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Lendo "Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo" de Jung, me deparei com essa parte do

texto...Como isso é real!

A aproximação a Deus geralmente é fruto de um desassossego anímico.

Para Jung, Deus é uma imagem primordial no homem, e em cada cultura se manifesta de uma
forma. Deus representa a máxima da totalidade, da completude, do infinito. Daí o self,
arquétipo do si mesmo e maior entre todos os arquétipos no humano ser a Imago Dei -
Imagem de Deus.

Algo dentro de nós clama por um estado de perfeita harmonia com o sagrado, com o inteiro,
com o indizível. Mistério maior da vida, sua presença é invocada quando antigos aparatos não
podem mais satisfazer. O que importa é sentir-se integral.

De início, o desejo é sentir-se protegido, amparado, suprido. Mas ao adentrar no universo


numinoso, o que mais se deseja é a união amorosa com o Grande Eu Sou.

Minuto essa reflexão com você hoje pois considero muito pertinente perceber a diferença
entre esses dois fenômenos.

A emoção diz respeito a uma reação instintiva. Aquilo que nos toma. É isso que os profissionais
de PNL (Programação Neurolinguística) analisam para saber se uma pessoa está mentindo, por
exemplo.

O sentimento é algo de nível superior. Ele passa por uma elaboração interna. É algo que se
edifica tijolo por tijolo.

Emoções são difíceis de serem disfarçadas, pois podem ser notadas por um olhar mais atento.
Já os sentimentos podem ser sufocados por muito tempo.

Um dos objetivos do processo terapêutico é permitir que os sentimentos venham a tona. Seja
acolhida a proposta de falar daquilo que, por tanto tempo, foi produzido internamente. É
nesse fenômeno que se descobre as ligações, a história de vida, as expectativas frente ao
mundo.
Se os sentimentos estão sendo cuidados, não há porque temer as emoções.

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