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(2010/2011)
Ana Salgueiro
Eduarda Lopes
Inês Silva
Teresa Rocha
Sumário
Este trabalho, realizado no âmbito da área curricular de Psicologia Diferencial, incide sobre uma
das suas vertentes tais como a Personalidade. Relacionado com este tema desenvolveremos o que é a
sujeitos, as suas consequências e as suas causas. Como qualquer indivíduo se desenvolve de forma
diferente, esta vertente da psicologia incide os seus estudos nessa variabilidade do ser humano.
2. Noção de Personalidade
dinâmica no interior do indivíduo dos sistemas psicológicos que determina o seu comportamento e
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TRAÇOS E TIPOS DE PERSONALIDADE
pensamento característicos ”. Para Carver e Scheier (2000), a personalidade é uma força interna que
determina como o indivíduo se comportará e corresponde a um conceito psicológico cujas bases são
fisiológicas.
típico de uma pessoa e a distingue das outras. A utilização quotidiana que fazemos desta noção prende-se,
acima de tudo, com a discrição dos caracteres específicos de determinadas pessoas, sem contudo serem
tomadas precauções que confiram rigor a essas mesmas descrições, enquanto, para o psicólogo, a
A personalidade tem sido estudada de diferentes modos, quer na área clínica, por Freud e
Erickson, quer a nível teórico, por Allport, Cattel e Hans Eysenk. Outros ainda conjugaram clínica com
A categorização por tipos constitui uma das formas mais antigas de distinguir os indivíduos em
autores recorrem à noção de tipo e outros à noção de traço. A noção de tipo não é fácil de definir. Em
geral, corresponde a uma diferenciação generalizada dos indivíduos dos grupos, baseada em medidas
Existem numerosas tipologias, remontando as mais antigas aos astrólogos. De entre as diversas
de extroversão e introversão para o estudo dos tipos de personalidades. Jung via a actividade de uma
dentro do indivíduo. O extrovertido, segundo o tipo de personalidade de Jung, é uma pessoa activa que
fica mais satisfeita quando está rodeada por pessoas. Por outro lado, o introvertido é em geral um
indivíduo contemplativo, que aprecia a solidão, afastando-se da vida em grupo, tendo um papel social
mais passivo. O mundo de fantasia e intimidade do introvertido torna-se mais importante do que a
verdadeira realidade.
se especialmente, mais tarde com Krestchmer, psiquiatra alemão que elaborou a classificação dos
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TRAÇOS E TIPOS DE PERSONALIDADE
magros). Este reuniu dados empíricos que o levaram a estabelecer relações entre perturbações mentais e
pícnico. Quanto à personalidade, Kretschmer considerou dois tipos psicóticos: o esquizóide (expresso na
esquizofrenia) e o ciclóide (expresso na psicose maníaco-depressiva). Isto significaria, por exemplo, que
obesos são mais predispostos à psicose maníaco-depressiva e tipos magros são associados à introversão e
timidez (que eram consideradas como formas mais fracas dos sintomas negativos da esquizofrenia).
2.2- Traços
personalidade.
comportar de uma determinada maneira em situações diversas. (…) Traços habituais são, por exemplo: a
ao composto de diferentes traços (ou subdimensões). Dito de outro modo, trata-se de um qualitativo mais
global que engloba diferentes qualitativos mais específicos. Por exemplo, a extroversão corresponde a um
Se quisermos uma definição mais teórica, podemos citar Allport & Odbert, que consideram
Uma das formas de se medir a personalidade é utilizando a entrevista, que é usada normalmente
pelos clínicos e visa interrogar as pessoas acerca do que sentem e pensam ou observar o comportamento
destas.
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TRAÇOS E TIPOS DE PERSONALIDADE
As entrevistas têm algumas desvantagens como o subjectivismo que lhe está inerente: o
entrevistador cria expectativas sobre a resposta do entrevistado e ele ao responder, já está a fazer uma
elação pessoal sobre o que relata e, assim, será ainda interpretada segundo os critérios subjectivos do
entrevistador, daí que este método é pouco aconselhável para fins científicos.
Por outro lado, pode medir-se a personalidade através de questionários. Estes são os que oferecem
maior confiança: escrever é mais fácil que verbalizar, pois a segunda obriga a um contacto com o outro
(visual, pelo menos) e de certa forma o questionário parece mais confidencial. Se há mais desvantagem
que se possa apontar a este método é que não permite analisar a espontaneidade da resposta do
“ Um dos questionários mais usados inicialmente foi o MMPI (Minnesota Multiphasic Personality
Interrogary). Este teste foi criado em 1942 para discriminar tipos de doentes mentais, mas hoje tem uma
correcta. “A pergunta «gosta de ir a festas?» pode ser respondida pela afirmativa por setenta e cinco por
cento das pessoas «neuróticas» e por cinquenta por cento de pessoas «normais». Outra das dificuldades
deste tipo de testes é que a pessoa entrevistada pode dar uma resposta propositadamente falsa para induzir
uma imagem diferente daquela que de outro modo, demonstraria, ou seja, reflectiu a sua auto-percepção.
Conclusão
Por este trabalho pode constatar-se a vastíssima complexidade mas, ao mesmo tempo, fascinante
deste tema da Psicologia Diferencial. Terminamos com uma citação interessante de Fernando Pessoa “ Do
indivíduo temos que partir, ainda que seja para o abandonar” , isto é, se a Psicologia é uma área científica
que procura estudar o comportamento humano tendo em conta o seu papel nos mais variados contextos
(como ser biológico, social, etc) a Psicologia Diferencial, como a própria designação indica, estuda as
diferenças entre os indivíduos, afirmando o mesmo ser humano como idiossincrático, possuidor de
variabilidade psicológica que nos permite “abandoná-lo” para caracterizar grupos humanos.
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Referências
http://www.infopedia.pt/$psicologia-diferencial
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ernst_Kretschmer