniciais, em ordem natural, e o nome de guerra; quando for
possível, até o limite de 17 dígitos, serão gravados dois nomes por extenso; e
5ª linha – o tipo sanguíneo, o fator RH e o código da religião praticada pelo portador.
Utilizada por todos os militares da MB, quando em campanha ou em qualquer tipo de missão operativa.
Confeccionada em couro, medindo 100 x 50 cm, contendo os termos abaixo expresso em tinta preta indelével:
1ª linha - "MARINHA DO BRASIL"
2ª linha - Distintivo Operativo Aviador Naval
3ª linha - O nome de guerra do portador
4ª linha - Posto ou Graduação
Utilizada por Oficiais e Praças
Outros distintivos
Quatro ramos de carvalho, cada um com dois frutos, unidos dois a dois pelos pés, formando dois V sobrepostos,
encimados por uma esfera armilar (8:Art.4.2.8).
Comando
Uma estrela, dourada ou prateada, de cinco pontas. Usarão o distintivo dourado os oficiais superiores e
intermediários no efetivo exercício do comando de Navio ou Força no mar e os comandantes de unidades aéreas
ou de tropas do CFN.
Após o término do período do comando, caso nele tenha permanecido por mais de um ano, o Oficial usará uma
estrela prateada, permanentemente, em substituição à dourada (8:Art.4.2.9).
Direção
Comportamento
operativas.
5.6– CONDECORAÇÕES E MEDALHAS
5.6.1 -Tipos de Condecorações
As condecorações outorgadas pelos governos e instituições militares ou civis podem ser
divididas em três grandes grupos (8:Art.4.3.2):
a) Medalhas Condecorativas;
b) Ordens Honoríficas; e
c) Medalhas-Prêmio.
5.6.2 - Precedência das Condecorações Nacionais
A precedência das Condecorações Nacionais obedecerá a seguinte ordem (8:Art.4.3.3):
a) de bravura militar;
b) de ferimento em ação;
c) de participação em campanha e cumprimento de missões ou operações de guerra;
d) de mérito - quando recebida por bravura em missões ou operações de guerra, precederá
todas as demais;
e) de serviços relevantes;
f) de bons serviços militares;
g) de esforço nacional de guerra;
h) de serviços prestados às Forças Armadas;
i) de serviços extraordinários à humanidade;
j) de mérito cívico; e
k) de aplicação nos estudos militares.
5.6.3 - Condecorações nacionais em ordem de precedência (8:Cap.4.3-anexo A)
Medalha de Serviços Relevantes;
Ordem do Mérito Naval;
Ordem Nacional do Mérito;
Ordem do Mérito Militar;
Ordem do Mérito Aeronáutico;
Ordem do Mérito Forças Armadas;
Ordem de Rio Branco;
Ordem do Mérito Judiciário Militar;
Broche de Medalhas
As medalhas deverão ser montadas no máximo em três linhas horizontais, contendo cada linha no máximo
cinco medalhas, obedecendo à ordem de precedência, sendo as nacionais sempre em primeiro lugar e as
mais importantes colocadas de dentro para fora e de cima para baixo, de acordo com o número de
medalhas, posicionando a linha inferior do broche de medalhas 0,5 cm acima do bolso superior esquerdo.
(8:Art.5.2.3)
Broche de Barretas
CAPÍTULO 6
REGULAMENTO DISCIPLINAR DA MARINHA E CÓDIGO PENAL MILITAR
6.1 – DEFINIÇÃO DE CONTRAVENÇÃO DISCIPLINAR
6.1.1 – Propósitos do Regulamento Disciplinar para a Marinha (RDM)
O Regulamento Disciplinar para a Marinha (RDM) tem por propósitos: (9:Art.1°)
a) a especificação e a classificação das contravenções disciplinares.
b) o estabelecimento das normas relativas à
amplitude das penas disciplinares.
aplicação das penas disciplinares.
classificação do comportamento militar.
interposição de recursos contra as penas disciplinares.
6.1.2 – Definição de contravenção disciplinar
Contravenção Disciplinar é toda ação ou omissão contrária às obrigações ou aos deveres
militares estatuídos nas leis, nos regulamentos, nas normas e nas disposições em vigor que
fundamentam a Organização Militar, desde que não incidindo no que é capitulado pelo Código Penal
Militar como crime. (9:Art.6°)
6.1.3 – Esfera de ação disciplinar
As prescrições do RDM aplicam-se aos militares da Marinha da ativa, da reserva e aos
reformados. (9:Art.5°)
6.1.4 – Disciplina Militar
É a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições
que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico,
traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes
desse organismo.
6.1.5 – Hierarquia Militar
É a ordenação da autoridade em níveis diferentes, dentro da estrutura militar. A ordenação se faz
por postos ou graduações; dentro de um mesmo posto ou graduação, se faz pela antiguidade no posto
ou na graduação.
6.2 – RELAÇÃO DAS CONTRAVENÇÕES DISCIPLINARES
São contravenções disciplinares: (9:Art.7°)
1) dirigir-se ou referir-se a superior de modo desrespeitoso;
2 ) censurar atos de superior;
Para registro das contravenções cometidas e penas impostas, haverá na OM dois livros
numerados e rubricados pelo Comandante, sendo um para os Sargentos e outro para as demais Praças.
(9:Art.36)
Prisão imediata
Quando a contravenção ou suas circunstâncias exigirem, o superior deverá dar voz de prisão ao
contraventor e fazê-lo recolher-se à sua OM, a bem:
da ordem pública;
da disciplina; ou
da regularidade do serviço.
A voz de prisão será dada em nome da autoridade a que o contraventor estiver diretamente
subordinado, ou, quando esta for menos graduada ou antiga do que quem dá a voz, em nome da que se
lhe seguir em escala ascendente. (9:Art.41)
Transcrição das penas nos assentamentos
A transcrição conterá o resumo do histórico da falta cometida e a pena imposta e, exceto
repreensões em particular, todas serão transcritas nos assentamentos do contraventor, logo após o seu
cumprimento ou a solução dos recursos interpostos, da seguinte forma: (9:Art.37)
a) para sargentos e demais praças: na Caderneta Registro; e
b) para oficiais e suboficiais: cópia da Ordem de Serviço que publicou a punição será
remetida à DPMM ou ao CPesCFN, a fim de ser anexada aos documentos de informação
referentes ao militar punido.
6.4.2 – Alterações nas penas
Competência para revisão de julgamento
A competência estabelecida no RDM para impor penas disciplinares, não inibe a autoridade
superior na Cadeia de Comando de tomar conhecimento “ex-ofício” de qualquer contravenção e julgá-
la, ou reformar o julgamento de autoridade inferior, anulando, atenuando ou agravando a pena
imposta, ou ainda relevando o seu cumprimento (9:Art.38).
Prazo para revisão do julgamento
A revisão do julgamento poderá ocorrer até 120 dias após a data da sua imposição. Fora desse
prazo, só poderá ser feita, privativamente, pelo Comandante da Marinha (9:Art.38).
Relevamento do cumprimento de pena
O relevamento pode ser aplicado pelos seguintes motivos: (9:Art.38)
6.6.3 – Generalidades
Relação de causalidade
O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido (10:Art.29).
Crime consumado e tentativa: (10:Art.30)
Consumado: quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.
Atentado: quando iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente.
Pena de tentativa
Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuída de um a dois terços,
podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado. (10:Art.30).
Desistência voluntária e arrependimento eficaz
O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se
produza, só responde pelos atos já praticados. (10:Art.31)
Crime impossível
Quando, por ineficiência absoluta do meio empregado ou por absoluta impropriedade do objeto, é
impossível consumar-se o crime, nenhuma pena é aplicável. (10:Art.32)
Culpabilidade: (10:Art.33)
a) Doloso: quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
b) Culposo: quando o agente, deixando de empregar cautela, atenção ou diligência ordinária, ou
especial, a que estava obrigado em face das circunstâncias, não prevê o resultado que podia prever ou,
prevendo-o, supõe levianamente que não se realizaria ou que poderia evitá-lo.
Negligência, imprudência e imperícia
a) Negligência: culpa cujo resultado se deu por esquecimento.
b) Imprudência: culpa cujo resultado se deu por falta de precaução.
c) Imperícia: culpa cujo resultado se deu por falta de habilidade.
Dolo eventual
Diz-se daquele em que o agente do crime não quis o resultado, mas assumiu o risco de produzi-lo.
Coação irresistível
Não é culpado quem comete crime sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir
segundo a própria vontade. Responde pelo crime o autor da coação. (10:Art.38)
Obediência hierárquica (10:Art.38)
Não é culpado quem comete crime em estrita obediência à ordem direta de superior hierárquico,
em matéria de serviço. Responde pelo crime o autor da ordem. Se a ordem do superior tem por objeto a
prática de ato manifestamente criminoso, ou há excesso nos atos ou na forma da execução, é punível
também o inferior.
Exclusão de crime
Não há crime quando o agente pratica o fato (10:Art.42)
em estado de necessidade.
em legítima defesa.
em estrito cumprimento do dever legal.
em exercício regular de direito.
Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na
iminência de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar
serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a
desordem, a rendição, a revolta ou o saque.
Estado de necessidade
Considera-se em estado de necessidade quem pratica fato para preservar direito seu ou alheio, de
perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal causado, por
sua natureza e importância, é consideravelmente inferior ao mal evitado, e o agente não era legalmente
obrigado a arrostar o perigo. (10:Art.43)
Legítima defesa
Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. (10:Art.44)
6.7 – PRINCÍPIOS GERAIS DE APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
6.7.1 – Princípio de legalidade
Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. (10:Art.1°).
6.7.2 – Lei supressiva de incriminação
Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em
virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de
natureza civil. (10:Art.2°)
6.7.3 – Retroatividade de lei mais benigna
A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda
quando já tenha sobrevindo sentença irrecorrível. (10:Art.2°)
sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios ou concessões, também,
poderá gozar.
Civis (10:Art.62)
a) Civil cumpre pena imposta pela Justiça Militar em estabelecimento prisional civil, ficando ele
sujeito ao regime conforme a legislação penal comum;
b) Por crime militar praticado em tempo de guerra poderá o civil cumprir a pena, no todo ou em
parte, em penitenciária militar, se, em benefício da segurança nacional, assim o determinar a sentença.
6.9 – CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES E ATENUANTES
6.9.1 – Circunstâncias agravantes
São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não integrantes ou qualificativas do
crime: (10:Art.70)
a) a reincidência;
b) ter o agente cometido o crime:
I) por motivo fútil ou torpe;
II) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou
vantagem de outro crime;
III) depois de embriagar-se, salvo se a embriaguez decorre de caso fortuito,
engano ou força maior;
IV) à traição, de emboscada, com surpresa, ou mediante outro recurso insidioso
que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima;
V) com o emprego de veneno, asfixia, tortura, fogo, explosivo, ou qualquer outro
meio dissimulado ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
VI) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
VII) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério
ou profissão;
VIII) contra criança, velho ou enfermo;
IX) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
X) em ocasião de incêndio, naufrágio, encalhe, alagamento, inundação, ou
qualquer calamidade pública, ou desgraça particular do ofendido;
XI) estando de serviço;
XII) com emprego de arma, material ou instrumento de serviço, para esse fim
procurado;
XIII) em auditório da Justiça Militar ou local onde tenha sede a sua administração;
e
XIV) em país estrangeiro.
6.9.2 – Circunstâncias atenuantes
São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (10:Art.72)
a) ser o agente menor de 21 e maior de 70 anos;
c) ter o agente:
- cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
- procurado por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe
ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
- cometido o crime sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da
vítima;
- confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime, ignorada ou
imputada a outrem; e
- sofrido tratamento com rigor não permitido em lei.
6.10 – CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ
O Código Penal Militar agrupa os crimes militares em tempo de paz em diversos títulos, dos
quais, a seguir, serão citados alguns exemplos:
6.10.1 – Crimes contra a segurança externa do País
Hostilidade contra país estrangeiro
Art.136. Praticar o militar ato de hostilidade contra país estrangeiro, expondo o Brasil a perigo de
guerra. (Pena: reclusão, de 8 a 15 anos).
Violação de território estrangeiro
Art.139. Violar o militar território estrangeiro, com o fim de praticar ato de jurisdição em nome do
Brasil. (Pena: reclusão de 2 a 6 anos).
Entendimento para gerar conflito ou divergência com o Brasil
Art.141. Entrar em entendimento com país estrangeiro, ou organização nele existente, para gerar
conflito ou divergência de caráter internacional entre o Brasil e qualquer outro país, ou para lhes
perturbar as relações diplomáticas. (Pena: reclusão, de 4 a 8 anos).
Tentativa contra a soberania do Brasil
Art.142. Tentar:
Art. 213. Maus tratos. Expor em perigo a vida ou a saúde, em lugar sujeito à administração militar ou
no exercício de função militar, de pessoa sob sua autoridade, guarda, ou vigilância, para o fim de
educação, instrução, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados
indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalhos excessivos ou inadequados, quer abusando de meios de
correção ou disciplina. (Pena – detenção de 2 meses a 1 ano; se resulta em lesão grave, reclusão até 4
anos; se resulta em morte, reclusão de 2 a 10 anos).
Crimes contra a honra
Art. 214. Calúnia. Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime. (Pena –
detenção de 6 meses a 2 anos).
Art. 215. Difamação. Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação. (Pena – detenção
de 3 meses a 1 ano).
Art. 219. Ofensa às forças amadas. Propalar fatos, que sabe inverídicos, capazes de ofender a
dignidade ou abalar o crédito das forças amadas ou a confiança que elas merecem do público. (Pena –
detenção de 6 meses a 1 ano).
Crimes contra a liberdade
Art. 222. Constrangimento ilegal. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois
de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei
permite, ou a fazer ou a tolerar que se faça, o que ela não manda. (Pena: detenção, até 1 ano, se o fato
não constitui crime mais grave).
Art. 223. Ameaça. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de
lhe causar mal injusto e grave. (Pena: detenção, até 6 meses, se o fato não constitui crime mais grave).
Art. 224. Desafio para duelo. Desafiar outro militar para duelo ou aceitar-lhe o desafio, embora o duelo
não se realize. (Pena: detenção até 3 meses, se o fato não constitui crime mais grave).
Art. 225. Sequestro ou cárcere privado. Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere
privado. (Pena: reclusão até 3 anos).
Art. 227. Violação de correspondência. Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência
privada dirigida a outrem. (Pena: detenção, até 6 meses).
Art. 228. Divulgação de segredo. Divulgar, sem justa causa, conteúdo de documento particular sigiloso
ou de correspondência confidencial, de que é detentor ou destinatário, desde que da divulgação possa
resultar dano a outrem. (Pena: detenção, até 6 meses).
Crimes sexuais
Art. 232. Estupro. Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça. (Pena:
Usurpação
Art.257. Alteração de limites. Suprimir ou deslocar tapume, marco ou qualquer outro sinal indicativo
de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa sob a administração militar. (Pena –
detenção, até 6 meses).
§1° alínea I. Invasão de propriedade. Na mesma pena incorre quem invade, com violência à
pessoa ou à coisa, ou com grave ameaça, ou mediante o concurso de duas ou mais pessoas,
terreno ou edifício sob administração militar.
Dano
Art. 259. Dano simples. Destruir, inutilizar, deteriorar ou fazer desaparecer coisa alheia. (Pena:
detenção, até 6 meses; no caso de bem público, detenção de 6 meses a 3 anos).
Art. 263. Dano em navio de guerra ou mercante em serviço militar. Causar a perda, destruição,
inutilização, encalhe, colisão ou alagamento de navio de guerra ou de navio mercante em serviço
militar, ou nele causar avaria. (Pena: reclusão, de 3 a 10 anos).
Usura
Art. 267. Usura pecuniária. Obter ou estipular, para si ou para outrem, no contrato de mútuo de
dinheiro, abusando da premente necessidade, inexperiência ou leviandade do mutuário, juro que excede
a taxa fixada em lei, regulamento ou ato. (Pena: detenção de 6 meses a 2 anos).
6.10.4 – Crimes contra a incolumidade pública
Crimes de perigo comum
Art. 268. Incêndio. Causar incêndio em lugar sujeito à administração militar, expondo a perigo de vida,
a integridade física ou o patrimônio de outrem (Pena: reclusão, de 3 a 8 anos).
Art. 269. Explosão. Causar ou tentar causar explosão, em lugar sujeito à administração militar, expondo
a perigo de vida, a integridade ou o patrimônio de outrem. (Pena: reclusão, até 4 anos).
Também são considerados crimes, causar os seguintes eventos em lugar sujeito à administração militar:
abuso de radiação, inundação, desabamento ou desmoronamento.
Art. 279. Embriaguez ao volante. Dirigir veículo motorizado, sob administração militar, na via pública,
encontrando-se em estado de embriaguez, por bebida alcoólica, ou qualquer outro inebriante. (Pena:
detenção, de 3 meses a 1 ano).
Crimes contra os meios de transporte e de comunicação
Art. 283. Atentado contra transporte. Expor a perigo aeronave, ou navio próprio ou alheio, sob guarda,
proteção ou requisição militar emanada de ordem legal, ou em lugar sujeito à administração militar,
bem como praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação aérea, marítima, fluvial ou
constar, ou nele inserir, ou fazer inserir falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, desde que o
fato atente contra a Administração ou, o Serviço Militar. (Pena: reclusão, até 5 anos, se o documento é
público; reclusão, até 3 anos, se o documento é particular).
Art. 318. Falsa identidade. Atribuir-se, ou a terceiro, perante a Administração Militar, falsa identidade,
para obter vantagem em proveito próprio ou alheio, ou, para causar dano a outrem. (Pena: detenção, de
3 meses a 1 ano, se o fato não constitui crime mais grave).
Crimes contra o dever funcional
Art. 319. Prevaricação. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo
contra expressa disposição de lei, para satisfazer interesses ou sentimento pessoal. (Pena: detenção, de
6 meses a 2 anos).
Art. 322. Condescendência criminosa. Deixar de responsabilizar subordinado que comete infração no
exercício do cargo, ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade
competente. (Pena: se o fato praticado por indulgência, detenção até 6 meses: se por negligência,
detenção até 3 meses).
Art. 324. Inobservância de lei, regulamento ou instrução. Deixar, no exercício de função, de observar
lei, regulamento ou instrução, dando causa direta à prática de ato prejudicial à Administração Militar.
(Pena: se o fato foi praticado por tolerância, detenção até 6 meses; se por negligência, suspensão do
exercício do posto, graduação, cargo ou função, de 3 meses a 1 ano).
Art. 326. Violação de sigilo funcional. Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo ou função e
que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação, em prejuízo da administração militar.
(Pena: detenção, de 6 meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Crimes praticados por particular contra a Administração Militar
Art. 335. Usurpação de função. Usurpar o exercício de função em repartição ou estabelecimento
militar. (Pena: detenção, de 3 meses a 2 anos).
Art. 336. Tráfico de influência. Obter, para si ou, para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a
pretexto de influir em Militar, ou assemelhado, ou funcionário de repartição militar, no exercício de
função. (Pena: reclusão, até 5 anos).
6.10.6 – Crimes contra a Administração da Justiça Militar
Recusa de função na Justiça Militar
Art. 340. Recusar-se o Militar, ou assemelhado, de exercer, sem justo motivo legal, função que lhe seja
atribuída na Administração da Justiça Militar. (Pena: suspensão do exercício do posto ou cargo, de 2 a
6 meses).
Desacato
Art. 341. Desacatar autoridade judiciária militar no exercício da função ou, em razão dela. (Pena:
reclusão, até 4 anos).
Denunciação caluniosa
Art. 343. Dar causa à instauração de Inquérito Policial ou Processo Judicial contra alguém, imputando-
lhe crime sujeito à jurisdição militar, de que o sabe inocente. (Pena: reclusão, de 2 a 8 anos).
Falso testemunho ou falsa perícia
Art. 346. Fazer afirmação falsa, ou negar, ou calar a verdade, como testemunha, perito, tradutor ou
intérprete, em Inquérito Policial, Processo Administrativo ou Judicial, ou Militar. (Pena: reclusão, de 2
a 6 anos).
6.11 – PRINCIPAIS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE E CONTRA A DISCIPLINA
MILITAR
6.11.1 – Motim e Revolta
Motim
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados:
- agindo contra a ordem recebida de Superior ou, negando-se a cumpri-la;
- recusando obediência a Superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando
violência;
- assentindo em recusa conjunta de obediência, ou, em resistência ou violência, em comum,
contra Superior; e
- ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou dependência de
qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de
quaisquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou, prática de violência,
em desobediência à ordem superior ou, em detrimento da ordem ou, da disciplina militar.
(Pena: reclusão de 4 a 8 anos, com aumento em um terço, para os cabeças).
Organização de grupo para a prática de violência
Art. 150. Reunirem-se dois ou mais militares, ou assemelhados, com armamento ou material bélico de
propriedade militar, praticando violência à pessoa ou, à coisa pública ou particular, em lugar sujeito ou
não à Administração Militar. (Pena: reclusão, de 4 a 8 anos).
Omissão de Lealdade Militar
Art. 151. Deixar o Militar, ou assemelhado, de levar ao conhecimento do Superior o motim ou, a
revolta de cuja preparação teve notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os
meios ao seu alcance para impedi-lo. (Pena: reclusão, de 3 a 5 anos).
Conspiração
Art. 152. Concentrarem-se militares, ou assemelhados, para a prática do crime previsto no art.149
(Motim).(Pena: reclusão, de 3 a 5 anos).
Isenção de Pena
Parágrafo único do Art.152. É isento de pena aquele que, antes da execução do crime e, quando ainda
era possível evitar-lhe as consequências, denuncia o ajuste de que participou.
Cumulação de Penas
Art. 153. As penas dos art. 149 e 150 são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
6.11.2 – Aliciação e Incitamento
Aliciação para Motim ou Revolta
Art. 154. Aliciar Militar, ou assemelhado, para prática de quaisquer dos crimes previstos no capítulo
anterior (Pena: reclusão, de 2 a 4 anos).
Incitamento
Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou, à prática de Crime Militar (Pena: reclusão, de 2 a 4
anos).
6.11.3 – Violência contra Superior ou Militar de Serviço
Violência contra Superior
Art. 157. Praticar violência contra Superior. (Pena: detenção, de 3 meses a 2 anos)
Formas qualificadas
Se o Superior for o Comandante da unidade a que pertence o agente, ou Oficial-General. (Pena:
reclusão, de 3 a 9 anos)
-Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada em um terço.
-Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da Pena da Violência, a do Crime
contra a Pessoa.
-Se da violência resulta morte. (Pena: reclusão, de 12 a 30 anos)
-A pena é aumentada com a sexta parte, se o crime ocorre em Serviço.
Violência contra Militar de Serviço
Art. 158. Praticar violência contra Oficial de Dia, de Serviço, ou, de Quarto, ou, contra Sentinela, Vigia
ou Plantão. (Pena: reclusão de 3 a 8 anos)
6.11.4 – Desrespeito a Superior e a Símbolo Nacional ou, à farda.
Desrespeito a Superior
Art.160. Desrespeitar Superior diante de outro Militar. (Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano, se o fato
não constitui crime mais grave)
Desrespeito a Comandante, Oficial-General ou Oficial de Serviço
Parágrafo único do Art.160. Se o fato é praticado contra o Comandante da unidade a que pertence o
agente, Oficial-General, Oficial de Dia, de Serviço ou, de Quarto, a pena é aumentada pela metade.
Desrespeito a Símbolo Nacional
Art. 161. Praticar o Militar, diante da tropa, ou, em lugar sujeito à Administração Militar, ato que se
traduza em ultraje a símbolo nacional. (Pena: detenção, de 1 a 2 anos).
Art. 162. Despojar-se do uniforme, de condecoração militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou
vilipêndio. (Pena: detenção, de 6 meses a 1 ano; a pena é aumentada pela metade, se o fato é
praticado diante da tropa ou, em público).
6.11.5 – Insubordinação
Recusa de obediência
Art. 163. Recusar obedecer à ordem do superior sobre assunto ou matéria de Serviço, ou, relativamente,
a dever imposto em lei, regulamento ou instrução. (Pena: detenção, de 1 a 2 anos, se o fato não
constitui crime mais grave).
Oposição a ordem de sentinela
Art. 164. Opor-se às ordens da Sentinela. (Pena: detenção, de 6 meses a 1 ano, se o fato não constitui
crime mais grave).
Reunião ilícita
Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato de superior ou
assunto atinente à disciplina militar. (Pena: detenção, de 6 meses a 1 ano a quem promove a reunião; de
2 a 6 meses a quem dela participa, se o fato não constitui crime mais grave).
6.11.6 – Usurpação e Excesso ou Abuso de Autoridade
Uso indevido, por militar, de uniforme, distintivo ou insígnia.
Art. 171. Usar o Militar, ou assemelhado, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia de posto ou
graduação superior. (Pena: detenção, de 6 meses a 1 ano, se o fato não constitui crime mais grave)
Uso indevido de uniforme, distintivo ou insígnia militar
Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia militar a que não tenha direito. (Pena:
detenção, até 6 meses).
Rigor Excessivo
Art. 174. Exceder a faculdade de punir o subordinado, fazendo-o com rigor não permitido, ou
ofendendo-o por palavra, ato ou, por escrito. (Pena: suspensão do exercício do posto por 2 a 6 meses,
se o fato não constitui crime mais grave).
Violência contra Inferior
Art. 175. Praticar violência contra Inferior. (Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano).
Resultado mais grave
Parágrafo único do Art.175. Se da violência resulta lesão corporal ou morte, é também aplicada a pena
do Crime contra a Pessoa.
Ofensa Aviltante a Inferior
Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de violência que, por natureza ou pelo meio empregado, se
considere aviltante. (Pena: detenção, de 6 meses a 2 anos).
6.11.7 – Resistência
Resistência mediante ameaça ou violência
Art. 177. Opor-se à execução de ato legal, mediante ameaça ou violência ao executor, ou a quem esteja
prestando auxílio. (Pena: detenção, de 6 meses a 2 anos).
Forma Qualificada
§ 1° do Art.177. Se o ato não se executa em razão da resistência. (Pena: reclusão de 2 a 4 anos).
Cumulação de Pena
§ 2° do Art.177. As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência, ou,
ao fato que constitua crime mais grave.
6.11.8 – Fuga, evasão, arrebatamento e amotinamento de presos
Fuga de preso ou internado
Art. 178. Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança
detentiva. (Pena: detenção, de 6 a 2 anos).
Modalidade Culposa
Art. 179. Deixar, por culpa, fugir pessoa legalmente presa, confiada à sua guarda ou condução. (Pena:
detenção, de 3 meses a 1 ano).
Evasão de preso ou internado
Art. 180. Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou internado, usando de violência contra a pessoa.
(Pena: detenção, de 1 a 2 anos, além da correspondente à violência).
§1º do Art.180. Se a evasão, ou a tentativa, ocorre mediante arrombamento da prisão militar. (Pena:
detenção, de 6 meses a 1 ano).
Arrebatamento de preso ou internado
Art. 181. Arrebatar preso ou internado, a fim de maltratá-lo, tirando-o do poder de quem o tenha sob
guarda ou custódia militar. (Pena: reclusão, até 4 anos, além da correspondente à violência).
Amotinamento
Art. 182. Amotinarem-se presos, ou internados, perturbando a disciplina do recinto de prisão militar.
(Pena: reclusão, até 3 anos, aos cabeças; aos demais, detenção de 1 a 2 anos).
6.12 – PRINCIPAIS CRIMES CONTRA O DEVER MILITAR
6.12.1 – Deserção
Deserção
Art. 187. Ausentar-se o Militar, sem licença, da unidade em que serve, ou, do lugar em que deve
permanecer, por mais de 8 (oito) dias. (Pena: detenção, de 6 meses a 2 anos; se oficial a pena é
agravada).
Casos assimilados
Art. 188. Na mesma pena incorre o Militar que:
- não se apresenta no lugar designado, dentro de 8 (oito) dias, findo o prazo de trânsito ou
férias.
- deixar de se apresentar à autoridade competente, dentro do prazo de 8 (oito) dias,
contados daquele em que termina ou é cessada a licença, ou agregação, ou, em que é
declarado o Estado de Sítio ou, de Guerra.
- tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, dentro do prazo de 8 (oito) dias.
- consegue exclusão do Serviço Ativo ou, da situação de Inatividade, criando ou simulando
incapacidade.
Deserção Especial
Art. 190. Deixar o Militar de apresentar-se no momento da partida do navio ou aeronave de que é
tripulante, ou da partida, ou do deslocamento da unidade ou força em que serve. (Pena: detenção, até 3
meses, se após a partida ou deslocamento, se apresentar, dentro de 24 horas, à autoridade militar do
lugar, ou, na falta desta, à autoridade policial, para ser comunicada a apresentação ao comando
militar competente).
§1º do Art.190. Se a apresentação se der dentro do prazo superior a 24 (vinte e quatro) horas, não
excedente a 5 (cinco) dias. (Pena: detenção, de 2 a 8 meses).
§2º do Art.190. Se superior, a 5 (cinco) dias, não excedente a 8 (oito) dias. (Pena: detenção, de 3 meses
a 1 ano).
§2º-A do Art.190. Se superior, a 8 (oito) dias. (Pena: detenção de 6 meses a 2 anos).
§3º do Art.190. A pena é aumentada em um terço, se se tratar de Sargento, Subtenente ou Suboficial, e,
pela metade, se Oficial.
Deserção por Evasão ou Fuga
Art. 192. Evadir-se o Militar do poder da escolta, ou, de recinto de detenção ou de prisão, ou fugir em
seguida à prática do crime para evitar prisão, permanecendo ausente por mais de 8 (oito) dias. (Pena:
detenção, de 6 meses a 2 anos).
Favorecimento a Desertor
Art. 193. Dar asilo a desertor, ou tomá-lo a seu Serviço, ou proporcionar-lhe ou facilitar-lhe transporte
ou meio de ocultação, sabendo ou tendo razão para saber que cometeu quaisquer dos crimes previstos
neste capítulo (da Deserção). (Pena: detenção, de 4 meses a 1 ano).
Isenção de Pena
§ único do Art.193. Se o favorecedor é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica
isento de pena.
6.12.2 – Abandono de posto e outros crimes em serviço
Abandono de Posto
Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o Posto ou lugar de Serviço que lhe tenha sido designado,
ou, o Serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo. (Pena – detenção de 3 meses a 1 ano).
Descumprimento de Missão
Art. 196. Deixar o Militar de desempenhar a missão que lhe foi confiada. (Pena: detenção, de 6 meses
a 2 anos, se o fato não constitui crime mais grave).
§1º do Art.196. Se for Oficial o agente, a pena é aumentada em um terço.
§2º do Art.196. Se o agente exercia função de comando, a pena é aumentada pela metade.
§3º do Art.196. Se a abstenção é culposa. (Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano).
Embriaguez em Serviço
Art. 202. Embriagar-se o Militar, quando em Serviço, ou apresentar-se embriagado para prestá-lo.
(Pena: detenção, de 6 meses a 2 anos).
Dormir em Serviço
Art. 203. Dormir o Militar, quando em Serviço, como Oficial de Quarto ou, de Ronda, ou em situação
equivalente, ou, não sendo Oficial, em Serviço de Sentinela, Vigia, Plantão às Máquinas, ao Leme, de
Ronda ou, em qualquer Serviço de natureza semelhante. (Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano).
Tendo em vista o uso de dispositivos móveis inteligentes, alerta-se para o cumprimento para o
cumprimento do previsto no item 3 do Memorando nº 11/2015, do ComOpNav, o qual prevê a
proibição de gravação e divulgação de imagens no interior das OM, sem a devida autorização.
Deve ser dada atenção especial aos documentos que tramitam via SIGDEM, visto que esses
dispositivos podem capturar imagens de documentos sigilosos ou ostensivos. Relembra-se que é
vedada a tramitação de documentos sigilosos em texto claro ou ostensivos, bem como utilizar o
aplicativo tipo “Whats App” para enviar fotos de tais documentos.
O descumprimento de tais orientações sujeitará o militar as sanções previstas nos seguintes artigos do
Código Penal Militar, contidos neste capítulo da apostila de Legislação Militar.
Art. 219 – Art. 228 – Art. 326.
CAPÍTULO 7
Seu pleno conhecimento é obrigatório para todos aqueles que servem à Marinha. Seu
manuseio constante e fiel observância contribuem, significativamente, para um desempenho
profissional uniforme e eficiente.
Tradições Navais
A Ordenança traz também consigo a preservação de valores que se cristalizam nas tradições
navais, permitindo assim uma desejável continuidade nos usos, costumes e linguagem naval.
7.2 – FORÇAS E NAVIOS
Conceitos:
Armada
É a totalidade de navios, meios aéreos e de fuzileiros, destinados ao serviço naval,
pertencentes ao Estado e incorporados à Marinha do Brasil. (11:Art.1-1-1)
Força
É uma parcela da Armada, posta sob comando único e constituída para fins operativos ou
administrativos. (11:Art.1-1-2)
Esquadra
É o conjunto de Forças e navios soltos, postos sob comando único, para fins administrativos.
(11:Art.1-1-3)
Força Naval
OSTENSIVO 7- 1 REV.6
OSTENSIVO EMN-005
É a Força constituída por navios, para fins administrativos. As Forças Navais poderão ser
denominadas de ou subdivididas em Flotilhas, Divisões, Esquadrões ou Grupamentos. (11:Art.1-1-4)
Força Aeronaval
É a Força constituída por unidades aéreas ou por navios e unidades aéreas, para fins
administrativos. Constituem-se em unidades aéreas os esquadrões de aeronaves. (11:Art.1-1-5)
Força de Fuzileiros Navais
É a Força constituída por unidades de fuzileiros navais, para fins administrativos. Constituem-
se em unidades de fuzileiros navais os batalhões, os grupos, os grupamentos e as companhias
independentes. (11:Art.1-1-6)
Força-Tarefa (11:Art.1-1-7)
É uma Força constituída para a condução de operações navais em cumprimento a determinada
missão.
As Forças-Tarefas terão a denominação que lhes for dada pela autoridade que ordenar suas
constituições e se subdividirão em Grupos-Tarefa, Unidades-Tarefa e Elementos-Tarefa.
Força Destacada
Qualquer fração de Força-Tarefa que dela se separar, temporariamente, para cumprir uma
tarefa, será denominada Força Destacada, se não tiver denominação própria. (11:Art.1-1-8)
Navio Solto
É o navio da Armada não pertencente a uma Força Naval. (11:Art.1-2-3)
Navio Isolado
É o navio pertencente à Marinha do Brasil, não incorporado à Armada. (11:Art.1-2-4)
Navio Destacado
É o navio da Armada que, pertencendo a uma força, dela separar-se temporariamente para
cumprir missão. (11:Art.1-2-5)
Navio Escoteiro
É o navio da Armada designado para cumprir, isoladamente, uma missão. (11:Art.1-2-6)
Navio Capitânia
É o navio que aloja ou está indicado para alojar o Comandante da Força e seu Estado Maior. O
comandante do Navio Capitânia terá o título de Capitão de Bandeira.(11:Art.1-1-7)
OSTENSIVO 7- 2 REV.6
OSTENSIVO EMN-005
7.3 – ORGANIZAÇÃO
7.2.1 – Disposições Gerais
A preparação dos navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais para combate e sua
conduta durante o mesmo serão regidas por uma Organização de Combate.
As atividades administrativas das forças, navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros
navais serão regidas por uma Organização de Administrativa.
7.4 – NORMAS SOBRE PESSOAL
7.4.1 – Comissões de embarque
Ao Capitão de Mar e Guerra compete o:
a) Comando de Força;
b) Comando de navio de 1ª classe;
c) Comando de Batalhão e de Grupamento de fuzileiros navais; e
d) Chefia, funções e serviços em Estado-Maior de Comando de Força.
Ao Capitão de Fragata compete o:
a) Comando de Força;
b) Comando de navio de 2ª classe;
c) Comando de Esquadrão de aeronaves;
d) Imediatice de navio de 1ª classe;
e) Chefia de Departamento em navio de 1ª classe;
f) Chefia, funções e serviços em Estado-Maior de Comando de Força.
Ao Capitão de Corveta compete o:
a) Comando de Força;
b) Comando de navio de 3ª classe;
c) Imediatice de navio de 2ª classe;
d) Imediatice de Esquadrão de aeronaves;
e) Chefia de Departamento ou outras funções e navio de 1ª classe;
f) Chefia de Departamento em navio de 2ª classe; e
g) Chefia, funções e serviços em Estado-Maior de Comando de Força.
Ao Comando de Capitão Tenente o:
a) Comando de navio de 4ª classe;
b) Imediatice de navio de 3ª e 4ª classe;
c) Chefia de Departamento e navio de 2 e 3ª classe;
OSTENSIVO 7- 3 REV.6
OSTENSIVO EMN-005
OSTENSIVO 7- 4 REV.6
OSTENSIVO EMN-005
continência. (11:Art.4-1-21)
Sempre que possível, nos locais e horários de recreação, o Oficial dispensará essa
formalidade.
Representação (11:Art.4-1-27)
O subordinado que se julgar com fundamento para ponderar sobre qualquer ato de superior
que lhe pareça ilegal ou ofensivo tem direito de dirigir-lhe, verbalmente ou por escrito, representação
respeitosa.
Se o superior deixar de atendê-la, ou não a resolver de modo que lhe pareça justo, poderá
representar ao comandante da OM em que servir o superior, pedida a devida permissão, que não lhe
poderá ser negada.
Ações coletivas
As ponderações, representações e manifestações coletivas sobre atos dos superiores são
proibidas. (11:Art.4-1-28)
Linguagem respeitosa
O subordinado, em suas relações verbais ou escritas com o superior, usará sempre de
expressões respeitosas. (11:Art.4-1-29)
Linguagem imperativa
O superior, conquanto deva dirigir-se ao subordinado em termos corteses, dará sempre suas
ordens em linguagem e tom imperativos. (11:Art.4-1-30)
Linguagem ofensiva
Na correspondência, quer do subordinado para o superior, quer deste para aquele, são
OSTENSIVO 7- 5 REV.6
OSTENSIVO EMN-005
proibidas expressões que envolvam, direta ou indiretamente, ofensa, insulto ou injúria a alguém.
(11:Art.4-1-31)
OSTENSIVO 7- 6 REV.6
OSTENSIVO EMN-005
Serão auxiliares diretos dos Oficiais em todos os atos de serviços e na execução das fainas que
aqueles dirigirem. (11:Art.4-4-3)
Sargentos
Serão auxiliares diretos dos Suboficiais, ou dos Oficiais, conforme a OM em que servirem, em
todos os atos de serviço e na execução das fainas que aqueles auxiliarem ou dirigirem. (11:Art.4-4-3)
Cabos e Marinheiros
Executarão qualquer serviço que contribua para o cumprimento de tarefa atribuída à OM a
que pertencerem, com responsabilidade pela parte que lhes couber. (11:Art.4-4-3)
Serviço por Quartos
É o serviço executado por períodos de duração igual ou inferior a seis horas. (11:Art.7-1-2)
- cada período de serviço denominar-se-á quarto;
- a duração dos quartos será fixada pelo COMIMSUP, não podendo ser inferior a duas horas
para navios em viagem e a quatro horas nas demais circunstâncias;
- no porto, os quartos normalmente são de 00 às 04, de 04 às 08, de 08 às 12, de 12 às 16, de
16 às 20 e de 20 às 24;
- em viagem, normalmente no período compreendido entre 00 às 12, os quartos tem o
mesmo horário que no porto (00 às 04, 04 às 08 e 08 às 12), porém depois das 12 horas, os
quartos são de 3 horas: 12 às 15, 15 às 18, 18 às 21 e 21 às 24.
o quarto de 04 às 08 é chamado de “quarto da hora d‘alva”, ou simplesmente “quarto
d’alva”.
Serviço de Estado
É o serviço executado por período de duração superior a seis horas, não podendo ultrapassar
vinte e quatro horas. (11:Art.7-1-3)
Contramestre de Serviço
Tem a graduação de Suboficial ou Sargento, sendo o ajudante do Oficial de Serviço para
manobra e aspectos de ordem marinheira do navio. Usa um apito com cadarço preto, um cinturão
OSTENSIVO 7- 7 REV.6
OSTENSIVO EMN-005
Ronda
É um mensageiro às ordens do Oficial de Serviço. Usa um cinto especial.
Polícia
É um Sargento ou Cabo, encarregado de auxiliar o Oficial de Serviço na fiscalização da
disciplina e da rotina. Usa um cinto especial e um cassetete.
Guardas e Sentinelas (11:Art.8-3-1)
Nas OM cuja organização preveja, ou em que as circunstâncias exijam, haverá uma Guarda,
cujo efetivo será proporcional aos serviços que lhes forem atribuídos.
Pernoite
O Mestre acompanhará o pernoite do Comandante; a critério deste, o Fiel, o Mestre d’Armas e
os Supervisores acompanharão o pernoite dos demais Oficiais. (11:Art.8-1-4)
OSTENSIVO 7- 8 REV.6
OSTENSIVO EMN-005
Para os serviços que exijam maior esforço físico ou continuada atenção e concentração,
poderão ser escaladas mais de uma Praça por Quarto, que se revezarão em intervalos de tempo
menores.
A critério do Comandante, Cabos e Marinheiros em função das incumbências que exercem a bordo,
poderão ser dispensados de concorrer à Escala de Serviço. (11:Art.8-2-3)
OSTENSIVO 7- 9 REV.6
OSTENSIVO EMN-005
CAPÍTULO 8
PLANO DE CARREIRA DE PRAÇAS DA MARINHA
Propósito do Plano de Carreira de Praças da Marinha (PCPM)
O PCPM tem o propósito de apresentar a organização hierárquica, a constituição dos Corpos e
Quadros e as escalas de antiguidade das praças de carreira da Marinha.
É um documento normativo e de planejamento aprovado pelo Comandante da Marinha (CM),
conforme estabelecido pelo parágrafo único do art. 59 da Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980 –
Estatuto dos Militares (EM) – e pelo art. 5º do Decreto nº 4.034, de 26 de novembro de 2001, que
dispõe sobre as promoções de praças da Marinha (PCPM).
A organização hierárquica das praças se faz por círculos, dentro de um mesmo círculo, por
graduação e, dentro de uma mesma graduação, pela antiguidade na graduação.
Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre praças da mesma categoria e tem a
finalidade de desenvolver o espirito de camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem
prejuízo do respeito mútuo.
8.1.2 – Graduação
Os círculos e as escalas hierárquicas das praças de carreira e das praças especiais que estão em
formação são em formação são apresentados na tabela abaixo:
CÍRCULOS ESCALAS
PRAÇAS GRADUADAS
Suboficial (SO)
As praças do CPA ocupam cargos relativos ao preparo e à aplicação do Poder Naval, tendo
como principais atribuições o guarnecimento dos navios e/ou aeronaves componentes do Poder Naval,
AM, AR, CA, CI, CN, CO, DT, EF, EL, ES, SUBMARINO (SB)
ET, MA, MO, MR, OR, OS e PL
Armamento de Aviação (VA)
Aviônica (VN)
Controle Aéreo (CV)
Estrutura e Metalurgia de Aviação (SV)
AV
Hidráulica de Aviação (HV)
Manobra e Equipagem de Aviação (RV)
Manobras e Equipamentos de Apoio de Aviação
(EV)
Motores de Aviação (MV)
Operação de Sensores de Aviação (VS)
Conduz, opera, mantém e repara máquinas e É desenvolvido em equipe e, embora Facilidade para trabalhar em equipe,
EL
instalações elétricas dos navios e embarcações siga instruções, permite a ação criativa atenção, iniciativa, persistência,
da MB. do especialista. raciocínio e criatividade.
A seleção dos MN para os C-Espc é realizada durante o 2º ano da graduação e, para os SD-
FN, durante os anos em que completarem 3, 4, 5 ou 6 anos de efetivo serviço, dentre aqueles, com
parecer favorável das CPP, que preencham os requisitos para inscrição e matrícula nos cursos esta-
belecidos neste plano.
a) o interesse do serviço;
b) o desempenho na carreira;
c) as prioridades apresentadas pelos MN e SD-FN nos Questionários de Opções de Especialidades
(QOE) e nas Fichas de Opções para Curso de Especialização (FOCE), respectivamente;
d) o resultado da prova de conhecimentos profissionais para o QPFN; e
e) as vagas estabelecidas pela DPMM e pelo CPesFN, devidamente ratificadas quando da promul-
gação do Plano Corrente.
Para subsidiar o processo de seleção para matrícula nos C-Espc, os MN deverão preencher
os QOE no início do 2º ano da graduação.
No caso dos MN, as opções para os C-Espc a serem realizados a partir de 2020 serão escolhidas
dentro da área para a qual o militar foi aprovado e classificado por ocasião do CPAEAM. De acordo
com a área cursada pela Praça durante a EIC, na 2ª fase do C-FMN, ela será indicada para uma das
especialidades de acordo com o quadro abaixo.
As subespecialidades da área de aviação também deverão ser escolhidas pelo militar
com base na área cursada na EIC.
ÁREA ESPECIALIDADES
APOIO MR, SI, ES, PL, AR, CO, BA, EF, EP, SQ, AV (RV)
ELETROELETRÔNICA EL, CI, ET, DT, FR, OR, OS, CN, HN, AM, AV (VA, VN, CV, e VS)
MECÂNICA MC, MT, CA, CP, MO, MA, MG, AV (MV, SV, HV e EV)
Destinação do C-Esp-HabSG
É realizado, anualmente, para todos os CB que estejam incluídos nas faixas fixadas no Plano
Corrente, que obtiverem parecer favorável da Comissão de Promoções de Praças (CPP).
O PQS será realizado a bordo de navios pelos MN, durante o 1º ano da graduação, com o
propósito de complementar o desenvolvimento de competências iniciado no C-FMN. Para tanto, o
MN deverá ser lotado em Departamento/Divisão do navio responsável por tarefas técnicas relacio-
nadas às especialidades vinculadas à área de sua EIC na EAM: Eletroeletrônica, Mecânica ou
Apoio.
O PQS será aplicado a partir da T. 1/2017 da EAM e sua avaliação final satisfatória também
será requisito para a concessão do engajamento a partir da T. 1/2020 da EAM.
A filosofia da carreira das praças tem como base os Corpos e Quadros, as graduações, os
cargos e os cursos de carreira. Os Corpos e Quadros agrupam as carreiras das praças de acordo com
as suas naturezas e especificidades. Os graus hierárquicos definem os níveis hierárquicos das praças
caracterizados pelas diversas graduações e círculos. A promoção significa a ascensão à graduação
superior e depende do atendimento de requisitos próprios. Os cargos propiciam as funções exercidas
pelas praças e inserem-se nas TL. Os cursos de carreira preparam as praças para o exercício de car-
gos atinentes à graduação em que se encontram e às graduações subsequentes. Os cursos comple-
mentares desenvolvem e profundam os conhecimentos das praças em áreas específicas de interesse
do serviço.
A carreira de praças é privativa dos brasileiros que ingressaram nos Corpos e Quadros previstos no
art. 1.3 deste Plano.
A carreira das praças prevê transferências compulsórias de praças entre Corpos e Quadros e,
também, transferências a pedido, mediante requerimento, que serão atendidas caso concorram para
o interesse do serviço.
8.3.2 – Organização dos Planos de Carreira dos Quadros
Os planos de carreira estão organizados por Quadros e estão descritos nos Anexos A a G.
Cada plano é constituído de um cronograma e de informações referentes aos requisitos para o aces-
so às graduações. Também fazem parte dos planos o interstício de planejamento e as informações
referentes ao planejamento da carreira, tais como: os períodos de realização dos cursos de carreira e
a obrigatoriedade do embarque ou tropa.
Desenvolvimento da Carreira
A carreira é planejada de modo a se desenvolver na forma indicada a seguir, onde o sentido vertical
indica o acesso na hierarquia mediante incorporação, declaração, nomeação e promoção; e o sentido
horizontal indica as transferências entre Quadros programadas de acordo com este Plano.
8.3.6 – Nomeação
As Praças que concluírem com aproveitamento os cursos de formação são nomeadas, por
portarias da DPMM, da seguinte forma:
a) 3°SG de Carreira, do QTPA ou, do QMU, nas especialidades pelas quais concorreram
quando do ingresso.
b) CB de Carreira, do QATP, nas especialidades pelas quais concorreram quando do
ingresso.
c) MN de Carreira, do QPA.
8.3.7 – Colocação das Praças na Graduação Inicial
A ordem hierárquica de colocação das Praças nas graduações iniciais resulta da ordem de
classificação no respectivo curso de formação.
8.3.8 – Compromissos de Tempo de Serviço
São as obrigações que a Praça assume, voluntariamente, de permanecer no SAM, por um
período de tempo variável.
Os compromissos são classificados em:
a) Compromisso inicial – Formalizado antes da nomeação, é o primeiro que a Praça
assume, o de permanecer no SAM, por um período de dois anos, contados a partir da
data de sua nomeação.
b) Compromissos Decorrentes das Prorrogações do Tempo de Serviço – É a
prorrogação do Tempo de Serviço concedida, uma ou mais vezes, como engajamento ou
Interstícios de Planejamento
Os interstícios de planejamento são fixados de modo que as praças, em condições normais,
possam alcançar a última graduação da hierarquia de seu Quadro, ao partir do 25° ano de tempo de
carreira, contado a partir da data de sua nomeação.
INTERTÍCIOS DE PLANEJAMENTO
CPA CPN CAP
GRAD
QPA QEPA QPAS QTPA QPFN QMU QEFN QCPFN QAP QATP QTP QEAP
1ºSG 5 - 7 8 5 8 - - 5 6 8 -
2ºSG 5 - 7 8 5 8 - - 5 6 8 -
3ºSG 5 5 3 8 6 9 5 5 5 6 9 5
CB 6 18 4 - 5,5 - 18 18 6 6 - 18
MN/SD 3 5 - - 4 - 4 4 3 - - 5
TOTAL 24 28 21 24 25,5 25 27 27 24 24 25 28
Observação:
As demais informações sobre a Carreira Militar, encontra-se no Plano de Carreira de Praças da
Marinha (PCPM), disponível na Intranet e fisicamente nas secretarias das OM.
CAPÍTULO 9
REMUNERAÇÃO DOS MILITARES
9.1 – DEFINIÇÃO DE SOLDO
9.1.1 – Definições
Lei de Remuneração dos Militares (LRM)
Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, dispõe sobre a remuneração dos
militares das Forças Armadas, em tempo de paz, regulamentada pelo Decreto n° 4.307, de 18 de julho
de 2002.
Soldo
Parcela básica mensal da remuneração e dos proventos, inerente ao posto ou, à graduação do
militar, sendo irredutível (13:Art.3°).
9.1.2 – Estrutura remuneratória dos militares da ativa
A remuneração dos militares integrantes das Forças Armada, no País, em tempo de paz,
compõe-se de (13:Art.1°):
a) Soldo
b) Adicionais
Adicional-Militar
Adicional de habilitação
Adicional de compensação orgânica
Adicional de permanência
c) Gratificações
Gratificação de Localidade Especial
Gratificação de Representação
Outros direitos remuneratórios previstos na LRM (13:Art.2°)
Diária
Transporte
Ajuda de Custo
Auxílio-Fardamento
Auxílio-Alimentação
Auxílio-Natalidade
Auxílio-Invalidez
Auxílio-Funeral
Outros direitos remuneratórios previstos em legislação específica (13:Art.2°)
Auxílio-Transporte
Assistência Pré-Escolar
Salário-Família
Adicional de Férias
Adicional Natalino
9.1.3 – Estrutura remuneratória dos Militares na Inatividade
Proventos (13:Art.10)
Os proventos na Inatividade Remunerada são constituídos das seguintes parcelas:
a) Soldo ou Quotas de Soldo
b) Adicional-Militar
c) Adicional de Habilitação
d) Adicional de Tempo de Serviço (extinto a partir de 29/12/2000)
e) Adicional de Compensação Orgânica
f) Adicional de Permanência
Outros direitos remuneratórios (13:Art.11)
a) Adicional Natalino
b) Auxílio-Invalidez
c) Assistência Pré-Escolar
d) Salário-Família
e) Auxílio-Natalidade
f) Auxílio-Funeral
9.1.4 – Tabela de Escalonamento Vertical (em vigor a partir de 1° julho 2010)
9.2.1 – Adicional-Militar
Parcela remuneratória mensal devida ao militar, inerente a cada círculo hierárquico da carreira
militar. (13:Art.3°)
acréscimos.
a) Brasília e Manaus ............................................................................................... 90%
b) São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém,
Fortaleza e Salvador ........................................................................................... 80%
c) Demais capitais de estados ................................................................................ 70%
d) Demais deslocamentos ................................... .................................................. 50%
9.4.2 – Transporte
Direito pecuniário devido ao militar da Ativa, quando o transporte não for realizado por conta
da União, para custear despesas nas movimentações por interesse do serviço, nelas compreendidas a
passagem e a translação da respectiva bagagem, para si, seus dependentes e um empregado doméstico,
da localidade onde residir para a outra na qual fixará residência, dentro do território nacional.
(13:Art.3°)
O valor a ser recebido pelo militar é calculado da seguinte forma:
a) Metragem cúbica a que tem direito (Tabela de Limites de Cubagem) multiplicada pelo
valor do metro cúbico para o transporte, correspondente à distância entre a localidade de
origem e a de destino (Tabela de Valores do Metro Cúbico Transportado).
b) A distância entre as localidades de origem e as de destino pode ser encontrada em quadro
existente no anexo “G”, da SGM-302.(Alterado anexo D para G acd. SGM 302)
9.4.3 – Ajuda de Custo (13:Art.3°)
Praças de graduação inferior a Terceiro- Recebem, por conta da Art. 2º e art. 3º, inciso
Sargento. União, uniformes, roupa XII, da MP.
a branca e roupa de cama, de
acordo com as tabelas de
distribuição estabelecidas
pelos respectivos
Comandos de Força.
O militar, promovido a Terceiro-
b Sargento.
Os nomeados a Sargentos ou
c matriculados em escolas de formação,
Um soldo e meio
mediante habilitação em concurso.
d Suboficial e Sargento, ao serem
promovidos.
e A cada três anos, quando permanecer na
mesma graduação.
f O militar reincluído, convocado ou
designado para o Serviço Ativo.
O militar que retornar à Ativa, por
Um soldo
g convocação, designação ou reinclusão,
desde que há mais de seis meses de
Inatividade.
h O militar que perder o uniforme em Um soldo e meio
sinistro ou, em caso de calamidade.
Fonte: Anexo IV, da Medida Provisória nº 2.215-10, de 31/08/2001.
9.4.5 – Auxílio-Alimentação
Direito pecuniário devido ao militar para custear gastos com alimentação. (13:Art.3°)
9.4.7 – Auxílio-Invalidez
Direito pecuniário devido ao militar na Inatividade, reformado como inválido, por incapacidade
9.4.8 – Auxílio-Funeral
Direito pecuniário devido ao militar por morte de cônjuge, companheiro ou companheira,
dependente ou, ao beneficiário, no caso de falecimento do militar. (13:Art.3°)
9.4.9 – Auxílio-Transporte
De natureza jurídica indenizatória, concedido em pecúnia, destina-se a subsidiar, parcialmente,
as despesas com o transporte coletivo municipal, intermunicipal e interestadual dos beneficiários, nos
deslocamentos rotineiros de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa. (24:Art.36.1.2)
Parcela do beneficiário
É a parcela com a qual o beneficiário contribuirá, por meio de desconto mensal em seu Bilhete
de Pagamento (BP), correspondente a 6% do valor obtido (Y), mediante a utilização da seguinte
fórmula: (24:Art.36.1.11)
Y = (A x B)/30
A = número de dias do mês em que o militar se deslocará (normalmente 22)
B = soldo do militar
Exemplo: MN Y = (22 x 963,00)/30 = 706,20 x 6% = 42,37
Parcela do empregador
É a diferença entre o custo total do deslocamento mensal e a parcela do beneficiário.
(24:Art.36.1.12)
Exemplo: MN-QS que utiliza diariamente uma condução com tarifa de R$ 2,50.
A segunda parcela será paga até o dia 20 de dezembro de cada ano, descontado o
adiantamento da primeira parcela.
9.5 – PRINCIPAIS DESCONTOS
9.5.1 – Definição
Descontos são abatimentos que a remuneração ou proventos do militar podem sofrer, para
cumprimento de obrigações assumidas ou impostas, em virtude de disposição de lei ou, de
regulamento. (13:Art.14)
9.5.2 – Descontos Obrigatórios (13:Art.15)
Têm prioridade sobre os descontos autorizados. São descontos obrigatórios:
a) contribuição para a pensão militar.
b) contribuição para a assistência médico-hospitalar e social do militar.
c) indenização pela prestação de assistência médico-hospitalar, por intermédio de
organização militar.
d) impostos incidentes sobre a remuneração ou proventos, de acordo com a lei.
e) indenização à Fazenda Nacional, em decorrência de dívida.
f) pensão alimentícia ou judicial.
g) taxa de uso, por ocupação de próprio residencial da União, conforme regulamentação.
h) multa, por ocupação irregular de próprio residencial da União, conforme regulamentação.
9.5.3 – Descontos Autorizados (13:Art.16)
São os descontos autorizados pelo militar, efetuados em favor de entidades consignatárias ou,
de terceiros, conforme regulamentação de cada Força.
9.5.4 – Limites da Remuneração e dos Proventos
Limite máximo (13:Art.17)
Nenhum militar, na Ativa ou, na Inatividade, pode perceber mensalmente, a título de
remuneração ou proventos, importância superior à remuneração bruta do Comandante de Força, exceto
os valores inerentes a:
a) outros direitos remuneratórios previstos na LRM e, em legislação específica.
b) adicional de Tempo de Serviço.
c) adicional de Compensação Orgânica.
d) gratificação de Localidade Especial.
e) gratificação de Representação.
f) adicional de Permanência.