Você está na página 1de 112

FARMÁCIA

Fisiologia Humana

Alexandre Alvares Martins Msc

1
Fisiologia Geral
Sistema Nervoso: Potencial de Ação: Gênese do Potencial de Membrana e
Potencial de Ação Sinalização Intercelular e Intracelular.
Sinalização Neuronal, neurotransmissores inibitórios e excitatórios.
Transmissão sináptica.
Organização Geral do Sistema Nervoso.
2
Mestrado em Ciências e Tecnologias em Saúde - UNB Conselheiro Regional pelo CRF/DF
Especialista em Farmácia Hospitalar - UNB Presidente da Comissão de Tomada de Contas
Especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica – UFSC Membro da Comissão assessora de
Farmacêutico – Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP empreendedorismo

Gestão de Farmácia Comunitária Consultor no Departamento de Assistência


Farmacêutico Clínico em Unidade de Terapia Intensiva Farmacêutica do Ministério da Saúde – Gabinete
Manipulação em Oncologia – Hospital da Criança de Brasília DAF/SCTIE/MS
Farmácia Ambulatorial – Hospital da Criança de Brasília
Consultório Farmacêutico em pediatria Professor de cursos de Pós-graduação
Membro da comissão assessora de farmácia clinica – Palestrante e Coach
CRF/DF
@alexandremartins.oficial
3
Sistema nervoso
Sistema nervoso

◉ O sistema nervoso é responsável pela


adaptação do organismo ao ambiente.
◉ Sua função é perceber e identificar as
condições ambientais externas, bem como as
condições dentro do próprio corpo e elaborar
respostas que adaptem a essas condições.

5
Funções do sistema nervoso

◉ Sensitiva
◉ Integradora
◉ Motora

6
7
8
9
SISTEMA NERVOSO
CENTRAL

◉ O SNC é constituído
pelo encéfalo e pela
medula espinal ou
espinhal.

10
Encéfalo

O encéfalo: massa
nervosa situada na caixa
craniana, apresenta as
seguintes regiões:
Cérebro, cerebelo, tronco
encefálico (ponte e bulbo).
ESTRUTURA ENCÉFALO

◉ O cérebro é o centro do controle de quase todas as atividades


vitais necessárias à sobrevivência, tais como: movimento, o
sono, a fome, a sede e de quase e de todas as emoções.

◉ O cerebelo - equilíbrio e a postura.


◉ O bulbo raquiano - funções involuntárias (frequência cardíaca
e respiração)
◉ A ponte - fibras nervosas mielinizadas que ligam o córtex
cerebral ao cerebelo.

12
13
Autônomo

ações involuntárias

Simpático

ações voluntárias
Parassimpático

14
SIMPÁTICO
estimula ações que
mobilizam energia
(situações de
estresse)

PARASSIMPÁTICO
estimula
principalmente
atividades relaxantes

15
SISTEMA NERVOSO
PERIFÉRICO
Sensitivos ou aferentes: quando
transmitem impulsos nervosos
dos órgãos receptores até o SNC.

Motores ou eferentes: quando


transmitem impulsos nervosos do
SNC para os órgãos efetores.

Mistos ou viscerais: quando


possuem neurofibras (ou fibras
nervosas) sensitivas e motoras.
16
Acidente Vascular Cerebral
(AVC)

◉ Obstrução de uma artéria


◉ Isquemia de uma área do cérebro, como por
uma ruptura arterial seguida de derrame.
◉ Os neurônios ficam sem oxigenação e morrem
◉ Lesão neurológica irreversível.
◉ Problemas motores e de fala.

17
18
19
EPILEPSIA

◉ Não é um doença e sim um sintoma que pode


ocorrer em diferentes formas clínicas.
◉ Na maioria dos casos, antes dos 18 anos de
idade e podem ter causas diversas,
◉ Anomalias congênitas, doenças degenerativas
do sistema nervoso, infecções, lesões
decorrentes de traumatismo craniano,
tumores cerebrais, etc.
20
21
DOENÇA DE PARKINSON

◉ Geralmente incide a partir dos 60 anos de idade.


◉ Causada por alterações nos neurônios que constituem a
"substância negra" e o corpo estriado.
◉ Movimentos lentos, rigidez corporal, tremor incontrolável,
além de acentuada redução na quantidade de dopamina,
substância neurotransmissora fabricada pelos neurônios do
corpo estriado.

22
23
DOENÇA DE
PARKINSON

CÉLULAS
TRONCO

24
Doença de Huntington

◉ Manifestação por volta dos 40 anos de idade.


A pessoa perde progressivamente a
coordenação dos movimentos voluntários, a
capacidade intelectual e a memória.
◉ Causado pela morte dos neurônios do corpo
estriado. Pode ser hereditária, causada por
uma mutação genética.

25
26
Doença de Alzheimer

◉ Perda de memória, dificuldade para realizar


atividades simples, mudanças de humor e
comportamento agressivo.
◉ Demência

27
28
29
30
31
32
Poliomelite

◉ A poliomielite do grego “polios” que significa cinzento e


“myelos”, medula espinal, é uma doença infecto-
contagiosa causada pelo poliovírus (um enterovírus).

◉ A doença caracteriza-se por apresentar um quadro


clínico de paralisia flácida (permanente ou transitória)
de início súbito que pode conduzir à morte.

33
◉ A doença afeta unicamente humanos,
sendo mais comum em crianças. O
vírus entra no corpo pela boca e possui
maior afinidade com as células
nervosas – onde se replica.

34
35
Tecido Nervoso e
homeostasia
37
TECIDO NERVOSO E
HOMEOSTASIA

◉ As características excitáveis do tecido nervoso permitem a geração de


impulsos nervosos (potenciais de ação) que produzem regulação e
comunicação com a maioria dos tecidos do corpo.

◉ Juntos, o sistema nervoso e o sistema endócrino compartilham a


responsabilidade pela manutenção da homeostasia.

◉ O ramo da ciência médica que lida com o funcionamento normal e os


distúrbios do sistema nervoso é a neurologia.

38
Funções do Sistema Nervoso

◉ Função sensorial
◉ Função integrativa
◉ Função motora

39
Função sensorial

◉ Os receptores sensoriais detectam


estímulos internos, como um
aumento na acidez do sangue, e
estímulos externos, como uma gota
de chuva que cai no seu braço.
◉ Essa informação sensorial é, em
seguida, conduzida até o encéfalo e
medula espinal por meio dos nervos
cranianos e espinais.

40
41
Células receptoras 42
Neurônios sensitivos - Medula espinhal - Encéfalo

43
Função integrativa

◉ O sistema nervoso integra


(processa) informação sensorial,
analisando e armazenando uma
parte e tomando decisões para as
respostas apropriadas.
◉ Uma função integrativa importante
é a percepção, o conhecimento
consciente do estímulo sensorial.
A percepção ocorre no encéfalo. O encéfalo é uma porção complexa
do Sistema Nervoso Central

44
Função motora

◉ Uma vez que a informação é integrada,


o sistema nervoso pode provocar uma
resposta motora apropriada, ativando
os efetores (músculos ou glândulas) por
meio dos nervos espinais e cranianos.
◉ A estimulação dos efetores leva à
contração dos músculos e à secreção
das glândulas.

45
46
47
48
Subdivisões do Sistema Nervoso 49
Distribuição da substância cinzenta e da substância branca no
encéfalo e na medula espinal

A substância branca consiste, basicamente, em axônios mielinizados de muitos neurônios.


A substância cinzenta consiste em corpos celulares neuronais, dendritos, axônios amielínicos, terminais axônicos e neuróglia. 50
Unidade básica

◉ A unidade básica do sistema nervoso é a célula


nervosa, denominada neurônio; ela é capaz de
perceber as mínimas variações que ocorrem em
torno de si, reagindo com uma alteração elétrica
que percorre sua membrana.

◉ Essa alteração elétrica é o impulso nervoso.

51
HISTOLOGIA DO TECIDO
NERVOSO

◉ O tecido nervoso consiste em dois tipos de células:


neurônios e neuróglia.
◉ Os neurônios produzem a maioria das funções exclusivas
do sistema nervoso, tais como sensibilidade, pensamentos,
lembranças, controle da atividade muscular e a regulação
das secreções glandulares.
◉ A neuróglia sustenta, alimenta e protege os neurônios, e
mantém a homeostasia no líquido intersticial que banha os
neurônios.
52
CÉLULAS DO SISTEMA
NERVOSO

◉ Neurônios - Células Nervosas

◉ Neuróglia - Células Gliais

○ Células que ocupam os espaços entre os neurônios,


com funções de sustentação, revestimento ou
isolamento, modulação da atividade neuronal e
defesa.
53
Neurônios, como outras células, têm um corpo celular (chamado de soma). O núcleo do
neurônio encontra-se no soma. Neurônios precisam produzir muitas proteínas e muitas
das proteínas neuronais também são sintetizadas no soma.
54
As funções básicas de um
neurônio

◉ Receber sinais (ou informação).


◉ Integrar sinais de entrada (para determinar se
essa informação deve ser repassada ou não).
◉ Comunicar sinais às células alvo (outros
neurônios ou músculos ou glândulas).
◉ Estas funções neuronais são refletidas na
anatomia do neurônio.
55
56
57
58
Oligodendrócitos,
são responsáveis pela produção da bainha de mielina possuem a
função de isolante elétrico para os neurônios do SNC.

Astrócitos, dispõem-se ao longo dos capilares sanguíneos do


encéfalo, controlando a passagem de substâncias do sangue para
as células do sistema nervoso.

Micróglia, estas células são pequenas e alongadas, com


prolongamentos curtos e irregulares.
60
61
62
63
Números

◉ Mulheres ◉ 31 milhões de ◉ Neurônios são a


◉ 19 bilhões de neurônios minoria quase
neurônios no morrem no insignificante em
córtex córtex a cada termos numéricos:
ano 2% a 10% do total
de células
◉ Homens cerebrais...o resto
◉ 85 mil por dia
◉ 23 bilhões de são células gliais.
neurônios no
córtex ◉ 1 por segundo
64
Apresenta: corpo celular, dendritos,
Neurônio axônio, nódulo de Ranvier, bainha de
mielina.

Dendritos
ramificações do corpo
celular. Função: captar Nódulo de
estímulos. Ranvier
regiões do
axônio não
recobertas
Corpo celular por bainha
localiza-se o núcleo e a
maioria das estruturas
citoplasmáticas.

Axônio – estrutura Bainha de Mielina – células de


especializada na transmissão Schwann que se enrolam no
dos impulsos nervosos. axônio. Isolante elétrico
66
67
Dendritos

◉ As primeiras duas funções neuronais, receber e processar


informação, geralmente acontecem nos dendritos e corpo
celular.

◉ Sinais recebidos podem ser:


○ Excitatórios - o que significa que eles tendem a fazer o
neurônio disparar (gerar um impulso elétrico)
○ Inibitórios - o que significa que eles tendem a evitar que o
neurônio dispare.
68
Árvore Dendrítica

Dendritos ou dendrites (do gr


ego: δένδρον déndron: 'árvore')
são os numerosos
prolongamentos
dos neurônios que atuam na
recepção de estímulos
nervosos do ambiente ou de
outros neurônios e na
transmissão desses estímulos
para o corpo da célula.

Célula de Purkinje
Córtex Cerebelar
69
Axônios

◉ Muitos axônios são cobertos com uma


substância isolante especial chamada mielina,
que os auxilia a transmitir o impulso nervoso
rapidamente.

◉ Mielina nunca é encontrada nos dendritos.

70
Processo de comunicação
entre neurônios

◉ A comunicação dos neurônios envolve


fenômenos de natureza elétrica e química.
◉ Impulsos, que são transportados pela
membrana da célula nervosa.
◉ Sinapse, região onde os neurônios se
comunicam.

71
_Imagem modificada de "Neurons and glial cells: Figure 2" e "Synapse," por OpenStax College,
Biology (CC BY 3,0)._

72
73
Ciências, 8º ano
Sistema nervoso e as principais doenças

Comunicação química

◉ Neurotransmissores
◉ Mensageiros químicos
SINAPSE

◉ É uma junção anatômica especializada entre


dois neurônios, onde a atividade elétrica de
um influencia a atividade do outro.

○ SINAPSE EXCITATÓRIA
○ SINAPSE INIBITÓRIA

75
76
77
Sinapses

◉ Conexões neurônio-a-neurônio são feitas com os dendritos e


os corpos celulares de outros neurônios.
◉ São os sítios nos quais a informação é transferida do primeiro
neurônio, o neurônio pré-sináptico, para o neurônio-alvo (o
neurônio pós-sináptico).
◉ As conexões sinápticas entre neurônios e células musculares
esqueléticas são geralmente chamadas de junções
neuromusculares, e as conexões entre neurônios e células
musculares lisas ou glândulas são conhecidas como junções
neuroefetoras.
78
FIBRAS NERVOSAS

◉ As fibras nervosas, ou
neurofibras, são prolongamentos
citoplasmáticos finos que
compõem a estrutura
dos neurônios. No sistema
nervoso, essas fibras exercem a
função de conduzir impulsos
nervosos e ocorrem em dois
tipos: dendritos e axônios
79
80
SINAIS ELÉTRICOS NOS
NEURÔNIOS

◉ Como as fibras musculares, os neurônios são


eletricamente excitáveis. Comunicam-se, uns
com os outros, usando dois tipos de sinais
elétricos:
○ (1) Potenciais graduados são usados para a
comunicação apenas por curtas distâncias.
○ (2) Potenciais de ação permitem a comunicação
por grandes distâncias no interior do corpo.

81
Impulso Nervoso

◉ A estrutura especializada na transmissão dos impulsos


nervosos é o axônio.
◉ O impulso nervoso, que se propaga em um único sentido na
fibra nervosa.
◉ Dendritos sempre conduzem o impulso em direção ao corpo
celular.
◉ O axônio por sua vez, conduz o impulso em direção às suas
extremidades, isto é, para longe do corpo celular

82
Potencial de membrana

◉ Diferença de potencial elétrico (voltagem) na


membrana.
◉ Nas células excitáveis, essa voltagem é
chamada de potencial de membrana em
repouso.

◉ O potencial de membrana é semelhante à


voltagem armazenada em uma bateria.
83
Nas células vivas, o fluxo de íons (em lugar de elétrons) constitui a corrente elétrica. 84
85
86
87
Canais Iônicos

◉ Quando abertos, os canais iônicos permitem que íons


específicos se movimentem pela membrana plasmática,
ao longo de seus gradientes eletroquímicos — uma
diferença na concentração (química), mais uma diferença
elétrica.
◉ Lembre-se de que os íons movem-se de áreas de maior
concentração para áreas de menor concentração (a parte
química do gradiente).

88
Canais Iônicos

◉ Os sinais elétricos produzidos pelos neurônios e fibras


musculares dependem de canais iônicos.
◉ Canais de vazamento - canais de vazamento para o íon
potássio (K’) e o íon sódio (Na+).
◉ Canais controlados por ligantes - se abre e se fecha em
resposta a um estímulo químico específico (O
neurotransmissor acetilcolina, por exemplo, abre os canais
de cátions que permitem a difusão do Na+ e do Ca:+ para o
interior e do K+ para o exterior)
89
Canais Iônicos

◉ Canais mecanicamente controlados - se abre ou se fecha


em resposta à estimulação mecânica na forma de
vibração (como as ondas sonoras).

◉ Canais controlados por voltagem - se abrem em resposta


a uma alteração no potencial (voltagem) de membrana.
Os canais controlados por ligantes participam na geração
e condução dos potenciais de ação.

90
91
Potencial de Membrana em
Repouso

◉ O potencial de membrana em repouso existe em razão de um


pequeno acúmulo de íons negativos no citosol, ao longo da face
interna da membrana, e de um acúmulo igual de íons positivos no
líquido extracelular, ao longo da superfície externa da membrana.

92
0 potencial de membrana em repouso é determinado por três fatores principais: (1) distribuição desigual de íons no líquido
extracelular e no citosol; (2) incapacidade da maioria dos ânions em deixar a célula; e (3) natureza eletrogênica das ATPases Na/K'. 93
Geração de Potenciais de Ação

◉ Um potencial de ação (PA) ou impulso é


uma sequência de eventos ocorrendo
rapidamente, que diminui e inverte o
potencial de membrana e, em seguida,
finalmente o restauram ao seu valor de
repouso.
◉ Um potencial de ação possui duas fases
principais: uma fase de despolarização e
uma fase de repolarização

94
Geração de Potenciais de Ação

◉ Durante a fase de despolarização, o potencial de membrana se


toma menos negativo, chega a zero e, em seguida, se torna
positivo.
◉ Durante a fase de repolarização, o potencial de membrana é
restaurado ao seu estado de repouso de —70 mV.
◉ Após a fase de repolarização, pode haver uma fase pós-
hiperpolarização, durante a qual o potencial de membrana,
temporariamente, se toma mais negativo do que o nível de
repouso.

95
96
97
98
99
100
101
102
103
Impulso
elétrico

A velocidade do impulso nervoso varia de neurónio para neurónio e relaciona-se com a estrutura do axônio. 104
Como se transmite o impulso
nervoso entre neurônios?

◉ As terminações dos axónios


estabelecem ligações com
as dendrites ou com o
corpo celular do dos
neurónios seguintes.
◉ Região de contacto muito
próximo entre a
extremidade de um
neurónio e a superfície de
outras células - SINAPSE
105
Como se transmite o impulso
nervoso entre neurônios?

◉ Na fenda sináptica, quando o


impulso atinge as extremidades
do axónio pré-sináptico,
libertam-se para a fenda os
NEUROTRANSMISSORES.
◉ Estas substâncias químicas
ligam-se a receptores da
membrana da célula seguinte
(célula pós-sináptica).
◉ E, o impulso se propaga.
106
107
108
109
110
111

Sedare dolorem opus divinum est


(amenizar a dor é obra divina)

Hipócrates (400 a.C.)


Obrigado!
Alguma dúvida ?
Você pode me achar em:

alexandremartins.oficial
112

Você também pode gostar