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Jesus não ratifica nossa autoimagem, nem a opinião que temos de

nós mesmos, nem a opinião que gostaríamos que os outros


tivessem a nosso respeito. Não há um caminho plano para Deus
pelo qual podemos subir com todas as nossas expectativas de vida
ratificadas e preenchidas. Há apenas o caminho da cruz, onde o
Jesus condenado e crucificado contradiz nossas expectativas, nos
obriga a nos enxergarmos como realmente somos, não como
gostaríamos de ser vistos, e revela o mundo como uma paisagem
estranha e diferente que ainda não tínhamos observado, um jogo
paradoxal no qual só vencem os perdedores. A dissipação das
ilusões pode ser dolorosa, mas pode ser também um grande alívio,
além de ser libertadora.

Richard Bauckham; Trevor Hart, Ao pé da cruz: reflexões sobre homens e


mulheres que viram a crucificação
(São Paulo: Mundo Cristão, 2000), p. 44.

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