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Universidade Lusíada
Mestrado Integrado em Arquitetura

UC: Sistemas Estruturais
Força e deformação
Sistemas Estruturais
2019/2020
Sistemas Estruturais – Mestrado Integrado em Arquitectura

1
Sumário
> Força
> Deformação
> Diagrama tensão / extensão
> Lei de Hooke
> Deformação e elasticidade

2
António Vilhena | 2019/2020 1/24

Força

3
Força elástica
Saltar em bungee-jump?
Imagem : Che010 / GNU Free Documentation License

4

Força elástica
> O nome é composto de bung (corda

elástica usada em aviões) e jump (pular)
> O corpo da pessoa é preso a uma corda
elástica, de modo que, depois de o
elástico ser esticado ao máximo, a
pessoa tem a sensação de retorno
> Pode-se saltar de alturas que variam
entre 40 e 200 m
Imagem : Ellywa / GNU Free Documentation License.

5
Força elástica
> O corpo é preso por equipamento

utilizado em alpinismo e escalada
> O elástico é muito resistente
(suporta até 4 t de massa)
> Há uma fita entrelaçada nos elásticos,

que suporta 2,3 t de massa, para que o
elástico não estique demais
> O elástico permite que o corpo volte no
mesmo sentido em que caiu,
eliminando riscos ao organismo
Imagem : https://www.safarinow.com/destinations/tsitsikamma/popularattractions/bloukrans-bridge-
bungy.aspxhttps://www.safarinow.com/destinations/tsitsikamma/popularattractions/bloukrans-bridge-
bungy.aspx.

6

Força elástica
> Não é recomendado a pessoas que

tenham hipertensão, problemas de
coração ou de coluna
> Depois da queda, sob o efeito da
aceleração da gravidade (9,8 m/s²), o
elástico estica, imprimindo no corpo
uma aceleração contrária à da
gravidade
> Ao atingir o limite de estiramento,
acontece uma desaceleração brusca
Imagem : https://www.safarinow.com/destinations/tsitsikamma/popularattractions/bloukrans-bridge-
bungy.aspxhttps://www.safarinow.com/destinations/tsitsikamma/popularattractions/bloukrans-bridge-
bungy.aspx.

7
Força elástica
> Neste desporto conta-se

essencialmente com a propriedade
elástica da corda amarrada aos pés
> O facto de o elástico esticar até um

certo limite e se restaurar é vital para
garantir a emoção e a segurança

8

Força elástica
> Os objetos em geral, ao sofrerem ação

de uma força externa, tendem a passar
por deformações
> Alguns materiais possuem a

propriedade de recuperar sua forma
original quando cessa a força aplicada a
eles, a qual recebe o nome de
elasticidade
Imagem : http://www.denielrocha.com/bungee-jumping.php

9
Força elástica
> Os materiais que não recuperam sua

forma original são chamados «não
elásticos»
> Essa propriedade deve-se aos arranjos

moleculares e ao tipo de ligação
existente entre os átomos em cada
material
Imagem : http://www.denielrocha.com/bungee-jumping.php

10

Força elástica
> O que produz a força na

flecha para que seja
lançada?
> Essa força é elástica?
Imagem : Agência Brasil / Creative Commons Attribution 2.5 Generic

11
Deformação

12

Extensão normal sob carregamento axial
> A aplicação de uma força P, segundo o

eixo de um material, conduz ao
surgimento de uma deformação
> A variação de P permite a construção de

um diagrama
força / deformação ( )

13
> Este gráfico não é extrapolável para

outras secções
> Para o dobro da secção (2A), a mesma

deformação ( ) implica o uso do dobro
da força (2P)
> Para o dobro do comprimento a mesma

força P, dá origem ao dobro da
deformação (2 )

14

> Em todas as situações a relação entre a

deformação e o comprimento( /L) é
igual
> Cria-se o conceito de extensão

(deformação por unidade de comprimento)
> Esta grandeza é adimensional

15
> Construindo o gráfico da tensão σ = P / A

em função da extensão = / L,
obtemos uma curva característica das
propriedades do material que não
depende das dimensões do corpo de
prova utilizado
> Essa curva é chamada de diagrama

tensão-extensão

16

Diagrama tensão-extensão

17
> Os diagramas tensão-deformação dos materiais variam muito
> Ensaios de tração diferentes executados com o mesmo material podem produzir
resultados diferentes, dependendo da temperatura do corpo de prova e da
velocidade de aplicação da carga

18

> É possível distinguir algumas

características comuns entre os Endurecimento
diagramas tensão-deformação de vários

grupos de materiais
> Podem dividir-se os materiais em duas

categorias principais com base nessas
características:
– materiais dúcteis; e
– materiais frágeis

19
> Materiais dúcteis

materiais com capacidade de deformar
elasticamente à temperatura
ambiente(exemplos)
– Aço
– Alumínio
– Cobre
– Borracha
> Materiais frágeis (exemplos)
– Pedra
– Vidro
– Ferro fundido
– Betão
20

Lei de Hooke

21
Lei de Hooke
> Quando puxamos uma mola ou um

elástico, imediatamente aparecem
forças de recuperação, ou seja, forças
que se opõem às forças que
deformaram a mola ou o elástico

22

Lei de Hooke
> No séc. XVII, o matemático Robert

Hooke verificou que ao aplicar forças
em molas, existe um intervalo de
intensidade para o qual as molas, ao
serem soltas (ficarem livres das forças),
retomam ao seu tamanho e forma
originais
> Hooke definiu esse intervalo como

regime elástico

23
Lei de Hooke
> Uma consequência do regime elástico é o facto de que a força aplicada à mola
provoca uma extensão
> No regime elástico a razão força /deformação é constante para qualquer força

24

Lei de Hooke
- Fel Fel
F -F
l
0 x
l
Imagem :Oleg Alexandrov / Public Domain
> Em que:
– l0 : comprimento inicial da mola.
– l : comprimento final da mola.
x = l - l0 é a deformação da mola.

25
Lei de Hooke
> A força F é a força aplicada pela mão que puxa a mola

> A força – Fel é a força elástica de reação que a mola faz sobre a mão
> No vínculo com a parede estão aplicadas as forças Fel (força elástica da mola sobre
a parede) e – F (força da parede sobre a mola)
> Como todas as forças são iguais em intensidade e direção e contrárias no sentido, a
soma de forças é zero nos dois casos:
• mola-mão: F – Fel = 0, pois F = Fel
• mola-parede: - F + Fel = 0, pois Fel = F

26

Lei de Hooke
> Hooke, ao estudar as deformações elásticas, verificou que, duplicando o valor da

força aplicada, a deformação duplica, triplicando o valor da força, a deformação
triplica, e assim por diante
lo
x
Fel 2x
F 2Fel
2F
> Isso é válido para quando a mola é distendida ou comprimida

27
Lei de Hooke
> Assim, Hooke estabeleceu a seguinte

Fel
lei:
Em regime de deformação elástica, a
intensidade da força é proporcional à
deformação
x
Fel
⇒ ∙

28

Lei de Hooke
> Em que:
– F: intensidade da força aplicada.
– k: constante elástica da mola.
– x: deformação (alongamento ou encurtamento) sofrido pela mola.
> A constante elástica k é uma característica da mola considerada dependente do

material de que é feita, das dimensões, entre outros
> A unidade no SI é o N/m

29
Lei de Hooke
> A lei de Hooke é utilizada na medida de

Disponibilizado por Briain/Domínio Público
F2
Imagem :Jean-Jacques MILAN / GNU
forças por meio de um aparelho – o

dinamómetro – que consiste numa mola
Free Documentation License
Imagem :Autor desconhecido /
elástica associada a um ponteiro que mede,

numa escala graduada em newtons, a
intensidade da força deformadora.
> O dinamômetro efetua a medida da força F
F1
em situação estática e, portanto, a força
resultante sobre ele é nula F

30

Aplicações
> O gráfico representa a intensidade da

força F que age sobre uma mola, em
função da deformação x
a) Determinar a constante elástica da mola
b) Calcular a deformação quando
F = 90 N
F(N)
60
0 5 x(cm)
31
Resolução
Alínea (a)
> O gráfico mostra que em regime de deformação elástica a intensidade da força é
diretamente proporcional à deformação, pois a curva é uma reta
> Da figura, quando x = 5cm = 0,05 m, a intensidade da força vale
F = 60 N
> Utilizando a lei de Hooke, vem:
F = k ⋅ x ⇒ 60 = k ⋅ 0,05 ⇒ k = 1200 N/m
F(N)
Alínea (b)
> Sendo F = 90 N: 60
F = k ⋅ x ⇒ 90 = 1 200 ⋅ x ⇒ x = 0, 075 m ou 7,5 cm
0 5 x(cm)
32

Deformação e elasticidade

33
Lei de Hooke
> Muitas estruturas em engenharia são projetadas para sofrer deformações

relativamente pequenas, que envolvem somente a parte reta do correspondente
diagrama tensão-deformação, i.e., apenas no regime elástico
> Nesta fase, a tensão σ é diretamente proporcional à deformação específica

∙

34

Módulo de elasticidade
> O coeficiente E é chamado de módulo de

elasticidade longitudinal do material, ou
módulo de Young
> O módulo E representa o fator de

proporcionalidade entre a tensão
normal e a deformação longitudinal,
considerando o material na zona de
comportamento elástico linear
σx
tgα = =E
εx
35
> O módulo E é expresso nas mesmas

unidades da tensão σ (Pa)
> O maior valor da tensão para o qual a lei

de Hooke pode ser utilizada para
determinado material é conhecido como
o limite de proporcionalidade daquele
material

36

> A deformação total, de uma barra

linearmente elástica é:
– diretamente proporcional ao esforço
normal e ao comprimento da barra
– inversamente proporcional à rigidez axial
da secção transversal (AE)
N
σx =
A
N ⋅L
δ δ=
εx = A⋅ E
L
σ x = E ⋅εx
37
Limite de proporcionalidade
> No caso dos materiais dúcteis que

possuem um ponto de cedência bem
definido o limite de proporcionalidade
quase coincide com o ponto de
Cedência
cedência
Endurecimento
> Para outros materiais não é tão fácil a
definição do limite

38

Comportamento elástico
> Se as deformações específicas provocadas em um corpo de prova pela aplicação de

determinada força desaparecem quando a força é removida, dizemos que o
material se comporta elasticamente
> O maior valor da tensão para o qual o material se comporta elasticamente é

chamado de limite elástico

39
> σE ⇒ Tensão limite

convencional de elasticidade
> σP ⇒ Tensão limite
convencional de
proporcionalidade
> σCED ⇒ Tensão de cedência
> σROT ⇒ Tensão de rotura
Materiais dúcteis - aço macio
diagrama real

40

> σE ⇒ Tensão limite

convencional de elasticidade
> σP ⇒ Tensão limite
convencional de
proporcionalidade
> σCED ⇒ Tensão de cedência
> σROT ⇒ Tensão de rotura
Materiais dúcteis - aço macio
diagrama simplificado

41
> Se o material tem um ponto de

cedência bem definido o limite elástico,
o limite de proporcionalidade e o ponto
de cedência são essencialmente iguais
Cedência
> O material comporta-se elástica e

Endurecimento
linearmente desde que a tensão seja
mantida abaixo do ponto de cedência

42

Comportamento plástico
> Em situações em que o ponto de

cedência é atingido, após se retirar a
carga é possível que não se recupere o
comprimento inicial, restando uma
deformação residual permanente,
designada por deformação plástica
> A deformação plástica depende da
carga e do tempo de aplicação

43

44

Materiais frágeis
> São caracterizados pela rotura ocorrer

sem «aviso», i.e, sem alterações prévias
notáveis na taxa de alongamento, e em
geral para pequenas deformações
> Estes materiais frágeis, não apresentam
diferença entre o limite de resistência e
a resistência à rotura
> Neste caso a deformação no instante da
rotura é muito menor que nos materiais
dúcteis

45
Materiais frágeis
> A falta de estricção dos materiais frágeis

leva à ocorrência de uma rotura ao
longo de uma superfície perpendicular
à carga
> As tensões normais são as principais

responsáveis pela rotura de materiais
frágeis

46

Bibliografia

47
Bibliografia
> Bibliografia geral e elementos utilizados:

– Beer, F.; Johnston, E. R.; DeWolf, J. T. , Mazurek, D. F. – Mecânica dos materiais.
Mc-Graw Hill, AMGH Editora Ltda., 2011. 5.a edição.
ISBN 0-07-352938-9 / 978-0-07-352938-7.
– Beer, F.; Johnston, E. R.; DeWolf, J. T. , Mazurek, D. F. – Mechanic of materials. Mc-
Graw Hill, 2012. Sixth edition. ISBN 978-0-07-338028-5
– Antunes, E. R. C. – Resistência de materiais. ISEL, s/d.
– Costa, Alexandra – Resistência de materiais. ISEL, 2016.

48

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> A aplicação de uma força P, segundo o

> A variação de P permite a construção de

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Extensão normal sob carregamento axial

> Este gráfico não é extrapolável para

> Para o dobro da secção (2A), a mesma

> Para o dobro do comprimento a mesma

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Extensão normal sob carregamento axial

> Em todas as situações a relação entre a

> Cria-se o conceito de extensão

> Esta grandeza é adimensional

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> Construindo o gráfico da tensão σ = P / A

> Essa curva é chamada de diagrama

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