Você está na página 1de 24

A vitória de Jair Bolsonaro será inevitável!

007. Um alerta aos mais jovens e aos que não gostam de política!

Gerhard Erich Bœhme

A “Operação Lava Jato”, que tem o centro de atenções no aqui Ahú, como
no Santa Cândida em Curitiba, com a torcida para o Canguiri (Complexo
Médico Penal – CMP em Pinhais) acolha os verdadeiros culpados, passou
a revelar os bastidores de como se faz política no Brasil, e como o
contribuinte – o pagador de impostos paga a conta, que inclui o mais cruel
deles, o imposto inflacionário e o mais injusto, pois as dívidas contraídas
pelos governos terão que ser pagas pelas próximas gerações, razão pela
qual os mais jovens devem se interessar por este assunto. Mas se
considerarmos o que ocorre, o que é revelado é apenas uma pequena gota
no Oceano, pois o “Triângulo de Ferro”, instituído com a quartelada que
muitos ainda chama de Proclamação da República, não apenas nos foi
imposta nos primeiros dias através da “República da Espada” e de sua
cria, o “Coronelismo’, mas perverte a sociedade até os dias atuais, pois a
disputa política não se dá para servir aos brasileiros, mas sim tornar o
“Triângulo de Ferro” cada vez mais forte e poderoso, para que possam
criar para si e aos seus privilégios e uma forma, nada honesta, de se
locupletarem às custas do trabalho do cidadão. O fortalecimento do
“Triângulo de Ferro” somente tem como resistência a liberdade,
principalmente a econômica, o princípio da subsidiariedade, o referencial
da Família Imperial e a forma e sistema de governo, o que somente
conseguiremos com o restabelecimento da Monarquia.
Com o presidencialismo deixamos de ter bons referenciais, e com a
“República”, ou melhor “ré-publica” temos a disputa pelo poder e não pela
representatividade. E o uso de ideologias coletivistas apenas reforçam e
mobilizam a sociedade nesta direção, o início foi com o coletivismo
comtiano, vindo com os positivistas e as chamadas sociedades secretas,
passou pelo nacional e internacional-socialismo que encanta muitas
correntes partidárias, se fortaleceu com o trabalhismo de Vargas, com o
anarcossindicalismo de Jango, com os espasmo do positivismo no Regime
Militar e por fim chegou através da “Estratégia da Tesoura” com o
socialismo fabiano de Cardoso e o nacional-socialismo sindical, também
chamado de lulo-petismo.
Hoje temos a sociedade brasileira indignada com a mudança da legislação
sobre a escravidão ou em busca de privilégios baseado na injusta e cruel,
porém legal, escravidão que tivemos no passado, mas não nos damos conta
de que a carga tributária somada ao imposto inflacionário deixa todos os
brasileiros 40% escravos, ou, para quem conhece nossa verdadeira
história e assiste a cada capitulo “Brasil Paralelo”, que vivemos os dois
quintos dos infernos.

O Brasil é o país de escravos, prevalece o confisco. Isso porque, desde a


época de sua colonização, os rígidos impostos cobrados pela Coroa
Portuguesa já tragavam boa parte da riqueza do solo brasileiro. O início
da cobrança de tributos começou com a Coroa com a alta tributação sobre
a produção do açúcar, do fumo e cacau, principais culturas desenvolvidas
no Brasil colonial, seguidos pela cobrança do quinto, isto é, exação fiscal
do Império Português que lhe reservava o direito a quinta parte de toda a
extração do ouro obtido pelas jazidas brasileiras (1750 e 1770).

A reserva do quinto também foi estendida à extração de diamantes.


Contudo, devido ao intenso contrabando e sonegação, levou ao cúmulo de
a metrópole, no ano de 1771, decretar a chamada Extração Real, que
consistiu na criação do monopólio imperial sobre o diamante, que vigorou
até 1832.
Isso tudo vigiado de perto pelos que asseguravam os investimentos no
mercantilismo, que mostrava interesse nas descobertas portuguesas no
novo mundo. De ressaltar o Tratado de Methuem (1703), pelo qual
Portugal é obrigado a adquirir os tecidos da Inglaterra e essa, os vinhos
portugueses. Para Portugal, esse acordo liquidou com suas manufaturas
e agravou o acentuado déficit na balança comercial, onde o valor das
importações (tecidos ingleses) iria superar o das exportações (vinhos).
Neste período começamos a ter as resistências contra o cânhamo, que era
a melhor alternativa na produção de tecidos para a região dos trópicos,
com o qual eram produzidas as velas das naus portuguesas e com ele
foram confeccionadas as primeiras calças jeans. E quem sabe, não fossem
as iniciativas dos Dr. Johann Friedrich Wilhelm Adolf von Baeyer e Dr. Th.
Böhme, os jeans hoje seriam vermelhos.

No Brasil o índigo, proveniente de uma planta presente em todo o


território, era bem conhecida entre os índios por seu uso tintorial, nunca
havia sido cultivada por eles. Curiosamente esta informação não chegou
aos colonizadores, uma vez que, em 1689, o governador da Bahia pediu
remessas de sementes do índigo da Índia. Segundo registros da
Companhia Geral do Comercio do Grão-Pará e do Maranhão, fundada em
1756, eram enviados para a Europa o pau-brasil, sangre-de-drago, o anil
e outros corantes para as tinturarias da época. A planta foi domesticada
sob o patrocínio da Academia Científica do Rio de Janeiro, as técnicas de
beneficiamento foram ensinadas, e a sua comercialização foi promovida
pelo vice-rei. Até 1779 as exportações brasileiras de anil satisfizeram o
mercado português.
Não demorou muito para que a Inglaterra se consolidar em uma potência
industrial hegemônica, tornando-se o maior centro financeiro do velho
mundo, graças a sua influência econômica sobre Portugal e,
consequentemente, sobre a riqueza mineral do Brasil colônia.

Antes do nosso Império a desigualdade era a principal característica de


nosso sistema tributário que, por vias transversas, sempre utilizou o
confisco como forma de receita. Porém, no Brasil colonial, a riqueza
brasileira fomentava obviamente os interesses das coroas portuguesa e
inglesa. Durante o Império tivemos barreiras contra isso, mas veio a
“República” e com ela a necessidade de se ampliar o “Triângulo de Ferro”,
e gora, nestes últimos 128 anos de má gestão política, as riquezas
brasileiras continuam servindo aos interesses particulares e sacrificando
a nossa sociedade. Hoje vemos as commodities sustentando a nossa frágil
economia, sem que a elas venhamos a agregar valor, gerando assim
emprego, riqueza e renda.
E isso não é mera quimera, porquanto a sanha fiscal do governo federal
superou o quinto então exigido pela Coroa Portuguesa. Isso porque, no
último século, o Brasil massacrou seus contribuintes ao triplicar a
arrecadação de tributos que passou de 10% do PIB em 1900 para 36%
do seu total em 1999. O pior de tudo está em não conhecermos o estanque
desse aumento, porquanto as despesas primárias do governo federal não
possuem limites, revigoram-se a cada mandato eleitoral.
Sem falar que o Brasil de hoje já é recordista em arrecadação, sendo
responsável pelo incremento do PIB nacional na ordem de 39,4% do seu
total. Tivemos assim o quinto, com o socialismo fabiano se tornando o terço
e agora já ensaiamos os dois quintos do inferno, tudo é feito para
alimentar o “Triângulo de Ferro”.

Não se perca de vista que, neste último século, houve quatro reformas
tributárias (1934, 1946, 1967 e 1988). Nesse ponto, destaca-se a análise
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE a
respeito das reformas tributárias antes assinaladas:
Com a República, a até os anos 60, a carga tributária passa de 7% para
19% do PIB, com crescimento das tributações domésticas e dos tributos
diretos e a criação de impostos sobre o consumo e a renda (IR, criado em
1924 e o Imposto sobre Vendas e Consignações - atual ICMS, criado em
1934), que passam a se constituir nas principais fontes de receita. Na
reforma de 1934 é concedida competência tributária aos municípios, com
a criação dos impostos Predial e de profissões. O imposto de importação
se torna, a partir daí, um instrumento de política comercial.

Na reforma de 1967 é introduzido o Imposto sobre o Valor Adicionado e


são introduzidos mecanismo para aumentar a eficácia da arrecadação.
Na reforma de 1988, com o aumento da participação dos estados e
municípios na arrecadação dos impostos de renda e sobre produtos
industrializados, o governo federal intensificou a arrecadação de
contribuições sociais indiretas, não compartilhadas com estados e
municípios, como COFINS, CSLL e CPMF.
Perceptível, de plano, que a partir de 1967 o governo federal preferiu
concentrar o fato tributável sobre a produção, a circulação e os salários.
Afastou sua voracidade do capital e do patrimônio. Inegável que a
arrecadação relativa a produção e ao salário representaram 75,74% do
total amealhado entre impostos, taxas e contribuições, ou o equivalente a
27,60% do PIB nacional. Resulta daí que 49% da carga tributária do
Brasil está concentrada nos fatos geradores incidentes sobre os bens e
os serviços (ICMS, IPI, PIS, COFINS, CPMF, IOF, ISS e CIDE), 27% sobre os
salários (IR s/ salário, INSS, FGTS, Contribuição Servidor Público), e
apenas 16% sobre o capital e outras rendas (IR, CSLL e IOF), sendo
insignificante a tributação sobre o patrimônio 3% (IPVA, IPTU, ITBI, ITCD,
e ITR) e 5% relativos ao comércio exterior e aos demais fatos tributários.
Resta evidente, por conseguinte, que o setor produtivo e os assalariados
são quem estão pagando a conta com as despesas do governo federal, na
ordem de 49% (bens e serviços) e 27% (salários).

Além disso, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT fez um


estudo recente sobre a problemática do nosso sistema tributário e
concluiu que para o contribuinte compreender razoavelmente a realidade
tributária brasileira seria necessário analisar três mil normas fiscais,
estudar os 61 tributos cobrados no Brasil, além de verificar 93 obrigações
assessórias que sufocam todas as empresas brasileiras. Compreenderiam,
por conseguinte, porque o crime por evasão fiscal não significa despeito
com a fiscalização, mas, muitas vezes, simples compreensível
desinformação. Sem falar na tributação em cascata, ou seja, a incidência
reiterada de um mesmo tributo nas várias etapas da produção ou
circulação, ou seja, a CPMF incide sobre o montante do ICMS, do IPI, do PIS
e COFINS, do INSS, do Imposto de Renda, da Contribuição Social, e assim
por diante. Exemplo similar ocorre com a exação do PIS e da COFINS que
incidem sobre o valor do ICMS, do INSS, do IRPJ e da Contribuição Social.
E não seria razoável, entrementes, imputar aos contribuintes severas
punições e críticas se deixassem de recolher algum tributo no prazo
determinado quando somos sabedores do caos que se tornou o nosso
sistema tributário nacional.
Diante desse flagelo fiscal, necessário realizar uma reforma no sistema
tributário nacional a fim de melhorar a distribuição da carga fiscal,
desonerar o setor produtivo de nossa economia e acentuar a arrecadação
sobre o patrimônio e o capital. Sem se descuidar de intensificar seus
esforços na simplificação do sistema tributário nacional, modernização do
sistema arrecadatório, melhor repartição da receita tributária, redução
das alíquotas dos tributos e, principalmente, na diminuição da burocracia.
A verdade é que o os dois quintos dos infernos são um entrave ao nosso
desenvolvimento e a nossa liberdade. Além de ser um verdadeiro
manicômio, a carga de impostos, taxas e contribuições cobradas das
pessoas e empresas drena todos os recursos da sociedade que poderiam
estar sendo aplicados na produção e consumo, sem contar que limitam os
juros, os recursos para investir em pesquisa e assim criar e desenvolver
novos negócios, criar novos produtos e principalmente remunerar
dignamente aqueles que optaram por se abdicar do consumo no passado
confiando no empreendedorismo e a realização profissional.

Assim, além de simplificar a legislação tributária, a União, os estados e


municípios deveriam se comprometer em reduzir significativamente a
carga de impostos. Este entrave expõe o brasileiro à escravidão, pois
contribui e os recursos não retornam à sociedade através de serviços
públicos de qualidade, em especial o ensino básico de qualidade e a
segurança pública. Atualmente temos a perda de liberdade de ir e vir em
muitos lugares e períodos do dia, sem contar o elevado custo de vida
resultante com as despesas para conferir ao cidadão melhores condições
de segurança. O cidadão é triplamente penalizado, paga impostos para ter
segurança pública, aloca recursos na segurança pessoal e sofre os
resultados (prejuízos materiais, morais, físicos, sem contar as vidas
humanas que são imensuráveis) da violência e a impunidade devido a falta
de justiça. O resultado é o custo de vida crescente, piores condições de
qualidade de vida e a sonegação, a corrupção e falta de transparência nas
contas públicas.
E o mais grave, asfixiamos as iniciativas dos mais jovens.

"Por conta da má gestão pública, ou mesmo falta dela, o que vemos são os
investimentos em pesquisa, na área de Ciência & Tecnologia, serem
reduzidos ano a ano, temos assim a certeza de que não criamos aqui a
competência¹ necessária para manter e multiplicar incubadoras² e
Startups³ e assim auxiliar na construção do futuro da nação e mantê-la
competitiva. (Gerhard Erich Bœhme)
Um Brasil sem futuro.

Sem pesquisa, não temos inovação, e sem ela deixamos de ser competitivos.
A área de Ciência & Tecnologia tinham R$ 8,7 bilhões em 2014. O que já era
pouco despencou para R$ 3,7 bilhões este ano, e pode ser ainda menor em
2018.

Pesquisadores brasileiros têm chamado a atenção para um desafio


gigantesco que a ciência vem enfrentando: a falta recursos.

Quando a aula é no laboratório, o interesse parece aumentar e os sorrisos


também. A ciência vai, assim, conquistando corações.

Mas a notícia de que a ciência brasileira está com pouco dinheiro


entristeceu os estudantes. E este é um entrave que irá retirar deles parte
significativa do que falta na busca da competência¹.

Muitos deles também já foram crianças fascinadas pelo funcionamento da


vida, das coisas, pelas descobertas dos homens. Hoje, os pesquisadores
brasileiros sofrem com a falta de verbas. São profissionais e estudantes
que pedem socorro.
A campanha dos cientistas chama a atenção para o corte profundo no
orçamento. Ciência e tecnologia tinham R$ 8,7 bilhões em 2014. O que já
era pouco despencou para R$ 3,7 bilhões este ano, e pode ser ainda menor
no ano que vem.

A situação que já é difícil pode piorar. Aparelhos parados por falta de


conserto se acumulam nos laboratórios do país. Um microtomógrafo que
estava sendo usado em uma pesquisa para recomposição de osso na
Universidade de São Paulo está quebrado. “O outro que é igual a esse
equipamento fica em Araraquara e também está quebrado”, aponta a
bióloga Simone Gomes.

Na outra sala, a pesquisadora que estuda zika, dengue e chikungunya


anuncia que vai perder a bolsa e ir embora. “Muita tristeza. Dez anos que
eu trabalho na pesquisa. E não me enxergo fazendo outra coisa”, lamenta
a bióloga pós-doutorada Helena Correa de Araújo.

As dificuldades são imensas de Norte a Sul do país.

“Esses talentos, esses jovens doutores, essas pessoas que adquiriram


uma formação muito longa, elas podem deixar o país e ir trabalhar fora do
país”, comenta Luis Lamb, pró-reitor de pesquisa da UFRGS.
“Especialmente na região Norte, esse impacto de cortes é bem mais
significativo e muito mais sentido”, afirma a professora e pesquisadora da
UFPA Guaciara Freitas.

Apesar de tudo, a expectativa é de que o pedido de socorro seja ouvido. “A


gente espera realmente que o governo se sensibilize, porque se não se
sensibilizar, vai ser o fim da ciência brasileira. Um país que não dá
dinheiro para a ciência e tecnologia vai ficar sempre para trás. Vai ser uma
geração perdida e vai ser um desastre para o país”, diz Mayara Zatz,
coordenadora do Centro de Pesquisas sobre o Genoma Humano e Células-
Tronco.

O Ministério do Planejamento declarou que o contingenciamento de


recursos não ocorreu apenas no Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações, mas em todos os órgãos da União. E que,
segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo é obrigado a fazer
cortes sempre que a receita fica abaixo do previsto.

Já o Ministério da Ciência afirmou que continua atuando pela


recomposição orçamentária ainda este ano, e pelo cumprimento do
orçamento para o ano que vem. O ministério também declarou que os
recursos para 2018 ainda estão sendo discutidos. Vence o que temos no
Brasil, a "empurrocracia".
¹ Competência - é quase consenso no Brasil que é o ensino, principalmente
o superior, a prioridade para a construção do futuro, ele é importante, mas
o fundamental é termos o entendimento de algo mais amplo, pois é a
competência o fundamental, a qual também inclui o ensino ou
escolarização.

A competência começa com a educação que recebemos em casa, de nossos


pais, ou na falta deles ou por incompetência deles, por parte de algum
parente, pelos padrinhos, razão pela qual devemos dar prioridade nas
nossas escolhas deles para nossos filhos, ou outra pessoa que o possa
fazer. Sem ser educada, uma criança chega a escola, ao ensino
fundamental, deformada, sem noção do que é autoridade e respeito, já que
as confunde com autoritarismo ou entende que possa haver liberdade sem
responsabilidade e capacidade para se avaliar riscos. E ela tem
continuidade a partir das famílias educógenas.
A expressão famílias educógenas foi utilizada pela primeira vez por Jean
Floud, em 1961, no texto ”Social Class Factors in Educational
Achievement”, editado pela OCDE. A meu conhecimento, o único
pesquisador brasileiro a fazer menção a ela é CASTRO (1976) que a define
como famílias que se caracterizam por oferecer certo tipo de ambiente
familiar favorável à educação (p. 73). Esse autor reconhece, entretanto, o
caráter vago dessa noção no texto original da OCDE, mas ressalta a
conclusão da autora inglesa de que esse tipo de família vai de tornando
mais frequente conforme se sobe na escala social.

Leia mais:
Precisamos de uma sociedade “educógena”
Ilona Becskeházy
https://exequi.com/2017/01/16/precisamos-de-uma-sociedade-
educogena/

E uma família que não sabe educar em casa, também não sabe ser
educógena, aliás uma questão que é cada vez mais relevante na avaliação
do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) -
Programme for International Student Assessment da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O mesmo PISA que nos
coloca cada vez pior avaliados.
Mas o que é competência?

Eu defino como a soma de cinco palavrinhas:

(1) educação, a educação que devemos receber em casa pela família (Ver
Artigo 229 da Constituição), a qual não pode ser terceirizada ou
desconsidera, como o fazemos.

(2) ensino ou escolarização, a educação formal, obtidas através de


entidades supervisionadas pelas secretarias municipais e estaduais de
educação, e no nível superior pelo MEC - Ministério da Educação.

(3) formação (treinamentos, estágios, visitas técnicas, on-the-job training,


hangouts, congressos, seminários, encontros, painéis, Technical Papers,
etc.).

(4) habilidade (saber-fazer e saber-ser) e

(5) experiência.
² Incubadora - são incubadoras de empresas os ambientes que
proporcionam uma clara contribuição para o Sistema Nacional de
Inovação, pois atuam como mecanismos catalisadores da pesquisa básica
e aplicada geradas nas Universidades e centros de pesquisas e à demanda
das empresas por produtos que atendam a diferenciação estratégica
necessária para o atendimento às necessidades de mercado. Mais que
oferecer suporte às iniciativas empreendedoras, as incubadoras oferecem
um leque de serviços diferenciados, assessoria em gestão, suporte às
ações mercadológicas, infraestrutura de qualidade, bem como um
passaporte para o mercado exterior e contato com empresas âncoras e
capitalistas interessados em investir em novas empresas.

Em termos mundiais, o movimento de incubadoras de empresas tem


crescido contínua e consistentemente. Em termos de quantidade, o que se
observa é que cada vez mais países em desenvolvimento têm optado pela
criação de incubadoras de empresas como estratégia de desenvolvimento
econômico e social. Esses resultados têm proporcionado uma crescente
ampliação de seus segmentos de atuação, bem como mais recentemente,
dado espaço para o surgimento de novas modalidades de operação, a
exemplo da incubação à distância e as próprias pré-incubadoras.
No Brasil, segundo dados da ANPROTEC - Associação Nacional de
Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, existem de cerca
de 400 incubadoras que articulam mais de 6300 empresas, entre
incubadas (2800), associadas (2000) e graduadas (1500). Estas empresas
geram mais de 33 mil postos de trabalhos altamente qualificados e
produzem inovações reconhecidas nacional e internacionalmente na
forma de contratos, premiações e parcerias.

Em suma, incubadoras de empresas são ambientes planejados para


auxiliar o nascimento, crescimento e desenvolvimento de empresas,
assistidas por uma infraestrutura comum e, geralmente, na presença de
uma universidade fornecedora de pesquisa básica e aplicada necessárias
ao processo de inovação. Desta forma, não só a relação entre grandes
empresas e as universidades gera inovação, mas também, as incubadoras
por meio das spin-offs dos laboratórios das universidades transformam a
tecnologia criada na pesquisa, em produtos, serviços, emprego e renda
para a sociedade através da geração de empresas nascentes e inovadoras.
³ Startups - Muitas pessoas dizem que qualquer pequena empresa em seu
período inicial pode ser considerada uma Startup. Outros defendem que
uma Startup é uma empresa com custos de manutenção muito baixos, mas
que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores. Mas
há uma definição mais atual, que parece satisfazer a diversos
especialistas e investidores: uma Startup é um grupo de pessoas à
procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em
condições de extrema incerteza.
Apesar de curta, essa definição envolve vários conceitos:

– Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela


ideia e projeto de empresa irão realmente dar certo – ou ao menos se
provarem sustentáveis.

– O modelo de negócios é como a startup gera valor – ou seja, como


transforma seu trabalho em dinheiro. Por exemplo, um dos modelos de
negócios do Google é cobrar por cada click nos anúncios mostrados nos
resultados de busca – e esse modelo também é usado
pelo Buscapé.com. Um outro exemplo seria o modelo de negócio de
franquias: você paga royalties por uma marca, mas tem acesso a uma
receita de sucesso com suporte do franqueador – e por isso aumenta suas
chances de gerar lucro.

– Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto


novamente em escala potencialmente ilimitada, sem muitas customizações
ou adaptações para cada cliente. Isso pode ser feito tanto ao vender a
mesma unidade do produto várias vezes, ou tendo-os sempre disponíveis
independente da demanda. Uma analogia simples para isso seria o modelo
de venda de filmes: não é possível vender a mesmo unidade de DVD várias
vezes, pois é preciso fabricar um diferente a cada cópia vendida. Por outro
lado, é possível ser repetível com o modelo pay-per-view – o mesmo filme é
distribuído a qualquer um que queira pagar por ele sem que isso impacte
na disponibilidade do produto ou no aumento significativo do custo por
cópia vendida.
– Ser escalável é a chave de uma startup: significa crescer cada vez mais,
sem que isso influencie no modelo de negócios. Crescer em receita, mas
com custos crescendo bem mais lentamente. Isso fará com que a margem
seja cada vez maior, acumulando lucros e gerando cada vez mais riqueza.

Os passos seguintes

É justamente por esse ambiente de incerteza (até que o modelo seja


encontrado) que tanto se fala em investimento para startups – sem capital
de risco, é muito difícil persistir na busca pelo modelo de negócios
enquanto não existe receita. Após a comprovação de que ele existe e a
receita começar a crescer, provavelmente será necessária uma nova leva
de investimento para essa startup se tornar uma empresa sustentável.
Quando se torna escalável, a startup deixa de existir e dá lugar a uma
empresa altamente lucrativa. Caso contrário, ela precisa se reinventar –
ou enfrenta a ameaça de morrer prematuramente.
As Startups não são necessariamente empresas de internet. Elas só são
mais frequentes na Internet porque é bem mais barato criar uma empresa
de software do que uma de agronegócio ou biotecnologia, por exemplo, e
a web torna a expansão do negócio bem mais fácil, rápida e barata – além
da venda ser repetível. Mesmo assim, um grupo de pesquisadores com uma
patente inovadora pode também ser uma Startup – desde que ela
comprove um negócio repetível e escalável.
Conclusão:

Portanto, ou deixamos de alimentar o “Triângulo de Ferro” ou priorizamos


a liberdade, principalmente dos mais jovens. Não temos outra alternativa.
E por enquanto, a menos que surja um candidato melhor, o nome de Jair
Bolsonaro é o único que sinaliza o caminho correto, mas sem o apoio
necessário, ainda mais com o parlamentarismo às avessas que temos, será
muito difícil termos mudanças, até porque com os atuais deputados e
senadores, salvo raras exceções, não teremos condições de diminuir o
peso do “Triângulo de Ferro” nos bolsos e nas costas dos brasileiros e dos
estrangeiros que aqui residem por opção ou necessidade, como os
venezuelanos, haitianos, cubanos e tantos outros que fogem de uma
realidade ainda pior que a nossa. Portanto, fica este alerta aos mais
jovens e aos que não gostam de política, se interessem por ela, pois é
fundamental entenderem as mazelas da “República”, como funciona o
“Triângulo de Ferro”, já que terão também que pagar a conta.

E fica a pergunta: Sabe onde estão os nossos melhores pesquisadores?

Você também pode gostar