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NOME: Milena Beltrão de Carvalho

MATRÍCULA: 201801009791
CAMPUS: Tom Jobim / Barra
PLANO DE AULA 3

Caso Concreto + Explicação Legal:

Jurisprudência 01:

Na situação retratada na jurisprudência, é preciso destrinchar os elementos importantes para


uma análise completa de porque tais decisões foram feitas. O caso em tela é configurado pelo
fator de alienação de bem imóvel a non domino, isto é, um indivíduo que não é o proprietário
do imóvel, vendeu para um terceiro e, por isso, tal venda é nula de pleno direito e não
simplesmente anulável, pois não tem como vender algo que não é seu legalmente.

Além disso, como foi uma alienação de bem imóvel a non domino, a posse que o terceiro tem
sobre o bem é configurada como uma posse de boa-fé, porque o possuidor deste ignora o
vício, ou o obstáculo que lhe impede a aquisição do bem e/ou direito possuído. No entanto,
para o terceiro manter o bem, era necessário que a posse fosse de boa-fé e justa, o que não se
aplica ao caso. A posse deixa de ser justa ao comprovar que não atende os requerimentos
mínimos no artigo 1.200, “[...] a posse que não for violenta, clandestina ou precária”. A posse
nesse caso é configurada como injusta no quesito de ter sido precária, onde alteração do
animus domini do possuidor direto de um bem, como no caso situado em que quem vendeu
não era o proprietário do bem, passando a se comportar como tal.

Jurisprudência 02:

A situação na jurisprudência em tela se trata de composse, onde um ou mais indivíduos


exercem seus atos de posse sobre o mesmo bem. Por não determinar no caso o tipo de divisão
que os possuidores têm sobre o bem jurídico, é de presunção que seja uma composse pro
indiviso, vide o artigo 1.199. É passível um dos compossuidores quererem proteger sua posse
quando estiver passando por interditos possessórios, isto é, se um deles quisesse
expulsar/colocar o outro de fora do imóvel, o que não é o caso. Por mais que o caso seja
violência doméstica, não houve interdições na posse pelo companheiro na união estável e,
assim, a apelação da autora estaria violando a comunhão que os dois têm sobre o bem.

Existe uma chance de, caso a autora queira condenar o companheiro por violência doméstica e
ainda quiser o bem para si, é necessário que faça uma apelação por violar a Lei Maria da
Penha, em uma das comarcas adequadas da região para avaliar o caso da jurisprudência em
questão. Entretanto, no caso de composse e por ser uma união estável, a apelação não tem
como ser aceita.

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