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TÉCNICAS DE OBSERVAÇÃOE

REGISTRO
Profa. Fabiana Harumi Shimabukuro
Morfologia e função do comportamento
Unidade 10 - Aprendendo a observar. Marilda Fernandes Danna e Maria
Amélia Mattos. - 2.ed. - São Paulo : EDICON, 2011.
Comportamento

• "Os homens agem sobre o mundo e o modificam e, por sua vez, são
modificados pelas consequências de sua ação." (Skinner, 1957, p.1).

• Comportamento: interação de uma organismo com seu ambiente.

• Comportamento -----------> Consequência


Relação entre eventos físico e comportamento – unidade 8
Morfologia e função do comportamento
• Podemos definir comportamento de acordo com a morfologia e função
• Morfologia diz respeito a forma como o comportamento se apresenta
(topografia) – postura/expressões faciais/movimentos corporais.
• Função diz respeito às modificações ou efeitos produzidos pelo
comportamento no ambiente.
• Por exemplo, quando você relata que M está com os ombros caídos e
pálida, ou que move a cabeça lateralmente para a direita, você está
focalizando os aspectos morfológicos dos comportamentos apresentados
por M (uma postura: ombros caídos; uma aparência: pálida; e um
movimento: move a cabeça lateralmente para a direita). Quando diz que
M se aproxima da janela, ou que M abre a bolsa, você está enfatizando os
aspectos funcionais dos comportamentos, isto é, os efeitos produzidos no
ambiente (proximidade da janela e bolsa aberta, respectivamente).
Morfologia e função
• Exemplo: Abrir a porta
• Esse comportamento envolve determinados movimentos, dependendo
de a porta ter um trinco ou maçaneta. Considere que você está diante de
uma porta fechada com um trinco, você pode abrir a porta abaixando o
trinco com a mão direita, a mão esquerda, ou ainda com o cotovelo e até
mesmo com o pé.
• Cada uma dessas formas de abrir implica em movimentos específicos, ou
seja, morfologia. A função será produzir a porta aberta.
• TODO COMPORTAMENTO TEM UMA MORFOLOGIA E UMA FUNÇÃO.
• Lembrando que a morfologia pode ser diversas – também conhecido
como classe de resposta.
• Classe de respostas - são as várias formas de produzir uma modificação
no ambiente.
Morfologia e função
Definição mista – envolve as duas formas. Ex: “estando um objeto preso
entre os dedos, consiste em estender o antebraço abruptamente e,
simultaneamente, abrir a mão, produzindo o lançamento do objeto para
longe do corpo”.
Onde estão as definições funcionais e morfológica do comportamento
neste exemplo?
Objetivo do estudo observacional
Objetivo do estudo observacional
A escolha do tipo de definição a ser utilizado depende do objetivo do estudo
observacional. Em geral, quando a observação visa a seleção ou avaliação de
pessoas, definições funcionais são suficientes. Entretanto, quando a
observação visa o treinamento da pessoa, é necessário especificar também
a morfologia do comportamento.
Se o objetivo é a seleção ou avaliação profissional, basta verificar se o efeito
desejado foi obtido, ou melhor, se a tarefa foi feita de acordo com os
critérios estabelecidos.
Objetivo do estudo observacional
Por exemplo, posso avaliar a eficiência de um pedreiro, verificando o
produto do seu trabalho.
O comportamento do pedreiro de "construir paredes" será definido
funcionalmente, descrevendo-se os efeitos do mesmo (tijolos sobrepostos,
unidos e alinhados).
Se o objetivo for o treinamento do pedreiro, será necessário recorrer a
definições que descrevam não só o efeito, mas também as posturas e
movimentos que ele apresenta ao construir a parede, na sequência em que
estes movimentos e posturas ocorrem. Neste caso, será necessário descrever
a forma (morfologia) como ele pega a pá, os movimentos da mão ao alisar o
cimento, ao colocar o tijolo etc.
Objetivo do estudo observacional
As definições podem ser morfológicas, funcionais ou mistas.
O objetivo do estudo observacional determinará o tipo de definição a ser
utilizado.

Resumindo: definições morfológicas focalizam a postura, aparência e


movimentos apresentados pela pessoa; definições funcionais salientam os
efeitos produzidos pelo comportamento no ambiente; definições mistas
focalizam ambos, isto é, aspectos morfológicos e aspectos funcionais.
REFERÊNCIA
DANNA, M F; MATOS, M A. Aprendendo a observar. São Paulo: EDICON,
2011.

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