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SALMOS: Uma referência para a vida de adoração e oração do cristão

PORTAL ESCOLA DOMINICAL


2º Trimestre de 2020 – Editora Betel
SALMOS: Uma referência para a vida de adoração e oração do cristão
Comentários da revista da Editora Betel: ADRIANO GONÇALVES DO NASCIMENTO
Comentário: Dc. Lenilton Ferreira da Silva
Assembleia de Deus – Ministério Madureira – Samambaia Sul/DF

CONFIANÇA EM TEMPO DE AFLIÇÃO


Lição 7 – Domingo, 17 de maio de 2020

TEXTO ÁUREO
“Em Deus tenho posto a minha confiança; não temerei o que me possa fazer o
homem.” Salmo 56.11

VERDADE APLICADA
Uma firme confiança no Senhor é resultado de uma experiência pessoal com Ele e
fundamentada na Palavra de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
► APRESENTAR o contexto histórico do Salmo 56.
► OBSERVAR aspectos da oração que Davi apresentou a Deus.
► ENSINAR que devemos ter plena confiança no Senhor.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
SALMOS 56
1. Tem misericórdia de mim, ó Deus, porque o homem procura devorar-me; e me
oprime, pelejando todo o dia.
3. No dia em que eu temer, hei de confiar em ti.
4. Em Deus louvarei a sua palavra; em Deus pus a minha confiança e não temerei;
que me pode fazer a carne?
5. Todos os dias torcem as minhas palavras; todos os seus pensamentos são
contra mim para o mal.
6. Ajuntam-se, escondem-se, espiam os meus passos, como aguardando a minha
morte.
8. Tu contaste as minhas vagueações; põe as minhas lágrimas no teu odre; não
estão elas no teu livro?

INTRODUÇÃO
As lutas e adversidades também fazem parte da vida cristã, mas não podemos ser
paralisados por elas. A vitória do crente é garantida através de uma firme
confiança em Deus. Em momentos de aflições precisamos clamar pelo Senhor, que é
poderoso para nos guardar até o fim.

PONTO DE PARTIDA
É preciso confiar em Deus em todo o tempo

1. CONTEXTO HISTÓRICO
No Salmo 56, Davi expressa a situação complicada em que se encontrava. O medo
em relação à circunstância que estava vivendo, marcada por ataques vorazes de

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seus inimigos, o levou a um profundo diálogo com Deus. Ele expressa ao Senhor
sua esperança, sua súplica e seus medos. Embora fosse acostumado às batalhas,
Davi estava fugindo de Saul, que planejava matá-lo. Nessa fuga, foi para Gate,
cidade natal de Golias. Ele estava cercado, seja pelas ações de Saul, seja
pelos prováveis ataques dos filisteus, a fim de vingar a morte de Golias.

1.1. O cântico das mulheres


A Bíblia sagrada está repleta de cânticos de mulheres de Deus. Um cântico muito
conhecido é o cântico de Ana relatado em [1 Sm 2. 1-10]. Após Davi derrotar o
gigante Golias, as mulheres de Israel vieram até Saul, cantando: “Saul feriu os
seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares” [1Sm 18.7]. Ao ouvir aquela
canção, Saul irou-se e passou a ter inveja de Davi [1Sm 18.9]. O espírito
maligno apoderou-se dele, e passou a perseguir Davi. Ao contrário de Saul,
devemos praticar o que está escrito em Tiago 4.7 “Sujeitai-vos, pois, a Deus;
resisti o diabo, e ele fugirá de vós.”

Subsídio do Professor: Segundo o Comentário Bíblico NVI: “A relação harmoniosa


entre o rei e o jovem herói não estava destinada a durar. A inveja de Saul que
ficara escondida até aqui veio à tona quando ouviu as mulheres cantando (...).
Um ciúme cruel começou a ferver em sua alma. (...) Ele ficou irado e
descontente”.

1.2. As ações dos inimigos de Davi


Saul, tomado por inveja, planejava sistematicamente a morte de Davi. Este para
escapar, foge e procura abrigo entre os inimigos do povo de Deus. As agressões
dos seus inimigos eram sem trégua. Eles eram incansáveis [Sl 56.6]. O Novo
Testamento enfatiza as investidas das forças espirituais malignas que tentam
destruir aqueles que estão em Cristo, por isso devemos estar apercebidos,
vigilantes em todo tempo. O Senhor nos dotou de espírito com o qual devemos
adorá-lo [João 4.24]. Paulo nos diz que quem está unido a Deus “é um espírito”
com Ele [1 Co 6.17].

Subsídio do Professor: Segundo o Comentário Bíblico Matthew Henry: “O único


objetivo de Saul e dos demais inimigos de Davi era arruiná-lo; todos os seus
pensamentos eram no sentido de fazer mal, por isso, interpretavam suas palavras
de forma maliciosa. Eles aguardavam continuamente a sua alma; o seu maior
anseio era a sua morte [v.6]. Eles lutavam diariamente contra ele e estavam
todos os dias prontos para devorá-lo. A maldade não admitia a menor concessão,
no sentido de baixar as armas, ou diminuir os atos de hostilidades”.

1.3. Uma guerra inglória


Uma guerra inglória. Uma verdadeira caça à pulga, como bem descreve o próprio
Davi [1Sm 24.14]. Saul organizou todo o seu aparato, seu exército com mais de
três mil soldados, para matar Davi, que estava acompanhado apenas de seiscentos
soldados. Nessa atitude reprovável de Saul podemos inferir as nossas. Trazendo
para os nossos dias, precisamos ter cuidado com discussões que começam
pequenas, por coisas pequenas, mas se tornam grades muitas vezes por falta de
maturidade. Em seu famoso e Poderoso sermão, O sermão do monte, o nosso Senhor

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Jesus nos ensina algo precioso: Mt. 5.9 “bem-aventurados os pacificadores,


porque eles serão chamados filhos de Deus.”

Subsídio do Professor: A Palavra de Deus, no livro de Hebreus 12.15, declara:


“Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz
de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.”. O
apóstolo Paulo ensina que toda amargura, ira e cólera devem ser tiradas do meio
de nós [Ef 4.31]. Esaú, ao ficar amargurado por ter sido enganado, quis matar o
seu irmão. Caim, tomado de amargura, cometeu o primeiro homicídio, matando o
seu próprio irmão. É preciso ter cuidado com o que a ira pode causar [Ef 4.26].

EU ENSINEI QUE: No Salmo 56, Davi expressa ao Senhor sua esperança, sua súplica
e seus medos, uma vez que estava enfrentando diversos conflitos.

2. A ORAÇÃO DE DAVI
É interessante observar os aspectos da oração que Davi apresentou a Deus diante
da circunstância que estava enfrentando. Ao observamos a oração de Davi,
poderemos extrair diversas lições a serem seguidas.

2.1. Pedido de misericórdia


Davi pede a Deus que tenha misericórdia, pois pelejavam contra ele diariamente
[Sl 56.1]. A palavra misericórdia tem origem no latim pela junção de duas
palavras: miserere (ter compaixão), e cordis (coração), significa que o coração
de Deus se importa com a nossa miséria, com as nossas dificuldades. Por isso a
palavra de Deus nos diz que, “As misericórdias do Senhor são a causa de não
sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” [Lm 3.22] Em
Cristo Jesus fomos feitos filhos de Deus, o qual também é chamado de “Pai das
misericórdias” [Jo 1.12; 2Co 1.3].

Subsídio do Professor: Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe: “No Antigo


Testamento, o termo misericórdia representa duas raízes distintas: rehem (que
pode significar maciez), o ventre, referindo-se, portanto, à compaixão materna
[1Rs 3.26 – entranhas], e hesed que significa força permanente [Sl 59.16;
62.12; 144.2] ou mútua obrigação ou solidariedade das partes relacionadas –
portanto lealdade. A primeira forma expressa a bondade de Deus, particularmente
em relação àqueles que estão em dificuldades [Gn 43.14; Êx 34.6]. A segunda
expressa a fidelidade do Senhor, ou, os laços pelos quais pertencemos ou
fazemos parte do grupo dos seus filhos.”. Davi necessitava da proteção do
Senhor, precisava ser abraçado pelo Pai, pois estava vivendo um momento muito
difícil na sua vida.

2.2. Levas em conta a minha peregrinação


Davi está clamando por socorro. Para escapar da morte, precisou percorrer um
caminho. Esta peregrinação foi marcada por lágrimas [Sl 56.8]. Davi está
passando por um momento de fragilidade, de perseguição. O clamor de Davi é:
Senhor leva em conta o meu sofrimento, leva em conta as minhas muitas
dificuldades. O que sempre nos chama atenção, e nos ensina nas orações do
salmista Davi, é a verdade, é sua sinceridade de coração. Davi verdadeiramente

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se derrama aos pés do Senhor para dizer: Eu dependo do teu favor Senhor. Deus
vem com tua providência e me livre destas adversidades.

Subsídio do Professor: João Calvino nos ensina: “As orações de Davi, como
transparece da passagem que se acha diante de nós, procediam da fé na
providência de Deus, que vigia nossos passos e por quem (para usar uma
expressão de Cristo) “até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão contados” [Mt
10.30]”.

2.3. Faça a tua justiça


Davi clama ao Senhor por sua perfeita justiça. Davi estava enfrentando tal
situação em decorrência de ter exercido o seu chamado. Mesmo sendo chamados por
Deus e fazendo a vontade de Deus, teremos aflições. Davi sabe que Deus é justo
sempre, Ele, o nosso Deus, nunca age de forma desonesta e retribui a cada um
aquilo que merece. Está escrito em Deuteronômio 32.4 “Ele é a Rocha, cuja obra
é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não
há nele injustiça; justo e reto é“.

Subsídio do Professor: Tiago 1.20 ensina: “Porque a ira do homem não opera a
justiça de Deus.”. É preciso entender que Deus não está a serviço dos nossos
devaneios. É verdade que os constantes ataques podem nos causar ira, amargura,
mas é necessário descansar no Senhor, deixando que Ele exerça a Sua justiça. A
justiça de Deus separa o falso do verdadeiro, o joio do trigo, as boas obras
das más obras.

EU ENSINEI QUE: Na oração que apresentou a Deus diante da circunstância que


estava enfrentando, Davi pede a Deus por misericórdia, socorro e justiça.

3. CONFIANÇA EM TEMPO DE CRISE


A confiança é pressuposto da oração. Ao dobrar os joelhos diante da face de
Deus, é preciso fazê-lo com fé, tendo certeza do agir de Deus. Segundo N. T.
Wright em seu livro, Salmos: O derramar sincero daquilo que constitui a
natureza real do adorador. Quando adoramos o Deus criador com integridade e de
todo coração, confiamos.

3.1. Louvor à Palavra de Deus


O salmista declara que em Deus louvaria a Sua Palavra [Sl 56.4]. O termo é
sinônimo de gloriar-se na Palavra do Senhor. Por mais difícil que seja o
momento que estamos enfrentando, nós somos convidados a nos alegrarmos na
palavra de Deus. Salmo 119.103 “Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu
paladar! Mais doces do que o mel à minha boca”. Em João 6.68 Pedro guiado pelo
o Espírito Santo nos ensina algo maravilhoso sobre as palavras do Senhor:
“Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras
de vida eterna”.

Subsídio do Professor: R. N. Champlin: “Está em pauta a palavra falada (ou


escrita) de Deus, a palavra no coração, a mensagem e a promessa de Deus que dão
aos homens a certeza e uma razão para continuarem confiando, mesmo em

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circunstâncias difíceis. Os hebreus tinham tremendo receio da morte prematura,


mas a palavra de Deus, expressa na lei, garantia vida longa para aqueles que
obedecessem aos mandamentos. Ver Deuteronômio 4.1; 5.33; 6.2 e Ezequiel 20.1”.

3.2. O medo não prevalece diante da confiança


O medo está intimamente relacionado à como olhamos para os problemas e
adversidades. O capitulo 1 Samuel 17.26 narra o momento em que Davi mostra em
quem está depositada a sua confiança: “Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens
a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu vou a ti em nome do
SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.
Querido leitor, a nossa vitória vem através da confiança que depositamos no
nosso Deus que é todo poderoso. K. Scott Oliphint, em seu livro, Por que você
acredita, ensina: Ao confiar em Jesus e crer em sua palavra começamos a ver o
mundo e todas as outras coisas sob a luz de Deus.

Subsídio do Professor: O anjo disse a Maria: “Não temas” [Lc 1.30]. Aos
pastores de Belém, disse: “Não temais” [Lc 2.10]. Jesus disse a Jairo, pai da
menina de 12 anos que havia morrido: “Não temas” [Lc 8.50]. Aos discípulos que
estavam enfrentando a tempestade marítima: “Não temais” [Mt 14.27]. Aos três
discípulos que estavam com Ele, no momento da transfiguração, disse: “Não
tenhais medo” [Mt 17.7]. No Antigo Testamento, Moisés disse ao povo para que
não tivesse medo quando nas pelejas [Dt 20.3-4].

3.3. A confiança que move à oração


Em o Novo Testamento, são muitos os encontros de Jesus com homes e mulheres em
que estes demonstram confiança em nosso Senhor. Um encontro em especial, que
fala poderosamente em como pedirmos com fé para alcançar a benção do Senhor,
está escrito em Mateus 8.8 “E o centurião, respondendo disse: Senhor, não sou
digno de que entres debaixo do meu telhado, mas somente uma palavra, e o meu
criado sarará. A confiança que move à oração, É a confiança na
qual expressamos e reconhecemos o senhorio e o poderio de nosso senhor e
salvador Jesus Cristo.

Subsídio do Professor: De acordo com Charles Spurgeon: “A dinâmica da oração


nem sempre é visível, embora seja muito eficiente. Deus nos leva a orar, chorar
em angústia de coração, Ele ouve, Ele age, o inimigo retrocede. Que artilharia
irresistível é essa que vence a batalha, assim que ouve o estampido. Que Deus é
este que ouve o clamor dos seus filhos e, em um instante, livra-os dos
adversários”.

EU ENSINEI QUE: Ao escrever este salmo, Davi demonstrou atitudes que revelam a
confiança no Senhor em tempos difíceis: louvor à Palavra de Deus e oração.

CONCLUSÃO
Que o Espírito Santo nos ajude a conservarmos uma firme confiança no Senhor.
“Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além
daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera”. (Ef 3.20).
Continuemos firmes nas promessas do Senhor Jesus.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Revista Betel: SALMOS: Uma referência para a vida de adoração e oração do
cristão
Bíblia de Estudo Plenitude
Bíblia Almeida Corrigida Fiel, Leitura perfeita
Bases de fé cristã, Wayne Grudem
SALMOS, N. T. Wrigth
Por que você acredita, K. C Scott Oliphint
Bibliaon.com/justiça de Deus

Fonte: http://www.ebd316.com.br/2020/05/confianca-em-tempo-de-aflicao.html Acesso em 11 maio 2020.

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