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A Expansão Marítima Europeia começa no início do século XIV até ao século XV e Portugal foi o país da europa que
teve a prioridade.
Portugal dispunha de condições que permitiram «arrancar» para um processo de expansão,
primeiro que os restantes países europeus.
Entre essas condições devemos referir:
Condições geográficas:
• Portugal beneficia-se de uma boa situação geográfica junto do Oceano Atlântico.
• Possui uma grande linha de costa com bons portos e ancoradouros naturais.
• Devido á sua posição geográfica Portugal já tinha uma forte tradição marítima.
Grande parte da população portuguesa estava ligada á atividade piscatória e
ao comércio marítimo.
Condições humanas
Os portugueses são um povo de marinheiros.
Nas suas raízes estão povos ligados às atividades marítimas, como os Fenícios,
• Iniciativa D. Henrique
• Eram desabitadas
• Madeira e Porto Santo- estas ilhas apareciam já em mapas do século XIV, tendo sido visitadas pelos
portugueses e castelhanos, mas eram despovoadas. Por isso fala-se em redescoberta.
• Tipo de administração: Capitania-donataria- entregue a um capitão- donatário. Este ficava com grandes
poderes administrativo, judiciais e militares.
• Foram divididas em 3 capitanias: Funchal, Machico e Porto Santo. Estas foram entregues aos
descobridores que foram nomeados capitães-donatários.
• Culturas introduzidas: Cereais (trigo), plantas tintureiras, cana-de-açúcar (do Chipre e Sicília) e vinha.
• Culturas introduzidas: cereais, frutas, plantas tintureiras (pastel, para dar a cor azul e urzela, para dar a
cor vermelho), criação de gado e produção de lacticínios.
• As ilhas mais ocidentais deste arquipélago – Flores e Corvo- só terão sido descobertas em 1452.
• Ilha Santiago foi dividida duas (2) capitanias: a do sul (Ribeira Grande (Cidade Velha))-António da
Noli; a do Norte (Alcatrazes) -Diogo Afonso
• Culturas introduzidas: milho, feijão, mandioca, batata-doce, cana-de-açúcar, algodão, várias frutas, gado,
etc.
• Exploração de recursos naturais: agrícola
A 3ª Etapa da Expansão Marítima Portuguesa: A descoberta e exploração da Costa Ocidental Africana pelos
navegadores portugueses.
Obstáculos que impediam a exploração na Costa Africana:
Objetivos: Chegar aos locais de produção do ouro; Controlar o comércio nessa região.
Regiões conquistadas:
Feitorias, postos comerciais em locais estratégicos, onde construíam fortalezas que eram dirigidas por um feitor,
representante do interesse de reis e de grandes comerciantes. Função: incentivar o desenvolvimento da atividade
comercial na região.
Por isso, a exploração e o comércio da costa africana (com excepção de Arguim) foram arrendados em Novembro
de 1469 a um rico mercador de Lisboa, Fernão Gomes. Em troca, além do pagamento em dinheiro (200 mil reis
cada ano), comprometia -se a descobrir para Sul, em cada ano, cem léguas de costa.
Neste período ficou a conhecer todo o Golfo da Guiné, Serra Leoa e até o Cabo de Santa Catarina. Essa era uma
das zonas mais rica do litoral africano e ai será possível desenvolver o comércio dos escravos, do marfim, da
malagueta e do ouro.
Depois do fim do contrato, a direcção da política de expansão passa as mãos do príncipe D. João. Intensifica-se
então o comércio com a costa de África, tendo para o efeito sido fundada a feitoria fortificada da Mina, de onde
chegaram a vir para Portugal mais de 400 quilos de ouro por ano.
A exploração da Costa Africana realizou-se em três etapas:
1ªEtapa- Dirigida pelo Infante D. Henrique; Detinha o monopólio da exploração comercial dessa zona por
doação da coroa.
• De 1434 1460
Produtos adquiridos pelos portugueses em África: ouro, marfim, malagueta, escravos, café, melancia, peles etc.
S. Tomé e Príncipe- descobrimento oficial foi em 1471/1472
• Descobridores: João Santarém e Pêro Escobar.
• Povoamento: 1493-Brancos europeus e Negros africanos, pelo capitão – donatário João de Paiva e João
Pereira
• Tipo de administração: Capitanias-donatarias (ilha do Príncipe só foi criada em 1500 e a ilha de São
Tomé isso aconteceu logo em 1522.
• Culturas introduzidas: milho, cana-de-açúcar, a varias frutas, inhames, arroz, algodão e gado.
• Exploração de recursos naturais: agrícola
Reinado de D. Manuel I
Preparação da viagem
O projeto para o caminho marítimo para a Índia foi delineado pelo rei português D. João II como medida de redução
dos custos nas trocas comerciais com a Ásia e tentativa de monopolizar o comércio das especiarias. A juntar à cada
vez mais sólida presença marítima portuguesa, D. João II almejava o domínio das rotas comerciais e expansão do
reino de Portugal que já se transformava em Império. Porém, o empreendimento não seria realizado durante o seu
reinado. Seria o seu sucessor, D. Manuel I que iria designar Vasco da Gama para esta expedição, embora mantendo o
plano original. Mantendo o plano de D. João II, o rei D. Manuel mandou aparelhar as naus e escolheu Vasco da
Gama, cavaleiro da sua casa, para capitão desta armada. Curiosamente, segundo o plano original, D. João II teria
designado seu pai, Estêvão da Gama, para chefiar a armada; mas a esta altura tinham ambos já falecidos.
A 8 de Julho de 1497, iniciava-se a expedição semi -planetária que terminaria dois anos depois com a entrada da
nau Bérrio rio Tejo adentro, trazendo a boa-nova que elevaria Portugal a uma posição de prestígio marítimo.
A viagem de Vasco da Gama
Vasco da Gama partiu de Portugal numa armada constituída por três naus e uma caravela com mantimentos, 8 de
Julho de 1497com uma tripulação com 170 homens,
Depois de fazer escala nas ilhas de canárias e a ilha de Santiago em Cabo Verde, navegou para o Sul. Para evitar a
calmaria do Golfo da Guiné, virou a Sudoeste e mais além a Sueste. Aportou em Novembro de 1497 na baía de Santa
Helena, dobrando em seguida o Cabo de Boa Esperança. Passado este, iniciou-se o reconhecimento da costa oriental
africana que até então era desconhecido dos europeus.
(1469 - 24 de dezembro de 1524 ( 55 anos)
Vasco da Gama chegou a Índia (Calecut) a 20 de Maio de 1498. Três meses depois a armada regressou a Lisboa a 29
de Agosto de 1498 com os barcos carregados de especiarias e amostras de outros produtos locais.
Obstáculos que impediram a chegada a Índia:
-O Cabo Bojador- dobrado por Gil Eanes – 1434
- O Cabo Branco- dobrado por Antão Gonçalves – 1441
-O Cabo de Boa Esperança ou Cabo das Tormentas – dobrado por Bartolomeu Dias – 1488
-Político- é considerado como um dos maiores feitos de toda a história da humanidade que viria a ter um importante
consequência a nível mundial.
-Economico - essa descoberta ponha em circulação uma nova rota – a Rota do Cabo, através do qual os portugueses
transportavam para europa as famosas especiarias( pimenta, canela, cravo, gengibre, noz- moscada, etc).
Dificuldades encontradas: -Antes do domínio da Rota do Cabo pelos portugueses, grande parte do comércio era
realizado pelos muçulmanos (Árabes e Turcos), estes instigaram os nativos a resistir à presença portugueses. Já que
eram os tradicionais clientes dos mercadores das especiarias.
- Na Índia e em toda o extremo oriente, viviam populações com um nível de civilização elevada (nalguns aspectos
superior ao dos europeus).
Dez anos depois, Vasco da Gama encontrou de forma definitiva o caminho que levava às Índias. Em 22 de abril de
1500, data do descobrimento do Brasil, uma esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral partiu com o
objetivo de fazer comércio em larga escala com o Oriente. Acabaram atingindo o litoral de um novo continente, a
América, quando avistaram terra na costa do que mais tarde seria o Brasil.
Administração no Brasil: Arrendamento por contrato de 3 anos sendo o arrendatário obrigado a descobrir Terras
ao longo da costa;
Foi utilizado o sistema de Capitanias. O território foi dividido em 15 capitanias independentes, governadas por 12
capitães-donatários, que se estendia em faixa paralelas a parir da costa. A frente década capitania estava um capitão
– donatário que tinha por missão defender, povoar e explorar o território;
Governador-Geral (Tomé de Sousa) - Devido as desigualdades dos recursos económicos e humanos das diferentes
capitanias, à rivalidades entre capitães e aos ataques de Holandeses e Franceses, D. João III em 1549 nomeou um
governador – geral com amplos poderes políticos, militares e administrativos. Tomé de Sousa foi o primeiro
governador, ficando a capital do Brasil a ser Salvador da Baía.
Colonização: Foi em 1530
Razões do seu atraso:
• O comércio não muito atrativo e não tinham descoberto os metais preciosos e outros produtos valiosos.
• Interessa mais o comércio com a Índia.
• O Brasil era uma escala útil.
• Desconhecimento do território.
Exploração económica: Monopólio da coroa portuguesa
-Pau- Brasil; Madeira; Escravos; Pedras preciosas; Ouro; Gado; Tabaco; Café, etc.
A Rivalidade Luso – Castelhana
A competição entre Portugal e Castela (Espanha) sobre a posse dos territórios descobertos começou no séc. XIV,
com a disputa acerca do arquipélago das Canárias. Mais tarde, os Castelhanos quiseram também participar no
comércio com a costa de África, o que provocou um demorado conflito.
Em1479, o Tratado de Alcáçovas estabeleceu um primeiro entendimento entre os dois países. Portugal desistiu de
quaisquer pretensões sobre as Canárias, e, por seu lado, Castela reconhecia aos portugueses o domínio exclusivo dos
territórios a sul daquelas ilhas.
A situação complicou – se de novo a partir de 1492, com a descoberta da América por Cristóvão Colombo.
Cristóvão Colombo era um navegador genovês ao serviço dos reis de Espanha, chegou às Antilhas (América do
Sul). D. João II reivindicou o território, argumentando que, de acordo com um tratado anterior, se situava na área
atribuída a Portugal. Diferente era, aposição dos reis de Espanha.
Depois de difíceis negociações, chegou-se a um acordo, confirmado pelo Papa, a única autoridade reconhecida
internacionalmente, o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, entre Portugal e Espanha.
Nesse tratado era estabelecido a divisão do mundo em dois hemisférios, a partir de um meridiano que passava 370
léguas a ocidente das ilhas de cabo Verde. As terras e os mares descobertos ou a descobrir para oriente dessa linha
ficavam a pertencer a Portugal, os que estivessem para ocidente ficavam para a Espanha.
A partilha do mundo em duas partes pelo Tratado de Tordesilhas
O Império Espanhol
Os Espanhóis na América
Em 1492, Cristóvão Colombo, ao serviço dos reis de Espanha, chegou às Antilhas (ilhas da América Central).Pouco
depois, os Espanhóis criaram na América um vasto império que, com excepção do Brasil, estendia – se do méxico
até ao sul do continente.
Na América, os espanhóis encontraram povos atrasados, mas também civilizações evoluídas como as Astecas (no
México), dos Maias (na América) e dos Incas (nos Andes). Estas civilizações caracterizavam – se por ter: cidades
desenvolvidas, com palácios e templos grandiosos; sociedades organizadas, com religiões complexas; conhecimentos
técnicos de cerâmica, ourivesaria, metalurgia do bronze e domínio da escrita.
Contudo, os Astecas, os Maias e os Incas desconheciam a metalurgia do ferro, a roda e a charrua.
A rapidez da conquista espanhola
Os espanhóis dominaram rapidamente as antigas civilizações da América:
-Fernando Cortés, entre 1519 e 1521, submeteu os Astecas e ocupou o México; -Francisco Pizarro, entre 1531 e
1533, dominou os Incas e submeteu o Peru; -Pedro de Valdívia, em 1540, iniciou a conquista do Chile.
Os espanhóis, para esta rápida conquista, valeram – se da audácia, da intriga e, sobretudo, da superioridade militar
(cavalos e armas de fogo). Movidos pela cobiça do ouro, os conquistadores espanhóis dizimaram as populações e
arruinaram essas antigas civilizações da América.
A fim de explorar o comércio ultramarino, a Coroa espanhola criou em Sevilha a Casa de Contratação. Ai afluíram.
A partir de 1540, grandes quantidades de ouro e de prata provenientes da América. A chegada de metais preciosos
contribuiu para fazer da Espanha a maior potência europeia da 2ª metade do século XVI.
Do maré clausum ao maré liberum
Conceitos:
Em meados do século XVI, Portugal detinha um vasto império colonial Mare clausum (séc. XV) – direito
que se estendia desde o Oriente até à África e ao Brasil. A outra grande exclusivo de os países ibéricos
potência colonial era a Espanha. dominarem e navegarem nos mares.
O seu império localizava-se sobretudo no continente americano. Maré liberum (séc. XVI) –
liberdade dos mares á navegação de
A política que vigorava era a de exclusividade do comércio – mare clausum, todos os povos.
defendida pelos dois países Ibéricos. Tratado de Tordesilhas (1494) -
O tratado de Tordesilhas (1494) tinha consagrado a partilha do Atlântico partilha do atlântico entre Portugal e
Espanha por uma linha imaginária que
passava 370 léguas a O de Cabo Verde.
entre as duas grandes potências da época – Portugal e Espanha.
Esta política de mare clausum (mar fechado), que atribuía apenas aos
navios portugueses e espanhóis o direito das descobertas e navegação nas áreas
do tratado referido, não é aceite por outros países da Europa.
Contra esta política, holandeses, ingleses e franceses defendiam a doutrina da
maré liberum (mar livre), isto é, a liberdade da navegação nos mares para todas as nações da terra. Estas novas
potências conseguiram a liberdade da navegação e a ascensão marítima e colonial, visto que antes faziam
concorrência marítima e colonial através de:- ações de pirataria e corso (corsário); - ataques às colónias dos estados
Ibéricos; - organização de viagens de exploração geográfica.
Obs: Os alunos devem auxiliar em outros livros de História do 8ºAno de escolaridade e pesquisa na internet para
ampliar os seus conhecimentos.