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Atividade
Fonte: Reportagem de Vinicius Lemos, BBS News Brasil, São Paulo, 15 de janeiro
de 2020. https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/viva-voce/noticia/2020/01/15/caso-
belorizontina-como-distinguir-uma-intoxicacao-alimentar-comum-de-algo-mais-
grave.ghtml. Acesso em 17 fev. 2020.
A Backer pediu na terça-feira (14), por meio de seus representantes, que os clientes não
consumam as cervejas Belorizontina e Capixaba até que o caso seja apurado. A empresa
informou ainda que não sabe a origem das substâncias encontradas nos produtos e disse
que aguarda as apurações do caso.
O levantamento da pasta apontou que em quatro dos lotes havia, além do dietilenoglicol,
a substância monoetilenoglicol, ou etilenoglicol – solvente usado em formulações de
fluídos hidráulicos resistentes ao fogo. A principal suspeita é de que as substâncias
levaram a quadros de síndrome nefroneural.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
INSTITUTO DE CULTURA E ARTE
CURSO DE GRADUÇÃO EM GASTRONOMIA
DISCIPLINA: HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR
Profa. DIANA VALESCA CARVALHO E ANA ERBÊNIA MENDES
Intoxicação
Há algumas características que podem mostrar uma típica intoxicação alimentar.
"Nesses casos, são algumas horas, entre três ou seis, em que a pessoa pode passar mal. É
uma forma de o organismo se livrar daquilo que lhe faz mal, por meio de vômito ou
diarreia", explica o médico toxicologista Eduardo Mello De Capitani, do Centro de
Informações e Assistência Toxicológicas da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
Capitani ressalta que é importante buscar ajuda médica se o paciente passar mal repetidas
vezes. "É bom procurar um serviço de saúde para fazer uma avaliação e também para a
pessoa não ficar desidratada. Principalmente quando a pessoa tem um sintoma como
febre, é fundamental procurar ajuda médica", diz.
Mesmo as intoxicações alimentares podem ser mais sérias – o botulismo, por exemplo, é
um exemplo de intoxicação grave.
"Mas às vezes é apenas um caso em que a pessoa comeu algo que lhe fez mal. É uma
situação que vai ser resolvida após ela vomitar e se hidratar corretamente", completa.
No caso específico da cervejaria, especialistas apontam que foi possível perceber que não
se tratava de uma intoxicação alimentar simples, principalmente, quando apareceram
sintomas como insuficiência renal grave — que pode aparecer em até 72 horas em casos
da síndrome — e alterações neurológicas.
O toxicologista lembra que pode ser difícil diagnosticar rapidamente casos de síndrome
nefroneural.
"Os sintomas específicos da síndrome podem demorar a aparecer. O mal-estar pode, por
exemplo, ser confundido com embriaguez. Pode ser difícil para o médico, a princípio,
diferenciar. São quadros que podem ter diagnósticos difíceis, por isso é preciso uma
avaliação mais aprofundada", declara Capitani.
Os médicos apontam que quanto antes houver o diagnóstico e o início do tratamento, mais
chances de que a síndrome não traga graves consequências aos pacientes.
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"Se demorar muito para haver uma intervenção, pode causar quadro de insuficiência renal
prolongado, caso neurológico com sequela ou cegueira", diz Souza.
Cervejas recolhidas
Após o início das suspeitas sobre a contaminação das cervejas, o Ministério da
Agricultura determinou o recolhimento de todos os produtos da Backer e a suspensão da
fabricação das cervejas após apontar que outras marcas da empresa também podem estar
contaminadas.
Uma força-tarefa foi criada para apurar o caso. Os processos de fabricação das bebidas
estão sendo investigados. O ministério informou que há três hipóteses: sabotagem,
vazamento ou uso inadequado das moléculas de monoetilenoglicol no processo de
refrigeração do sistema de fabricação.
(Atualização: nesta sexta-feira, 17, a Prefeitura de Pinda informou que após nova
vistoria a interdição foi suspensa e foi expedida a licença sanitária atualizada. Com isso
o estabelecimento volta a poder atuar normalmente)
A reportagem também entrou em contato com a Auguri Refeições, mas não obteve
retorno até a publicação.
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Diante deste fato, a Vigilância fez um trabalho de investigação para identificar as causas
do problema. Segundo as informações apuradas, os primeiros casos foram atendidos num
hospital particular, que não notificou a possibilidade de surto. Assim que surgiram as
notificações, as equipes de Vigilância Epidemiológica e de Vigilância Sanitária foram
acionadas para investigação conforme protocolos técnicos específicos.
“Por terem sido tardias as notificações dos casos à Vigilância em Saúde as pessoas já
estavam assintomáticas, o que inviabilizou a coleta de material biológico para diagnóstico
laboratorial. Notificações tardias inviabilizam a investigação laboratorial para
fechamento do caso, ou seja, impossibilitam a identificação do agente causador dos sinais
e sintomas e a identificação dos alimentos mais suspeitos de causarem o quadro
apresentado pelos consumidores”, explicou Moema Blatt, Gestora do Centro de
Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde.
A Diretoria de Vigilância em Saúde esclarece aos munícipes que, caso se deparem com
sinais e sintomas típicos de intoxicação alimentar após consumir alimentos em
estabelecimentos comerciais, entrem imediatamente em contato com os telefones da
Vigilância, pois a precocidade das ações protocolares em tais casos é essencial para evitar
agravamentos e/ou ainda ocorrências.
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CASO 4: Fabricante do Toddynho pagará R$ 420 mil por produto com detergente
A Pepsico do Brasil Ltda pagará multa de R$ 420 mil pela distribuição do achocolatado
Toddynho com produto usado para limpeza, à base de água e líquido detergente, em
setembro do ano passado no Rio Grande do Sul. O acordo foi firmado com o Ministério
Público, através da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, após a empresa
adotar medidas para evitar ou minimizar acidentes relativos ao produto com problema.
Na indenização, R$ 390 mil vão para o Fundo da Infância e Juventude do Rio Grande do
Sul, e R$ 30 mil serão destinados à Fundação do Vale do Taquari de Educação e
Desenvolvimento e doação de equipamento à Fundação Estadual de Proteção Ambiental
(Fepam).
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Pepsico pela manhã. Por volta
do meio-dia, a empresa se manifestou confirmando o acordo para o pagamento da
indenização, e acrescentou que "a alteração de qualidade apresentada em setembro de
2011 em cerca de 80 unidades do produto distribuídas no Rio Grande do Sul tratou-se de
uma falha pontual e corrigida."
Conforme o MP, o acordo não prejudica as ações individuais das vítimas por danos do
produto.
"A PepsiCo, fabricante da marca Toddynho, confirma acordo no valor de R$ 420 mil
com o Ministério Público do Rio Grande do Sul. O montante será destinado ao Fundo de
Infância e Juventude em prol dos interesses das crianças e adolescentes carentes do
estado.
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A Nestlé do Brasil também foi obrigada a indenizar em R$ 12 mil duas crianças que
feriram a boca com cacos de vidro encontrados em um ovo de Páscoa da marca. Em Minas
Gerais, a Justiça determinou que mãe e filho receberiam R$ 10 mil por danos morais após
terem descoberto um rato desidratado em um pacote de pipocas.
No Rio Grande do Sul, foi a vez de papéis de bala aparecerem dentro de garrafas do
guaraná Kuat. A Justiça condenou a Vonpar Refrescos, responsável pelo produto, a pagar
R$ 6,6 mil ao consumidor, há cerca de um ano. Outra vítima encontrou um prego em seu
croissant de calabresa vendido pela rede de supermercados Zaffari e recebeu R$ 2 mil
pelo transtorno.
Fontes de contaminação
Caso a empresa não dê retorno em 30 dias, o consumidor deve notificar o Procon de sua
cidade. Em último caso, se houver consequências graves, como adoecimento ou dano
psicológico, deve-se recorrer à esfera judicial. “Se for comprovada a relação entre o
problema e o dano, a empresa é obrigada a arcar com todos os prejuízos”, explica Ana
Paula.
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CASO 6: Heinz faz recall de milho da marca Quero por possível contaminação
A empresa Heinz anunciou o recall de 244 caixas do Milho Verde Recart 200g, da
marca Quero. A bactéria encontrada pode causar problemas intestinais
Cuidado com as caixinhas de Milho Verde Recart 200g, da marca Quero. A empresa
Heinz, detentora do produto, anunciou o recolhimento voluntário de um lote com 244
caixas após detectar uma possível contaminação por bactérias que causam problemas
gastrointestinais.
O lote que não deve ser consumido é o L08 Val 07/2021. Ele foi fabricado no dia 8 de
janeiro de 2020, entre 6h30 e 23h. Na imagem abaixo, você vê onde encontrar essas
informações na embalagem:
O anúncio do recall veio depois que a empresa identificou o potencial risco de presença
de bactérias que podem desencadear náuseas e infecção intestinal. De acordo com a
Heinz, outros produtos — com milho verde ou não — estão livres do problema.
Se você já adquiriu o Milho Verde Recart 200g desse lote, é possível substituí-lo
gratuitamente. Para isso (ou para resolver outras questões relacionados ao recolhimento),
a empresa sugere entrar em contato pelo telefone 0800 16 5858, de segunda à sexta, das
8h às 18h.