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19º Domingo Do Tempo Comum

Tema: Olhos abertos e Corações no Céu.


Exórdio: São João Bosco perguntou aos meninos que estavam
brincando no oratório? Se vocês soubessem que iriam morrer hoje,
o que vocês fariam? Um respondeu: - Eu iria dar um abraço no
meu pai, comeria um sorvete pela última vez, iria me confessar... e
Você Domingos Sávio? – Eu continuaria brincando! 
Esta imagem nos serve para rezarmos hoje neste domingo,
olhos abertos, vigilante e Corações no céu.
1. Olhos abertos.
- É um esforço grandioso permanecer com os olhos abertos,
atentos diante de tantas realidades que nos distrai. Há hoje um
movimento grandíssimo de realidades boas, mas também de
realidades que nos tiram a atenção, que nos deixam distraídos,
cansados, e a vida pode passar, e distraídos não conseguimos
perceber o Senhor que chega, o Senhor que bate na porta, e não
abrimos, porque não estamos vigilantes.
- Não se trata aqui, é claro, de estar com os olhos físicos abertos,
mas de estarmos com os olhos da alma bem atentos, pois é
preciso que nossa alma, nossa casa interior esteja bem preparada
para a chegada de Deus a cada dia, em cada oração bem feita, em
cada santa missa celebrada. A vigilância é esta centralidade em
preparar o melhor para Deus de nós mesmos, uma alma que não
esteja pesada pelos apegos desta vida, um coração que tenha
Deus como seu único e verdadeiro tesouro ​"Porque onde está o
vosso tesouro, aí estará também o vosso coração"​.
- Deus não entra em nossa vida como um ladrão, Ele não nos
roubará a juventude, o tempo, a liberdade, o aproveitar a vida, mas
Ele nos ensina a viver o presente com os olhos no futuro que não
passará e que será totalmente realização, o que temos aqui é só
um pequeno reflexo da beleza e realização que é o céu.
Lembremos de Bento XVI que dizia aos jovens numa Jornada
Mundial da Juventude: -“Jovens não tenhais medo, Cristo não nos
tira nada, Ele vos dá tudo”.
- Não há necessidade de ter os olhos abertos para ver o que Deus
vai tirar de mim, mas verificar que mesmo tendo muito deste
mundo não é garantia de um coração realizado, tranquilo e em paz
voltado para o céu. E aqui já olhamos para a segunda realidade da
nossa oração nesta liturgia:
2. Corações no Céu.
- É assim que escutamos na Santa Missa: ​"corações ao alto, o
nosso coração está em Deus". Trata-se justamente do que
escutamos na segunda leitura da Carta aos Hebreus, mesmo sem
verem a terra prometida, o povo de Israel acreditou, enxergou com
os olhos da alma uma realidade que Deus prometeu e cumpriu.
Pela fé elevamos nossos corações ao alto, ao céu, pois esta
realidade já a enxergamos com a certeza que Deus coloca em
nossa alma. Como explicar nossa busca pelo céu se não for pela
fé?
- O coração que não confia e não acredita em Deus precisa escutar
muitas vozes deste mundo, buscar muitas realidades, e ainda
assim, nunca estará saciado e em paz. Por isso, Jesus Cristo nos
oferece hoje este evangelho para nos recordar que um tesouro
maior nos espera, e já podemos experimentá-lo pela fé, um céu
que já começa hoje, agora nesta santa missa. Que não é uma
realidade chata, mas uma realidade interior, basta deixar Deus
habitar, entrar em nossa casa, em nossa alma, pois se vigilantes
estamos Ele mesmo nos servirá e nos alimentará, ​"Felizes os
empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar.
Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los
sentar-se à mesa e, passando, os servirá"​.
- Peçamos meus amigos a graça de centrarmos nosso coração e
nossas famílias no céu, e que estejamos sempre vigilantes, com os
olhos abertos, pois quando o Senhor nos chamar estaremos
tranquilos e prontos para abrir a porta e tomar posse desta
realidade que nunca se acaba, o céu.

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