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Linux para iniciantes

Camila Yumi Kashiwakura

São Paulo
2003
Coordenadoria de Extensão

Introdução

Para se aprender a utilizar Linux é necessário, primeiramente, ter uma idéia geral da
história que os sistemas Linux/Unix passaram até atingirem o estágio atual.

O Unix

O Unix é um sistema operacional multitarefa, multiusuário, multiprocessamento


disponível para diversos tipos de plataformas.

 Multiusuário: porque possui a capacidade de criar opções específicas para cada


usuário.
 Multitarefa: porque diferentemente do MS-DOS, ele pode executar vários programas
ao mesmo tempo, inclusive várias pessoas podem usar o mesmo computador ao
mesmo tempo através de terminais.
 Multiprocessamento: porque permite que haja mais de uma CPU trabalhando em
consonância na mesma máquina, controladas pelo Kernel.

O Kernel interage diretamente com o hardware e os programas terão que utilizar o


Kernel para acessarem o hardware. O Kernel também é responsável pela provisão de
serviços, pelo gerenciamento de processos, da memória, dos arquivos e da segurança, além
de servir diversas possibilidades relacionadas a redes, como ftp, email, etc.

História

As raízes do sistema Unix encontram-se da necessidade na década de 70 de um


sistema operacional multitarefa confiável e aplicável ao ambiente dominante na época, um
mainframe (grande computador central) e uma série de terminais ligados a ele.

Este é o cronograma da criação do Unix:


 1965: Os Laboratórios Bell com o MIT e a General Eletric começam programa
grandioso de criar um novo sistema operacional, Multics, que seria multiusuário,
multitarefa e teria um sistema de arquivos hierárquico.
 1970: A AT&T insatisfeita com o progresso do Multics interviu contratando alguns
programadores da Bell que trabalharam no projeto. Que vieram a implementar a
primeira versão do sistema de arquivos do Unix em um computador PDP-7 com
alguns utilitários.
 01/01/1970: Marco zero do Unix
 1973: O Unix é reescrito em C, uma nova linguagem de programação desenvolvida
por Dennis Ritchie. Sendo escrito em uma linguagem de mais alto nível que a
linguagem de máquina, ficava mais fácil a migração do sistema para novas
máquinas.
 1974: Thompson e Ritche publicam um artigo sobre o novo sistema operacional
chamado Unix que gera um grande entusiasmo no meio acadêmico e a AT&T
licencia o Unix para universidades e empresas.
 1977: Existem cerca de 500 computadores com Unix no mundo todo.
 1984: Existem cerca de 100.000 computadores com Unix rodando em diferentes
plataformas.
 1988: AT&T e a Sun se unem para desenvolver o Solaris e o UnixWare.
 1997: Foram vendidos cerca de 4 milhões de sistemas Linux no mundo todo.

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O Unix tem várias versões, dentre os mais conhecidos comerciais são: Solaris, HP-UX,
AIX. E livres: FreeBSD e Linux.

O Linux

História

O Linux começou com a idéia de um estudante Linus Torvalds de criar um clone dos
sistemas Unix da época que eram caros e não rodavam no PC386 que ele tinha em casa.
Assim, ele pegou um Unix educacional chamado Minix e passou a escrever um Minix
melhor, o qual registrou na licença GPL (General Public License). Essa licença afirma que
não se deve fechar o código de qualquer trabalho derivado do programa com essa licença.

Logo, vários programadores e analistas tomaram conhecimento dessa iniciativa pela


Internet e se entusiasmaram, passando a contribuir com o sistema que hoje é totalmente
funcional, rápido, barato, atualizado e contando com milhares de aplicativos.

Definição

O Linux possui todas as características presentes nos mais modernos sistemas


operacionais, incluindo multitarefa, memória virtual, shared libraries (bibliotecas dinâmicas),
carregando drivers sob demanda, suporte nativo a redes TCP/IP, fácil integração com outros
sistemas operacionais e padrões de rede, nomes longos de arquivos, proteção de acesso a
recursos compartilhados, suporte a vários idiomas e conformância com os mais respeitados
padrões internacionais.

No campo o desenvolvimento de aplicações, o Linux oferece recursos de última geração


para o desenvolvimento e aplicações robustas e eficientes, contando também com uma
grande variedade de aplicações prontas de servidores de bancos de dados SQL e
aplicações para Internet/Intranet a simuladores de circuitos eletrônicos.

O Linux opera em PC´s baseados na família de chips Intel x86, Cyrix e AMD, tendo sido
adaptado para outras plataformas como Motorola M680xx (Amiga, Macintosh), MIPS (Silicon
Graphics), Sparc (Sun), Alpha (DEC), PowerPC e StrongARM. Novas arquiteturas são
incorporadas a cada dia.

Distribuições

O Linux pode ser obtido de várias fontes chamadas distribuições. As distribuições


mais populares são:

 Debian: http://www.debian.org/
 RedHat: http://www.redhat.com/
 Slackware: http://www.slackware.com/
 SuSE: http://www.suse.com
dentre outras.

Tais distribuições são perfeitamente compatíveis entre si, diferindo apenas pela
seleção dos aplicativos e utilitários que acompanham o Kernel do sistema operacional.

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Primeiros Passos

Apresentaremos a seguir os conceitos e alguns comandos no uso do Linux em modo


texto, buscando dar ao usuário os conhecimentos iniciais necessários ao uso do sistema. Os
comandos aqui apresentados podem ser encontrados em um formato detalhado nas
páginas de manual online do sistema através do comando:

man nome_do_comando

Como entrar no sistema

O usuário deve estar previamente cadastrado no sistema. Após a mensagem login:


digite seu username. Após a mensagem Password: digite sua senha.
O nome de acesso é a identificação do usuário no sistema. Repare que a senha não
aparece na tela.

Linha de comando

A maioria dos comandos Linux tem o seguinte formato:

comando –opções argumentos

onde: opções começam usualmente com o caracter ‘-‘ seguido de uma letra.
Algumas opções têm parâmetros. Neste caso o parâmetro vem após a opção. Em geral, é
possível agrupar opções com um único ‘-‘. Porém, há freqüentes exceções.

Todas as opções que aparecerem entre colchetes ([ ]) são opcionais. Quando


aparecer um cifrão ($) antes do comando, significa que um usuário comum está usando o
Linux e quando aparecer um sustenido (#) antes do comando, significa que ele será
executado pelo superusuário (root).

Comando passwd

Atualizações de senha.

Sintaxe:

passwd [-u] [username]

Descrição:

O comando passwd é usado para atualizações de senhas. Apenas o superusuário


(root) pode atualizar a senha de outro usuário, fornecer senha e nomes usuais. A opção –u
é usada para indicar esta atualização.

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Comando ls

Lista arquivos e diretórios.

Sintaxe:

ls [-abcdefghiklmABCDEF12..] [nome]

Descrição:

O comando ls é usado para se listar arquivos e diretórios do sistema. Apesar de


simples é um comando poderoso e com muitas opções.

A opção –a inclui as entradas do diretório cujos nomes comecem com “.”.


Normalmente omitidas. Já a opção –l lista usando o formato longo informações como data
de atualização, tamanho, privilégios, proprietário, grupo, etc.

Metacaracteres

Caracteres que representam o nome de um grupo de arquivos:


 Asterisco (*): substitui por nenhum ou vários caracteres quaisquer.
 Intervalo de caracteres([ ]): substitui por nenhum ou vários caracteres quaisquer.
 Interrogação(?): substitui por um caracter qualquer

Como sair do sistema

Falaremos agora sobre como sair do sistema. Para isso, existem duas situações
distintas:
1. O usuário deseja simplesmente fechar o acesso a sua conta;
2. O usuário deseja desligar o computador.

O primeiro caso, o usuário só precisa usar o comando exit até que o sistema encerre sua
sessão. Já no segundo caso, o usuário deve usar o comando shutdown.

Modo Texto

Apresentamos a seguir os principais comandos básicos no uso do Linux e modo


texto.

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Comandos Informativos

Comando man

Sintaxe:

man [-abcd...] nome

Descrição:

O comando man mostra as páginas do manual online do sistema.

Comando who

Sintaxe:

who [-imqsuwHT.] arquivo

Descrição:

O comando who mostra quem está na máquina no momento.

Comando date

Sintaxe:

date [-u] [+FORMAT]

Descrição:

O comando date mostra a data e hora do sistema. Somente o superusuário pode


mudar a data e a hora o sistema.

Comandos de Diretórios

Todos os arquivos no sistema fazem parte de algum diretório, assim eles se mantém
organizados. Se fossem mantidos todos em um mesmo lugar, o sistema levaria muito tempo
para verificar todos os arquivos até encontrar aquele que está procurando. Os diretórios são
alternativas de oferecer endereços ou caminhos até os arquivos, de modo que se possa
acessá-los rápida e facilmente.

Comando pwd

Sintaxe:

pwd

Descrição:

Exibe o nome do diretório de trabalho atual.

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Comando cd

Sintaxe:

cd [nome]

Descrição:

Com o comando cd é possível mudar do diretório atual para outro especificado pelo
usuário. Se usado sem argumentos, muda para o diretório raiz do usuário.

Comando mkdir

Sintaxe:

mkdir [-p] nome

Descrição:

Com o comando mkdir é possível criar novos diretórios a partir do diretório corrente.
Quando usado com a opção –p é possível criar vários diretórios concatenados.

Comando rmdir

Sintaxe:

rmdir [-p] nome

Descrição:

Com o comando rmdir o usuário pode remover o diretório informado como


argumento. Quando usado com a opção –p apaga todos os diretórios especificados.

Comandos de Manipulação de Arquivos

Conceitualmente, arquivos são mecanismos de abstração que fornecem uma forma


de armazenar e recuperar informações. Quando um processo cria um arquivo é preciso que
tais arquivos recebam um nome normalmente dado pelo processo. Quando tal processo
termina sua execução, o arquivo geralmente continua a existir, podendo ser acessado por
outros processos, usando para tanto o nome atribuído ao arquivo. O Linux faz distinção
entre letras maiúsculas e minúsculas. O nome de um arquivo pode ou não ter uma extensão
ou sufixo. O tamanho da extensão, se houver, fica a critério do usuário. Um arquivo pode ter
uma ou mais extensões.

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Comando cat

Sintaxe:

cat [-benstuvAET] [arquivo]

Descrição:

O comando cat exibe o conteúdo de um arquivo, sem interrupções na saída padrão.


Este comando também aceita a entrada de dados através do redirecionamento da entrada
padrão.

Comando more

Sintaxe:

more [-dlfpcsu] [arquivo]

Descrição:

Este comando exibe o conteúdo de um arquivo com pausa entre as telas na saída
padrão. O comando more também pode ser usado como filtro, exibindo com pausas entre
telas os dados recebidos da entrada padrão.

Comando head

Sintaxe:

head [-123...] [arquivo]

Descrição:

Este comando exibe o início de um arquivo na saída padrão. Por default, as dez
primeiras linhas são mostradas.

Comando tail

Sintaxe:

tail [-,+1234...] [arquivo]

Descrição:

Este comando exibe o final de um arquivo na saída padrão. Por default, as dez
últimas linhas são mostradas.

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Comando wc

Sintaxe:

wc [-clw] [arquivo]

Descrição:

O comando wc conta e apresenta o total de linhas, palavras e caracteres de um


arquivo. Se houver parâmetros, este comando mostra também a contagem total do arquivo.

Comando cp

Sintaxe:

cp [-abdfilprsuvxPR] fonte destino

Descrição:

Este comando efetua a cópia de um arquivo ou de uma lista de arquivos para o


diretório destino. Podem ser usados metacaracteres para racionalizar a quantidade de
argumentos.

Comando mv

Sintaxe:

mv [-bfiuv] fonte destino

Descrição:

Este comando move um arquivo, ou então uma lista de arquivos, usando


metacaracteres para o diretório destino.

Comando rm

Sintaxe:

rm [-dfirvR] nome

Descrição:

Este comando remove um arquivo ou uma lista de arquivos, usando metacaracteres.


Conforme a opção também pode ser utilizado para remover diretórios.

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Comando ln

Sintaxe:

ln [-opções] origem [destino]

Descrição:

Algumas vezes você precisa manter um arquivo em um lugar e finge que está em
outro. Ou você pode ter um arquivo instalado em uma partição, pois há espaço em disco
nela, mas o programa que usa o arquivo precisa estar em uma partição diferente porque o
nome do caminho tem muito código no programa.
O Linux fornece ligações para lidar com estas situações. Umas delas, a ligação
simbólica, é um tipo de arquivo provisório que apenas indica um outro aplicativo. Se você
editar, ler ou executar a ligação simbólica, o sistema será inteligente o suficiente para
fornecer o arquivo real.

Comando file

Sintaxe:

file [-vczL] [-f nomedoarquivo] [-m arquivosmagicos] arquivo

Descrição:

Este comando determina o tipo de arquivo através de análise parcial do seu


conteúdo.

Comando diff

Sintaxe:

diff [-opções] primeiroarquivo segundoarquivo

Descrição:

O comando diff procura encontrar o menor conjunto de diferenças entre as linhas dos
arquivos, listando as que devem ser mudadas no primeiro arquivo para torná-lo idêntico ao
segundo arquivo.

Comando find

Sintaxe:

find [caminho] expressão

Descrição:

O comando find procura arquivos recursivamente em cada diretório especificado no


caminho, confrontando-os com a expressão passada. A expressão é escrita utilizando-se
vários operadores do comando.

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Comando grep

Sintaxe:

grep [-AB] arquivo

Descrição:

Este comando pesquisa linhas nos arquivos de entrada que casam com uma
expressão regular (parâmetro padrão). As linhas da entrada que possuam o padrão são
jogadas na saída, as linhas que não contenham o padrão são rejeitadas. É útil para buscar
definições de variáveis ou funções em programas.

Filtros

São utilitários que recebem uma entrada, realizam algumas operações e apresentam
o resultado processado como saída. Ou seja, os filtros utilizam uma entrada (em geral a
entrada padrão, a menos que seja especificada outra) para processar uma informação e
convertê-la em outra, que será apresentada na saída (que também é normalmente a saída
padrão), porém sem mudar o conteúdo original da informação.

Comando sort

Sintaxe:

sort [-rcmus][-t separador] [-o arquivosaida] arquivo

Descrição:
O comando sort ordena as linhas de um arquivo texto. Existem diversas opções de
ordenamento: ascendente, descendente, por campo, etc...

Redirecionamento de Entrada e Saída

O usuário pode, através do redirecionamento de E/S, redefinir de onde um comando


ou programa receber´sua entrada e para onde enviará sua saída. A entrada de um comando
são os dados sobre os quais o comando irá operar. Estes dados podem vir de um arquivo
especificado pelo usuário, de um arquivo de sistema, o terminal ou da saída de outro
comando. A saída de um comando é o resultado da operação que ele realiza sobre a
entrada. A saída dos comandos pode ser impressa na tela do terminal, enviada a um
arquivo, ou servir de entrada para outro comando.

Todos os comandos que utilizamos até agora, apresentaram seus resultados na tela,
porém podemos alterar esta saída, por exemplo, para um arquivo.
Para isso, utilizamos o operador “>” após o comando seguido pelo nome do arquivo
que armazenará os resultados.
Finalmente, veremos a respeito de um recurso importante de redirecionamento de
E/S: o Pipe. Neste caso, o resultado da execução de um comando é a entrada para a
execução de outro comando.

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Compactadores e Empacotadores

Comando zip

Sintaxe:

zip [zipfile] [arquivo arquivo2...]

unzip [-Z] arquivo[.zip]

Descrição:

O zip é um comando de compressão e empacotamento de arquivos. Ele é análogo à


combinação dos comandos tar e compress e é compatível com o pkzip e winzip da
plataforma DOS. Ou seja, um arquivo compactado com o comando zip pode ser
descompactado no ambiente do Windows com o Winzip.

Para descompactar, usamos o comando unzip.

Comando gzip/gunzip

Sintaxe:

gzip [-abcd...] [-S sufixo] [nome]

gunzip [-abcd...] [-S sufixo] [nome]

Descrição:

O gzip comprime arquivos. O arquivo original é substituído por um arquivo


comprimido com a extensão .gz.

Para descompactar basta usar o gunzip.

Comando tar

Sintaxe:

tar [-ctxvfz] arquivo


 -c: cria um novo arquivo tar
 -t: lista o conteúdo do arquivo tar
 -x: extrai o conteúdo do arquivo tar
 -v: mostra mais mensagens
 -f: arquivo de origem/destino
 -z: filtra o arquivo gzip

Descrição:

Comando designado para criação de arquivos que contém diversos outros arquivos
internamente.

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Shells (Ambientes de trabalhos)

Conceitos

O shell é um interpretador de comandos. Ele interage com o sistema operacional,


fazendo a ligação entre os comandos que você digita e as atividades que o Kernel pode
realizar. O propósito do shell é tornar o sistema operacional mais amigável, por ser muito
mais fácil para o usuário lembrar o nome do comando que o conjunto de chamadas de
sistema que estão por trás dele. O Linux possui mais do que um shell, cada qual com
características ligeiramente diferentes e funções especiais. O shell padrão para o Linux é o
Bourne Again Shell – bash.

Esses são alguns dos shells disponíveis para o Linux:

 Bourne Again Shell (bash)


Shell da GNU. O Shell mais usado no Linux. Oferece a edição da linha de comando.
Para entrar no Bourne Again Shell a partir de outro shell, digite o comando bash.

 C-Shell (csh)
O C-shell é ao mesmo tempo interpretador de comandos e linguagem de programação
(baseada em C). Oferece a edição da linha de comandos.

 Korn Shell (ksh)


Geralmente, talvez seja o mais popular nos sistemas Unix e o primeiro a introduzir as
técnicas modernas do shell no shell Bourne

 Bourne Shell (sh)


O shell Original. Não oferece a edição da linha de comandos.

 Shell C Avançado (tsh)


Oferece a edição da linha de comandos.

 Z-Shell (zsh)
O mais recente dos shells. Compatível com o Shell Bourne. Oferece a edição da linha de
comandos.

Aplicativos de Internet

Com o crescimento da Internet o protocolo TCP/IP tornou-se bastante popular e o


Linux tomou frente, contando com vários aplicativos para redes, como FTP e Telnet.

FTP

Sintaxe:

ftp [servidor-remoto]

Descrição:

O FTP é o protocolo de transmissão de arquivos pela Internet. O nome deriva-se do


inglês: File Transfer Protocol, que significa Protocolo de Transmissão de Arquivos. Para
abrir uma sessão de FTP, basta digitar ftp na linha de comando do Linux.
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Assim que você digita ftp, você entra na linha de comandos do ftp. Para abrir uma
sessão em um computador remoto, basta digitar open seguido do nome completo ou IP
do computador remoto.

Logo depois que ele se conectar, ele pedirá seu login e sua senha. Geralmente, se
você tem acesso a este computador, o login e a senha são os mesmos que você usa
para iniciar uma sessão nesse computador.

Comandos get/mget

Sintaxe:

get/mget arquivo-remoto [arquivo-local]

Descrição:

Estes comandos fazem download de arquivos. Ou seja, transferem arquivos do


servidor remoto para o servidor local. A diferença entre eles está no fato que o comando
mget, através da utilização de metacaracteres, pode transferir vários arquivos de uma só
vez.

Comandos put/mput

Sintaxe:

put/mput arquivo-remoto [arquivo-local]

Descrição:

Estes comandos fazem upload de arquivos. Isto é, transferem arquivos do servidor


local para o servidor remoto. A diferença entre eles está no fato que o comando mput pode
transferir vários arquivos de uma só vez. Para isso, preciso usar metacaracteres.

Comandos hash, bin/ascii

Sintaxe:

hash

Descrição:

O comando hash, quando ativado, apresenta a taxa de transferência dos


documentos. Ou seja, quando uma transferência está ocorrendo, aparecerá na tela um
símbolo sustenido (#) para cada bloco de dados transferido (geralmente, o tamanho do
bloco é de 1024 bytes).

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Sintaxe:

bin/ascii

Descrição:

Já os comandos ascii e bin definem o tipo de transferência de dados: ou ASCII ou


binária, respectivamente.

Telnet

Sintaxe:

telnet [servidor-remoto]

Descrição:

O TELNET é um protocolo para acessar computadores remotos através de redes


com protocolos TCP/IP. O que ele faz é emular um terminal através da rede.

Para acessar o programa no Linux, basta digitar telnet na linha de comando. Para
abrir uma sessão em um computador remoto, basta digitar open seguido pelo nome
completo ou IP do computador remoto. Após conectar-se, digite seu login e sua senha,
como se estivesse acessando por um terminal ou pelo próprio console.

Como trabalhar com disquetes

Montagem do drive

Para acessar arquivos contidos num disquete, precisamos antes de mais nada
montar o sistema de arquivos deste drive. Para isso precisamos executar a linha de
comando:

$mount /mnt/floppy

Desta forma, estaremos montando um sistema de arquivos que poderá ser acessado
através dos comandos padrões do Linux.

Para desmontar o sistema de arquivos, basta utilizar o comando $umount /mnt/floppy

Obs: Em alguns casos o floppy não está do /mnt/floppy, assim basta utilizar a
seguinte linha de comando $mount /dev/fd0 /mnt/floppy

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Ferramentas Mtools

As ferramentas mtools formam uma coleção de comandos usados para trabalhar


com disquetes MSDOS e seus respectivos arquivos. Esses são alguns dos comandos:

Comando Finalidade
mformat Formata disquetes com o formato MSDOS
mlabel Adiciona label em disquete formato MSDOS
mcd Muda diretório
mdir Mostra diretório
mcopy Copia arquivos de formato MSDOS de/para Linux, usando-se a opção –t, fará a
conversão de arquivos texto de um formato para outro
mdel Deleta arquivos
mmd Cria diretório
mrd Remove diretório
mren Renomeia arquivo
mtype Mostra conteúdo de arquivo

O Sistema de Arquivos

Introdução

O Sistema de Arquivos do Linux se caracteriza por uma estrutura hierárquica de


proteção dos arquivos. Pequenas diferenças na estrutura existem entre as diversas
distribuições do Linux. De qualquer forma, ela é semelhante a maioria dos sistemas Unix
existentes.

A estrutura

A estrutura de diretórios o Linux tem um diretório raiz e diretórios filhos. Cada nó


dessa árvore é um arquivo ou diretório que contém arquivos. Você pode especificar um
arquivo ou diretório pelo caminho completo (absoluto).

Cada diretório guarda arquivos específicos. A organização de diretórios do Linux é


resultado de um esforço conjunto de padronização chamado de Linux File System Standard
(FSSTND). Essa padronização não é fechada e vida ser uma referência para os
desenvolvedores e usuários de Linux.

 / : onde são montados outros diretórios e onde fica o Kernel ou, pelo menos um link
para o diretório de boot.
 /bin: contém comandos essenciais que são usados tanto pelo administrador do
sistema como pelos usuários, como por exemplo, cat, cp, date, more...
 /dev: contém uma entrada para cada dispositivo (periférico) do sistema. No Linux,
cada hardware tem um device ou arquivo associado. Por exemplo, a primeira IDE
é /dev/hda e dentro dela a primeira partição /dev/hda1, a segunda /dev/hda2, e assim
por diante.
 /etc: guarda arquivos e diretórios de configuração que são locais ao computador.
Não existem arquivos binários nesse diretório. Por exemplo, arquivo /etc/passwd
contém informações dos usuários que possuem conta no computador.
 /home: diretórios de arquivo de usuários.
 /lib: bibliotecas dos sistemas, como por exemplo, a biblioteca da linguagem C.
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 /mnt: diretório para montar sistemas de arquivos temporariamente. Por exemplo, o


sistema de arquivos do drive “a”.
 /proc: sistema de arquivos que mantém informações sobre os processos, memória,
CPU...
 /root: diretório HOME do root.
 /sbin: binários essenciais do sistema. Por exemplo, shutdown, fdisk, reboot...
 /tmp: arquivos temporários. Geralmente limpados a cada inicialização do sistema.
 /usr: destinado aos arquivos que são compartilhados por todos os usuários. O /usr
normalmente tem sua própria partição e é montado somente para leitura.
 /usr/bin: Outros comandos não presentes no /bin. A distinção entre /bin e /usr/bin é
arbitrária.
 /usr/sbin: comandos usados pelo superusuário para administração do sistema.
 /usr/lib: bibliotecas padrões, como a libc.a
 /var: contém diretórios de spool, arquivos de controle de uso do computador (logs),
arquivos com dados administrativos...

Propriedade de arquivo e permissões

A propriedade e as permissões são fundamentais para a segurança. É importante tê-


las corretamente, quando você é o único usuário.
O que as permissões significam

As permissões referem-se as maneiras de uso de um arquivo por alguém. Existem


três permissões no Linux:

 Permissão read (leitura): significa que você pode ver o conteúdo o arquivo
 Permissão write (gravação): significa que você pode alterar ou apagar o arquivo
 Permissão execute (execução): significa que você pode executar o arquivo como
um programa

Quando cada arquivo é criado, o sistema atribui algumas permissões defaults que
funcionam na maioria das vezes.

Para diretório as permissões são diferentes:

 A permissão de leitura significa que você pode listar o conteúdo do diretório


 A permissão de gravação significa que você pode acrescentar ou remover os
arquivos do diretório
 A permissão de execução significa que você pode listar informações obre os
arquivos no diretório

Proprietários e Grupos

Agora, quem tem estas permissões? Para permitir que as pessoas trabalhem juntas,
o Linux tem três níveis de permissão: proprietário, grupo e outros. Os “outros” cobrem todas
as pessoas que têm acesso ao sistema e que não são proprietárias ou membros do grupo
ao qual o arquivo pertença.

A idéia de pertencer a um grupo é dar a um conjunto de usuários, como uma equipe


de programadores, acesso a um ou mais arquivos.

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Cada arquivo tem um proprietário e um grupo. Geralmente, proprietário é o usuário


que criou o arquivo. Cada usuário também pertence a um grupo default e este grupo é
atribuído a cada arquivo que o usuário cria. Contudo, você poderá criar muitos grupos e
atribuir cada usuário a diversos grupos. Alterando o grupo atribuído a um arquivo, você
poderá dar acesso a qualquer conjunto desejado de pessoas.

Como alterar a propriedade, o grupo e as permissões

Existem alguns comandos que podem ser utilizados para alterar as permissões, os
proprietários ou os grupos de arquivos ou diretórios.

Comando chown

Sintaxe:

chown [-Rcfv] [user][:][group] arquivo

Descrição:

O comando chown altera o proprietário e o grupo de um arquivo. Porém apenas o


superusuário poderá executar este comando. Existe também o comando chgrp para alterar
o grupo de arquivos.

Comando chmod

Sintaxe:

chmod [-Rcfv] modo arquivo

Descrição:

O comando chmod é usado para alterar as permissões de acesso dos arquivos. O


parâmetro modo determina quais serão as permissões que serão dadas ou retiradas do
arquivo. Existem duas maneiras de se escrever o parâmetro modo:
1. Especificando o modo simbolicamente:
Desta forma, o parâmetro modo é dividido em três partes: o código para a classe de
acesso (u:proprietário, g:grupo, o:outros e a:para todos os anteriores), o operador (+,
- ou =) e um ou mais códigos para o tipo de acesso read, write e execute.

2. Outra forma para se utilizar o parâmetro modo é especificando numericamente:


Para isso cada classe de acesso deve ser tratada separadamente para fornece um
número que a representa. Cada tipo de acesso tem seu valor numérico dado por:
read=4; write=2; execute=1. Daremos as permissões da esquerda para direita para: o
proprietário, o grupo e os outros.

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Processos

Conceitos

Sempre que se ativa um utilitário ou um programa no Linux, o sistema inicia um


processo. Sendo um sistema multitarefa, o Linux á capaz de rodar vários processos
simultaneamente. O Kernel do Linux controla o tempo e as prioridades de execução dos
processos, permitindo que eles sejam criados e encerrados. Existem dois tipos, ou níveis,
de processos: os do usuário e os do sistema. Sempre que você executa um utilitário do
Linux, inicia-se um processo de usuário. Já os processos de sistema são iniciados pelo
Kernel para manter o controle preciso do sistema operacional.

Background

No Linux, podemos colocar um processo em background, isto é, o processo continua


a execução enquanto o shell é liberado para outras atividades. Para se colocar um comando
em background é utilizado o sinal “&” ao final da linha de comando.

Comandos Relacionados

Comando ps

Sintaxe:

ps [-] [lujsvmaxScewhrnu][tx][O[+|-]k1, k2...] [pids]

Descrição:

O comando ps exibe os processos correntes.

Comando top

Sintaxe:

top [-] [d retardo][q][c][S][s][i]

Descrição:

O comando top disponibiliza uma listagem das atividades de processamento em


tempo real. Ele lista as tarefas que usam mais intensamente a CPU, e pode disponibilizar
uma interface interativa de manipulação de processos. Ele pode ordenar os processos por
uso de CPU, de memória e tempo de execução.

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Comando kill

Sintaxe:

kill [-sinal -p] [-a] pid

Descrição:

O comando kill envia um sinal específico para o processo. Se não for enviado um
sinal específico, o sistema envia o sinal TERM. O kill finalizará os processos que não
capturam este sinal. Pode ser necessário enviar o sinal kill –9 para determinados processos.
A opção –l lista os sinais que podem ser enviados para um determinado processo.

O parâmetro PID representa um número de identificação d processo para o sistema


operacional.

Comando nohup

Sintaxe:

nohup comando [argumentos]

Descrição:

O comando nohup é freqüentemente usado quando se deseja fechar a sessão do


sistema antes do término da execução de um comando que demorará para fornecer o
resultado.

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